Análise de Decomposição Estrutural para a Economia Brasileira entre 1995 e 2009

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1 Análise de Decomposição Esruural para a Economia Brasileira enre 1995 e 2009 Helena Loiola de Figueiredo 1 Maria Aparecida Silva Oliveira 2 Resumo: O objeivo dese arigo é invesigar a dinâmica seorial da economia brasileira enre 1995 e 2009 uilizando a decomposição esruural da mariz insumo- -produo. Foram realizadas decomposições do emprego, valor adicionado e valor bruo da produção (VBP). O seor agropecuário apresenou, por um lado, redução no emprego, explicada pelo aumeno da produividade do rabalho, e, por ouro crescimeno no valor adicionado e no VBP puxado pelas exporações e consumo das famílias. O crescimeno no seor indusrial foi explicado pelo aumeno da demanda final da economia, uma vez que a mudança ecnológica, principalmene a ocorrida no próprio seor indusrial, reduziu esse crescimeno. Houve um exponencial crescimeno do seor de serviços no período, em âmbio do emprego, valor adicionado e VBP. Palavras-Chave: economia brasileira, decomposição esruural; análise de insumo- -produo. Absrac: The objecive of his paper is o invesigae he secor dynamics of Brazilian economy beween 1995 and 2009 using he srucural decomposiion of he inpu-oupu marix. Decomposiions of employmen, added value and of gross producion value (GPV) were held. The agriculural secor showed, on he one hand, reducion in employmen, explained by increase in labor produciviy, and on he oher a growh of added value and GPV, boosed by expors and household consumpion. Growh in he indusrial secor has been explained by he increase in final demand of he economy, since echnological change, mainly observed in he indusry iself, reduced his growh. There was an exponenial growh of he service secor in he period, on employmen, added value and GPV. 1 Mesre em Economia Aplicada pelo Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal de São Carlos (PPGEc UFSCar) 2 Douora em Economia Aplicada, Professora do Programa de Pós-Graduação em Economia (PPGEc UFSCar) 31

2 Keywords: Brazilian economy, srucural decomposiion; inpu-oupu analysis. JEL: C67; R15 Inrodução Para que ocorra o desenvolvimeno econômico de um país é preciso que uma série de obsáculos sejam superados, é necessário que haja uma mudança esruural no senido de garanir que os recursos de uma economia fluam rapidamene para as aividades econômicas modernas, as quais operam com uma maior produividade econômica (Rodrik, 2013: 2). Trabalhos clássicos como o de Hirschman e Prebisch na década de 1950 abordam o papel da mudança esruural no crescimeno econômico. Como desaca Cimoli (2005: 10), as conribuições eóricas e empíricas do mainsream se concenraram em modelar o crescimeno econômico com base em funções de produção agregada, que ignoram as diferenças seoriais, somene após meade dos anos 1980 o ema passou a receber aenção renovada. Denro do debae, alguns rabalhos seminais buscaram enconrar padrões de mudança esruural que pudessem ser aplicados em diferenes momenos do empo para diferenes economias. Sucliffe (1971: 33) desaca que esses padrões permiem a análise dos ipos de mudança econômica provenienes da indusrialização e sugerem as causas e consequências da divergência enre as economias. Segundo o auor, rês caegorias de rabalhos se desacam nesse conexo. A primeira busca idenificar padrões na dinâmica de relações enre indúsria, agriculura e serviços. Pode-se desacar o esudo de Kuznes (1957) que aponou pioneiramene o fenômeno desigual enre os seores ao longo da rajeória de desenvolvimeno das economias: conforme a renda per capia crescia, havia declínio da parcela agrícola no produo nacional e aumeno da parcela da indúsria. A segunda caegoria dealha os padrões de crescimeno denro do seor indusrial. O esudo de Hoffman (apud Sucliffe, 1971: 33) foi pioneiro nesa caegoria, a parir da divisão do produo indusrial enre os seores de bens de capial e de consumo, o auor concluiu que a esruura indusrial das economias seguiu um padrão uniforme, independene da doação de faores e da ecnologia. No padrão, as aividades produoras de bens de consumo se desenvolveram primeiro, depois vieram as indúsrias de bens de capiais, que se desenvolveram mais rápido que as primeiras. A erceira caegoria, para Sucliffe (1971: 33), avalia as eapas da indusria- 32

3 lização de forma simplificada e dicoômica. De um lado há rabalhos que defendem a especialização produiva baseada em vanagens comparaivas, por ouro lado há rabalhos baseados no conceio heerodoxo de que o padrão de especialização impora para o rimo e alcance do desenvolvimeno econômico. Esse debae esimulou esudos empíricos e o esabelecimeno de faos esilizados relevanes sobre o ema. O rabalho de Carvalho e Kupfer (2011) enconra a rajeória de mudança esruural que vem sendo percorrida pela indúsria brasileira. Os auores concluem que a especialização na indúsria brasileira se deu em níveis de renda per capia relaivamene inferiores aos verificados em ouros países. Essa especialização não pode ser visa como causadora do desenvolvimeno econômico e dada a rapidez com a qual se deu durane a década de 1990 não é possível eliminar a aberura comercial como um dos caalisadores dese processo. O processo de aberura comercial da década de 1990 inensificou a necessidade de reesruuração dos seores produivos da economia. Diane de um novo cenário, em que se passa a enfrenar a concorrência exerna aberamene, houve a privaização de diversos segmenos indusriais e ambém a sobrevalorização da axa real de câmbio enre 1995 e 1998, que esimulou essa perda de paricipação indusrial no PIB. Já em 1999, as mudanças macroeconômicas 1 (meas de inflação, superávi primário e câmbio fluuane) permiiram um crescimeno robuso da produção indusrial. Oura quesão que emerge desse processo de aberura comercial é o fenômeno da erceirização e crescimeno dos seores de serviços. À medida que um país se desenvolve acumulando um maior nível de renda, o seor de serviço passa a ser o represenane de uma maior parcela no PIB. Nesse senido a indúsria perde pare da sua paricipação no PIB para o seor de serviços. Nese caso, essa mudança esruural na indúsria não é prejudicial à economia porque são manidos os elos produivos do seor indusrial (Rowhorn E Ramaswamy, 1999). Para o caso brasileiro, Araújo (2010) defende que enre 1995 e 2009 o crescimeno econômico ocorre puxado pelo seor de serviços em derimeno do reduzido crescimeno dos seores indusrial e agropecuário; e desaca que ese fao vem conribuindo para a rajeória de crescimeno fraca que vêm sendo observada na economia no período recene, já que os empregos gerados no seor de serviços são caracerisicamene de baixa qualidade e de maior precariedade. Sob a influência dos esudos que buscam idenificar os padrões do desenvolvimeno econômico segundo a análise seorial e endo em visa as mudanças na economia brasileira, ese rabalho invesiga a dinâmica seorial da economia brasileira enre 1995 e 2009, no inuio de disinguir os efeios do lado da demanda daqueles do lado das mudanças nas ligações enre os seores (denominadas mudanças ecnológicas). A análise é feia para o emprego, o valor adicionado e o valor bruo da produção (VBP). 1 Ver Oreiro e Feijó (2010). 33

4 Foi uilizado o méodo de decomposição esruural da análise de insumoproduo proposo por Miller e Blair (2009) que consise em invesigar as fones de mudança na economia por meio de exercícios de esáica comparaiva envolvendo as marizes de insumo-produo. Trabalhos de âmbio nacional e inernacional uilizaram esse méodo para o esudo de mudanças esruurais ocorridas na economia. Franke e Kalmbach (2005) esudaram a mudança esruural no seor indusrial e seus impacos com o seor de serviços para a Alemanha durane a década de Linden e Diezenbacher (2000) analisaram os deerminanes da mudança esruural na União Europeia com a aplicação do méodo RAS para aualizar os coeficienes de uma mariz insumo- -produo capando as alerações de efeio-subsiuição e de efeio-fabricação. Enre os rabalhos nacionais, Guilhoo e al (2001) compararam a mudança esruural no Brasil enre 1959 e 1980 com a do Esados Unidos enre 1958 e 1977, a mudança na esruura das economias foram decomposas enre rês componenes denro e fora do seor (demanda final, ecnologia e as relações inerseoriais). Já Messa (2012) invesigou as fones de mudança esruural para a economia brasileira ao longo da década de 2000 e comprovou que o menor consumo inermediário de insumos indusriais domésicos foi o faor deerminane do diferencial de crescimeno enre os serviços e a indúsria e que a indúsria exraiva e o seor agropecuário foram os seores que se desacaram em ermos do nível de exporações. Os coeficienes das marizes de insumo-produo muias vezes são inerpreados em ermos de quanidades físicas, porém ais marizes são desenvolvidas uilizando-se valores moneários. Para conornar esse problema, Messa (2012) adoou um méodo de correção para a influência dos preços nos efeios das mudanças dos coeficienes écnicos sobre o crescimeno do produo. Os efeios, em seu rabalho podem ser inerpreados esriamene em ermos de quanidade física, refleindo, de fao, mudanças na esruura produiva dos respecivos seores. Para ese arigo, opou-se pelo deflacionameno das marizes insumo-produo, ou seja, eliminou-se somene o efeio da variação de preços, os coeficienes coninuam refleindo as relações enre valores moneários, porém medidos a preços do ano de referência. Além do deflacionameno dos dados, oura conribuição desse arigo é examinar a mudança esruural dos seores da economia brasileira considerando rês aspecos disinos, o emprego, o valor adicionado e o VBP aravés das decomposições dos efeios da demanda final e dos efeios da mudança ecnológica, aé enão nunca realizados para a economia brasileira analisando os rês aspecos conjunamene. Messa (2012) realizou a decomposição esruural considerando apenas os produos seoriais. O arigo ainda vai além do rabalho de Messa (2012), e decompõe os rês efeios da demanda final (nível, mix e composição), permiindo uma análise mais profunda do principal responsável pelo crescimeno do emprego, valor adicionado e VBP. O arigo enconra-se dividido em rês seções, além desa inrodução. A próxima 34

5 seção apresena a meodologia. Na segunda seção são apresenados e analisados os resulados empíricos dese rabalho, divididos enre a decomposição da mudança ecnológica e a decomposição da demanda final. A úlima seção raz algumas considerações finais. 1. Meodologia Os dados uilizados referem-se às marizes de insumo-produo com agregação de 42 seores, esimadas por Guilhoo e Sesso Filho (2010), essas marizes esão disponíveis no sie do Núcleo de Economia Regional e Urbana da Universidade de São Paulo (NEREUS). Nese rabalho, as marizes de 1995 a 2008 foram deflacionadas a preços de 2009 e as mudanças enconradas devem ser empreendidas como reais, denro do conexo já descrio. Foi uilizado o méodo double deflaion, que refere- -se a um procedimeno de dois passos, em que (1) a demanda inermediária, a demanda final e o VBP a preços correnes são deflacionados uilizando um índice de preços por seor consruído com base nos dados das abelas usos e recursos divulgadas nas Conas Nacionais/IBGE; (2) será obido o índice de preço do valor adicionado que irá balancear a idenidade fundamenal na qual a soma da coluna deve ser igual a soma da linha no sisema insumo-produo. Os índices de preços por seor, considerando 1995 como o ano base, para os 42 seores e o período de 1996 a 2009 são: Ix1995 = 100, x = seor1,...,seor 42 Ix1996 = Ix 1995 * Variação anual de preços do seor x 1996 (1) Ix = Ix * Variação anual de preços do seor, para = 1997,...,2009 (2) 1 Foi feio um procedimeno de mudança do ano base para 2009: I = I I *100, para = 1995,..,2009 ( ) ano base 2009 ano base ano base 1995 Com os índices já calculados foi possível consruir um veor π com os índices de preços para os 42 seores da economia brasileira e deflacionar a demanda b b inermediária ( z ), a demanda final ( ) b f, e o VBP ( ) x : (3) 35

6 π Iagropecuária Iexraivomineral =... Iserviços privados não mercanis, = 1995,...,2009 (4) z f X = ˆ π z (5) = ˆ π f (6) = ˆ π X (7) b b b O segundo passo consise em calcular o índice de preços que deflacione os dados para o valor adicionado. Pode-se calcular o valor adicionado necessário ( v ) para garanir que o VBP permaneça igual ano na soma das linhas b quano na soma das colunas como, ( ) ( ) v ' = X ' i'z b b b Enão, pode-se calcular o deflaor do valor adicionado como, b ˆr = vˆ vˆ, sendo ( v ) o valor adicionado a preços correnes (9) ( ) 1 Com as marizes deflacionadas é preciso definir algumas relações da análise insumo-produo anes de expor os cálculos das decomposições esruurais. Considerando uma economia desagregada em n seores; X um veor nx1 de valores bruos de produção seorial; A, uma mariz nxn de coeficienes écnicos; e f, um veor nx1 de demanda final pelo produo de cada seor. Enão, o veor X de produção seorial pode ser expresso pela equação X = AX + f. Após as devidas manipulações algébricas, obém-se o modelo insumo-produo relacionando os respecivos produos seoriais: (8) X = Lf Em que, L ( I A) 1 (10) =, sendo I uma mariz idenidade de ordem n. ( I A) 1 é a mariz de coeficienes écnicos de insumos direos e indireos, ou a mariz inversa de Leonief, a qual capa os efeios direos e indireos das modificações exógenas da demanda final sobre a produção dos n seores. As decomposições esruurais realizadas visam esudar as mudanças no VBP, no valor adicionado e no emprego. A seguir, exibe-se como decompor as mudanças no VBP, X, assumindo que há marizes insumo-produo para dois períodos (0 e 1). 36

7 A mudança no VBP enre os dois anos é: Em que, de Leonief no ano X= X X = Lf Lf f é o veor demanda final no ano ; e L ( I A ) 1 (11) = é a mariz de impaco O méodo de decomposição esruural envolve vários exercícios esáicos comparaivos nos quais vários coeficienes são mudados, para que se possam comparar os níveis de aividade com um pono referencial (Miernyk, 1974). Ese rabalho uilizou a equação desenvolvida por Diezenbacher e Los (1998) para a decomposição esruural do VBP. 1 1 X = L f + f + L + L f ( )( ) ( )( ) (12) O primeiro ermo do lado direo represena a mudança no VBP se houver uma mudança na ecnologia (implica a mudança na inversa de Leonief - L ), enquano o segundo ermo capa o efeio de mudanças da demanda final. A decomposição da mudança ecnológica é a análise da mudança na mariz A de coeficienes écnicos. Há muias formas de decomposições de A, a escolhida por ese rabalho foi uma desagregação simples das mudanças nas colunas. Cada coluna da mariz de coeficienes écnicos reflee a produção do seor, idenificando as mudanças coluna por coluna é uma forma de perceber os efeios das mudanças de requerimenos de insumos em cada um dos seores da economia. Para uma economia com 42 seores, a + a... a + a = + = A 0 A A 1;1 1;1 1;42 1; a42;1 + a 42;1... a42;42 + a42;42 (13) 0... a 1;j... 0 ( j) Sendo A = a 42;j... 0 que represena as mudanças ecnológicas do seor j, enão 37

8 ( 1) ( j) ( 42) n j j= 1 (14) A = A A A = A A decomposição da mudança ecnológica ( A ) pode ser inserida na equação (12) e assume a seguine forma, ( 1) ( 42) ( ) ( ) ( ) ( ) X = L A L f + f L A L f + f 2 2 (15) Dessa forma, cada ermo da expressão acima represena o efeio da mudança ecnológica para cada seor (j). Se a economia iver 42 seores, a decomposição da mudança ecnológica erá 42 ermos, cada um represenando a mudança ecnológica em deerminado seor. Por ser calculado a parir das mudanças na mariz de Leonief, o efeio da mudança ecnológica mosra como variam as ligações enre os seores (enfraquecimeno ou foralecimeno dos elos). Os faores que explicam as mudanças ecnológicas são: inovações; subsiuição de imporações; o aumeno dos benefícios decorrenes de economias de escala; as mudanças no mix de produos (com a adoção de novos subsiuos ou de insumos complemenares no processo produivo); a mudança dos preços relaivos (dado que os coeficienes écnicos na mariz de Leonief surgem a parir da valoração moneária); e mudanças nos padrões de roca (exporações e ambém subsiuição de imporações). Esses faores aleram os coeficienes écnicos na mariz de Leonief e se manifesam no efeio calculado das mudanças ecnológicas (Schuschny, 2005: 63) 2. Para a demanda final ( f) alguns faores podem conribuir para as mudanças observadas enre dois períodos: (1) o valor oal de odas as despesas da demanda final (o nível da demanda final); (2) a disribuição da despesa oal em odas as caegorias da demanda final (chamado efeio composição); (3) o mix de produos para cada caegoria da demanda final. Em um modelo insumo-produo de 42 seores com seis caegorias para a demanda final, a mariz da demanda final é definida como, F 1 6 ( 42x6) = f,...,f, onde f 1k f k =..., e é o oal de despesas da caegoria f 42k 2 A decomposição esruural permie idenificar quais aividades apresenaram aumenos no valor bruo da produção pela mudança ecnológica, mas o modelo não coném informações para idenificação e análise das suas causas. Ou seja, por ese méodo não é possível verificar qual foi o aumeno do produo de um seor pela variação de cada faor que compõe a mudança ecnológica separadamene (inovação, economia de escala, mudança no mix de produo, mudança no preço relaivo, mudança no padrão de roca). 38

9 k da demanda final no produo do seor i no ano. O veor que indica a disribuição de f pelas seis caegorias da demanda-final (Exporações, Consumo da Adminisração Pública, Consumo das Insiuições Sem Fins de Lucro a Serviço das Famílias (ISFLSFs), Consumo das Famílias, Formação Brua de Capial Físico (FBCF) e Variação de Esoque), é calculado pela soma das colunas de F dividido por f, ou y1 f 1 d( 6x1) = d k = y... = f y6 f (16) Enão, d k represena a proporção da despesa oal da demanda-final no ano que é originária da caegoria k. Já a mariz do mix de produção, B,é ( nxp) ( )( ˆ ) 1 B = b ik = F y (17) A decomposição da mudança da demanda final será, f = ( f)( Bd + Bd) + f ( Bd ) f( Bd ) ( fb + fb)( d) 2 (18) Em que, o primeiro ermo capa o efeio nível da demanda-final, o segundo capa o efeio mix da demanda-final, e o erceiro capa o efeio composição da demanda-final. Para decomposição do emprego, deve-se considerar ( e )' = e 0...e 1 como sendo o veor de coeficienes de emprego represenando a quanidade do rabalho por unidade moneária de produção do seor i no período. O inverso desses coeficienes represenam uma medida de produividade do rabalho indirea, definidos como: e = ε X i i i (19) Dessa forma, o veor de emprego seorial no período será: ex ˆ elf ˆ ε = = (20) 39

10 E o veor de mudanças no emprego será: elf ˆ eˆ Lf ε = ε ε = (21) Uilizando as mesmas relações empregadas na decomposição da produção, pode-se escrever a equação (21) da seguine forma: ( ˆ ε = e)( L f L f ) eˆ Lf eˆ Lf ( el ˆ + el ˆ )( f) 2 (22) Na equação (22) o primeiro ermo é a parcela da variação do emprego devido à mudanças no coeficiene direo de rabalho. O segundo represena a parcela da variação do emprego seorial devido à ransformações ecnológicas. O erceiro capa o efeio da variação da demanda final no emprego seorial. Finalmene, a decomposição do valor adicionado é semelhane à do emprego. A diferença esá em se considerar o veor de coeficienes direo do valor adicionado, que é represenado pela razão enre valor adicionado e o valor da produção ( va ), ao invés, de se uilizar o veor de coeficienes direo de emprego. E ainda, foram realizadas as decomposições da demanda final (nível, mix i e composição) e da mudança ecnológica para o emprego e valor adicionado. va = V X i i i (23) V = va X = va L f (24) V = V V = va L f va L f (25) ( )( ) 1 0 V = va L f L f va Lf va Lf ( va L + va L )( f ) (24) 2 40

11 2. Resulados Os resulados para os seores agropecuário, indusrial e de serviços foram obidos por meio da agregação poserior aos cálculos realizados em nível mais desagregado. A Tabela 1 exibe a variação e o crescimeno percenual do emprego, valor adicionado e VBP, enre 1995 e 2009, dos seores agropecuário, indusrial, serviços e da economia. Houve um crescimeno de 31,41% do emprego, 61,86% do valor adicionado e de 72,28% do VBP da economia brasileira no período. Pode-se noar que as maiores variações e crescimenos do emprego e do valor adicionado foram para o seor de serviços. A agropecuária eve redução no número de posos de rabalho nesse período, porém obeve um crescimeno do VBP superior ao da indúsria e ao do seor de serviços. A indúsria apresenou crescimeno do emprego e do valor adicionado superior á agropecuária, porém inferior ao seor de serviços. TABELA 1 VARIAÇÃO E CRESCIMENTO DO EMPREGO, VALOR ADICIONADO E VBP ENTRE 1995 E 2009 (milhões de posos de rabalho e milhões de reais a preços de 2009). Variação do emprego Crescimeno emprego Variação Valor Adicionado Crescimeno Valor Adicionado Agropecuária -2,32-12,16% ,69 49,65% Indúsria 5, 31 36,54% ,99 52,64% Serviços 20,11 50,40% Economia 23, 10 31,41% , ,65 Fone: elaborado pela auora, com base nos dados do NEREUS 66,95% 61,86% Variação do VBP , , , ,56 Crescimeno VBP 82,78% 65,86% 76,65% 72,28% A Tabela 2 exibe o crescimeno percenual, enre 1995 e 2009, do emprego, valor adicionado e VBP das aividades e suas respecivas agregações. Enre as aividades do seor de serviços, o maior crescimeno do emprego e do VBP ocorreu para Comunicações e maior crescimeno do valor adicionado ocorreu para Serviços Presados à Família. O menor crescimeno do emprego foi para Insiuições Financeiras, o menor crescimeno do valor adicionado foi para Transpores e o menor crescimeno do VBP foi para a Consrução Civil no período. 41

12 TABELA 2 CRESCIMENTO DO EMPREGO, VALOR ADICIONADO E VBP ENTRE 1995 E 2009 POR ATIVIDADE. Seor Aividades Crescimeno Emprego Crescimeno Valor Adicionado Crescimeno VBP Agro. Agropecuária -12,16% 49,65% 82,78% Ind. Indúsria exraiva mineral 21,90% 105,98% 127,68% Indúsria de 0ransformação 28,65% 41,64% 60,72% Produção e disribuição de elericidade, gás 13,89% 84,71% 102,71% e água Consrução Civil 57,21% 53,67% 50,94% Serviços Comércio 44,69% 64,97% 77,96% Transpores 50,28% 41,29% 80,18% Comunicações 597,18% 95,44% 197,91% Insiuições Financeiras 6,04% 117,79% 94,46% Serviços Presados à 49,22% 129,59% 100,91% Família Serviços Presados à 63,50% 90,22% 87,41% Empresa Aluguel de Imóveis 7,60% 48,72% 53,86% Adminisração Pública 51,04% 43,36% 49,07% Serviços Privados não mercanis: Educação; Saúde e serviços sociais; Ouros serviços coleivos, sociais e pessoais 41,74% 62,06% 52,88% Fone: elaborado pela auora, com base nos dados do NEREUS. 42

13 A Tabela 3 sineiza a decomposição do crescimeno do emprego, valor adicionado e VBP em ermos da mudança ecnológica, da demanda final e dos coeficienes direos (de emprego e de valor adicionado) em ermos percenuais. Por exemplo, de acordo com a Tabela 3: 0,52%; 138,41% e -38,92% do crescimeno do emprego do seor de serviços se devem, respecivamene, as mudanças ecnológicas, da demanda final e do coeficiene direo de emprego. Imporanes conclusões podem ser exraídas a parir da Tabela 3. Em primeiro lugar, noa-se que, para odas as aividades, a mudança na demanda final consiuiu o principal faor de crescimeno do emprego, valor adicionado e VBP no período, represenando mais do que 100% do crescimeno na maioria das aividades. A agropecuária foi o único seor a apresenar uma variação oal do emprego negaiva enre os dois anos analisados (-2,3 milhões de posos de rabalho, Tabela 1), a mudança ecnológica e a mudança na demanda final conribuíram para a elevação do emprego no período, os sinais negaivos desses efeios, observados na Tabela 3, são devidos ao fao da variação oal do emprego desse seor ser negaiva. O coeficiene direo de emprego foi o que explicou a perda de empregos na agropecuária. Seu sinal posiivo represena o ganho de produividade que esse seor eve. Esse ganho de produividade liberou mão-de-obra do seor, o que acabou mais que compensando o aumeno do emprego pela mudança ecnológica e da demanda final. A produividade do rabalho é medida indireamene pelo coeficiene direo de emprego. O cálculo do coeficiene recai sobre a relação emprego/produção, se essa relação for menor para o ano de 2009 relaivamene ao ano de 1995 a variação do coeficiene será negaiva. Por isso, a redução do coeficiene indica ganho de produividade da mão-de-obra, já que indicará menor emprego em relação a produção ou maior produção em relação ao emprego. Todas as aividades que apresenaram crescimeno do emprego no período iveram o sinal negaivo do coeficiene direo de emprego, indicando ganho de produividade. Apenas as aividades Consrução Civil, Comunicações e Adminisração Pública perderam produividade da mão-de-obra no período, apresenando valores posiivos da variação dos coeficienes direos emprego. Houve redução do emprego pela mudança ecnológica para a indúsria, ocasionada pelos resulados da indúsria exraiva, indúsria de ransformação e consrução civil. A produção e disribuição de elericidade, gás e água apresenou elevação do emprego pela mudança ecnológica. Já para os serviços, a mudança ecnológica represenou 0,52% do crescimeno do emprego desse seor. Houve aumeno do emprego pela mudança ecnológica para a maior pare das aividades de serviços (comércio, ranspores, comunicações, insiuições financeiras, serviços presados á empresa e aluguel de imóveis), exceo para serviços presados à família, adminisração pública e serviços privados não mercanis. 43

14 TABELA 3 EFEITOS SOBRE O CRESCIMENTO DO EMPREGO, VALOR ADI- CIONADO E VBP ENTRE 1995 E SETOR Tecnológica Demanda final EMPREGO VALOR ADICIONADO VBP Coeficiene direo de Tecnológica Demanda final emprego Coeficiene direo de valor adicionado Tecnológica Demanda final Agropecuária -34,39% -469,44% 603,82% 11,24% 140,38% -51,62% 7,64% 92,36% Indúsria -11,71% 128,41% -16,70% -1,13% 114,90% -13,77% -0,54% 104,34% Serviços 0,52% 138,41% -38,92% 6,06% 102,59% -8,65% 5,60% 94,40% ATIVIDADES Agropecuária -34,39% -469,44% 603,82% 11,24% 140,38% -51,62% 7,64% 92,36% Indúsria exraiva mineral Indúsria de ransformação Produção e disribuição de elericidade, gás e água Consrução Civil -17,29% 293,17% -175,88% 12,94% 96,18% -9,12% 13,80% 86,20% -20,27% 128,41% -16,70% -9,20% 130,81% -21,61% -4,34% 104,34% 89,25% 488,29% -477,54% 17,10% 98,76% -15,86% 14,62% 85,38% -4,51% 95,40% 9,11% -4,77% 100,54% 4,23% -4,99% 104,99% Comércio 7,97% 150,18% -58,15% 5,80% 109,82% -15,62% 5,00% 95,00% Transpores 10,51% 135,74% -46,25% 12,50% 160,74% -73,25% 7,10% 92,90% Comunicações 18,37% 36,98% 44,65% 68,04% 103,66% -71,69% 37,43% 62,57% Insiuições Financeiras Serviços Presados à Família Serviços Presados à Empresa Aluguel de Imóveis Adminisração Pública 134,22% 1074,88% -1109,10% 8,93% 76,07% 15,00% 10,60% 89,40% -7,28% 185,94% -78,66% -3,19% 86,62% 16,57% -3,90% 103,90% 0,03% 128,84% -28,87% 0,03% 97,59% 2,39% 0,03% 99,97% 11,70% 590,12% -501,82% 2,09% 106,62% -8,71% 1,92% 98,08% -2,43% 99,20% 3,23% -2,80% 113,80% -11,00% -2,51% 102,51% (Coninua) 44

15 EMPREGO VALOR ADICIONADO VBP SETOR Tecnológica Demanda final Coeficiene direo de Tecnológica Demanda final emprego Coeficiene direo de valor adicionado Tecnológica Demanda final Serviços Privados não mercanis: Educação; Saúde e serviços sociais; Ouros serviços coleivos, sociais e pessoais -16,69% 138,78% -22,09% -11,76% 99,53% 12,23% -13,52% 113,52% Fone: elaborado pela auora, com base nos dados do NEREUS. Na análise do valor adicionado, pela Tabela 3, os crescimenos dos seores agropecuário e de serviços foram explicados ano pela mudança ecnológica quano pela mudança na demanda final. A mudança ecnológica apresenou uma conribuição negaiva para o crescimeno do valor adicionado do seor indusrial. E a variação do coeficiene de valor adicionado aponou reduções para odos os rês seores, ou seja, houve redução da razão valor adicionado/ valor da produção. Enreano, essa redução foi menor para serviços, já que insiuições financeiras, serviços presados à família e à empresa apresenaram conribuições posiivas do coeficiene direo de valor adicionado. O crescimeno do VBP, assim como os demais, foi explicado principalmene pela mudança na demanda final. A mudança ecnológica conribuiu para esse crescimeno no seor agropecuário e de serviços; e reduziu o VBP da indúsria (as conribuições negaivas da mudança ecnológica da indúsria de ransformação e consrução civil colaboraram para esse resulado) Decomposição da Mudança Tecnológica A Tabela 4 ilusra quano às mudanças ecnológicas ocorridas nos seores induores influenciaram o crescimeno do emprego, do valor adicionado e do VBP nos seores sob efeio. Por exemplo, de acordo com a Tabela 4, 1,99% do crescimeno do emprego no seor de serviços foi devido à mudança ecnológica 45

16 ocorrida na indúsria, 0,51% pela mudança ecnológica da agropecuária e -1,98% pela mudança ecnológica de serviços. Ou seja, as mudanças ecnológicas ocorridas no próprio seor frearam o crescimeno do emprego. Lembre-se que, para o caso da agropecuária houve redução do emprego enão, apesar de apresenarem sinais negaivos, as mudanças ecnológicas ocorridas na agropecuária e indúsria aumenaram o emprego na agropecuária. Já as mudanças ecnológicas em serviços reduziram o emprego da agropecuária. A indúsria sofreu aumeno do emprego pelas mudanças ecnológicas da agropecuária (em 0,13%) e redução pelas mudanças dos seores indusriais (em -8%) e de serviços (em -3,85%). TABELA 4 DECOMPOSIÇÃO DO EFEITO TECNOLÓGICO EMPREGO VALOR ADICIONADO VALOR BRUTO DE PRODUÇÃO (VBP) Seor sob efeio Seor Induor Agropecuária Indúsria Serviços Agropecuária -23,90% 0,13% 0,51% Indúsria -23,92% -8,00% 1,99% Serviços 13,43% -3,85% -1,98% Agropecuária 6,73% 2,78% 0,35% Indúsria 8,24% -5,16% 2,30% Serviços -3,73% 1,26% 3,40% Agropecuária 4,32% 2,25% 0,30% Indúsria 5,71% -4,76% 2,09% Serviços -2,38% 1,97% 3,21% Fone: elaborado pela auora, com base nos dados do NEREUS. Três conclusões podem ser esabelecidas a parir da Tabela 4. Em primeiro lugar, para a agropecuária, as mudanças ecnológicas ocorridas no seor de serviços ampliaram a redução do emprego e reduziram o crescimeno do valor adicionado e do VBP. Em segundo lugar, para a indúsria, as mudanças ecnológicas ocorridas no próprio seor foram as que mais reduziram o crescimeno do emprego, valor adicionado e VBP. E em erceiro lugar, para serviços, a mudança ecnológica ocorrida no seor indusrial foi a que mais colaborou para o crescimeno do emprego, já as mudanças ecnológicas ocorridas no próprio seor de serviços foram as que mais colaboraram com os crescimenos do valor adicionado e do VBP do seor. A Tabela 5 ilusra os resulados desagregados para as aividades dos seores. Por exemplo, segundo a Tabela 4, as mudanças ecnológicas ocorridas no 46

17 seor indusrial foram as que mais reduziram os crescimenos do emprego, valor adicionado e VBP no próprio seor. Assim, de acordo com a Tabela 5, as aividades Indúsria Exraiva Mineral; Indúsria de Transformação; e Consrução Civil foram as que sofreram as reduções desses crescimenos. Especialmene a Indúsria de Transformação que foi a aividade que mais sofreu o efeio das mudanças ecnológicas indusriais no crescimeno do emprego, do valor adicionado e do VBP, apresenando reduções de 12,89%, 30,94% e 41,49%, respecivamene. Em relação às aividades do seor de serviços, Transpores e Comunicações foram as que iveram maiores crescimenos do emprego, do valor adicionado e do VBP pelas mudanças ecnológicas do seor de serviços. Comércio, Insiuições Financeiras, Serviços Presados à Empresa e Aluguel de Imóveis foram as que apresenaram maiores crescimenos do emprego, valor adicionado e VBP pela mudança ecnológica ocorrida no seor indusrial. Serviços presados à Família iveram os maiores crescimenos pela mudança ecnológica ocorrida na agropecuária. Com desaque, a aividade Comunicações apresenou o maior crescimeno do valor adicionado e VBP causado pela mudança ecnológica do seor de serviços, 63,75% e 42,53%, respecivamene. O fao que pode ajudar a explicar o moivo da mudança ecnológica er a maior conribuição para o seor de Comunicações é o elevado fluxo de Invesimeno Direo Exerno (IDE) para a infra-esruura desse seor na meade década de novena, principalmene no caso das elecomunicações, observado no esudo de Sari e Laplane (2002: 83-4): Esse grupo recebeu elevados invesimenos de novas empresas esrangeiras, em especial nos seores de Informáica e Equipamenos de Telecomunicações, em grande pare associados à insalação e operação de novas planas no país. Os invesimenos foram realizados quase exclusivamene por empresas produoras de bens finais (monadoras). Não houve invesimenos significaivos de produores de insumos e componenes para os bens finais. 47

18 TABELA 5 DECOMPOSIÇÃO DESAGREGADA DO EFEITO TECNOLÓGICO Aividade sob efeio EMPREGO Seor induor Agropecuária Indúsria Serviços Agropecuária -23,90% -23,92% 13,43% Indúsria exraiva mineral -1,63% -12,53% -3,12% Indúsria de ransformação 0,27% -12,89% -7,66% Produção e disribuição de elericidade, gás e água 2,39% 26,43% 60,44% Consrução Civil 0,06% -3,33% -1,25% Comércio 1,79% 4,75% 1,42% Transpores 0,15% 1,65% 8,71% Comunicações 0,07% -0,77% 19,07% Insiuições Financeiras 4,36% 79,77% 50,09% Serviços Presados à Familía 0,10% 0,03% -7,41% Serviços Presados à Empresa 0,45% 14,12% -14,54% Aluguel de Imóveis 1,54% 20,69% -10,54% Adminisração Pública -0,02% -0,79% -1,62% Serviços Privados não-mercanis: Educação; Saúde e serviços sociais; Ouros serviços coleivos, sociais e pessoais -0,19% -6,75% -9,75% VALOR ADICIONADO Aividade sob efeio Seor induor Agropecuária Indúsria Serviços Agropecuária 6,73% 8,24% -3,73% Indúsria exraiva mineral 0,79% 7,67% 4,47% Indúsria de ransformação 5,14% -12,59% -1,75% Produção e disribuição de elericidade, gás e água 0,45% 5,20% 11,45% Consrução Civil 0,06% -3,51% -1,32% Comércio 1,29% 3,48% 1,03% Transpores 0,18% 1,92% 10,40% Comunicações 0,27% -2,71% 70,48% (coninua) 48

19 (Coninuação) Aividade sob efeio VALOR ADICIONADO Seor induor Agropecuária Indúsria Serviços Insiuições Financeiras 0,28% 5,28% 3,37% Serviços Presados à Familía 0,04% 0,02% -3,25% Serviços Presados à Empresa 0,33% 10,51% -10,82% Aluguel de Imóveis 0,27% 3,55% -1,73% Adminisração Pública -0,03% -0,91% -1,87% Serviços Privados não-mercanis: Educação; Saúde e serviços sociais; Ouros serviços coleivos, sociais e pessoais Fone: elaborado pela auora, com base nos dados do NEREUS. -0,14% -4,76% -6,86% TABELA 5 DECOMPOSIÇÃO DESAGREGADA DO EFEITO TECNOLÓGICO (CONTINUAÇÃO) VBP Aividade sob efeio Seor induor Agropecuária Agropecuária Agropecuária Agropecuária 4,32% 5,71% -2,38% Indúsria exraiva mineral 0,88% 8,28% 4,64% Indúsria de ransformação 3,07% -8,38% 0,96% Produção e disribuição de elericidade, gás e água 0,38% 4,47% 9,76% Consrução Civil 0,06% -3,67% -1,38% Comércio 1,10% 3,01% 0,89% Transpores 0,10% 1,18% 5,82% Comunicações 0,15% -1,51% 38,80% Insiuições Financeiras 0,33% 6,27% 4,00% Serviços Presados à Familía 0,05% 0,02% -3,97% Serviços Presados à Empresa 0,34% 10,78% -11,10% Aluguel de Imóveis 0,24% 3,25% -1,58% Adminisração Pública -0,02% -0,81% -1,67% (Coninua) 49

20 (Coninuação) Aividade sob efeio Serviços Privados nãomercanis: Educação; Saúde e serviços sociais; Ouros serviços coleivos, sociais e pessoais VBP Seor induor Agropecuária Agropecuária Agropecuária -0,16% -5,47% -7,89% Fone: elaborado pela auora, com base nos dados do NEREUS. 2.2 Decomposição da Mudança na Demanda Final A Tabela 6 permie idenificar a parcela do crescimeno do emprego, valor adicionado e VBP deerminada por cada efeio da demanda final (nível, mix e composição). O aumeno do nível da demanda final foi o principal responsável pelos crescimenos do emprego, do valor adicionado e do VBP dos rês seores (agropecuária, indúsria e serviços). TABELA 6 DECOMPOSIÇÃO DOS EFEITOS DA DEMANDA FINAL EMPREGO VALOR ADICIONADO VALOR BRUTO DE PRODUÇÃO Efeios Seor Demanda Final Agropecuária Indúsria Serviços Nível -433,98% 170,83% 128,46% Mix 12,47% -25,84% 9,92% Composição -47,92% -3,92% -22,00% Nível 131,45% 122,78% 101,34% Mix -5,77% -10,49% 4,69% Composição 14,70% -38,82% -73,58% Nível 86,92% 102,77% 91,09% Mix -4,33% -7,60% 6,91% Composição 9,77% -71,52% -47,37% Fone: elaborado pela auora, com base nos dados do NEREUS. Foi viso que o emprego da agropecuária sofreu redução no período pela Tabela 1 e que as mudanças ecnológicas ocorridas no seor de serviços cola- 50

21 boraram para essa redução pela Tabela 4. Agora, pela Tabela 6, percebe-se que as mudanças no nível e na composição da demanda final no período elevaram o emprego desse seor, em 433,98% e 47,92%, respecivamene. Já as mudanças no mix da demanda final foram as que colaboraram para a redução do emprego na agropecuária, em 12,47%. Pela Tabela 6, o efeio mix e composição da demanda final reduziram os crescimenos do emprego, valor adicionado e VBP do seor indusrial. Para o seor de serviços, o efeio mix aumenou o crescimeno do emprego, valor adicionado e VBP, enquano o efeio composição reduziu esses crescimenos. O iem referene à demanda final no Sisema de Conas Nacionais é consiuído pela soma de seis componenes: Exporações, Consumo da Adminisração Pública, Consumo das ISFLSFs, Consumo das Famílias, FBCF e Variação de Esoque. A Tabela 7 mosra o crescimeno percenual do nível de cada um deses agregados enre 1995 e Noa-se que as exporações apresenaram maior crescimeno no período. Enão, como o nível da demanda agregada foi o principal responsável pelos crescimenos dos seores, o crescimeno das exporações foi o principal responsável para explicar eses crescimenos. TABELA 7 CRESCIMENTO DOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS DA DE- MANDA FINAL ENTRE 1995 E 2009 Agregados macroeconômicos Crescimeno Exporações 137,76% Consumo da Adminisração Pública 52,46% Consumo das ISLSFs 49,46% Consumo das famílias 68,16% FBCF 60,42% Variação de Esoque -121,01% Toal 68,00% Fone: elaborado pela auora, com base nos dados do NEREUS. A Tabela 8 mosra o mix da demanda final no período, mudanças seoriais, denro do mesmo agregado macroeconômico. Para a agropecuária e a indúsria o efeio mix reduziu os crescimenos do emprego, valor adicionado e VBP, já para serviços esse efeio aumenou os crescimenos (Tabela 6). As mudanças no consumo das famílias e na FBCF explicam esse fao. O consumo das famílias e a FBCF sofreram reduções de suas parcelas na demanda final de 2009 em relação à suas parcelas na demanda final de 1995 para a agropecuária e indúsria, enquano para serviços houve aumenos das parcelas desses agregados. 51

22 TABELA 8- MIX DA DEMANDA FINAL EM 1995 E 2009 Mix Agregados Macroeconômicos Agropecuária Indúsria Serviços Exporação de Bens e Serviços 0,39% 0,99% 5,09% 6,61% 1,85% 2,78% Consumo da Adm. Pública 0,00% 0,00% 0,00% 0,09% 23,40% 21,15% Consumo das ISFLSF 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,34% 1,20% Consumo das famílias 2,16% 1,89% 19,64% 17,70% 30,43% 32,69% FBCF 0,46% 0,44% 13,50% 12,71% 1,93% 2,03% Variação de Esoque -0,04% -0,03% -0,13% -0,20% -0,03% -0,04% Toal (Demanda Final) 2,96% 3,28% 38,11% 36,91% 58,93% 59,80% Fone: elaborado pela auora, com base nos dados do NEREUS. Finalmene, a Tabela 9 exibe os resulados para o efeio composição da demanda final. O efeio composição mosra mudanças enre os agregados macroeconômicos da demanda final. Pela Tabela 6, vimos que o efeio composição aumenou o crescimeno do emprego, valor adicionado e VBP para a agropecuária e reduziu esses crescimenos para indúsria e serviços. Pela Tabela 9, os aumenos dos pesos das exporações e do consumo das famílias na demanda final de 2009 comparada a de 1995 conribuíram para os crescimenos do emprego, valor adicionado e VBP da agropecuária. Enquano as reduções dos pesos do consumo da adminisração pública, do consumo das ISFLSF e da FBCF conribuíram para a redução dos crescimenos do emprego, valor adicionado e VBP da indúsria e serviços. 52

23 TABELA 9- COMPOSIÇÃO DA DEMANDA FINAL EM 1995 E 2009) Agregados Composição Macroeconômicos Exporação de Bens e Serviços 7,33% 10,38% Consumo da Adm. Pública 23,40% 21,24% Consumo das ISFLSF 1,34% 1,20% Consumo das famílias 52,22% 52,27% FBCF 15,90% 15,18% Variação de Esoque -0,20% -0,26% Toal (Demanda Final) 100,00% 100,00% Fone: elaborado pela auora, com base nos dados do NEREUS. Tano o efeio mix como o efeio composição aponaram a redução da parcela da FBCF, comparando a demanda final de 2009 com a de 1995, como um faor comum explicaivo para a redução do crescimeno do emprego, valor adicionado e VBP da indúsria. Esse aspeco vai de enconro aos esudos de Messa (2012) e Rowhorn e Ramaswamy (1999). Messa (2012) indicou em seu arigo que para se incenivar o seor indusrial deve-se procurar o provimeno de incenivos à FBCF, em derimeno do consumo da adminisração pública. O auor salienou que a FBCF é imporane para as indúsrias de ransformação e de consrução e que os gasos do governo impacaram significaivamene apenas os serviços. No resane da economia, seu papel mosrou-se reduzido. Rowhorn e Ramaswamy (1999) deecaram correlações posiivas enre o nível de FBCF e a paricipação da indúsria no emprego e na produção. Considerações Finais Conforme abordado aneriormene, a aberura comercial e financeira da economia brasileira na década de 1990 inensificou a necessidade de reesruuração dos seores produivos da economia. Diane de um novo cenário, em que se passa a enfrenar a concorrência exerna aberamene, houve a perda de paricipação do seor indusrial no valor adicionado e no emprego e o crescimeno do seor de serviços. O assuno em provocado um inenso debae acerca de suas consequências. Ese arigo procurou conribuir com ese debae, revelando, denre ouros resulados, um exponencial crescimeno do 53

24 seor de serviços no período, especificadamene para comunicações e serviços presados à família. Enre odas as aividades, comunicações apresenou o maior crescimeno do emprego e do VBP explicado principalmene pelo aumeno da demanda final, mas ambém pela mudança ecnológica do seor de serviços. Serviços presados à família refere-se à aividades de alojameno, alimenação e ouros serviços; apresenou o maior crescimeno do valor adicionado no período explicado pela mudança na demanda final e, em segundo lugar, pelo coeficiene direo de valor adicionado. O seor agropecuário apresenou redução do emprego no período, explicada pela elevação da produividade do rabalho. Enreano apresenou o maior crescimeno do VBP causado, principalmene, pela elevação do nível e pela mudança na composição da demanda final. O crescimeno dos agregados da demanda final e o aumeno do peso das exporações e do consumo das famílias na demanda final de 2009 comparada a de 1995 conribuíram para esse resulado. Já em relação ao seor indusrial, ele apresenou crescimeno do emprego e do valor adicionado superior ao da agropecuária, porém inferior ao seor de serviços. Enre as aividades da indúsria o maior crescimeno do valor adicionado e do VBP foi para a Indúsria Exraiva Mineral e o maior crescimeno do emprego foi para Consrução Civil. A Indúsria de Transformação sofreu redução no crescimeno do emprego, valor adicionado e VBP pela mudança ecnológica ocorrida no próprio seor indusrial. O aumeno do nível da demanda final foi o principal responsável pelo crescimeno do emprego, valor adicionado e VBP, especialmene o aumeno das exporações de bens e serviços e do consumo das famílias no período. Enão, o padrão de crescimeno dos seores da economia brasileira enre 1995 e 2009 se caracerizou pelo aumeno da produividade do rabalho do seor agropecuário, o que liberou mão-de-obra para os seores indusriais e de serviços. O seor indusrial apresenou crescimenos, mesmo que inferiores ao de seor de serviços, puxados pela Indúsria Exraiva Mineral e pela Consrução Civil. É imporane noar que as mudanças ecnológicas ocorridas no seor indusrial reduziram o crescimeno de imporanes aividades, como a indúsria de ransformação e a consrução civil. Ao mesmo empo essas mudanças ecnológicas ocorridas no seor indusrial colaboraram para o crescimeno do seor de serviços. Não foi enconrada uma queda do crescimeno do seor indusrial e nem de suas aividades em ermos do emprego, valor adicionado e VBP. Mas endo em visa que o aumeno do nível da demanda final foi o principal responsável pelo crescimeno desses agregados no seor indusrial, e que para a Indúsria de Transformação o nível da demanda final foi o único responsável pelos 54

25 crescimenos, analisar os ouros efeios (ecnológico, mix e composição) é imporane para enar visualizar medidas compensaórias para a indúsria. Para a Indúsria de Transformação, o efeio ecnológico mosrou que as mudanças ocorridas no seor indusrial reduziram o crescimeno do emprego, valor adicionado e do VBP. Ou seja, houve um enfraquecimeno dos elos enre os seores da indúsria de ransformação, o que pode er ocorrido com subsiuições de insumos nacionais por imporados, mudanças no mix de produos (com a adoção de novos subsiuos ou de insumos complemenares no processo produivo), mudança dos preços relaivos e mudanças nos padrões de roca da indúsria. Ainda para esse seor, o efeio mix da demanda final aponou que a redução das parcelas da FBCF e do consumo das famílias, comparando a demanda final de 2009 com a de 1995, conribuiu para as reduções dos crescimenos do emprego, valor adicionado e VBP. Já o efeio composição apona para as reduções do peso do consumo da adminisração pública, do consumo das ISFLSF e da FBCF. É possível concluir, por ese arigo que, caso as medidas compensaórias ao crescimeno da indúsria de ransformação sejam de ineresse do formulador de políicas públicas, deve-se incenivar o foralecimeno dos elos indusriais e a FBCF, que influenciará o efeio mix e o efeio composição da demanda final posiivamene elevando o crescimeno da indúsria. Referências Araújo, E. L. (2010), Efeios das variáveis macroeconômicas sobre o desempenho da indúsria de ransformação brasileira: uma análise do período , paper presened a he 13º Enconro Regional de Economia da Região Sul- ANPEC, Poro Alegre. Carvalho, L. and Kupfer, D. (2011) Diversificação ou especialização: uma análise do processo de mudança esruural da indúsria brasileira, Revisa de Economia Políica, São Paulo, 31 (4): Cimoli, M. (2005) Srucural heerogeneiy, echnological asymmeries and growh in Lain America, ECLAC s Publicaions 35: Diezembacher, E. and Los, B. (1998) Srucural decomposiion echniques: sense and sensiive, Economic Sysems Research, Abingdon, 10 (4): Franke, R. and Kalmbach, P. (2005) Srucural change in he manufacuring secor and is impac on business-relaed services: an inpu oupu sudy for Germany, Srucural Change and Economic Dynamics, Amserdam, 16: Guilhoo, J. J. M. and Sesso Filho, U. A. (2010) Esimação da mariz insumo- -produo uilizando dados preliminares das conas nacionais: aplicação e análise 55

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