CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL*

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1 CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* Nikolay Iskrev** Resumo Arigos Ese arigo analisa as fones de fluuação dos ciclos económicos em Porugal usando a meodologia de conabilidade dos ciclos económicos desenvolvida por Chari e al., (2007). Nesa abordagem, vários ipos de disorções são represenadas como margens em relações de equilíbrio, o que permie uma avaliação quaniaiva da imporância relaiva dessas margens. Conclui-se que as disorções que afeam a produividade oal dos faores desempenham um papel essencial na explicação do comporameno do produo desde 998 aé Inrodução Nese arigo aplica-se a meodologia de conabilidade dos ciclos económicos desenvolvida por Chari e al., (2007) a porugueses de 998 a 202. O objeivo da análise é deerminar qual o ipo de disorções necessárias para que modelos da economia poruguesa sejam capazes de gerar fluuações de ciclos económicos semelhanes às observadas nos. Resumidamene, a meodologia consise em inroduzir diversas margens variáveis no empo num modelo sandard de ciclos económicos reais e analisar as suas conribuições para as fluuações observadas em variáveis macroeconómicas agregadas. Como Chari e al., (2007) demonsram, muios modelos económicos dinâmicos, com vários ipos de fricções e choques esruurais, são equivalenes a um modelo proóipo com quaro margens, inseridas aravés de variáveis como a produividade oal dos faores, os imposos sobre o rendimeno do rabalho, imposos sobre o invesimeno e consumo público que variam ao longo do empo. Por exemplo, os efeios das fricções associadas ao financiameno do invesimeno, a imposos sobre o consumo ou sobre rendimenos de capial são capados pela margem do invesimeno. A margem da eficiência pode refleir variações na produividade oal dos faores ou fricções no financiameno dos inpus. De igual forma, um modelo moneário com salários rígidos ou sindicaos é equivalene ao modelo de ciclos económicos reais com uma margem do rabalho. Eses resulados de equivalência implicam que os efeios dos choques e fricções num modelo dealhado podem ser replicados no modelo proóipo como movimenos em uma ou mais margens. Por consrução, o efeio combinado das quaro margens explica odos os movimenos observados nos. A aplicação do procedimeno de conabilidade ilusra a imporância de cada margem e consequenemene dos ipos de fricções subjacenes que são capadas por elas. Desa forma, esa abordagem pode ser usada para idenificar quais as classes de modelos e mecanismos mais promissores em ermos de uilização em esudos fuuros. A aplicação da meodologia de conabilidade dos ciclos económicos aos porugueses mosra que embora rês das margens da eficiência, do rabalho e do invesimeno desempenhem um papel relevane em diferenes ciclos económicos, a margem da eficiência é consisenemene o principal deerminane do produo no período de 998 a 202. Ese resulado é muio semelhane ao obido por * As opiniões expressas nese arigo são da responsabilidade do auor, não coincidindo necessariamene com as do Banco de Porugal ou do Eurosisema. Evenuais erros e omissões são da exclusiva responsabilidade do auor. ** Banco de Porugal, Deparameno de Esudos Económicos.

2 2 Cavalcani (2007), que aplicou igualmene o procedimeno de conabilidade dos ciclos económicos à economia poruguesa. A diferença enre ese arigo e Cavalcani (2007) é que ese úlimo se baseia num período anerior, de 979 a 2000, e em anuais em vez dos rimesrais usados nese esudo. 2. Meodologia BANCO DE PORTUGAL BOLETIM ECONÓMICO Primavera 203 A abordagem de conabilidade dos ciclos económicos consise em rês passos. No primeiro, inroduz-se um modelo proóipo de economia perurbado por várias disorções, ou margens. Em segundo lugar, o modelo é esimado e os processos realizados para as margens são calculados. No erceiro passo, avalia- -se a imporância marginal de cada margem com base na decomposição das fluuações observadas nos em movimenos associados a cada uma das margens. Eses rês passos são descrios em pormenor nas secções seguines. 2.. O modelo A economia modelo consise num consumidor represenaivo, um produor represenaivo e um governo. Em cada período a economia é caracerizada por um de muios evenos finios s. No momeno a hisória dos evenos é denoada por s ( s,..., s ) 0. A probabilidade da hisória s no momeno 0 é ( ) s em que a realização do eveno s 0 é deerminada exogenamene. A economia em quaro variáveis exógenas esocásicas, odas elas função da hisória de evenos s : uma margem de eficiência As ( ), uma margem de rabalho ( ) l s, uma margem de invesimeno /( ( )) x s e uma margem de consumo público g ( s ). O consumidor represenaivo escolhe o consumo per capia ( c ) e o rabalho ( l ) para maximizar a uilidade desconada ao longo do seu empo de vida log log s c l N (.) 0 s sujeio à resrição orçamenal x l c ( s ) ( ( s )) x ( s ) ( ( s )) w ( s ) l ( s ) r( s ) k ( s ) T( s ) (.2) e à equação de acumulação de capial ( ) ( ( ) ( ) ( )) N k s x s k s N (.3) em que x é o invesimeno per capia, k é o capial per capia, T são os imposos ou ransferências exógenas per capia, w é a axa salarial, r é a axa de juro do capial, e N é a população aiva. A empresa represenaiva escolhe a uilização de capial per capia k ( ) s e de rabalho l ( s ) de forma a maximizar os seus lucros y ( s ) r( s ) k ( s ) w ( s ) l ( s ) (.4) em que y ( s ) é o produo per capia obido por uma função de produção com rendimenos consanes à escala O faco de se definir as margens do rabalho e do invesimeno como e /( ) l x em como objeivo faciliar a sua inspeção visual e orná-las comparáveis à margem da eficiência na medida em que um aumeno é benéfico para o crescimeno.

3 ( ) ( ) ( ) ( ) y s A s k s l s (.5) e a margem da eficiência A capa as fluuações da produividade. O equilíbrio desa economia é caracerizado pela resrição de recursos cs ( ) x( s) g( s) y( s) e as condições de primeira ordem para o rabalho e capial (.6) 3 Arigos c ( s ) y ( s ) ( ( s ))( ) l l ( s ) l ( s ) (.7) s x c ( s ) y ( s ) s s A s s x s c ( s ) k ( s ) ( ( )) ( ) ( ) ( )( ( )) (.8) De acordo com a equação (.7), a axa de subsiuição marginal enre consumo e lazer é igual ao produo marginal do rabalho, disorcido pela margem l. A equação(.8) implica que a axa ineremporal de subsiuição marginal no consumo é igual ao produo marginal do capial, disorcido pela margem /( x ). Embora l e x se assemelhem a imposos sobre os rendimenos do rabalho e do invesimeno, esas grandezas represenam odas as disorções que afeam as respeivas condições de equilíbrio. A margem do rabalho capa fricções que afeam ano o lado da ofera como o lado da procura, i.e., os consumidores e as empresas. Por exemplo, os efeios dos choques de políica moneária num modelo com salários rígidos aparecerão no modelo proóipo como fluuações na margem do rabalho. A margem do invesimeno ambém represena fricções que afeam as condições ineremporais ano dos consumidores como das empresas. Modelos mais dealhados com imposos sobre o consumo ou invesimeno, bem como resrições de liquidez nos consumidores ou fricções de financiameno de invesimeno nas empresas, são equivalenes ao modelo proóipo com uma margem de invesimeno. A margem de eficiência As ( ) represena os efeios de um amplo leque de caracerísicas insiucionais e de políicas económicas que afeam a eficiência com que os faores de produção são usados. Por exemplo, um modelo com fricções que levam a uma maior doação de inpus para empresas menos eficienes eria, em equilíbrio, as mesmas doações para os faores que o modelo proóipo com uma margem de eficiência. Por fim, a margem do consumo público gs ( ) no modelo proóipo de uma economia fechada pode ser considerada como um desequilíbrio na balança correne em economia abera. Consequenemene, esa margem capa fluuações ano no consumo público como nas exporações líquidas 2. Tal como em CKM, assume-se que a correspondência enre o eveno s e o veor de margens é unívoca. Iso significa que os agenes económicos podem unicamene inferir s a parir da observação dos valores de As ( ), ( ), ( ) e g ( s ).. Adicionalmene, assume-se que s segue um processo VAR() esacionário l s x s s P Ps Q, ~ N(0, I) 0 (.9) em que QQ ' é uma mariz definida posiiva. 2 Numa oura exensão ao caso de economia abera, as variações das arifas de imporação de inpus inermédios ao longo do empo ou as fluuações no preço mundial desses inpus seriam capadas pela margem de eficiência no modelo proóipo de uma economia fechada (ver Ahearne e al., 2006).

4 2.2. Esimação 4 BANCO DE PORTUGAL BOLETIM ECONÓMICO Primavera 203 Para esimar o modelo, as condições de equilíbrio são linearizadas em orno do esado esacionário da economia e as variáveis endógenas são expressas como funções lineares das variáveis de esado k e s. Como resulado, o modelo é represenado por um sisema linear no espaço de esados para um veor de variáveis observáveis dado por [ log( y ), log( x ), log( l ), log( g )]. Em seguida, usando para o produo, invesimeno, horas rabalhadas e consumo público 3 e o faco de o sisema ser Gaussiano, a função de verosimilhança é calculada aravés do filro de Kalman e maximizada com respeio aos parâmeros desconhecidos. O modelo esimado é enão usado junamene com os para calcular as quaro margens. Especificamene, a margem de eficiência A é consruída a parir da função produção; a margem do rabalho l é derivada da condição inraemporal de primeira ordem e a margem do invesimeno /( x ) é derivada da condição ineremporal de primeira ordem, em que as expecaivas se baseiam no modelo esimado. A margem do consumo público g é obida direamene usando os sobre a despesa pública e as exporações líquidas Avaliar a imporância das margens Por consrução, as margens esimadas explicam a oalidade dos movimenos de odas as variáveis observáveis do modelo. O objeivo do procedimeno de conabilidade do ciclo económico é invesigar a imporância de uma deerminada margem, ou de uma combinação de margens, para a dinâmica das variáveis macroeconómicas, como o produo, o invesimeno e as horas rabalhadas. Para ese efeio, o modelo é simulado usando as esimaivas obidas para cada uma das margens para ober as funções de resposa do modelo a cada uma das margens individualmene ou combinações de várias margens. Em paricular, para medir o efeio disorcionário individual de uma deerminada margem, resolve-se o modelo original manendo odas as ouras margens consanes nos seus valores no esado esacionário. Noe-se que os agenes económicos ainda formam expeaivas usando o processo mulivariado compleo para margens descrio em (.9) e porano a dinâmica previsa da margem aiva é a mesma que na economia com odas as margens. Desa forma, obém-se a evolução das variáveis do modelo devido a uma deerminada margem. De forma semelhane, o efeio de combinações de várias margens é obido manendo as ouras margens fixas. Uma combinação de odas as margens reproduz o comporameno das variáveis observáveis do modelo. 3. Conabilidade dos ciclos económicos para Porugal O modelo da secção 2 é esimado usando rimesrais para Porugal para o período de 998q aé 202q3. Os resulados da esimação são usados em seguida para calcular o equilíbrio do modelo e para medir as margens implícias nos. O gráfico fornece uma apresenação visual dessas margens 4, enquano o quadro resume as suas propriedades cíclicas, apresenando-se as correlações enre as margens e vários avanços e desfasamenos do produo. No quadro é ambém apresenado o desvio- -padrão de cada margem relaivamene ao do produo, que é.2. As margens de eficiência, rabalho e consumo público esão posiivamene correlacionadas com o produo, quer conemporaneamene quer com vários avanços e desfasamenos. A margem de invesimeno, por ouro lado, esá negaivamene correlacionada com o produo em odos os desfasamenos e orna-se posiivamene correlacionada em avanços superiores a dois rimesres. A margem de eficiência é a que esá mais relacionada com o produo observado, com uma correlação conemporânea de 0.84, e ende a ser um indicador avançado do ciclo, 3 Noe-se que assumimos que exise um esado esacionário deerminísico em que não exise crescimeno. Para conciliar os observados com a definição das variáveis no modelo, odas as séries são expressas em ermos per capia e em desvios face à endência obidos aravés do filro Hodrick-Presco. 4 As margens são normalizadas a em 998.

5 Gráfico PRODUTO E MARGENS ESTIMADOS Arigos 0.94 Dados Margem da eficiência Margem do rabalho Margem do invesimeno Fone: Cálculos do auor e Banco de Porugal. Quadro PROPRIEDADES CÍCLICAS DAS MARGENS, 998Q-202Q3 Margens Rel. Correlação do produo em com margens em + j Devs.Pad Eficiência Trabalho Invesimeno Governo Fone: Cálculos do auor e Banco de Porugal. viso que a correlação enre esa margem e o produo é mais ala e posiiva para valores fuuros desa variável do que para valores passados. O gráfico 2 apresena a evolução observada do produo junamene com as evoluções obidas a parir da simulação do modelo quando se inclui apenas uma das margens. Como se pode observar no gráfico, a componene do produo derivada apenas da margem de eficiência esá foremene correlacionado com o produo observado, sendo um pouco mais voláil. As rês ouras componenes do produo, derivadas das margens do rabalho, do invesimeno e do consumo público, são muio menos voláeis e não êm uma correlação muio fore com o produo observado. De faco, como se pode ver no quadro 2, onde se apresenam as propriedades cíclicas das componenes do produo, as margens do invesimeno e do consumo público esão negaivamene correlacionadas com o produo observado, e são muio menos voláeis do que ese úlimo. A componene do produo que se deve apenas à margem do rabalho esá correlacionada de forma mais fore e posiiva com os observados e apresena uma volailidade que corresponde a cerca de 60% da variabilidade observada para o produo. Por fim, como o primeiro painel do gráfico 2 sugere, a componene do produo derivada apenas da margem de eficiência varia 3% mais do que produo observado e apresena uma correlação elevada e foremene posiiva com o produo, especialmene com valores fuuros.

6 Gráfico 2 6 PRODUTO OBSERVADO E ESTIMATIVA DO PRODUTO PELO MODELO COM UMA ÚNICA MARGEM ( ).. BANCO DE PORTUGAL BOLETIM ECONÓMICO Primavera eficiência invesimeno rabalho governo Fone: Cálculos do auor e Banco de Porugal. Quadro 2 PROPRIEDADES CÍCLICAS DO PRODUTO SIMULADO QUANDO APENAS INCLUÍDA UMA MARGEM, 998Q-202Q3 Componenes do produo Rel. Correlação do produo em com margens em + j Desv.Pad Eficiência Trabalho Invesimeno Governo Fone: Cálculos do auor e Banco de Porugal. A imporância de cada margem para a explicação do comporameno do produo pode ambém ser avaliada manendo essa margem fixa enquano as ouras rês margens variam ao longo do empo. Os resulados são apresenados no gráfico 3 e mosram que sem a margem de eficiência, e em menor escala a margem do rabalho, o modelo não consegue reproduzir as variações observadas do produo. Em conrase, sem as duas ouras margens, e em paricular sem a margem do consumo público, o produo obido aravés do modelo é basane semelhane ao observado. Em seguida, analisa-se de uma forma mais dealhada dois episódios pariculares: o período de 998 a 2003 e o período de 2008 a 202. Para o primeiro período, o painel (a) do gráfico 4 mosra o produo observado em conjuno com as séries obidas aravés do modelo uilizando apenas uma das margens a margem de eficiência, do rabalho ou do invesimeno 5. Todas foram normalizadas para serem iguais a 00 em 998. Enre 998q e 2000q3 o produo cresceu 4% relaivamene à endência e em 2003 regisou uma queda para a endência. No modelo com apenas a margem de eficiência, o produo simulado pelo 5 Como os resulados aneriores mosram que a margem do consumo público não é muio imporane para explicar as variações no produo, esa é excluída do reso da análise.

7 Gráfico 3 PRODUTO OBSERVADO E ESTIMATIVA DO PRODUTO PELO MODELO SUPRIMINDO UMA MARGEM ( ) eficiência rabalho 7 Arigos governo invesimeno Fone: Cálculos do auor e Banco de Porugal. modelo apresena uma evolução basane semelhane, aumenando mais depressa nos rês primeiros rimesres, e começando a cair anes. Apenas com a margem de invesimeno, o produo esimado pelo modelo cresce menos de 3% relaivamene à endência e permanece 2% acima da endência no final de O modelo que usa apenas a margem do rabalho prevê uma redução do produo para cerca de 3% abaixo da endência em Eses resulados indicam que o crescimeno mais rápido na primeira meade do período em análise se deve primariamene à margem de eficiência, enquano o declínio na segunda meade eria começado anes e eria sido mais acenuado sem a margem de invesimeno. O painel (b) do gráfico 4 mosra a evolução do produo e os efeios separados das rês margens durane o período enre 2008 e o erceiro rimesre de 202. Durane esse período, o produo começa por cair 4% relaivamene à endência, recupera por um momeno e depois vola a cair novamene, siuando-se mais de 5% abaixo da endência no final do horizone de análise. Tal como aneriormene, a margem da eficiência é a que melhor prevê as variações no produo nese período. Apenas com esa margem, o produo esimado pelo modelo regisa uma queda mais acenuada do que a observada e a recuperação emporária em 200 é menos pronunciada. Apesar desas diferenças, a previsão do modelo coincide com os movimenos observados nos. A margem do rabalho ajuda a margem da eficiência a explicar a dinâmica do produo observada durane ese período. Conudo, na simulação obida a parir do modelo com apenas essa margem, a queda do produo começa um ano mais arde e é menor do que a observada, especialmene durane 2009 e 200. Adicionalmene, o modelo prevê uma recuperação conrafacu al do produo no final do período. Com a margem do invesimeno apenas, o modelo prevê um aumeno modeso do produo relaivamene ao observado. De acordo com o modelo apenas com a margem do invesimeno aiva, o produo aumena cerca de 2% em 2009, o que compara com uma queda observada de cerca de 4%. Em 202, o produo simulado pelo modelo esá cerca de % acima da endência enquano os aponam para um produo 5.5% abaixo da endência.

8 Gráfico 4 8 BANCO DE PORTUGAL BOLETIM ECONÓMICO Primavera 203 PRODUTO OBSERVADO E ESTIMATIVA DO PRODUTO PELO MODELO COM UMA ÚNICA MARGEM Fone: Cálculos do auor e Banco de Porugal (a) eficiência rabalho invesimeno (b) invesimeno eficiencia rabalho A necessidade de cada uma desas rês margens de reproduzir os movimenos observados para o produo durane os dois episódios cíclicos acima descrios pode ser avaliada usando o gráfico 5. Para o período , o painel (a) mosra que sem a margem de eficiência o produo esimado pelo modelo cai inicialmene para um nível 2% abaixo da endência, anes de recomeçar a crescer, siuando-se cerca de 3% acima da endência em Sem as margens do rabalho ou do invesimeno, o produo obido pelo modelo em um comporameno qualiaivamene semelhane ao observado, mas ou sobreavalia, no primeiro caso, ou subavalia, no segundo, o aumeno do produo anes dese começar a abrandar. A mesma observação pode ser feia para o período enre 2008 e 202, como se mosra no painel (b) do gráfico 5. Sem a margem do rabalho e especialmene do invesimeno, o produo obido aravés do modelo acompanha de muio pero a evolução observada. Sem a margem de eficiência, conudo, a evolução previsa pelo modelo apona para um crescimeno de 2% em 20 em vez da queda observada nesse período, permanecendo acima da endência ao longo de odo o período. 4. Considerações finais A análise na secção anerior sugere que a margem de eficiência em um papel dominane na explicação das variações do produo em Porugal ao longo do período de Nese conexo, a invesigação baseada em modelos mais dealhados deverá focar-se nas fricções e choques que apareçam como uma margem de eficiência no modelo proóipo. Conudo, embora as margens do rabalho e do invesimeno sejam relaivamene menos imporanes no período como um odo, êm um papel imporane durane episódios cíclicos específicos, como em e após Em paricular, a margem do rabalho em um fore impaco negaivo sobre o produo durane esses períodos. Consequenemene, a evidência sugere que o debae de políica económica deve concenrar-se em melhorar o funcionameno das insiuições do mercado de rabalho e em foralecer a compeiividade geral da economia.

9 Gráfico 5 PRODUTO OBSERVADO E ESTIMATIVA DO PRODUTO PELO MODELO SUPRIMINDO UMA MARGEM (a) sem margem do rabalho (b) sem margem da eficiência 9 Arigos sem margem do rabalho sem 99 margem do 98 sem margem invesimeno da eficiência sem margem do invesimeno Fone: Cálculos do auor e Banco de Porugal. Referências Ahearne A., Kydland F., Wynne M., The Economic and Social Review, Vol. 37, No. 2, Summer/Auumn, 2006, pp Cavalcani, T.V., (2007), Business cycle and level accouning: he case of Porugal, Poruguese Economic Journal 6, Chari, V.V., Kehoe, P.J., McGraan, E.R., (2007), Business cycle accouning, Economerica 75,

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