A variação do emprego nos setores da economia do Rio Grande do Sul

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1 A variação do emprego nos seores da economia do Rio Grande do Sul 195 A variação do emprego nos seores da economia do Rio Grande do Sul Valer José Sulp PhD em Economia Agrícola, Professor do Deparameno de Ciências Econômicas da PUCRS. Fernando Anonio Lima de Oliveira Sephan Sawizki Aluno do Curso de Ciências Econômicas da PUCRS. Aluno do Curso de Ciências Econômicas da PUCRS. Resumo Nese arigo, analisam-se as variações ocorridas no emprego formal, nos diversos seores da economia do Rio Grande do Sul, de 1996 a Compararam-se as variações no emprego com as mudanças no valor adicionado do produo por seor. É realizada a análise da convergência regional do emprego por valor adicionado em relação aos seores agriculura, indúsria e serviços e ao oal da economia, aravés de marizes de Markov. Percebe-se que a indúsria gaúcha ende a uma acenuada redução do emprego por valor adicionado, ou a uma grande elevação da produividade da mão-de-obra, mas que isso se verificaria em um número reduzido de regiões do Esado. A agriculura ambém reduz o emprego formal por valor adicionado, o que enderia a ocorrer, no fuuro, na maioria das regiões. No seor serviços, há aumeno do emprego por valor adicionado; fuuramene, esse aumeno seria mais acenuado em um número reduzido de regiões do Esado. Palavras-chave Emprego por valor adicionado; seores da economia gaúcha; convergência regional. Absrac The aricle analyses he regional changes in he labor employmen and in he produc, measured in erms of value added, occurred in he secors of agriculure,

2 196 Valer José Sulp; Fernando Anonio Lima de Oliveira; Sephan Sawizki indusry, services and he oal of he economy of he sae of Rio Grande do Sul from 1996 o The convergence of he sae regions, in erms of labor employed per uni of value added, is analyzed for each secor and he oal of he economy, hrough Markov marices. The sae indusry converges o lower levels of labor employed per uni of produc, or in oher words, o higher levels of labor produciviy, bu his happens only in few regions of he sae. In agriculure, here is also a endency of reducion in he labor per uni of produc in he majoriy of he sae regions. In he services secor here is a endency of an increase in labor employed per uni of value added, which is sronger in a few regions. Key words Labor employmen per value added; economic secors of Rio Grande do Sul; regional convergence. Classificação JEL: J24, O18, C62. Arigo recebido em 27 se Inrodução Na década de 90, muias ransformações ocorreram na economia brasileira. Com a aberura ao mercado inernacional, vários seores da economia brasileira foram exposos a uma fore concorrência dos produos esrangeiros, sendo obrigados a erem preços compeiivos em níveis inernacionais. Essa aberura da economia forçou ais seores a procederem a avanços ecnológicos, sendo que alguns foram bem-sucedidos, enquano ouros se arofiaram. Soares, Servo e Arbache (2001, p. 6) afirmam: No início da década de 90, a economia brasileira passou por um processo de liberalização comercial sem igual na sua hisória. Foram eliminadas barreiras arifárias e não-arifárias, que resulou, enre ouras coisas, em aumeno da paricipação das exporações e imporações

3 A variação do emprego nos seores da economia do Rio Grande do Sul 197 no Produo Inerno Bruo. Segundo Kume, Piani e Souza (2000 apud Soares, Servo e Arbache 2001), a média da arifa efeiva ponderada pelo valor adicionado passou de 67,8%, em 1987, para 37%, em 1990, e, finalmene, para 10,4%, em A aberura econômica de um país ao mercado inernacional em impacos sobre a mão-de-obra, ano em ermos de sua remuneração quano dos níveis de seu emprego. Esses impacos podem diferir, dependendo de a mão-de-obra ser qualificada ou não. O eorema de Heckscher e Ohlin (HO) afirma que, na aberura econômica, um país eria vanagem comparaiva na produção de bens que uilizassem inensamene o faor de produção relaivamene mais abundane. Assim, um país em desenvolvimeno produziria os bens que uilizassem inensamene a mão-de- -obra de baixa qualificação, se esse fosse o faor relaivamene mais abundane. Por ouro lado, os bens, cujos processos de produção fossem inensivos em capial e mão-de-obra qualificada, seriam produzidos pelos países desenvolvidos. Desse modo, a aberura econômica deslocaria a demanda da mão-de-obra qualificada para a não qualificada, nos países em desenvolvimeno. Araújo e Carneiro (2003, p. 526), mencionando a eoria de Heckscher e Ohlin, afirmam que: (...) países desenvolvidos, com abundância relaiva em capial e mão- -de-obra mais qualificada, devem se concenrar na produção de bens que uilizam inensivamene esses recursos, enquano os países em desenvolvimeno produzirão bens inensivos em mão-de-obra de baixa qualificação. Como conseqüência, após um processo de aberura comercial, deverá haver um aumeno na demanda por rabalho menos qualificado nos países em desenvolvimeno. Arbache (2001, p. 9) afirma, porém, que há cada vez mais evidências de que o comércio enre países seja associado ao incremeno, e não ao decréscimo, da demanda por mão-de-obra qualificada nos países em desenvolvimeno. Isso vai conra a hipóese do eorema de HO. Maia (2001, apud Arbache 2001, p. 11) analisou o impaco do comércio e da ecnologia sobre o emprego da mão-de-obra qualificada e da não qualificada no Brasil, anes e após a aberura econômica. Ela concluiu que o comércio eliminou mais empregos da mão-de-obra não qualificada do que da qualificada e que a ecnologia foi responsável pela criação de uma larga proporção de empregos para a mão-de-obra qualificada, enquano desruiu milhões de empregos da não qualificada. Arbache (2001, p. 11) afirma que, de modo geral, a evidência mosra que a relação enre a liberalização comercial, a desigualdade salarial e o emprego vai

4 198 Valer José Sulp; Fernando Anonio Lima de Oliveira; Sephan Sawizki na direção oposa ao que afirma a eoria radicional do comércio inernacional. Assim, ano nos países desenvolvidos quano nos em desenvolvimeno, a liberalização comercial favoreceria a mão-de-obra qualificada. Segundo Arbache (2001, p. 12), a aberura econômica enderia a ser acompanhada de inrodução de novas ecnologias, novas práicas de adminisração de recursos humanos, processos mais eficienes de produção e incorporação de novas e mais avançadas máquinas e equipamenos. Quano maior o volume de imporações de máquinas e equipamenos, maior será o efeio sobre a esruura da demanda por mão-de-obra. Arbache (2001, p. 17) conclui afirmando que parece haver duas classes de modelos para explicar os impacos da liberalização comercial sobre o emprego da mão-de-obra nos países em desenvolvimeno. Uma englobaria os modelos que êm por base o eorema de Heckscher e Ohlin e ambém o de Solper e Samulson (ese referene à disribuição da renda enre os faores como resulado do livre-comércio). Oura classe de modelos se basearia nas mudanças ecnológicas resulanes da liberalização comercial. Arbache e Corseuil (2001) concluíram que, com a aberura comercial, ano as imporações como as exporações êm relação negaiva com o emprego. O aumeno nas imporações reduziria o emprego na indúsria represenaiva, porque os consumidores subsiuiriam o consumo domésico por consumo imporado. Esse aumeno das imporações afearia mais o emprego das indúsrias que empregam rabalhadores menos qualificados. O aumeno das exporações diminuiria o prêmio salarial da indúsria represenaiva. A finalidade dessa redução seria que a indúsria exporadora se ornasse compeiiva no mercado inernacional, reduzindo cusos salariais. Verifica-se, pelos auores acima mencionados, que não há concordância em relação ao papel da eoria de Heckscher e Ohlin para explicar os impacos da liberalização comercial sobre o emprego da mão-de-obra qualificada e não qualificada no Brasil, na década de 90. Os efeios da liberalização comercial no Brasil sobre o emprego da mão-de-obra parecem er se prolongado por oda a década de 90, mas em rês ambienes macroeconômicos disinos: o período inicial, que vai aé 1994, caracerizou-se por alas axas inflacionárias; o período de meados de 1994 ao início de 1999, por baixas axas de inflação, mas com ala valorização da moeda brasileira em relação ao dólar; finalmene, no início de 1999, ocorreu a desvalorização do real. Como se verá a seguir, diversos auores analisaram a evolução do emprego no Brasil, durane a década de 90, considerando inúmeros aspecos que pudessem influir nessa evolução. Alguns esudos se referem à evolução por

5 A variação do emprego nos seores da economia do Rio Grande do Sul 199 regiões do País, ouros por níveis de escolaridade dos rabalhadores ou, enão, por seores da economia, ouros consideraram os subperíodos da década de 90, ec. O objeivo dese esudo é examinar, inicialmene, as variações no emprego ocorridas nos diversos seores da aividade econômica do Rio Grande do Sul e nas suas mesorregiões, no período de 1996 a Após, é feia uma projeção da evolução regional do emprego no Esado, em ermos de pessoas empregadas por valor adicional produzido, nos seores agriculura, indúsria e serviços e no global. 2 - Esudos sobre a evolução do emprego no Brasil Araújo e Carneiro (2003, p. 535) verificaram que, no Brasil, na década de 90, o emprego aumenou 15,21% nos seores inensivos em rabalho e diminuiu 11,55% nos seores inensivos em capial. Eles afirmam que: Do pono de visa da eoria de HO, os resulados corroboram seus preceios em nível de doação, ou seja, houve aumeno de emprego para os seores inensivos em rabalho, faor relaivamene abundane no País, e uma queda nos seores capial-inensivos. Considerando as variações no emprego por níveis de qualificação da mão-de-obra, Araújo e Carneiro (2003) verificaram que o emprego da mão-de- -obra de baixa qualificação aumenou 6,23% e que o da ala qualificação diminuiu 3,05% de 1990 a No período de 1995 a 2000, os empregos dos dois ipos de mão-de-obra aumenaram, respecivamene, 5,11% e 7,63%. Em relação a oda a década de 90, os aumenos no emprego foram de 11,65% para a mão-de-obra de baixa qualificação e de 4,35% para a de ala qualificação. Os auores consideraram como sendo rabalhadores de baixa qualificação os que possuem de zero a 11 anos de esudo e os de ala qualificação aqueles com mais de 11 anos de esudo. Os resulados enconrados corroboram a eoria de HO, uma vez que após a aberura os seores inensivos em capial, e com predominância da mão-de-obra qualificada, foram negaivamene afeados pela aberura econômica, enquano que os seores inensivos em rabalho e baixa qualificação da mão-de-obra foram afeados posiivamene. (Araújo e Carneiro, 2003, p. 542). Saboia (2001), analisando a descenralização indusrial ocorrida no Brasil, na década de 90, concluiu que houve uma redução da imporância da Região

6 200 Valer José Sulp; Fernando Anonio Lima de Oliveira; Sephan Sawizki Sudese e um crescimeno da Região Sul quano ao emprego indusrial. A Região Sul er-se-ia beneficiado por ser desenvolvida, por apresenar salários inferiores aos da Região Sudese, pela proximidade com os países do Mercosul e por er boa infra-esruura. A Região Sul poderá ser mais beneficiada ainda, no fuuro, em ermos de geração de emprego, endo em visa sua infra-esruura energéica e sua proximidade com os países do Mercosul. Rocha (2001), ao analisar a evolução de 1994 a 2000, do pessoal ocupado em seis regiões meropolianas do País, concluiu que a redução ocorrida na ocupação oal, a parir do segundo semesre de 1996 aé maio de 1999, foi seguida por uma expansão aé maio de No enano, dados desagregados por níveis de escolaridade mosraram que o mercado esava exigindo rabalhadores com maior qualificação. Segundo a auora, eria havido uma redução de 1,2 milhão de posos de rabalho ocupados por rabalhadores com aé quaro anos de escolaridade enre abril de 1994 e abril de No mesmo período, eria permanecido esável o número de posos de rabalho para pessoas com quaro a oio anos de escolaridade e aumenado o número dos desinados a pessoas com mais de oio anos de esudo. Nahas, Oliveira e Carvalho Neo (2003), ao examinarem dados referenes à região inra-urbana de Belo Horizone, consaaram que não havia correlação enre a escolarização fundamenal e o indicador de ocupação da mão-de- -obra. Esse indicador abrangeria, além da mão-de-obra empregada, ambém a população em rabalho informal. Verificaram, por ouro lado, que a escolaridade média esaria foremene correlacionada ao nível de ocupação. Balar (2003) ressala que a liberalização das imporações, em condições de moeda valorizada e ampla disponibilidade de reservas inernacionais, eve efeios variados sobre os diversos seores produivos. Pela possibilidade de imporação dos bens, os seores de produção deses eriam reduzido, ou não ampliado, os níveis de ocupação da mão-de-obra ano quano os seores de ofera de serviços. Analisando as mudanças na ocupação da mão-de-obra na Região Meropoliana de São Paulo, de 1992 a 1998, Balar (2003) verificou que: (...) a ocupação oal diminuiu em seores como finanças, indúsria de ransformação e consrução civil empresarial, aumenou muio pouco em seores como alimenação, adminisração pública e serviços de uilidade pública, eve aumeno em rimo próximo do crescimeno da PEA em seores como reparação e manuenção e serviços pessoais e cresceu bem mais inensamene que a PEA em seores como comércio, serviços auxiliares da aividade econômica, serviço domésico remunerado, ranspore, educação, saúde, ouras aividades

7 A variação do emprego nos seores da economia do Rio Grande do Sul 201 sociais, serviços de limpeza e vigilância, serviços de lazer e comunicação. Cardoso Jr. (1999), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amosra de Domicílios (PNAD) de 1992 e 1996, conclui que os seores indusriais do Brasil êm perdido peso relaivo na geração dos empregos urbanos em favor do Seor Terciário. Conudo a migração do emprego dos seores indusrial e agropecuário para esse seor seria apenas em pare o resulado do desenvolvimeno das aividades indusriais e agropecuárias. Ela seria explicada, principalmene nos anos 90, pelo arofiameno dos seores indusriais e pela incapacidade da indúsria em absorver os acréscimos anuais da ofera de mão-de-obra. Assim, a migração da mão-de-obra para o Seor Terciário não seria, no Brasil dos anos 90, o resulado normal do desenvolvimeno de uma economia capialisa, em que o Seor Terciário se desenvolve, mas a busca de alernaivas de ocupação desse faor, muias vezes, na economia informal. Cardoso Jr. (1999, p. 240) afirma que: A explosão da informalidade nos anos 90, como decorrência da sobreposição enre, de um lado, os movimenos seoriais de reesruuração produiva e organizacional forçados pela aberura ao Exerior e, de ouro, as políicas econômicas domésicas de orienação recessiva, gerou um quadro de aprofundameno da heerogeneidade do mercado de rabalho que sinaliza uma siuação de deerioração das condições de inserção ocupacional para a maior pare da classe rabalhadora do Brasil. Neri, Camargo e Reis (2000) esudaram o desempenho do mercado de rabalho meropoliano brasileiro ao longo dos anos 90. Eles verificaram que, no período de 1990 a 1994, caracerizado pela aberura da economia e com alas axas inflacionárias, houve queda do emprego indusrial e aumeno do emprego no comércio e em serviços. A aberura da economia eria forçado o seor indusrial a inroduzir novas ecnologias e à uilização de novas formas de organização do rabalho para aumenar a produividade e coninuar compeiivo no mercado globalizado. Isso eria reduzido o emprego indusrial. O período de 1994 a 1998 foi caracerizado pela coninuidade da aberura da economia, pela esabilização e pela âncora cambial. Neri, Camargo e Reis (2000, p. 14) afirmam que: O emprego indusrial ende a cair a parir de 1995, apesar do crescimeno do produo, enquano o emprego nos seores comércio e serviços ende a aumenar acenuadamene aé o final de 1996, quando enão apresena uma endência clara à esagnação. Porano, no início do processo de esabilização, o crescimeno do emprego nos seores

8 202 Valer José Sulp; Fernando Anonio Lima de Oliveira; Sephan Sawizki comércio e serviços mais que compensa a queda no emprego indusrial, fao que não mais ocorre a parir de O resulado é uma clara endência ao aumeno da axa de desemprego abero desde ese ano, que se acenua em 1998 com a queda do emprego nesses dois seores. Mas, na década de 90, não foi só a liberalização comercial e financeira o único fao econômico marcane. Também ocorreram ouros faos que podem er afeado o mercado de rabalho. Soares, Servo e Arbache (2001, p. 11) afirmam que: A parir do Plano Real, o Brasil seguiu um regime cambial quase fixo, e de 1996 aé o início de 1999 a moeda brasileira eseve sobrevalorizada, levando a mudanças nos preços relaivos enre radables e non-radables. Segundo Iedi (2001 apud Soares, Servo e Arbache, 2001), houve verdadeira valorização do real em relação ao dólar de 20% enre julho de 1994 e maio de Se comparado a uma cesa de 16 moedas ponderadas pelo volume de comércio do Brasil com esses países, a valorização foi de mais de 25%. No início de 1999, houve fore desvalorização com poencial mudança dos preços relaivos. Ese esudo abrange o período de 1996 a 2000, que se caraceriza por baixas axas de inflação, apresenando o real sobrevalorizado nos primeiros anos, seguido pela sua desvalorização ao final. 3 - Meodologia A análise é realizada com base nas informações do Minisério do Trabalho e Emprego consanes no Relaório Anual de Informações Sociais (RAIS). Serão uilizadas as informações, em nível de municípios, sobre pessoal ocupado por seores da economia, referenes a 1996 e Os níveis de pessoal ocupado resringem-se ao emprego formal. As informações referenes ao valor adicionado produzido, em nível municipal, são provenienes da Fundação de Economia e Esaísica (FEE). O rabalho examina, inicialmene, a evolução do emprego ocorrida nos diversos seores da economia em relação ao Esado e às suas várias mesorregiões, de 1996 a Na segunda pare do rabalho, é realizada a análise da convergência, ou não, das diversas regiões do Esado quano ao emprego por unidade adicional

9 A variação do emprego nos seores da economia do Rio Grande do Sul 203 de produo. Essa análise é realizada em relação aos seores agriculura, indúsria e serviços e ao global do Esado. Para essa análise de convergência, o Esado é dividido em 265 regiões, que são geograficamene idênicas enre 1996 e Para cada seor e para o global do Esado, é calculada a relação pessoas empregadas por R$ milhão de valor adicionado para odas as 265 regiões, em relação ano a 1996 quano a Tem-se, porano, para cada seor e para o global do Esado, duas disribuições, com 265 observações cada uma, sendo uma para o início do período de análise e oura para o final. O número de pessoas empregadas por valor de produo adicionado de cada região é expresso em relação à média do Esado considerada igual a 1, denro de cada seor e no global do Esado, ano para o início como para o final do período. Assim se obém, em relação a cada seor e ao global do Esado, uma função de disribuição regional do emprego formal por valor adicionado, para cada ano, 1996 e 2000, o que possibilia a separação das regiões em classes. Aravés da organização de cada par de disribuições em uma mesma esruura de classes, é possível examinar como as regiões migraram de uma classe para oura, ou permaneceram na mesma classe, do início para o final do período considerado. Assim, é consruída uma mariz de probabilidades de ransição das regiões enre classes, denominada Markov. O esudo examina se as regiões convergiriam, no fuuro, para uma mesma classe de número de pessoas empregadas por valor adicionado e que classe seria essa. Dos resulados, pode-se inferir ambém sobre a convergência, ou não, da produividade da mão-de-obra, caso esa seja considerada como o inverso da relação usada nese esudo, ou seja, o valor adicionado por pessoa empregada. Há muios esudos que analisam as disparidades e as convergências de renda ou de ouras variáveis econômicas enre países ou regiões. Muias vezes, a quesão é examinar se regiões menos desenvolvidas alcançariam os níveis de renda per capia das mais desenvolvidas (Baumol, 1986; Barro; Sala-i-Marin, 1991; 1992). A análise de convergência regional, aravés de marizes de ransição de Markov, possibilia verificar a dinâmica da convergência no empo, ou seja, a evolução de cada classe de emprego por valor adicionado de produo aé alcançar o equilíbrio de longo prazo. O méodo de análise aravés da mariz de Markov baseia-se na resolução de um sisema de equações de diferenças. Nesse sisema, em-se F como sendo a disribuição regional do emprego por valor adicionado no empo (inicial) e F +1 como a disribuição no empo (final). Uilizando-se a mariz de

10 204 Valer José Sulp; Fernando Anonio Lima de Oliveira; Sephan Sawizki ransição de Markov, M, é possível consruir um sisema de equações que expressa a evolução da disribuição ao longo do empo. Esse sisema é represenado por: F +1 = M F (1) A hipóese básica associada a esse procedimeno é a de que as probabilidades de ransição sejam esacionárias, iso é, que a probabilidade de passagem de uma classe para oura seja invariável no empo. A resolução do sisema permie avaliar como as regiões evoluiriam no fuuro e qual seria a siuação de equilíbrio de longo prazo. 4 - Resulados O esudo apresena, inicialmene, uma descrição das variações absoluas e percenuais do emprego formal no Rio Grande do Sul e nas suas mesorregiões, de 1996 a Após, é realizada uma análise da convergência regional do emprego por valor adicionado no Esado Descrição das variações no emprego, no Esado A Tabela 1 mosra que o emprego formal no Rio Grande do Sul cresceu, de 1996 a 2000, na indúsria, no seor serviços e no oal do Esado. Ele decresceu na agriculura. O emprego por valor adicionado bruo a preço básico decresceu no Esado e nos seores agriculura e indúsria. Ele somene aumenou no seor serviços. O valor da produção do seor agriculura diminuiu no período considerado. Mas a redução do emprego formal nesse seor foi maior que o decréscimo na produção, resulando em queda no emprego por unidade de produo. Na indúsria, o aumeno do valor do produo foi muio superior ao do emprego, resulando em redução acenuada do emprego por valor adicionado, ou, por ouro lado, em aumeno da produividade da mão-de-obra. No seor serviços, o aumeno no emprego foi superior ao acréscimo na produção. Esse seor parece ser uma alernaiva para muios que não enconram emprego nos demais seores.

11 A variação do emprego nos seores da economia do Rio Grande do Sul 205 Tabela 1 Valor adicionado bruo a preço básico e emprego formal, por seores, no Rio Grande do Sul 1996 e 2000 VALOR (R$ milhão) EMPREGO FORMAL (número de pessoas) SETORES Agriculura Indúsria Serviços Toal SETORES EMPREGO/VALOR (pessoas/r$ milhão) % DO EMPREGO/VALOR Agriculura... 7,56 7,35-2,90 Indúsria... 18,56 15,88-14,45 Serviços... 33,39 34,74 4,06 Toal... 24,46 23,74-2,95 FONTE: FEE. FONT E: RAIS. NOTA: Valores de 1996 inflacionados para A Tabela 2 apresena as variações absoluas no emprego, por seores e mesorregiões do Rio Grande do Sul. O Esado é dividido em see mesorregiões, de acordo com o IBGE. Essas são: Cenro Ocidenal Rio-Grandense, Cenro Orienal Rio-Grandense, Meropoliana de Poro Alegre, Nordese Rio-Grandense, Noroese Rio-Grandense, Sudese Rio-Grandense e Sudoese Rio-Grandense. Essas regiões serão referidas, de agora em diane, sem a denominação rio-grandense, esando al expressão subenendida, uma vez que odas as regiões se siuam no Rio Grande do Sul. Em relação aos seores, verifica-se que a maior paricipação no aumeno do emprego é devida ao seor serviços, que conribuiu com 81% do aumeno oal ocorrido no Esado, no período. Segue a indúsria, com 23% de conribuição. A conribuição da agriculura foi negaiva. No seor indúsria, desacam-se, com os maiores aumenos, a indúsria de madeira e mobiliário, a indúsria química, a de maerial de ranspore e a indúsria de calçados.

12 206 Valer José Sulp; Fernando Anonio Lima de Oliveira; Sephan Sawizki Tabela 2 Variações absoluas do número de empregos da mão-de-obra, por seores da aividade econômica, no RS e nas suas mesorregiões SETORES RS MESORREGIÕES (1) COC COR MPA Indúsria exraiva mineral Minerais não-meálicos Indúsria mealúrgica Indúsria mecânica Maerial elérico e de comunicações Maerial de ranspore Madeira e mobiliário Papel, ediorial e gráfica Borracha, fumo e couro Indúsria química Indúsria êxil Indúsria de calçados Alimenos e bebidas Toal da indúsria Serviços de uilidade pública Consrução civil Comércio varejisa Comércio aacadisa Insiuições financeiras Comércio de imóveis e serviços écnicos Transpore e comunicações Alojameno e comunicação Serviços de saúde e veerinários Ensino Adminisração pública Toal dos serviços Agriculura Ouros e ignorados Toal (coninua)

13 A variação do emprego nos seores da economia do Rio Grande do Sul 207 Tabela 2 Variações absoluas do número de empregos da mão-de-obra, por seores da aividade econômica, no RS e nas suas mesorregiões SETORES MESORREGIÕES (1) NE NO SE SO Indúsria exraiva mineral Minerais não-meálicos Indúsria mealúrgica Indúsria mecânica Maerial elérico e de comunicações Maerial de ranspore Madeira e mobiliário Papel, ediorial e gráfica Borracha, fumo e couro Indúsria química Indúsria êxil Indúsria de calçados Alimenos e bebidas Toal da indúsria Serviços de uilidade pública Consrução civil Comércio varejisa Comércio aacadisa Insiuições financeiras Comércio de imóveis e serviços écnicos Transpore e comunicações Alojameno e comunicação Serviços de saúde e veerinários Ensino Adminisração pública Toal dos serviços Agriculura Ouros e ignorados Toal FONTE: Minisério do Trabalho e Emprego/RAIS. (1) As mesorregiões (definidas pelo IBGE) são: Cenro Ocidenal Rio-Grandense (COC); Cenro Orienal Rio-Grandense (COR); Meropoliana de Poro Alegre (MPA); Nordese Rio-Grandense (NE); Noroese Rio-Grandense (NO); Sudese Rio-Grandense (SE); Sudoese Rio-Grandense (SO).

14 208 Valer José Sulp; Fernando Anonio Lima de Oliveira; Sephan Sawizki As mesorregiões que apresenaram os maiores aumenos no emprego indusrial são a Nordese (engloba os Municípios de Caxias do Sul, Guaporé, Vacaria, ec.), a Noroese (compreende os Municípios de Carazinho, Cruz Ala, Erechim, Cerro Largo, Passo Fundo, Ijuí, Não-Me-Toque, Sana Rosa, Sano Ângelo, Soledade, ec.) e a Meropoliana de Poro Alegre. No seor serviços, apresenaram os maiores aumenos no emprego o comércio varejisa, o comércio de imóveis e serviços écnicos, alojameno e comunicação, adminisração pública e serviços de saúde e veerinários. Esses seores conribuíram com 80% do acréscimo oal no emprego ocorrido nesse período. O comércio varejisa conribuiu com 31% do aumeno global no emprego. Ele foi um dos seores mais imporanes para a elevação do emprego em odas as mesorregiões. A mesorregião Meropoliana de Poro Alegre foi a mais imporane para o aumeno do emprego no seor serviços. Ela eve uma paricipação de 53% no acréscimo oal do emprego nesse seor. Seguem em imporância as mesorregiões Noroese e Nordese. A mesorregião Meropoliana de Poro Alegre ambém foi a mais imporane para a elevação do emprego no período, paricipando com 46% do aumeno oal no Esado. Seguem as mesorregiões Nordese com 17% e Noroese com 15% do aumeno ocorrido no Esado. Os seores que iveram as maiores reduções de emprego foram as insiuições financeiras e os serviços de uilidade pública, os quais apresenaram queda no emprego em odas as mesorregiões. As mesorregiões onde a elevação do emprego, em ermos absoluos, foi menor são a Sudese (compreende os Municípios de Peloas, Rio Grande, Caçapava do Sul, Encruzilhada do Sul, ec.) e a Sudoese (compreende os Municípios de Rosário do Sul, São Gabriel, Bagé, Sanana do Livrameno, Alegree, Uruguaiana, São Borja, ec.). Como uma mudança absolua grande no emprego pode ser pequena em ermos percenuais e vice-versa, a Tabela 3 apresena as variações no emprego no Rio Grande do Sul e nas suas mesorregiões, de 1996 a 2000, em ermos percenuais. Considerando os rês seores, agriculura, indúsria e serviços, verifica-se que o maior aumeno no emprego resulou do seor serviços (11,03%), seguido da indúsria (7,76%). A conribuição da agriculura foi negaiva (-5,07%). As mesorregiões que apresenaram os maiores aumenos percenuais no emprego foram: Cenro Ocidenal (compreende os Municípios de Sana Maria, Cacequi, São Sepé, Júlio de Casilhos, Saniago, Tupancireã, ec.), Nordese, Cenro Orienal (engloba os Municípios de Lajeado, Esrela, Sana Cruz do Sul, Venâncio Aires, Cachoeira do Sul, ec.) e Noroese.

15 A variação do emprego nos seores da economia do Rio Grande do Sul 209 Tabela 3 Variações percenuais do número de empregos formais da mão-de-obra, por seores da aividade econômica, no RS e nas suas mesorregiões SETORES RS MESORREGIÕES (1) COC COR MPA Indúsria exraiva mineral... 22,17-5,03 45,11-10,07 Minerais não-meálicos... 1,23-16,02-27,36-3,93 Indúsria mealúrgica... 4,49 15,92 26,52-11,76 Indúsria mecânica... 6,02 91,24 33,60-5,30 Maerial elérico e de comunicações... -5,28-2,04 57,14 1,67 Maerial de ranspore... 22,79-65,03 21,72 3,92 Madeira e mobiliário... 18,12 59,80-1,03 19,48 Papel, ediorial e gráfica... 12,85 2,20-15,22 10,54 Borracha, fumo e couro... 7,79 70,86-22,20 12,40 Indúsria química... 14,04 39,72 28,02 6,11 Indúsria êxil... 17,92 8,00 8,39 10,78 Indúsria de calçados... 3,44 131,45 32,89 1,39 Alimenos e bebidas... 4,09 71,62 7,85 5,18 Toal da indúsria... 7,76 44,39 8,48 2,88 Serviços de uilidade pública ,00-41,77-32,37-9,59 Consrução civil... 7,67-10,96 12,77 20,80 Comércio varejisa... 23,43 21,11 30,10 18,57 Comércio aacadisa... 0,25-12,38 17,02 1,76 Insiuições financeiras ,56-18,43-9,47-15,97 Comércio de imóveis e serviços écnicos... 32,42 32,71 28,32 36,49 Transpore e comunicações... 5,39 6,73 18,20 2,41 Alojameno e comunicação... 22,52 39,27 36,69 19,01 Serviços de saúde e veerinários 15,03 37,68 13,76 14,11 Ensino... 10,24 44,04 16,13 10,26 Adminisração pública... 3,18 62,46 14,65 0,02 Toal dos serviços... 11,03 25,44 19,89 9,60 Agriculura... -5,07 0,26-14,12-13,36 Ouros e ignorados ,64-58,06-100,00-98,86 Toal... 9,20 25,27 12,87 7,31 (coninua)

16 210 Valer José Sulp; Fernando Anonio Lima de Oliveira; Sephan Sawizki Tabela 3 Variações percenuais do número de empregos formais da mão-de-obra, por seores da aividade econômica, no RS e nas suas mesorregiões SETORES MESORREGIÕES (1) NE NO SE SO Indúsria exraiva mineral... 62,94 92,04 10,00-8,79 Minerais não-meálicos... 34,11 11,74 45,92 14,68 Indúsria mealúrgica... 21,18 30,91 42,12 20,36 Indúsria mecânica... 23,54 15,55-27,14-3,03 Maerial elérico e de comunicações ,67 34,59 44,44 208,33 Maerial de ranspore... 41,35 16,62-21,75-3,39 Madeira e mobiliário... 13,70 23,32 99,06 1,57 Papel, ediorial e gráfica... 36,21 32,54-27,65 11,52 Borracha, fumo e couro... 35,96 15,18-11,83 0,77 Indúsria química... 40,88 91,04 7,00 8,33 Indúsria êxil... 18,50 60,32-13,02 52,96 Indúsria de calçados ,38 14,64 4,78-16,67 Alimenos e bebidas... 11,67 6,85-20,87 1,76 Toal da indúsria... 16,99 19,56-10,16 5,01 Serviços de uilidade pública ,83-39,91-23,90-42,56 Consrução civil... 4,11-8,21-21,33-12,88 Comércio varejisa... 27,02 26,77 27,56 36,75 Comércio aacadisa... 26,69-6,59 7,34-22,23 Insiuições financeiras... -5,40-35,12-25,78-26,46 Comércio de imóveis e serviços écnicos... 40,35 16,39 13,82 4,51 Transpore e comunicações... 8,21 31,77-7,81 6,73 Alojameno e comunicação... 29,93 25,97 27,94 11,47 Serviços de saúde e veerinários 35,53 7,49 14,14 8,85 Ensino... 17,32 8,86-19,77 15,93 Adminisração pública... -5,60 6,65 8,91 8,46 Toal dos serviços... 16,79 9,01 9,42 10,56 Agriculura ,36 4,35-4,76 1,81 Ouros e ignorados ,00-99,80-100,0-96,98 Toal... 15,07 10,75 4,03 7,57 FONTE: Minisério do Trabalho e Emprego/RAIS. (1) As mesorregiões são: Cenro Ocidenal Rio-Grandense (COC); Cenro Orienal Rio- -Grandense (COR); Meropoliana de Poro Alegre (MPA); Nordese Rio-Grandense (NE); Noroese Rio-Grandense (NO); Sudese Rio-Grandense (SE); Sudoese Rio-Grandense (SO).

17 A variação do emprego nos seores da economia do Rio Grande do Sul 211 A mesorregião Cenro Ocidenal eve um crescimeno no emprego formal de 25,27%. A indúsria foi a principal responsável por esse aumeno. Nesse seor, cabe desaque ao ramo calçados, que apresenou o aumeno expressivo de 131,45%. A mesorregião Nordese obeve, no período em quesão, a segunda maior axa de crescimeno percenual do emprego, que foi de 15,07%. Um fao a ser desacado, nessa região, é que o emprego no seor indusrial e no seor serviços cresceu praicamene na mesma proporção, 16,99% e 16,79% respecivamene. Além disso, menciona-se que essa mesorregião apresenou o maior decréscimo no emprego agrícola (-31,36%), denre odas as regiões. A mesorregião Cenro Orienal apresenou um crescimeno percenual do emprego de 12,87%, e a mesorregião Noroese eve uma elevação no emprego de 10,75%. A mesorregião Meropoliana de Poro Alegre apresenou o maior aumeno absoluo de emprego, mas, em ermos relaivos, esse aumeno foi um dos menores. Em ermos percenuais, ele é maior somene em relação ao verificado na mesorregião Sudese. A mesorregião Sudese apresenou o pior desempenho do Esado; foi a única que eve um decréscimo no emprego indusrial no período em desaque Convergência regional do emprego por valor adicionado Na Tabela 1, observa-se que houve uma redução do emprego por valor adicionado no oal do Esado e nos seores agropecuária e indúsria, de 1996 a Essa redução foi basane acenuada na indúsria, o que significaria um aumeno da produividade da mão-de-obra nesse seor. Houve um crescimeno do emprego por valor adicionado no seor serviços. Analisa-se, aqui, com base no período de 1996 a 2000, como seria a convergência regional no Esado, em ermos de emprego por valor adicionado nos rês seores e no global. A quesão que se coloca é se as regiões enderiam, em relação a cada seor e ao global do Esado, para um mesmo nível de emprego por valor adicionado e qual seria a velocidade dessa convergência. As resposas a essas quesões são dadas pelas soluções dos sisemas de equações de diferenças que consam no Anexo 1. Essas soluções são: 1 Como referência para a solução de sisemas de equações de diferenças, ver Simon e Blume (1994, cap. 23).

18 212 Valer José Sulp; Fernando Anonio Lima de Oliveira; Sephan Sawizki a) seor agriculura F1 0,280 F2 = 0,399 F3 0,165 F4 0,156 0,000 0,003-0,005 0,003 0,069 0,030-0,037-0,062 0,047 (1,00) - 0,073 (0,81) - 0,003 (0,64) 0,028 (0,31) (2) b) seor indúsria F1 0,034 F 2 = 0,064 F3 0,168 F 4 0,734 0,006-0, ,096 0,073 0,113 0,220-0,406 0,023 (1,00) - 0,041 (0,44) 0,035 (0,30) - 0,017 (0,03) (3) c) seor serviços F1 0,047 F 2 = 0,273 F3 0,565 F 4 0,115-0,005 0,010-0,366 0,360 0,180 0,296-0,331-0,146 0,076 (1,00) - 0,184 (0,68) 0,407 (0,40) - 0,299 (0,37) (4) d) oal dos seores F1 0,144 F 2 = 0,060 F3 0,310 F 4 0,486 0,063-0,014-0,268 0,218-0,001 0,019-0,029 0,010 0,091 (1,00) 0,202 (0,72) 0,296 (0,56) - 0,589 (0,25) (5)

19 A variação do emprego nos seores da economia do Rio Grande do Sul 213 Verifica-se, na primeira coluna da solução do sisema de equações de diferenças referene ao seor agriculura, ou seja, a número (2), que, no longo prazo (quando a variável empo se orna muio grande), 28% das regiões do Esado se siuarão na classe mais baixa de emprego formal por valor adicionado. Na segunda classe, esarão 39,9% das regiões. Acima da média do Esado, esarão apenas 32,1% das regiões. Percebe-se, assim, que, no seor agriculura, não apenas a média do Esado, em ermos de emprego formal por valor adicionado, ende a cair (Tabela 1), mas ambém que dois erços das regiões endem a convergir para as classes mais baixas. O aspeco posiivo em relação a esse resulado é que esses valores se referem apenas ao emprego formal e não ao oal da mão-de-obra ocupada na agriculura. Nesse seor, a parcela da mão-de-obra ocupada auônoma ou sem emprego formal pode ser basane elevada. Quano à velocidade dessa convergência, a segunda raiz caracerísica, em valor absoluo, fornece uma medida da mesma. Essa segunda raiz caracerísica é 0,81, conforme mosra a solução (2). Essa velocidade é enendida como o empo necessário para percorrer a meade da disância enre a posição inicial e a de equilíbrio de longo prazo (dm). Ela é dada por dm = - log 2 / log 0,81 = 3,29 períodos. Muliplicando-se 3,29 períodos por quaro anos (de 1996 a 2000), obém-se o empo, em anos, para o seor percorrer a meade da disância enre a posição inicial e a de equilíbrio de longo prazo, o qual é de, aproximadamene, 13 anos. A Tabela 1 mosra que o seor indúsria apresenou uma grande redução no emprego por valor adicionado, de 1996 a Por ouro lado, isso significa uma elevação acenuada da produividade da mão-de-obra em ermos de valor adicionado por emprego. A solução (3), indica que, no longo prazo, 90,2% das regiões esarão com o nível de emprego por valor adicionado acima da média, ou, enão, com produividade da mão-de-obra abaixo da média do Esado. Isso significa que a redução acenuada do emprego formal por valor adicionado, com a grande elevação da produividade da mão-de-obra na indúsria, enderia a ocorrer, no fuuro, em poucas regiões do Esado, ou, mais precisamene, em apenas 9,8% do oal. O empo necessário para a indúsria percorrer a meade da disância enre a posição inicial e a final de equilíbrio de longo prazo é dm = - log 2 / log 0,44 = 0,84 períodos, ou seja, rês anos. A Tabela 1 mosra que o seor serviços eve aumeno no emprego formal por valor adicionado. A solução do sisema de equações de diferenças (4) mosra que, no longo prazo, apenas 11,5% das regiões do Esado apresenarão um

20 214 Valer José Sulp; Fernando Anonio Lima de Oliveira; Sephan Sawizki nível de emprego formal por valor adicionado acima da média do Esado. Por ouro lado, isso seria uma indicação de que, em 88,5% das regiões, com emprego formal por valor adicionado inferior à média do Esado, haveria maior produividade da mão-de-obra. O empo para o seor serviços percorrer a meade da disância enre a posição inicial e a final de equilíbrio de longo prazo é dm = - log 2 / log 0,68 = 1,80 períodos, ou seja, see anos. A Tabela 1 mosra que o oal dos seores eve redução no emprego formal por valor adicionado. A solução do sisema de equações de diferenças (5) mosra que, no longo prazo, 48,6% das regiões do Esado apresenarão um nível de emprego formal por valor adicionado acima da média do Esado e 51,4% abaixo. Assim, esses 51,4% com nível de emprego formal por valor adicionado abaixo da média do Esado enderiam a apresenar uma maior produividade da mão-de-obra. Isso significaria que o aumeno do emprego, por um lado, e o acréscimo da produividade, por ouro, na economia do Rio Grande do Sul, se verificariam, no longo prazo, em um número eqüiaivo de regiões do Esado. O empo para a economia do Esado percorrer a meade da disância enre a posição inicial e a final de equilíbrio de longo prazo é dm = - log 2 / log 0,72 = = 2,11 períodos, ou seja, oio anos. Em resumo, verifica-se que, em um grande número de regiões do Esado, haverá endência de redução do emprego formal por valor adicionado na agriculura. Essa redução ambém ocorreria no seor indusrial, porém em um número reduzido de regiões. No seor serviços, a endência é de aumeno no emprego formal por valor adicionado, fenômeno que se observaria em um número não muio grande de regiões. 5 - Considerações finais Verificou-se que os valores adicionados dos seores indusrial, serviços e do oal da economia do Rio Grande do Sul aumenaram enre 1996 e O emprego formal nesses rês seores ambém cresceu nesse mesmo período. O valor adicionado e o emprego formal na agriculura decresceram. Com relação à indúsria, observou-se que não ocorreu, no Esado, enre 1996 e 2000, a queda de emprego observada por Neri, Camargo e Reis (2000, p. 14) nas regiões meropolianas brasileiras. Também não se verificou a esagnação do emprego no seor serviços, referida por esses auores. No seor indúsria, a relação emprego formal por valor adicionado eve uma grande redução. Isso significaria uma elevação acenuada na produividade des-

21 A variação do emprego nos seores da economia do Rio Grande do Sul 215 se seor, ocasionado, provavelmene, via mudanças ecnológicas para ornar a indúsria compeiiva no mercado inernacional. Porém a projeção dessas mudanças para o fuuro revela que o avanço ecnológico da indúsria, com aumeno da produividade da mão-de-obra, ou redução do emprego formal por valor adicionado, ende a ocorrer em um número reduzido de regiões do Esado. A maioria das regiões, mais de 90% delas, enderia a maner níveis de emprego por valor adicionado superiores à média do Esado. No seor serviços, o aumeno no emprego formal foi superior ao acréscimo no valor adicionado da produção. Considerando a relação valor adicionado por emprego formal como expressão da produividade da mão-de-obra, poder- -se-ia afirmar que a mesma caiu no período. O aumeno do emprego foi elevado no comércio varejisa, no comércio de imóveis, em serviços écnicos, alojameno e comunicação. Essas aividades são dirigidas ao mercado inerno, não compeindo no mercado inernacional. Porano, não eria havido a necessidade de uma compeiividade maior desse seor para enfrenar o mercado exerno. No enano, projeando-se a evolução regional do Esado em relação ao seor serviços, verificou-se que, apesar de a média esadual do emprego formal por valor adicionado er se elevado, há uma endência de a maioria das regiões (88,5%) se siuarem, no fuuro, abaixo dessa média. Isso significaria uma endência de a maioria das regiões se direcionarem no senido de um aumeno da produividade da mão-de-obra nesse seor. Na agriculura, houve queda no emprego formal por valor adicionado. A redução no emprego formal foi superior ao decréscimo no valor adicionado. A maioria das regiões (68%) enderia, no fuuro, para um nível de emprego formal por valor adicionado abaixo da média do Esado. Essa endência poderia ser o resulado da mecanização das aividades agrícolas, resulando em elevação da produividade da mão-de-obra, maior compeiividade do produo agrícola, porém em expulsão do rabalhador rural para o meio urbano. Em relação ao conjuno dos seores econômicos, observou-se uma redução do emprego formal por valor adicionado. Quano à endência para o fuuro, verificou-se que aproximadamene a meade das regiões do Esado se siuaria acima da média do Esado, em ermos de emprego formal por valor adicionado, ou seja, com uma menor produividade da mão-de-obra. A oura meade das regiões enderia para as classes inferiores de emprego por valor adicionado, iso é, com produividade da mão-de-obra mais elevada.

22 216 Valer José Sulp; Fernando Anonio Lima de Oliveira; Sephan Sawizki Anexo A média do emprego formal por valor adicionado no Esado é considerada igual a 1,00 em relação a cada seor, ao oal e para cada ano, 1996 e O valor de cada região foi expresso em valor relaivo à média esadual. Em relação a cada seor, ao oal e para cada ano, as 265 regiões consideradas no Esado foram classificadas em quaro classes. As classes são idênicas em relação ao início e ao final do período. Essas classes esão apresenadas no Quadro A1 dese Anexo. Em princípio, procurou-se formar, em relação a cada seor e ao oal, duas classes abaixo e duas acima da média do Esado, igual a 1,00. Porém, em relação ao oal e ao seor serviços, como o número de regiões acima da média do Esado era muio pequeno, formaram-se rês classes abaixo da média e somene uma acima da média do Esado. Verificou-se, em relação a cada seor e ao oal, como as regiões migraram de uma classe de emprego por valor adicionado, ou permaneceram na mesma classe, enre 1996 e Essa informação é a base para a formação das marizes de probabilidades de ransição de Markov, que possibiliam a formação dos sisemas de equações de diferenças que se enconram a seguir: a) sisema de equações de diferenças referene ao seor agriculura F1 F 2 F3 F 4 0,80 = 0,18 0,01 0,01 0,12 0,76 0,10 0,02 0,03 0,25 0,50 0,22 0,03 F1 0,03 F2 0,24F3 0,70 F4 b) sisema de equações de diferenças referene ao seor indusrial F1 F 2 F3 F 4 0,31 = 0,31 0,19 0,19 0,15 0,24 0,37 0,24 0,00 0,07 0,37 0,56 0,02 F1 0,04 F 2 0,10F3 0,84 F 4

23 A variação do emprego nos seores da economia do Rio Grande do Sul 217 c) sisema de equações de diferenças referene ao seor serviços F1 F2 F3 F4 0,56 = 0,43 0,00 0,01 0,08 0,62 0,29 0,01 0,00 0,12 0,78 0,10 0,00 F1 0,12 F 2 0,38F3 0,50 F 4 d) sisema de equações de diferenças referene ao oal dos seores F1 F 2 F3 F 4 0,62 = 0,38 0,00 0,00 0,03 0,41 0,53 0,03 0,01 0,10 0,66 0,23 0,00 F1 0,00 F2 0,15F3 0,85 F4 Quadro A1 Definição das classes de emprego formal por valor adicionado expressas em ermos da média do Esado para cada seor e o oal TOTAL AGRICULTURA INDÚSTRIA SERVIÇOS 0,00 a 0,39 0,00 a 0,24 0,00 a 0,59 0,00 a 0,39 0,40 a 0,59 0,25 a 0,99 0,60 a 0,99 0,40 a 0,59 0,60 a 1,00 1,00 a 1,70 1,00 a 2,00 0,60 a 1,00 Mais de 1,00 Mais de 1,70 Mais de 2,00 Mais de 1,00 FONTE: FEE. FONTE: Minisério do Trabalho e Emprego/RAIS.

24 218 Valer José Sulp; Fernando Anonio Lima de Oliveira; Sephan Sawizki Referências ANDRADE, T. A.; SERRA, R. V. Disribuição espacial da indúsria: possibilidades auais para sua invesigação. Esudos Econômicos, São Paulo, USP, v. 30, n. 2, ARBACHE, J. S. Trade liberalizaion and labor markes in developing counries: heory and evidence. Rio de Janeiro: IPEA, (Texo para discussão, n. 8530). Disponível em: hp:// Acesso em: 25 nov ARBACHE, J. S.; CORSEUIL, C. H. Liberalização comercial e esruuras de emprego e salário. Rio de Janeiro: IPEA, (Texo para discussão, n. 801). Disponível em: hp:// Acesso em: 25 nov ARAÚJO, H. V. de; CARNEIRO, F. G. Mensurando os impacos da aberura econômica sobre o nível de emprego: a conabilidade do crescimeno no Brasil enre 1985 e Economia Aplicada, São Paulo, FEA-USP/FIPE, v. 7, n. 3, BALTAR, P. E. de A. Mudanças na esruura de ocupações e no nível dos rendimenos do rabalho na Região Meropoliana de São Paulo. Economia e Sociedade, Campinas, Insiuo de Economia-UNICAMP, maio BARRO, R. J.; SALA-I-MARTIN, X. Convergence across Saes and Regions. Brookings Papers on Economic Aciviy, Washingon, Brookings Insiuion, n. 1, p , BARRO R. J.; SALA-I-MARTIN, X. Convergence. Journal of Poliical Economy, Chicago, Universiy of Chicago, n. 100, p , BAUMOL W. J. Produciviy growh, convergence, and welfare: wha he long-run daa how, American Economic Review, Nasheville, TE, American Economic Associaion, v. 75, n. 5, p , Dec CARDOSO Jr., J. C. Transformações na composição do emprego e seus reflexos sobre o perfil disribuivo dos ocupados na economia brasileira: algumas evidências a parir das novas inserções de ordem seorial e ocupacional nos anos 90. Ensaios FEE, Poro Alegre, v. 20, n. 2, p , LE GALLO, J. Space-ime analysis of GDP dispariies among european regions: a Markov chains approach. Dijon/Fr.: Universiy of Burgundy, 2001.

25 A variação do emprego nos seores da economia do Rio Grande do Sul 219 NAHAS, M. I. P.; OLIVEIRA, A. M. de; CARVALHO NETO, A. Acesso à ocupação e à renda versus escolarização no espaço inra-urbano de grandes cidades: o caso de Belo Horizone. In: SEMINÁRIO SOBRE A ECONOMIA MINEIRA, 10, Belo Horizone, Belo Horizone: (s. n.), Acesso em: 06 nov NERI, M.; CAMARGO, J. M.; REIS, M. C. Mercado de rabalho nos anos 90: faos esilizados e inerpreações. Rio de Janeiro: IPEA, (Texo para discussão, n. 743). Disponível em: hp:// Acesso em: 25 nov REY, S. J.; MONTOURI, B. D. U. S. Regional income convergence: a spaial economeric perspecive. Regional Sudies, Oxfordshire, Carfax, v. 33, n. 2, p , Apr ROCHA, S. Pobreza no Brasil: o que há de novo no limiar do século XXI? Economia, Rio de Janeiro, ANPEC, v. 2, n. 1, p , SABOIA, J. Descenralização indusrial no Brasil na década de novena: um processo dinâmico e diferenciado regionalmene. Nova Economia, Belo Horizone, UFMG/Deparameno de Ciências Econômicas, v. 11, n. 2, SIMON, C. P.; BLUME, L. Maehemaics for Economiss. New York: W. W. Noron, SOARES, S.; SERVO, L. M. S.; ARBACHE, J. S. O que (não) sabemos sobre a relação enre aberura comercial e mercado de rabalho no Brasil. Rio de Janeiro: IPEA, (Texo para discussão, n. 843). Disponível em: hp:// Acesso em: 25 nov

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