Reestruturação e Emprego

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Reestruturação e Emprego"

Transcrição

1 5 Reesruuração e Emprego

2 O Impaco da Aberura Comercial sobre o Emprego: Maurício Mesquia Moreira Sheila Najberg Os auores agradecem a Armando Caselar pelos comenários, a Marcelo Ikeda pela inesimável assisência de pesquisa e ao corpo écnico do IBGE pela ajuda na monagem da base de dados. Respecivamene, economisa do Deparameno Econômico e assessora da Presidência do BNDES. 469

3 Resumo Ese arigo discue a eoria e as evidências relaivas às relações enre regime de comércio e emprego e, com base nessa discussão, invesiga o impaco da aberura comercial sobre a esruura e o nível de emprego no Brasil, no período Os resulados corroboram o argumeno de que a aberura comercial em um cuso-emprego no curo prazo que, no caso brasileiro, em sido relaivamene pequeno, mas que ende a ser compensado por um mix de produção mais inensivo em rabalho e por melhores perspecivas de crescimeno, principalmene em função de maior acréscimo da produividade. 470

4 1. Inrodução Dos aspecos envolvidos no debae sobre os prós e os conras da aberura comercial, o impaco sobre o emprego ende a ser o mais polêmico, o mais poliizado e o mais sujeio a equívocos. O argumeno de que imporar significa deixar de gerar empregos inernamene para gerá-los no exerior arai por sua simplicidade. Enreano, para que se possa enender correamene as relações enre aberura comercial e emprego é preciso ir além do senso comum. Em Moreira e Najberg (1998), procuramos conribuir para que a compreensão sobre essas relações na experiência brasileira recene ( ) fosse além do óbvio ou da análise poliicamene ineressada. O presene arigo aualiza o rabalho anerior com a inclusão do ano de 1997 (úlima informação disponível), o que permie uma melhor inferência sobre o cuso-emprego do processo de aberura comercial brasileiro no médio prazo. O arigo esá dividido em cinco seções, incluindo esa inrodução. Na próxima seção, procura-se fazer um breve survey da lieraura referene às relações enre aberura comercial e emprego, com o objeivo de mapear os argumenos eórica e empiricamene mais subsanivos. Na erceira seção, discuem-se os problemas meodológicos associados aos eses das relações enre comércio e emprego e apresena-se a opção escolhida para raar o caso brasileiro. Com base nas discussões realizadas nessas duas seções, analisa-se, na quara seção, a experiência brasileira recene. A quina e úlima seção apresena as principais conclusões. 2. A Teoria e as Evidências Empíricas Como bem apona Krueger (1980), a eoria econômica em dado pouca imporância ao papel do comércio inernacional na deerminação do nível de emprego. Nos modelos de orienação neoclássica, ressala-se a hipóese de que salários flexíveis garanem que o nível de emprego seja deerminado fundamenalmene no mercado de rabalho. Nos modelos de orienação keynesiana, a ênfase no nível da demanda agregada como principal deerminane do nível de emprego dá aos fluxos de comércio papel mais relevane, mas ainda assim secundário. Isso porque, na maioria dos países, 471

5 a paricipação desses fluxos na demanda agregada vis-à-vis o consumo domésico é reduzida e, porano, é preciso que se rabalhe com grandes e prolongados desequilíbrios comerciais para que eles venham a er papel mais imporane na deerminação do emprego. Na lieraura sobre comércio inernacional, baseada, em grande pare, em modelos de orienação neoclássica, as aenções se concenram nas relações enre comércio e remunerações dos faores. 1 No conexo de uma economia em que os preços, inclusive os salários, são flexíveis e os faores de produção perfeiamene móveis ipologia de economia com que rabalham os neoclássicos, não exise nenhuma razão sólida para se associar desemprego ao comércio inernacional. O que o comércio faz nesses casos é realocar a mão-de-obra na direção de seores em que ela é empregada de forma mais produiva, gerando ganhos de renda real e bem-esar. Toda a discussão sobre os impacos do comércio se dá enão em orno da realocação, e não do nível de uilização dos recursos, que se pressupõe permaneça esável. A exceção a essa regra são os modelos que rabalham com faores específicos, ou seja, faores cujo deslocameno de um seor para ouro envolve cusos muio elevados, ou modelos que rabalham com preços não-flexíveis, como, por exemplo, a exisência de leis de salário mínimo ou de disorções semelhanes no mercado de rabalho. Nesses casos, admie-se que o livre comércio possa vir a er algum impaco sobre o nível de emprego. 2 Esses modelos são relevanes para o caso dos países em desenvolvimeno, onde o nível de qualificação da mão-de-obra é baixo (e, porano, o cuso de rereinameno mais elevado) e as inervenções no mercado de rabalho são consanes. São modelos, no enano, que represenam siuações essencialmene de curo prazo. No longo prazo, não faz senido falar em faores específicos ou de preços não-flexíveis, a não ser que se apresenem razões muio fores para que os rabalhadores não possam ser rereinados ou para que as disorções no mercado de rabalho não possam ser removidas. 1 Essa discussão foi inaugurada pelo clássico arigo Proecion and real wages, de Solper e Samuelson (1950). Nele, os auores raam do impaco magnificado de uma mudança nos preços relaivos sobre as remunerações. Para uma discussão mais conemporânea, ver Wood (1997) e Robinson e Thierfelder (1996). 2 Para uma resenha desses modelos, ver Jones e Neary (1984). Para uma resenha do impaco do comércio sobre o emprego em países desenvolvidos, ver Baldwin (1995). 472

6 As relações enre comércio e emprego recebem maior aenção na lieraura sobre comércio e desenvolvimeno de caráer mais normaivo. Krueger (1981) e Balassa (1982), por exemplo, podem ser considerados pioneiros nessa área e raam dessas relações no conexo de uma críica mais geral ao regime de subsiuição de imporações. O argumeno principal é que, ao fechar a economia ao comércio inernacional, esse regime eria produzido dois vieses imporanes no seu funcionameno o seorial eodemercado, com reflexos negaivos sobre a geração de empregos. O primeiro decorreria da proeção indiscriminada, o que eria desviado recursos dos seores inensivos em mão-de-obra e em recursos naurais para os seores inensivos em capial. Como resulado, o mix de produção da economia eria ficado menos inensivo em rabalho do que em uma siuação de livre comércio. O segundo viés esaria relacionado com o desesímulo à expansão das exporações, resulado de preços domésicos largamene superiores aos preços inernacionais. Como as exporações dos países em desenvolvimeno endem a ser inensivas em rabalho, ou, na linha de Vanek (1968), dado que os países endem a ser exporadores líquidos dos faores que êm em abundância, no caso, rabalho, o desesímulo à expansão das exporações eria compromeido a geração de empregos. O rabalho de Krueger confirma que na maioria dos países em desenvolvimeno as exporações se mosram mais inensivas em rabalho do que em capial e que a endência é o emprego crescer mais rápido em economias mais aberas. Analisando 11 países em desenvolvimeno, Balassa chega a conclusões semelhanes, argumenando que, se as exporações são mais inensivas em rabalho, a liberalização comercial ende a beneficiar a geração de empregos. Seguindo essa mesma linha, Papageorgiou e alii (1991) procurou avaliar as conseqüências da liberalização comercial no curo prazo. Segundo os auores, o processo de reesruuração produiva que normalmene acompanha a liberalização comercial pode gerar desemprego no curo prazo, uma vez que os rabalhadores demiidos dos seores em conração dificilmene são absorvidos de imediao pelos seores em expansão (o mesmo argumeno dos modelos de faores específicos). No enano, chamam a aenção para o fao de que o impaco posiivo dos seores em expansão, geralmene mais inensivos em rabalho, pode mais do que compensar as possíveis perdas nos seores em conração. Iso é, o impaco da aberura no emprego seguira 473

7 um comporameno nos moldes de uma curva J, com a siuação piorando anes de melhorar. A fim de esar empiricamene a validade dessas afirmações, Papageorgiou e alii examinaram experiências de liberalização comercial em 19 países em desenvolvimeno. A qualidade dos resulados, no enano, deixa a desejar e em apenas rês países (Chile, Espanha e Iugoslávia) foi possível adoar um méodo que isolasse em alguma medida o impaco de ouras variáveis, como, por exemplo, o nível de aividade e os ermos de roca. No caso do Chile e da Iugoslávia, o efeio líquido da aberura sobre o emprego foi considerado posiivo e no caso da Espanha os resulados foram ambíguos, variando de acordo com o período de liberalização esudado. Com relação aos ouros países, em que pese a inadequação do méodo uilizado, os resulados ambém foram ambíguos, embora nos países em que o impaco foi negaivo ese aingiu pequena magniude, levando os auores a afirmar que os processos de aberura em geral não apresenaram elevado cuso de ransição em ermos de emprego [Papageorgiou e alii (1991, v. 7, p. 80)]. 3. A Quesão Meodológica O ese empírico das relações enre comércio e emprego enfrena obsáculos meodológicos advindos principalmene da dificuldade de se isolarem os efeios das diversas variáveis e da inexisência de um modelo cujas relações comporamenais sejam amplamene aceias. Um procedimeno uilizado na lieraura, e que será adoado na análise da experiência brasileira na próxima seção, é a chamada conabilidade do crescimeno, que usa um simples arifício conábil para decompor as conribuições da demanda domésica, das imporações, das exporações e da produividade para o crescimeno do emprego. Na base desse méodo esão duas idenidades: i i i i C Q X + M (1) P i Q i L i (2) em que C i é o consumo aparene (consumo domésico), Q i a produção domésica, X i i i as exporações, M as imporações, P a produividade do rabalho e L i o emprego, no seor i no empo. 474

8 Subsiuindo (2) em (1) e rearrumando, emos que i L i i i C + X M i P (3) Com base na equação (3), é possível derivar oura idenidade que decomponha a variação do emprego em função das quaro variáveis já ciadas. Anes de prosseguir, porém, é imporane fazer algumas qualificações quano à naureza dos seus resulados. Em primeiro lugar, como aponam Marin e Evans (1981), é preciso não perder de visa que a equação (3) é uma idenidade, e não uma relação de causalidade definida enre as variáveis. Observadores mais apressados poderiam concluir que o impaco ano da produividade quano das imporações no emprego é sempre negaivo. Afirmações dessa naureza são incorreas, na medida em que exise grande inerdependência enre as variáveis. No caso da produividade, por exemplo, considerando-se a exisência de mercado compeiivo razoável aproximação no caso de uma economia abera, os ganhos de produividade endem a ser repassados para os preços, o que, por sua vez, esimula o consumo, a produção e o emprego no próprio seor e nos fornecedores de insumos e bens complemenares. Não há razão, porano, para se supor, a priori, que o impaco líquido do crescimeno da produividade sobre o emprego seja negaivo. O mesmo se pode dizer com relação às imporações ou à ocorrência de um défici na balança comercial, cuja misificação quano ao seu impaco negaivo ainda é maior, derivada, em grande pare, dos modelos de orienação keynesiana mencionados na seção anerior. Uma primeira coisa a ser dia é que a balança comercial de um país é deerminada por faores puramene macroeconômicos. Iso é, reflee em úlima análise, como lembram Gould e Ruffin (1996), as preferências da população quano ao consumo presene e fuuro e a renabilidade dos invesimenos no país. Um défici comercial não pode ser viso necessariamene como sinoma ou causa de anomalias na economia. Em uma siuação de pleno emprego e de ausência de inervenção governamenal no mercado de aivos (juros e câmbio), um défici comercial é sinoma de que a economia esá crescendo e gerando renda e empregos a uma axa superior a que seria possível caso dependesse somene dos recursos domésicos e de que esse excesso esá sendo fi- 475

9 nanciado à cusa da enrada de capiais exernos (ou do consumo fuuro, na medida em que a poupança exerna erá que ser paga em algum momeno). Nessa perspeciva, não faz senido considerar de anemão que as imporações ou o défici enham impaco negaivo sobre o emprego. 3 Faz menos senido ainda aribuir déficis a uma mudança no regime de comércio quando se fala no médio ou longo prazos. No curo prazo, como já comenado, as experiências dos países [Papageorgiou e alii (1991)] sugerem que a balança comercial se inclina a er um comporameno nos moldes de uma curva J. Iso é, a eliminação das barreiras arifárias deixa as imporações mais baraas, ao mesmo empo que reduz os preços relaivos dos bens radables. Isso não só esimula a demanda por imporações, mas ambém reduz os incenivos para a produção de radables, o que ende a mover a balança comercial na direção de um défici. Esse movimeno, no enano, caeeris paribus, pode ser corrigido por rês faores: pelo fao de os exporadores, com a liberalização comercial, passarem a er acesso a insumos e a bens de capial de froneira a preços inernacionais, o que aumena a compeiividade dos seus produos; porque a redução do viés pró-mercado inerno, implício na proeção elevada, faz das exporações uma alernaiva mais araene; e por uma desvalorização cambial fruo da maior demanda de divisas gerada pelo crescimeno das imporações. Se, em um primeiro momeno, a mudança de regime de comércio seria um dos faores que deerminam o défici na balança comercial, no médio prazo sua influência ende a desaparecer (a velocidade desse processo vai depender da capacidade de resposa dos exporadores ao novo regime de incenivos e da magniude e velocidade da desvalorização cambial), volando a prevalecer os faores puramene macroeconômicos. Economia abera, porano, não é sinônimo de défici comercial e nem ese úlimo de desemprego. Com relação especificamene às imporações, não se pode classificar, a priori, seu impaco sobre o nível de emprego como negaivo sem levar em consideração, por exemplo, as oporunidades de exporações que elas geram, ao 3 Conas do ipo em que se divide o valor do défici comercial pelo salário médio para se conabilizar o número de empregos perdidos perdem, porano, qualquer significado nessa siuação. 476

10 dar aos exporadores acesso a insumos e bens de capial de froneira e a preços inernacionais. Além desse aspeco, há que se mencionar o seu impaco posiivo sobre a produividade da indúsria local, devido à maior concorrência, que pode vir a er um efeio posiivo sobre o emprego, em função de menores preços e de maior produção. Gould, Woodbridge e Ruffin (1993), por exemplo, com base nos dados da OCDE para o período , enconraram uma correlação negaiva enre peneração das imporações e axa de desemprego para cerca da meade dos países pesquisados. Do pono de visa macroeconômico, exercícios com base na equação (3) permiem apenas uma primeira aproximação quano aos impacos direos do comércio sobre o emprego, o que por si só já é uma informação relevane, mas que deve ser inerpreada com muio cuidado. Do pono de visa seorial, esses exercícios fornecem resulados mais precisos. Ou seja, é possível que se deermine com mais clareza o papel do comércio na realocação dos recursos enre os diversos seores, dando-nos uma medida de quais são e de quem esá pagando os cusos de curo prazo associados à aberura comercial. Feias essas qualificações, podemos, com base em Krueger (1980), derivar oura idenidade que expresse as mudanças no nível de emprego em ermos de variação do consumo domésico, da produividade e do saldo da balança comercial. 4 Definindo Q C i i = S i (4) i em que S é a paricipação da produção domésica no consumo domésico (coeficiene domésico) e considerando que S i, C i e P i crescem, cada um, a uma axa conínua e consane, podemos escrever: i i i P P exp( r ) (5) = 0 1 i i i S S exp( r ) (6) = 0 2 i i i C C exp( r ) (7) = La Dehesa, Ruiz e Torres (1991) uilizam ambém esse méodo em esudo sobre a Espanha. 477

11 Usando (4) em (2), obemos i L i i = 1 S C i (8) P Subsiuindo (5), (6) e (7) em (8), emos: i i i i i i i L = L exp( r ) = L exp[( r + r r ) ] (9) Iso é, a axa de crescimeno do emprego (r 0 ) é igual à soma das axas de crescimeno do consumo domésico (r 3 ) e da paricipação da produção domésica no consumo domésico (ou coeficiene domésico) (r 2 ), deduzida a axa de crescimeno da produividade do rabalho (r 1 ). 4. A Experiência Brasileira Recene As relações enre aberura comercial e emprego na economia brasileira já foram exploradas por ouros auores, noadamene por Barros e alii (1996) e Amadeo e Szkurnik (1997). Suas análises iveram como foco o impaco sobre o emprego indusrial no período O nosso objeivo aqui é cobrir um período mais longo ( ) e ir além das froneiras da indúsria de ransformação, das grandes firmas e do seor formal da economia, usando para isso uma meodologia e uma base de dados disinas, as Conas Nacionais. Esa seção foi organizada em duas pares: na primeira, analisa-se o comporameno do emprego pós-aberura nos grandes agregados ou aividades (agropecuária, exraiva, indúsria de ransformação e serviços). Na segunda pare, o objeo de análise é a indúsria de ransformação Os Grandes Agregados Para avaliar os impacos da aberura comercial sobre o emprego, decompôs-se sua axa de crescimeno em rês componenes: os crescimenos da produividade do rabalho (r 1 ), da paricipação da produção domésica no consumo domésico (ou coeficiene domésico, r 2 ) e do consumo domésico (r 3 ). Os resulados são apresenados na Tabela 1, divididos em rês períodos , e Para esse exercício, os dados de produção e comércio são rabalhados a preços consanes (preços do 478

12 TABELA 1 Taxas de Crescimeno do Emprego, Coeficiene Domésico e Consumo Aparene: Grandes Agregados (% e Número de Empregos) Período/Seor Emprego (r 0 ) Produividade (r 1 ) Coeficiene Domésico a Consumo Domésico b (r 2 ) (r 3 ) (a) (b) (c) (d) Emprego (r 0 ) Número de Empregos Se r 2 =0 (e) Se r 2 =0 (f) %PO (g) %PO93 Agropecuária 4,3 2,4-0,3 7,1 4, ,3 Exraiva -11,9 8,5 12,8-16,2 24, ,0 Serviços 5,3-2,1-0,6 3,9 5, ,8 Ind. de Transformação -9,5 12,7-1,4 4,5-8, ,4 Toal 1,8 1,3-0,6 3,7 2, , %PO97 Agropecuária -17,2 33,9 0,1 16,6-17, ,1 Exraiva -37,7 58,4-5,1 25,7-32, ,3 Serviços 8,4-0,3-0,3 8,4 8, ,5 Ind. de Transformação -7,0 24,1-8,9 26,0 1, ,5 Toal -0,8 14,9-3,7 17,9 3, , %PO97 Agropecuária -12,9 36,4-0,2 23,7-12, ,2 Exraiva -49,6 66,8 7,7 9,5-57, ,4 Serviços 13,7-2,3-0,9 12,3 14, ,3 Ind. de Transformação -16,5 36,8-10,3 30,5-6, ,2 Toal 1,0 16,3-4,3 21,6 5, ,7 Fone: Conas Nacionais. Q/(Q+M-X) Q+M-X Noas: (1) (r 0 ) = -(r 1 )+(r 2 )+(r 3 ); (2) Em função da naureza não-linear da equação (9), o somaório da coluna (f) não coincide necessariamene com o número derivado da decomposição de r0 do oal da economia. Nesses casos, opou-se pelo resulado do somaório da coluna (f). (3) O oal inclui os seores de consrução civil e os serviços indusriais de uilidade pública (Siup). ano anerior). Ao se fazer r 2 igual a zero [coluna (e)], é possível esimar em quano eria crescido o emprego caso as imporações líquidas (imporações menos exporações) ivessem aumenado na mesma proporção da produção domésica. Iso é, caso a parcela do consumo domésico aendido pela produção domésica ivesse se manido consane. A coluna (f) reflee o impaco em número de empregos manidos ou perdidos e, finalmene, na coluna (g) compara-se esse resulado com o número oal de pessoal ocupado nos grandes agregados. 479

13 Os resulados para o período aponam um crescimeno acumulado do emprego de apenas 1%. Em ermos de fones de crescimeno, a expansão do consumo domésico (r 3 = 21,6%) e o aumeno da produividade (16,3%) explicam a maior pare desse resulado. Esses números sinalizam que o impaco direo do comércio exerior, expresso na queda do coeficiene domésico (-4,3%), não foi significaivo. Sua ineira dimensão, no enano, pode ser melhor percebida nas colunas (e), (f) e (g). Supondo-se que o coeficiene domésico não ivesse se alerado (r 2 = 0), iso é, que o crescimeno da produção domésica ivesse sido na mesma proporção das imporações líquidas, a axa de crescimeno do emprego subiria de 1% para 5,3% [coluna (e)], o que significaria um aumeno de empregos, ou 1,7% do oal do pessoal ocupado em 1997 [coluna (g)]. 5 Do pono de visa seorial, o seor de serviços foi o único cujo nível de emprego cresceu no período (r 0 = 13,7%). Todos os ouros seores iveram quedas, explicadas basicamene pelo elevado crescimeno da produividade. O impaco do comércio exerior, apesar de er sido negaivo em quase odos os seores, foi relaivamene pequeno, com exceção da indúsria de ransformação, na qual a queda do coeficiene domésico chegou a 10,3%. Nesse seor, a suposição de um coeficiene domésico consane (r 2 =0) elevaria o oal de seu pessoal ocupado em cerca de 7,2% [coluna (g)]. A conribuição do comércio exerior na indúsria exraiva, ao conrário de odas as ouras aividades, foi posiiva, com o coeficiene domésico subindo 7,7%, puxado principalmene pelo seor de peróleo e gás. Como nesse caso houve subsiuição de imporações, a suposição de coeficiene domésico consane (r 2 = 0) reduziria a demanda por mão-de-obra em mais de 15 mil posos [coluna (f)]. 5 Em virude da naureza não-linear da equação (9), o número de empregos perdidos resulane do somaório seorial [coluna (f)] difere daquele resulane do exercício de decomposição para o oal da economia. Por achar que os números desagregados esão mais próximos da realidade, opou-se por considerar o oal dos empregos perdidos na economia como o somaório dos valores seoriais. A disribuição do oal de pessoal ocupado em 1997 ( ), segundo as Conas Nacionais do IBGE, era a seguine: agropecuária, (22,1%); exraiva, (0,3%); serviços, , (58,1%); e ransformação (13%). Cerca de (6,4%) pessoas rabalhavam nos seores serviços indusriais de uilidade pública e consrução civil, que, por não erem sido impacados pela aberura comercial, não foram analisados ao longo dese rabalho. 480

14 Quando se desagrega o período em dois e , percebem-se mudanças drásicas na composição da axa de crescimeno do emprego. O primeiro período, que é marcado pelo início da aberura, pela recessão e por alas axas de inflação, apresena axa de crescimeno acumulada de 1,8%. Essa axa se explica pelo fraco desempenho do consumo domésico (3,7%), paricularmene na exraiva mineral; pelo fraco desempenho da produividade do rabalho (1,3%), produzida basicamene pelo seor serviços; e por uma cera esabilidade no coeficiene domésico (-0,6%), refleindo o comporameno da agropecuária, serviços e indúsria de ransformação. No segundo período, que coincide com o aprofundameno da aberura comercial, com a esabilização e com a recuperação da economia, a axa de crescimeno do emprego em uma queda de 0,8% e apresena uma composição radicalmene disina. As conribuições da produividade e do comércio exerior ganham em imporância, paricularmene a primeira, amorecendo o impaco da recuperação vigorosa do consumo domésico (17,9%) sobre o emprego. A primeira cresce 14,9%, refleindo uma melhora no desempenho de odos os seores, e a segunda chega a -3,7%, resulado de uma queda do coeficiene domésico, liderada pela indúsria de ransformação. Nesse conexo, o percenual de empregos perdidos chegaria a 1,3% do oal de pessoal ocupado em 1997 ( empregos). Quando se compara os resulados de com os números de , apresenados em Moreira e Najberg (1998), verifica-se pequena redução no cuso-emprego da aberura e uma mudança significaiva nos resulados da agropecuária. Para os anos de , esimou-se o cuso-emprego da aberura em orno da redução de posos e, para os anos , em empregos. A agropecuária é a principal responsável por essa melhora nos resulados. Além de um aumeno na produividade, os dados das Conas Nacionais mosram para 1997 uma queda nas imporações e expressivo crescimeno das exporações da agropecuária. A hipóese de maner o coeficiene domésico consane (r 2 = 0), que asseguraria mais de 292 mil posos nos anos , resularia em perda de quase 16 mil posos com a inclusão dos dados de O conjuno de resulados deve ser inerpreado com muio cuidado para não se chegar a conclusões equivocadas. Quando, com o objeivo de se medir o 481

15 impaco da aberura sobre o emprego, se fez o exercício de supor que o coeficiene domésico não se alerou (r 2 = 0), adoou-se a hipóese exremamene simplificadora de que isso não modificaria as axas de crescimeno do consumo domésico (r 3 ) e da produividade (r 2 ). No enano, o mais provável é que a manuenção de um grau de aberura exremamene reduzido como aquele que prevalecia na economia brasileira pré-1990, em que a pressão da concorrência exerna era pequena e os ganhos de especialização reduzidos, dificilmene produziria as axas verificadas de crescimeno da produividade. Tampouco seria razoável esperar que nesse conexo ivessem ocorrido os mesmos ganhos em ermos de redução de preços e das margens de lucro das empresas. 6 Tano o crescimeno da produividade como a queda nos preços e nas margens de lucro não podem, por sua vez, ser dissociados do rápido crescimeno do consumo domésico no período. Ouro pono imporane diz respeio à inerpreação de que uma queda no coeficiene domésico, ou seja, de uma perda de paricipação da produção domésica no consumo domésico, implique necessariamene perdas de emprego. Nas siuações em que a economia esá crescendo além dos seus recursos próprios, como foi, por exemplo, o caso da economia brasileira no segundo semesre de 1994, uma queda no coeficiene domésico esá ambém sinalizando um aumeno de imporações complemenares. Sem essas imporações, seria impossível superar as resrições dos recursos inernos e, porano, a axa de crescimeno da renda e a geração de empregos eriam que ser menores. Por fim, quando se supõe um coeficiene domésico consane, ambém se aceia impliciamene que a demanda adicional pela produção local não eria qualquer impaco sobre os salários. Na práica, no enano, sabe-se que, à exceção de uma siuação de desemprego elevado, esse acréscimo de demanda muio provavelmene resularia em algum aumeno de salário, o que reduziria o número de empregos a ser gerado. Feias essas qualificações e levando-se em consideração que a aberura foi feia em uma conjunura de apreciação da axa de câmbio real, pode-se dizer que os resulados sugerem que o desemprego de curo prazo, fruo do processo de reesruuração produiva que normalmene acompanha a liberalização comercial, foi relaivamene reduzido. 6 Sobre o impaco da aberura sobre as margens de lucro, ver o segundo arigo do Capíulo 4 ( Esrangeiros em uma economia abera:... ). 482

16 4.2. Os Seores da Indúsria de Transformação Quando analisamos os grandes agregados na seção anerior, idenificamos que, para o período , a indúsria de ransformação foi o seor mais aingido pela aberura comercial. O declínio do coeficiene domésico (10,3%), somado ao crescimeno da produividade (36,8%), levou a uma queda de 16,5% no emprego. O objeivo desa seção é procurar enender melhor esse desempenho, desagregando a indúsria em 28 seores e examinando as principais mudanças esruurais e as fones seoriais de crescimeno do emprego. Começando pelas mudanças esruurais, diane da doação relaiva de faores da economia brasileira e do viés pró-indúsria inensiva um capial que prevaleceu aé o início da aberura, a expecaiva com relação a esses resulados seria de um ganho de paricipação dos seores inensivos em rabalho e em recursos naurais. Da mesma forma, se dividirmos os seores de acordo com o grau de qualificação do empregado, dada a abundância relaiva de mão-de-obra pouco qualificada no país, seria possível esperar um ganho de paricipação dos seores inensivos nesse ipo de rabalhador. A fim de esar essas hipóeses, calculamos o facor conen dos seores envolvidos, usando para isso a mariz insumo-produo de 1995 (coeficienes écnicos), as Conas Nacionais de 1997 (valor adicionado e produção) e uma meodologia desenvolvida por Londero e Teiel (1996). Nosso objeivo foi calcular a inensidade de faores dos seores da indúsria de ransformação com base nas esruuras de cuso que prevaleciam em Para ano, fez-se uso de duas marizes: a mariz A=[a ij ], que coném o valor do insumo i, produzido domesicamene e uilizado na produção de uma unidade do bem/seor j (coeficienes écnicos de insumos domésicos); e a mariz F=[f hj ], que coném o valor do faor h, uilizado na produção de uma unidade do bem/seor j (coeficienes écnicos de faor). A parir dessas duas marizes, pôde-se chegar às necessidades direas e indireas, em ermos de faores de produção, para os 28 seores e, conseqüenemene, às suas inensidades relaivas em ermos desses faores. Formalmene: F=F(I A) -1 (10) 483

17 em que F = [f hj ] é a mariz dos requerimenos oais em ermos de faores dos seores j. Rearrumando a equação (10), pode-se dizer que o facor conen de um conjuno selecionado de seores s é dado pela seguine expressão: F s =F s + FA s (11) em que F s represena as necessidades direas de faores e FA s, as necessidades indireas. Duas medidas de inensidade de faores foram calculadas. Na primeira, decompôs-se o valor adicionado em rês faores capial, rabalho e recursos naurais e comparou-se a inensidade relaiva de cada produo/seor com aquela da indúsria manufaureira como um odo para os rês faores. 7 Dessa forma, se f rs represena as necessidades oais de recursos naurais por unidade do produo s (baseada no chamado excedene operacional bruo, proxy para o lucro, originado nos seores primários 8 ), se f ks represena as necessidades oais de capial por unidade do produo s (baseada no chamado excedene operacional bruo, proxy para o lucro, originado nos ouros seores) e se f ws represena as necessidades oais de rabalho por unidade do produo s (baseada nos salários), o produo/seor é classificado, por exemplo, como inensivo em recursos naurais vis-à-vis rabalho se rw s frs fws = > 1 (12) frm f wm em que f rm represena a média (simples) das necessidades oais do faor r por unidade de produo da indúsria manufaureira. O mesmo raciocínio pode ser repeido para as ouras duas combinações de faores (capial/rabalho, kw, e capial/recursos naurais, kr). O seor é, enão, classificado como inensivo em um desses faores se, na comparação com a média da indúsria, ele obiver um coeficiene de inensidade maior do que 1 em re- 7 No cálculo da inensidade de cada faor, consideramos a demanda em odas as eapas da cadeia produiva. Por exemplo, no caso do faor rabalho, inclui-se a demanda por emprego direo e indireo. 8 Consideramos o lucro dos seores agropecuária, exraiva mineral e peróleo e gás como remuneração do faor recursos naurais. 484

18 lação aos dois ouros faores. 9 Por exemplo, um produo/seor é considerado inensivo em rabalho se rw s frs fws = < 1 e kw frm f wm s fks fws = < 1 (13) fkm f wm Na oura medida de inensidade, decompomos, para o conjuno de seores que consiuem a indúsria de ransformação, os requerimenos direos e indireos do faor rabalho (f w ) em rês componenes (fwb, fwme fwa), definidos a parir do nível de remuneração (baixa, média ou ala) prevalecene no seor de origem. O objeivo foi ober uma proxy da inensidade em ermos de mão-de-obra qualificada dos diversos seores da indúsria manufaureira. 10 Para classificar seores a parir do seu nível de remuneração, calculou-se a remuneração média do rabalho direo de cada seor (rendimeno do rabalho dividido pelo oal dos empregados) e sua paricipação no oal do pessoal ocupado. A parir dessa informação, ordenaram-se, enão, os seores e consruiu-se a disribuição de freqüência empírica acumulada do pessoal ocupado por remuneração média/seor: os seores localizados nos primeiro, segundo e erceiro ercis da disribuição foram considerados, respecivamene, de baixa, média e ala remuneração. 11 Dessa forma, as indúsrias, por exemplo, cuja paricipação dos seores de ala (média ou baixa) remuneração no oal dos requerimenos do faor rabalho esava acima daquela correspondene à media do seor manufaureiro, foram consideradas inensivas em rabalho de ala (média ou baixa) qualificação. Em ermos algébricos: Q as fwas fws = > 1 (14) fwam f wm 9 A classificação dos seores da indúsria de ransformação segundo a inensidade dos faores enconra-se na Tabela A.1 do Apêndice. 10 O nível salarial, apesar de ser uma proxy válida do coneúdo em ermos de mão-de-obra qualificada e largamene uilizada na lieraura, ende a ser imperfeia em função, por exemplo, de problemas de segmenação no mercado de rabalho. 11 Dado que a agropecuária combinava um peso elevado com uma remuneração média bem abaixo da dos demais seores, opou-se por considerá-lo como um oulier. Ver Tabela A.2 do Apêndice para a classificação. 485

19 em que f wam represena a média, ponderada pela produção, dos requerimenos direos e indireos de rabalho de ala remuneração dos seores da indúsria manufaureira. Raciocínio análogo é uilizado para a classificação dos seores inensivos em média (Qm>1) e baixa (Qb>1) qualificação. 12 A Tabela 2 apresena os resulados relaivos à primeira medida de inensidade de faores. Começando pelas indúsrias inensivas em capial, o que se observa são quedas subsanciais no volume de emprego, 32,4% para o oal do grupo, explicadas pelo crescimeno elevado da produividade (51,8%) e pelo declínio significaivo do coeficiene domésico (-15,7%), concenrado nos seores de equipamenos elerônicos, auomóveis, caminhões e ônibus e máquinas e equipamenos. É, porano, nesse grupo de indúsrias que se enconram as maiores perdas com a hipóese de um coeficiene domésico consane. Equipamenos elerônicos e máquinas e equipamenos, por exemplo, regisram, respecivamene, perdas de 50,4% e 35,4% do pessoal ocupado, paamares bem superiores à média da indúsria de ransformação, que foi de 7,2% (ver Tabela 1). Para o oal do grupo, o número de empregos perdidos chega a 16,2% do pessoal ocupado. Dado o padrão de indusrialização seguido pelo Brasil, com fore viés a favor desse ipo de indúsria, e dados os elevados graus de proeção, diversificação e inegração verical que a caracerizavam (muio acima jusificariam o amanho e as resrições em ermos de capial e ecnologia que inha e em a economia brasileira), parece ineviável que esses seores acabassem por arcar com a maior pare do ajuse, paricularmene em ermos de elevação dos níveis de produividade. Nos seores inensivos em rabalho, a queda do nível de emprego (-13,3%) foi bem inferior à do grupo inensivo em capial, apesar de o crescimeno do consumo aparene ambém er sido mais baixo (22,5% conra 35,2%). Isso se explica pelo menor crescimeno da produividade e pelo fao de o impaco do comércio exerior, apesar de negaivo, er sido mais modeso. O percenual de empregos perdidos sob a hipóese de um coeficiene domésico consane (r 2 = 0) foi de 5,8% do pessoal ocupado nos seores inensivos em rabalho, mas esse resulado esconde algumas variações imporanes denro do grupo. Nos seores de calçados e madeira e mobiliá- 12 A classificação dos seores da indúsria de ransformação segundo a remuneração dos faores enconra-se na Tabela A.2 do Apêndice. 486

20 TABELA 2 Taxas de Crescimeno do Emprego, Coeficiene Domésico e Consumo Aparene: Indúsria de Transformação (% e Número de Empregos) Período/Seor a 1990/1997 Emprego (r 0 ) Produividade (r 1 ) Q/ Q+M-X (r 2 ) Q+M-X (r 3 ) (a) (b) (c) (d) Emprego (r 0 ) Número de Empregos se r 2 =0 (e) se r 2 =0 (f) %PO97 (g) Capial Equipamenos Elerônicos -41,0 68,8-40,8 68,6-0, ,4 Máquinas e Equipamenos -24,8 39,8-30,3 45,4 5, ,4 Auomóveis, Cam. e Ônibus -35,1 94,8-23,5 83,2-11, ,5 Plásicos -28,3 48,9-12,7 33,3-15, ,6 Indúsria Têxil -63,0 43,2-12,0-7,8-51, ,8 Mealurgia dos Não-Ferrosos -31,3 50,8-11,7 31,1-19, ,4 Refino de Peróleo -38,3 59,1-8,5 29,3-29, ,9 Siderurgia -52,9 69,2-7,9 24,2-44, ,2 Indúsria da Borracha -47,0 61,9-7,9 22,7-39, ,2 Elemenos Químicos Diversos -26,7 55,7-7,2 36,1-19, ,4 Mineral Não-Meálico -25,7 40,5-2,1 16,9-23, ,1 Suboal -32,4 51,8-15,7 35,2-16, ,2 Trabalho Maerial Elérico -40,9 68,9-15,4 43,5-25, ,7 Peças e Ouros Veículos -35,0 65,2-14,9 45,1-20, ,1 Vesuário -7,0-7,0-11,1-2,9 4, ,7 Farmacêuica 12,3 12,3-7,9 32,6 20, ,3 Ouros Mealúrgicos -15,0 33,8-6,8 25,6-8, ,0 Diversos -18,8 35,7-1,8 18,7-17, ,8 Celulose, Papel e Gráfica -11,0 32,0-1,5 22,4-9, ,5 Madeira e Mobiliário -2,9 6,2 2,1 1,2-4, ,1 Calçados -34,4 20,2 12,1-26,3-46, ,4 Suboal -13,3 28,5-7,3 22,5-5, ,8 Recursos Naurais Benef. de Produos Vegeais -7,4 44,3-2,6 39,6-4, ,6 Laicínios 0,2 14,9-2,5 17,6 2, ,5 Elemenos Químicos -21,3 45,8-2,2 26,8-19, ,3 Ouros Prod. Alimenícios -2,2 23,5-2,2 23,5 0, ,2 Fab. de Óleos Vegeais -15,9 26,6-1,4 12,2-14, ,4 Abae de Animais 5,4 35,9 2,2 39,1 3, ,2 Café 0,1-3,8 8,2-11,9-8, ,9 Fabricação de Açúcar 4,5 41,7 23,8 22,4-19, ,2 Suboal -3,0 30,5-0,1 27,6-2, ,2 Fone: Conas Nacionais. Ordenados com base na coluna (c). Q/(Q+M X). Q+M X. (1) (r 0 ) = -(r 1 )+(r 2 )+(r 3 ). (2) Em função da naureza não-linear da equação (9), o somaório da coluna (b) não coincide necessariamene com o número derivado da decomposição de r 0 do oal da economia. Nesses casos, opou-se pelo resulado do somaório da coluna (f). 487

21 rio, o impaco do comércio exerior foi posiivo em função do baixo crescimeno das imporações e do bom desempenho das exporações. Nesses casos, não haveria um ganho, mas sim perda de empregos na hipóese r 2 =0. No geral, pode-se dizer que, apesar das variações de desempenho, a conribuição do comércio exerior para o grupo de indúsrias inensivas em rabalho foi negaiva, o que vai conra o que se esperaria a parir de uma análise da doação relaiva de faores do país. Esse paradoxo é, no enano, um ano aenuado se levarmos em consideração que o dano foi relaivamene pequeno e que o sinal dessa conribuição se deveu muio mais a um desempenho exporador sofrível do que a um deslocameno provocado pelas imporações. O baixo crescimeno da produividade que ambém caracerizou o grupo, formado em sua grande maioria por pequenas e médias empresas, se, por um lado, aenuou as perdas no emprego, por ouro, evidencia a fala de dinamismo das empresas do seor, ceramene um dos faores por rás do desempenho exporador apresenado. Por fim, o grupo dos seores inensivos em recursos naurais apresenou a menor queda no nível de emprego (-3%), fruo da combinação de um crescimeno do consumo domésico (27,6%) com um crescimeno ainda mais expressivo da produividade (30,5%) e um coeficiene domésico praicamene esável (-0,1%). No grupo, o impaco do comércio exerior oscilou enre posiivo e negaivo. Conseqüenemene, na hipóese de r 2 = 0, seores como ouros produos alimenícios e beneficiameno de produos vegeais eriam assegurado praicamene 14 mil e oio mil posos de rabalho, respecivamene. Por ouro lado, fabricação de açúcar, café e abae de animais eriam perdido cerca de 18 mil, 5,6 mil e 5,1 mil empregos, respecivamene. No conjuno dos seores inensivos em recursos naurais, o impaco da aberura nos anos foi posiivo, assegurando um crescimeno na demanda de quase rês mil posos de rabalho. A Tabela 3 apresena o mesmo exercício de decomposição para a segunda medida de inensidade de faor, relaiva à qualificação da mão-de-obra. Como se pode observar, odas as caegorias iveram quedas no nível de emprego, mas essa queda foi menor nos seores inensivos em mão-de-obra de baixa qualificação (-7%), um resulado para o qual a conribuição do comércio foi negaiva, mas de pouca imporância. As duas ouras caegorias 488

22 TABELA 3 Taxas de Crescimeno do Emprego, Coeficiene Domésico e Consumo Aparene: Indúsria de Transformação (% e Nº de Empregos) Período/Seor a Produividade Q/Q+M-X Q+M-X Emprego Número de Emprego Empregos (r 0 ) (r 1 ) (r 2 ) (r 3 ) (r 0 ) (a) (b) (c) (d) Se r 2 =0 (e) Se r 2 =0 (f) %L97 (g) Qualificação Baixa Qb 1-7,0 24,0-1,4 19,9-4, ,3 Qualificação Média Qm 1-33,1 42,9-5,2 15,7-27, ,6 Qualificação Ala Qa 1-22,6 47,7-14,7 40,4-7, ,9 Fone: Conas Nacionais. Noa: (r 0 ) = -(r 1 )+(r 2 )+(r 3 ). (a) Classificados segundo a Tabela A.2 do Apêndice. com maiores quedas no nível de emprego iveram esse desempenho explicado por quedas significaivas nos coeficienes domésicos (r 2 ) e por elevados ganhos de produividade (r 1 ), paricularmene nos seores de ala qualificação. As variações na esruura de produção (Tabela 4) vão na mesma direção das mudanças já analisadas na esruura de emprego. Novamene, o único movimeno que surpreendeéodoseor inensivo em rabalho, já que, com a aberura da economia, o que se esperaria seria um ganho de paricipação dos seores inensivos nos faores abundanes no país. TABELA 4 Esruura da Produção na Indúsria de Transformação, segundo a Inensidade de Faores (Em Preços Correnes) Caegorias a /1990 Qualificação Baixa Qb 1 25,3 26,0 27,8 9,6 Qualificação Média Qm 1 20,3 19,3 17,4-13,7 Qualificação Ala Qa 1 54,3 54,7 54,8 0,7 Capial 52,0 51,4 49,1-5,4 Trabalho 26,9 24,6 24,4-8,7 Recursos Naurais 21,1 24,0 26,4 23,8 Fone: Conas Nacionais. (a) Classificadas segundo as Tabelas A.1 e A.3 do Apêndice. 489

23 5. Conclusões A lieraura que raa das experiências concreas de liberalização comercial nos países em desenvolvimeno susena que a ransição para um regime de comércio mais abero em impacos posiivos sobre o nível de emprego, endo em visa que os recursos passam a fluir na direção dos seores que usam o rabalho de forma mais inensiva. Admie-se que, no curo prazo, o efeio possa ser negaivo, em função da exisência de um hiao emporal enre a conração dos seores pouco compeiivos (inensivos em capial) e a expansão dos seores mais compeiivos (inensivos em rabalho), mas argumena-se que essa perda ende a ser mais do que compensada à medida que esse hiao se expira. Moreira e Najberg (1998), analisando a experiência brasileira no período , concluíram que o cuso-emprego no curo prazo foi relaivamene reduzido cerca de empregos perdidos, ou 1,8% do pessoal ocupado e que o impaco do comércio exerior favoreceu as aividades mais inensivas em rabalho, como a agriculura, a exraiva e os serviços, em derimeno da indúsria de ransformação, embora os resulados ivessem ficado abaixo do esperado. Nese arigo, esendemos o período de análise aé 1997 e o que se verifica é que as conclusões do esudo anerior permanecem, de maneira geral, válidas. Houve, em primeiro lugar, uma pequena redução do cuso do emprego posos de rabalho ou 1,7% do pessoal ocupado, reforçando a ese de um impaco relaivamene reduzido. E, em segundo, um aprofundameno das divergências em ermos de impacos do comércio exerior enre as aividades inensivas em mão-de-obra (agriculura) e capial (indúsria) favorecendo as primeiras, como no esudo anerior. A grande mudança se deu na agriculura, em que o cuso-emprego caiu de 2,1% para apenas 0,2%, explicando em grande pare sua redução para a economia como um odo. Quando se desagrega a indúsria de ransformação, ambém se acenuam os indícios de que os cusos da reesruuração recaíram principalmene sobre os seores inensivos em capial e em rabalho de ala qualificação. Enreano, os seores inensivos em rabalho coninuaram a apresenar desempenho abaixo do que se poderia esperar, dada a doação relaiva de fa- 490

24 ores da economia brasileira. Assim como no esudo anerior, permanece válida a qualificação de que por rás desses resulados esá a incapacidade desses seores inensivos em rabalho de ampliar suas exporações, fruo, em grande medida, do baixo crescimeno da produividade, do viés anirabalho da esruura ribuária, do câmbio apreciado que prevaleceu aé dezembro de 1998 e obviamene do poder da concorrência do Lese Asiáico. Pode-se dizer, porano, que, no seu conjuno, a exensão da análise reforça uma perspeciva cauelosamene oimisa quano aos impacos de médio e longo prazos da aberura comercial. Não há duvidas de que, no curo prazo, a mudança de regime acabou por agravar a siuação de desemprego, cuja principal causa, porém, esá relacionada aos baixos níveis de crescimeno da economia brasileira no período. No médio e longo prazos, no enano, os sinais são de maior concenração de recursos em seores que uilizam mão-de-obra de forma mais inensiva. Nesse senido, a mudança recene no ambiene macroeconômico, com a desvalorização real do câmbio, não só favorece esse movimeno, na medida em que esimula novos invesimenos em radables, mas ambém conribui para abreviar o período de reesruuração e o seu cuso-emprego. 491

25 Apêndice TABELA A.1 Inensidade Absolua e Relaiva de Faores por Seor da Indúsria de Transformação (1997) Seores por Inensidade Relaiva Absolua Relaiva fw fr fk wr wk rk Capial Máquinas e Equipamenos 0,33 0,01 0,51 10,63 0,91 0,09 Mineral Não-Meálico 0,31 0,03 0,51 3,65 0,86 0,24 Arigos Plásicos 0,24 0,03 0,50 3,07 0,68 0,22 Indúsria da Borracha 0,20 0,06 0,50 1,32 0,58 0,44 Refino do Peróleo 0,15 0,08 0,48 0,74 0,46 0,62 Siderurgia 0,23 0,06 0,45 1,40 0,75 0,53 Auomóveis, Caminhões e Ônibus 0,25 0,01 0,44 6,30 0,82 0,13 Químicos Diversos 0,26 0,05 0,43 2,06 0,87 0,42 Equipamenos Elerônicos 0,20 0,01 0,42 8,11 0,69 0,08 Mealurgia dos Não-Ferrosos 0,21 0,03 0,42 2,69 0,73 0,27 Indúsria Têxil 0,24 0,06 0,39 1,47 0,89 0,60 Trabalho Arigos do Vesuário 0,50 0,03 0,23 6,26 3,17 0,51 Celulose, Papel e Gráfica 0,42 0,04 0,31 4,22 1,97 0,47 Ouros Mealúrgicos 0,41 0,03 0,39 5,88 1,51 0,26 Madeira e Mobiliário 0,40 0,12 0,32 1,21 1,79 1,48 Indúsrias Diversas 0,37 0,03 0,43 5,36 1,26 0,23 Peças e Ouros Veículos 0,36 0,02 0,40 8,31 1,26 0,15 Fabricação de Calçados 0,35 0,06 0,40 2,15 1,26 0,59 Maerial Elérico 0,32 0,02 0,42 6,78 1,09 0,16 Farmacêuica e Veerinária 0,31 0,04 0,46 2,83 0,96 0,34 Recusos Naurais Abae de Animais 0,26 0,38 0,22 0,25 1,68 6,83 Indúsria de Laicínios 0,22 0,36 0,30 0,23 1,08 4,72 Indúsria do Café 0,21 0,35 0,29 0,22 1,05 4,69 Fabricação de Óleos Vegeais 0,23 0,32 0,31 0,26 1,06 4,03 Beneficiameno de Produos Vegeais 0,25 0,31 0,33 0,29 1,08 3,71 Fabricação de Açúcar 0,31 0,26 0,26 0,44 1,72 3,89 Ouros Produos Alimenícios 0,31 0,16 0,35 0,69 1,25 1,81 Elemenos Químicos 0,22 0,16 0,49 0,52 0,65 1,24 Média da Indúsria de Transformação 0,29 0,11 0, Fone: Conas Nacionais de 1997 Resulados Preliminares; mariz insumo-produo de (1) Os fs são as necessidades oais dos faores rabalho (w), capial (k) e recursos naurais (r) por unidade de produo. (2) Wr, wk e rk são as inensidades relaivas dos faores rabalho, capial e recursos naurais em nível seorial, comparadas com a média do seor manufaureiro. Ver equação (11) no exo. 492

26 Seores TABELA A.2 Classificação dos Seores por Remuneração Média (1997) Remuneração Média a Pessoal Ocupado b (%) Acumulado c (%) Remuneração Baixa Agropecuária 0,6 Serviços Privados Não-Mercanis 1,5 11,7% 11,7% Arigos do Vesuário 2,1 3,4% 15,1% Fabricação de Calçados 2,7 0,7% 15,8% Madeira e Mobiliário 3,3 1,9% 17,6% Indúsria do Café 3,8 0,2% 17,8% Consrução Civil 3,9 7,7% 25,5% Abae de Animais 4,0 0,5% 26,0% Beneficiameno de Produos Vegeais 4,0 0,7% 26,7% Ouros Produos Alimenícios 4,1 1,4% 28,0% Remuneração Média Serviços Presados à Família 4,1 19,3% 47,4% Mineral Não-Meálico 4,4 0,9% 48,3% Indúsria Têxil 4,4 0,5% 48,7% Comércio 4,4 19,5% 68,2% Exraiva Mineral 4,6 0,4% 68,6% Fabricação de Açúcar 4,7 0,2% 68,8% Fabricação de Óleos Vegeais 4,9 0,1% 68,9% Indúsria de Laicínios 4,9 0,1% 69,0% Indúsrias Diversas 5,0 0,5% 69,5% Arigos Plásicos 6,4 0,3% 69,8% Siderurgia 6,7 0,2% 70,0% Remuneração Ala Transpores 6,7 5,0% 74,9% Mealurgia dos Não-Ferrosos 6,8 0,1% 75,1% Aluguel de Imóveis 7,1 0,6% 75,7% Ouros Mealúrgicos 7,1 1,3% 77,0% Serviços Presados à Empresa 7,2 4,8% 81,8% Indúsria da Borracha 7,6 0,1% 81,9% Celulose, Papel e Gráfica 7,9 0,9% 82,8% Máquinas e Equipamenos 9,3 0,9% 83,6% Equipamenos Elerônicos 9,9 0,2% 83,9% Maerial Elérico 9,9 0,3% 84,2% Elemenos Químicos 11,0 0,2% 84,3% Químicos Diversos 11,0 0,3% 84,7% Farmácia e Veerinária 11,1 0,3% 84,9% Peças e Ouros Veículos 12,1 0,4% 85,4% Auomóveis, Caminhões e Ônibus 12,2 0,2% 85,6% Peróleo e Gás 12,9 0,1% 85,6% Adminisração Pública 13,3 11,7% 97,3% Refino do Peróleo 16,6 0,1% 97,5% Comunicações 21,3 0,4% 97,8% Siup 36,4 0,5% 98,3% Insiuições Financeiras 43,2 1,7% 100,0% Fone: Conas Nacionais de 1997 Resulados Preliminares. (a) Remuneração do rabalho (inclusive auônomos) no ano dividida pelo pessoal ocupado (em R$ mil). (b) Paricipação do seor no oal do pessoal ocupado excluindo a agropecuária. A paricipação desse seor no oal do pessoal ocupado foi de 22,2%. (c) Paricipação acumulada no oal do pessoal ocupado, excluindo a agriculura. 493

27 TABELA A.3 Inensidade Relaiva de Mão-de-Obra Qualificada na Indúsria de Transformação (1997) Seores Qb 1 Qm 1 Qa 1 Qualificação Ala Qa > 1 Refino de Peróleo 0,0 0,3 1,7 Peças e Ouros Veículos 0,0 0,4 1,6 Máquinas e Equipamenos 0,0 0,4 1,6 Celulose, Papel e Gráfica 0,1 0,4 1,6 Químicos Diversos 0,1 0,5 1,5 Auomóveis, Caminhões e Ônibus 0,1 0,6 1,5 Maerial Elérico 0,0 0,6 1,5 Indúsria da Borracha 0,2 0,5 1,5 Mealurgia dos Não-Ferrosos 0,0 0,7 1,5 Farmacêuica e Veerinária 0,1 0,8 1,4 Equipamenos Elerônicos 0,2 0,7 1,4 Ouros Mealúrgicos 0,0 0,8 1,4 Elemenos Químicos 0,9 0,7 1,2 Qualificação Média Qm > 1 Indúsria Têxil 0,2 3,0 0,4 Mineral Não-Meálico 0,0 2,9 0,5 Indúsrias Diversas 0,1 2,7 0,5 Siderurgia 0,2 2,7 0,5 Arigos Plásicos 0,0 2,5 0,7 Fabricação de Açúcar 1,0 2,3 0,4 Qualificação Baixa Qb > 1 Indúsria do Café 4,5 0,3 0,2 Madeira e Mobiliário 3,9 0,4 0,3 Abae de Animais 3,9 0,4 0,3 Fabricação de Calçados 3,6 0,4 0,4 Arigos do Vesuário 3,6 1,1 0,1 Beneficiameno de Produos Vegeais 3,3 0,7 0,3 Ouros Produos Alimenícios 3,0 0,9 0,4 Indúsria de Laicínios 2,0 1,9 0,3 Fabricação de Óleos Vegeais 1,8 1,7 0,4 Fone: Conas Nacionais de 1997 Resulados Preliminares; mariz insumo-produo (1) Ver exo, expressão (13), para definições. 494

Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1

Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1 Jovens no mercado de rabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1 Luís Abel da Silva Filho 2 Fábio José Ferreira da Silva 3 Silvana Nunes de Queiroz 4 Resumo: Nos anos 1990,

Leia mais

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho NOTA TÉCNICA Noa Sobre Evolução da Produividade no Brasil Fernando de Holanda Barbosa Filho Fevereiro de 2014 1 Essa noa calcula a evolução da produividade no Brasil enre 2002 e 2013. Para ano uiliza duas

Leia mais

Expectativas, consumo e investimento CAPÍTULO 16. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

Expectativas, consumo e investimento CAPÍTULO 16. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Expecaivas, consumo e Olivier Blanchard Pearson Educaion CAPÍTULO 16 16.1 Consumo A eoria do consumo foi desenvolvida na década de 1950 por Milon Friedman, que a chamou de eoria do consumo da renda permanene,

Leia mais

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1.1. Disribuição, Lucro e Renda Kalecki, TDE, cap. A eoria dos lucros em um modelo simplificado Poupança e invesimeno O efeio do saldo da balança comercial

Leia mais

3 Fluxos de capitais e crescimento econômico: o canal do câmbio

3 Fluxos de capitais e crescimento econômico: o canal do câmbio 3 Fluxos de capiais e crescimeno econômico: o canal do câmbio Nese capíulo exploraremos as implicações de um imporane canal de ransmissão pelo qual um volume maior de fluxos de capiais exernos enre países

Leia mais

Notas Técnicas do Banco Central do Brasil

Notas Técnicas do Banco Central do Brasil ISSN 1519-7212 Noas Técnicas do Banco Cenral do Brasil Número 25 Julho de 2002 Há Razões para Duvidar de Que a Dívida Pública no Brasil é Susenável? Ilan Goldfajn ISSN 1519-7212 CGC 00.038.166/0001-05

Leia mais

Modelos Não-Lineares

Modelos Não-Lineares Modelos ão-lineares O modelo malhusiano prevê que o crescimeno populacional é exponencial. Enreano, essa predição não pode ser válida por um empo muio longo. As funções exponenciais crescem muio rapidamene

Leia mais

GERAÇÃO DE PREÇOS DE ATIVOS FINANCEIROS E SUA UTILIZAÇÃO PELO MODELO DE BLACK AND SCHOLES

GERAÇÃO DE PREÇOS DE ATIVOS FINANCEIROS E SUA UTILIZAÇÃO PELO MODELO DE BLACK AND SCHOLES XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Mauridade e desafios da Engenharia de Produção: compeiividade das empresas, condições de rabalho, meio ambiene. São Carlos, SP, Brasil, 1 a15 de ouubro de

Leia mais

4 Modelagem e metodologia de pesquisa

4 Modelagem e metodologia de pesquisa 4 Modelagem e meodologia de pesquisa Nese capíulo será apresenada a meodologia adoada nese rabalho para a aplicação e desenvolvimeno de um modelo de programação maemáica linear misa, onde a função-objeivo,

Leia mais

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield 5 Erro de Apreçameno: Cuso de Transação versus Convenience Yield A presene seção em como objeivo documenar os erros de apreçameno implício nos preços eóricos que eviam oporunidades de arbiragem nos conraos

Leia mais

VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA. Antônio Carlos de Araújo

VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA. Antônio Carlos de Araújo 1 VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA Anônio Carlos de Araújo CPF: 003.261.865-49 Cenro de Pesquisas do Cacau CEPLAC/CEPEC Faculdade de Tecnologia

Leia mais

Danilo Perretti Trofimoff EXPOSIÇÃO CAMBIAL ASSIMÉTRICA: EVIDÊNCIA SOBRE O BRASIL

Danilo Perretti Trofimoff EXPOSIÇÃO CAMBIAL ASSIMÉTRICA: EVIDÊNCIA SOBRE O BRASIL FACULDADE IBMEC SÃO PAULO Programa de Mesrado Profissional em Economia Danilo Perrei Trofimoff EXPOSIÇÃO CAMBIAL ASSIMÉTRICA: EVIDÊNCIA SOBRE O BRASIL São Paulo 2008 1 Livros Gráis hp://www.livrosgrais.com.br

Leia mais

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise 4 O Papel das Reservas no Cuso da Crise Nese capíulo buscamos analisar empiricamene o papel das reservas em miigar o cuso da crise uma vez que esa ocorre. Acrediamos que o produo seja a variável ideal

Leia mais

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição Análise de séries de empo: modelos de decomposição Profa. Dra. Liane Werner Séries de emporais - Inrodução Uma série emporal é qualquer conjuno de observações ordenadas no empo. Dados adminisraivos, econômicos,

Leia mais

Boom nas vendas de autoveículos via crédito farto, preços baixos e confiança em alta: o caso de um ciclo?

Boom nas vendas de autoveículos via crédito farto, preços baixos e confiança em alta: o caso de um ciclo? Boom nas vendas de auoveículos via crédio faro, preços baixos e confiança em ala: o caso de um ciclo? Fábio Auguso Reis Gomes * Fabio Maciel Ramos ** RESUMO - A proposa dese rabalho é conribuir para o

Leia mais

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO 1 Quesão: Um fao esilizado sobre a dinâmica do crescimeno econômico mundial é a ocorrência de divergências

Leia mais

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço 5 Meodologia Probabilísica de Esimaiva de Reservas Considerando o Efeio-Preço O principal objeivo desa pesquisa é propor uma meodologia de esimaiva de reservas que siga uma abordagem probabilísica e que

Leia mais

Gráfico 1 Nível do PIB: série antiga e série revista. Série antiga Série nova. através do site

Gráfico 1 Nível do PIB: série antiga e série revista. Série antiga Série nova. através do site 2/mar/ 27 A Revisão do PIB Affonso Celso Pasore pasore@acpasore.com Maria Crisina Pinoi crisina@acpasore.com Leonardo Poro de Almeida leonardo@acpasore.com Terence de Almeida Pagano erence@acpasore.com

Leia mais

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA PDE: lucro, consumo e invesimeno 1. KLECK: DEMND EFETV, CCLO E TENDÊNC 1.1. Disribuição, Lucro e Renda PDE: lucro, consumo e invesimeno Kalecki, TDE, cap. 3 eoria dos lucros em um modelo simplificado Poupança

Leia mais

CRESCIMENTO ECONÔMICO E CONCENTRAÇÃO DE RENDA: SEUS EFEITOS NA POBREZA NO BRASIL

CRESCIMENTO ECONÔMICO E CONCENTRAÇÃO DE RENDA: SEUS EFEITOS NA POBREZA NO BRASIL SÉRIES WORKING PAPER BNDES/ANPEC PROGRAMA DE FOMENTO À PESQUISA EM DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - PDE CRESCIMENTO ECONÔMICO E CONCENTRAÇÃO DE RENDA: SEUS EFEITOS NA POBREZA NO BRASIL Emerson Marinho UFC/CAEN

Leia mais

Análise de Informação Económica e Empresarial

Análise de Informação Económica e Empresarial Análise de Informação Económica e Empresarial Licenciaura Economia/Finanças/Gesão 1º Ano Ano lecivo de 2008-2009 Prova Época Normal 14 de Janeiro de 2009 Duração: 2h30m (150 minuos) Responda aos grupos

Leia mais

Um modelo matemático para o ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti e controle de epidemias

Um modelo matemático para o ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti e controle de epidemias Universidade Federal de Ouro Preo Modelagem e Simulação de Sisemas Terresres DECOM- prof. Tiago Garcia de Senna Carneiro Um modelo maemáico para o ciclo de vida do mosquio Aedes aegypi e conrole de epidemias

Leia mais

Working Paper Impacto do investimento estrangeiro direto sobre renda, emprego, finanças públicas e balanço de pagamentos

Working Paper Impacto do investimento estrangeiro direto sobre renda, emprego, finanças públicas e balanço de pagamentos econsor www.econsor.eu Der Open-Access-Publikaionsserver der ZBW Leibniz-Informaionszenrum Wirscaf Te Open Access Publicaion Server of e ZBW Leibniz Informaion Cenre for Economics Gonçalves, Reinaldo Working

Leia mais

Políticas anticíclicas na indústria automobilística: uma análise de co-integração dos impactos da redução do IPI sobre as vendas de veículos 1

Políticas anticíclicas na indústria automobilística: uma análise de co-integração dos impactos da redução do IPI sobre as vendas de veículos 1 Políicas anicíclicas na indúsria auomobilísica: uma análise de co-inegração dos impacos da redução do IPI sobre as vendas de veículos Gusavo Varela Alvarenga, Parick Franco Alves, Carolina Fernandes dos

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA

CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA Inrodução Ese arigo raa de um dos assunos mais recorrenes nas provas do IME e do ITA nos úlimos anos, que é a Cinéica Química. Aqui raamos principalmene dos

Leia mais

GRUPO XIII GRUPO DE ESTUDO DE INTERFERÊNCIAS, COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA E QUALIDADE DE ENERGIA - GCQ

GRUPO XIII GRUPO DE ESTUDO DE INTERFERÊNCIAS, COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA E QUALIDADE DE ENERGIA - GCQ SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GCQ - 11 16 a 21 Ouubro de 2005 Curiiba - Paraná GRUPO XIII GRUPO DE ESTUDO DE INTERFERÊNCIAS, COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA E

Leia mais

Equações Simultâneas. Aula 16. Gujarati, 2011 Capítulos 18 a 20 Wooldridge, 2011 Capítulo 16

Equações Simultâneas. Aula 16. Gujarati, 2011 Capítulos 18 a 20 Wooldridge, 2011 Capítulo 16 Equações Simulâneas Aula 16 Gujarai, 011 Capíulos 18 a 0 Wooldridge, 011 Capíulo 16 Inrodução Durane boa pare do desenvolvimeno dos coneúdos desa disciplina, nós nos preocupamos apenas com modelos de regressão

Leia mais

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração Teorias do Crescimeno Económico Mesrado de Economia Modelos de Crescimeno Endógeno de 1ªgeração Inrodução A primeira geração de modelos de crescimeno endógeno ena endogeneiar a axa de crescimeno de SSG

Leia mais

CERNE ISSN: 0104-7760 cerne@dcf.ufla.br Universidade Federal de Lavras Brasil

CERNE ISSN: 0104-7760 cerne@dcf.ufla.br Universidade Federal de Lavras Brasil CERNE ISSN: 4-776 cerne@dcf.ufla.br Universidade Federal de Lavras Brasil Pereira Rezende, José Luiz; Túlio Jorge Padua, Cláudio; Donizee de Oliveira, Anônio; Soares Scolforo, José Robero Análise econômica

Leia mais

Contabilometria. Séries Temporais

Contabilometria. Séries Temporais Conabilomeria Séries Temporais Fone: Corrar, L. J.; Theóphilo, C. R. Pesquisa Operacional para Decisão em Conabilidade e Adminisração, Ediora Alas, São Paulo, 2010 Cap. 4 Séries Temporais O que é? Um conjuno

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA EAE 206 Macroeconomia I 1º Semesre de 2017 Professor Fernando Rugisky Lisa de Exercícios 3 [1] Considere

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL42 Coneúdo 8 - Inrodução aos Circuios Lineares e Invarianes...1 8.1 - Algumas definições e propriedades gerais...1 8.2 - Relação enre exciação

Leia mais

DETERMINANTES DA DEMANDA DE GASOLINA C NO ESTADO DE MINAS GERAIS, 2002 A 2010 1

DETERMINANTES DA DEMANDA DE GASOLINA C NO ESTADO DE MINAS GERAIS, 2002 A 2010 1 Rosangela Aparecida Soares Fernandes, Crisiane Marcia dos Sanos & Sarah Lorena Peixoo ISSN 1679-1614 DETERMINANTES DA DEMANDA DE GASOLINA C NO ESTADO DE MINAS GERAIS, 2002 A 2010 1 Rosangela Aparecida

Leia mais

Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre

Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre 1. Objeivos. Inrodução 3. Procedimeno experimenal 4. Análise de dados 5. Quesões 6. Referências 1. Objeivos Nesa experiência, esudaremos o movimeno da queda de

Leia mais

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Cálculo do valor em risco dos aivos financeiros da Perobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Bruno Dias de Casro 1 Thiago R. dos Sanos 23 1 Inrodução Os aivos financeiros das companhias Perobrás e Vale

Leia mais

MODULAÇÃO. Modulação. AM Amplitude Modulation Modulação por amplitude 24/02/2015

MODULAÇÃO. Modulação. AM Amplitude Modulation Modulação por amplitude 24/02/2015 ODUAÇÃO... PW DIGITA odulação odulação éamodificaçãoinencional e conrolada de um sinal original oalmene conhecido por meio de um ouro sinal, que se deseja ransporar. Esa modificação permie o ranspore do

Leia mais

A dinâmica do emprego formal na região Norte do estado do Rio de Janeiro, nas últimas duas décadas

A dinâmica do emprego formal na região Norte do estado do Rio de Janeiro, nas últimas duas décadas A dinâmica do emprego formal na região Nore do esado do Rio de Janeiro, nas úlimas duas décadas Helio Junior de Souza Crespo Insiuo Federal Fluminense-IFF E-mail: hjunior@iff.edu.br Paulo Marcelo de Souza

Leia mais

4 O modelo econométrico

4 O modelo econométrico 4 O modelo economérico O objeivo desse capíulo é o de apresenar um modelo economérico para as variáveis financeiras que servem de enrada para o modelo esocásico de fluxo de caixa que será apresenado no

Leia mais

FINANÇAS EMPRESARIAIS I

FINANÇAS EMPRESARIAIS I 8. Invesimeno em Obrigações 1 8.1. Aspecos gerais 8.2. O cupão 8.3. Reembolso de um emprésimo obrigacionisa Bibliografia: Canadas, Naália (1998), A Maemáica do Financiameno e das Aplicações de Capial,

Leia mais

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1.

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1. 1 Modelo de crescimeno neoclássico, unisecorial com PT e com axa de poupança exógena 1.1 Hipóeses Função de Produção Cobb-Douglas: (, ) ( ) 1 Y = F K AL = K AL (1.1) FK > 0, FKK < 0 FL > 0, FLL < 0 Função

Leia mais

GABARITO CURSO DE FÉRIAS MATEMÁTICA Professor: Alexandrino Diógenes

GABARITO CURSO DE FÉRIAS MATEMÁTICA Professor: Alexandrino Diógenes Professor: Alexandrino Diógenes EXERCÍCIOS DE SALA 4 5 6 7 8 9 0 E C D D A D E D A D 4 5 6 7 8 9 0 C E D B A B D C B A QUESTÃO Seja a função N : R R, definida por N(n) = an + b, em que N(n) é o número

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas UFPEL Departamento de Economia - DECON. Economia Ecológica. Professor Rodrigo Nobre Fernandez

Universidade Federal de Pelotas UFPEL Departamento de Economia - DECON. Economia Ecológica. Professor Rodrigo Nobre Fernandez Universidade Federal de Peloas UFPEL Deparameno de Economia - DECON Economia Ecológica Professor Rodrigo Nobre Fernandez Capíulo 6 Conabilidade Ambienal Nacional Peloas, 2010 6.1 Inrodução O lado moneário

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CÁLCULO II - PROJETO NEWTON AULA 20. Palavras-chaves: derivada,derivada direcional, gradiente

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CÁLCULO II - PROJETO NEWTON AULA 20. Palavras-chaves: derivada,derivada direcional, gradiente Assuno: Derivada direcional UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CÁLCULO II - PROJETO NEWTON AULA 20 Palavras-chaves: derivada,derivada direcional, gradiene Derivada Direcional Sejam z = fx, y) uma função e x

Leia mais

José Ronaldo de Castro Souza Júnior RESTRIÇÕES AO CRESCIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL: UMA APLICAÇÃO DO MODELO DE TRÊS HIATOS (1970-2000)

José Ronaldo de Castro Souza Júnior RESTRIÇÕES AO CRESCIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL: UMA APLICAÇÃO DO MODELO DE TRÊS HIATOS (1970-2000) José Ronaldo de Casro Souza Júnior RESTRIÇÕES AO CRESCIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL: UMA APLICAÇÃO DO MODELO DE TRÊS HIATOS (1970-2000) Belo Horizone, MG UFMG/CEDEPLAR 2002 José Ronaldo de Casro Souza Júnior

Leia mais

Movimento unidimensional. Prof. DSc. Anderson Cortines IFF campus Cabo Frio MECÂNICA GERAL

Movimento unidimensional. Prof. DSc. Anderson Cortines IFF campus Cabo Frio MECÂNICA GERAL Movimeno unidimensional Prof. DSc. Anderson Corines IFF campus Cabo Frio MECÂNICA GERAL 218.1 Objeivos Ter uma noção inicial sobre: Referencial Movimeno e repouso Pono maerial e corpo exenso Posição Diferença

Leia mais

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 163 22. PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 22.1. Inrodução Na Seção 9.2 foi falado sobre os Parâmeros de Core e

Leia mais

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas Séries de Tempo Inrodução José Faardo EBAPE- Fundação Geulio Vargas Agoso 0 José Faardo Séries de Tempo . Por quê o esudo de séries de empo é imporane? Primeiro, porque muios dados econômicos e financeiros

Leia mais

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACUDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III icenciaura de Economia (ºAno/1ºS) Ano ecivo 007/008 Caderno de Exercícios Nº 1

Leia mais

Lista de Exercícios nº 3 - Parte IV

Lista de Exercícios nº 3 - Parte IV DISCIPLINA: SE503 TEORIA MACROECONOMIA 01/09/011 Prof. João Basilio Pereima Neo E-mail: joaobasilio@ufpr.com.br Lisa de Exercícios nº 3 - Pare IV 1ª Quesão (...) ª Quesão Considere um modelo algébrico

Leia mais

Considere uma economia habitada por um agente representativo que busca maximizar:

Considere uma economia habitada por um agente representativo que busca maximizar: 2 Modelo da economia Uilizaram-se como base os modelos de Campos e Nakane 23 e Galí e Monacelli 22 que esendem o modelo dinâmico de equilíbrio geral de Woodford 21 para uma economia abera Exisem dois países:

Leia mais

Utilização de modelos de holt-winters para a previsão de séries temporais de consumo de refrigerantes no Brasil

Utilização de modelos de holt-winters para a previsão de séries temporais de consumo de refrigerantes no Brasil XXVI ENEGEP - Foraleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Ouubro de 2006 Uilização de modelos de hol-winers para a previsão de séries emporais de consumo de refrigeranes no Brasil Jean Carlos da ilva Albuquerque (UEPA)

Leia mais

CHOQUES DE PRODUTIVIDADE E FLUXOS DE INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS PARA O BRASIL * Prof a Dr a Maria Helena Ambrosio Dias **

CHOQUES DE PRODUTIVIDADE E FLUXOS DE INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS PARA O BRASIL * Prof a Dr a Maria Helena Ambrosio Dias ** CHOQUES DE PRODUTIVIDADE E FLUXOS DE INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS PARA O BRASIL * Prof a Dr a Maria Helena Ambrosio Dias ** Resumo O inuio é invesigar como e em que grau um choque de produividade ocorrido

Leia mais

Taxa de Juros e Desempenho da Agricultura Uma Análise Macroeconômica

Taxa de Juros e Desempenho da Agricultura Uma Análise Macroeconômica Taxa de Juros e Desempenho da Agriculura Uma Análise Macroeconômica Humbero Francisco Silva Spolador Geraldo San Ana de Camargo Barros Resumo: Ese rabalho em como obeivo mensurar os efeios das axas de

Leia mais

ENGENHARIA ECONÔMICA AVANÇADA

ENGENHARIA ECONÔMICA AVANÇADA ENGENHARIA ECONÔMICA AVANÇADA TÓPICOS AVANÇADOS MATERIAL DE APOIO ÁLVARO GEHLEN DE LEÃO gehleao@pucrs.br 55 5 Avaliação Econômica de Projeos de Invesimeno Nas próximas seções serão apresenados os principais

Leia mais

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA Nesa abordagem paramérica, para esimar as funções básicas da análise de sobrevida, assume-se que o empo de falha T segue uma disribuição conhecida

Leia mais

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Geulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / 2011 Professor: Rubens Penha Cysne Lisa de Exercícios 5 Crescimeno com Inovações Horizonais (Inpu Varieies) 1-

Leia mais

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Dinâmicos

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Dinâmicos Análise de Projecos ESAPL / IPVC Criérios de Valorização e Selecção de Invesimenos. Méodos Dinâmicos Criério do Valor Líquido Acualizado (VLA) O VLA de um invesimeno é a diferença enre os valores dos benefícios

Leia mais

DEMANDA BRASILEIRA DE CANA DE AÇÚCAR, AÇÚCAR E ETANOL REVISITADA

DEMANDA BRASILEIRA DE CANA DE AÇÚCAR, AÇÚCAR E ETANOL REVISITADA XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Mauridade e desafios da Engenharia de Produção: compeiividade das empresas, condições de rabalho, meio ambiene. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de ouubro

Leia mais

Seção 5: Equações Lineares de 1 a Ordem

Seção 5: Equações Lineares de 1 a Ordem Seção 5: Equações Lineares de 1 a Ordem Definição. Uma EDO de 1 a ordem é dia linear se for da forma y + fx y = gx. 1 A EDO linear de 1 a ordem é uma equação do 1 o grau em y e em y. Qualquer dependência

Leia mais

3 Modelo Teórico e Especificação Econométrica

3 Modelo Teórico e Especificação Econométrica 3 Modelo Teórico e Especificação Economérica A base eórica do experimeno será a Teoria Neoclássica do Invesimeno, apresenada por Jorgensen (1963). Aneriormene ao arigo de Jorgensen, não havia um arcabouço

Leia mais

Aplicações à Teoria da Confiabilidade

Aplicações à Teoria da Confiabilidade Aplicações à Teoria da ESQUEMA DO CAPÍTULO 11.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS 11.2 A LEI DE FALHA NORMAL 11.3 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL 11.4 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL E A DISTRIBUIÇÃO DE POISSON 11.5 A LEI

Leia mais

MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS

MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS 1 Quesão: Suponha que um governo de direia decida reduzir de forma permanene o nível do seguro desemprego. Pede-se: a) Quais seriam

Leia mais

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa 42 3 Meodologia do Esudo 3.1. Tipo de Pesquisa A pesquisa nese rabalho pode ser classificada de acordo com 3 visões diferenes. Sob o pono de visa de seus objeivos, sob o pono de visa de abordagem do problema

Leia mais

Tópicos Especiais em Energia Elétrica (Projeto de Inversores e Conversores CC-CC)

Tópicos Especiais em Energia Elétrica (Projeto de Inversores e Conversores CC-CC) Deparameno de Engenharia Elérica Tópicos Especiais em Energia Elérica () ula 2.2 Projeo do Induor Prof. João mérico Vilela Projeo de Induores Definição do úcleo a Fig.1 pode ser observado o modelo de um

Leia mais

2 PREVISÃO DA DEMANDA

2 PREVISÃO DA DEMANDA PREVISÃO DA DEMANDA Abandonando um pouco a visão românica do ermo previsão, milhares de anos após as grandes civilizações da nossa hisória, a previsão do fuuro vola a omar a sua posição de imporância no

Leia mais

Inserção Internacional Brasileira: temas de economia internacional. Livro 3 Volume 2

Inserção Internacional Brasileira: temas de economia internacional. Livro 3 Volume 2 Inserção Inernacional Brasileira: emas de economia inernacional Livro 3 Volume 2 Brasília, 21 Insiuo de Pesquisa Econômica Aplicada ipea 21 Projeo Perspecivas do Desenvolvimeno Brasileiro Série Eixos Esraégicos

Leia mais

TAXA DE CÂMBIO E PREÇOS DE EXPORTAÇÃO DA CARNE DE FRANGO EM

TAXA DE CÂMBIO E PREÇOS DE EXPORTAÇÃO DA CARNE DE FRANGO EM TAXA DE CÂMBIO E PREÇOS DE EXPORTAÇÃO DA CARNE DE FRANGO EM Área Temáica: 9. Méodos Quaniaivos Resumo SANTA CATARINA Eliane Pinheiro de Sousa 1 Airon Lopes Amorim 2 Daniel Arruda Coronel 3 Ese arigo buscou

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ GUILHERME RICARDO DOS SANTOS SOUZA E SILVA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ GUILHERME RICARDO DOS SANTOS SOUZA E SILVA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ GUILHERME RICARDO DOS SANTOS SOUZA E SILVA ESTUDO DAS VARIAÇÕES CAMBIAIS NO BRASIL: UMA ANÁLISE BASEADA EM EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS RECENTES CURITIBA 2008 GUILHERME RICARDO DOS

Leia mais

Movimento unidimensional 25 MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL

Movimento unidimensional 25 MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL Movimeno unidimensional 5 MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL. Inrodução Denre os vários movimenos que iremos esudar, o movimeno unidimensional é o mais simples, já que odas as grandezas veoriais que descrevem o

Leia mais

A entropia de uma tabela de vida em previdência social *

A entropia de uma tabela de vida em previdência social * A enropia de uma abela de vida em previdência social Renao Marins Assunção Leícia Gonijo Diniz Vicorino Palavras-chave: Enropia; Curva de sobrevivência; Anuidades; Previdência Resumo A enropia de uma abela

Leia mais

EFEITO DA VARIAÇÃO DOS PREÇOS DA MANDIOCA EM ALAGOAS SOBRE O VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO 1

EFEITO DA VARIAÇÃO DOS PREÇOS DA MANDIOCA EM ALAGOAS SOBRE O VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO 1 ISSN 188-981X 18 18 EFEITO DA VARIAÇÃO DOS PREÇOS DA MANDIOCA EM ALAGOAS SOBRE O VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO 1 Effec of cassava price variaion in Alagoas over producion gross value Manuel Albero Guiérrez CUENCA

Leia mais

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc.

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc. ECONOMETRIA Prof. Paricia Maria Borolon, D. Sc. Séries Temporais Fone: GUJARATI; D. N. Economeria Básica: 4ª Edição. Rio de Janeiro. Elsevier- Campus, 2006 Processos Esocásicos É um conjuno de variáveis

Leia mais

Estudo comparativo de processo produtivo com esteira alimentadora em uma indústria de embalagens

Estudo comparativo de processo produtivo com esteira alimentadora em uma indústria de embalagens Esudo comparaivo de processo produivo com eseira alimenadora em uma indúsria de embalagens Ana Paula Aparecida Barboza (IMIH) anapbarboza@yahoo.com.br Leicia Neves de Almeida Gomes (IMIH) leyneves@homail.com

Leia mais

APLICAÇÕES DAS EQUAÇÕES EM DIFERENÇAS NA SOLUÇÃO DE ALGUNS PROBLEMAS EM CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

APLICAÇÕES DAS EQUAÇÕES EM DIFERENÇAS NA SOLUÇÃO DE ALGUNS PROBLEMAS EM CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 3 APLICAÇÕES DAS EQUAÇÕES EM DIFERENÇAS NA SOLUÇÃO DE ALGUNS PROBLEMAS EM CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS Gusavo Baisa de Oliveira (Uni-FACEF) Anônio Carlos da Silva Filho (Uni-FACEF) INTRODUÇÃO A Renda Nacional,

Leia mais

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto Exercícios sobre o Modelo Logísico Discreo 1. Faça uma abela e o gráfico do modelo logísico discreo descrio pela equação abaixo para = 0, 1,..., 10, N N = 1,3 N 1, N 0 = 1. 10 Solução. Usando o Excel,

Leia mais

Política fiscal: Um resumo CAPÍTULO 26. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

Política fiscal: Um resumo CAPÍTULO 26. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Políica fiscal: Um resumo Olivier Blanchard Pearson Educaion CAPÍTULO 26 2006 Pearson Educaion Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard 26.1 Capíulo 26: Políica fiscal um resumo Resrição orçamenária do governo

Leia mais

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda 2. KLECK 2.. Demanda Efeiva e Disribuição de Renda Disribuição de Renda e o Efeio Muliplicador Kalecki, TDE, cap. 3 oupança e invesimeno O efeio do saldo da balança comercial e do défici orçamenário Kalecki,

Leia mais

3 A Função de Reação do Banco Central do Brasil

3 A Função de Reação do Banco Central do Brasil 3 A Função de Reação do Banco Cenral do Brasil Nese capíulo será apresenada a função de reação do Banco Cenral do Brasil uilizada nese rabalho. A função segue a especificação de uma Regra de Taylor modificada,

Leia mais

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda O efeio muliplicador e a disribuição de renda 2. KLECK 2.. Demanda Efeiva e Disribuição de Renda Disribuição de Renda e o Efeio Muliplicador Kalecki, TDE, cap. 3 oupança e invesimeno O efeio do saldo da

Leia mais

Perspectivas para a inflação

Perspectivas para a inflação Perspecivas para a inflação 6 Ese capíulo do Relaório de Inflação apresena a avaliação feia pelo Copom sobre o comporameno da economia brasileira e do cenário inernacional desde a divulgação do Relaório

Leia mais

Circuitos Elétricos I EEL420

Circuitos Elétricos I EEL420 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL420 Coneúdo 1 - Circuios de primeira ordem...1 1.1 - Equação diferencial ordinária de primeira ordem...1 1.1.1 - Caso linear, homogênea, com

Leia mais

OTIMIZAÇÃO ENERGÉTICA NA CETREL: DIAGNÓSTICO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE GANHOS

OTIMIZAÇÃO ENERGÉTICA NA CETREL: DIAGNÓSTICO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE GANHOS STC/ 08 17 à 22 de ouubro de 1999 Foz do Iguaçu Paraná - Brasil SESSÃO TÉCNICA ESPECIAL CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA (STC) OTIMIZAÇÃO ENERGÉTICA NA CETREL: DIAGNÓSTICO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE

Leia mais

4 Método de geração de cenários em árvore

4 Método de geração de cenários em árvore Méodo de geração de cenários em árvore 4 4 Méodo de geração de cenários em árvore 4.. Conceios básicos Uma das aividades mais comuns no mercado financeiro é considerar os possíveis esados fuuros da economia.

Leia mais

Uma revisão da dinâmica macroeconômica da dívida pública e dos testes de sustentabilidade da política fiscal.

Uma revisão da dinâmica macroeconômica da dívida pública e dos testes de sustentabilidade da política fiscal. IPES Texo para Discussão Publicação do Insiuo de Pesquisas Econômicas e Sociais Uma revisão da dinâmica macroeconômica da dívida pública e dos eses de susenabilidade da políica fiscal. Luís Anônio Sleimann

Leia mais

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr.

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr. Moivação rof. Lorí Viali, Dr. vialli@ma.ufrgs.br hp://www.ma.ufrgs.br/~vialli/ Na práica, não exise muio ineresse na comparação de preços e quanidades de um único arigo, como é o caso dos relaivos, mas

Leia mais

4 Análise de Sensibilidade

4 Análise de Sensibilidade 4 Análise de Sensibilidade 4.1 Considerações Gerais Conforme viso no Capíulo 2, os algorimos uilizados nese rabalho necessiam das derivadas da função objeivo e das resrições em relação às variáveis de

Leia mais

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne. Lista de Exercícios 4

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne. Lista de Exercícios 4 Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Geulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / 207 Professor: Rubens Penha Cysne Lisa de Exercícios 4 Gerações Superposas em Tempo Conínuo Na ausência de de

Leia mais

A Economia Não Registada em Portugal

A Economia Não Registada em Portugal A Economia Não Regisada em Porugal por Nuno Miguel Vilarinho Gonçalves Tese de Mesrado em Economia Orienada por: Professor Douor Óscar Afonso 2010 Dedicado aos meus pais e à Deolinda. Agradecimenos Quero

Leia mais

) quando vamos do ponto P até o ponto Q (sobre a reta) e represente-a no plano cartesiano descrito acima.

) quando vamos do ponto P até o ponto Q (sobre a reta) e represente-a no plano cartesiano descrito acima. ATIVIDADE 1 1. Represene, no plano caresiano xy descrio abaixo, os dois ponos (x 0,y 0 ) = (1,2) e Q(x 1,y 1 ) = Q(3,5). 2. Trace a rea r 1 que passa pelos ponos e Q, no plano caresiano acima. 3. Deermine

Leia mais

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL*

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* Nikolay Iskrev** Resumo Arigos Ese arigo analisa as fones de fluuação dos ciclos económicos em Porugal usando a meodologia de conabilidade dos ciclos

Leia mais

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO ANÁLISE DO DESEMPENHO DA BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA ESTIMAÇÕES DAS ELASTICIDADES DAS FUNÇÕES DA

Leia mais

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque:

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque: DEMOGRAFIA Fone: Ferreira, J. Anunes Demografia, CESUR, Lisboa Inrodução A imporância da demografia no planeameno regional e urbano O processo de planeameno em como fim úlimo fomenar uma organização das

Leia mais

Respondidos (parte 13)

Respondidos (parte 13) U Coneúdo UNoas de aulas de Transpores Exercícios Respondidos (pare 3) Hélio Marcos Fernandes Viana da pare 3 Exemplo numérico de aplicação do méodo udo-ou-nada, exemplo de cálculo do empo de viagem equações

Leia mais

Para Newton, conforme o tempo passa, a velocidade da partícula aumenta indefinidamente. ( )

Para Newton, conforme o tempo passa, a velocidade da partícula aumenta indefinidamente. ( ) Avaliação 1 8/0/010 1) A Primeira Lei do Movimeno de Newon e a Teoria da elaividade esria de Einsein diferem quano ao comporameno de uma parícula quando sua velocidade se aproxima da velocidade da luz

Leia mais

APLICAÇÃO DO MODELO ARIMA PARA PREVISÃO DO PREÇO DO FRANGO INTEIRO RESFRIADO NO GRANDE ATACADO DO ESTADO DE SÃO PAULO

APLICAÇÃO DO MODELO ARIMA PARA PREVISÃO DO PREÇO DO FRANGO INTEIRO RESFRIADO NO GRANDE ATACADO DO ESTADO DE SÃO PAULO APLICAÇÃO DO MODELO ARIMA PARA PREVISÃO DO PREÇO DO FRANGO INEIRO RESFRIADO NO GRANDE AACADO DO ESADO DE SÃO PAULO PAULO ANDRÉ CAVALCANI CAMPOS Ademir Clemene AGNALDO ANÔNIO LOPES DE CORDEIRO Resumo: O

Leia mais

A variação do emprego nos setores da economia do Rio Grande do Sul

A variação do emprego nos setores da economia do Rio Grande do Sul A variação do emprego nos seores da economia do Rio Grande do Sul 195 A variação do emprego nos seores da economia do Rio Grande do Sul Valer José Sulp PhD em Economia Agrícola, Professor do Deparameno

Leia mais

MATEMÁTICA. Prof. Favalessa REVISÃO GERAL

MATEMÁTICA. Prof. Favalessa REVISÃO GERAL MATEMÁTICA Prof. Favalessa REVISÃO GERAL. Em um cero grupo de pessoas, 40 falam inglês, 3 falam espanhol, 0 falam francês, falam inglês e espanhol, 8 falam inglês e francês, 6 falam espanhol e francês,

Leia mais

4 O impacto da abertura comercial sobre o mercado de trabalho brasileiro 4.1. Introdução

4 O impacto da abertura comercial sobre o mercado de trabalho brasileiro 4.1. Introdução 4 O impaco da aberura comercial sobre o mercado de rabalho brasileiro 4.1. Inrodução O profundo e relaivamene rápido processo de liberalização comercial que aravessou o Brasil desde finais da década de

Leia mais

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico 30 Capíulo 2: Proposa de um Novo Reificador Trifásico O mecanismo do descobrimeno não é lógico e inelecual. É uma iluminação suberrânea, quase um êxase. Em seguida, é cero, a ineligência analisa e a experiência

Leia mais

RASCUNHO. a) 120º10 b) 95º10 c) 120º d) 95º e) 110º50

RASCUNHO. a) 120º10 b) 95º10 c) 120º d) 95º e) 110º50 ª QUESTÃO Uma deerminada cidade organizou uma olimpíada de maemáica e física, para os alunos do º ano do ensino médio local. Inscreveramse 6 alunos. No dia da aplicação das provas, consaouse que alunos

Leia mais