UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE MESTRADO EM ECONOMIA TATYANNA NADABIA DE SOUZA LIMA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE MESTRADO EM ECONOMIA TATYANNA NADABIA DE SOUZA LIMA"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE MESTRADO EM ECONOMIA TATYANNA NADABIA DE SOUZA LIMA FLEXIBILIZAÇÃO DO REGIME DE METAS INFLACIONÁRIAS POR REGRAS DE POLÍTICA MONETÁRIA JOÃO PESSOA PB SETEMBRO 2011

2 1 TATYANNA NADABIA DE SOUZA LIMA FLEXIBILIZAÇÃO DO REGIME DE METAS INFLACIONÁRIAS POR REGRAS DE POLÍTICA MONETÁRIA Disseração apresenada ao Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal da Paraíba UFPB, em cumprimeno às exigências para obenção do grau de mesre. Orienador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia JOÃO PESSOA PB SETEMBRO 2011

3 2 U L732f Lima, Tayanna Nadabia de Souza. Flexibilização do regime de meas inflacionárias por regras de políica moneária / Tayanna Nadabia de Souza Lima.-- João Pessoa, f. : il. Orienador: Sinézio Fernandes Maia Disseração (Mesrado) UFPB/CCSA 1. Políica Moneária. 2. Indicador financeiro. 3. Modelos VAR. 4. Modelos ARCH. UFPB/BC CDU: (043)

4 3 TATYANNA NADABIA DE SOUZA LIMA FLEXIBILIZAÇÃO DO REGIME DE METAS INFLACIONÁRIAS POR REGRAS DE POLÍTICA MONETÁRIA Disseração submeida ao Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal da Paraíba como requisio final para obenção do íulo de Mesre em Economia, endo como área de concenração Economia de Empresas. Disseração aprovada em / /. BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia Universidade Federal da Paraíba UFPB Orienador Prof. Dr. Edilean Kleber da Silva Bejarano Aragón Universidade Federal da Paraíba UFPB Examinador Inerno Prof. Dr. Ricardo Chaves Lima Universidade Federal de Pernambuco UFPE Examinador Exerno

5 4 Dedico aos meus pais José Bonifácio e Maria Núbia

6 5 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar a Deus, por sempre se fazer presene em minha vida iluminando odos os momenos, seja os de angusia, os de decisões, e aé mesmo os momenos de alegria. Aos meus pais José Bonifácio e Maria Núbia, por serem meu poro seguro, pela força e apoio oferecidos nas horas mais difíceis. Às minhas irmãs Pollyanna e Fabiana, meu irmão Clairon, minha ia Adafran (em especial por suas orações) e minha sobrinha Táila, por esarem sempre ao meu lado. Ao meu marido Josias Junior por seu amor, companheirismo, presença e preocupação consanes em me reanimar e me foralecer nos momenos em que mais necessiava. Ao meu orienador, Professor Dr. Sinézio Fernandes Maia, por seu esforço e dedicação em auxiliar com a devida aenção, a consrução de cada capíulo desa disseração. Agradeço ambém oda confiança e incenivo em mim deposiados. Vale lembrar, ambém, dos professores do curso de Pós-Graduação em Economia (PPGE) que, com exrema compeência, desenvolveram seu papel de educadores. Porano, agradeço a odos eles pela sua conribuição direa na minha formação acadêmica. Aos meus colegas de pós-graduação, em especial, Shirley, Parícia, Marcella e Karla pelo companheirismo nos momenos de esudo e, principalmene, pela amizade consruída ao longo do curso. Ao REUNI, pelo apoio financeiro concedido por meio da bolsa de esudos. Enfim, a odos aqueles que, de maneira direa ou indirea, conribuíram para a realização desa disseração.

7 6 RESUMO O objeivo é ober e sugerir a inclusão de um indicador financeiro na regra de políica moneária que cape as oscilações no mercado de capiais, promovendo, assim, a flexibilização do regime de meas inflacionárias de forma a preservar a sua eficácia e ransparência. Argumena-se que em períodos de grande volailidade, seja conveniene a auação mais ampla no moniorameno dos aivos financeiros buscando eviar um processo de deflação de aivos que conduzisse a economia à recessão. A base eórica dese rabalho pauase nos esudos de Bernanke e Gerler (1999, 2000) que argumenam pró-inrodução de uma variável financeira na Regra de Taylor; a políica moneária deve levar em consideração as oscilações no mercado de capiais quando esas aleram a previsão de inflação fuura. Os modelos de Veores Auo-Regressivos (VAR) e exensões do modelo ARCH serão uilizados como forma de jusificar a inclusão do indicador financeiro no sisema de meas inflacionárias. Observou-se que os modelos de volailidade apresenaram persisência no período de crise ( ) para a variável financeira enquano que para a SELIC, a persisência dos choques em sido em menor inensidade o que implica que a políica moneária pode não esar reagindo adequadamene às variações no mercado financeiro. Para o modelo VAR, houve confirmação da hipóese cenral do rabalho viso que, no período de crise, o efeio do indicador financeiro sobre a SELIC é maior comparado ao período pré-crise. Porano, os resulados apóiam a hipóese de Bernanke e Gerler (1999) de que o Banco Cenral deve levar em consideração o mercado financeiro apenas em momenos de grande volailidade, e apresenar claramene suas esraégias e seus relaórios de comunicação com o mercado. Palavras-Chave: Políica moneária. Indicador financeiro. Modelos VAR. Modelos ARCH.

8 7 ABSTRACT The objecive is o achieve and sugges he inclusion of a financial indicaor in he moneary policy rule ha capures oscillaions in capial markes, hereby promoing he flexibiliy of he inflaion argeing sysem in order o preserve is effeciveness and ransparency. I is argued ha in periods of high volailiy, he performance should be broader monioring of financial asses in an aemp o avoid a process of asse deflaion which led he economy ino recession. The heoreical basis of his work is guided sudies of Bernanke and Gerler (1999, 2000) ha argue pro-inroducion of a financial variable in he Taylor rule; he moneary policy should ake ino accoun he flucuaions in he sock marke when hey aler he forecas of fuure inflaion. The models Vecor auoregression (VAR) and exensions of he ARCH model will be addressed in order o jusify he inclusion of he financial indicaor in he sysem of inflaion arges. I was observed ha he volailiy models presened persisence in he crisis period ( ) for he financial variable while for he SELIC, he persisence of shocks has been lower inensiy which implies ha moneary policy may no be reacing properly variaions in he financial marke. For he VAR model, here was confirmaion of he cenral hypohesis of he work since, in ime of crisis, he effec on he financial indicaor of he SELIC rae is higher compared o pre-crisis period. Therefore, he resuls suppor he hypohesis of Bernanke and Gerler (1999) ha he Cenral Bank should consider he financial marke only in imes of high volailiy, and clearly presen heir sraegies and repors of communicaion wih he marke. Keywords: Moneary policy. Financial indicaor. VAR models. ARCH models.

9 8 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Ações usadas no cálculo do indicador financeiro Tabela 2 Tese de raiz uniária para as variáveis do modelo período Tabela 3 Tese de raiz uniária para as variáveis do modelo período Tabela 4 Tese de causalidade de Granger ( ) Tabela 5 Tese de causalidade de Granger ( ) Tabela 6 Tese de coinegração ( ) Tabela 7 Tese de coinegração ( ) Tabela 8 Teses preliminares Tabela 9 Escolha dos modelos de volailidade ( ) Tabela 10 Escolha dos modelos de volailidade ( ) Tabela 11 Equações da variância ( ) Tabela 12 Equações da variância ( ) Tabela 13 Seleção do número de defasagens do modelo VAR Tabela 14 Impacos recebidos na variância do erro de previsão da SELIC ( ) Tabela 15 Impacos recebidos na variância do erro de previsão da SELIC ( )... 62

10 9 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Trajeória do Ibovespa e SELIC ( ) Figura 2 Efeios de uma bolha quando a políica moneária responde apenas à inflação esperada... 28

11 10 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Taxa de juros SELIC nominal (março de 2000 a ouubro de 2010) Gráfico 2 Inflação IPCA (março de 2000 a ouubro de 2010) Gráfico 3 Hiao do produo (março de 2000 a ouubro de 2010) Gráfico 4 Indicar financeiro Gráfico 5 Trajeória da SELIC e indicador financeiro Gráfico 6 Funções impulso resposa da SELIC ( ) Gráfico 7 Funções impulso-resposa da SELIC ( ) Gráfico 8 Média dos PL s das ações indicadas no Apêndice D... 82

12 11 LISTA DE QUADROS Quadro A - Base de dados final uilizada na pesquisa ( ) Quadro B - base de dados uilizada na consrução dos dados finais ( ) Quadro C - PL das ações da Perobrás e Vale Quadro D - Processo de seleção das ações para consrução do indicador financeiro: careiras selecionadas inicialmene... 81

13 12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA MODELO TEÓRICO MODELO EMPÍRICO METODOLOGIA INDICADOR FINANCEIRO MODELOS DE VOLATILIDADE MODELOS AUTO-REGRESSIVOS VETORIAIS (VAR) BASE DE DADOS RESULTADOS E DISCUSSÕES TESTES ECONOMÉTRICOS PRELIMINARES MODELOS DE VOLATILIDADE ANÁLISE DOS MODELOS VAR CONCLUSÃO REFERÊNCIAS APÊNDICE A APÊNDICE B APÊNDICE C APÊNDICE D APÊNDICE E... 82

14 13 1 Inrodução O regime de meas inflacionárias em sido adoado pelos bancos cenrais de diversos países na enaiva de maner a inflação em paamares saisfaórios alcançando, assim, a esabilização dos preços. A Regra de Taylor (1993), que se concenra na deerminação da axa de juros nominal em regime de meas de inflação, passa a ser omada como base eórica para a condução de políicas moneárias que uilizam a manuenção da axa de juros como principal insrumeno de conrole inflacionário. Segundo a Regra de Taylor, a definição dessa axa de juros admie a avaliação do hiao do produo e da axa de inflação. No Brasil, o regime de meas inflacionárias foi adoado a parir de 1999, logo após a ransição de um regime de bandas cambiais para um sisema de axa de câmbio fluuane. Com o crescimeno das expecaivas inflacionárias, as auoridades moneárias buscaram implemenar um sisema de políica que se compromeesse com a manuenção da esabilidade dos preços, e que fosse capaz de proporcionar uma nova âncora nominal para a inflação, respondendo correamene aos choques que afeam a economia. De acordo com Bogdanski e al (2001), era de se esperar que o Banco Cenral opasse por um sisema mais rígido que, além de represenar fore compromisso com o conrole da inflação, oferecesse uma indicação da rajeória fuura da economia, permiisse flexibilidade suficiene para a formulação de políicas econômicas e que fosse capaz de ancorar as expecaivas dos agenes. Em março de 1999, o Comiê de Políica Moneária (Copom) ornou pública a sua decisão de que o desempenho da auoridade moneária passaria a pauar-se pelo compromeimeno com o conrole da axa de inflação. Segundo noas exraídas da Aa do Copom de número 33, o Comiê omou as seguines decisões: i) as axas TBC (Taxa Básica do Banco Cenral) e TBAN (Taxa de Assisência do Banco Cenral) permaneceriam, apenas para os conraos de operações de assisência financeira de liquidez em vigor nesa daa, coadas, respecivamene, como equivalene à Taxa SELIC (Sisema Especial de Liquidação e de Cusódia) e a esa axa mais 2 ponos percenuais; ii) a políica moneária passaria a ser conduzida primordialmene com a definição da mea da Taxa SELIC e do seu evenual viés; iii) a mea da Taxa SELIC foi fixada em 45% a.a., com um viés de redução. No momeno inicial de auação do regime de meas inflacionárias, a inflação se desenvolveu saisfaoriamene nos dois primeiros anos. No enano, nos anos de 2001 e 2002,

15 14 houve um descumprimeno e a inflação rompe o limie de olerância superior em 1,7% (2001) e em 2002 a inflação ulrapassa cerca de 7% a mea superior. 1 No enano, foi sugerido que o não cumprimeno das meas nesses dois períodos enha sido ocasionado principalmene pela crise de confiança acerca da políica moneária do novo governo que seria insalado impacando foremene a axa de câmbio e, consequenemene, a inflação. Enre os anos de 2003 e 2009, a inflação maneve-se no inervalo de olerância esabelecido. Apesar do período de crise, enre 2007 e 2008, er sido observado o cumprimeno do regime de meas, desaca-se um ambiene de grande volailidade financeira provocando uma leve pressão sobre a axa de inflação observada. O cumprimeno do regime de meas só foi alcançado por meio da adminisração rígida da inervenção na Taxa de Juros SELIC. Vale ressalar que a parir de 2010, o Banco Cenral passa a priorizar não somene a esabilidade de preços preocupando-se ambém em garanir o crescimeno da economia. De acordo com a Aa do Copom de número 156, axas de inflação muio elevadas acarream no aumeno do prêmio de risco de financiamenos reduzindo os invesimenos e, consequenemene, o crescimeno econômico. Dessa forma, as decisões de políica moneária passam não somene pelo objeivo de esabilização de preços, mas ambém enam assegurar que o crescimeno da economia não seja compromeido uma vez que...axas de inflação elevadas não razem qualquer resulado duradouro em ermos de crescimeno da economia e do emprego, mas, em conraparida, razem prejuízos permanenes para essas variáveis no médio e no longo prazo. (ATA DO COPOM 156, 2011) Ao longo dos anos, o regime de meas inflacionárias mosrou ser um mecanismo eficaz com relação ao seu objeivo principal de esabilização de preços, a cuso da manuenção inexplicadamene de uma axa de juros em paamares ainda considerados alos. No enano, após a esabilização ocorrida já no final de 2009, com inflação acumulada fechando em 4,31%, a economia passa por um novo cenário de pressões inflacionárias puxadas, principalmene, pelo aumeno nos preços dos alimenos. O resulado foi um aumeno de 5,91% na inflação IPCA de 2010 segundo informações do IBGE. Com o novo ambiene macroeconômico de expecaivas inflacionárias elevadas, demanda domésica robusa e grande liquidez na economia, reflexo dos incenivos cedidos no 1 As meas de inflação são fixadas com um inervalo de aceiação enre 2, 0 % e 2, 5 %.

16 15 período de crise, o Banco Cenral passa a modificar seus meios de auação no inuio de garanir um maior conrole inflacionário: medidas de cunho macroprudencial em paralelo com as decisões convencionais de políica moneária. O conjuno de medidas anunciado incluiu o aumeno de requerimeno de capial dos bancos para as operações de crédio e elevação dos depósios compulsórios. De acordo com a 155ª Aa do Copom, os objeivos perseguidos aravés dessas medidas foram esimular a reirada dos incenivos inroduzidos durane a crise e causar maior resrição de crédio na economia. Na reunião do Copom de 08 de dezembro de 2010, a SELIC foi manida em 10,75% ao ano, com a jusificaiva de que as medidas macroprudenciais ajudariam a coner a inflação. Ressalando a imporância do uso dessas medidas, o Comiê frisou que exise cera equivalência enre as ações macroprudenciais e as ações convencionais de políica moneária e, no enano, esses mecanismos não podem ser avaliados como subsiuos perfeios por divergirem, enre ouros aspecos, no alcance e nos mecanismos de ransmissão. (ATA DO COPOM Nº 155, 2010). Percebe-se que, com a adoção de medidas macroprudenciais, o governo vem mosrando ineresse em ornar mais flexível o sisema de meas inflacionárias baseado, esriamene, na manuenção da axa de juros nominal. A regulação prudencial, visa como complemenar às ações convencionais de políica moneária, represena um mecanismo que poencializa os efeios dos impacos das modificações na axa de juros. Para Holland (2011), secreário de Políica Econômica do Minisério da Fazenda, o conjuno de medidas macroprudenciais esá surindo efeio uma vez que se verifica, gradaivamene, um processo de convergência das expecaivas de inflação para um percenual próximo de 6% no final dese ano. Ressala ainda que aualmene exisa um processo de descompressão de preços que ocorre em razão dos efeios posiivos das ações macroprudenciais. No enano, de acordo com Gonçalves (2011), a incereza quano aos efeios de medidas macroprudenciais dificula a coordenação de expecaivas. Ou seja, a novidade do uso de medidas macroprudenciais alera as expecaivas dos agenes causando incereza em meio a um cenário onde é necessário alcançar a esabilidade de preços. Para o auor, mesmo que no ambiene pós-crise as medidas macroprudenciais possam er sua uilidade, os mecanismos radicionais de políica moneária coninuam sendo mais imporanes.

17 16 Nessas condições, os esudos abordados nesa disseração propõem a flexibilização da políica moneária de forma a inroduzir um indicador financeiro na Regra de Taylor convencional que permia capar as oscilações do mercado de ações e que conserve a ransparência e eficácia conferidas ao regime de meas. Assim, um dos faores que pode afear a inflação brasileira e ambém a aividade econômica é o comporameno do mercado de capiais em períodos de grande volailidade. Esudos recenes avaliam a hipóese de que a inclusão de novas variáveis na Regra de Taylor pode melhorar o processo de esabilização o que orna a políica moneária mais eficiene, e ransparene. Os esudos de Bernanke e Gerler (1999, 2001) mosraram que, a parir do regime de meas inflacionárias, variações nos preços dos aivos financeiros afeam a políica moneária apenas quando esas aleram a previsão de inflação fuura. Admiiram, porano, que uma políica de meas inflacionárias mais agressiva alcança a esabilidade de preços quando há volailidade nos preços dos aivos decorrene de bolhas ou de choques ecnológicos. Segundo Borges Filho (2006), os esudos de Kuner (2003), Borio e Lowe (2001 e 2002) ambém seguem a linha de pensameno de que a políica moneária deve levar em cona a volailidade no mercado financeiro apenas quando os efeios da bolha são senidos nas expecaivas de inflação fuura. No enano, auores como Mishkin e Whie (2002), Hardouvelis e Theodossiou (2002) e Schwarz (2002) argumenam a suposição de que bolhas em preços dos aivos deve ser moivo de preocupação ao impacar na esabilidade do sisema financeiro. Com o aparecimeno da crise do subprime 2, fenômeno ocorrido enre , as discussões sobre a crise financeira e o seu impaco nas economias mundiais se inensificaram. A crise oriunda do mercado financeiro gerou fala de liquidez nos mercados e, consequenemene, levou à conração das economias via redução no consumo das famílias e no invesimeno das empresas. Grandes poências econômicas como Esados Unidos e Japão enraram em fore período de recessão em decorrência da grande volailidade no mercado financeiro. Nesse conexo, seria jusificável sugerir que a políica moneária responda a bolhas em preço de aivos financeiros. 2 Crise nore americana associada ao pagameno de hipoecas que se alasrou pela economia e conaminou o sisema mundial.

18 17 Desde agoso de 2007, houve um aumeno da aversão ao risco no mercado financeiro inernacional simulaneamene à deerioração das condições de crédio das economias mundiais. A ampla liquidez exisene nos EUA, fruo, em boa medida, da condução de sua políica moneária desde 2001, foi responsável por gerar uma fore onda de valorização dos aivos imobiliários, que adquiriu conornos de uma bolha especulaiva. (BORÇA JR. e TORRES FILHO, 2008). No Brasil, a crise financeira gerou consequências sobre o sisema de crédio provocando escassez exerna, crise de liquidez no mercado inerbancário, resrição de crédio a exporadores além de compromeer a aividade econômica. Segundo dados do IBGE, o Produo Inerno Bruo (PIB) brasileiro, que vinha apresenando uma rajeória de crescimeno ascendene desde 2005, recuou de 5,1% em 2008 para -0,6% em 2009, primeiro resulado negaivo da aividade econômica brasileira desde As expecaivas de crescimeno para 2009, segundo o boleim Focus divulgado pelo Banco Cenral em dezembro de 2008, oscilaram enre 2,4% e 3,0%. A Taxa básica SELIC, que inicialmene fixada de 45% a.a. em 1999, sofreu alerações ao longo do período analisado aingindo uma média de 19,6% a.a. em 2002, período no qual há um rompimeno da mea superior esabelecida; em 2009 a SELIC ainge o percenual de 8,75% a.a., menor valor desde a implemenação do regime de meas inflacionárias. Vale salienar que, com o aparecimeno da crise financeira mundial, a auoridade moneária elevou a axa de juros no primeiro momeno, (média de 12,3% enre ), e depois reduziu abrupamene (8,75% a parir de julho de 2009), no inuio de garanir que a aividade econômica não fosse aingida por um processo recessivo ainda maior, impulsionado pela redução da demanda. (Figura 1). Figura 1 Trajeória do Ibovespa e SELIC ( ) IBOVESPA 2.2 SELIC Fone: Elaboração própria.

19 18 Enre 2003 e 2007, o índice Ibovespa passa por um período de expressiva valorização ocasionada pela elevação nos valores de emissões primárias do mercado de capiais. O resulado disso foi que o índice passou de ponos em 1999 para em Com o aparecimeno da crise, o mercado financeiro sofreu grande desvalorização, e o reflexo disso foi uma redução do índice Ibovespa para ponos em novembro de Por conseguine, busca-se uma correspondência enre os períodos de ala volailidade no mercado financeiro e os repeninos aumenos na axa de juros. Nesse senido, os impacos da crise financeira sobre a axa de juros brasileira dão margem para sugerir que a execução da políica moneária anes da crise seria necessária para prevenir a formação de bolhas especulaivas no mercado financeiro. Ou seja, supõe-se que a valorização dos preços dos aivos inensifique os gasos com consumo e invesimeno via melhora nos balanços das empresas e, com a reversão da bolha, os níveis de consumo e invesimeno passam a reduzir conduzindo a um processo de recessão da economia. Nesse senido, ocorrendo uma elevação muio fore nos preços dos aivos financeiros, observados por meio de bolha, o Banco Cenral eria que agir prevenivamene, elevando a axa de juros. Com iso, um processo de deflação de aivos que levasse, poseriormene, a economia para a recessão poderia ser eviado. Nessa perspeciva, o presene rabalho busca ober e sugerir a inclusão de um indicador financeiro na regra de políica moneária que cape as oscilações no mercado de capiais, promovendo, assim, a flexibilização do sisema de meas inflacionárias preservando a sua eficácia e ransparência.

20 Objeivos O objeivo geral da pesquisa é ober um indicador financeiro que permia flexibilizar a políica moneária e garanir o seu cumprimeno frene ao desempenho do mercado de capiais. Como objeivos específicos, êm-se: i. Consruir e esar um indicador financeiro que seja capaz de capar a volailidade do preço dos aivos para ser incorporado no regime de meas inflacionárias visando uma maior flexibilização do sisema; ii. Idenificar a presença de persisência e comporameno assimérico de choques sobre a volailidade da SELIC e do indicador financeiro buscando sinais de semelhança ou divergência que possam jusificar a inclusão da variável financeira no modelo; iii. Esimar os efeios de choques do indicador financeiro sobre a variável de políica moneária ressalando a imporância desse indicador para o modelo.

21 20 2 Fundamenação Teórica O regime de meas de inflação é uma forma de condução da políica moneária que vem sendo implemenado por diversas economias 3. O objeivo cenral desse regime consise em guiar a fixação da axa de juros básica de forma a ober uma axa de inflação previamene deerminada. Visando alcançar al objeivo, Taylor (1993) propôs uma regra que em sido uilizada como modelo base no regime de meas de inflação. Denre as vanagens da insiuição de um regime de meas de inflação desacam-se a elevação do grau de ransparência da políica moneária, capaciando os agenes econômicos a conrolar as ações dos Bancos Cenrais de forma mais precisa e a redução das incerezas no cálculo econômico, faciliando a omada de decisões, como exemplo, as decisões de invesimeno. A inegração dos mercados financeiros exige uma compreensão maior e eleva o ineresse das auoridades pelas variações nos preços dos aivos financeiros. Nesse conexo, Bernanke e Gerler (1999, 2001) abordaram o assuno ao procurar idenificar reações diane da volailidade nos preço de aivos. Vale ressalar que a base do modelo de Bernanke e Gerler (1999, 2001) é a Regra de Taylor [Taylor 1993] que pressupõe variações na axa de juros nominal em resposa a alerações do nível de preços ou do PIB real. Em seus modelos, Bernanke e Gerler (1999, 2001) incluíram na Regra de Taylor uma variável responsável por medir as fluuações nos preços dos aivos financeiros. A análise sugere que os preços dos aivos financeiros devem ser considerados quando forem relevanes para a previsão da inflação fuura. 2.1 Modelo Teórico Os bancos cenrais, aravés de medidas de políica moneária, reagem às alerações nas variáveis econômicas de forma a maner a esabilidade econômica. A lieraura recene em procurado avaliar a condução de políica econômica a parir da análise de funções de reação das auoridades moneárias. Em seu rabalho Discreion Versus Policy Rules in Pracice, Taylor (1993), buscou mosrar como são aplicadas, na práica, as regras de políica moneária focando seu esudo na economia nore-americana. Um imporane argumeno razido pela 3 Alguns exemplos são Ausrália, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, República Checa, Finlândia, Israel, Coréia do Sul, Reino Unido, México, Nova Zelândia, Peru, Polônia, África do Sul, Espanha, Suécia e Tailândia.

22 21 pesquisa é que as boas regras de políica geralmene defendem mudanças na axa de juros em resposa a alerações nos preços ou no produo real, sem prejuízo das mudanças de expecaivas dos demais agenes econômicos. O objeivo buscado por Taylor (1993) foi o de conservar o conceio de regra de políica num ambiene políico onde era praicamene impossível seguir mecanicamene qualquer fórmula algébrica que descrevesse a regra de políica. A discussão foi direcionada para uma regra de políica hipoéica, porém represenaiva, e que se aproximou da políica do Federal Reserve (FED) em muios anos. O esudo de Taylor (1993) proporcionou o surgimeno de regras de políica que não necessariamene envolveram configurações fixas para os insrumenos de políica moneária, como uma axa de crescimeno consane da ofera de moeda. Diferenemene, as regras de políica exigem mudanças na ofera moneária, ou variações na axa de juros em resposa a alerações do nível de preços ou do PIB real. Os coeficienes das fórmulas algébricas para regras de políica êm sido basane precisos informando insruções exaas sobre quano deve ser o ajuse dos insrumenos moneários em resposa a um aumeno no nível de preço ou um aumeno do PIB real. Para Taylor (1993), as regras de políica não precisam assumir uma fórmula mecânica, admiindo uma configuração fixa para os insrumenos de políica. Oura erminologia adoada em 1990 ajudou a focar no real conceio de regra de políica subsiuindo esse ermo por políica sisemáica 4. Porano, a regra de políica visa como algo sisemáico maném as propriedades imporanes da regra excluindo a idéia de configurações rígidas ou fórmulas mecânicas dos insrumenos de ransmissão de políica. Um esudo ciado em Taylor (1993) realizado por Bryan, Hooper e Mann (1993) analisa o desempenho de diferenes regras de políica moneária onde o ajuse da axa de juros se dá em resposa a mudanças na ofera de moeda, axa de câmbio, nível de preços e produo real. Os auores chegaram à conclusão de que o desempenho da políica que incide sobre o nível de preços e o produo real é maior do que o desempenho da políica que incide sobre o câmbio e ofera de moeda. Ou seja, a políica moneária de elevação de juros, quando o nível de preços e o produo real esão superiores à sua mea, parece funcionar bem. 4 O ermo sisemáico é definido em Taylor (1993) como: meódico, de acordo com um plano, e não casualmene ou aleaoriamene.

23 22 Uma regra de políica moneária foi proposa por Taylor (1993) para a economia nore-americana que procurou capar as idéias exposas nas pesquisas daquela época: p 2 2 r p 0, 5y 0, 5 (2.1) Onde r é a axa dos fed funds, p é a axa de inflação ao longo dos úlimos quaro rimesres, y é o desvio percenual do PIB real em relação a uma mea (hiao do produo). Ou seja, y 100 y y* / y*, onde y é o PIB real e y* é a endência do PIB real. Uma formulação mais geral da regra de Taylor pode ser especificada como segue: i * r* gy h (2.2) Sendo i a axa de juros de curo prazo; π é a axa de inflação; y é o desvio do produo real em relação a sua endência; π* é a mea de inflação e r* é a axa de juros real de equilíbrio. Os parâmeros g e h são os coeficienes de inclinação do produo e da inflação, respecivamene. A inuição do modelo é que a axa de juros deve aumenar se a inflação exceder a sua mea ou se o produo real se elevar acima do poencial. Os valores de g=0,5; h=0,5; r*=2% e π*=2% são definidos na configuração inicial de Taylor (1993) para a economia noreamericana. Para uma formaação geral, esses parâmeros dependerão do regime de políica moneária adoado. A regra de políica moneária não foi de fao esimada economericamene por Taylor (1993) que admiiu os valores para os parâmeros mencionados aneriormene, porém, a regra de Taylor foi amplamene uilizada por possuir um bom desempenho para os dados nore-americanos nas décadas de 80 e 90. Com base na regra de políica proposa por Taylor (1993), Clarida, Gali e Gerler (2000), consruíram um modelo do ipo forward-looking assumindo que os bancos cenrais respondem sisemaicamene às variações enre inflação esperada e produo esperado respecivas meas. Admiindo que e suas * r represena a mea para a axa de juros nominal no período, a regra de políica assume uma forma simples e linear que é definida como segue: onde r * E Ex * * r,k,q (2.3) * r é a axa de juros nominal desejada quando a inflação e o produo são iguais as suas respecivas meas. O denoa a variação percenual nos preços enre os períodos e +k e, k * é a mea para a inflação., q x é uma medida do hiao médio do produo enre período e

24 23 +q, com o diferencial do produo sendo definido pelo desvio percenual enre o produo efeivo e o poencial. O operador de expecaiva é dado por E e informações disponíveis no momeno em que a axa de juro é definida. é o conjuno de Segundo Clarida, Gali e Gerler (2000), a versão forward-looking da regra de Taylor admie a axa de juros nominal como insrumeno de políica moneária no qual responde a projeções de inflação e produo. A regra de Taylor original propõe uma regra onde a axa de juros nominal responde à inflação e produo defasados ao invés de seus valores fuuros esperados. Enreano, se a inflação defasada ou uma combinação linear da inflação defasada e do hiao do produo represenar uma boa e suficiene previsão fuura da inflação, a equação (2.3) cairá na regra original de Taylor. Conudo, a versão forward-looking permie ao Banco Cenral considerar uma ampla gama de informações, além da inflação e produo passados, para formar expecaivas sobre as condições fuuras da economia. 2.2 Modelo Empírico Nos úlimos anos, a volailidade dos preços dos aivos financeiros em sido aponada como um dos grandes responsáveis pelas oscilações no ambiene macroeconômico de vários países. Dessa forma, é relevane se pensar em considerá-los nas decisões de políica moneária dos Bancos Cenrais assumindo que a mudança na axa de juros ambém deve responder a pressões inflacionárias vindas do mercado financeiro. Nessa perspeciva, Bernanke e Gerler (1999) mosram que o boom nos preços dos aivos financeiros em causado impacos negaivos para a economia quando a políica moneária permanece sem resposa ou reforçado aivamene pressões deflacionisas. Dessa forma, a políica moneária não deve responder às mudanças nos preços dos aivos, exceo na medida em que sinaliza mudanças na inflação esperada. Os preços dos aivos financeiros são relevanes na medida em que fornecem informações perinenes sobre o esado da economia. Assim, as variações nesses preços somene represenarão uma fone independene de insabilidade econômica sob duas condições: a primeira esá ligada aos faores não-fundamenais subjacenes a volailidade dos preços dos aivos; a segunda refere-se ao fao de que se ais variações, que não são relacionadas com faores fundamenais, iverem impaco significaivo sobre a economia. Se esas duas condições forem saisfeias, enão a volailidade dos aivos orna-se, em cero grau,

25 24 uma fone independene de insabilidade econômica, e que os formuladores de políica devem considerar. Se as variações nos preços dos aivos êm a capacidade de desesabilizar a economia, enão as auoridades moneárias devem raar da esabilidade de preços e a esabilidade financeira adoando uma esraégia de meas de inflação. (BERNANKE e GERTLER, 1999). O pono de parida é uma exensão do modelo novo keynesiano dinâmico desenvolvido por Bernanke, Gerler e Gilchris (1998) o qual foi consruído para capar o efeio acelerador financeiro na economia. Bernanke e Gerler (1999) generalizaram o modelo BGG para simular o desempenho de regras de políica moneária alernaivas que levam em cona a presença de bolhas exógenas nos preços dos aivos financeiros. O modelo BGG pressupõe que somene os faores fundamenais conduzam os preços dos aivos financeiros, de modo que o acelerador financeiro amplie somene os choques fundamenais como os de produividade ou de gasos. A proposa por Bernanke e Gerler (1999), inclui a possibilidade de que faores não-fundamenais afeem os preços dos aivos, afeando por consequência, a economia real por meio do acelerador financeiro. A consrução do modelo BGG, admie a inclusão das bolhas exógenas nos preços dos aivos financeiros. O valor inrínseco do capial é o valor presene dos dividendos que o capial possa gerar. O valor inrínseco do capial depreciável, Q, no período, é dado por: Q E E i 1 D D 1i 1i 1 i0 i q q R R j j Q 1 (2.4) onde E indica a expecaiva no período, é a axa de depreciação do capial físico, D i são os dividendos e período 1. q R 1 é a axa de descono bruo no período para os dividendos pagos no A principal modificação ao modelo BGG é que se permie que os preços dos aivos possam divergir do seu valor inrínseco em decorrência da presença de bolhas. Bernanke e Gerler (1999) fazem uso do ermo bolha para indicar os desvios provisórios dos preços dos aivos com relação aos seus valores inrínsecos, devido, por exemplo, a ondas de oimismo ou pessimismo. Desse modo, as bolhas podem ser enendidas como pressões inflacionárias vindas do mercado financeiro.

26 25 O pressuposo fundamenal é que o preço de mercado do capial, seu valor inrínseco, S, pode divergir do Q. Enão, a bolha exise quando S Q 0. Se a bolha exise no período, ela persisirá com probabilidade p e crescerá como segue: a (2.5) p q S 1 Q 1 S Q R 1 Onde p a 1. Caso a bolha esoure, com probabilidade ( 1 p ), enão: S 1 Q 1 0 (2.6) No caso onde a p 1, a bolha crescerá aé o momeno em que esoura. Supondo que uma bolha esoure, não é de se esperar que ela surja novamene. Diane desses pressuposos, o componene esperado da bolha segue o processo: S E Q 1 1 q R 1 as Q (2.7) Como o parâmero a é limiado a ser menor que uma unidade, o valor desconado da bolha enderá a zero ao longo do empo, com a axa deerminada pelo valor de a. Isso mosra que a bolha não possui duração infinia. Vale ressalar que, quando a 1, corresponde a chamada bolha racional descria em Blanchard e Wason (1982). A especificação de bolha de Bernanke e Gerler (1999) pode ser feia arbirariamene próximo de uma bolha racional pela suposição de que a esá pero de um. Uilizando (2.4) e (2.7), deriva-se uma expressão para a evolução do preço das ações, incluindo a bolha: S D 1 1 S E s R 1 1 (2.8) Onde o reorno sobre as ações, s R 1, relaciona-se com o reorno sobre o capial inrínseco, q R 1 : s q Q R 1 R 1 b 1 b (2.9) S Sendo a1 b. De acordo com a equação (2.9), o reorno esperado das ações será diferene do reorno do capial inrínseco na exisência de bolhas. Caso a bolha seja posiiva, enão, S 1 Q, e

27 26 o reorno das ações será menor que o reorno do capial inrínseco. Por ouro lado, se a bolha é negaiva, S 1 Q, ocorrerá a siuação inversa. A persisência de uma bolha proporciona a geração de uma série de reornos supranormais. Esse comporameno verificado nas bolhas parece descreve de forma plausível os movimenos especulaivos no mercado acionário. Para Bernanke e Gerler (1999), a aividade real é afeada pela bolha de duas maneiras. A primeira refere-se à criação de um efeio riqueza sobre o consumo e a segunda diz respeio a qualidade dos balanços das empresas que depende dos valores de mercado de seus aivos e não de seus valores inrínsecos. Assim, a presença de uma bolha nos preços dos aivos afeará a condição financeira das empresas e, consequenemene, o prêmio de financiameno exerno. Em sínese, a principal modificação na exensão do modelo BGG proposa por Bernanke e Gerler (1999) é assumir que as oscilações não fundamenais dos preços dos aivos financeiros possam influenciar a aividade real. Ou seja, as bolhas formadas no mercado financeiro, que por sua vez geram pressões inflacionárias, compromeem o rimo de crescimeno da economia. Nessa perspeciva, o principal objeivo dos auores é verificar os ipos de regras de políica que regulam melhor os efeios negaivos proporcionados pelos disúrbios do mercado de aivos. Os auores mosram que regras de políica direcionadas para a esabilização da inflação parecem funcionar bem apresenando resulados robusos em panoramas diferenes. Assumindo que o Banco Cenral segue uma regra políica do ipo forward-looking, em-se: r n r n E 1 (2.10) onde n r é a axa de juros nominal conrolada pelo Banco Cenral, n r é o valor de esado esacionário da axa de juros nominal, E 1 é a axa de inflação esperada para o próximo período. Admie-se sempre que 1, o que significa que o Banco Cenral eleva a axa de juros nominal mais que proporcionalmene ao aumeno da inflação esperada garanindo que essa elevação da axa de juros esabilize a inflação. A equação (2.10) represena uma regra políica diferene da Regra de Taylor convencional em dois aspecos. Primeiramene, na versão de Bernanke e Gerler (1999) a regra políica responde a valores anecipados da inflação ao invés de valores passados. O segundo pono divergene é que a equação (2.10) desconsidera o ermo referene ao hiao do produo. Uma das razões que jusifica a exclusão do hiao do produo, é que ano a regra de

28 27 políica (2.10) quano as regras que incluem o gap do produo produzem basicamene os mesmos efeios sobre os choques que afeam principalmene a demanda agregada, como os choques de preços de aivos. Oura jusificaiva é que as esimaivas empíricas da resposa dos Bancos Cenrais para o hiao do produo condicional sobre a inflação esperada são muias vezes basane pequenas. Como uma alernaiva para a equação (2.10), Bernanke e Gerler (1999) assumem uma função de reação que permie ao Banco Cenral responder a variações nos preços dos aivos financeiros. Nesse caso, a axa de juros nominal responderá ao log do nível de preços dos aivos defasado em relação ao seu valor de esado esacionário: r n r n S 1 E 1 log (2.11) S Diane do modelo apresenado, os auores uilizaram uma regra de políica acomodaícia com 1, 01 e um regime de meas de inflação mais agressivo com, 2, 0. O esudo admie duas siuações: efeios de uma bolha quando 1) a políica moneária responde apenas à inflação esperada e 2) quando responde ambém aos preços das ações. Na primeira siuação, as funções de reação são dadas da seguine forma: n Políica Acomodaícia: r 1, 01E 1 (2.12) n Políica Agressiva: r 2, 0E 1 (2.13) Admiindo uma políica acomodaícia, a presença da bolha provoca um esímulo na demanda agregada levando a aumenos consideráveis da inflação e do produo conduzindo a economia para um aquecimeno. A elevação nos preços das ações esimula gasos e produção aravés do efeio riqueza sobre o consumo e aravés do impaco no balanço das empresas. No momeno em que a bolha esoura, o parimônio líquido das empresas diminui. O efeio negaivo sobre o mercado de crédio eleva o prêmio de financiameno exerno e reduz rapidamene o produo. Após o esouro da bolha, a redução da produção supera a expansão inicial. Nessas condições, não havendo mais choques, a produção encerra o ciclo descendene, porém, alcança a esabilidade em um nível abaixo do nível inicial de produção. (Figura 2). Admiindo políica agressiva, há um melhor conrole dos efeios da bolha sobre a economia. Embora a políica não seja volada para responder direamene ao mercado de

29 28 ações por si só, na regra agressiva, a axa de juros é alamene sensível às pressões inflacionárias criadas pela bolha. Figura 2 Efeios de uma bolha quando a políica moneária responde apenas à inflação esperada Fone: Bernanke e Gereler (1999) A segunda siuação, quando a políica moneária responde ambém aos preços das ações, pode ser represenada pelas seguines equações: n Políica Acomodaícia: r 1, 01E 1 0, 1S 1 (2.14) n Políica Agressiva: r 2, 0E 1 0, 1S 1 (2.15) As equações (2.14) e (2.15) possuem um parâmero ajusado com valor igual a (0,1) implicando que, dada a inflação esperada consane, um aumeno de dez ponos percenuais no mercado de ações conduz a um aumeno de um pono percenual na axa de juros nominal. Ceramene, a resposa oal da axa de juros de curo prazo, a uma valorização no mercado de ações, é maior do que o apresenado, pois a regra de políica ambém responde a variações na inflação esperada induzida por uma bolha. A eoria mosra que responder aos movimenos nos preços das ações, considerando uma políica acomodaícia, produz resulados perversos. Ou seja, a expecaiva dos agenes de que as axas de juros se elevarão em decorrência da bolha, pressiona para baixo o componene fundamenal dos preços das ações apesar de, no geral, esses preços aumenarem. Nesse conexo, a elevação da axa de juros e a redução no componene fundamenal mais do que compensam os efeios dos esímulos da bolha, havendo uma redução do produo e da inflação. Esse resulado exprime um dos efeios colaerais possíveis para a economia que podem ocorrer quando o Banco Cenral responde aos preços das ações.

30 29 De acordo com o modelo, considerando uma políica agressiva como na equação (2.12), responder à variações nos preços das ações alera pouco as resposas dinâmicas da economia. O componene aivo da regra moneária ajusa foremene a axa real de juros para compensar as variações na inflação esperada, conrabalanceando os efeios perversos produzidos pela resposa da políica aos preços das ações. Em sínese, o modelo de Bernanke e Gerler (1999) prova que a flexibilidade de meas de inflação fornece diferenes alernaivas para aingir ano a esabilidade macroeconômica como a esabilidade financeira. Os auores mosram que, a parir do regime de meas inflacionárias, variações nos preços dos aivos financeiros afeam a políica moneária quando esas aleram a previsão de inflação fuura. Ainda admiem que uma políica de meas inflacionárias mais agressiva alcança a esabilidade de preços quando há volailidade nos preços dos aivos financeiros decorrene de bolhas ou de choques ecnológicos. Porano, esses auores reconhecem que a variabilidade do hiao do produo pode ser amenizada se o Banco Cenral colocar um peso mesmo que pequeno no parâmero de preço dos aivos financeiros.

31 30 3 Meodologia Os procedimenos empíricos esão divididos em eapas. Inicialmene, aplica-se o ese de raiz uniária em cada variável uilizada na pesquisa (disribuídas mensalmene enre 1999 e 2010) com o objeivo de idenificar se as séries seguem algum ipo de endência esocásica. Os eses de causalidade e co-inegração ambém serão aplicados uma vez que são procedimenos necessários para a esimação mais adequada do modelo VAR. Na segunda eapa, a modelagem da volailidade das variáveis uilizadas é obida aravés de processos auo-regressivos considerando o comporameno da variância condicional. Para ano, os modelos de volailidade (modelos da família ARCH) serão uilizados para idenificar persisências e aglomerações, bem como comporamenos assiméricos (efeio alavancagem) nas variáveis selecionadas. Jusifica-se, porano, segundo Bernanke e Gerler (2001), que o aumeno na volailidade nos preços dos aivos financeiros afea a condição financeira das empresas bem como a condução de políica moneária. Aravés dos modelos de volailidade ambém serão avaliados os comporamenos da volailidade da SELIC e do indicador financeiro consruído para a análise (PL) 5 com a finalidade de enconrar possíveis semelhanças ou divergências que possam auxiliar na jusificaiva de inclusão do indicador de mercado no sisema de meas de inflação. Na erceira eapa, realiza-se a esimação da relação enre a políica moneária e a volailidade das variáveis sugeridas, inclusive preços dos aivos financeiros, aravés da abordagem de Veores Auo-Regressivos. Nesa fase, ressala-se a análise das funções de resposas a impulsos bem como a decomposição da variância do erro da SELIC como forma de avaliar o percenual de explicação de cada variável do modelo sobre a SELIC. O objeivo é replicar o modelo proposo por Bernanke e Gerler (1999, 2001) sugerindo um novo indicador que represene o mercado financeiro. 3.1 Indicador Financeiro Para cumprir com o objeivo principal da disseração, será necessário definir um indicador que seja adequado para capar os efeios da volailidade do mercado financeiro. O 5 O indicador PL será definido adiane.

32 31 indicador escolhido será inroduzido na função de reação proposa no modelo de Bernanke e Gerler (1999) que será replicada para o caso brasileiro no período de 1999 a Para represenar o mercado financeiro, serão analisados alguns indicadores que são oriundos da Escola Fundamenalisa de análise de mercados. 6 Os principais indicadores desa escola são: Valor Parimonial da Ação (VPA), Valor de Mercado da Ação (VMA) e o Preço/Lucro (P/L). Esses índices represenam bons indicaivos do mercado uma vez que possuem a capacidade de mensurar o desempenho das empresas no mercado de ações. O Valor Parimonial da Ação (VPA) é uma das medidas mais simples de avaliação. Essa medida é obida pela relação enre o Valor do Parimônio Líquido conábil e o número de ações. Assim, o VPA represena o valor conábil de cada ação, ou seja, seu valor inrínseco. Mosra ainda quano do Parimônio Líquido perence a cada acionisa. A negociação de uma empresa com valor acima do seu VPA indica que o mercado aceia pagar, pela ação, um valor superior por haver expecaiva de crescimeno e bons resulados que possam jusificar esse preço mais elevado. O caso conrário, quando a ação é negociada abaixo de seu VPA, enende-se que a ação deve ser negociada abaixo do seu valor inrínseco, pois as expecaivas de mercado para essa empresa ou seor não são boas. O Valor de Mercado das Ações (VMA) é calculado pela muliplicação enre as coações das ações de uma empresa e o número oal de íulos em circulação emiidos pela companhia. No enano, uma vez que os mercados mobiliários coam o valor dos íulos considerando, em ese, as forças da ofera e demanda, supõe-se que um aumeno significaivo no volume de vendas irá derrubar as coações e, assim, o valor de mercado da companhia. Por ouro lado, as oscilações endem a causar reações em variáveis como axa de juros e nos desempenhos econômicos. Por exemplo, o anúncio de expecaivas de queda na axa de juros pode elevar rapidamene o valor de mercado das ações. Assim, a volailidade desse indicador represena sua maior limiação. O índice Preço/Lucro (P/L) represena a relação enre o preço de mercado de uma ação e o Lucro por Ação da empresa (LPA). Ese indicador é uilizado no mercado financeiro para idenificar, aravés da comparação enre ações, o quão baraa ou cara é a ação. É, porano, um indicador que mede o grau de oimismo no mercado quano ao desempenho fuuro das ações, e suas expecaivas de invesimeno. 6 Para a análise de mercado exisem duas escolas: a escola de análise écnica que em como objeivo de rabalho os preços das ações. A escola fundamenalisa se paua na análise das empresas, dos seores, da conjunura macroeconômica e na aversão ao risco.

33 32 O P/L indica o empo de recuperação do capial invesido na compra de uma ação ou ainda o inverso da axa de reorno esperada. Para ano, orna-se necessário que se condicione essa inerpreação à hipóese de que o LPA se manerá consane e será disribuído odos os anos. O cálculo do índice P/L orna possível, ao invesidor, a comparação enre duas ou mais ações de empresas de diferenes seores, sendo úil na seleção de uma careira para invesimenos. Para o objeivo da pesquisa sugere, em sua rajeória, uma endência de ala ou endência de baixa visa pelos analisas econômicos que, por hipóese, deve ser inserida nas políicas econômicas. 3.2 Modelos de Volailidade Os modelos de regressão linear desenvolvidos para séries emporais buscam geralmene descrever o comporameno da média condicional de deerminada variável. No enano, há a preocupação, sobreudo em variáveis financeiras, de conhecer ambém o comporameno da variância condicional. Nessas condições, Engle (1982) desenvolve um modelo denominado ARCH (Auoregressive Condiional Heerocedasiciy) o qual leva em consideração o segundo momeno condicional admiindo que ese seja heerocedásico, ou seja, não consane ao longo do empo. Inspirados em Engle (1982), ouros auores sugeriram poseriormene inúmeros modelos para a variância condicional de uma série de empo. Uma imporane exensão do modelo ARCH é a sua versão generalizada proposa por Bollerslev (1986), denominada GARCH (Generalized Auoregressive Condiional Heerocedasiciy). Foi sugerido como uma forma mais parcimoniosa de expressar a dependência emporal da variância condicional, pois apresena menos parâmeros do que um modelo ARCH. Esse modelo capa simulaneamene o primeiro e o segundo momeno condicional de uma série com um modelo ARMA. Um modelo GARCH(p,q) é definido por: X h (3.1) h p q 2 0 i X i j i1 j1 h (3.2) j em que são resíduos i.i.d., com média zero e variância um, r, r max( p,q ) 0 0, i 0, j 0, i j 1. Nessa equação, o coeficiene j i 1

34 33 mede a persisência da volailidade. O somaório dos parâmeros i e j represena a persisência dos choques na volailidade de modo que, quano mais próximo de um, maior o empo necessário para o efeio de choques desaparecerem. A formulação GARCH limia-se a descrever apenas a magniude dos choques não sendo capaz de capar o efeio assimeria. Conudo, no mercado financeiro, os choques em reornos de ações são assiméricos, ou seja, há um consenso no mercado financeiro de que as surpresas negaivas êm sobre a volailidade um impaco superior àquele provocado por uma surpresa posiiva de igual magniude. Nelson (1991) preenche essa lacuna ao propor o modelo EGARCH, que permie capar o efeio assimeria onde choques de reornos posiivos e negaivos geram impacos diferenes. O modelo EGARH(1,1) é dado por: ln i (3.3) h 1 h 1 h w lnh Nessa equação, i represena o efeio alavancagem, indicando que, quando i 0, os choques negaivos aumenam a volailidade do modelo mais que choques posiivos. No enano, quando 0, os impacos serão assiméricos. i Oura forma de represenação do efeio assimérico dos choques é dada pelo modelo TARCH (Threshold ARCH), proposo de forma independene por Zakoian (1994) e Glosen, Jaganahan e Runkle (1993). Segundo Morein e Toloi (2004), a volailidade segue a seguine forma funcional: h X h d X (3.4) onde d 1 é uma variável dummy que assume os seguines valores: d 1, se X 0 más noícias 0, se X 0 boas noícias Na equação (3.4), a dinâmica da volailidade é medida pelos coeficienes, e, indicando respecivamene, a reação, persisência e efeio assimeria da volailidade. Não haverá evidências do efeio alavancagem quando 0 esaisicamene. No enano, quando 0, haverá impaco de informações assiméricas sobre a volailidade. Caso 0, o choque de informações negaivas produz maior impaco sobre a volailidade do que as informações posiivas verificando-se o efeio alavancagem.

EFICIÊNCIA NA FORMA SEMI-FORTE NO MERCADO PORTUGUÊS

EFICIÊNCIA NA FORMA SEMI-FORTE NO MERCADO PORTUGUÊS EFICIÊNCIA NA SEMI-FORTE NO MERCADO PORTUGUÊS Mercados e Invesimenos Financeiros Dezembro, 2007 Inês Maos Liliana Araújo Pedro M. Dias Ricardo Sanos Sara Ledo Ferreira ÍNDICE 1. CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA

Leia mais

GERAÇÃO DE PREÇOS DE ATIVOS FINANCEIROS E SUA UTILIZAÇÃO PELO MODELO DE BLACK AND SCHOLES

GERAÇÃO DE PREÇOS DE ATIVOS FINANCEIROS E SUA UTILIZAÇÃO PELO MODELO DE BLACK AND SCHOLES XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Mauridade e desafios da Engenharia de Produção: compeiividade das empresas, condições de rabalho, meio ambiene. São Carlos, SP, Brasil, 1 a15 de ouubro de

Leia mais

4 Modelo teórico Avaliação tradicional

4 Modelo teórico Avaliação tradicional 4 Modelo eórico 4.1. Avaliação radicional Em economia define-se invesimeno como sendo o ao de incorrer em um cuso imediao na expecaiva de fuuros reornos (DIXIT e PINDYCK, 1994). Nesse senido as empresas

Leia mais

4 Cenários de estresse

4 Cenários de estresse 4 Cenários de esresse Os cenários de esresse são simulações para avaliar a adequação de capial ao limie de Basiléia numa deerminada daa. Sua finalidade é medir a capacidade de o PR das insiuições bancárias

Leia mais

GRUPO XIII GRUPO DE ESTUDO DE INTERFERÊNCIAS, COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA E QUALIDADE DE ENERGIA - GCQ

GRUPO XIII GRUPO DE ESTUDO DE INTERFERÊNCIAS, COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA E QUALIDADE DE ENERGIA - GCQ SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GCQ - 11 16 a 21 Ouubro de 2005 Curiiba - Paraná GRUPO XIII GRUPO DE ESTUDO DE INTERFERÊNCIAS, COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA E

Leia mais

Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indústria de Óleos Vegetais

Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indústria de Óleos Vegetais XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 8 a 1 de novembro de 24 Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indúsria de Óleos Vegeais Regiane Klidzio (URI) gep@urisan.che.br

Leia mais

Regra de Taylor e a conduta de Política Monetária no Brasil ( ): a lição para 2007

Regra de Taylor e a conduta de Política Monetária no Brasil ( ): a lição para 2007 Regra de Taylor e a condua de Políica Moneária no Brasil (1999-2006): a lição para 2007 Luciano D Agosini * Lucas Lauer Dezordi ** Em resposa a mudanças de variáveis como inflação e produo, a função de

Leia mais

Notas Técnicas do Banco Central do Brasil

Notas Técnicas do Banco Central do Brasil ISSN 1519-7212 Noas Técnicas do Banco Cenral do Brasil Número 25 Julho de 2002 Há Razões para Duvidar de Que a Dívida Pública no Brasil é Susenável? Ilan Goldfajn ISSN 1519-7212 CGC 00.038.166/0001-05

Leia mais

Danilo Perretti Trofimoff EXPOSIÇÃO CAMBIAL ASSIMÉTRICA: EVIDÊNCIA SOBRE O BRASIL

Danilo Perretti Trofimoff EXPOSIÇÃO CAMBIAL ASSIMÉTRICA: EVIDÊNCIA SOBRE O BRASIL FACULDADE IBMEC SÃO PAULO Programa de Mesrado Profissional em Economia Danilo Perrei Trofimoff EXPOSIÇÃO CAMBIAL ASSIMÉTRICA: EVIDÊNCIA SOBRE O BRASIL São Paulo 2008 1 Livros Gráis hp://www.livrosgrais.com.br

Leia mais

Taxa de Câmbio e Taxa de Juros no Brasil, Chile e México

Taxa de Câmbio e Taxa de Juros no Brasil, Chile e México Taxa de Câmbio e Taxa de Juros no Brasil, Chile e México A axa de câmbio consiui variável fundamenal em economias aberas, pois represena imporane componene do preço relaivo de bens, serviços e aivos, ou

Leia mais

TIR Taxa Interna de Retorno LCF Economia de Recursos Florestais 2009

TIR Taxa Interna de Retorno LCF Economia de Recursos Florestais 2009 TIR Taxa Inerna de Reorno LCF 685-Economia de Recursos Floresais 2009 TIR: Taxa Inerna de Reorno AT Taxa Inerna de Reorno (TIR)de um projeo é aquela que orna o valor presene das receias menos o valor presene

Leia mais

Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1

Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1 Jovens no mercado de rabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1 Luís Abel da Silva Filho 2 Fábio José Ferreira da Silva 3 Silvana Nunes de Queiroz 4 Resumo: Nos anos 1990,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA DOIS ENSAIOS EM MACROECONOMIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA DOIS ENSAIOS EM MACROECONOMIA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA Marcus Vinicius Amaral e Silva DOIS ENSAIOS EM MACROECONOMIA João Pessoa 2014 Marcus Vinicius Amaral e Silva DOIS

Leia mais

S559 Shousha, Samer. Estrutura a termo da taxa de juros e dinâmica macroeconômica no Brasil / Samer Shousha. Rio de Janeiro : BNDES, p.

S559 Shousha, Samer. Estrutura a termo da taxa de juros e dinâmica macroeconômica no Brasil / Samer Shousha. Rio de Janeiro : BNDES, p. S559 Shousha, Samer. Esruura a ermo da axa de juros e dinâmica macroeconômica no Brasil / Samer Shousha. Rio de Janeiro : BNDES, 2008. 84 p. Originalmene apresenado como disseração do auor (mesrado PUC-Rio,

Leia mais

ANÁLISE EMPÍRICA DO RELACIONAMENTO ENTRE ALAVANCAGEM OPERACIONAL, RISCO E RETORNO NAS EMPRESAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO

ANÁLISE EMPÍRICA DO RELACIONAMENTO ENTRE ALAVANCAGEM OPERACIONAL, RISCO E RETORNO NAS EMPRESAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO 1 ANÁLISE EMPÍRICA DO RELACIONAMENTO ENTRE ALAVANCAGEM OPERACIONAL, RISCO E RETORNO NAS EMPRESAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO Resumo A efeividade de indicadores econômico-financeiros e as inerações enre

Leia mais

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Dinâmicos

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Dinâmicos Análise de Projecos ESAPL / IPVC Criérios de Valorização e Selecção de Invesimenos. Méodos Dinâmicos Criério do Valor Líquido Acualizado (VLA) O VLA de um invesimeno é a diferença enre os valores dos benefícios

Leia mais

Econometria Semestre

Econometria Semestre Economeria Semesre 00.0 6 6 CAPÍTULO ECONOMETRIA DE SÉRIES TEMPORAIS CONCEITOS BÁSICOS.. ALGUMAS SÉRIES TEMPORAIS BRASILEIRAS Nesa seção apresenamos algumas séries econômicas, semelhanes às exibidas por

Leia mais

Boom nas vendas de autoveículos via crédito farto, preços baixos e confiança em alta: o caso de um ciclo?

Boom nas vendas de autoveículos via crédito farto, preços baixos e confiança em alta: o caso de um ciclo? Boom nas vendas de auoveículos via crédio faro, preços baixos e confiança em ala: o caso de um ciclo? Fábio Auguso Reis Gomes * Fabio Maciel Ramos ** RESUMO - A proposa dese rabalho é conribuir para o

Leia mais

MECANISMO DE TRANSMISSÃO DE POLÍTICA MONETÁRIA VIA CANAL DO BALANÇO PATRIMONIAL PARA O PERÍODO PÓS PLANO REAL

MECANISMO DE TRANSMISSÃO DE POLÍTICA MONETÁRIA VIA CANAL DO BALANÇO PATRIMONIAL PARA O PERÍODO PÓS PLANO REAL Arigo a ser apresenado no X Enconro Regional de Economia - ANPEC Sul 010 11 a 13 de agoso de 010 - Poro Alegre/RS MECANSMO DE TRANSMSSÃO DE POLÍTCA MONETÁRA VA CANAL DO BALANÇO PATRMONAL PARA O PERÍODO

Leia mais

ONDAS ELETROMAGNÉTICAS

ONDAS ELETROMAGNÉTICAS LTROMAGNTISMO II 3 ONDAS LTROMAGNÉTICAS A propagação de ondas eleromagnéicas ocorre quando um campo elérico variane no empo produ um campo magnéico ambém variane no empo, que por sua ve produ um campo

Leia mais

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO PESSOAL E HABITACIONAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS FATORES MACROECONÔMICOS NO PERÍODO PÓS-REAL RESUMO

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO PESSOAL E HABITACIONAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS FATORES MACROECONÔMICOS NO PERÍODO PÓS-REAL RESUMO 78 EVOLUÇÃO DO CRÉDITO PESSOAL E HABITACIONAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS FATORES MACROECONÔMICOS NO PERÍODO PÓS-REAL Pâmela Amado Trisão¹ Kelmara Mendes Vieira² Paulo Sergio Cerea³ Reisoli

Leia mais

Composição Dinâmica da Dívida Pública: o modelo de suavização da tributação para dívida flutuante

Composição Dinâmica da Dívida Pública: o modelo de suavização da tributação para dívida flutuante 1 Composição Dinâmica da Dívida Pública: o modelo de suavização da ribuação para dívida fluuane Juliana Inhasz 1 Rodrigo De-Losso Resumo Ese rabalho esuda a composição óima da dívida pública, aravés do

Leia mais

O EFEITO DIA DO VENCIMENTO DE OPÇÕES NA BOVESPA 1

O EFEITO DIA DO VENCIMENTO DE OPÇÕES NA BOVESPA 1 O EFEITO DIA DO VENCIMENTO DE OPÇÕES NA BOVESPA 1 Paulo J. Körbes 2 Marcelo Marins Paganoi 3 RESUMO O objeivo dese esudo foi verificar se exise influência de evenos de vencimeno de conraos de opções sobre

Leia mais

METODOLOGIAS ALTERNATIVAS DE GERAÇÃO DE CENÁRIOS NA APURAÇÃO DO V@R DE INSTRUMETOS NACIONAIS. Alexandre Jorge Chaia 1 Fábio da Paz Ferreira 2

METODOLOGIAS ALTERNATIVAS DE GERAÇÃO DE CENÁRIOS NA APURAÇÃO DO V@R DE INSTRUMETOS NACIONAIS. Alexandre Jorge Chaia 1 Fábio da Paz Ferreira 2 IV SEMEAD METODOLOGIAS ALTERNATIVAS DE GERAÇÃO DE CENÁRIOS NA APURAÇÃO DO V@R DE INSTRUMETOS NACIONAIS Alexandre Jorge Chaia 1 Fábio da Paz Ferreira 2 RESUMO Uma das ferramenas de gesão do risco de mercado

Leia mais

UM MÉTODO RÁPIDO PARA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO TÉRMICO DO ENROLAMENTO DO ESTATOR DE MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS DO TIPO GAIOLA

UM MÉTODO RÁPIDO PARA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO TÉRMICO DO ENROLAMENTO DO ESTATOR DE MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS DO TIPO GAIOLA ART643-07 - CD 262-07 - PÁG.: 1 UM MÉTD RÁPID PARA ANÁLISE D CMPRTAMENT TÉRMIC D ENRLAMENT D ESTATR DE MTRES DE INDUÇÃ TRIFÁSICS D TIP GAILA 1 - RESUM Jocélio de Sá; João Robero Cogo; Hécor Arango. objeivo

Leia mais

Produtividade Agrícola e Preço da Terra no Brasil Uma Análise Estadual

Produtividade Agrícola e Preço da Terra no Brasil Uma Análise Estadual PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA E PREÇO DA TERRA NO BRASIL UMA ANÁLISE ESTADUAL hfsspola@esalq.usp.br APRESENTACAO ORAL-Evolução e esruura da agropecuária no Brasil HUMBERTO FRANCISCO SILVA SPOLADOR; GERALDO SANT

Leia mais

Centro Federal de EducaçãoTecnológica 28/11/2012

Centro Federal de EducaçãoTecnológica 28/11/2012 Análise da Dinâmica da Volailidade dos Preços a visa do Café Arábica: Aplicação dos Modelos Heeroscedásicos Carlos Albero Gonçalves da Silva Luciano Moraes Cenro Federal de EducaçãoTecnológica 8//0 Objevos

Leia mais

CURVAS DE CRESCIMENTO E OTIMIZAÇÃO DE UM PROCESSO INDUSTRIAL DE FERMENTAÇÃO

CURVAS DE CRESCIMENTO E OTIMIZAÇÃO DE UM PROCESSO INDUSTRIAL DE FERMENTAÇÃO CURVAS DE CRESCIMENTO E OTIMIZAÇÃO DE UM PROCESSO INDUSTRIAL DE FERMENTAÇÃO Naália Peçanha Caninas Companhia Municipal de Limpeza Urbana - COMLURB Rua Major Ávila, 358 CEP 20.519-900-Rio de Janeiro- RJ

Leia mais

CRESCIMENTO ECONÔMICO E CONCENTRAÇÃO DE RENDA: SEUS EFEITOS NA POBREZA NO BRASIL

CRESCIMENTO ECONÔMICO E CONCENTRAÇÃO DE RENDA: SEUS EFEITOS NA POBREZA NO BRASIL SÉRIES WORKING PAPER BNDES/ANPEC PROGRAMA DE FOMENTO À PESQUISA EM DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - PDE CRESCIMENTO ECONÔMICO E CONCENTRAÇÃO DE RENDA: SEUS EFEITOS NA POBREZA NO BRASIL Emerson Marinho UFC/CAEN

Leia mais

Um modelo matemático para o ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti e controle de epidemias

Um modelo matemático para o ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti e controle de epidemias Universidade Federal de Ouro Preo Modelagem e Simulação de Sisemas Terresres DECOM- prof. Tiago Garcia de Senna Carneiro Um modelo maemáico para o ciclo de vida do mosquio Aedes aegypi e conrole de epidemias

Leia mais

Curva de Phillips, Inflação e Desemprego. A introdução das expectativas: a curva de oferta agregada de Lucas (Lucas, 1973)

Curva de Phillips, Inflação e Desemprego. A introdução das expectativas: a curva de oferta agregada de Lucas (Lucas, 1973) Curva de Phillips, Inflação e Desemprego Lopes e Vasconcellos (2008), capíulo 7 Dornbusch, Fischer e Sarz (2008), capíulos 6 e 7 Mankiw (2007), capíulo 13 Blanchard (2004), capíulo 8 A inrodução das expecaivas:

Leia mais

1 INTRODUÇÃO. 1 O argumento da inconsistência dinâmica apóia-se na idéia de que os agentes conhecem o incentivo

1 INTRODUÇÃO. 1 O argumento da inconsistência dinâmica apóia-se na idéia de que os agentes conhecem o incentivo 0 INTRODUÇÃO A queda do sisema de Breom Woods e, poseriormene, a ausência de uma relação esreia enre moeda e renda, dada pela insabilidade da velocidade de circulação da moeda, inciou o desenvolvimeno

Leia mais

Perspectivas para a inflação

Perspectivas para a inflação Perspecivas para a inflação 6 Ese capíulo do Relaório de Inflação apresena a avaliação feia pelo Copom sobre o comporameno da economia brasileira e do cenário inernacional desde a divulgação do Relaório

Leia mais

Reestruturação e Emprego

Reestruturação e Emprego 5 Reesruuração e Emprego O Impaco da Aberura Comercial sobre o Emprego: 1990-1997 Maurício Mesquia Moreira Sheila Najberg Os auores agradecem a Armando Caselar pelos comenários, a Marcelo Ikeda pela inesimável

Leia mais

OTIMIZAÇÃO ENERGÉTICA NA CETREL: DIAGNÓSTICO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE GANHOS

OTIMIZAÇÃO ENERGÉTICA NA CETREL: DIAGNÓSTICO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE GANHOS STC/ 08 17 à 22 de ouubro de 1999 Foz do Iguaçu Paraná - Brasil SESSÃO TÉCNICA ESPECIAL CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA (STC) OTIMIZAÇÃO ENERGÉTICA NA CETREL: DIAGNÓSTICO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE

Leia mais

2 PREVISÃO DA DEMANDA

2 PREVISÃO DA DEMANDA PREVISÃO DA DEMANDA Abandonando um pouco a visão românica do ermo previsão, milhares de anos após as grandes civilizações da nossa hisória, a previsão do fuuro vola a omar a sua posição de imporância no

Leia mais

ANÁLISE DO PROCESSO PRODUTIVO DE UMA INDÚSTRIA TÊXTIL ATRAVÉS DE CARTAS DE CONTROLE

ANÁLISE DO PROCESSO PRODUTIVO DE UMA INDÚSTRIA TÊXTIL ATRAVÉS DE CARTAS DE CONTROLE 5, 6 e 7 de Agoso de 010 ISSN 1984-9354 ANÁLISE DO PROCESSO PRODUTIVO DE UMA INDÚSTRIA TÊXTIL ATRAVÉS DE CARTAS DE CONTROLE Maria Emilia Camargo (Universidade de Caxias do Sul) kamargo@erra.com.br Waler

Leia mais

O Modelo de Bandas Cambiais e a Variabilidade da Taxa de Câmbio

O Modelo de Bandas Cambiais e a Variabilidade da Taxa de Câmbio O Modelo de Bandas Cambiais e a Variabilidade da Taxa de Câmbio Fernando Seabra Prof. do Deparameno de Economia da Universidade Federal de Sana Caarina RESUMO O objeivo dese esudo é discuir eoricamene

Leia mais

Uma avaliação da poupança em conta corrente do governo

Uma avaliação da poupança em conta corrente do governo Uma avaliação da poupança em cona correne do governo Manoel Carlos de Casro Pires * Inrodução O insrumeno de políica fiscal em vários ojeivos e não é surpreendene que, ao se deerminar uma mea de superávi

Leia mais

12 Integral Indefinida

12 Integral Indefinida Inegral Indefinida Em muios problemas, a derivada de uma função é conhecida e o objeivo é enconrar a própria função. Por eemplo, se a aa de crescimeno de uma deerminada população é conhecida, pode-se desejar

Leia mais

POLÍTICA DE ESTABILIZAÇÃO E CICLOS DE EXPANSÃO-QUEDA*

POLÍTICA DE ESTABILIZAÇÃO E CICLOS DE EXPANSÃO-QUEDA* POLÍTICA DE ESTABILIZAÇÃO E CICLOS DE EXPANSÃO-QUEDA* REGRAS MONETÁRIAS E MACRO-PRUDENCIAIS Caerina Mendicino** Maria Teresa Punzi*** 103 Arigos Resumo As recenes crises financeiras criaram um desafio

Leia mais

A LONGA TRAVESSIA PARA A NORMALIDADE: OS JUROS REAIS NO BRASIL

A LONGA TRAVESSIA PARA A NORMALIDADE: OS JUROS REAIS NO BRASIL Texos para Discussão TD 02/2011 A LONGA TRAVESSIA PARA A NORMALIDADE: OS JUROS REAIS NO BRASIL Ilan Goldfajn Aurélio Bicalho Deparameno de Pesquisa Macroeconômica Iaú Unibanco 2011 Iaú Unibanco TD 02/2011

Leia mais

Cap. 6 - Análise de Investimentos em Situação de Risco

Cap. 6 - Análise de Investimentos em Situação de Risco Cap. 6 - Análise de Invesimenos em Siuação de Risco Fluxos de Caixa Independenes no Tempo Média e Variância do Presene Uso da Disribuição Bea Fluxos de Caixa Dependenes no Tempo Fluxos de caixa com Dependência

Leia mais

exercício e o preço do ativo são iguais, é dito que a opção está no dinheiro (at-themoney).

exercício e o preço do ativo são iguais, é dito que a opção está no dinheiro (at-themoney). 4. Mercado de Opções O mercado de opções é um mercado no qual o iular (comprador) de uma opção em o direio de exercer a mesma, mas não a obrigação, mediane o pagameno de um prêmio ao lançador da opção

Leia mais

Discricionariedade na Política Monetária Brasileira após o Plano Real: Um teste baseado na Correlação de Longo Prazo entre Inflação e Produto

Discricionariedade na Política Monetária Brasileira após o Plano Real: Um teste baseado na Correlação de Longo Prazo entre Inflação e Produto Discricionariedade na Políica Moneária Brasileira após o Plano Real: Um ese baseado na Correlação de Longo Prazo enre Inflação e Produo Eurilon Araújo Talia Donha Insper Working Paper WPE: 116/2008 Copyrigh

Leia mais

METODOLOGIA PROJEÇÃO DE DEMANDA POR TRANSPORTE AÉREO NO BRASIL

METODOLOGIA PROJEÇÃO DE DEMANDA POR TRANSPORTE AÉREO NO BRASIL METODOLOGIA PROJEÇÃO DE DEMANDA POR TRANSPORTE AÉREO NO BRASIL 1. Inrodução O presene documeno visa apresenar dealhes da meodologia uilizada nos desenvolvimenos de previsão de demanda aeroporuária no Brasil

Leia mais

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO WAGNER ERNESTO NISHIKAWA

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO WAGNER ERNESTO NISHIKAWA FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO WAGNER ERNESTO NISHIKAWA MODELO DE ESTRESSE MACROECONÔMICO DA INADIMPLÊNCIA PARA BANCOS DE ATACADO SÃO PAULO 2014 WAGNER ERNESTO NISHIKAWA MODELO

Leia mais

Existe arbitragem entre a Metalúrgica Gerdau e a Gerdau S.A.?

Existe arbitragem entre a Metalúrgica Gerdau e a Gerdau S.A.? Escola de Pós Graduação em Economia EPGE Fundação Geúlio Vargas Exise arbiragem enre a Mealúrgica Gerdau e a Gerdau S.A.? Disseração submeida à Escola de Pós Graduação em Economia da Fundação Geúlio Vargas

Leia mais

Palavras-chave: Análise de Séries Temporais; HIV; AIDS; HUJBB.

Palavras-chave: Análise de Séries Temporais; HIV; AIDS; HUJBB. Análise de Séries Temporais de Pacienes com HIV/AIDS Inernados no Hospial Universiário João de Barros Barreo (HUJBB), da Região Meropoliana de Belém, Esado do Pará Gilzibene Marques da Silva ¹ Adrilayne

Leia mais

ENGENHARIA ECONÔMICA AVANÇADA

ENGENHARIA ECONÔMICA AVANÇADA ENGENHARIA ECONÔMICA AVANÇADA TÓPICOS AVANÇADOS MATERIAL DE APOIO ÁLVARO GEHLEN DE LEÃO gehleao@pucrs.br 55 5 Avaliação Econômica de Projeos de Invesimeno Nas próximas seções serão apresenados os principais

Leia mais

O Fluxo de Caixa Livre para a Empresa e o Fluxo de Caixa Livre para os Sócios

O Fluxo de Caixa Livre para a Empresa e o Fluxo de Caixa Livre para os Sócios O Fluxo de Caixa Livre para a Empresa e o Fluxo de Caixa Livre para os Sócios! Principais diferenças! Como uilizar! Vanagens e desvanagens Francisco Cavalcane (francisco@fcavalcane.com.br) Sócio-Direor

Leia mais

Medidas estatísticas de risco e retorno. Prof. Isidro

Medidas estatísticas de risco e retorno. Prof. Isidro Medidas esaísicas de risco e reorno Prof. Isidro OBJETIVOS DA UNIDADE DE ESTUDO Demonsrar a formação do reorno de um aivo Analisar as formas de avaliação dese reorno Inroduzir o conceio de risco de um

Leia mais

Volatilidade condicional dos retornos de commodities agropecuárias brasileiras

Volatilidade condicional dos retornos de commodities agropecuárias brasileiras Volailidade condicional dos reornos de commodiies agropecuárias brasileiras Vanessa da Fonseca Pereira 1 João Eusáquio de Lima 2 Marcelo José Braga 3 Talles Girardi de Mendonça 4 Resumo: O objeivo dese

Leia mais

Equações Simultâneas. Aula 16. Gujarati, 2011 Capítulos 18 a 20 Wooldridge, 2011 Capítulo 16

Equações Simultâneas. Aula 16. Gujarati, 2011 Capítulos 18 a 20 Wooldridge, 2011 Capítulo 16 Equações Simulâneas Aula 16 Gujarai, 011 Capíulos 18 a 0 Wooldridge, 011 Capíulo 16 Inrodução Durane boa pare do desenvolvimeno dos coneúdos desa disciplina, nós nos preocupamos apenas com modelos de regressão

Leia mais

Um exame da relação entre os retornos e o fluxo de informações no mercado brasileiro de ações através da volatilidade estocástica

Um exame da relação entre os retornos e o fluxo de informações no mercado brasileiro de ações através da volatilidade estocástica XXVI ENEGEP - Foraleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Ouubro de 006 Um exame da relação enre os reornos e o fluxo de informações no mercado brasileiro de ações aravés da volailidade esocásica André Assis de Salles

Leia mais

Avaliação de Empresas com Base em Números Contábeis

Avaliação de Empresas com Base em Números Contábeis Vol. 4, No. 2 Viória-ES, Brasil Mai/ Ago 27 p. 96-3 ISSN 87-734X Avaliação de Empresas com Base em Números Conábeis James A. Ohlson* Arizona Sae Universiy Alexsandro Broedel Lopes** USP- Universidade de

Leia mais

VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA. Antônio Carlos de Araújo

VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA. Antônio Carlos de Araújo 1 VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA Anônio Carlos de Araújo CPF: 003.261.865-49 Cenro de Pesquisas do Cacau CEPLAC/CEPEC Faculdade de Tecnologia

Leia mais

Políticas anticíclicas na indústria automobilística: uma análise de co-integração dos impactos da redução do IPI sobre as vendas de veículos 1

Políticas anticíclicas na indústria automobilística: uma análise de co-integração dos impactos da redução do IPI sobre as vendas de veículos 1 Políicas anicíclicas na indúsria auomobilísica: uma análise de co-inegração dos impacos da redução do IPI sobre as vendas de veículos Gusavo Varela Alvarenga, Parick Franco Alves, Carolina Fernandes dos

Leia mais

3 O impacto de choques externos sobre a inflação e o produto dos países em desenvolvimento: o grau de abertura comercial importa?

3 O impacto de choques externos sobre a inflação e o produto dos países em desenvolvimento: o grau de abertura comercial importa? 3 O impaco de choques exernos sobre a inflação e o produo dos países em desenvolvimeno: o grau de aberura comercial impora? 3.1.Inrodução Todas as economias esão sujeias a choques exernos. Enreano, a presença

Leia mais

Duas opções de trajetos para André e Bianca. Percurso 1( Sangiovanni tendo sorteado cara e os dois se encontrando no ponto C): P(A) =

Duas opções de trajetos para André e Bianca. Percurso 1( Sangiovanni tendo sorteado cara e os dois se encontrando no ponto C): P(A) = RESOLUÇÃO 1 A AVALIAÇÃO UNIDADE II -016 COLÉGIO ANCHIETA-BA PROFA. MARIA ANTÔNIA C. GOUVEIA ELABORAÇÃO e PESQUISA: PROF. ADRIANO CARIBÉ e WALTER PORTO. QUESTÃO 01. Três saélies compleam suas respecivas

Leia mais

Transparência, condução da política monetária e metas para inflação

Transparência, condução da política monetária e metas para inflação Transparência, condução da políica moneária e meas para inflação Helder Ferreira de Mendonça Professor do Deparameno de Economia da UFF Pesquisador do CNPq Palavras-chave ransparência, políica moneária,

Leia mais

OS EFEITOS DO CRÉDITO RURAL E DA GERAÇÃO DE PATENTES SOBRE A PRODUÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA hfsspola@esalq.usp.br

OS EFEITOS DO CRÉDITO RURAL E DA GERAÇÃO DE PATENTES SOBRE A PRODUÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA hfsspola@esalq.usp.br OS EFEITOS DO CRÉDITO RURAL E DA GERAÇÃO DE PATENTES SOBRE A PRODUÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA hfsspola@esalq.usp.br Apresenação Oral-Ciência, Pesquisa e Transferência de Tecnologia HUMBERTO FRANCISCO SILVA

Leia mais

2. Referencial Teórico

2. Referencial Teórico 15 2. Referencial Teórico Se os mercados fossem eficienes e não houvesse imperfeições, iso é, se os mercados fossem eficienes na hora de difundir informações novas e fossem livres de impedimenos, índices

Leia mais

DEMANDA BRASILEIRA DE CANA DE AÇÚCAR, AÇÚCAR E ETANOL REVISITADA

DEMANDA BRASILEIRA DE CANA DE AÇÚCAR, AÇÚCAR E ETANOL REVISITADA XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Mauridade e desafios da Engenharia de Produção: compeiividade das empresas, condições de rabalho, meio ambiene. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de ouubro

Leia mais

UMA APLICAÇÃO DO TESTE DE RAIZ UNITÁRIA PARA DADOS EM SÉRIES TEMPORAIS DO CONSUMO AGREGADO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS

UMA APLICAÇÃO DO TESTE DE RAIZ UNITÁRIA PARA DADOS EM SÉRIES TEMPORAIS DO CONSUMO AGREGADO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS UMA APLICAÇÃO DO TESTE DE RAIZ UNITÁRIA PARA DADOS EM SÉRIES TEMPORAIS DO CONSUMO AGREGADO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS VIEIRA, Douglas Tadeu. TCC, Ciências Econômicas, Fecilcam, vieira.douglas@gmail.com PONTILI,

Leia mais

Perspectivas para a inflação

Perspectivas para a inflação Perspecivas para a inflação 6 Ese capíulo do Relaório de Inflação apresena a avaliação feia pelo Copom sobre o comporameno da economia brasileira e do cenário inernacional desde a divulgação do Relaório

Leia mais

COMPORTAMENTO DIÁRIO DO MERCADO BRASILEIRO DE RESERVAS BANCÁRIAS NÍVEL E VOLATILIDADE IMPLICAÇÕES NA POLÍTICA MONETÁRIA

COMPORTAMENTO DIÁRIO DO MERCADO BRASILEIRO DE RESERVAS BANCÁRIAS NÍVEL E VOLATILIDADE IMPLICAÇÕES NA POLÍTICA MONETÁRIA COMPORTAMENTO DIÁRIO DO MERCADO BRASILEIRO DE RESERVAS BANCÁRIAS NÍVEL E VOLATILIDADE IMPLICAÇÕES NA POLÍTICA MONETÁRIA Resumo Mardilson Fernandes Queiroz UNB Ese rabalho evidencia padrão de comporameno

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ GUILHERME RICARDO DOS SANTOS SOUZA E SILVA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ GUILHERME RICARDO DOS SANTOS SOUZA E SILVA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ GUILHERME RICARDO DOS SANTOS SOUZA E SILVA ESTUDO DAS VARIAÇÕES CAMBIAIS NO BRASIL: UMA ANÁLISE BASEADA EM EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS RECENTES CURITIBA 2008 GUILHERME RICARDO DOS

Leia mais

4. A procura do setor privado. 4. A procura do setor privado 4.1. Consumo 4.2. Investimento. Burda & Wyplosz, 5ª Edição, Capítulo 8

4. A procura do setor privado. 4. A procura do setor privado 4.1. Consumo 4.2. Investimento. Burda & Wyplosz, 5ª Edição, Capítulo 8 4. A procura do seor privado 4. A procura do seor privado 4.. Consumo 4.2. Invesimeno Burda & Wyplosz, 5ª Edição, Capíulo 8 4.2. Invesimeno - sock de capial óimo Conceios Inroduórios Capial - Bens de produção

Leia mais

Repasse Cambial para Preços

Repasse Cambial para Preços Repasse Cambial para Preços O cenário econômico mundial recene em sido caracerizado por processo de recuperação desigual das grandes economias. De um lado, a economia dos Esados Unidos mosra sinais mais

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ANÁLISE DA CAUSALIDADE E COINTEGRAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS E O IBOVESPA ANALYSIS OF CAUSALITY AND COINTEGRATION BETWEEN MACROECONOMIC VARIABLES

Leia mais

Uma Análise Sobre a Sustentabilidade de Médio-Prazo da Dívida Pública Brasileiro Sob Condições de Risco (2008-2012)

Uma Análise Sobre a Sustentabilidade de Médio-Prazo da Dívida Pública Brasileiro Sob Condições de Risco (2008-2012) Uma Análise Sobre a Susenabilidade de Médio-Prazo da Dívida Pública Brasileiro Sob Condições de Risco (2008-202) Jaime Ferreira Dias * José Luis Oreiro ** Resumo: Ese arigo em por objeivo analisar a dinâmica

Leia mais

AÇÕES DO MERCADO FINACEIRO: UM ESTUDO VIA MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS

AÇÕES DO MERCADO FINACEIRO: UM ESTUDO VIA MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS AÇÕES DO MERCADO FINACEIRO: UM ESTUDO VIA MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS Caroline Poli Espanhol; Célia Mendes Carvalho Lopes Engenharia de Produção, Escola de Engenharia, Universidade Presbieriana Mackenzie

Leia mais

Função Exponencial 2013

Função Exponencial 2013 Função Exponencial 1 1. (Uerj 1) Um imóvel perde 6% do valor de venda a cada dois anos. O valor V() desse imóvel em anos pode ser obido por meio da fórmula a seguir, na qual V corresponde ao seu valor

Leia mais

TEMA 1. Ajuste Fiscal e Dívida Pública Ajuste Fiscal e Equilíbrio Macroeconômico

TEMA 1. Ajuste Fiscal e Dívida Pública Ajuste Fiscal e Equilíbrio Macroeconômico TEMA 1. Ajuse Fiscal e Dívida Pública 1.1 - Ajuse Fiscal e Equilíbrio Macroeconômico OS EFEITOS DINÂMICOS DA POLÍTICA FISCAL SOBRE A ATIVIDADE ECONÔMICA: UM ESTUDO PARA O CASO BRASILEIRO. Resumo: Nese

Leia mais

TOMADA DE DECISÃO EM FUTUROS AGROPECUÁRIOS COM MODELOS DE PREVISÃO DE SÉRIES TEMPORAIS

TOMADA DE DECISÃO EM FUTUROS AGROPECUÁRIOS COM MODELOS DE PREVISÃO DE SÉRIES TEMPORAIS ARTIGO: TOMADA DE DECISÃO EM FUTUROS AGROPECUÁRIOS COM MODELOS DE PREVISÃO DE SÉRIES TEMPORAIS REVISTA: RAE-elerônica Revisa de Adminisração de Empresas FGV EASP/SP, v. 3, n. 1, Ar. 9, jan./jun. 2004 1

Leia mais

Pessoal Ocupado, Horas Trabalhadas, Jornada de Trabalho e Produtividade no Brasil

Pessoal Ocupado, Horas Trabalhadas, Jornada de Trabalho e Produtividade no Brasil Pessoal Ocupado, Horas Trabalhadas, Jornada de Trabalho e Produividade no Brasil Fernando de Holanda Barbosa Filho Samuel de Abreu Pessôa Resumo Esse arigo consrói uma série de horas rabalhadas para a

Leia mais

Uma análise de indicadores de sustentabilidade fiscal para o Brasil. Tema: Ajuste Fiscal e Equilíbrio Macroeconômico

Uma análise de indicadores de sustentabilidade fiscal para o Brasil. Tema: Ajuste Fiscal e Equilíbrio Macroeconômico Uma análise de indicadores de susenabilidade fiscal para o rasil Tema: Ajuse Fiscal e Equilíbrio Macroeconômico . INTRODUÇÃO Parece pouco discuível nos dias de hoje o fao de que o crescimeno econômico

Leia mais

APLICAÇÃO DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA MÉDIA MENSAL DA TAXA DE CÂMBIO DO REAL PARA O DÓLAR COMERCIAL DE COMPRA USANDO O MODELO DE HOLT

APLICAÇÃO DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA MÉDIA MENSAL DA TAXA DE CÂMBIO DO REAL PARA O DÓLAR COMERCIAL DE COMPRA USANDO O MODELO DE HOLT XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Mauridade e desafios da Engenharia de Produção: compeiividade das empresas, condições de rabalho, meio ambiene. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de ouubro

Leia mais

6 Posição cambial dos Bancos e diferenciais de arbitragem

6 Posição cambial dos Bancos e diferenciais de arbitragem 6 Posição cambial dos Bancos e diferenciais de arbiragem Na seção 4.1, foi explicado que os leilões de compra do Banco Cenral poderiam esar associados à exisência de diferenciais de arbiragem. i = fp +

Leia mais

METAS INFLACIONÁRIAS NO BRASIL: UM ESTUDO EMPÍRICO USANDO MODELOS AUTO-REGRESSIVOS VETORIAIS (VAR)

METAS INFLACIONÁRIAS NO BRASIL: UM ESTUDO EMPÍRICO USANDO MODELOS AUTO-REGRESSIVOS VETORIAIS (VAR) METAS INFLACIONÁRIAS NO BRASIL: UM ESTUDO EMPÍRICO USANDO MODELOS AUTO-REGRESSIVOS VETORIAIS (VAR) Edilean Kleber da Silva Douorando em Economia Aplicada pela UFRGS Rua Duque de Caxias, 1515, apo. 402.

Leia mais

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO RICARDO SÁVIO DENADAI HÁ HYSTERESIS NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO? UM TESTE ALTERNATIVO

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO RICARDO SÁVIO DENADAI HÁ HYSTERESIS NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO? UM TESTE ALTERNATIVO FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO RICARDO SÁVIO DENADAI HÁ HYSTERESIS NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO? UM TESTE ALTERNATIVO SÃO PAULO 2007 Livros Gráis hp://www.livrosgrais.com.br

Leia mais

COMO AS VARIÁVEIS CONTÁBEIS EXPLICAM O RETORNO DAS AÇÕES: UM ESTUDO EMPÍRICO NO MERCADO BRASILEIRO

COMO AS VARIÁVEIS CONTÁBEIS EXPLICAM O RETORNO DAS AÇÕES: UM ESTUDO EMPÍRICO NO MERCADO BRASILEIRO COMO AS VARIÁVEIS CONTÁBEIS EXPLICAM O RETORNO DAS AÇÕES: UM ESTUDO EMPÍRICO NO MERCADO BRASILEIRO Rodrigo Falco Lopes Mesre em Conabilidade pela Fucape Business School E-mail: falco_lopes@homail.com Fernando

Leia mais

Avaliação da Estimativa do Risco de Mercado pela Metodologia Value at Risk (VaR) com Simulação de Monte Carlo. Fabio Luiz de Oliveira Bezerra

Avaliação da Estimativa do Risco de Mercado pela Metodologia Value at Risk (VaR) com Simulação de Monte Carlo. Fabio Luiz de Oliveira Bezerra Universidade Federal de Pernambuco Cenro de Ciências Sociais Aplicadas Curso de Mesrado em Adminisração Avaliação da Esimaiva do Risco de Mercado pela Meodologia Value a Risk (VaR) com Simulação de Mone

Leia mais

DETERMINANTES DA DEMANDA DE GASOLINA C NO ESTADO DE MINAS GERAIS, 2002 A 2010 1

DETERMINANTES DA DEMANDA DE GASOLINA C NO ESTADO DE MINAS GERAIS, 2002 A 2010 1 Rosangela Aparecida Soares Fernandes, Crisiane Marcia dos Sanos & Sarah Lorena Peixoo ISSN 1679-1614 DETERMINANTES DA DEMANDA DE GASOLINA C NO ESTADO DE MINAS GERAIS, 2002 A 2010 1 Rosangela Aparecida

Leia mais

Taxa de Juros e Desempenho da Agricultura Uma Análise Macroeconômica

Taxa de Juros e Desempenho da Agricultura Uma Análise Macroeconômica Taxa de Juros e Desempenho da Agriculura Uma Análise Macroeconômica Humbero Francisco Silva Spolador Geraldo San Ana de Camargo Barros Resumo: Ese rabalho em como obeivo mensurar os efeios das axas de

Leia mais

RISCO DE PERDA ADICIONAL, TEORIA DOS VALORES EXTREMOS E GESTÃO DO RISCO: APLICAÇÃO AO MERCADO FINANCEIRO PORTUGUÊS

RISCO DE PERDA ADICIONAL, TEORIA DOS VALORES EXTREMOS E GESTÃO DO RISCO: APLICAÇÃO AO MERCADO FINANCEIRO PORTUGUÊS RISCO DE PERDA ADICIONAL, TEORIA DOS VALORES EXTREMOS E GESTÃO DO RISCO: APLICAÇÃO AO MERCADO FINANCEIRO PORTUGUÊS João Dionísio Moneiro * ; Pedro Marques Silva ** Deparameno de Gesão e Economia, Universidade

Leia mais

Variabilidade e pass-through da taxa de câmbio: o caso do Brasil

Variabilidade e pass-through da taxa de câmbio: o caso do Brasil Variabilidade e pass-hrough da axa de câmbio: o caso do Brasil André Minella Banco Cenral do Brasil VI Seminário de Meas para a Inflação Agoso 005 Disclaimer: Esa apresenação é de responsabilidade do auor,

Leia mais

Amplificadores de potência de RF

Amplificadores de potência de RF Amplificadores de poência de RF Objeivo: Amplificar sinais de RF em níveis suficienes para a sua ransmissão (geralmene aravés de uma anena) com bom rendimeno energéico. R g P e RF P CC Amplificador de

Leia mais

Uma revisão da dinâmica macroeconômica da dívida pública e dos testes de sustentabilidade da política fiscal.

Uma revisão da dinâmica macroeconômica da dívida pública e dos testes de sustentabilidade da política fiscal. IPES Texo para Discussão Publicação do Insiuo de Pesquisas Econômicas e Sociais Uma revisão da dinâmica macroeconômica da dívida pública e dos eses de susenabilidade da políica fiscal. Luís Anônio Sleimann

Leia mais

PREÇOS DE PRODUTO E INSUMO NO MERCADO DE LEITE: UM TESTE DE CAUSALIDADE

PREÇOS DE PRODUTO E INSUMO NO MERCADO DE LEITE: UM TESTE DE CAUSALIDADE PREÇOS DE PRODUTO E INSUMO NO MERCADO DE LEITE: UM TESTE DE CAUSALIDADE Luiz Carlos Takao Yamaguchi Pesquisador Embrapa Gado de Leie e Professor Adjuno da Faculdade de Economia do Insiuo Vianna Júnior.

Leia mais

Probabilidades de Admissão e Desligamento no Mercado de Trabalho Brasileiro

Probabilidades de Admissão e Desligamento no Mercado de Trabalho Brasileiro Probabilidades de Admissão e Desligameno no Mercado de Trabalho Brasileiro Douglas emura Nunes Naercio Aquino Menezes Filho Bruno Kawaoka Komasu Insper Working Paper WPE: 355/205 Probabilidades de Admissão

Leia mais

2 Fluxos de capitais, integração financeira e crescimento econômico.

2 Fluxos de capitais, integração financeira e crescimento econômico. 2 Fluxos de capiais, inegração financeira e crescimeno econômico. O objeivo dese capíulo é apresenar em dealhes as variáveis fundamenais enconradas na lieraura que deerminam o crescimeno de longo prazo

Leia mais

POSSIBILIDADE DE OBTER LUCROS COM ARBITRAGEM NO MERCADO DE CÂMBIO NO BRASIL

POSSIBILIDADE DE OBTER LUCROS COM ARBITRAGEM NO MERCADO DE CÂMBIO NO BRASIL POSSIBILIDADE DE OBTER LUCROS COM ARBITRAGEM NO MERCADO DE CÂMBIO NO BRASIL FRANCISCO CARLOS CUNHA CASSUCE; CARLOS ANDRÉ DA SILVA MÜLLER; ANTÔNIO CARVALHO CAMPOS; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA VIÇOSA

Leia mais

Crescimento e Flutuações Licenciatura em Economia FEUC ( ) Lição 2 - Crescimento neoclássico com poupança exógena

Crescimento e Flutuações Licenciatura em Economia FEUC ( ) Lição 2 - Crescimento neoclássico com poupança exógena Crescimeno e Fluuações Licenciaura em Economia FEUC (2004-2005) Lição 2 - Crescimeno neoclássico com poupança exógena Sumário 2.2 Modelo de crescimeno com poupança exógena, sem progresso écnico e com um

Leia mais

Luciano Jorge de Carvalho Junior. Rosemarie Bröker Bone. Eduardo Pontual Ribeiro. Universidade Federal do Rio de Janeiro

Luciano Jorge de Carvalho Junior. Rosemarie Bröker Bone. Eduardo Pontual Ribeiro. Universidade Federal do Rio de Janeiro Análise do preço e produção de peróleo sobre a lucraividade das empresas perolíferas Luciano Jorge de Carvalho Junior Rosemarie Bröker Bone Eduardo Ponual Ribeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro

Leia mais

XV Prêmio Tesouro Nacional 2010: Homenagem a. Joaquim Nabuco

XV Prêmio Tesouro Nacional 2010: Homenagem a. Joaquim Nabuco 1 XV Prêmio Tesouro Nacional 2010: Homenagem a Joaquim Nabuco TEMA 3: POLÍTICA FISCAL E A CRISE ECONÔMICA INTERNACIONAL 3.1 Políica Fiscal, Finanças Públicas e a Crise do Sisema Financeiro Inernacional

Leia mais

UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA DOS COMPONENTES QUE AFETAM O INVESTIMENTO PRIVADO NO BRASIL, FAZENDO-SE APLICAÇÃO DO TESTE DE RAIZ UNITÁRIA.

UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA DOS COMPONENTES QUE AFETAM O INVESTIMENTO PRIVADO NO BRASIL, FAZENDO-SE APLICAÇÃO DO TESTE DE RAIZ UNITÁRIA. UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA DOS COMPONENTES QUE AFETAM O INVESTIMENTO PRIVADO NO BRASIL, FAZENDO-SE APLICAÇÃO DO TESTE DE RAIZ UNITÁRIA Área: ECONOMIA COELHO JUNIOR, Juarez da Silva PONTILI, Rosangela Maria

Leia mais

Susan Schommer Risco de Crédito 1 RISCO DE CRÉDITO

Susan Schommer Risco de Crédito 1 RISCO DE CRÉDITO Susan Schommer Risco de Crédio 1 RISCO DE CRÉDITO Definição: Risco de crédio é o risco de defaul ou de reduções no valor de mercado causada por rocas na qualidade do crédio do emissor ou conrapare. Modelagem:

Leia mais

Eficácia das Intervenções do Banco Central do Brasil sobre a Volatilidade Condicional da Taxa de Câmbio Nominal

Eficácia das Intervenções do Banco Central do Brasil sobre a Volatilidade Condicional da Taxa de Câmbio Nominal Eficácia das Inervenções do Banco Cenral do Brasil sobre a Volailidade Condicional da Taxa de Câmbio Nominal Fernando Nascimeno de Oliveira, Alessandra Plaga Conens: Keywords: 1. Inrodução; 2. Dados; 3.

Leia mais