ANÁLISE DO COMÉRCIO DE PESCADO ENTRE BRASIL E OS ESTADOS UNIDOS ROSEMEIRY MELO CARVALHO; PEDRO CARNEIRO KOLB; UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

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1 ANÁLISE DO COMÉRCIO DE PESCADO ENTRE BRASIL E OS ESTADOS UNIDOS ROSEMEIRY MELO CARVALHO; PEDRO CARNEIRO KOLB; UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FORTALEZA - CE - BRASIL rmelo@ufc.br APRESENTAÇÃO ORAL Comércio Inernacional ANÁLISE DO COMÉRCIO DE PESCADO ENTRE BRASIL E OS ESTADOS UNIDOS. Grupo de Pesquisa: COMÉRCIO INTERNACIONAL Resumo: Esse rabalho em como objeivo esimar as equações de ofera e demanda de pescado comercializado enre o Brasil e os Esados Unidos no período enre 996 e As variáveis incluídas no modelo foram: quanidade comercializada, preço, renda per capia do americano e a axa de câmbio do período. De acordo com os resulados obidos pode-se concluir que a demanda e a ofera de pescado são elásicas, de modo que um aumeno no preço do produo provoca variações mais que proporcionais na quanidade comercializada. Em relação à renda, verifica-se que, no mercado noreamericano, o pescado brasileiro é considerado um bem inferior. Desde o ano de 2003 o valor das exporações brasileiras de pescado para os Esados Unidos em diminuído, podendo ser aribuído, a desvalorização da moeda americana em relação ao real, que reduz a compeiividade dos Brasil no mercado nore-americano. Uma maior desvalorização da moeda nacional poderá incenivar esses produores brasileiros a disponibilizar mais produo no mercado inernacional. Palavras-chaves: pescado, comércio inernacional, Brasil, Esados Unidos. Absrac: This work has as objecive esimae he offer and demand equaions fish raded beween Brazil and Unied Saes in he period beween 996 and The

2 variables included in he model were: markeed amoun, price, per capia income of he American and he exchange rae of he period. In agreemen wih he obained resuls i can be concluded ha he demand and he fish offer are elasic, so ha an increase in he price of he produc provokes more variaions han you provide in he markeed amoun. In relaion o he income, i is verified ha, in he Norh American marke, he Brazilian fish is considered inferior. Since 2003 he value of Brazilian expors of fish o he Unied Saes has decreased, which may be assigned, he devaluaion of he American currency in relaion o he real, which reduces he compeiiveness of Brazil in he Norh American marke. Furher devaluaion of he naional currency may encourage hose producers o bring more Brazilian producs on he inernaional marke. Key Words: fish, Inernaional rade, Brazil, Unied Saes.. INTRODUÇÃO As relações comerciais inernacionais ocupam posição de desaque na economia da maioria dos países. No Brasil, o desempenho das conas exernas em sido um dos principais ponos discuidos no âmbio da políica econômica, sendo dada especial aenção para a balança comercial (BARROS e al, 2002). De acordo com dados do Minisério de desenvolvimeno, indúsria e comércio (MDIC) o Brasil exporou, em 2006, um oal de 7.28 oneladas de pescado, o que gerou uma movimenação de US$ ,00 dólares na balança comercial do país. Dese monane, a paricipação do mercado nore-americano foi de US$ ,00 dólares que equivale a 36,7% do oal. Dada a imporância do seor pesqueiro para a geração de divisas, ese esudo em como objeivo principal analisar a sensibilidade dos mercados brasileiro e americano em relação às variações nos preços do produo e na renda dos consumidores e analisar a evolução do comércio enre esses dois países. Para ano, serão esimadas as equações de ofera e demanda de pescado comercializado enre o Brasil e os Esados Unidos no período de 996 a 2006 e serão calculadas as axas de crescimeno das variáveis do modelo. Para Barros e al (2002), a esimação de equações de ofera e demanda de exporação e imporação possibilia verificar ex-ane os resulados de políicas de incenivo e alerações nas variáveis condicionanes, permiindo: análises prospecivas sobre o comporameno do comércio exerno, a definição de políicas comerciais e de programas de ajusameno do seor exerno. Adicionalmene, o conhecimeno das

3 elasicidades de ofera e demanda de exporação pode auxiliar os agenes ligados ao seor na omada de decisão sobre produção e comercialização. Desse modo, verifica-se que as curvas de ofera e demanda são insrumenos de grande imporância para análise de uma relação comercial. Dessa forma, a realização de um rabalho que mosre o comporameno das curvas de demanda e ofera do comércio de pescado enre Brasil e os Esados Unidos jusifica-se por permiir idenificar se há vanagens em invesir na expansão da relação comercial enre os paises, apoiando ou não um acordo comercial enre essas duas economias. O presene rabalho é dividido em cinco capíulos. O primeiro é a inrodução, onde é feia uma breve explicação da imporância das relações comerciais enre as nações e coném os objeivos do rabalho. A seguir, faz-se um panorama do comércio inernacional de pescado enre Brasil e os Esados Unidos, mosrando a imporância do Brasil no comércio mundial de pescados e analisando o seu poencial de crescimeno do da produção. Ese capíulo ainda raz os principais produos exporados pelo país, os Esados que se desacam na produção e a paricipação dos Esados Unidos no comércio desses produos. A meodologia enconra-se no capíulo rês dealhando os passos seguidos para a consecução dos objeivos. Também é feia uma explanação de elasicidades, correlação e axa de crescimeno. No quaro capíulo esão os resulados e as discussões do rabalho e no úlimo capíulo emos as conclusões. 2. PANORAMA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL DE PESCADO ENTRE BRASIL E OS ESTADOS UNIDOS Segundo o Naional Fisheries Insiue (NFI), os Esados Unidos são o maior consumidor mundial de pescados e fruos do mar, a frene da Indonésia, China, Japão e Rússia. De acordo com dados do COMTRADE, as imporações nore-americanas de pescados - peixes e crusáceos, moluscos e ouros inverebrados aquáicos iveram aumeno nos úlimos anos, passando de US$ 9,3 bilhões em 2004 para US$ 0,8 bilhões em O Brasil deém apenas,52% dese mercado, posicionando-se como o décimo segundo país que mais expora eses produos para os Esados Unidos. Segundo o MDIC (2007), enre 996 e 2006 o Brasil exporou para o mundo kg de pescado, correspondene a um valor moneário de US$ ,00 dólares. Os principais desinos das exporações de pescado foram: os Esados Unidos e a União Européia. Eses dois mercados foram responsáveis por mais de 85% do valor comercializado nesse período. De acordo com a SEAP (2007) na paua de exporação de pescado do Brasil desacam-se: os camarões, (44%); as lagosas (23%) e os peixes (2%). A região Nordese responde por 60% do valor oal das exporações de pescado do país, sendo a principal região de culivo de camarões e capura de lagosa. Em seguida, êm-se as regiões: Nore com cerca de 20% dese valor, com desaque para o esado do Pará; o Sudese com 0%; e, Sul, com 8% do valor oal. O Ceará e o Rio Grande do Nore foram responsáveis por 75% do volume das exporações de camarão ineiro em Os principais mercados compradores foram: Japão (US$ 0 milhões), França (US$ 4,5 milhões), Bélgica, Esados Unidos, Marinica

4 (US$ 2,0 milhões cada). A exporação brasileira de lagosa em se manido esável nos úlimos anos, enre duas e quaro mil oneladas, porém iveram aumeno em valor devido ao aumeno do preço médio do produo exporado pelo Brasil. A exporação de peixes é realizada, em sua maior pare, na forma congelada. Os desaques, em 2006, foram o pargo, a corvina, os auns e a ilápia (SEAP, 2007a). A ilápia é uma espécie com grande poencial de mercado. O Brasil produz aproximadamene 70 mil oneladas do peixe por ano, desaque para o Ceará com uma produção de mais de 8 mil oneladas por ano, e é o sexo colocado no ranking de exporadores de ilápia no mundo. A líder de mercado é a China, que deém cerca de 45% da ofera global. O aumeno populacional e o incenivo ao consumo de peixe fazem com que o mercado exerno seja de grandes proporções. O mercado inerno ainda é reduzido, mas há grande poencial para crescer e a desvalorização do dólar em conribuído para esse crescimeno (ESTADÃO, 2007). 3. METODOLOGIA 3.. Fone dos Dados Nesse rabalho foram uilizados dados secundários divulgados pelo Minisério do Desenvolvimeno, Indúsria e Comércio (MDIC) pelo sisema ALICEWEB (2007); Insiuo de Pesquisa Econômica e Aplicada Sisema IPEADATA (2007); e do Fundo Moneário Inernacional IMF (2007). As séries de dados uilizadas referem-se ao período de 996 a A definição e operacionalização das variáveis uilizadas no modelo são descrias como segue: a) Quanidades demandada e oferada de pescado: foram consideradas em valor (US$), e são de responsabilidade do Minisério de Desenvolvimeno, Indúsria e Comércio Exerior MDIC- que disponibiliza as informações para consula, aravés do banco de dados ALICEWEB. (código 03 da Nomenclaura Comum do Mercosul NCM). b) Preço do pescado: foi consruída a parir do valor exporado/demandado em US$ dividindo-o pelo peso em kg de pescado a cada período. c) Renda per capia do americano: foi obida juno ao Fundo Moneário Inernacional - IMF e fornecida em US$ consanes. d) Taxa de câmbio: obida do sisema IPEADATA. A axa adoada foi a comercial para compra: real (R$) / dólar americano (US$) fim período Modelo de Equações Simulâneas Um modelo é uma simplificação de uma realidade econômica apresenado sob a forma de equações (KLEIN, 978). Exisem modelos em que não se pode aribuir um

5 senido unidirecional de causa e efeio enre as variáveis, ou seja, exise uma relação simulânea, o que dificula a disinção enre variáveis dependene e explicaiva (GUJARATI, 2006). Modelos de ofera e de demanda são conhecidos como modelos de equações simulâneas devido à impossibilidade de considerarmos, isoladamene, a relação enre preço e quanidade para cada função. A esimação de ofera e demanda deve ser realizada de forma conjuna (MADDALA, 2003). De acordo com Maos (997), em equações simulâneas, o modelo é compleo quando o número de variáveis endógenas (Q x e P x ) é igual ao número de equações no modelo. Tradicionalmene, variáveis endógenas são as deerminadas pelo modelo econômico e as variáveis exógenas são deerminadas fora do modelo. As variáveis endógenas são ambém chamadas de conjunamene deerminadas e as variáveis exógenas ambém são conhecidas como predeerminadas (MADDALA, 2003). Segundo Gujarai (2006) as variáveis endógenas são consideradas esocásicas (surgem a parir de evenos aleaórios), enquano as variáveis predeerminadas são raadas como não-esocásicas. Para o auor, as variáveis predeerminadas dividem-se em: exógenas e endógenas defasadas. Em uma análise economérica baseada em modelos de equações simulâneas, deve-se considerar o problema de idenificação, o qual, segundo Maos (997), diz respeio ao fao de se ober esimaivas para os parâmeros das equações esruurais a parir dos parâmeros da equação reduzida. Para Maddala (2003) idenificação esá relacionada com a obenção consisene dos parâmeros. Segundo Klein (978) uma equação é idenificada se não for possível ober, por meio de combinações lineares de algumas ou de odas as equações do sisema, oura equação com as mesmas variáveis que a equação que esá sendo analisada. Desse modo, uma equação pode ser idenificada ou não-idenificada. A equação é não-idenificada se não for possível ober valores numéricos de seus parâmeros esruurais a parir dos coeficienes esimados da reduzida. Diz-se que esá exaamene idenificada se for possível ober valores numéricos únicos de seus parâmeros esruurais. Diz-se que é sobre idenificada se for possível ober mais de um valor numérico a parir de alguns dos parâmeros das equações esruurais (GUJARATI, 2006). As condições de ordem e de poso fornecem uma roina sisemáica para a deerminação da idenificação. A condição de ordem é necessária, mas não suficiene para a idenificação do modelo. De acordo com essa condição uma equação do modelo é idenificada quando o número oal de variáveis endógenas e predeerminadas excluídas de uma dada equação (mas incluídas nas ouras equações do sisema), for pelo menos igual ao número de variáveis endógenas do sisema menos um. Enão se em: (K +M) (k + m) ou M, ou ainda (K k) ou m. A equação é superidenificada Uma equação na forma reduzida expressa uma variável endógena apenas em ermos das variáveis predeerminadas e dos ermos de erros esocásicos (GUJARATI, 2006).

6 quando (K + M) (k + m) > M. Por ouro lado, se ivermos (K + M) (k + m) = M, a equação é idenificada e é subidenificada quando (K + M) (k + m) < M. Onde, K é o número oal de variáveis predeerminadas no modelo; M é número oal de variáveis endógenas no modelo; k é Número oal de variáveis predeerminadas em uma dada equação; e, m é o número oal de variáveis endógenas em uma dada equação. A condição necessária (condição de ordem) é complemenada pela condição suficiene ou condição de poso para idenificação, segundo a qual, considerando M o número de variáveis endógenas do modelo, [...] uma equação é idenificada se, e somene se, pelos menos um deerminane diferene de zero de ordem (M ) (M ) puder ser consruído a parir dos coeficienes das variáveis (ano endógenas quano predeerminadas) excluídas da equação em paua, mas incluídas nas ouras equações do modelo (GUJARATI, 2006, p. 602) Modelo Economérico A esimação das equações de ofera e demanda de exporação uilizada nesse esudo baseia-se na meodologia proposa por Goldsein e Khan (978), a qual em sido adoada em diversos esudos empíricos sobre comércio inernacional. De acordo com essa meodologia exise um equilíbrio enre quanidade oferada e demanda de exporação. Em geral, as análises empíricas consideram, como condicionanes da demanda de exporação, uma variável que reraa o nível de renda exerna (real) alocada ao consumo de bens comercializáveis exernamene e uma variável que represena os preços relaivos dos produos exporados e dos produos subsiuos no mercado inernacional (ambos expressos em moeda esrangeira). Conudo, a definição das variáveis efeivamene uilizadas nas invesigações varia de acordo com o país ou o período analisado e com a disponibilidade de dados. A renda pode ser represenada pelos níveis de renda agregada ou de imporações de um subgrupo relevane de países ou do mundo como um odo. Alguns rabalhos uilizam os índices relaivos aos principais parceiros comerciais do país sob análise, ponderados pela paricipação de cada um na paua de exporação desse país. A escolha dos preços dos bens subsiuos no mercado inernacional ambém pode recair sobre índices de preços mundiais ou sobre preços relevanes para os parceiros comerciais em geral, preços de imporação ou de algum índice represenaivo dos produos comercializáveis inernacionalmene. Nesse esudo a equação de demanda por pescado brasileiro pelos consumidores dos Esados Unidos é especificada como: log X α o + α log P + α 2 log Y + α u () d = 3 + d Onde: X = valor da quanidade demandada de pescado do Brasil pelos Esados Unidos, em US$, no -ésimo período; P = preço médio dos produos demandados, em

7 US$ FOB/kg, no -ésimo período; Y = renda per capia do americano, em US$, no - ésimo período; e, = componene de endência. De acordo com a equação () a demanda americana por pescado brasileiro depende, basicamene, dos seus preços e da renda moneária dos consumidores, podendo apresenar uma endência ao longo do empo. Espera-se que α seja negaivo, pois de acordo com a lei da demanda, quando o preço de um produo aumena, ceeris paribus, a quanidade demandada do mesmo diminui endo em visa que o preço mais elevado esimula os consumidores economizarem seu uso (FERGUSSON, 999). Por ouro lado, α 2 pode apresenar sinal posiivo ou negaivo. Em geral, o aumeno da renda faz aumenar a quanidade demanda dos bens. Esse fao permie-nos disinguir enre bens normais e bens inferiores. Bem normal é aquele que, quando aumena a renda, aumena a quanidade demandada. Bem inferior é aquele que em a quanidade demandada diminuída com o aumeno da renda (TROSTER, 2002). O componene de endência indica a provável evolução da demanda com o empo. Se α 3 for posiivo, indica que ocorreu um aumeno na quanidade demandada ao longo do período; por ouro lado, um α 3 negaivo indica uma queda na quanidade demandada ao longo do período. Do ouro lado da eoria do consumidor, exise a lei da ofera que corresponde ao quano o produor esá disposo a vender seu produo durane cero período de empo, a qual posula que, quano mais alo for o preço, mais produores enderão a produzir e vender (GARÓFALO, 995). Além do preço do produo, a função de ofera de exporação pode incluir uma diversidade de variáveis explicaivas, em razão da muliplicidade dos faores que podem afear a capacidade dos produores de deerminado país em produzir e exporar seus produos. Nesse esudo, a ofera de exporações é expressa em função do preço de exporação, da axa de câmbio no período e da endência no empo, sendo expressa por: log X β o + β log P + β 2 log TC + β w (2) s = 3 + s Onde: X = valor em US$ da quanidade oferada de pescado do Brasil para os Esados Unidos no -ésimo período; e, TC = axa de câmbio a cada período, em R$/US$. Desse modo, a equação (2) incorpora a premissa de que, se o preço das exporações aumena, a produção desinada à exporação orna-se mais lucraiva e, por conseguine, os exporadores aumenarão a ofera. Adicionalmene, considera-se que, ceeris paribus, deve haver uma relação posiiva enre a axa de câmbio e a quanidade oferada para exporações. A axa de câmbio pode ser definida como o valor de uma moeda em ermos de oura por exemplo, o valor de reais necessários para comprar um dólar. Também se define axa de câmbio como o numero de unidades de moeda esrangeira para comprar uma unidade da moeda local.

8 A valorização ou desvalorização do real afea diversos seores da economia: imporação e exporação; invesimeno; urismo e consumidores. Em resumo podemos er para os exporadores brasileiros as seguines siuações: para o real valorizado os exporadores enconram mais dificuldades para concorrer no mercado exerno com os bens esrangeiros mais baraos. Para o real desvalorizado, os exporadores enconram facilidade para vender seus bens nos mercados esrangeiros e as empresas brasileiras ornam-se mais compeiivas (CARBAUGH, 2004). Dessa forma, espera-se que o coeficiene β seja posiivo e β 2 seja maior que a unidade. No caso de β 3 podemos ê-lo posiivo se há um aumeno da ofera no período ou negaivo se ocorre diminuição da ofera ao longo do período. A idenificação das equações do modelo foi feia com a aplicação das condições de ordem e de poso. Para as equações de demanda e ofera o deerminane das marizes geradas foi [] o que saisfaz a condição de poso para a idenificação. Assim, verificase que ambas as equações esão exaamene idenificadas e, porano, será aplicado o méodo dos mínimos quadrados indireos. d s A parir do equilíbrio de mercado X = X = X, obido igualando-se as equações e 2, esima-se as equações reduzidas para variável endógena preço, dada por: logp = 3 + π 0 + π logtc + π 2 logy + π z (3) Onde: β0 α0 β2 π 0 = ; π = ; π 2 α β α β α α β 2 = ; π β α = e α β w u z = α β Subsiuindo log P da equação (3) em (2), emos: log X π 4 + π 5 log TC + π 6 log Y + π q (4) s = 7 + Onde: β0α βα 0 β2α π 4 = ; π 5 = ; π 6 α β α β β α α β 2 = ; π 7 β α β α α β 3 3 = e αw βu q = α β Observa-se que o modelo de demanda e ofera nesse esudo apresena oio coeficienes esruurais α 0, α, α 2, α 3, β 0, β, β 2 e β 3 e há oio coeficienes na forma reduzida π 0, π, π 2, π 3, π 4, π 5, π 6 e π 7 para esimá-los. Porano, os parâmeros de ambas as equações podem ser idenificados e o modelo como um odo pode ser idenificado. A parir dos coeficienes reduzidos (π s) foram obidas oio equações conendo os coeficienes das equações esruurais (α s e β s) Esudo das Elasicidades

9 A eoria da elasicidade é uma imporane ferramena econômica empregada ano na eoria de mercado. Define-se elasicidade como uma medida da proporcionalidade enre variações na quanidade e variações de ouro faor qualquer, udo o mais permanecendo consane, ou seja, ceeris paribus (CUNHA, 2004). De acordo com Passos (2003) e Mankiw (2005), o conceio de elasicidade nos remee a relação enre variáveis iner-relacionadas de maneira funcional, medindo a reação dos demandanes e oferanes às mudanças do mercado. De modo geral, a elasicidade pode ser deerminada por: ε = ( q / q) /( fv / fv) (5) fv Onde ε fv é o coeficiene de elasicidade da quanidade (q) em relação ao faor variável (fv). De acordo com esse conceio foram analisadas, paricularmene, nesse esudo a elasicidade-preço da demanda, a elasicidade-preço da ofera e a elasicidade-renda, para que se possam idenificar os possíveis efeios de uma aleração dos preços e do poder aquisiivo do principal mercado consumidor sobre o seor pesqueiro do Brasil. A elasicidade-preço da demanda fundamena-se na lei da demanda, a qual esabelece que quando o preço de um bem diminui, a quanidade demandada do mesmo aumena. O valor do coeficiene de elasicidade preço da demanda é calculado, em ermos discreos, como: Onde D p ε ( dq / dp) /( p / q) (6) D p = ε é o coeficiene de elasicidade-preço da demanda; ( dq / dp ) é a variação infiniesimal da quanidade demandada em relação ao preço; p e q correspondem a um dado nível de preço e quanidade, respecivamene. Dada a relação negaiva enre a quanidade demandada de um bem e o seu próprio preço, a variação percenual da quanidade sempre erá sinal oposo ao da variação percenual do preço. Dessa forma a elasicidade preço da demanda sempre será negaiva, de modo que, sua análise é feia em ermos de valor absoluo. O coeficiene de elasicidade-preço da demanda pode variar, em ermos absoluos, de zero ao infinio. Quano maior o seu valor, maior sensibilidade da quanidade em relação ao preço (MANKIW, 2005). Desse modo, a demanda de um bem pode ser classificada, de modo geral, como elásica ou inelásica. E de modo paricular, a demanda de um bem pode apresenar elasicidade uniária, ser perfeiamene elásica, ou ainda, perfeiamene inelásica. A demanda de um bem é dia elásica quando a sua quanidade apresena variação percenual mais que proporcional às mudanças percenuais no preço; é inelásica quando apresena variação percenual na quanidade menos que proporcional às mudanças percenuais no preço; em elasicidade uniária quando as variações percenuais nos preços e nas quanidades ocorrem na mesma proporção; é dia perfeiamene elásica quando a quanidade demandada varia mesmo que as variações

10 nos preços sejam aproximadamene zero; e, a demanda é dia perfeiamene inelásica quando as variações na quanidade demandada são praicamene nulas, independene da variação percenual dos preços. Desse modo, podemos classificar a demanda dos bens em função do valor absoluo da elasicidade preço como: (i) Demanda elásica, quandoε > ; (ii) Demanda inelásica, quando ε < ; (iii) Demanda de elasicidade uniária, quando ε = ; (iv) Demanda perfeiamene elásica, quando ε ; (v) Demanda perfeiamene inelásica, quando ε = 0. O esudo da elasicidade-renda da demanda conrapõe-se ao argumeno de que, um aumeno na renda do consumidor aumena a quanidade demandada dos bens. Esse argumeno represena, no enano, um caso geral. Pois, há produos para os quais a demanda se reduz à medida que aumena o poder aquisiivo do consumidor. A elasicidade-renda da demanda, por definição, mede o grau de sensibilidade da quanidade demandada de um bem às variações percenuais na renda do consumidor, em um deerminado empo, com os demais deerminanes consanes (CUNHA, 2004). Em forma de equação eremos: ε ( dq / dr) /( R / q) (7) D R = Onde ( dq / dr ) é a variação infiniesimal da quanidade demandada em relação à renda do consumidor e R corresponde a um dado nível de renda. De acordo com o valor de ε os bens podem ser classificados como normais ou inferiores. Quando D ε R D R >0 um aumeno da renda provocará um aumeno na quanidade D demandada do bem, caracerizando-o como bem normal. Caso conrário, ou seja, ε R <0, uma elevação no poder aquisiivo do indivíduo ou da sociedade provocará reduções na demanda do bem em quesão, o qual é denominado bem inferior ou de segunda caegoria (MANKIW, 2005). Uma classificação mais dealhada dos bens considerados normais é: se ε, o bem é considerado normais de luxo e quando 0 < ε < emos bens normais de primeira necessidade. Assim como a elasicidade-preço da demanda fundamena-se na lei da demanda, a elasicidade-preço da ofera apóia-se na Lei da Ofera, a qual esabelece que os produores esejam disposos a oferecer mais de um deerminado produo à medida que o seu preço aumena. De modo complemenar à Lei da Ofera, a elasicidade preço da ofera procura quanificar a variação percenual na quanidade oferada em resposa às variações percenuais no preço do produo. Podendo ser calculada por: Onde S p ε ( dq / dp) /( p / q) (8) S p = ε é o coeficiene de elasicidade-preço da ofera; ( dq / dp ) é a variação infiniesimal da quanidade oferada em relação ao preço; p e q correspondem a um dado nível de preço e quanidade, respecivamene.

11 Dada a relação posiiva enre a quanidade oferada de um bem e o seu próprio preço, o coeficiene de elasicidade-preço da ofera sempre apresenará sinal posiivo. Porém, assim como para a demanda, a ofera de um bem pode ser elásica, inelásica, elasicidade uniária, perfeiamene elásica e perfeiamene inelásica. A ofera de um bem é dia elásica quando a variação percenual na quanidade oferada é mais que proporcional à variação, em ermos percenuais, no preço; e, é classificada como inelásica quando as variações na quanidade são percenualmene menores. A inerpreação dos coeficienes de elasicidade-preço da ofera é análoga a dos coeficienes de elasicidade-preço da demanda descria aneriormene. Desse modo, o coeficiene de elasicidade-preço da ofera pode ser classificado como: (i) Ofera de elasicidade uniária, quando ε = ; (ii) Ofera elásica, quandoε > ; (iii) Ofera inelásica, quando ε < ; (iv) Ofera perfeiamene elásica, quando ε ; (v) Ofera perfeiamene inelásica, quando ε = Análise de Correlação Para analisar a força e a direção do relacionameno linear enre as variáveis uilizadas nesse esudo uilizou-se o coeficiene de correlação, o qual pode ser esimado para uma população e para uma amosra, respecivamene, pelas equações (9) e (0): σ xy r xy = (9) σ. σ r xy x x y y S xy = (0) S. S Onde: r xy é o coeficiene de correlação das variáveis X e Y; σ xy e S xy represenam a covariância das variáveis X e Y em ermos populacionais e amosrais respecivamene; σ e σ ou S e S represenam o desvio padrão populacional e x y x y amosral de X e Y respecivamene. O resulado dessas medidas numéricas apresena valores enre - e +. Se r xy = 0, não há associação enre as variáveis. Quando r xy > 0, há uma correlação posiiva, nesse caso, à medida que x cresce y ambém varia no mesmo senido. Por ouro lado, a correlação negaiva, r xy < 0, indica que, em média, se x cresce, y decresce. Quano maior o valor de r xy (posiivo ou negaivo), mais fore será essa associação. A TABELA fornece um modelo de como classificar os valores assumidos pelo coeficiene de correlação. TABELA Inerpreação dos valores do coeficiene de correlação. Valor de r (+ ou -) Inerpreação 0,00 a 0,9 correlação muio fraca 0,20 a 0,39 correlação fraca 0,40 a 0,69 correlação moderada 0,70 a 0,89 correlação fore

12 0,90 a,00 correlação muio fore Fone: Elaborada de acordo com os criérios de Levin, 987. No enano, de acordo com Lapponi (2005), um alo valor do coeficiene de correlação não garane a exisência de relação causa-efeio enre as variáveis, pois ouras variáveis não consideradas na análise podem provocar essa causalidade. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Nessa seção serão apresenados os resulados das esimações das equações de ofera e demanda de pescado, obidos pelo méodo dos mínimos quadrados indireos. Inicialmene, apresena-se a análise de correlação enre as variáveis do modelo. A seguir, são analisados, esaisicamene, os coeficienes das variáveis nas equações reduzidas, por fim são esabelecidas as equações esruurais e feios os esudos das elasicidades. Para um melhor enendimeno dos resulados obidos, fez-se uso de recursos gráficos e de axas de crescimeno. 5. Análise de Correlação O cálculo dos coeficienes de correlação enre as variáveis do modelo, exceo a endência, foi realizado aravés da função correlação na planilha elerônica Excel. Os valores obidos enconram-se na TABELA 2. TABELA 2 - Coeficienes de correlação enre as variáveis do modelo. Quanidade Preço Renda Taxa de Câmbio Quanidade Preço -0,5973 Renda 0,7555-0,23733 Taxa de Câmbio 0, , , Fone: Esimaiva do auor. Com base nos dados da TABELA 2 e nas informações conidas na TABELA, pode-se analisar a correlação enre as variáveis incluídas nas equações esruurais de demanda e de ofera. Para a equação de demanda deve-se considerar a relação enre a quanidade demandada do pescado brasileiro pelo consumidor nore-americano e as seguines variáveis: preço médio do pescado e renda per capia dos Esados Unidos. Por ouro lado, para a equação de ofera as relações relevanes são enre a quanidade, o preço e a axa de câmbio. Inicialmene, verifica-se que exise uma moderada correlação negaiva enre o preço e a quanidade comercializada de pescado (-59,73%), indicando que um aumeno de preço esá associado a uma redução da quanidade comercializada enre os dois países. Enre a renda e a quanidade comercializada há uma fore correlação posiiva

13 (75,55%) indicando que aumenos na renda esão direamene associados a aumenos na quanidade comercializada. O coeficiene enre a axa de câmbio e a quanidade comercializada mosra correlação posiiva muio fore (96,05%), ou seja, uma valorização da moeda americana em relação ao Real inceniva o comércio de pescado. Enre a variável renda e a variável preço exise uma fraca correlação negaiva (-23,73%), sugerindo que aumenos no preço provocam um reduzido efeio-renda, o qual, indireamene, reduz a demanda de pescado brasileiro, fao que pode ser explicado pela subsiuição das exporações desse produo por ouras fones de abasecimeno. A axa de câmbio e o preço apresenaram moderada correlação negaiva (- 68,7%), indicando que uma valorização da moeda americana em efeios desfavoráveis sobre o preço do pescado brasileiro. Por fim, exise uma fore correlação posiiva enre a renda e a axa de câmbio (80,30%), indicando que o poder de compra dos residenes nore-americanos aumena com a desvalorização do real em relação ao dólar, esimulando o comércio de pescado enre os dois países. De forma sucina, com base nos valores apresenados aneriormene, verifica-se que exise correlação de moderada a muio fore enre as variáveis uilizadas para explicar a demanda e a ofera de pescado enre o Brasil e os Esados Unidos. Porém, como mencionado aneriormene, o coeficiene de correlação apenas analisa a força e a direção do relacionameno linear enre as variáveis, no enano não se pode afirmar que exisa causalidade enre as variáveis, para iso faz-se necessário a esimação das equações uilizando o méodo economérico aneriormene descrio Análise das equações reduzidas Nas TABELAS 3 e 4 emos na primeira coluna os nomes das variáveis explicaivas do modelo, a segunda coluna apresena o valor do coeficiene para cada variável. A erceira coluna apresena a esimaiva do desvio padrão do coeficiene e a quara coluna mosra o valor calculado da esaísica. A quina coluna nos dá a probabilidade exaa de comeermos um erro do Tipo * (rejeiar uma hipóese quando esa deveria ser aceia). O valor da esaísica pode ser obido pela razão do coeficiene (coluna 2) pelo desvio padrão (coluna 3) (SOARES e al, 2003). Para as variáveis cujos valores da quina coluna são menores do que os esabelecidos para o nível de significância, geralmene de, 5 ou 0%, dizemos que os valores enconrados para os seus coeficienes são esaisicamene significaivos. Denomina-se nível de significância do ese a máxima probabilidade do risco que nos dispomos a correr para resular em um erro do Tipo (SPIEGEL, 993). O coeficiene de deerminação R 2 é usado para análise do ajusameno do modelo. Por definição, R 2 mede a proporção da variação da variável dependene explicada pelo modelo de regressão (pelas variáveis exógenas). O valor de R 2 siua-se enre 0 e. Quando R 2 é igual a zero, não há qualquer relação enre regressando e regressor; se R 2 é igual a exise um ajusameno perfeio. Ao propor um modelo espera-se que R 2 seja próximo ou igual a. O valor de R 2 (0,93) na Tabela 3 indica que 93,00% das alerações na quanidade comercializada de pescado são explicadas pelas mudanças das variáveis explicaivas: a

14 axa de câmbio, a renda e a endência. Na Tabela 4 emos um R 2 de (0,886), indicando que 88,6% das alerações no preço são explicadas pelas mudanças das variáveis explicaivas. TABELA 3 Esimação da equação reduzida para a variável quanidade. Variáveis Coeficiene Desvio Padrão Esaísica Probabilidade Consane 49, ,28097, ,2226 Taxa de Câmbio, , , ,00 (TC) Renda (Y) -3,0322 3, , ,480 Tendência () 0, , , ,4394 R 2 0,92996 Esaísica-F 30,9843 Prob (Esaís-F) 0, Fone: esimaiva do auor * Variável Dependene: Quanidade (X); Méodo: Mínimos Quadrados; Amosra: ; Observações incluídas:. TABELA 4 Esimação da equação reduzida para a variável preço. Variáveis Coeficiene Desvio Padrão Esaísica Probabilidade Consane 28, ,27080, ,2096 Tx de Câmbio (TC) -0, ,0328-7,8429 0,0002 Renda (Y) -2,5472, , ,2405 Tendência () 0,4553 0, , ,0234 R 2 0, Esaísica-F 8,509 Prob (Esaís-F) 0,0009 Fone: esimaiva do auor * Variável Dependene: Preço (P); Méodo: Mínimos Quadrados; Amosra: ; Observações incluídas:. O ese-f usado para análise de variâncias é ambém denominado ese de significância global da regressão. Sua hipóese nula aribui o valor zero para odos os coeficienes da equação analisada e na hipóese alernaiva exise pelo menos um diferene de zero. Se o valor da esaísica-f nas TABELAS 3 e 4 superar o valor de F críico abelado para um dado nível de significância, rejeia-se Ho e a equação é considerada globalmene significaiva. Também podemos rejeiar Ho caso o valor da probabilidade da esaísica-f seja suficienemene baixo. Pode-se enender por valor suficienemene baixo quando o valor for menor que o nível de significância sugerido a priori. A rejeição de Ho é necessária para se alcançar os objeivos do rabalho. Na Tabela 3, a esaísica-f revela que a equação reduzida para a quanidade é globalmene significaiva, pois seu valor (30,98) supera o F críico (4,53) abelado para 4 graus de liberdade no numerador, 6 graus de liberdade no denominador e nível de

15 significância de 5%. A equação reduzida para o preço ambém se mosra globalmene significaiva porque sua esaísica-f de (8,5) superou o F críico (4,53) abelado para 4 graus de liberdade no numerador, 6 graus de liberdade no denominador e nível de significância de 5%, como é viso na Tabela 4. Para um nível de significância de 5%, as variáveis que foram significaivas na equação reduzida para o preço foram: axa de câmbio e endência. E na equação reduzida para a quanidade, a variável axa de câmbio foi significaiva Análise das equações esruurais e das elasicidades Os coeficienes das equações esruurais foram obidos a parir dos coeficienes das equações reduzidas. Dessa forma, as equações esruurais omaram a seguine configuração: d log X = 88,46,38log P 6,57logY + 0, 22 u () + s log X = 5,34 +,23log P + 2,05logTC 0, 08 w (2) + Analisando o sinal do coeficiene de cada variável da equação () observa-se que o coeficiene do preço é negaivo indicando que quano maior (menor) o preço menor (maior) a quanidade demandada, esando, porano, de acordo com a eoria econômica (lei da demanda). Em ermos de elasicidade, em-se que um aumeno de % no preço do pescado ocasiona um decréscimo de,38% na quanidade demandada, sendo o bem considerado de demanda elásica. O GRÁFICO mosra que no período de 996 a 2003 o preço apresena endência de decréscimo enquano a quanidade demandada de pescado analisando como sendo o peso em kg - possui endência de crescimeno. No período enre 2003 e 2006 o comporameno dessas variáveis invere-se, porém permanece de acordo com a lei da demanda. As axas de crescimeno para essas variáveis só não apresenaram sinais conrários no período de 996/997 e 999/2000. Iso comprova a relação inversa apresenada no gráfico, pois sinais negaivos de axa de crescimeno revelam decréscimos de um ano para o ouro e sinais posiivos acréscimos (TABELA 5).

16 preço(us$/kg) peso (0^6 kg) ano preço (US$/kg) peso (0^6 kg) GRÁFICO Relação enre preço e quanidade de pescado exporado do Brasil para os Esados Unidos no período de 996 a Fone: Elaborado pelo auor com base nos dados do MDIC/ALICEWEB. O coeficiene da variável renda é negaivo o que nos indica que se raa de um bem inferior, ou seja, quano maior a renda do consumidor menor a quanidade que ele esá disposo a adquirir do produo. Em ermos de elasicidade um aumeno de % na renda do americano, poderá ocasionar um decréscimo de 6,57% na demanda. No enano, o GRÁFICO 2 mosra que enre 2003 e 2004 os valores da axa de crescimeno para a quanidade assumem sinais negaivos, o que não ocorre para a variável renda. O coeficiene da variável de endência é posiivo indicando que o valor das exporações aumenou ao longo do empo. No enano a parir de 2003 a quanidade exporada diminuiu (GRÁFICO 3). TABELA 5 Taxas ariméicas de crescimeno em percenagem. Variável Período Taxa de Valor Preço câmbio Renda Peso 996/997 8,66 7,62 7,23 3,26 0,96 997/998-8,5-22,22 7,73 2,97 8,08 998/999 3,00-2,90 59,05 3,26 67,74 999/ ,2 7,64-0,90 2,5 38, /200 6,5-7,76 28,27-0,32 25,92 200/ ,88 -,73 27,42 0,55 47,3 2002/2003 5,79-2,8 2,06,50 8,4 2003/2004-5,08 22,7-4,67 2,92-30, / ,94 2,7-7,30 2,22-29, /2006-4,23 23,4-0,4 2,32-22,23 Fone: elaborado pelo auor.

17 40 40 peso(0^6kg) renda(0^3us$) ano peso (0^6 kg) renda (0^3 US$) GRÁFICO 2 Relação enre renda per capia do americano e quanidade de pescado exporado do Brasil para os Esados Unidos no período de 996 a Fone: Elaborado pelo auor com base nos dados do MDIC/ALICEWEB. valor (0^6 US$) ano GRÁFICO 3 Evolução do valor exporado de pescado do Brasil para os Esados Unidos no período de 996 a Fone: Elaborado pelo auor com base nos dados do MDIC/ALICEWEB. Na equação de ofera o sinal do coeficiene associado ao preço do produo é posiivo, esando de acordo com a eoria econômica Lei da Ofera - que diz que quando o preço de um produo aumena, o produor esará disposo a aumenar a ofera do mesmo. Uma análise quaniaiva, fazendo o uso da elasicidade, mosra que o aumeno de % no preço pode ocasionar um acréscimo de,23% na ofera. Para a axa de câmbio (R$/US$), o coeficiene maior que a unidade relaa uma siuação de desvalorização da moeda nacional frene ao dólar. Essa siuação favorece ao exporador, pois ese enconra facilidade para comercializar nos mercados esrangeiros. Uma maior desvalorização da moeda nacional fará o produor disponibilizar mais produo no mercado. O GRÁFICO 4 mosra a evolução da a axa de câmbio e da quanidade de pescado comercializado. Em ermos quaniaivos, o aumeno de % na axa de câmbio poderá resular no incremeno de 2,05% na quanidade oferada. Analisando as axas de crescimeno para essas variáveis obemos um comporameno, com relação aos sinais, basane similar o que esá de acordo com o grau de correlação enre elas viso no início dese capíulo.

18 x de câmbio (R$/US$) 3,5 3 2,5 2,5 0, peso (0^6 kg) ano axa de câmbio peso GRÁFICO 4 Relação enre axa de câmbio e quanidade de pescado oferada do Brasil para os Esados Unidos no período de 996 a Fone: Elaborado pelo auor com base nos dados do MDIC/ALICEWEB. 6. CONCLUSÃO Os resulados mosrados nesse rabalho auxiliam na compreensão da evolução do comércio de pescado enre Brasil e os Esados Unidos, pois as equações de ofera e demanda esimadas podem ser usadas para projear o comércio de pescado sob deerminados valores das variáveis exógenas. Observando os objeivos proposos para esse rabalho e os resulados descrios no capíulo anerior, podemos concluir que as variáveis: preço, quanidade, renda, axa de câmbio e endência são imporanes para a avaliação do comércio de pescado enre Brasil e Esados Unidos, uma vez que as mudanças nessas variáveis explicam grande pare das alerações na demanda e ofera de pescado. A análise da sensibilidade do mercado brasileiro e nore-americano às variações nos preços do produo e na renda dos imporadores mosrou que a demanda e a ofera de pescado são elásicas, de modo que um aumeno no preço do produo provoca variações mais que proporcionais na quanidade comercializada. Em relação à renda, verifica-se que no mercado nore-americano o pescado brasileiro é considerado um bem inferior. As exporações de pescado do Brasil para os Esados Unidos aumenaram aé 2003, a parir desse ano o valor comercializado em diminuído, acompanhando a redução na axa de câmbio, a qual em sido desfavorável aos exporadores, os quais êm enconrado dificuldades para comercializar nos mercados esrangeiros devido à redução da compeiividade dos seus preços no mercado nore-americano. Uma maior desvalorização da moeda nacional poderá incenivar esses produores a disponibilizar mais produo no mercado inernacional. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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