Política Fiscal e a Crise Internacional: uma análise heterodoxa

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Política Fiscal e a Crise Internacional: uma análise heterodoxa"

Transcrição

1 Políica Fiscal e a Crise Inernacional: uma análise heerodoxa Tema Principal - América Laina ane la crisis inernacional: enre el salvaaje individual y las respuesas colecivas. Auores Robero de Souza Rodrigues* Luciana da Silva Ferreira** Os auores auorizam a publicação dese rabalho. Na apresenação do rabalho será uilizado projeor de imagem. Resumo A Crise mundial do final dos anos 2000 reaqueceu o debae sobre o papel da Políica fiscal na deerminação do emprego e da renda. Apesar desa possibilidade eórica, os países da União Europeia coninuam adoando políicas de arrocho fiscal. Ese arigo em por objeivo apresenar a eoria do princípio da demanda efeiva, desenvolvido por Michal Kalecki na década de 1930, e os insrumenos de políica fiscal capazes de fazer com que a economia permaneça no nível de alo emprego. Para ano, o rabalho será dividido em quaro seções. Na primeira seção será feia uma apresenação do princípio da demanda efeiva abordado por Kalecki. Com ese arcabouço eórico incluímos, na segunda seção, o seor público e o insrumenal fiscal derivado desa abordagem. Na erceira seção serão considerados os efeios da políica fiscal no mercado de rabalho e na renda. Finalmene, na quara seção, será feia uma breve análise das ações de políica fiscal adoados no Brasil para sair da crise de Palavras-chave: Princípio da Demanda Efeiva; Políica Fiscal; Finanças Públicas; Emprego. *Professor Adjuno do IM/UFRRJ. Avenida Governador Robero Silveira s/n. Nova Iguaçu Rio de Janeiro Brasil. Telefone: (21) Ramal 3. souzaroro@yahoo.com.br. **Professora Adjuna do IM/UFRRJ. Avenida Governador Robero Silveira s/n. Nova Iguaçu Rio de Janeiro Brasil. Telefone: (21) Ramal 3. ferreira_lucianarj@yahoo.com.br.

2 1- Inrodução A economia capialisa moderna vivencia uma das maiores crises de sua hisória. Esa crise em afeado principalmene os países mais desenvolvidos. Os casos mais comenados na imprensa em sido os da economia Européia. Eses países se junaram desde a década de 1990 no mercado comum europeu e criaram ações moneárias conjunas de forma a criar uma única moeda, na qual, alguns países como a Grécia, Porugal e Espanha, não esão conseguindo capar para pagar suas dívidas. Por ouro lado, organismos inernacionais êm obrigado esas economias a adoarem medidas fiscais de caráer orodoxas de cores de despesas e aumeno de receias, além de reformas rabalhisas e previdenciárias. Tais medidas, enreano, não êm obido sucesso e a siuação neses países só em agravado com várias manifesações sociais que há muio empo não se via na Europa. Conudo, a resposa a crise vivida pelos principais países do capialismo mundial do final da década de 1920 foi compleamene conrária. Baseado no princípio da demanda efeiva e uilizando aivamene o insrumenal fiscal, os países adoaram medidas de aumeno de gaso público e esraégias de desenvolvimeno que fizeram esas economias aingir paamares de ranquilidade durane boa pare do final do século passado. O objeivo dese rabalho é apresenar a concepção eórica que esava por de rás desas ações. Para ano, o rabalho será dividido em mais cinco seções além desa inrodução. Na segunda seção será apresenado o princípio da demanda efeiva desenvolvido por Kalecki e o seu modelo de erminação do produo e da renda. Na seção seguine será viso a paricipação do seor público no modelo de Kalecki e suas adapações a parir da abordagem de Haavelmo. Na quara seção, ese modelo será relacionado a deerminação do nível de emprego da economia e como o esado pode eviar que economias capialisas enrem em crise de desemprego. Na quina seção, será apresenada uma breve análise da políica fiscal da economia brasileira para o período da aual crise inernacional. Por fim, apresenamos as nossas considerações finais. 2- O Princípio da Demanda Efeiva e a Deerminação do Produo e da Renda O Princípio da Demanda Efeiva (PDE) foi formulado originalmene e de maneira separada por J.M. Keynes e M. Kalecki na década de rina. Ambos os auores buscavam inerprear os faos econômicos que ocorriam à época de modo a encaminhar proposições de políicas econômicas que pudessem mudar o curso da economia capialisa. A observação da realidade levou Keynes e Kalecki a formularem

3 proposições eóricas que pudessem responder aos principais desafios no período enre guerras. Seguindo caminhos disinos, os dois auores chegaram à mesma, qual seja, a demanda por bens e produos deermina sua produção e ofera. Esse posulado se conrapôs à hipóese eórica dominane à época, segundo a qual, a ofera deermina a demanda. De acordo com o Princípio da Demanda Efeiva, a demanda agregada deermina a renda e o nível de emprego e, assim, esímulos à demanda agregada geram efeios posiivos na economia. Para melhor enender ese princípio, vamos abordá-lo pela óica proposa por Kelecki. Seguindo Kalecki (1983), vamos supor uma economia simplificada fechada e sem governo. Essa economia é composa por capialisas e rabalhadores, cuja ineração leva à produção de bens de consumo dos capialisas e dos rabalhadores e bens de invesimeno. O seor produivo da economia kaleckiana é dividido em rês deparamenos: Deparameno I, produor de bens inermediários e bens finais de invesimeno; Deparameno II, produor de bens de consumo dos capialisas; Deparameno III, produor de bens de consumo dos rabalhadores. A produção deses bens gera uma renda equivalene, em cada deparameno, que é apropriada pelos capialisas e rabalhadores na forma de lucros e salários, respecivamene. Assim, a produção deparamenal se iguala ao valor adicionado de cada deparameno. Esquemaicamene, a economia kaleckiana pode ser visualizada como: Quadro 1 Modelo esquemáico da economia kaleckiana Deparamenos Produção Lucros Salários Deparameno I I P 1 W 1 Deparameno II C k P 2 W 2 Deparameno III C w P 3 W 3 Toal da Economia Y P W Elaboração própria Onde, I = produção do Deparameno I; C k = produção do Deparameno II; C w = produção do Deparameno III; P 1 = lucro do Deparameno I; P 2 = lucro do Deparameno II; P 3 = lucro do Deparameno III; W 1 = salário pago no Deparameno I; W 2 = salário pago no Deparameno II; W 3 = salário pago no Deparameno III. Conforme o modelo esquemáico do quadro 1, o valor adicionado oal da economia é igual à soma de lucros mais salários P W, sendo que: P P1 P2 P3 e

4 W W 1 W2 W3. Também é possível exrair o valor da produção oal dessa economia (Y) que é a soma da produção de bens de invesimeno, de bens de consumo dos capialisas e dos bens de consumo dos rabalhadores. Ou seja: Y I C k C. Conforme a conabilidade nacional, o valor oal da produção deve ser igual ao valor adicionado, iso é, o produo nacional iguala-se à soma dos lucros dos rês deparamenos e dos salários. Iso pode ser represenado da seguine forma: P W I C K C W. Kalecki (1983) assume a hipóese de que os rabalhadores consomem oda sua renda, enão, obém-se: C K W Cw. Anulando eses ermos na equação anerior, P I. (1) Percebe-se na equação (1) que o lucro é igual à soma do invesimeno mais o consumo do capialisa, ou, em ouras palavras, igual à produção dos deparamenos I e II. De oura forma, segundo Miglioli (2004), os rabalhadores do deparameno III recebem salários no valor de W 3 (pagos pelos capialisas) e gasam odo o seu salário na compra de bens de consumo dos rabalhadores produzidos pelo deparameno III. Uma vez que a renda dese deparameno é decomposa em lucros dos capialisas e salários pagos aos rabalhadores dese mesmo deparameno (P 3 + W 3 ) e eses rabalhadores gasam odo o seu salário, sobram os bens de consumo dos rabalhadores no valor do lucro P 3. Eses bens são consumidos pelos rabalhadores dos deparamenos I e II pela exausão de seus salários. Assim, o valor de P 3 é igual à soma dos salários dos deparamenos I e II, ou seja: P3 W1 W2. Como o lucro oal da economia é igual à soma do lucro dos rês deparamenos, para ober a equação do lucro oal a parir da equação acima, basa acrescenar P 1 + P 2 em ambos os lados da equação, P1 P2 P3 P1 P2 W1 W3. A soma dos lucros nos rês deparamenos é igual ao lucro oal da economia (P) e a produção se iguala à renda em cada deparameno, ou seja, P 1 W 1 I e P 2 W 2 CK, enão, subsiuindo essas informações na equação anerior obém-se a mesma equação (1), ou seja, o lucro oal é igual ao invesimeno mais o consumo dos capialisas. Ademais, segundo Kalecki (1983) a idenidade alcançada nesa equação revela que são o invesimeno e consumo dos capialisas que deerminam o lucro, pois, eses dois úlimos são função da decisão dos capialisas. Na expressão de Kalecki (1983), (...) é claro que os capialisas podem decidir consumir e invesir mais num dado w

5 período que no procedene, mas não podem decidir ganhar mais. Porano, são suas decisões quano a invesimeno e consumo que deerminam os lucros e não o conrário 1. (Kalecki, 1983, pág. 36). O avanço da análise sobre os deerminanes dos lucros capialisas faz Kalecki (1983) ampliar o seu modelo incluindo mais dois seores da economia, o seor governo, que arrecada ribuos e realiza gasos, e o seor exerno, aravés das exporações e imporações de bens. Assim, a renda da economia é composa por lucros dos capialisas, salários dos rabalhadores e ribuos arrecadados pelo governo líquido das ransferências (RLG). Ou seja: Y P W RLG. Por ouro lado, a produção desa economia que anes era desinada aos bens de invesimeno, bens de consumo capialisas, e bens de consumo dos rabalhadores, agora ambém é desinada aos gasos do governo que se dividem enre bens de consumo e (G) de invesimeno (Ig). Além disso, a paricipação do seor exerno via exporações e imporações de bens é apresenada por Kalecki (1983) por simplificação, como saldo da Balança Comercial (BC) que será somado enre os componenes da produção desa economia como na seguine equação: Y C k C w I I g G BC. Como a renda é igual ao produo, exrai-se que : P W RLG C C I I G BC. k w g Kalecki (1983) ainda faz duas ouras hipóeses para sua economia. Uma é que os rabalhadores não consomem oda a sua renda, ou seja, poupam pare de seus salários. Iso é dado pela diferença enre salários dos rabalhadores (W) e consumo dos rabalhadores (C w ). A segunda hipóese é a de que o governo incorre em défici orçamenário (gasos maiores que ribuos). Para exrair a equação de deerminação dos lucros, basa isolar P na equação anerior e considerar essas duas úlimas hipóeses: P C S I DG BC (2) Onde, k S w w W C e DG Ig G RLG w Pela equação (2), Kalecki afirma que o saldo da balança comercial permie o aumeno dos lucros acima do nível que seria deerminado pelo invesimeno e pelo consumo dos capialisas (Kalecki, 1983, pág. 40). Em ouras palavras, o saldo da balança comercial é decomposo enre lucros e salários, sendo ese úlimo converido 1 Ainda para Kalecki (1983) caso os capialisas decidissem invesir e consumir exaamene o que auferiram de lucros no período anerior, os lucros seriam sempre iguais e não se alerariam. No enano, para ele, os lucros passados podem influenciar os invesimenos e consumo presenes, mas sem que aquele seja o limiador deses.

6 em lucro do deparameno III, isso leva a um aumeno dos lucros do oal da economia. O mesmo ocorre com o défici orçamenário do governo. Por um lado, os ribuos do governo incidenes sobre os salários dos rabalhadores e os lucros capialisas em efeio reduor sobre ambos. Como os salários do deparameno III se converem lucros dese deparameno, podemos inferir que a incidência de ribuos leva a queda dos lucros oais da economia. Para Kalecki, mesmo que os ribuos recaiam sobre o invesimeno e os bens de consumo dos capialisas e dos rabalhadores, o resulado sobre o lucro oal ambém será de queda dese úlimo, uma vez que isso represenará queda do volume da vendas deses bens e, por conseguine, dos lucros oais. Com relação aos gasos do governo, eses correspondem a um aumeno na demanda dos bens produzidos pelos capialisas, o que represena uma elevação no volume de suas vendas e, por conseguine, nos seus lucros. Assim, admiindo a hipóese de défici do governo, o resulado final da enrada do governo na economia é de um aumeno dos lucros capialisas e da renda nacional. Por fim, a parir da equação (1) pode-se derivar a deerminação da renda e do produo. Para Kalecki (1983), o consumo dos capialisas no período é dado por uma parcela auônoma e consane no curo prazo (A) e uma parcela que depende do lucro real líquido dos imposos do período passado ( P ), veja: C k qp1 A. Onde q é a paricipação do consumo na renda dos capialisas e assume valor enre 0 <q <1, pois, supõe-se que os capialisas poupam pare de sua renda. Subsiuindo esa expressão na equação (2) obém-se: P I qp A, ou seja, os lucros no período aual dependem dos invesimenos auais, dos lucros passados e do componene auônomo do consumo dos capialisas. Adicionalmene, Kalecki afirma que os lucros de períodos passados ( ) foram deerminados por invesimenos passados ( ) e por lucros de períodos aneriores a eses ( ) e assim sucessivamene. Kalecki ambém apona que os lucros presenes são função do invesimeno aual e do invesimeno passado, ou seja, P f ( I ). Subsiuindo essa equação chega-se na equação: f ( I ) I qf ( I ) A. Kalecki recorre à hipóese de que I I I, donde exrai que f ( I ) I qf ( I ) A, ou isolando f I ), considerando a proposição de equidade do invesimeno no empo ( P f I ) ) e rearranjando os ermos, em-se que: ( ( I A P. 1 q

7 Ainda conforme Kalecki (1983), a paricipação dos salários dos rabalhadores na renda brua privada é igual a: W Y B. Onde é a paricipação dos salários na renda e B é maior que zero e consane no curo prazo. Como a renda da economia simplificada é Y = P + W, enão incluindo W e P e isolando Y, exrai-se: I A B Y. Para uma economia complea manendo a hipóese anerior de ( 1 )(1 q) deerminação dos lucros com défici público e a balança comercial 2 a deerminação da renda é dada por: Y I A B ( G Ig RLG) ( X (1 )(1 q) M ) (3) De acordo com Kalecki (1983), a variação de um componene da demanda agregada leva a uma variação na mesma direção e mais que proporcional da renda. Isso ocorre, pois, numa economia moneária a decisão de gaso anecede a renda. Esse resulado se expande ambém para a deerminação do nível de emprego na economia, mas, isso será viso mais a frene. Por enquano, o passo seguine é avaliar o papel do seor público e o insrumenal fiscal derivado desa abordagem. 3- A Políica Fiscal no Modelo de Kalecki, a Críica de Haavelmo e o Impaco Fiscal na Economia A preocupação de Kalecki ao desenvolver o modelo de rês seores era pensar em insrumenais econômicos capazes de fazer com que a economia reduzisse o desemprego se manendo o mais pero possível do pleno emprego. Diane disso, ele apresenou os possíveis caminhos para a economia aingir o pleno emprego. Eses caminhos seriam: dispêndio do governo em invesimeno público em infra-esruura e/ou em subsídio ao consumo popular via ribuos ou ransferência de renda, incenivo ao invesimeno privado e redisribuição de renda das classes mais ala para as mais baixas. Kalecki apona o dispêndio governamenal como o mais eficiene, viso que não cria direamene capacidade produiva para o período seguine 3. Para ano, ele propõe que o dispêndio governamenal seja deficiário e financiado por emprésimos juno ao seor privado. Iso pode ser viso na equação (3) apresenada na seção anerior. Nesa equação, caso o governo resolva fazer uma políica fiscal expansionisa, ele erá que realizar gasos deficiários financiados por 2 Proposiadamene ignoramos a poupança dos rabalhadores, no enano, sua inclusão pode ser feia sem prejuízos à análise que se segue. 3 Ver Kalecki (1980).

8 emprésimos (ou por emissão de moeda), pois, caso sejam financiados por ribuos, haverá uma redução na mesma proporção nos faores que deerminam a renda e, por consequência, na renda oal da economia. Haavelmo (1945) conesa a proposição de que somene resulados deficiários são expansionisas. Para chegar a esa conclusão ele diferencia renda brua de renda líquida para o consumo das famílias, pois, a ação arbirária do governo sobre as finanças públicas implicará em efeios disinos da políica fiscal sobre os diferenes lados da conabilidade nacional. Dessa forma, para Haavelmo os gasos do governo aumenam direamene a demanda agregada e deerminam a renda brua, ao passo que os ribuos e as ransferências afeam a renda disponível para o consumo de bens e serviços dos indivíduos. Ou seja, pela conabilidade social, o que ele propôs foi que gasos do governo deerminam direamene o produo agregado (e a renda brua), diferenemene de Kalecki que só abordou o lucro dos capialisas. Por ouro lado, ainda para Haavelmo, os ribuos afeam somene a renda disponível. Com isso, podemos expressar esa observação de Haavelmo denro do modelo desenvolvido por Kalecki, para iso, basa considera a renda disponível (RD) como a renda nacional (renda brua Y) depois de considerar os pagamenos de ribuos e as ransferências realizadas pelo governo ao seor privado, logo, RD Y RLG. Além disso, é preciso considerar ambém que os gasos do governo é um componene auônomo da demanda agregada. Desare, se o governo adoa uma políica fiscal com o objeivo de maner o orçameno equilibrado, iso é, G Ig RLG, o impaco da políica fiscal na renda brua será de G + Ig, ao passo que o impaco na renda disponível será de zero. Assim, a renda agregada (renda brua) aumenará exaamene no amanho do aumeno dos gasos do governo, mesmo com o orçameno equilibrado. Iso é percebido por meio das equações do modelo de Kalecki, basa que para iso seja assumido: i. o consumo dos rabalhadores é igual a sua renda disponível (salários depois dos ribuos); ii. que a pare induzida do consumo dos capialisas seja função da renda disponível e não do lucro oal; iii. que o oal do consumo da economia (C) é igual ao consumo dos rabalhadores mais o consumo dos capialisas, ou seja, C Cw Ck A c RD propensão a gasar dos indivíduos. A renda nacional, enão, fica: Y A c RD Ie G Ig, onde c é a. Logo, como os gasos do governo aumenam na mesmo proporção que a receia líquida a renda

9 nacional será aumenada em G Ig, pois: a) o aumeno do gaso público levará ao aumeno da renda brua, aumenando, por conseguine a renda disponível; b) ao mesmo empo o aumeno da RLG fará a renda disponível reduzir igual ao aumeno do gaso do governo; c) com isso, a renda disponível não mudará e a renda brua oal da economia aumenará G Ig. Dessa forma, a políica fiscal pode ser expansionisa inclusive realizando superávis orçamenários, basa que para iso o efeio dos gasos sobre a renda brua seja superior ao efeio dos ribuos sobre o consumo dos indivíduos. Para mensurar, enão, o impaco fiscal das ações discricionárias do seor público na economia com base no princípio da demanda efeiva é preciso considerar os efeios diferenciados desas variáveis (gasos, ribuos e ransferências) sobre a demanda oal da economia. Ben Hansen (1969) apresenou um indicador do impaco fiscal que foi uilizado para calcular o impaco da políica fiscal de alguns países da OECD para o período de 1955 a Para isso, Hansen (1969) pare da conabilidade nacional para uma economia fechada pela óica da demanda agregada (DA), ou seja, DA C I Ig G. Assumindo que o consumo depende da renda disponível e não da renda oal e subsiuindo as equações, organizando os ermos e considerando a idenidade básica da conabilidade nacional (renda igual à despesa) emos a equação da renda, Y A c RLG I Ig G. Fazendo a derivada oal desa equação (considerando apenas que a propensão a gasar das famílias, c, não muda) em-se que Y A c Y I Ig G c RLG. Por fim, se arrumarmos os ermos isolando 1 1 c 1 0. Assim, o 1 c a RN, emos: RN C c RN I Ig G c RLG impaco fiscal discricionário (IF) é IF Ig G c RLG 1 1 c. Com ese insrumenal podemos mensurar o impaco das ações do governo sobre a demanda agregada. Resa-nos agora saber qual a relação desas ações do governo sobre o nível de emprego da economia e a sua uilização em momenos de crise. 4- O Papel dos Gasos e Seu Impaco no Nível de Emprego O nível de produo de uma economia é deerminado pela demanda agregada, pois a decisão de gaso anecede a renda. No enano, para produzir bens e serviços de uma economia, os capialisas necessiam do emprego de mão de obra. Logo, da mesma forma que o princípio da demanda efeiva é um princípio econômico conforme

10 afirmou Possas (1987), isso se esende para o fao de que a demanda por bens e serviços deermina e delineia o nível de emprego numa economia. Assim, uma vez que exise demanda por diferenes bens e serviços na economia e iso deermina a ofera de ais produos, os capialisas responsáveis pela produção e ofera passam a demandar rabalhadores para viabilizar esa ofera. De oura forma, é a demanda por bens e serviços que deermina não somene a ofera deses bens, como ambém define a demanda por rabalhadores, bem como as caracerísicas dos posos de rabalho que eles devem ocupar. Nese senido, quano maior a demanda na economia, maior a produção e o emprego de um país. Diane disso, poderíamos quesionar como fazer para maner um elevado nível de demanda efeiva e, consequenemene, um elevado nível de emprego. Um indicaivo para responder a essa indagação pode ser enconrado nos argumenos adoados por Minsky (1986) e Wray (2003). De acordo com Minsky (1986), em economias capialisas, o desemprego involunário não pode ser eliminado aravés das ações de empresários, pois a conraação de rabalhadores aos salários vigenes deve respeiar a funcionalidade das empresas e seus objeivos de lucro. Dessa forma, para Minsky (1986), a responsabilidade pela criação de uma demanda por rabalhadores infiniamene elásica só pode ser assumida pelo governo. Isso porque as ações do governo não êm por finalidade o lucro e, assim sendo, ele deve adoar políicas econômicas que levem ao alo nível de emprego. Nese aspeco, o governo exerce um imporane papel de deerminação do produo e do nível de emprego, qual seja: a realização de gasos ano em consumo quano em invesimenos. Para ano, Lerner (1951) apresena a abordagem das finanças funcionais. Segundo esa abordagem, o Esado deém o monopólio da emissão moneária e impõe sua aceiação pela obrigaoriedade dos ribuos. Assim, a moeda é a única fone de financiameno dos gasos do governo que nauralmene pode ser deficiário uma vez que os agenes privados demandam moeda em volume maior do que o necessário para pagar ribuos. Com isso, numa siuação de crise econômica com reduzida demanda agregada, baixo crescimeno e alo desemprego, o governo deve agir realizando gasos que represenam demanda por bens e serviços produzidos pelas firmas que, por sua vez, criam mais posos de rabalho que devem ser preenchidos por rabalhadores para produzir os produos necessários para saisfazer a demanda. O aumeno do emprego, nese caso, é provocado por um impulso inicial do governo. Assim, os gasos do governo ambém podem ser direcionados para os bens

11 produzidos inensivos em mão de obra ou que exijam deerminado progresso écnico, de al modo que o resulado seja um aumeno na demanda por rabalho ou algum ouro objeivo de desenvolvimeno. Para Wray (2003), o governo ambém pode execuar políicas econômicas que levem ao pleno emprego aravés da auação do governo como Empregador de Úlima Insância. Iso significa que o governo deveria oferecer emprego a odos os indivíduos apos, disposos e desejosos por rabalhar, mas que não enconram emprego ao salário vigene na economia (Wray, 2003, pág.145). De acordo com Wray esse papel específico de gerador de emprego deve ser desempenhado pelo governo, pois consiui o único agene na economia que não se defrona com resrições de ordem fiscal ou financeira. Dessa forma, o governo deve agir em suas políicas objeivando a funcionalidade das mesmas no senido de ober resulados o pleno emprego. Sendo assim, como para as Finanças Funcionais a única forma de o governo financiar seus gasos é pela emissão de moeda, não haveria limies para os gasos do governo a não ser o pono de pleno emprego, iso é os gasos do governo realizados na própria moeda não eriam limies fiscais 4. Por ouro lado, o governo ambém pode influenciar as caracerísicas dos rabalhadores demandados pelo seor produivo e suas remunerações. Isso porque, a esruura ocupacional é delineada pela esruura produiva. Assim, conforme Ferreira (2012), as caracerísicas das ocupações sofrem influências da imporância relaiva dos seores de aividade econômica e do grau de progresso ecnológico das firmas e dos seores produores. Esses faos impacam direamene nas remunerações das ocupações. Isso irá jusificar a exisência de disinas axas de salário para uma mesma classe de ocupação, a depender do grau de desenvolvimeno da firma ou do seor de aividade a qual a firma perence, ou ainda da região geográfica dese seor. Nese senido, a auação do governo na economia direcionando sua demanda por bens e serviços produzidos pelo seor privado cujos propósios sejam a manuenção de alo nível de emprego, ambém influencia quais ipos de rabalhadores serão demandados. Logo, as ações de políica fiscal podem delinear as caracerísicas do mercado de rabalho. Enfim, como o emprego é deerminado no mercado de produo, aravés da demanda agregada, o governo deve auar direamene na manuenção de um alo nível 4 A dívida emiida não causaria ransornos ao governo. Para mais dealhes, ver Wray (2003).

12 de emprego por meio de políicas fiscal e moneária que esimulem a demanda agregada. Na próxima seção será feia uma breve análise do efeio da políica fiscal sobre a demanda agregada do governo brasileiro nos momenos da crise inernacional iniciada em Políica Fiscal do Governo Brasileira Frene à Crise Inernacional Anes de falarmos do período da crise vamos fazer um breve relao hisórico da hisória recene do Brasil. O presidene do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva omou posse em janeiro de 2003 assumindo, aravés de sua equipe econômica comandada pelo minisro da fazenda Anonio Palocci e pelo presidene do Banco Cenral Henrique Meireles, os acordos de meas de inflação e de superávi primário recomendados pelo Fundo Moneário Inernacional (FMI) ainda no governo anerior. A nova equipe econômica afirmava que era essencial esabelecer o equilíbrio de longo prazo das conas públicas de modo a garanir as condições para a reomada do invesimeno privado e uma maior eficácia no uso dos recursos públicos, isso faria reduzir a axa de juros e aumenar a poupança domésica, levando o país a reomar o eixo do crescimeno vivenciado nas décadas de 1960 e 1970, porém, agora, diferenemene do período desenvolvimenisa, de forma susenável. (Minisério da Fazenda 2003, pág. 4). Assim, o início do governo Lula foi marcado pela coninuidade da políica fiscal adoada pelo governo anerior. Todavia, o ano de 2006 ocorre uma mudança na equipe econômica do minisério da fazenda e o economisa Guido Manega assume o cargo de minisro da fazenda. O novo minisro e sua equipe elaboram o Programa de Aceleração do Crescimeno (PAC) em janeiro de Na apresenação de Guido Manega no XIX Fórum Nacional, o minisro afirma que o PAC é o principal insrumeno da esraégia de desenvolvimeno do Governo Lula e que procuraria criar condições para assegurar o crescimeno susenável a médio e longo prazo (Minisério da Fazenda 2007, pág. 2). O Minisro coloca ainda os principais objeivos do programa, a saber: o aumeno do invesimeno público e privado; a afirmação de um novo modelo de crescimeno; a capaciação para enfrenar os desafios da globalização sinocênrica e o resgae da visão e do planejameno de longo prazo (idem, pág. 3) Dessa forma, o PAC consisiu em um programa de crescimeno econômico orienado pelo Esado brasileiro que visava (denre ouros) à realização de invesimenos no prazo de quaro anos (2007 a 2010) e inha como principais insrumenos (seguindo

13 Minisério da Fazenda 2007, pág. 4) o invesimeno em infra-esruura do país, aperfeiçoameno do sisema ribuário e medidas fiscais de longo prazo. De posse deses insrumenos que a equipe econômica do governo Lula enfrenará o primeira momeno da crise exerna vivida a parir da quebra do banco Lehman Brohers nos Esados Unidos na segunda meade do ano de Como será viso adiane, o governo brasileiro adoará uma posura de políica fiscal expansionisa frene a esa crise, fazendo com que a economia se recupere já no final de O presidene Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu, em 2010, eleger o seu sucessor ao lançar a minisra da casa civil Dilma Russef. A presidene eleia omou posse no primeiro dia de 2011 e maneve o mesmo minisro da Fazendo, mas rocou o presidene do Banco Cenral, assumindo o poso Alexandre Anonio Tonbini no lugar de Henrique Meireles. Apesar da coninuidade do comando do minisério da fazenda a políica fiscal mudou a rajeória, levando a ações fiscais de reomada do cumprimeno da mea de superávi fiscal abandonada nos dois úlimos anos. Associado a esa mudança de governo e de posura de políica econômica ocorre o aprofundameno da crise inernacional no final de 2010, o que evidenciará a diferença da ação do governo nos dois momenos da crise inernacional. Cujo foco principal para enfrenar a crise passou a ser a políica econômica com a queda da axa de juros e não a políica fiscal. Esa diferença fica mais visível quando mensuramos o impaco fiscal das ações do governo nos dois momenos da crise. Enreano, anes de mosrarmos o impaco fiscal da economia brasileira é preciso esclarecer como foi feia a adapação dese modelo aos dados das finanças públicas. A fórmula do impaco fiscal aqui proposo é IF Ig G c RLG 1 1 c. Os dados uilizados para a mensuração do impaco fiscal são os dados do resulado fiscal do governo cenral fornecidos pela secrearia do esouro nacional (Disponível em: hp:// ). É imporane desacar que foram uilizados apenas os dados do governo cenral devido a fala de disponibilidade de dados para odo o seor público, conudo, iso não arapalha a análise da endência da políica fiscal, pois, o governo cenral em maior poder de formular de políicas econômica. Seguindo a fórmula, é preciso ober a variação das despesas e receias do governo cenral. Para ano, os dados foram deflacionados a parir do índice geral de preços (IGP-DI), considerando o mês de junho de 2012 como o mês base. Em seguida, somamos os respecivos meses para ober o valor rimesral. A parir do valor rimesral

14 calculamos a variação real de cada ipo de cona das finanças do governo, sendo que esa variação foi feia comparando o rimesre de um ano com o mesmo rimesre do ano anerior para eviar os efeios sazonais, ou seja, a variação das receias do primeiro rimesre de 2008, por exemplo, foi obida comparando o valor dese rimesre com o primeiro rimesre de Por fim, os valores da variação foram divididos pelo PIB brasileiro do primeiro rimesre de 2012 para, em seguida, colocar na fórmula e ober o impaco fiscal. Todavia, ainda fala explicar como as diversas conas das finanças públicas afeam a demanda agregada. Denre as conas disponibilizadas pela secrearia esão, na pare da receia, receia do esouro, receias da previdência social e receias do banco cenral. Somene as duas primeiras são conabilizadas no impaco fiscal, pois afeam a demanda agregada indireamene, ou seja, são ponderadas pela propensão a consumir da população. Por ouro lado, denre as despesas oais esão os gasos com pessoal e encargos sociais, os gasos com cuseio e capial e as ransferências de benefícios previdenciários. Desas rês despesas consideramos somene as despesas com cuseio e capial afeando direamene a demanda agregada, os ouros dois ipos de despesas afeam a demanda agregada indireamene, pois, dependem da propensão a consumir da sociedade e, por isso, são ponderadas por esa. Por fim, o governo cenral do Brasil realiza ransferências de pare de sua arrecadação aos governos subnacioanis, dessa forma, assumimos que eses governos gasam oda a ransferência realizada pelo governo cenral e, assim, são conabilizados impacando direamene a demanda agregada. Fala agora obermos a propensão a consumir da economia brasileira. Para ano, assumimos que o consumo das famílias depende da renda correne dos consumidores. Além disso, assumimos ambém que odo o consumo é induzido pela renda correne, logo, a propensão a consumir (c) é obida fazendo a razão enre o consumo oal (C) e o produo inerno da economia (PIB), iso é: c C PIB. Ese valor é alcançado a parir dos dados fornecidos pelo IBGE para o consumo das famílias do Sisema de Conas Nacionais IBGE. em proporção do PIB, ambém fornecido pelo 5 Exceos para o segundo rimesre de 2012 onde o valor ainda não esá disponibilizado pelo IBGE. Para ese período opamos em fazer uma média da propensão a consumir desde o ano de 2000.

15 Feio iso, pode-se agora mensurar o impaco fiscal do governo cenral sobre a demanda agregada e comparar as ações de políica fiscal adoadas no momeno da crise exerna de 2008 ainda no governo Lula e as ações de políica fiscal adoadas após o aprofundameno da crise inernacional no ano de Os valores dese impaco são apresenados na abela 1. Nesa abela é possível perceber a ação diferenciada nos dois momenos da crise inernacional. No primeiro momeno da crise exerna no ano de 2008 a economia brasileira eve o seu rimo de crescimeno desacelerado e o governo adoou políicas ficais ani-cíclicas que implicaram em impacos fiscais expansionisas, como pode ser viso na abela para os rês primeiros rimesres de Por ouro lado, no momeno do aprofundameno da crise em 2010/2011, o governo brasileiro, diferenemene do que ocorreu em 2008, adoou políicas resriivas mesmo com a aividade econômica brasileira apresenando endências de desaceleração, o que levou os rês primeiros rimesres de 2011 a apresenar impacos fiscais conracionisas. Tabela 1 Impaco Fiscal do Governo Cenral Brasileiro Em % do PIB Período Primeiro Trimesre Segundo Trimesre Terceiro Trimesre Quaro Trimesre ,19 0,42 1,19 1, ,33 1,11 0,92 0, ,42-0,56-0,97 0, ,68 5,16 4,79-2, ,15-0,03 0,19 0, ,25-1,40-2,29 2, ,19 3,74 Fone: Secrearia do Tesouro Nacional. Impaco Fsical: elaboração própria. Ademais, nos próprios documenos disponibilizados na pagina do Minisério da Fazenda na seção Apresenações e discursos de auoridades do Minisério da Fazenda em evenos públicos o posicionameno do minisro frene às duas siuações exremas das crises foi diferene. No seminário realizado pelo jornal O Globo em agoso de 2009 com o íulo Panorama da Economia Brasileira: superando a crise (disponível em: hp:// acesso em 29/08/2012) o minisro desaca a políica fiscal expansionisa para enfrenar a crise. Na página 23 do documeno, ele desaca a políica fiscal aiva enfaizando: expansão dos invesimenos do PAC; programa Minha Casa Minha Vida; plano safra 2009/2010; e manuenção e expansão dos programas sociais (bolsa família, aumeno do salário mínimo e redução de ribuos).

16 Porém, na mesma seção da página do Minisério da Fazenda, mas com a apresenação do minisro realizada no fórum da revisa Exame em seembro de 2011 referene à crise da Europa (disponível em: hp:// df. Acesso em 29/08/2012) com o íulo A Esraégia para Enfrenar o Aprofundameno da Crise Mundial o minisro afirma que a esraégia brasileira é de omar medidas prevenivas, na qual a primeira apresenada é a de perseguir resulado fiscal sólido de 2011 a 2014, o que implica, ainda seguindo o documeno e denro da esraégia fiscal, aumenar o resulado primário e conrolar os gasos correnes (ver página 8 do documeno). Sendo assim, ao conrário do que ocorreu no momeno da crise de 2008, o governo brasileiro resolveu adoar medidas fiscais orodoxas. No gráfico 1 é possível ver mais claramene a diferença de posura de políica econômica do governo brasileiro frene os dois momenos da crise inernacional. Em 2008, quando a axa de crescimeno do PIB rimesral começou a declinar no erceiro rimesre dese ano, as ações do governo foram no senido conracíclico de modo que o impaco fiscal se orna expansionisa durane quase odos os rimesres seguines. Iso perdura aé o final de 2009 quando a economia brasileira começa apresenar sinais de recuperação nos primeiros rimesres de 2010, enrando na fase de crescimeno. Porém, já na segunda meade dese mesmo ano o produo brasileiro começa desacelerar novamene. Nese momeno, a equipe econômica do governo brasileiro ao invés de adoar a mesma forma de ação assume ações de arrocho fiscal de al modo que a políica fiscal não foi conra-cíclica e, com isso, o impaco fiscal foi conracionisa em quase odos os rimesres de 2011, levando o produo a declinar mais ainda, aingindo no primeiro rimesre de 2012 axa de crescimeno próxima de zero. Gráfico 1 Taxa de Crescimeno do PIB e Impaco Fiscal do Governo Cenral

17 20 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0-2,0-4, Trimesre Taxa de Crescimeno do PIB Impaco Fiscal 6- Considerações Finais Na economia capialisa de produção Kalecki desenvolveu um modelo eórico com insrumenal fiscal capaz de conduzir a economia para próximo do pleno emprego. Com seu modelo a deerminação do produo e do emprego podem ser condicionados por ações arbirárias do governo para que eses se manenham no nível de alo emprego. Ademais, como propôs Wray, o esado pode inclusive ser um empregador de úlima insância, o que seria capaz de reduzir os momenos dos ciclos econômicos eviando períodos de crise. Todavia, ese insrumenal em sido pouco uilizado nese momeno de crise nas principais economias do mundo. Os países da Europa, por exemplo, seguindo a recomendação de órgãos inernacionais, oparam por medidas de arrocho fiscal de cunho orodoxa de core de despesas públicas e aumeno da arrecadação fiscal. Tais medidas em levado ao agravameno da crise e de conflios sociais que a muio empo não se vinha no coninene europeu. Essas duas formas de ações ficam mais evidenes no exemplo do Brasil, onde as medidas do governo em sido disinas em dois momenos da crise. Durane o início da crise inernacional em 2008 o Brasil opou por ações discricionárias do Esado visando reduzir e eliminar a endência declinane do seu produo. Para ano, o governo uilizou as suas finanças públicas aumenando as despesas, o que provocou impacos fiscais expansionisas durane quase odo o ano de 2009, agindo de forma ani-cíclica à

18 queda do PIB. Conudo, no momeno de agravameno da crise inernacional com os problemas vividos pelos países da Europa, a ação do governo brasileiro foi compleamene conrária no que ange a políica fiscal. O país opou por enfrenar a crise uilizando o insrumenal financeiro de redução da axa de juros, mas resolveu aumenar o resulado primário, fazendo com que o impaco fiscal durane os anos de 2011 fosse conracionisa seguindo a mesma endência do PIB, que esava em queda. Com isso, fez com que reduzissem ainda mais a axa de crescimeno da economia. Dessa forma, é de grande imporância para os países capialisa e principalmene para os países da América Laina reomar os debaes fiscais abordados no modelo de Kalecki e adequarem eses modelos e insrumenos em suas esraégias de desenvolvimeno.

19 Referências Bibliográficas FERREIRA, L.S. Disribuição de Salários na Economia Brasileira: Um esudo a parir da mariz de conabilidade social para os anos de 2001, 2005 e Tese de Douorameno. Rio de Janeiro: IE/UFRJ, HAAVELMO, T. Muliplier Effecs of a Balanced Budge. Economerica, 13 Ocober, 1945.pp HANSEN, B. Fiscal Policy in Seven Counries : Belgium, France, Germany, Ialy, Sweden, Unied Kingdom, Unied Saes. OECD KALECKI, M. Crescimeno e Ciclo das Economias Capialisas. Coleção economia e planejameno. São Paulo: Huciec, KALECKI, Michal. Três caminhos para o pleno emprego. In: KALECKI, Michal.Kalecki. São Paulo: Áica (Coleção Grandes Cienisas Sociais), KALECKI, M. Teoria da dinâmica econômica: Ensaio sobre as mudanças cíclicas e a longo prazo da economia capialisa. São Paulo: Abril Culural, KEYNES, J. M., A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. São Paulo: Ediora Alas S.A., LERNER, A. Funcional Finance and The Federal Deb. Social Research, v.10, p.38-51, LERNER, A. P. Economics of employmen. New York: McGRAW-HILL, MIGLIOLI, J. Acumulação de Capial e Demanda Efeiva. 2ª ed. São Paulo: Huciec, 2004 MINISTÉRIO DA FAZENDA. Políica Econômica e Reformas Esruurais. Minisério da Fazenda. Brasília, Disponível em: hp:// Acesso em: 05 de novembro de MINISTÉRIO DA FAZENDA. PAC e a Políica Econômica do Governo. Minisério da Fazenda. Brasília, Disponível em: hp:// apresenações 14/05/2007. Acesso em: 29 de agoso de POSSAS, M. A Dinâmica da Economia Capialisa: uma abordagem eórica. S. Paulo: Brasiliense WRAY, R. L. Trabalho e moeda hoje: a chave para o pleno emprego e a esabilidade dos preços. Tradução de José Carlos de Assis. Rio de Janeiro: UFRJ/Conrapono, 2003.

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO 1 Quesão: Um fao esilizado sobre a dinâmica do crescimeno econômico mundial é a ocorrência de divergências

Leia mais

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1.1. Disribuição, Lucro e Renda Kalecki, TDE, cap. A eoria dos lucros em um modelo simplificado Poupança e invesimeno O efeio do saldo da balança comercial

Leia mais

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1.1. Disribuição, Lucro e Renda Kalecki, TDE, cap. 5 Inrodução Produo nacional, lucros e invesimeno em um modelo simplificado Modificações no invesimeno e

Leia mais

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise 4 O Papel das Reservas no Cuso da Crise Nese capíulo buscamos analisar empiricamene o papel das reservas em miigar o cuso da crise uma vez que esa ocorre. Acrediamos que o produo seja a variável ideal

Leia mais

Política fiscal: Um resumo CAPÍTULO 26. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

Política fiscal: Um resumo CAPÍTULO 26. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Políica fiscal: Um resumo Olivier Blanchard Pearson Educaion CAPÍTULO 26 2006 Pearson Educaion Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard 26.1 Capíulo 26: Políica fiscal um resumo Resrição orçamenária do governo

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA EAE 206 Macroeconomia I 1º Semesre de 2017 Professor Fernando Rugisky Lisa de Exercícios 3 [1] Considere

Leia mais

MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS

MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS 1 Quesão: Suponha que um governo de direia decida reduzir de forma permanene o nível do seguro desemprego. Pede-se: a) Quais seriam

Leia mais

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA PDE: lucro, consumo e invesimeno 1. KLECK: DEMND EFETV, CCLO E TENDÊNC 1.1. Disribuição, Lucro e Renda PDE: lucro, consumo e invesimeno Kalecki, TDE, cap. 3 eoria dos lucros em um modelo simplificado Poupança

Leia mais

Lista de Exercícios nº 3 - Parte IV

Lista de Exercícios nº 3 - Parte IV DISCIPLINA: SE503 TEORIA MACROECONOMIA 01/09/011 Prof. João Basilio Pereima Neo E-mail: joaobasilio@ufpr.com.br Lisa de Exercícios nº 3 - Pare IV 1ª Quesão (...) ª Quesão Considere um modelo algébrico

Leia mais

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACUDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III icenciaura de Economia (ºAno/1ºS) Ano ecivo 007/008 Caderno de Exercícios Nº 1

Leia mais

3 Modelo Teórico e Especificação Econométrica

3 Modelo Teórico e Especificação Econométrica 3 Modelo Teórico e Especificação Economérica A base eórica do experimeno será a Teoria Neoclássica do Invesimeno, apresenada por Jorgensen (1963). Aneriormene ao arigo de Jorgensen, não havia um arcabouço

Leia mais

Gráfico 1 Nível do PIB: série antiga e série revista. Série antiga Série nova. através do site

Gráfico 1 Nível do PIB: série antiga e série revista. Série antiga Série nova. através do site 2/mar/ 27 A Revisão do PIB Affonso Celso Pasore pasore@acpasore.com Maria Crisina Pinoi crisina@acpasore.com Leonardo Poro de Almeida leonardo@acpasore.com Terence de Almeida Pagano erence@acpasore.com

Leia mais

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda 2. KLECK 2.. Demanda Efeiva e Disribuição de Renda Disribuição de Renda e o Efeio Muliplicador Kalecki, TDE, cap. 3 oupança e invesimeno O efeio do saldo da balança comercial e do défici orçamenário Kalecki,

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL42 Coneúdo 8 - Inrodução aos Circuios Lineares e Invarianes...1 8.1 - Algumas definições e propriedades gerais...1 8.2 - Relação enre exciação

Leia mais

3 Fluxos de capitais e crescimento econômico: o canal do câmbio

3 Fluxos de capitais e crescimento econômico: o canal do câmbio 3 Fluxos de capiais e crescimeno econômico: o canal do câmbio Nese capíulo exploraremos as implicações de um imporane canal de ransmissão pelo qual um volume maior de fluxos de capiais exernos enre países

Leia mais

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho NOTA TÉCNICA Noa Sobre Evolução da Produividade no Brasil Fernando de Holanda Barbosa Filho Fevereiro de 2014 1 Essa noa calcula a evolução da produividade no Brasil enre 2002 e 2013. Para ano uiliza duas

Leia mais

2 Reforma Previdenciária e Impactos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos

2 Reforma Previdenciária e Impactos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos Reforma Previdenciária e Impacos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos Em dezembro de 998 foi sancionada a Emenda Consiucional número 0, que modificou as regras exisenes no sisema de Previdência Social.

Leia mais

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda O efeio muliplicador e a disribuição de renda 2. KLECK 2.. Demanda Efeiva e Disribuição de Renda Disribuição de Renda e o Efeio Muliplicador Kalecki, TDE, cap. 3 oupança e invesimeno O efeio do saldo da

Leia mais

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração Teorias do Crescimeno Económico Mesrado de Economia Modelos de Crescimeno Endógeno de 1ªgeração Inrodução A primeira geração de modelos de crescimeno endógeno ena endogeneiar a axa de crescimeno de SSG

Leia mais

4 Modelagem e metodologia de pesquisa

4 Modelagem e metodologia de pesquisa 4 Modelagem e meodologia de pesquisa Nese capíulo será apresenada a meodologia adoada nese rabalho para a aplicação e desenvolvimeno de um modelo de programação maemáica linear misa, onde a função-objeivo,

Leia mais

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 163 22. PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 22.1. Inrodução Na Seção 9.2 foi falado sobre os Parâmeros de Core e

Leia mais

3 A Função de Reação do Banco Central do Brasil

3 A Função de Reação do Banco Central do Brasil 3 A Função de Reação do Banco Cenral do Brasil Nese capíulo será apresenada a função de reação do Banco Cenral do Brasil uilizada nese rabalho. A função segue a especificação de uma Regra de Taylor modificada,

Leia mais

Considere uma economia habitada por um agente representativo que busca maximizar:

Considere uma economia habitada por um agente representativo que busca maximizar: 2 Modelo da economia Uilizaram-se como base os modelos de Campos e Nakane 23 e Galí e Monacelli 22 que esendem o modelo dinâmico de equilíbrio geral de Woodford 21 para uma economia abera Exisem dois países:

Leia mais

Impulso fiscal e sustentabilidade da dívida pública

Impulso fiscal e sustentabilidade da dívida pública Impulso fiscal e susenabilidade da dívida pública Helder Ferreira de Mendonça Ocavio Vargas Freias Pinon RESUMO Ese arigo faz uma breve análise da políica fiscal brasileira no período 1998-2007 levando

Leia mais

Contabilometria. Séries Temporais

Contabilometria. Séries Temporais Conabilomeria Séries Temporais Fone: Corrar, L. J.; Theóphilo, C. R. Pesquisa Operacional para Decisão em Conabilidade e Adminisração, Ediora Alas, São Paulo, 2010 Cap. 4 Séries Temporais O que é? Um conjuno

Leia mais

Utilização de modelos de holt-winters para a previsão de séries temporais de consumo de refrigerantes no Brasil

Utilização de modelos de holt-winters para a previsão de séries temporais de consumo de refrigerantes no Brasil XXVI ENEGEP - Foraleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Ouubro de 2006 Uilização de modelos de hol-winers para a previsão de séries emporais de consumo de refrigeranes no Brasil Jean Carlos da ilva Albuquerque (UEPA)

Leia mais

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield 5 Erro de Apreçameno: Cuso de Transação versus Convenience Yield A presene seção em como objeivo documenar os erros de apreçameno implício nos preços eóricos que eviam oporunidades de arbiragem nos conraos

Leia mais

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL*

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* Nikolay Iskrev** Resumo Arigos Ese arigo analisa as fones de fluuação dos ciclos económicos em Porugal usando a meodologia de conabilidade dos ciclos

Leia mais

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares (Chiang e Wainwrigh Capíulos 17 e 18) Caracerização Geral de Equações a diferenças Lineares: Seja a seguine especificação geral de uma equação a diferença

Leia mais

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção Análise de séries de empo: modelos de suavização exponencial Profa. Dra. Liane Werner Séries emporais A maioria dos méodos de previsão se baseiam na

Leia mais

4 Análise de Sensibilidade

4 Análise de Sensibilidade 4 Análise de Sensibilidade 4.1 Considerações Gerais Conforme viso no Capíulo 2, os algorimos uilizados nese rabalho necessiam das derivadas da função objeivo e das resrições em relação às variáveis de

Leia mais

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr.

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr. Moivação rof. Lorí Viali, Dr. vialli@ma.ufrgs.br hp://www.ma.ufrgs.br/~vialli/ Na práica, não exise muio ineresse na comparação de preços e quanidades de um único arigo, como é o caso dos relaivos, mas

Leia mais

4 O modelo econométrico

4 O modelo econométrico 4 O modelo economérico O objeivo desse capíulo é o de apresenar um modelo economérico para as variáveis financeiras que servem de enrada para o modelo esocásico de fluxo de caixa que será apresenado no

Leia mais

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1.

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1. 1 Modelo de crescimeno neoclássico, unisecorial com PT e com axa de poupança exógena 1.1 Hipóeses Função de Produção Cobb-Douglas: (, ) ( ) 1 Y = F K AL = K AL (1.1) FK > 0, FKK < 0 FL > 0, FLL < 0 Função

Leia mais

Expectativas, consumo e investimento CAPÍTULO 16. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

Expectativas, consumo e investimento CAPÍTULO 16. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Expecaivas, consumo e Olivier Blanchard Pearson Educaion CAPÍTULO 16 16.1 Consumo A eoria do consumo foi desenvolvida na década de 1950 por Milon Friedman, que a chamou de eoria do consumo da renda permanene,

Leia mais

3 Metodologia 3.1. O modelo

3 Metodologia 3.1. O modelo 3 Meodologia 3.1. O modelo Um esudo de eveno em como obeivo avaliar quais os impacos de deerminados aconecimenos sobre aivos ou iniciaivas. Para isso são analisadas as diversas variáveis impacadas pelo

Leia mais

P IBpm = C+ I+ G+X F = = b) Despesa Nacional. PNBpm = P IBpm+ RF X = ( ) = 59549

P IBpm = C+ I+ G+X F = = b) Despesa Nacional. PNBpm = P IBpm+ RF X = ( ) = 59549 Capíulo 2 Soluções: Medição da Acividade Económica Exercício 24 (PIB pelaópica da despesa) i. Usando os valores da abela que consa do enunciado, a solução das várias alíneas é imediaa, basando para al

Leia mais

Circuitos Elétricos I EEL420

Circuitos Elétricos I EEL420 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL420 Coneúdo 1 - Circuios de primeira ordem...1 1.1 - Equação diferencial ordinária de primeira ordem...1 1.1.1 - Caso linear, homogênea, com

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA

CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA Inrodução Ese arigo raa de um dos assunos mais recorrenes nas provas do IME e do ITA nos úlimos anos, que é a Cinéica Química. Aqui raamos principalmene dos

Leia mais

Tabela: Variáveis reais e nominais

Tabela: Variáveis reais e nominais Capíulo 1 Soluções: Inrodução à Macroeconomia Exercício 12 (Variáveis reais e nominais) Na abela seguine enconram se os dados iniciais do exercício (colunas 1, 2, 3) bem como as soluções relaivas a odas

Leia mais

MATEMÁTICA. Prof. Favalessa REVISÃO GERAL

MATEMÁTICA. Prof. Favalessa REVISÃO GERAL MATEMÁTICA Prof. Favalessa REVISÃO GERAL. Em um cero grupo de pessoas, 40 falam inglês, 3 falam espanhol, 0 falam francês, falam inglês e espanhol, 8 falam inglês e francês, 6 falam espanhol e francês,

Leia mais

DFB 2006 Economia para Advogados: Microeconomia. Lista de exercícios sobre peso morto do imposto e de barreiras comerciais.

DFB 2006 Economia para Advogados: Microeconomia. Lista de exercícios sobre peso morto do imposto e de barreiras comerciais. FB 2006 Economia para Advogas: Microeconomia. Lisa de exercícios sobre peso moro imposo e de barreiras comerciais. Robero Guena de Oliveira 12 de junho de 2011 1. O merca de pizza se caraceriza por uma

Leia mais

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico 30 Capíulo 2: Proposa de um Novo Reificador Trifásico O mecanismo do descobrimeno não é lógico e inelecual. É uma iluminação suberrânea, quase um êxase. Em seguida, é cero, a ineligência analisa e a experiência

Leia mais

Índice de Avaliação de Obras - 15

Índice de Avaliação de Obras - 15 Índice de Avaliação de Obras - 15 Assim sendo e de modo idênico ao apresenado na meodologia do ID, o cumprimeno do que foi programado indica no Índice de Avaliação de Obras, IAO, ambém o valor 1 (hum).

Leia mais

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto Exercícios sobre o Modelo Logísico Discreo 1. Faça uma abela e o gráfico do modelo logísico discreo descrio pela equação abaixo para = 0, 1,..., 10, N N = 1,3 N 1, N 0 = 1. 10 Solução. Usando o Excel,

Leia mais

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço 5 Meodologia Probabilísica de Esimaiva de Reservas Considerando o Efeio-Preço O principal objeivo desa pesquisa é propor uma meodologia de esimaiva de reservas que siga uma abordagem probabilísica e que

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara Insiuo de Física USP Física V - Aula 6 Professora: Mazé Bechara Aula 6 Bases da Mecânica quânica e equações de Schroedinger. Aplicação e inerpreações. 1. Ouros posulados da inerpreação de Max-Born para

Leia mais

4 Análise Empírica. 4.1 Definição da amostra de cada país

4 Análise Empírica. 4.1 Definição da amostra de cada país 57 4 Análise Empírica As simulações apresenadas no capíulo anerior indicaram que a meodologia desenvolvida por Rigobon (2001 é aparenemene adequada para a análise empírica da relação enre a axa de câmbio

Leia mais

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa 42 3 Meodologia do Esudo 3.1. Tipo de Pesquisa A pesquisa nese rabalho pode ser classificada de acordo com 3 visões diferenes. Sob o pono de visa de seus objeivos, sob o pono de visa de abordagem do problema

Leia mais

FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, BRASIL,

FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, BRASIL, FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, BRASIL, 993-0 Alfredo Tsunechiro (), Vagner Azarias Marins (), Maximiliano Miura (3) Inrodução O milho safrinha é

Leia mais

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição Análise de séries de empo: modelos de decomposição Profa. Dra. Liane Werner Séries de emporais - Inrodução Uma série emporal é qualquer conjuno de observações ordenadas no empo. Dados adminisraivos, econômicos,

Leia mais

INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO

INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO Luiz Henrique Paraguassú de Oliveira 1, Paulo Robero Guimarães Couo 1, Jackson da Silva Oliveira 1, Walmir Sérgio da Silva 1, Paulo Lyra Simões

Leia mais

Professor: Danilo Dacar

Professor: Danilo Dacar Progressão Ariméica e Progressão Geomérica. (Pucrj 0) Os números a x, a x e a x esão em PA. A soma dos números é igual a: a) 8 b) c) 7 d) e) 0. (Fuves 0) Dadas as sequências an n n, n n cn an an b, e b

Leia mais

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas Séries de Tempo Inrodução José Faardo EBAPE- Fundação Geulio Vargas Agoso 0 José Faardo Séries de Tempo . Por quê o esudo de séries de empo é imporane? Primeiro, porque muios dados econômicos e financeiros

Leia mais

Professor: Danilo Dacar

Professor: Danilo Dacar . (Pucrj 0) Os números a x, a x e a3 x 3 esão em PA. A soma dos 3 números é igual a: é igual a e o raio de cada semicírculo é igual à meade do semicírculo anerior, o comprimeno da espiral é igual a a)

Leia mais

Interbits SuperPro Web

Interbits SuperPro Web Inerbis SuperPro Web 1. O lucro de uma empresa é dado pela expressão maemáica L R C, onde L é o lucro, o cuso da produção e R a receia do produo. Uma fábrica de raores produziu n unidades e verificou que

Leia mais

DISCIPLINA SÉRIE CAMPO CONCEITO

DISCIPLINA SÉRIE CAMPO CONCEITO Log Soluções Reforço escolar M ae máica Dinâmica 4 2ª Série 1º Bimesre DISCIPLINA SÉRIE CAMPO CONCEITO Maemáica 2ª do Ensino Médio Algébrico simbólico Função Logarímica Primeira Eapa Comparilhar Ideias

Leia mais

Introdução aos multivibradores e circuito integrado 555

Introdução aos multivibradores e circuito integrado 555 2 Capíulo Inrodução aos mulivibradores e circuio inegrado 555 Mea dese capíulo Enender o princípio de funcionameno dos diversos ipos de mulivibradores e esudo do circuio inegrado 555. objeivos Enender

Leia mais

4 O Fenômeno da Estabilidade de Tensão [6]

4 O Fenômeno da Estabilidade de Tensão [6] 4 O Fenômeno da Esabilidade de Tensão [6] 4.1. Inrodução Esabilidade de ensão é a capacidade de um sisema elérico em maner ensões aceiáveis em odas as barras da rede sob condições normais e após ser submeido

Leia mais

4 Método de geração de cenários em árvore

4 Método de geração de cenários em árvore Méodo de geração de cenários em árvore 4 4 Méodo de geração de cenários em árvore 4.. Conceios básicos Uma das aividades mais comuns no mercado financeiro é considerar os possíveis esados fuuros da economia.

Leia mais

2 Conceitos Iniciais. 2.1 Definições Básicas

2 Conceitos Iniciais. 2.1 Definições Básicas Conceios Iniciais Ese capíulo esá dividido em rês seções. A primeira explica conceios básicos que serão usados de forma recorrene ao longo da pesquisa como noação e alguns ermos écnicos. A segunda seção

Leia mais

Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos

Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos Os ponos de equilíbrio de um modelo esão localizados onde o gráfico de + versus cora a rea definida pela equação +, cuja inclinação é (pois forma um ângulo

Leia mais

Aplicações à Teoria da Confiabilidade

Aplicações à Teoria da Confiabilidade Aplicações à Teoria da ESQUEMA DO CAPÍTULO 11.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS 11.2 A LEI DE FALHA NORMAL 11.3 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL 11.4 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL E A DISTRIBUIÇÃO DE POISSON 11.5 A LEI

Leia mais

Niterói, Dezembro de 2004.

Niterói, Dezembro de 2004. O Défici Público de Alo Emprego: uma Aplicação para o Caso Brasileiro Disseração final de curso apresenada como requisio à obenção ao íulo de mesre em Economia da Universidade Federal Fluminense, sob a

Leia mais

Calcule a área e o perímetro da superfície S. Calcule o volume do tronco de cone indicado na figura 1.

Calcule a área e o perímetro da superfície S. Calcule o volume do tronco de cone indicado na figura 1. 1. (Unesp 017) Um cone circular reo de gerariz medindo 1 cm e raio da base medindo 4 cm foi seccionado por um plano paralelo à sua base, gerando um ronco de cone, como mosra a figura 1. A figura mosra

Leia mais

A entropia de uma tabela de vida em previdência social *

A entropia de uma tabela de vida em previdência social * A enropia de uma abela de vida em previdência social Renao Marins Assunção Leícia Gonijo Diniz Vicorino Palavras-chave: Enropia; Curva de sobrevivência; Anuidades; Previdência Resumo A enropia de uma abela

Leia mais

Modelos Não-Lineares

Modelos Não-Lineares Modelos ão-lineares O modelo malhusiano prevê que o crescimeno populacional é exponencial. Enreano, essa predição não pode ser válida por um empo muio longo. As funções exponenciais crescem muio rapidamene

Leia mais

Série Textos para Discussão

Série Textos para Discussão Universidade Federal do Rio de J a neiro nsiuo de Economia Disribuição de renda e crescimeno econômico nível de produo na eoria de Kaleci. TD. 00/00 André Abuquerque Série Texos para Discussão Disribuição

Leia mais

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO Breno Richard Brasil Sanos

Leia mais

Problema de controle ótimo com equações de estado P-fuzzy: Programação dinâmica

Problema de controle ótimo com equações de estado P-fuzzy: Programação dinâmica Problema de conrole óimo com equações de esado P-fuzzy: Programação dinâmica Michael Macedo Diniz, Rodney Carlos Bassanezi, Depo de Maemáica Aplicada, IMECC, UNICAMP, 1383-859, Campinas, SP diniz@ime.unicamp.br,

Leia mais

Movimento unidimensional 25 MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL

Movimento unidimensional 25 MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL Movimeno unidimensional 5 MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL. Inrodução Denre os vários movimenos que iremos esudar, o movimeno unidimensional é o mais simples, já que odas as grandezas veoriais que descrevem o

Leia mais

Políticas econômicas e concorrência perfeita

Políticas econômicas e concorrência perfeita Políicas econômicas e concorrência perfeia Robero Guena 10deouubrode2017 USP Preços máximos Preços máximos Preço máximo inócuo Preço máximo efeivo preço preço P E preço máximo Demanda P E Escassez preço

Leia mais

FINANÇAS EMPRESARIAIS I

FINANÇAS EMPRESARIAIS I 8. Invesimeno em Obrigações 1 8.1. Aspecos gerais 8.2. O cupão 8.3. Reembolso de um emprésimo obrigacionisa Bibliografia: Canadas, Naália (1998), A Maemáica do Financiameno e das Aplicações de Capial,

Leia mais

3 Uma metodologia para validação estatística da análise técnica: a busca pela homogeneidade

3 Uma metodologia para validação estatística da análise técnica: a busca pela homogeneidade 3 Uma meodologia para validação esaísica da análise écnica: a busca pela homogeneidade Ese capíulo em como objeivo apresenar uma solução para as falhas observadas na meodologia uilizada por Lo e al. (2000)

Leia mais

Impulso Fiscal e sustentabilidade da dívida pública: uma análise para o caso brasileiro

Impulso Fiscal e sustentabilidade da dívida pública: uma análise para o caso brasileiro Impulso Fiscal e susenabilidade da dívida pública: uma análise para o caso brasileiro Resumo Helder Ferreira de Mendonça 1 Ocavio Vargas Freias Pinon 2 O presene rabalho apresena uma análise para a políica

Leia mais

MATEMÁTICA APLICADA AO PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO E LOGÍSTICA. Silvio A. de Araujo Socorro Rangel

MATEMÁTICA APLICADA AO PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO E LOGÍSTICA. Silvio A. de Araujo Socorro Rangel MAEMÁICA APLICADA AO PLANEJAMENO DA PRODUÇÃO E LOGÍSICA Silvio A. de Araujo Socorro Rangel saraujo@ibilce.unesp.br, socorro@ibilce.unesp.br Apoio Financeiro: PROGRAMA Inrodução 1. Modelagem maemáica: conceios

Leia mais

3 LTC Load Tap Change

3 LTC Load Tap Change 54 3 LTC Load Tap Change 3. Inrodução Taps ou apes (ermo em poruguês) de ransformadores são recursos largamene uilizados na operação do sisema elérico, sejam eles de ransmissão, subransmissão e disribuição.

Leia mais

5 Resultados empíricos Efeitos sobre o forward premium

5 Resultados empíricos Efeitos sobre o forward premium 5 Resulados empíricos Efeios sobre o forward premium A moivação para a esimação empírica das seções aneriores vem da relação enre a inervenção cambial eserilizada e o prêmio de risco cambial. Enreano,

Leia mais

3 Estudo da Barra de Geração [1]

3 Estudo da Barra de Geração [1] 3 Esudo da Barra de eração [1] 31 Inrodução No apíulo 2, raou-se do máximo fluxo de poência aiva e reaiva que pode chear à barra de cara, limiando a máxima cara que pode ser alimenada, e do possível efeio

Leia mais

Confiabilidade e Taxa de Falhas

Confiabilidade e Taxa de Falhas Prof. Lorí Viali, Dr. hp://www.pucrs.br/fama/viali/ viali@pucrs.br Definição A confiabilidade é a probabilidade de que de um sisema, equipameno ou componene desempenhe a função para o qual foi projeado

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA MONOGRAFIA DE FINAL DE CURSO

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA MONOGRAFIA DE FINAL DE CURSO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA MONOGRAFIA DE FINAL DE CURSO EFEITO DA EVOLUÇÃO DO ESTOQUE DE MÃO-DE-OBRA QUALIFICADA SOBRE O PRODUTO POTENCIAL BRASILEIRO. Rodrigo

Leia mais

Tópicos Especiais em Energia Elétrica (Projeto de Inversores e Conversores CC-CC)

Tópicos Especiais em Energia Elétrica (Projeto de Inversores e Conversores CC-CC) Deparameno de Engenharia Elérica Tópicos Especiais em Energia Elérica () ula 2.2 Projeo do Induor Prof. João mérico Vilela Projeo de Induores Definição do úcleo a Fig.1 pode ser observado o modelo de um

Leia mais

Capítulo 2 EFEITOS NO NÍVEL DE PRODUTO DA ECONOMIA CAUSADOS POR ALTERAÇÕES MONETÁRIAS EXÓGENAS

Capítulo 2 EFEITOS NO NÍVEL DE PRODUTO DA ECONOMIA CAUSADOS POR ALTERAÇÕES MONETÁRIAS EXÓGENAS Capíulo 2 EFEITOS NO NÍVEL DE PRODUTO DA ECONOIA CAUSADOS POR ALTERAÇÕES ONETÁRIAS EXÓGENAS 2.. INTRODUÇÃO Nese capíulo analisamos uma economia similar à considerada no capíulo anerior, mas com a diferença

Leia mais

Voo Nivelado - Avião a Hélice

Voo Nivelado - Avião a Hélice - Avião a Hélice 763 º Ano da icenciaura em ngenharia Aeronáuica edro. Gamboa - 008. oo de ruzeiro De modo a prosseguir o esudo analíico do desempenho, é conveniene separar as aeronaves por ipo de moor

Leia mais

TIR Taxa Interna de Retorno LCF Economia de Recursos Florestais 2009

TIR Taxa Interna de Retorno LCF Economia de Recursos Florestais 2009 TIR Taxa Inerna de Reorno LCF 685-Economia de Recursos Floresais 2009 TIR: Taxa Inerna de Reorno AT Taxa Inerna de Reorno (TIR)de um projeo é aquela que orna o valor presene das receias menos o valor presene

Leia mais

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos.

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos. 4 Meodologia Proposa para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Mone Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algorimos Genéicos. 4.1. Inrodução Nese capíulo descreve-se em duas pares a meodologia

Leia mais

F B d E) F A. Considere:

F B d E) F A. Considere: 5. Dois corpos, e B, de massas m e m, respecivamene, enconram-se num deerminado insane separados por uma disância d em uma região do espaço em que a ineração ocorre apenas enre eles. onsidere F o módulo

Leia mais

Texto para discussão nº 11/2004 O CANAL DE TRANSMISSÃO DA POLÍTICA CAMBIAL: O PROBLEMA DO BRASIL NA TRANSIÇÃO DO REAL

Texto para discussão nº 11/2004 O CANAL DE TRANSMISSÃO DA POLÍTICA CAMBIAL: O PROBLEMA DO BRASIL NA TRANSIÇÃO DO REAL UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS CENTRO DE PESQUISA E EXTENSÃO DA FEAC Texo para discussão Texo para discussão nº /2004 O CANAL DE TRANSMISSÃO DA

Leia mais

5.3 Escalonamento FCFS (First-Come, First Served)

5.3 Escalonamento FCFS (First-Come, First Served) c prof. Carlos Maziero Escalonameno FCFS (Firs-Come, Firs Served) 26 5.3 Escalonameno FCFS (Firs-Come, Firs Served) A forma de escalonameno mais elemenar consise em simplesmene aender as arefas em sequência,

Leia mais

CINÉTICA RADIOATIVA. Introdução. Tempo de meia-vida (t 1/2 ou P) Atividade Radioativa

CINÉTICA RADIOATIVA. Introdução. Tempo de meia-vida (t 1/2 ou P) Atividade Radioativa CIÉTIC RDIOTIV Inrodução Ese arigo em como objeivo analisar a velocidade dos diferenes processos radioaivos, no que chamamos de cinéica radioaiva. ão deixe de anes esudar o arigo anerior sobre radioaividade

Leia mais

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Dinâmicos

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Dinâmicos Análise de Projecos ESAPL / IPVC Criérios de Valorização e Selecção de Invesimenos. Méodos Dinâmicos Criério do Valor Líquido Acualizado (VLA) O VLA de um invesimeno é a diferença enre os valores dos benefícios

Leia mais

4 Filtro de Kalman. 4.1 Introdução

4 Filtro de Kalman. 4.1 Introdução 4 Filro de Kalman Ese capíulo raa da apresenação resumida do filro de Kalman. O filro de Kalman em sua origem na década de sessena, denro da área da engenharia elérica relacionado à eoria do conrole de

Leia mais

3 O Modelo SAGA de Gestão de Estoques

3 O Modelo SAGA de Gestão de Estoques 3 O Modelo SG de Gesão de Esoques O Sisema SG, Sisema uomaizado de Gerência e poio, consise de um sofware conendo um modelo maemáico que permie fazer a previsão de iens no fuuro com base nos consumos regisrados

Leia mais

Curso Gabarito Macroeconomia Desinflação e Curva de Phillips. Prof.: Antonio Carlos Assumpção

Curso Gabarito Macroeconomia Desinflação e Curva de Phillips. Prof.: Antonio Carlos Assumpção Curso Gabario Macroeconomia Desinflação e Curva de Phillips Prof.: Anonio Carlos Assumpção Produo, Desempreo e Inflação Ese exemplo (capíulo 7 Blanchard) baseia-se em rês relações: A lei de Okun, que relaciona

Leia mais

Capítulo 11. Corrente alternada

Capítulo 11. Corrente alternada Capíulo 11 Correne alernada elerônica 1 CAPÍULO 11 1 Figura 11. Sinais siméricos e sinais assiméricos. -1 (ms) 1 15 3 - (ms) Em princípio, pode-se descrever um sinal (ensão ou correne) alernado como aquele

Leia mais

Antes de mais nada, é importante notar que isso nem sempre faz sentido do ponto de vista biológico.

Antes de mais nada, é importante notar que isso nem sempre faz sentido do ponto de vista biológico. O modelo malusiano para empo conínuo: uma inrodução não rigorosa ao cálculo A dinâmica de populações ambém pode ser modelada usando-se empo conínuo, o que é mais realisa para populações que se reproduzem

Leia mais

Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1

Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1 Jovens no mercado de rabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1 Luís Abel da Silva Filho 2 Fábio José Ferreira da Silva 3 Silvana Nunes de Queiroz 4 Resumo: Nos anos 1990,

Leia mais

Contrato Futuro de Taxa Média das Operações Compromissadas de Um Dia (OC1) com Lastro em Títulos Públicos Federais

Contrato Futuro de Taxa Média das Operações Compromissadas de Um Dia (OC1) com Lastro em Títulos Públicos Federais Conrao Fuuro de Taxa Média das Operações Compromissadas de Um Dia (OC1) com Lasro em Tíulos Públicos Federais Especificações 1. Definições Conrao Fuuro de OC1: Taxa Média das Operações Compromissadas de

Leia mais

3 Modelos de Markov Ocultos

3 Modelos de Markov Ocultos 23 3 Modelos de Markov Oculos 3.. Processos Esocásicos Um processo esocásico é definido como uma família de variáveis aleaórias X(), sendo geralmene a variável empo. X() represena uma caracerísica mensurável

Leia mais

3 A Formação de Preços dos Futuros Agropecuários

3 A Formação de Preços dos Futuros Agropecuários 3 A ormação de Preços dos uuros Agropecuários Para avaliar a formação de preços nos mercados fuuros agropecuários é necessária uma base de comparação Para al base, esa disseração usa os preços que, em

Leia mais