1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA
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- Vítor Fartaria
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1 1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1.1. Disribuição, Lucro e Renda Kalecki, TDE, cap. A eoria dos lucros em um modelo simplificado Poupança e invesimeno O efeio do saldo da balança comercial e do défici orçamenário cap. 4 Os lucros e o invesimeno denro de suposições simplificadoras Possas (1999), Demanda Efeiva, Invesimeno e Dinâmica (seção ) 11/04/16 1 Produo Nacional Bruo em uma economia fechada e sem governo Temos assim o seguine balanço do produo nacional bruo, no qual fazemos a disinção enre o consumo dos capialisas e o consumo dos rabalhadores: Lucros bruos Salários e Ordenados Produo Nacional Bruo (Kalecki, M. (1977[1954]), p.65) Invesimeno bruo Consumo dos Capialisas Consumo dos Trabalhadores Produo Nacional Bruo 11/04/16 Produo Nacional Bruo em uma economia fechada e sem governo Y = Cw + Ck + I = W + P Sendo: W = salários + ordenados P = lucro não disribuído, dividendos, depreciação, aluguéis, juros A eoria dos lucros em um modelo simplificado Podemos considerar em primeiro lugar os deerminanes dos lucros em um modelo fechado, no qual ano os gasos do seor público como a ribuação sejam desprezíveis. O produo nacional bruo, porano, será igual à soma do invesimeno bruo (em capial fixo e esoques) e o consumo. O valor do produo nacional bruo será dividido enre rabalhadores e capialisas e nada, praicamene, será pago como imposos. A renda dos rabalhadores consise em salários e em ordenados. A renda dos capialisas (ou lucros bruos) engloba a depreciação e lucros não disribuídos, dividendos e saques não operacionais, aluguéis e juros. (Kalecki, M. (1977[1954]), p.65) 11/04/16 Princípio da Demanda Efeiva Lucros deerminados pelo invesimeno e pelo consumo dos capialisas Supondo Cw = W Enão P = I + Ck onde P = I + Ck Dada disribuição de renda: Se supusermos ainda que os rabalhadores não fazem poupança, o consumo dos rabalhadores será enão igual à sua renda. Daí se conclui direamene enãoque Lucros bruos = Invesimeno bruo + consumo dos capialisas O que significa essa equação? Quer dizer que os lucros em um dado período deerminam o consumo e o invesimeno dos capialisas? Ou o conrário? A resposa depende de qual dos iens esiver direamene sujeio às decisões dos capialisas. Ora, é claro que os capialisas podem decidir consumire invesir mais num dado período que no procedene, mas não podem decidir ganhar mais. Porano, são suas decisões quano a invesimeno e consumo que deerminam os lucros e não vice-versa. (Kalecki, M. (1977[1954]), p.65-6) 11/04/16 4
2 Princípio da Demanda Efeiva Os lucros influenciam, mas não deerminam, os gasos dos capialisas, enquano eses deerminam os lucros. Apesar de os lucros do período anerior serem um dos deerminanes imporanes do consumo e do invesimeno dos capialisas, os capialisas em geral não decidem consumir e invesir num dado período precisamene o que ganharam no anerior. Isso explica por que os lucros não permanecem esacionários, mas fluuam com o empo. (Kalecki, M. (1977[1954]), p.66) 11/04/16 5 Seria úil, para a compreensão dos problemas colocados, apresenar as coisas de um ângulo um pouco diferene. Imaginemos que, seguindo os esquemas de reprodução marxisas, subdividimos oda a economia em rês deparamenos: o Deparameno I, que produz bens de capial; o Deparameno II, que produz bens de consumo para os capialisas; e o Deparameno III, que produz bens de consumo para os rabalhadores. Os capialisas do Deparameno III, depois de erem vendido aos rabalhadores a quania de bens de consumo correspondene a seus salários, ainda erão um excedene de bens de consumo equivalene a seus lucros. Esses bens serão vendidos aos rabalhadores do Deparameno I e do Deparameno II, e, como os rabalhadores não poupam, isso absorverá oda a sua renda. Assim, o oal dos lucros será igual à soma dos lucros do Deparameno I, mais os lucros do Deparameno II e os salários desses dois Deparamenos: ou enão, o oal dos lucros será igual ao valor da produção desses dois Deparamenos em ouras palavras, ao valor da produção de bens de capial e de consumo para os capialisas. (Kalecki, M. (1977[1954]), p.66-7) 11/04/16 7 Dados os gasos dos capialisas, a disribuição de renda e supondo que os rabalhadores não poupam, é possível deerminar o produo agregado e sua composição emermos de demanda e renda. DI I = P1 + W1 Dado: I, Ck, Cw=W e W/Y = w = w1 = w = w DII Ck = P + W Tem-se: I = P1 + W1 = (1-w).I + w.i DIII Cw = P + W Ck = P + W = (1-w).Ck + w.ck Cw = W = W1 + W + W = P + W Toal Y P W Lucro: P? = P1 + P + P? P = W1 + W P = P1 + W1 + P + W P = I + Ck Salário: Cw? = W? = W1 + W + W? E Como: Y = P + W = (1-w).Y + w.y Cw = P + W = (1-w).Cw + w.cw Enão: Cw = W = P.w/(1-w) W = P.w/(1-w) Logo: Y = P + W = I + Ck + Cw 11/04/16 6 Exemplo 1 DI I = 10 = P1 = 5 + W1 = 5 DII Ck = 40 = P = 0 + W = 0 DIII Cw = 50 P = W = 5 Toal Y = 100 P = 50 + W = 50 Dado: I=10, Ck=40 e W/Y = w = w1 = w = w=0,5 Tem-se: I = P1 + W1 = = 10 e Ck = P + W = = 40 Cw = W1 + W + W = P + W = W = P + W Enão: P = W1 + W = = 5 P = P1 + P + P = = 50 P = P1 + W1 + P + W = = = 50 P = I + Ck = = 50 E: Cw = W = P.w/(1-w) = 50, sendo W = P.w/(1-w) = 5 Logo: = = = /04/16 8
3 Exemplo DI I = 10 = P1 = 5 + W1 = 5 DII Ck = 90 = P = 45 + W = 45 DIII Cw = 100 P = W = 50 Toal Y = 00 P = W = 100 Dado: I=10, Ck=90 e W/Y = w = w1 = w = w=0,5 Tem-se: I = P1 + W1 = = 10 e Ck = P + W = = 90 Cw = W1 + W + W = P + W = W = P + W Enão: P = W1 + W = = 50 P = P1 + P + P = = 100 P = P1 + W1 + P + W = = = 100 P = I + Ck = = 100 E: Cw = W = P.w/(1-w) = 100, sendo W = P.w/(1-w) = 50 Logo: = = = 00 11/04/16 9 PDE: os gasos deerminam a renda São os gasos dos capialisas, dada a disribuição de renda, supondo que os rabalhadores não poupam, que deerminam os lucros e salários e, logo, o nível de produção, emprego e renda da economia. I Ck P Faores de disribuição W = Cw O quefoi dio acima esclarece o papel dos faoresde disribuição, iso é, os faores que deerminam a disribuição da renda (como o grau de monopólio) na eoria dos lucros. Dado que os lucros são deerminados pelo consumo e invesimeno dos capialisas, é a renda dos rabalhadores (igual aqui ao consumo dos rabalhadores) que é deerminada pelos faores de disribuição. Dessa forma, o consumo e o invesimeno dos capialisas, em conjuno com os faores de disribuição, deerminam o consumo dos rabalhadores e, consequenemene, a produção e o emprego em escala nacional. (Kalecki, M. (1977[1954]), p.67) 11/04/16 11 São os gasos dos capialisas, dada a disribuição de renda, supondo que os rabalhadores não poupam, que deerminam os lucros e salários e, logo, o nível de produção, emprego e renda da economia. A produção do Deparameno I e do Deparameno II ambém irá deerminar a produção do Deparameno III, se a disribuição enre lucros e salários em odos os Deparamenos for fixa. A produção do Deparameno III se deslocará para cima aé o pono em que os lucros auferidos a parir dessa produção forem iguais aos salários dos Deparamenos I e II. Em ouras palavras, o emprego e a produção do Deparameno III se deslocarão para cima aé o pono onde o excedene dessa produção sobre o que os rabalhadores desse Deparameno compram com seus salários for igual aos salários dos Deparamenos I e II. (Kalecki, M. (1977[1954]), p.67) 11/04/16 10 Lucro: P = I + Ck Consumo do capialisa: C = qp λ, onde λ reflee a defasagem na reação dos capialisas às variações no lucro; 0 < q < 1 indica a propensão marginal a consumir dos capialisas; e A é consane relaiva ao consumo auônomo, sujeia a modificações no LP. Os lucros e o invesimeno denro de suposições simplificadoras Podemos fazer a seguine suposição, que é plausível enquano primeira aproximação, sobre o consumo real dos capialisas em um ano dado, C : de que ele consise em uma pare A e uma pare proporcional a P λ, o lucro real depois da dedução dos imposos de algum empo arás, iso é: C = qp λ (5) onde λ: indica a demora da reação do consumo dos capialisas à mudança de sua renda correne, q é posiivo e <1 porque os capialisas endem a consumir apenas uma pare do incremeno da renda. De fao, esa pare ende a ser basane pequena, de forma que é provável que q seja consideravelmene menor que 1. Finalmene, A é consane a curo prazo, apesar de sujeio a modificações a longo prazo. (Kalecki, M. (1977[1954]), p.7) 11/04/16 1
4 Lucro: P = I + Ck Subsiuindo a equação do consumo (C = qp λ ) na equação do lucro, em-se que o lucro é deerminado pelo invesimeno correne e pelo lucro defasado: P = I + qp λ Lucro: P = I + Ck => P = (I ω ) / (1 q)...leva à redefinição do lucro apenas como função do invesimeno defasado e da propensão marginal a consumir do capialisa (a parir da soma de duas progressões geoméricas). Suporemos, por enquano, que ano a balança comercial como o orçameno do Governo são equilibrados e que os rabalhadores não poupam. Nesse caso, os lucros depois da dedução dos imposos P são iguais à soma do invesimeno I mais o consumo dos capialisas C: P = I + C. (6) Subsiuindo o valor de C pela equação (5), obemos: P = I + qp λ. (7) Conclui-se que os lucros reais ao empo são deerminados pelo invesimeno correne e pelos lucros no empo λ. (Kalecki, M. (1977[1954]), p.7-4) 11/04/16 1 P = I + qi P = I ω λ + qi + q ω + q I ω A I ω P = + = 1 q 1 q 1 q I λ I ω λ q A + q A + qa q A + q A + qa O efeio final da elevação do invesimeno sobre o lucro reflee, além da variação do invesimeno, a elevação do consumo do capialisa induzida pela própria elevação dos lucros ao longo do empo. 11/04/16 15 ω Lucro: P = I + Ck A subsiuição ierada do lucro defasado, na equação do lucro, pela soma do invesimeno com a mesma defasagem e pelo lucro com uma defasagem a mais... P = I + C C = qp P = I + qp = I + q = I + qi = I + qi λ P = I + q( I λ + qp λ ) ( I + q( I + qp ) ) λ λ λ λ λ λ λ + q P λ λ λ + q A + qa q A + q A + qa Os lucros ao empo λ por sua vez serão deerminados pelo invesimeno àquele empo e pelos lucros ao empo λ, e assim por diane. (Kalecki, M. (1977[1954]), p.74) 11/04/16 14 Lucro apenas como função do invesimeno defasado e da propensão marginal a consumir do capialisa coeficienes decrescenes (desenvolvimeno apresenado por Kalecki). P = I P = f + qi ( I ) ω λ λ λ q A + q A + qa Fica claro assim que os lucros ao empo são função linear do invesimeno ao empo λ, λ ec. e que os coeficienes de invesimeno, I, I λ, I λ ec., nessa relação, serão 1, q, q ec. respecivamene. Ora, q, conforme foi dio acima, é menor que 1, e é provável que seja consideravelmene menor que 1. Dessa forma, a série de coeficienes 1, q, q,... será rapidamene decrescene e consequenemene, enre I, I λ, I λ..., somene os coeficienes relaivamene pero no empo conarão na deerminação dos lucros P. Os lucros desse modo serão função ano do invesimeno correne como do invesimeno do passado recene; ou, falando em ermos aproximados, os lucros seguem o invesimeno com um hiao emporal. Dessa forma, podemos escrever como equação aproximada: P = f(i ω ) (8) onde ω é o hiao emporal envolvido. (Kalecki, M. (1977[1954]), p.74) *Complemenar 11/04/16 16
5 *Complemenar Lucro apenas como função do invesimeno defasado e da propensão marginal a consumir do capialisa coeficienes decrescenes (desenvolvimeno apresenado por Kalecki). A forma da função f pode ser deerminada da seguine maneira: volemos um pouco à equação (7) e coloquemos em lugar de P seu valor dado pela equação (8): f(i ω ) = I + qf (I ω λ ). Essa equação deverá ser válida qualquer que seja o decurso no empo do invesimeno I. Assim, deverá dar coberura iner alia ao caso onde o invesimeno é manido por algum empo num nível esável, de forma que enhamos I = I ω = I ω λ. Daí, f (I ) = I + qf (I ) ou ( I ) = I + qf ( I ) P = I + qp λ P = f ω ω I f ( I ) = I + qf ( I ) f ( I ) = 1 q f(i ) = (I ) / (1 q) (Kalecki, M. (1977[1954]), p.74) 11/04/16 17 λ Poupança e Invesimeno O invesimeno gera lucro e poupança de mesma magniude e simulaneamene a sua realização. Nese senido, poupança não financia o invesimeno, mas é um fluxo sempre igual e deerminado pelo invesimeno. (Y C) = (P Ck) + (W Cw) = I S = Sk + Sw = I Poupançae invesimeno Devemos salienar que a igualdade enre poupança e invesimeno (...) será válida em odas as circunsâncias. Paricularmene, ela será independene do nível da axa de juros, que a eoria econômica cosumava considerar o faor de equilíbrio enre a procura e a ofera de capia l novo. (...) Se o invesimeno aumena em um cero valor, a poupança a parir dos lucros é pro ano maior. (Kalecki, M. (1977[1954]), p.70) 11/04/16 19 Lucro apenas como função do invesimeno defasado e da propensão marginal a consumir do capialisa coeficienes decrescenes (desenvolvimeno apresenado por Kalecki). P = I + qp f ( I ) λ P = f Como essa igualdade é válida para qualquer nível de I, ela nos dá a forma da função f. Podemos enão escrever a equação (8) como: P = (I ω ) / (1 q) (8ʹ) ( I ) I I ω = P = 1 q 1 q ω *Complemenar A significância da equação (8ʹ) é que reduz o número de deerminanes dos lucros de dois para um, devido a levar em consideração a dependência do consumo dos capialisas para com os lucros passados, conforme nos dá a equação (5). Os lucros, de acordo com a equação (8ʹ), são deerminados compleamene pelo invesimeno, achando-se envolvido um cero hiao emporal. Ademais, o invesimeno depende de decisões de invesir ainda mais remoas no passado. Conclui-se que os lucros são deerminados pelas decisões passadas de invesir. (Kalecki, M. (1977[1954]), p.74-5) 11/04/16 18 Lucro, Poupança e Invesimeno Variações no invesimeno geram elevação imediaa do lucro e da poupança no mesmo monane. P = I + Ck (P Ck) = Sk = I Os efeios da elevação do lucro sobre o consumo do capialisa (C = qp λ ) e seus impacos subsequenes sobre os lucros ocorrem ao longo do empo, sem alerar a igualdade enre poupança e invesimeno. P = I + Ck ( P Ck) = Sk = I Imaginemos que ano o invesimeno como porano a poupança e ambém os lucros se apresenem consanes por algum empo. Imaginemos que haja enão uma súbia mudança no invesimeno. A poupança aumenará imediaamene juno com o invesimeno e os lucros ambém subirão na mesma proporção. Conudo, o consumo dos capialisas subirá somene depois de algum empo, como resulado desse aumeno primário dos lucros. Dessa forma, os lucros ainda esarão aumenando depois de já se er deido o aumeno do invesimeno e da poupança. (Kalecki, M. (1977[1954]), p.75) 11/04/16 0
6 Produo Nacional Bruo em uma economia abera, com governo e poupança dos rabalhadores Produo Nacional Bruo: YB = P + W + T = I + Ck + Cw + G + (X-M) Lucro: P = I + Ck + (Cw W) + (G T) + (X M) A elevação na poupança do rabalhador reduz os lucros dos capialisas, enquano a elevação do défici orçamenário ou do saldo da balança comercial eleva os lucros acima dos gasos dos capialisas. Poupança e Invesimeno em uma economia abera, com governo e poupança dos rabalhadores Alerações na balança comercial [inversamene relacionada à poupança exerna: (X-M)=-(M-X)=-Sx], no défici orçamenário [inversamene relacionado à poupança do governo: (G-T)=-(T-G)=-Sg] e na poupança do rabalhador [(W-Cw)=Sw] não aleram a poupança oal nem o invesimeno. A poupança oal é igual e deerminada pelo invesimeno. P = I + Ck + (Cw W) + (G T) + (X M) (P Ck) + (W Cw) = I + (G T) + (X M) Sp = Sk + Sw = I Sg Sx S = Sk + Sw + Sg + Sx = I Sg = (G-T) ou Sx = (X-M) ou Sw = (W-Cw) P = (P-Ck) = Sk Permanece válida a igualdade: S = Sk + Sw + Sg + Sx = I 11/04/ /04/16 Produo Nacional Bruo em uma economia abera, com governo e poupança dos rabalhadores Conclui-se direamene daí que um acréscimo do saldo da balança comercial elevará os lucros pro ano, desde que os demais componenes não se alerem. (O mecanismo aí operane é o mesmo que foi descrio na página 66). (...) Conclui-se direamene do que foi dio a cima que o saldo da balança comercial permie o aumeno dos lucros a cima do nível que seria deerminado pelo invesimeno e pelo consumo dos capialisas. É desse pono de visa que se poderia considerar a lua pelos mercados exernos. (...) Um défici orçamenário em efeio semelhane ao de um saldo posiivo na balança comercial. Ele ambém permie um aumeno dos lucros a cima do nível deerminado pelo invesimeno privado e pelo consumo dos capialisas. (...) Os armamenos e as guerras, em geral financiados pelos déficis orçamenários, são ambém uma fone dessa espécie de lucros. (Kalecki, M. (1977[1954]), p.71-) 11/04/16 Poupança e Invesimeno em uma economia abera, com governo e poupança dos rabalhadores Assim, por exemplo, em nenhuma hipóese um evenual nível baixo da poupança privada que nada mais é que a poupança na definição usual, adoada por Kalecki poderia ser reforçado por um aumeno quer da poupança do governo, quer da poupança exerna. Ao conrário: dado o invesimeno, ais aumenos eriam necessariamene o efeio de diminuir ainda mais a poupança privada! (...) (E)nquano por um lado a poupança privada não pode se modificar independenemene, por ouro lado qualquer aleração auônoma nas poupanças exerna e pública implicará faalmene aleração inversa e da mesma magniude na poupança privada, para um dado invesimeno; da mesma forma que uma aleração no invesimeno ceeris paribus provocará efeio direo e de igual magniude, apenas sobre a poupança privada e não sobre os ouros dois componenes, que são basicamene auônomos. A conclusão rigorosa à luz do PDE é que, para um dado nível de invesimeno, a poupança privada é deerminada pelos ouros dois componenes de poupança, variando inversamene com cada um deles. Em ouras palavras, a suposa complemenaridade enre os componenes de poupança é mera aparência enganosa: a poupança privada sempre se reduz pro ano frene a um aumeno auônomo das poupanças pública e exerna, ano quano frene a uma redução auônoma do invesimeno. (Possas, 1999, p.9) 11/04/16 4
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