UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA DOIS ENSAIOS EM MACROECONOMIA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA DOIS ENSAIOS EM MACROECONOMIA"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA Marcus Vinicius Amaral e Silva DOIS ENSAIOS EM MACROECONOMIA João Pessoa 2014

2 Marcus Vinicius Amaral e Silva DOIS ENSAIOS EM MACROECONOMIA Disseração apresenada ao Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal da Paraíba como requisio para obenção do íulo de Mesre em Economia. Orienador: Prof. Dr. Edilean Kleber da Silva Bejanaro Aragón João Pessoa 2014

3 S586d Silva, Marcus Vinícius Amaral e. Dois ensaios em macroeconomia / Marcus Vinícius Amaral e Silva.- João Pessoa, f. : il. Orienador: Edilean Kleber da Silva Bejanaro Aragón Disseração (Mesrado) UFPB/CCSA 1. Macroeconomia. 2. Regra de posiiva moneária. 3.Regressores endógenos. 4. Quebras esruurais.

4 Marcus Vinicius Amaral e Silva DOIS ENSAIOS EM MACROECONOMIA Disseração apresenada ao Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal da Paraíba como requisio para obenção do íulo de Mesre em Economia. COMISSÃO EXAMINADORA Professor Dr. Edilean Kleber da Silva Bejanaro Aragón PPGE/CCSA/UFPB Orienador Professor Dr. Bruno Ferreira Frascaroli PPGE/CCSA/UFPB Examinador Inerno Professor Dr. Jorge Luiz Mariano da Silva PPECO/UFRN Examinador Exerno

5 Lisa de Figuras Capíulo 1 Figura A1: Taxa de juros Selic (i ) Figura A2: Hiao do produo (y ) Figura A3: Desvio da inflação em orno de sua mea (Dj ) Figura A4: Variação cambial (q ) Capíulo 2 Figura A1: Inflação (π ) Figura A2: Expecaiva de inflação (E π +1 ) Figura A3: Hiao do produo (y HP, y LT, y QT ) Figura A4: Taxa de desemprego (u ) Figura A5: Taxa Selic (i 1 ) Figura A6: Variação da inflação ( π 1 )... 60

6 Lisa de Tabelas Capíulo 1 Tabela 1: Teses de raiz uniária Tabela 2: Esaísicas de ese para esabilidade da forma reduzida Tabela 3: Esaísicas de ese para esabilidade da equação esruural Modelo I Tabela 4: Tese de Wald para quebras em comum Modelo I Tabela 5: Esaísicas de ese para esabilidade da equação esruural - Modelo II Tabela 6: Tese de Wald para quebras em comum Modelo II Tabela 7: Esaísicas de ese para esabilidade da equação esruural Modelo III Tabela 8: Tese de Wald para quebras em comum Modelo III Tabela 9: Esimaiva das funções de reação do BCB Tabela A1: Modelo I Inervalos de confiança dos ponos de quebra Tabela A2: Modelo II - Inervalos de confiança dos ponos de quebra Tabela A3: Modelo III - Inervalos de confiança dos ponos de quebra Capíulo 2 Tabela 1: Teses de raiz uniária Tabela 2: Teses para variáveis endógenas e insrumenos fracos Tabela 3: Teses para quebras esruurais nas formas reduzidas Modelo I Tabela 4: Teses para quebras esruurais na CPNK Modelo I Tabela 5: Tese de Wald para quebras em comum Modelo I Tabela 6: Teses para quebras esruurais nas formas reduzidas Modelo II Tabela 7: Teses para quebras esruurais na CPNK Modelo II Tabela 8: Tese de Wald para quebras em comum Modelo II Tabela 9: Esimaiva da CPNK Modelo I Tabela 10: Esimaiva da CPNK Modelo II Tabela A1: Esaísicas descriivas das variáveis do modelo... 61

7 Sumário 1 Tesando quebras esruurais em uma regra de políica moneária com regressores endógenos: Inrodução Modelo eórico Meodologia de múliplas quebras com regressores endógenos Lieraura de mudança esruural com regressores endógenos Modelo empírico Resulados Descrição dos dados Esimação da função de reação do BCB Conclusão...26 Referências Apêndice A - Evolução das séries uilizadas Apêndice B - Inervalos de confiança para os ponos de quebra Esimaiva da Curva de Phillips para o Brasil: quebras esruurais e endogeniedade Inrodução Modelo eórico Esraégia empírica Resulados Descrição dos dados Resulados dos modelos esimados Considerações finais...55 Referências Anexo A - Evolução das variáveis do modelo Anexo B Esaísicas descriivas... 61

8 5 Capíulo 1 Tesando quebras esruurais em uma regra de políica moneária com regressores endógenos: um esudo para o Brasil Resumo: Ese esudo realiza eses de quebra esruural na função de reação do Banco Cenral do Brasil para avaliar possíveis mudanças na condução da políica moneária domésica, levando-se em cona que os regressores da função de reação são poencialmene variáveis endógenas. Para iso, é uilizada a meodologia desenvolvida por Hall e al. (2012) que, uilizando uma exensão da esruura desenvolvida por Bai e Perron (1998), elaboram um méodo capaz de idenificar múliplas quebras esruurais em períodos desconhecidos. Os principais resulados aponam para a presença de quebras esruurais nas rês funções de reação esudadas. Além disso, as ações da políica moneária, por meio da axa de juros Selic, parecem sofrer maior influência dos desvios da inflação em orno de sua mea, comparaivamene a variações no hiao do produo e na axa de câmbio. Palavras-chave: Regra de posiiva moneária Regressores endógenos Quebras esruurais Brasil Absrac: This paper conducs ess for srucural breaks in he reacion funcion of he Cenral Bank of Brazil o evaluae possible changes in he conduc of moneary policy in Brazil, aking ino accoun he reacion funcion of he regressors are poenially endogenous variables. For his, we uses he mehodology developed by Hall e al. (2012) who, using an exension of he framework developed by Bai and Perron (1998), develops a mehod capable of idenifying muliple srucural breaks a unknown periods. The main resuls indicae presence of srucural breaks in he hree reacion funcions sudied. Furhermore, he acions of moneary policy hrough ineres rae Selic seem o suffer greaer influence of deviaions of inflaion around is arge, compared o changes in he oupu gap and he exchange rae. Keywords: Moneary policy rule Endogenous Regressors Muliple srucural breaks Brazil

9 6 1.1 Inrodução A publicação do rabalho seminal de Taylor (1993) desencadeou uma série de esudos sobre como os formuladores de políica moneária aleram as axas de juros. A especificação elaborada pelo auor, conhecida como Regra de Taylor, conseguiu descrever, de maneira adequada, o caminho da axa básica de juros americana (Fed Funds rae) para o período de 1987 a Segundo al regra, a auoridade moneária eleva a axa de juros em resposa aos desvios da inflação em orno de sua mea e ao hiao do produo. Oura imporane especificação é o modelo forward-looking proposo Clarida e al. (1998, 2000). De acordo com essa regra, a axa de juros correne é modificada com base no valor fuuro esperado da inflação e do hiao do produo. Na lieraura brasileira, uma série de esudos buscam esimar a função de reação do Banco Cenral do Brasil (BCB). Silva e Porugal (2001) uilizam modelos de Veores Auorregressivos (VAR) para esar a eficácia das meas de inflação no Brasil. É esimada uma Regra de Taylor para o período anerior e poserior à adoção do regime de meas. Os resulados do esudo indicam que a implemenação de meas de inflação foi um imporane mecanismo para maner a inflação sob conrole. Aravés de uma função de reação forward-looking, Minella e al. (2003) mosram que, durane o regime de meas de inflação, a axa de juros reagiu foremene às expecaivas de inflação. Resulado similar foi enconrado por Holland (2005), Policano e Bueno (2006), Soares e Barbosa (2006) e Teles e Brundo (2006). As possíveis diferenças na condução da políica moneária pelo BCB durane as presidências de Armínio Fraga e Henrique Meirelles são invesigadas por Neo e Porugal (2007). Os resulados aponam que, mesmo diane de algumas mudanças nos deerminanes do processo de omada de decisão, há fores evidências de que há uma coninuidade e compromeimeno com o regime de meas de inflação. Moura e Carvalho (2010) esimam 16 diferenes especificações da Regra de Taylor para as see maiores economias da América Laina. Os resulados para o Brasil aponam que o BCB apresena preferências assiméricas em relação à inflação, alerando a axa de juros de forma mais agressiva, quando a inflação esá abaixo da mea, comparaivamene à siuação em que a inflação esá acima da mea. Aragón e Porugal (2010), uilizando o modelo proposo por Surico (2007a), enconram resulados semelhanes. É comum, na lieraura, a presença de esudos que consideram que os parâmeros da Regra de Taylor são consanes ao longo do empo. Sob essa condição, mudanças de políica implemenadas não modificariam a relação enre as variáveis do modelo. Conudo, é basane

10 7 razoável considerar que ais mudanças podem compromeer a esabilidade dos parâmeros. O esudo da função de reação em uma economia como a brasileira que, mesmo sob o regime de meas, em apresenado significaiva variância na inflação, deve considerar a provável exisência de insabilidade nos parâmeros. Como observado por Esrella e Fuhrer (2003), agenes privados forward-looking em suas decisões afeadas, em pare, pela previsão que ais agenes fazem sobre as ações dos formadores de políica. Quando ocorrem, por exemplo, mudanças na políica moneária, a previsão dos agenes sobre as ações fuuras de políica deve mudar. Modifica-se, porano, o comporameno dos agenes. De acordo com essa argumenação lógica, conhecida como a críica de Lucas (1976), um modelo bem especificado deve considerar a possível insabilidade de seus parâmeros, podendo, caso conrário, incorrer em erros de especificação. No ano de 1998, em um cenário de alo défici em cona correne e baixas reservas inernacionais, o BCB decreou o fim da âncora cambial e adoou, em 18 de janeiro de 1999, o regime de câmbio fluuane. Em 21 de junho do mesmo ano, é implemenado o regime de meas de inflação. Dessa forma, o Comiê de Políica Moneária (Copom) passa a alerar a axa de juros Selic com o objeivo de maner a inflação denro da mea esabelecida pelo Conselho Moneário Nacional (CMN). Não obsane o esforço das auoridades moneárias em maner baixa a inflação, esa enconrava-se acima de 8% em 1999, chegando a mais de 12% em A inflação apresenou períodos de significaiva variação, mesmo diane do regime de meas e, salvo raras ocasiões, em se manido próximo ao eo da mea ao logo dos anos. O comporameno irregular da axa de juros no Brasil é um indicaivo de que, no período de meas inflacionárias, pode er ocorrido uma, ou mais, quebras esruurais na função de reação do BCB. Dada a discussão supraciada, o objeivo dese esudo é realizar eses de quebra esruural para avaliar possíveis mudanças na condução da políica moneária no Brasil, levando-se em cona que os regressores da função de reação são poencialmene variáveis endógenas. Para iso, é uilizada a meodologia desenvolvida por Hall e al. (2012) que, uilizando uma exensão da esruura desenvolvida por Bai e Perron (1998), elaboram um méodo capaz de idenificar múliplas quebras esruurais em períodos desconhecidos. A esraégia empírica é uilizada para rês diferenes funções de reação, que são comumene observadas na lieraura. Os principais resulados aponam para a presença de quebras esruurais em ambos os modelos esudados. As quebras enconradas parecem esar relacionadas à períodos de insabilidades macroeconômica. Além disso, a resposa da Selic aos desvios da inflação em orno de sua mea apresenou fore variação posiiva a parir da quebra

11 8 esruural enconrada em março de Por fim, os resulados indicam que houve uma significaiva mudança na resposa de longo prazo da axa de juros Selic à variações na inflação, nos períodos poseriores às mudanças esruurais. Os coeficienes associados ao hiao do produo e à variações na axa de câmbio não foram significaivos, de modo que nada se pode concluir a cerca dessas variáveis. O presene esudo esá subdividido em 4 seções, além desa inrodução. Na seção 1.2, apresena-se a fundamenação eórica e as diferenes especificações da regra de políica que serão esimadas. Na seção 1.3, descreve-se a meodologia para esar a presença de múliplas quebras esruurais em regressões lineares com regressores endógenos. A seção 1.4 apresena e analisa os resulados obidos por meio do emprego da esraégia economérica de mudança esruural. Por fim, a seção 1.5 raz as conclusões do rabalho. 1.2 Modelo eórico É apresenada nesa seção as regras de axa de juros que serão esimadas para verificar a possível exisência de quebras esruurais na reação do BCB com relação à inflação e hiao do produo. Tal como Aragon e Medeiros (2014), segue-se Clarida e al. (1999) e considera-se um modelo Novo-Keynesiano padrão com rês componenes: o primeiro componene é formado por duas equações de resrição uma curva IS e uma curva de Phillips que descrevem a dinâmica do produo e da inflação, respecivamene; o segundo é a função perda da auoridade moneária; e o erceiro mosra como o banco cenral seleciona a axa de juros básica da economia. As resrições de oimização, dadas pela curva IS e curva de Phillips, são: y E y u (1) 1 ( i E 1) 1 s d E ky u (2) onde y é a diferença enre o produo efeivo e o produo poencial, iso é, o hiao do produo; E y +1 é o valor esperado em para o hiao do produo em +1; i é a axa de juros; d E π +1 é o valor esperado em para a inflação em +1; e π é a axa de inflação correne. Já u s e u represenam, respecivamene, um choque de demanda e um choque de ofera, e são dados por processos auorregressivos, na seguine forma: u d u u (3) u d d 1 d

12 9 u s u u (4) u s s 1 s d s onde u 1 e u 1 são, respecivamene, variáveis i.i.d com média zero e variância σ 2 μ d e σ 2 μ s. Os parâmeros ρ u d e ρ u s variam enre zero e um. O valor esperado do hiao do produo, presene na curva IS, é um componene de suavização e mosra que um aumeno esperado do consumo eleva o consumo presene das famílias. A curva IS, apresenada pela Eq. (1), difere da curva IS radicional, já que o produo correne depende dos valores esperados do produo e da axa de juros. Na curva de Phillips (Eq. 2), o parâmero α é um valor posiivo que indica a probabilidade das empresas manerem o preço fixo em qualquer período emporal. Quano maior for a inflação esperada, maior será o reajuse dos preços pelas empresas. A auoridade moneária busca, por meio da escolha da axa de juros correne, i, minimizar sua função perda. Assim, supondo que a omada de decisão ocorra anes dos choques u d e u s, a auação do banco cenral esá sujeia às informações disponíveis no fim do período anerior, conforme a equação: E 1 0 L (5) onde δ é o faor de descono fixado. Assim, deve-se minimiza a Eq (5) sujeia às Eqs (1) e (2). Nesse senido, a função perda, para o período é dada por: L 1 * 2 ( ) y 2 2 ( i i i * ) 2 ( i i i 1 ) 2 (6) de modo que π represena a mea de inflação, λ é o peso relaivo sobre o desvio do produo em relação ao produo poencial, e μ i e μ Δi são os pesos relaivos dados à esabilização da axa de juros em orno da mea para a axa de juros, i *, e da axa de juros em 1. Supõe-se, para resolução do problema de oimização ineremporal do banco cenral, que as expecaivas das variáveis fuuras são dadas, ou seja, a políica moneária é discricionária. Não havendo persisência endógena na inflação e no hiao do produo, o problema de oimização ineremporal é reduzido a um problema de oimização esáica. Obêm-se, porano, por meio da condição de primeira ordem para minimização da função perda do banco cenral, a seguine expressão:

13 10 k E * * ( ) E 1( y ) i( i i ) i( i i 1) 1 0 (7) Chega-se, resolvendo para i, na seguine regra de políica moneária: i * 0 1E 1( ) 2E 1( y ) i 1 ( 1 ) (8) onde β 0 = i, β 1 = kγ μ i, β 2 = λγ μ i μ i +μ i., θ = μ i Segundo a Eq. (8) a axa de juros, responde aos desvios esperados da inflação e do hiao do produo de forma linear. Relaivo ao parâmero de suavização, θ, observe que quaro siuações são possíveis: i) se μ i e μ i > 0, enão 0 < θ < 1; ii) se μ i = 0 e μ i > 0, enão θ = 1; iii) se μ i > 0 e μ i = 0, enão θ = 0; iv) se μ i = μ i = 0, enão θ é indeerminado. Para fins de esimação, os valores esperados para o hiao do produo podem ser subsiuídos por seus valores realizados. Fazendo isso, chega-se a seguine regra de políica: i = β 0 + β 1 (E 1 π π ) + β 2 y + θ i 1 + e, e ~ i. i. d. N(0, σ e 2 ) (9) onde e = [β 1, (y E 1 (y ))] + m. Um choque aleaório i.i.d, m, foi incluído na regra de axa de juros e deve ser inerpreado como o componene puramene aleaório da políica moneária. Para o cálculo do desvio da inflação esperada em orno da mea esabelecida pela auoridade moneária, (E 1 π π ), considera-se que o esabelecimeno das meas é feia com base no desvio do valor esperado da inflação em orno da mea para o empo T e para o ano seguine, ou seja, a auoridade moneária conhece a mea de inflação para os anos T e T+1. Assim, segue-se a sugesão de Minella e al. (2003) e usa-se uma medida ponderada do desvio da expecaiva de inflação para o empo T e T+1 em orno de suas respecivas meas. Fazendo isso, em-se: Dj ( * 1 T 1 12 j) * ( ) ( 12 j E j T T E j T 12 ) (10) onde j é o índice do mês, E j π T é a expecaiva para a inflação feia no mês j para o ano T, E j π T+1 é a expecaiva no mês j para a inflação do ano T+1, π T é a mea de inflação para o ano

14 11 T e π T+1 é a mea de inflação para o ano T+1. Poso isso, a função de reação (9) pode ser expressa da seguine forma: i = β 0 + β 1 Dj + β 2 y + θ 1 i 1 + e (11) A parir do modelo geral apresenado em (11), são derivadas rês especificações, que serão as regras de políicas esimadas nese esudo. A esimação da regra de políica com apenas uma defasagem na axa de juros pode levar à auocorreção nos resíduos. Para corrigir esse possível problema, é incluído no primeiro modelo uma segunda defasagem da axa de juros Selic. Seguindo Minella e Souza-Sobrinho (2013), oura modificação feia para essa especificação é a exclusão do hiao do produo. Dessa forma, em-se: i = β 0 + β 1 Dj + θ 1 i 1 + θ 2 i 2 + e (12) Segundo Baini e Haldane (1999), uma regra como a Eq. (12) garane auomaicamene a esabilização do produo. O argumeno é que o componene de suavização da axa de juros incorpora um cero grau de esabilização do produo. Em ouras palavras, o hiao do produo esaria presene de forma implícia na Eq. (12). A segunda especificação difere da primeira apenas no que se refere à inclusão do hiao do produo. Como as informações sobre aividades econômicas só esão disponíveis para o BCB, com um defasagem de dois meses, opou-se pela inclusão do hiao em -2. Procedendo dessa forma, em-se: i = β 0 + β 1 Dj + β 2 y 2 + θ 1 i 1 + θ 2 i 2 + e (13) Segundo essa função de reação (13), a axa de juros Selic reage ao desvio da inflação em orno de sua mea em, ao hiao do produo em -2 e ao comporameno da axa de juros passada em dois períodos. A inclusão da variação da axa de câmbio na função de reação do banco cenral é uma das alernaivas muio uilizadas na lieraura. 1 Elevadas axas de juros inernas podem arair capial exerno, provocando um excesso de ofera de moeda esrangeira, conribuindo para uma sobrevalorização na moeda nacional. A sobrevalorização da moeda nacional leva, udo mais 1 Ver, por exemplo, Ball (1999), Svensson (2000), Leiemo e Sodersrom (2005) e Mark (2009).

15 12 consane, a uma pressão para redução na axa de juros de curo prazo. A especificação com a inclusão da mudança cambial é dada por 2 : i = β 0 + β 1 Dj + β 2 y 2 + θ 1 i 1 + θ 2 q 1 + e (14) onde q 1 é a variação percenual da axa de câmbio nominal em Meodologia de múliplas quebras com regressores endógenos Lieraura de mudança esruural com regressores endógenos A presença de mudanças esruurais nos parâmeros dos modelos economéricos êm sido alvo de uma série de esudos. O procedimeno de esimação por meio de Variáveis Insrumenais (IV) ou pelo Méodo Generalizado dos Momenos (GMM) é, em muios casos, uilizado como base para elaborações de eses que deecem a insabilidade de parâmeros. Esses eses são basane úeis em aplicações macroeconômicas, como por exemplo, para esimação de funções de reação. Conudo, como desacado por Orphanides (2001), a esimação de regras de políica com base em dados ex pos revisados, o qual não esão disponíveis aos policymakers quando decisões são omadas, pode gerar disorções acerca da regra de políica. Ainda, segundo Kim e Nelson (2006), a esimação de uma regra de políica moneária forwardlooking, uilizando dados ex pos, por meio de procedimenos convencionais de VI ou GMM, não pode ser realizada devido à presença de regressores endógenos. A fala de consenso sobre o méodo mais adequado para mensuração de mudanças na políica moneária em levado ao desenvolvimeno de novos eses, sendo, esa discussão, basane recene na lieraura econômica. Alguns esudos examinam a mudança dos parâmeros em funções de reação do banco cenral, em modelos com regressores endógenos. Kim e Nelson (2006) esimam uma função resposa forward-looking para a economia americana aplicando um procedimeno em dois eságios fundamenado em Heckman (1976) e desenvolvido por Kim (2006). Essa abordagem permie idenificar possíveis mudanças na condução da políica moneária. Os resulados empíricos mosram que a comum divisão amosral em dois períodos amplamene uilizada em esudos sobre a função de reação dos EUA pode induzir em erro de avaliação sobre a políica moneária. 2 Inicialmene, o erceiro modelo foi esimado incluindo, como variável exógena, dois ermos defasados para a Selic (i 1 e i 2 ). Conudo, dado um problema de singularidade de mariz, não foi possível a esimação precisa dos parâmeros, diane disso, essa especificação não foi incluída.

16 13 As mudanças na condução da políica moneária na economia americana ambém foram esudadas por Bae e al. (2012). Os auores aplicam um procedimeno de esimação por Máxima Verossimilhança em dois eságios para um modelo de mudança de regime markoviano com variáveis explicaivas endógenas, proposo por Kim (2009). 3 São enconrados cinco diferenes regimes para o período de 1956 a Um esudo para a economia brasileira com base nos procedimenos de Kim e Nelson (2006) é realizando por Aragon e Medeiros (2014). Os auores esimam uma função de reação forward-looking, com parâmeros variando no empo, para verificar mudanças na condução da políica moneária sob o regime de meas de inflação. Os principais resulados enconrados indicam que há fores evidências de que a inflação e o hiao do produo são variáveis endógenas; e que a resposa da axa de juros à inflação apresena considerável modificação no período analisado, apresenando uma endência decrescene. Baseado em um modelo de função perda Linex uilizado por Surico (2007b, 2008), Ikeda (2010) analisa a assimeria nas preferências do Banco Cenral Europeu (BCE) 4. O Filro de Kalman (1960) sugerido por Kim (2006) e Kim e Nelson (2006) é uilizado para corrigir a endogeneidade das variáveis explicaivas. Dessa forma, o esimador pode descrever como BCE muda suas preferências em cada período. O esudo indica que o BCE é mais avesso a desvios posiivos do produo, e que essa aversão é crescene ao longo do empo. Aragón e Medeiros (2013) analisam a possível exisência de assimerias na função perda do BCB considerando um modelo para uma economia abera. 5 Devido à presença de regressores endógenos, a regra de axa de juros é esimada via GMM. Teses de quebra esruural, fundamenados em Bai e Perron (1998, 2003), rejeiaram a hipóese de esabilidade dos parâmeros da função de reação. Seus valores esimados indicaram mudanças disinas na função de perda da auoridade moneária brasileira. 3 Vale ressalar que enquano em Kim (2009) as mudanças de regime nas equações de variáveis insrumenais são dirigidas apenas por um processo de mudança markoviana, em Bae e al. (2012) as equações são regidas por dois processos de mudança markoviana independenes. 4 Esse ipo de função foi discuida inicialmene por Varian (1974) e Zellner (1986), sendo usado pela primeira vez em esudos sobre a políica moneária por Nobay e Peel (1998). Ese ipo de função de perda ambém foi uilizada na análise de políica moneária por Cukierman e Gerlach (2003), Nobay e Peel (2003), Ruge-Murcia (2003a, b, 2004), Dolado e al. (2004), Surico (2007a, b), Ikeda (2010) e Aragón e Medeiros (2013). 5 Os auores esendem o modelo eórico proposo por Surico (2007b), expandindo-o para uma economia abera.

17 Modelo empírico A esraégia empírica é baseada em Hall e al. (2012) que, uilizando o méodo de mínimos quadrados em dois eságios (MQ2E), desenvolve um procedimeno capaz de idenificar múliplas quebras esruurais, levando-se em cona que os regressores são variáveis endógenas. Parindo do caso em que a equação de ineresse é uma regressão linear com m quebras, em-se o seguine modelo: i y x z u ' 0 ' 0 x1, 1, z1, i 0 0 1,..., m 1; T i 1 1,..., Ti (15) onde T = 0 e T m+1 = T. No modelo apresenado, x é um veor p 1 1 de variáveis explicaivas, z 1, é um veor p 2 1 de variáveis exógenas, incluindo o inercepo, e u é o ermo de erro. Define-se p = p 1 + p 2. Para a aplicação do MQ2E, é necessário especificar a forma reduzida de x. Seguindo a abordagem de Hall e al. (2012), considera-se o caso em que a forma reduzida é esável e insável. É apresenado, em primeiro lugar, o caso que em a forma reduzida é esável, assim, em-se a seguine especificação: x z (16) ' ' ' 0 onde z = (z,1, z,2,, z,q ) é um veor q 1 de variáveis não correlacionadas nem com v nem com u; 0 = (δ 1,0, δ 2,0,, δ p1,0) possui dimensão q p 1 ; e cada δ j,0 em dimensão q 1. Em um primeiro eságio, a forma reduzida x, observada em (16), é esimada por Mínimos Quadrados Ordinários (MQO): 1 T T ˆ ˆ x z z z z z x 1 1 (17) O parâmero x é o valor previso de x. No segundo eságio, a Eq. (18) é esimada via MQO, para odas as parições (T 1,, T m ) possíveis, al que T i T i 1 > max{q 1, εt} para ε > 0 0 e ε < inf i (λ i+1 amosra. λ i 0 ). Cada segmeno considerado deve coner uma fracção posiiva da * * y x x 1, z 1, z1, i u (18)

18 15 i 1,..., m 1; T i 1 1,..., T i Os parâmeros, esimados para cada parição m, são denoados por β ({T i } m i=1 ) e obidos aravés da minimização de (18) em relação a β = (β 1, β 2,, β m=1 ) : m+1 T i S T (T 1,, T m ; β) = (y x β x,i Z 1, β z1,i) 2 i=1 =T i 1 +1 (19) Os ponos de quebra, em cada parição, são dados por: (T 1,, T m) = arg min T1,,T m S T (T 1,, T m ; β ({T i } m i=1 )) (20) As esimaivas MQ2E dos parâmeros da regressão, β ({T i } m i=1 parâmeros da regressão associados a parição esimada, {T i } m i=1. = (β 1, β 2,, β m=1 ), são os Para a deerminação do número de quebras, m T, Hall, e al. (2012). seguem Bai e Perron (1998). A seguine esraégia sequencial é uilizada. 6 No primeiro passo, uiliza-se o ese Sup- F T (1; p) ou UDmaxF T (K; p) para esar a hipóese nula de que não há quebras. A esaísica Sup-F T (k; p) é uilizada para esar a hipóese nula de esabilidade esruural em relação ao modelo com k ponos de quebra, quando o número de quebras é conhecido. Quando o número de quebras é desconhecido, uiliza-se o ese Double Maximum (UDmaxF T (K; p)). Se a hipóese nula não for rejeiada, enão m T = 0, caso conrário prossegue-se para o próximo passo. No segundo passo F T (2 1) é uilizado para esar a hipóese nula de que exise apenas uma quebra conra a hipóese alernaiva de duas quebras. Se F T (2 1) é insignificane, enão m T = 1, caso conrário prossegue-se para o próximo passo. No l-ésimo passo, F T (l + 1 l) é uilizado para esar a hipóese nula de que exisem l quebras conra a hipóese alernaiva de l + 1 quebras. Se F T (l + 1 l) é insignificane, enão m T = l; caso conrário prossegue-se para a próxima eapa. Esa sequência coninua aé o limie predefinido para o número de quebras, L, é alcançado. Se odas as esaísicas na sequência são significaivas, enão, a conclusão é de que há, pelo menos, L quebras. Considerando o caso em que a forma reduzida para, x, é insável, em-se: x z ( i) ' 0 (21) i 1, 2,..., h 1; T 1,..., T * * i 1 i 6 O méodo é descrio em ermos da esaísica F, conudo, a mesma esraégia ambém pode ser uilizada com os eses de Wald.

19 16 onde T 0 = 0 e T h+1 = T. Assume-se que T i = [Tπ i 0 ] sendo 0 < π i 0 < < π h 0 < 1. A Equação (21) pode ser modificada, de modo que as propriedades dos esimadores presenes em (16) possam ser uilizados. Como a forma reduzida é insável, al insabilidade é incorporada ao variável x. Dessa forma, a esimação da equação esruural é feia para odas as parições 0 (T 1,, T m ) possíveis, al que T i T i 1 > max{q 1, εt} para ε > 0 e ε < inf i (λ i+1 0 ε < inf i (π j+1 π j 0 ). λ i 0 ) e Quando a forma reduzida é esável, o méodo de Bai e Perron (1998) pode ser uilizado para esimar o número de quebras presene no modelo. Conudo, a aplicação dese mesmo méodo não pode ser uilizada para o caso em que os parâmeros da forma reduzida são insáveis. Diane disso, a meodologia para esimação do número de quebras, elaborada por Hall e al. (2012), é descria segundo os passos abaixo: 1. Esima-se a forma reduzida com múliplas quebras esruurais nos parâmeros uilizando a meodologia de Bai e Perron (1998). 2. Se a forma reduzida é julgada como esável, usa-se a meodologia para deerminação do número de ponos de quebra, m T, descria aneriormene. 3. Se a forma reduzida é insável, esima-se o número de quebras na forma reduzida, h, uilizando o méodo de Bai e Perron (1998). O número de quebras é dado por h, e k é um veor h 1 que armazena as esimaivas de h. a. Divide-se a amosra em h + 1 sub-amosras: T j = { [τ j 1 + 1,, τ j]}, onde τ j = [k jt]; π j = 0 e k h+1 = 1. b. É aplicada a meodologia descria no passo 2 para esimar o número de quebras na equação esruural para T j. Seja m (j) o número de quebras desse segmeno, sendo a localização dessas quebras dada por λ j(j) para i = 1, 2,, m (j). c. Seja L = {λ j(j); i = 1, 2,, m (j); j = 1, 2,, h }. Condicionado às quebras em L, esa-se se há quebras na equação esruural em τ j para j = 1, 2,, h individualmene, usando a esaísica ese de Wald T (j) desenvolvido por Hall e al. (2012). Seja L π = {π j, para cada valor significane na esaísica de Wald T (j); j = 1, 2,, h } d. O conjuno de quebras esimado é dado por L L π, e o número esimado de quebras, m, é o número de elemenos de L L π. O méodo apresenado propõe uma esraégia sequencial em que, primeiramene, a forma reduzida é esada para presença de quebras, e se elas exisirem, esa informação é

20 17 incorporada na esimaiva da equação esruural. Se a forma reduzida é esável, os eses baseados nos esimadores MQ2E apresenam os mesmos resulados obidos Bai e Perron (1998). Conudo, se a forma reduzida é insável, o problema apresenado é subsancialmene diferene. Daí a imporância de avaliar a esabilidade dos parâmeros da forma reduzida anes de se analisar a equação esruural (Hall e al. 2012). 1.4 Resulados Descrição dos dados Os dados uilizados para esimação da função de reação do BCB compreenderam o período de abril de 2000 a seembro de 2013, e possuem periodicidade mensal. A escolha do período inicial é jusificada pela implemenação do regime de meas de inflação, formalmene adoado em 21 de junho de 1999, e pela disponibilidade dos dados sobre expecaiva de inflação. As séries foram obidas dos sies do BCB e do Insiuo de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) 7. A axa de juros que será uilizada, i, é a axa Selic acumulada para o mês e anualizada. Essa axa é amplamene uilizada na lieraura como principal insrumeno de políica moneária no Brasil. O desvio da inflação em orno de sua mea é calculado uilizando-se as meas de inflação esabelecidas para os anos T e T+1, e a mediana das previsões de inflação para os 12 meses feias pelo mercado e coleadas pelo Deparameno de Relacionameno com Invesidores e Esudos Especiais (Gerin) do BCB. A mea de inflação empregada é a mea acumulada para os próximos 12 meses, esabelecida pelo Conselho Moneário Nacional (CMN). O hiao do produo, y,, é medido pela diferença percenual enre o índice de produção indusrial ajusado sazonalmene e o produo poencial. O produo poencial é uma variável não observada, porano, deve ser esimada. Nese caso, a proxy uilizada é a endência do produo esimada pelo filro HP proposo por Hodrick e Presco (1997). A axa de câmbio, q, é a variação percenual da média mensal da axa de câmbio (R$/US$). Foram realizados, anes das esimações, eses de esacionariedade para as variáveis do modelo. Cinco eses foram efeuados: Dickey-Fuller aumenado (ADF); Phillips-Perron (PP); ERS, proposo por Ellio e al. (1996); e os eses MZ GLS α e MZ GLS, sugeridos por Perron e Ng (1996) e Ng e Perron (2001). A hipóese nula desses eses é que a série emporal é não esacionária (ou apresena uma raiz uniária). 7 A evolução das séries uilizadas é apresenada no Apêndice A

21 18 O número de defasagens (k) incluído nos eses de esacionariedade foi deerminado baseando-se no criério de informação Akaike Modificado (MAIC), conforme indicado por Ng e Perron (2001). O número máximo de defasagens de k é dado por k max = in(12(t/100) 1/4 ) = 13. Uma consane (c) e uma endência linear () foram incluídas como componenes deerminísicos nos casos em que as esimaivas desses parâmeros foram esaisicamene diferene de zero. Os resulados dos eses de esacionariedade são apresenados na Tabela 1 e mosram que, em geral, se pode rejeiar a hipóese de raiz uniária nas séries de variação cambial, Dj e hiao do produo. Já a variável Selic é esacionária apenas quando os eses são realizados em primeira diferença. A exisência de quebra esruural na função de endência da Selic pode provocar a não rejeição da hipóese nula de raiz uniária para essa série. Assim, com base em Aragon e Medeiros (2014), foram adoados dois procedimenos. Em primeiro lugar, para esar a presença de quebra esruural na função de endência de i, é uilizada a esaísica Exp-WFS, proposa por Perron e Yabu (2009). A esaísica Exp-WFS calculada (10.34), permie a rejeição da hipóese de ausência de uma quebra a um nível de significância de 1%. Confirmada a exisência de quebra esruural na função de endência da Selic, o segundo passo é usar a esaísica desenvolvida por Carrion-i-Silvesre e al. (2009), que é baseada nos eses de raiz uniária MZ GLS α e MZ GLS, para verificar a esacionariedade da série. 8 As esaísicas MZ GLS α e MZ GLS calculadas foram de -76,65 e -6,05, respecivamene. Isso permie rejeiar a hipóese de raiz uniária na axa Selic a um nível de significância de 1%. Tabela 1: Teses de raiz uniária Variável Regressores Exógenos ADF(k) PP ERS(k) GLS MZ α GLS MZ i c, -3,56 ** (4) -2,78 n.s 9,01 n.s (4) -2,88 n.s -1,01 n.s i (1) - -3,87 * (0) -4,11 * 1,06 * (0) -25,66 * -3,55 * y - -3,51 * (0) -3,68 * 1,15 * (0) -21,35 * -3,.26 * Dj - -1,39 n.s (10) -2,37 ** 2,40 ** (10) -10,27 ** -2,24 ** q - -6,70 * (1) -8,17 * 0,46 * (1) -49,15 * -4,93 * Noa: * Significaivo a 1%. ** Significaivo a 5%. n.s Não significaivo. 8 Carrion-i-Silvesre e al. (2009) desenvolvem um méodo que uiliza os eses de raiz uniária MZ α GLS e MZ GLS com múliplas quebras esruurais em empo desconhecido.

22 Esimação da função de reação do BCB Anes de prosseguir para a realização dos eses de quebra esruural e esimação da função de reação do BCB verificou-se a possível exisência de idenificação fraca para os insrumenos uilizados no modelo MQ2E, já que a inclusão de insrumenos frágeis implica em viés do esimador de IV. 9 Para al fim, a esaísica Cragg-Donald, proposa por Sock e Yogo (2005), foi uilizada. O resulado da esaísica calculada foi de 129,45. Assim, pode-se rejeiar a hipóese de fraca especificação dos insrumenos a um nível de 5% de significância 10. Dessa forma, é possível afirmar que não há evidências de idenificação fraca no modelo. Segundo a esraégia sequencial adoada, o passo inicial é a esimação, via MQO, da forma reduzida: x = δ 1 Dj 1 + δ 2 y 2 + δ 3 y 3 + δ 4 q 1 + δ 5 i 1 + δ 6 i 2 + v (22) É considerado como endógena, para ambas as rês regras adoadas, a variável Dj, que é a média ponderada do desvio da inflação esperada em relação às meas de inflação no empo T e T Temos, porano: onde z coném odas as variáveis explicaivas observado em (22). Dj = z δ + υ (23) O número de quebras na forma reduzida, e sua localização, são deerminados por meio da meodologia de Bai e Perron (1998, 2003). Nesse procedimeno, o número máximo de quebras a ser invesigado é função do amanho da amosra. Como as séries apresenam 162 observações, opou-se por rês quebras. O valor da consane ϵ é de 0,1. Em adição, a escolha do número de quebras ambém foi baseada no criério de informação bayesiano (BIC), dado por 12 : BIC(m) = ln [ min S T (T 1, T m ; β ({T i } m i=1 ))/T] + m(p + 1)ln (T)/T (24) T 1,,T m Os resulados para os eses de quebra esruural na forma reduzida são apresenados na Tabela 2. As evidências empíricas aponam para a insabilidade nos parâmeros da forma 9 Aqui, a regra moneária (12) foi esimada considerando os parâmeros consanes e os seguines insrumenos (z ): Dj 1, y 2, y 3, q 1, i 1, i 2 10 O valor críico definido por Sock e Yogo (2005) para um nível de significância de 5% é de 16, Foi esimado o modelo sem quebras esruurais e realizado o ese de Durbin-Wu-Hausman (DWH) para confirmar a endogeneidade da série Dj. A esaísica calculada (15.88) permie rejeiar a hipóese nula de que aquela variável é exógena a 1% de significância. 12 O criério BIC é apresenado para o méodo MQ2E.

23 20 reduzida apresenada na Eq. (22). As esaísicas sup-f e F(k+1 k) foram significanes a 1% e 5%, respecivamene, indicando a presença de rês quebras: , e Apesar do criério BIC indicar duas quebras, serão incorporadas na equação esruural as informações das rês quebras enconradas 14. Tabela 2: Esaísicas de ese para esabilidade da forma reduzida Variável k sup-f F(k+1 k) BIC Dj , ,14 * 28,75 ** -2, ,66 * 28,75 ** -2, ,02 * 18,15 n.s -2,272 Noa: * Significaivo a 1%. ** Significaivo a 5%. n.s Não significaivo. Com o resulado das quebras na forma reduzida, o próximo passo é considerar as formas esruurais das rês funções de reação que serão esudadas. Como a forma reduzida se mosrou insável, esa-se a exisência de quebras em cada m+1 subamosras das equações esruurais 15. Os inervalos a serem esudados são: a ; a ; a ; e a O primeiro modelo a ser esudado é o observado na Eq. 12 e em como variáveis exógenas i 1 e i 2. As primeiras rês subamosras são muio pequenas, dessa forma, esa-se a exisência de no máximo uma quebra apenas na amosra que compreende o período de a A Tabela 3 sumariza os resulados enconrados. Os eses e o criério BIC indicam que há uma quebra esruural, e a daa esimada para essa quebra foi Tabela 3: Esaísicas de ese para esabilidade da equação esruural Modelo I Período UD-F UD-Wald BIC 0:1 0:1 m = 0 m = ,99 * 26,87 * -3,258-3,277 Especificação: i = β 0 + β 1 Dj + θ 1 i 1 + θ 2 i 2 + e Noa: * Significaivo a 1%. n.s Não significaivo. 13 A esaísica F(3 2) esa a hipóese nula de duas quebras, conra a hipóese alernaiva de 3 quebras. Como viso na Tabela 2, a hipóese nula foi rejeiada com 5% de significância. O próximo passo é esar F(4 3). Nesse caso, rejeia-se a hipóese alernaiva de quaro quebras, assim, a forma reduzida, segundo a esaísica F(k+1 k), possui rês quebras. 14 Os eses de SupWald e UD-Wald foram uilizados para corroborar os resulados dos eses de Sup-F e F(k+1 k), indicando a presença de rês quebras. 15 Dada a quanidade de observação, foi esada, na equação esruural, a exisência de apenas uma quebra em cada subamosras.

24 21 Com o número e as daas das quebras delimiadas para as equações reduzida e esruural, o passo seguine é esar, por meio da esaísica de Wald, se as quebras esimadas na forma reduzida são ambém ponos de quebra na forma esruural 16. A primeira quebra na forma reduzida foi enconrada em Assim, é verificado se esa daa é um pono de quebra na amosra que compreende o período de , primeira observação da amosra, a , que é o segundo pono de quebra. Seguindo essa lógica, esa-se se há uma quebra em no período enre a Por fim, o período enre a é esado para a presença de uma quebra em Os resulados para o ese são mosrados nas duas primeiras colunas da Tabela 4. Os resulados do ese de Wald indicam que dois ponos de quebra enconrados na forma reduzida são, ambém, ponos de quebra na equação esruural. Tabela 4: Tese de Wald para quebras em comum Modelo I Inervalo Quebra Quebra Wald pré-esimada reesimada Wald ,463 n.s ,208 n.s ,881 * ,910 * ,725 * ,635 * Especificação: i = β 0 + β 1 Dj + θ 1 i 1 + θ 2 i 2 + e Noa: * Significaivo a 1%. n.s Não significaivo. Na úlima eapa, os rês inervalos descrios na eapa anerior são usados para reesimar os verdadeiros ponos de quebras. Ressala-se que, primeiramene, a esaísica de Wald foi uilizada para verificar se os ponos de quebra da forma reduzida eram, ambém, ponos de quebra na forma esruural, uilizando os inervalos informados. Agora, eses inervalos são uilizados para reesimar os ponos de quebra. Como mosra a Tabela 4, os novos ponos de quebra reesimados e esaisicamene significanes esão localizados em e A meodologia sequencial uilizada permiiu a idenificação de rês ponos de mudança esruural na primeira regra de axa de juros uilizada. Duas quebras são comuns à forma reduzida e esruural ( e ), e uma quebra foi enconrada apenas na equação esruural ( ). O segundo modelo (Eq. 13) inclui, além das variáveis exógenas do primeiro modelo, o hiao do produo em -2. O procedimeno para obenção do número de quebras é semelhane ao observado no primeiro modelo. Como a forma reduzida é a mesma para as rês equações e os inervalos da forma reduzida já esão deerminados, esa-se a exisência de quebra na forma esruural apenas na amosra que compreende o período de a As esimaivas podem ser observadas na Tabela A esaísica de Wald uilizada é apresenada em Hall e al. (2012).

25 22 Tabela 5: Esaísicas de ese para esabilidade da equação esruural - Modelo II Período UD-F UD-Wald BIC 0:1 0:1 m = 0 m = ,49 * 24,20 * -3,334-3,342 Especificação: i = β 0 + β 1 Dj + β 2 y 2 + θ i 1 + θ i 2 + e Noa: * Significaivo a 1%. O pono de quebra esimado, , foi o mesmo viso no primeiro modelo. Uilizase, novamene, a esaísica de Wald para verificar se as quebras esimadas na formas reduzida são ambém ponos de quebra na forma esruural. Segundo a esaísica de Wald, os rês ponos de quebra enconrados na forma reduzida foram, novamene, ponos de quebra na equação esruural. O mesmo resulado foi verificado quando as quebras foram reesimadas. Tabela 6: Tese de Wald para quebras em comum Modelo II Inervalo Quebra Quebra Wald pré-esimada reesimada Wald ,066 n.s , ,057 ** ,741 * ,748 * ,846 * Especificação: i = β 0 + β 1 Dj + β 2 y 2 + θ i 1 + θ i 2 + e Noa: * Significaivo a 1%. ** Significaivo a 5%. n.s Não significaivo. Dessa maneira, rês ponos de mudança foram idenificados na segunda especificação da regra de políica moneária considerada. A inclusão do hiao do produo no conjuno de variáveis exógenas não modificou as daas das quebras do modelo. Novamene, a localização das quebras que foram comuns às forma reduzidas e esruural são e A quebra enconrada na equação esruural se deu em O erceiro modelo é uma regra de Taylor forward-looking com variação na axa de câmbio em -1 inserida como variável exógena. Nesse caso, a quebra verificada na forma esruural, considerando o inervalo de , ocorreu em e foi significane a 1% (ver Tabela 7). Tabela 7: Esaísicas de ese para esabilidade da equação esruural Modelo III Período sup-f UD-F Sup-Wald UD-Wald BIC 0:1 0:1 0:1 0:1 m = 0 m = ,08 * 61,08 * 95,05 * 95,05 * -2,670-2,988 Especificação: i = β 0 + β 1 Dj + β 2 y 2 + θ 1 i 1 + θ 2 q 1 + e Noa: * Significaivo a 1%.

26 23 O próximo passo é uilizar a esaísica de Wald para verificar se as quebras esimadas na formas reduzida são ambém ponos de quebra na forma esruural. Os inervalos que regisraram quebras significanes são reesimados. Os resulados da Tabela 8 dão evidências da exisência de rês ponos de mudança esruural quando as quebras são reesimadas. Em odos os casos, a esaísica de Wald foi significane a 1%. Tabela 8: Tese de Wald para quebras em comum Modelo III Inervalo Quebra Quebra Wald pré-esimada reesimada Wald ,155 * ,515 * ,314 * ,544 * ,921 * ,695 * Especificação: i = β 0 + β 1 Dj + β 2 y 2 + θ 1 i 1 + θ 2 q 1 + e Noa: * Significaivo a 1%. O modelo com variação cambial apresenou, porano, quaro quebras esruurais. Foram idenificadas rês quebras que são comuns às formas reduzida e esruural ( , e ), e uma quebra apenas na forma esruural ( ). Os resulados das esimaivas dos parâmeros para as rês regras de políica moneária são mosrados na Tabela 9. As especificações (I), (II) e (III) referem-se, respecivamene, às Eqs (12), (13) e (14). As daas de cada inervalo foram deerminadas de acordo com as esimaivas dos ponos de quebra verificados em cada especificação. Há evidências de insabilidade nos parâmeros para odas as especificações 17. Inicialmene, observa-se que as esimaivas do parâmero medindo a resposa da axa Selic à variável Dj foram posiivas e significanes para quase odos os subperíodos. Desacase a quebra esruural ocorrida na erceira especificação, em seembro de 2001, que modificou de forma significaiva a resposa da axa Selic aos desvios da inflação esperada em odo de sua mea. Vala salienar que os anos de 2001, 2002 e 2003 foram marcados por elevadas axas de inflação, (7,67% 12,53% e 9,3%, respecivamene) e, consequenemene, pelo não cumprimeno das meas de inflação esabelecidas pelo Bacen. A parir das esimaivas de β 1 e θ 1 é possível ober a resposa de longo prazo da axa Selic à variável Dj aravés da expressão β 1 = β 1 / (1 θ 1 ). Considerando os rês subperíodos em que β 1 foi significane na regra de políica (12), os valores obidos para β 1 indicam um expressivo aumeno da resposa de longo prazo do BCB aos desvios da inflação esperada em orno de sua mea, sugerindo uma mudança no comporameno do BCB. Os índices foram calculados foram de 2,89, 9,00 e 11,14 e são relaivos ao resulado das esimação dos inervalos 17 Os inervalos de confiança para os ponos de quebra enconrados nas rês especificações esão no Apêndice B.

27 24 de a , a e a , respecivamene. Esse comporameno ambém é observado na segunda especificação da regra de políica. Enquano que o valor esimado para β 1 foi de 3,12 no período : , no úlimo subperíodo esse coeficiene aumenou para 9,25. Os resulados para as duas primeiras especificações aponam para uma mudança no comporameno da políica moneária nos períodos poseriores às quebras esruurais. As esimaivas do parâmero que mensura a resposa da Selic às variações no hiao do produo apresenaram significância esaísica em apenas uma especificação (II), no período enre agoso de 2003 e maio de Conudo, o sinal negaivo para esse coeficiene não esá de acordo com a lieraura. Uma possível explicação para o sinal negaivo desse parâmero é que uma pare dos choques de ofera que aingiram a economia brasileira no período provocou, de forma simulânea, um aumeno da inflação e a uma redução da produção. Nese caso, se o coeficiene de expecaivas de inflação não capura essa mudança por compleo, há uma endência em ober coeficienes negaivos para o hiao do produo (MINELLA e al. 2003). Uma possível jusificaiva para a não significância das esimaivas para a variável y 2 nos modelos esudados pode ser visa em Baini e Haldane (1999). Segundo os auores, o componene de suavização da axa de juros já incorpora um relaivo grau de esabilização do produo, esando o hiao do produo presene de forma implícia na regra de políica. Porano, a inclusão do hiao do produo seria redundane. A variação da axa cambial (q ), presene no erceiro modelo, se mosrou insignificane. Choques exernos podem provocar a desvalorização da moeda local, pressionando os preços para cima, mas ao mesmo empo endem a reduzir a produção. Há, porano, ao menos no curo prazo, duas forças auando de forma conrária: o aumeno dos preços aua sobre a Selic de forma a aumená-la, enquano que a redução do produo age de forma a reduzi-la. A volailidade da série q no período analisado ambém pode er conribuído para a insignificância esaísica do parâmero esimado. Por fim, é possível observar que, para ambas as amosras, a esimaiva do coeficiene de suavização da axa de juros, i 1, são odos posiivos e esaisicamene diferenes de zero. Iso indica que, no processo de omada de decisão por pare da auoridade moneária, a axa Selic em -1 aua de forma imporane. O coeficiene ambém apresenou pouca variação enre as subamosras de cada especificação.

28 25 Variável Tabela 9: Esimaiva das funções de reação do BCB Especificações (I) (II) (III) c 1,37 * 2,96 * 0,13 * -0,31 * 1,12 * 4,05 * 0,12 * -0,20 ** -0,76 * 0,69 * 3,86 * 0,07 n.s -0,41 * (0,01) (0,05) (0,01) (0,01) (0,09) (0,21) (0,03) (0,09) (0,19) (0,11) (0,24) (0,04) (0,09) Dj 0,26 * 0,12 n.s 0,09 * 0,78 * 0,25 * -0,44 n.s 0,10 * 0,74 * 1,38 * 0,38 * 0,65 n.s 0,34 * 0,90 * (0,06) (0,79) (0,03) (0,13) (0,06) (0,57) (0,03) (0,14) (0,27) (0,06) (0,91) (0,05) (0,14) y ,09 n.s -0,44 * 0,09 n.s 0,06 n.s 0,30 n.s 0,02 n.s -0,29 n.s 0,22 n.s 0,22 n.s (0,14) (0,15) (0,08) (0,14) (0,22) (0,17) (0,25) (0,15) (0,16) i 1 1,31 * 1,12 * 1,76 * 1,08 * 1,31 * 1,06 * 1,60 * 1,07 * 1,00 * 0,93 * 0,72 * 0,98 * 0,93 * (0,14) (0,17) (0,07) (0,15) (0,01) (0,04) (0,01) (0,01) (0,05) (0,01) (0,04) (0,01) (0,01) i 2-0,40 * -0,31 ** -0,77 * -0,15 n.s -0,39 * -0,30 *** -0,62 * -0,15 n.s (0,13) (0,15) (0,07) (0,14) (0,14) (0,17) (0,08) (0,16) q ,05 n.s 0,00 n.s -0,07 n.s -0,02 n.s 0,00 n.s (0,21) (0,16) (0,22) (0,15) (0,15) Especificações: (I) i = β 0 + β 1 Dj + θ 1 i 1 + θ 2 i 2 + e. (II) i = β 0 + β 1 Dj + β 2 y 2 + θ 1 i 1 + θ 2 i 2 + e. (III) i = β 0 + β 1 Dj + β 2 y 2 + θ 1 i 1 + θ 2 q 1 + e. Noa: * Significaivo a 1%. ** Significaivo a 5%. n.s Não significaivo. O desvio padrão de cada esimaiva é mosrado no ermo enre parêneses.

3 Modelo Teórico e Especificação Econométrica

3 Modelo Teórico e Especificação Econométrica 3 Modelo Teórico e Especificação Economérica A base eórica do experimeno será a Teoria Neoclássica do Invesimeno, apresenada por Jorgensen (1963). Aneriormene ao arigo de Jorgensen, não havia um arcabouço

Leia mais

O Modelo Linear. 4.1 A Estimação do Modelo Linear

O Modelo Linear. 4.1 A Estimação do Modelo Linear 4 O Modelo Linear Ese capíulo analisa empiricamene o uso do modelo linear para explicar o comporameno da políica moneária brasileira. A inenção dese e do próximo capíulos é verificar se variações em preços

Leia mais

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção Análise de séries de empo: modelos de suavização exponencial Profa. Dra. Liane Werner Séries emporais A maioria dos méodos de previsão se baseiam na

Leia mais

Preferências Assimétricas e Quebras Estruturais na Política Monetária do Banco Central do Brasil #

Preferências Assimétricas e Quebras Estruturais na Política Monetária do Banco Central do Brasil # Preferências Assiméricas e Quebras Esruurais na Políica Moneária do Banco Cenral do Brasil # Gabriela Bezerra de Medeiros Douoranda em Economia Aplicada do Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade

Leia mais

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise 4 O Papel das Reservas no Cuso da Crise Nese capíulo buscamos analisar empiricamene o papel das reservas em miigar o cuso da crise uma vez que esa ocorre. Acrediamos que o produo seja a variável ideal

Leia mais

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc.

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc. ECONOMETRIA Prof. Paricia Maria Borolon, D. Sc. Séries Temporais Fone: GUJARATI; D. N. Economeria Básica: 4ª Edição. Rio de Janeiro. Elsevier- Campus, 2006 Processos Esocásicos É um conjuno de variáveis

Leia mais

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa 42 3 Meodologia do Esudo 3.1. Tipo de Pesquisa A pesquisa nese rabalho pode ser classificada de acordo com 3 visões diferenes. Sob o pono de visa de seus objeivos, sob o pono de visa de abordagem do problema

Leia mais

3 A Função de Reação do Banco Central do Brasil

3 A Função de Reação do Banco Central do Brasil 3 A Função de Reação do Banco Cenral do Brasil Nese capíulo será apresenada a função de reação do Banco Cenral do Brasil uilizada nese rabalho. A função segue a especificação de uma Regra de Taylor modificada,

Leia mais

4 O modelo econométrico

4 O modelo econométrico 4 O modelo economérico O objeivo desse capíulo é o de apresenar um modelo economérico para as variáveis financeiras que servem de enrada para o modelo esocásico de fluxo de caixa que será apresenado no

Leia mais

1 Pesquisador - Embrapa Semiárido. 2 Analista Embrapa Semiárido.

1 Pesquisador - Embrapa Semiárido.   2 Analista Embrapa Semiárido. XII Escola de Modelos de Regressão, Foraleza-CE, 13-16 Março 2011 Análise de modelos de previsão de preços de Uva Iália: uma aplicação do modelo SARIMA João Ricardo F. de Lima 1, Luciano Alves de Jesus

Leia mais

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield 5 Erro de Apreçameno: Cuso de Transação versus Convenience Yield A presene seção em como objeivo documenar os erros de apreçameno implício nos preços eóricos que eviam oporunidades de arbiragem nos conraos

Leia mais

Lista de Exercícios nº 3 - Parte IV

Lista de Exercícios nº 3 - Parte IV DISCIPLINA: SE503 TEORIA MACROECONOMIA 01/09/011 Prof. João Basilio Pereima Neo E-mail: joaobasilio@ufpr.com.br Lisa de Exercícios nº 3 - Pare IV 1ª Quesão (...) ª Quesão Considere um modelo algébrico

Leia mais

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA Nesa abordagem paramérica, para esimar as funções básicas da análise de sobrevida, assume-se que o empo de falha T segue uma disribuição conhecida

Leia mais

3 Modelos de Markov Ocultos

3 Modelos de Markov Ocultos 23 3 Modelos de Markov Oculos 3.. Processos Esocásicos Um processo esocásico é definido como uma família de variáveis aleaórias X(), sendo geralmene a variável empo. X() represena uma caracerísica mensurável

Leia mais

Grupo I (Cotação: 0 a 3.6 valores: uma resposta certa vale 1.2 valores e uma errada valores)

Grupo I (Cotação: 0 a 3.6 valores: uma resposta certa vale 1.2 valores e uma errada valores) INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO Esaísica II - Licenciaura em Gesão Época de Recurso 6//9 Pare práica (quesões resposa múlipla) (7.6 valores) Nome: Nº Espaço reservado para a classificação (não

Leia mais

3 Uma metodologia para validação estatística da análise técnica: a busca pela homogeneidade

3 Uma metodologia para validação estatística da análise técnica: a busca pela homogeneidade 3 Uma meodologia para validação esaísica da análise écnica: a busca pela homogeneidade Ese capíulo em como objeivo apresenar uma solução para as falhas observadas na meodologia uilizada por Lo e al. (2000)

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr. UFRGS Instituto de Matemática - Departamento de Estatística

Prof. Lorí Viali, Dr. UFRGS Instituto de Matemática - Departamento de Estatística Conceio Na Esaísica exisem siuações onde os dados de ineresse são obidos em insanes sucessivos de empo (minuo, hora, dia, mês ou ano), ou ainda num período conínuo de empo, como aconece num elerocardiograma

Leia mais

5.1. Filtragem dos Estados de um Sistema Não-Linear Unidimensional. Considere-se o seguinte MEE [20] expresso por: t t

5.1. Filtragem dos Estados de um Sistema Não-Linear Unidimensional. Considere-se o seguinte MEE [20] expresso por: t t 5 Esudo de Casos Para a avaliação dos algorimos online/bach evolucionários proposos nese rabalho, foram desenvolvidas aplicações em problemas de filragem dos esados de um sisema não-linear unidimensional,

Leia mais

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3 3 eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3.. eorno de um Aivo Grande pare dos esudos envolve reorno ao invés de preços. Denre as principais

Leia mais

Conceito. Exemplos. Os exemplos de (a) a (d) mostram séries discretas, enquanto que os de (e) a (g) ilustram séries contínuas.

Conceito. Exemplos. Os exemplos de (a) a (d) mostram séries discretas, enquanto que os de (e) a (g) ilustram séries contínuas. Conceio Na Esaísica exisem siuações onde os dados de ineresse são obidos em insanes sucessivos de empo (minuo, hora, dia, mês ou ano), ou ainda num período conínuo de empo, como aconece num elerocardiograma

Leia mais

Testando Assimetrias nas Preferências do Banco Central em uma Pequena Economia Aberta: Um Estudo para o Brasil

Testando Assimetrias nas Preferências do Banco Central em uma Pequena Economia Aberta: Um Estudo para o Brasil Tesando Assimerias nas Preferências do Banco Cenral em uma Pequena Economia Abera: Um Esudo para o Brasil Gabriela Bezerra de Medeiros 1 Edilean Kleber da Silva Bejarano Aragón Resumo: Nese rabalho, nós

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA EAE 206 Macroeconomia I 1º Semesre de 2017 Professor Fernando Rugisky Lisa de Exercícios 3 [1] Considere

Leia mais

Considere uma economia habitada por um agente representativo que busca maximizar:

Considere uma economia habitada por um agente representativo que busca maximizar: 2 Modelo da economia Uilizaram-se como base os modelos de Campos e Nakane 23 e Galí e Monacelli 22 que esendem o modelo dinâmico de equilíbrio geral de Woodford 21 para uma economia abera Exisem dois países:

Leia mais

*UiILFRGH&RQWUROH(:0$

*UiILFRGH&RQWUROH(:0$ *UiILFRGH&RQWUROH(:$ A EWMA (de ([SRQHQWLDOO\:HLJKWHGRYLQJ$YHUDJH) é uma esaísica usada para vários fins: é largamene usada em méodos de esimação e previsão de séries emporais, e é uilizada em gráficos

Leia mais

Módulo de Regressão e Séries S Temporais

Módulo de Regressão e Séries S Temporais Quem sou eu? Módulo de Regressão e Séries S Temporais Pare 4 Mônica Barros, D.Sc. Julho de 007 Mônica Barros Douora em Séries Temporais PUC-Rio Mesre em Esaísica Universiy of Texas a Ausin, EUA Bacharel

Leia mais

4 Análise Empírica. 4.1 Definição da amostra de cada país

4 Análise Empírica. 4.1 Definição da amostra de cada país 57 4 Análise Empírica As simulações apresenadas no capíulo anerior indicaram que a meodologia desenvolvida por Rigobon (2001 é aparenemene adequada para a análise empírica da relação enre a axa de câmbio

Leia mais

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL Ano lectivo 2015/16-1ª Época (V1) 18 de Janeiro de 2016

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL Ano lectivo 2015/16-1ª Época (V1) 18 de Janeiro de 2016 Nome: Aluno nº: Duração: h:30 m MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA DO AMBIENTE EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL Ano lecivo 05/6 - ª Época (V) 8 de Janeiro de 06 I (7 valores) No quadro de dados seguine (Tabela

Leia mais

Regra de Taylor e a conduta de Política Monetária no Brasil ( ): a lição para 2007

Regra de Taylor e a conduta de Política Monetária no Brasil ( ): a lição para 2007 Regra de Taylor e a condua de Políica Moneária no Brasil (1999-2006): a lição para 2007 Luciano D Agosini * Lucas Lauer Dezordi ** Em resposa a mudanças de variáveis como inflação e produo, a função de

Leia mais

4 Método de geração de cenários em árvore

4 Método de geração de cenários em árvore Méodo de geração de cenários em árvore 4 4 Méodo de geração de cenários em árvore 4.. Conceios básicos Uma das aividades mais comuns no mercado financeiro é considerar os possíveis esados fuuros da economia.

Leia mais

TESTANDO QUEBRA ESTRUTURAL NA REGRA DE TAYLOR: UM ESTUDO EMPÍRICO PARA O BRASIL ( )

TESTANDO QUEBRA ESTRUTURAL NA REGRA DE TAYLOR: UM ESTUDO EMPÍRICO PARA O BRASIL ( ) TESTANDO QUEBRA ESTRUTURAL NA REGRA DE TAYLOR: UM ESTUDO EMPÍRICO PARA O BRASIL (000-009) Nadja Simone Menezes Nery de Oliveira * Edilean Kleber da Silva Bejarano Aragón ** Universidade Federal da Paraíba

Leia mais

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 2ª Época (V1)

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 2ª Época (V1) Nome: Aluno nº: Duração: horas LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DE ENGENHARIA - ENGENHARIA DO AMBIENTE EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL ª Época (V) I (7 valores) Na abela seguine apresena-se os valores das coordenadas

Leia mais

Prof. Carlos H. C. Ribeiro ramal 5895 sala 106 IEC

Prof. Carlos H. C. Ribeiro  ramal 5895 sala 106 IEC MB770 Previsão usa ando modelos maemáicos Prof. Carlos H. C. Ribeiro carlos@comp.ia.br www.comp.ia.br/~carlos ramal 5895 sala 106 IEC Aula 14 Modelos de defasagem disribuída Modelos de auo-regressão Esacionariedade

Leia mais

Testando Assimetrias nas Preferências do Banco Central em uma Pequena Economia Aberta: Um Estudo para o Brasil

Testando Assimetrias nas Preferências do Banco Central em uma Pequena Economia Aberta: Um Estudo para o Brasil Área 3 Macroeconomia, Economia Moneária e Finanças Tesando Assimerias nas Preferências do Banco Cenral em uma Pequena Economia Abera: Um Esudo para o Brasil Edilean Kleber da Silva Bejarano Aragón Professor

Leia mais

REGRA DE TAYLOR NO BRASIL:

REGRA DE TAYLOR NO BRASIL: REGRA DE TAYLOR NO BRASIL: 999 2005 João José Silveira Soares Fernando de Holanda Barbosa Sumário- Ese rabalho esima a regra de Taylor para o Brasil a parir da implemenação do sisema de meas de inflação

Leia mais

3 Metodologia 3.1. O modelo

3 Metodologia 3.1. O modelo 3 Meodologia 3.1. O modelo Um esudo de eveno em como obeivo avaliar quais os impacos de deerminados aconecimenos sobre aivos ou iniciaivas. Para isso são analisadas as diversas variáveis impacadas pelo

Leia mais

IV. METODOLOGIA ECONOMÉTRICA PROPOSTA PARA O CAPM CONDICIONAL A Função Máxima Verosimilhança e o Algoritmo de Berndt, Hall, Hall e Hausman

IV. METODOLOGIA ECONOMÉTRICA PROPOSTA PARA O CAPM CONDICIONAL A Função Máxima Verosimilhança e o Algoritmo de Berndt, Hall, Hall e Hausman IV. MEODOLOGIA ECONOMÉRICA PROPOSA PARA O CAPM CONDICIONAL 4.1. A Função Máxima Verosimilhança e o Algorimo de Bernd, Hall, Hall e Hausman A esimação simulânea do CAPM Condicional com os segundos momenos

Leia mais

4 Análise dos tributos das concessionárias selecionadas

4 Análise dos tributos das concessionárias selecionadas 4 Análise dos ribuos das concessionárias selecionadas Nese capíulo serão abordados os subsídios eóricos dos modelos esaísicos aravés da análise das séries emporais correspondenes aos ribuos e encargos

Leia mais

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO 1 Quesão: Um fao esilizado sobre a dinâmica do crescimeno econômico mundial é a ocorrência de divergências

Leia mais

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 1ª Época (v1)

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 1ª Época (v1) Nome: Aluno nº: Duração: horas LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DE ENGENHARIA - ENGENHARIA DO AMBIENTE EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL ª Época (v) I (7 valores) Na abela seguine apresena-se os valores das coordenadas

Leia mais

4. Modelagem (3) (4) 4.1. Estacionaridade

4. Modelagem (3) (4) 4.1. Estacionaridade 24 4. Modelagem Em um modelo esaísico adequado para se evidenciar a exisência de uma relação lead-lag enre as variáveis à visa e fuura de um índice é necessário primeiramene verificar se as variáveis logarimo

Leia mais

Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indústria de Óleos Vegetais

Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indústria de Óleos Vegetais XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 8 a 1 de novembro de 24 Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indúsria de Óleos Vegeais Regiane Klidzio (URI) gep@urisan.che.br

Leia mais

4 Filtro de Kalman. 4.1 Introdução

4 Filtro de Kalman. 4.1 Introdução 4 Filro de Kalman Ese capíulo raa da apresenação resumida do filro de Kalman. O filro de Kalman em sua origem na década de sessena, denro da área da engenharia elérica relacionado à eoria do conrole de

Leia mais

4 Modelo de fatores para classes de ativos

4 Modelo de fatores para classes de ativos 4 Modelo de aores para classes de aivos 4.. Análise de esilo baseado no reorno: versão original (esáica A análise de esilo baseada no reorno é um procedimeno esaísico que visa a ideniicar as ones de riscos

Leia mais

5 Resultados empíricos Efeitos sobre o forward premium

5 Resultados empíricos Efeitos sobre o forward premium 5 Resulados empíricos Efeios sobre o forward premium A moivação para a esimação empírica das seções aneriores vem da relação enre a inervenção cambial eserilizada e o prêmio de risco cambial. Enreano,

Leia mais

ASSIMETRIAS NAS PREFERÊNCIAS DO BANCO CENTRAL EM UMA PEQUENA ECONOMIA ABERTA: UM ESTUDO EMPÍRICO PARA O BRASIL

ASSIMETRIAS NAS PREFERÊNCIAS DO BANCO CENTRAL EM UMA PEQUENA ECONOMIA ABERTA: UM ESTUDO EMPÍRICO PARA O BRASIL ASSIMETRIAS NAS PREFERÊNCIAS DO BANCO CENTRAL EM UMA PEQUENA ECONOMIA ABERTA: UM ESTUDO EMPÍRICO PARA O BRASIL Edilean Kleber da Silva Bejarano Aragón Professor do PPGE/UFPB edilean@homail.com Vanessa

Leia mais

5 Aplicação da Modelagem Estrutural ao problema de previsão de Preço Spot de Energia Elétrica.

5 Aplicação da Modelagem Estrutural ao problema de previsão de Preço Spot de Energia Elétrica. Aplicação da Modelagem Esruural ao problema de previsão de Preço Spo de Energia Elérica. 41 5 Aplicação da Modelagem Esruural ao problema de previsão de Preço Spo de Energia Elérica. 5.1. Inrodução Nesa

Leia mais

4 Análise de Sensibilidade

4 Análise de Sensibilidade 4 Análise de Sensibilidade 4.1 Considerações Gerais Conforme viso no Capíulo 2, os algorimos uilizados nese rabalho necessiam das derivadas da função objeivo e das resrições em relação às variáveis de

Leia mais

ESTIMAÇÃO DA REGRA DE TAYLOR PARA O BRASIL ( ): HOUVE RUPTURA NA CONDUÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA PÓS-2011?

ESTIMAÇÃO DA REGRA DE TAYLOR PARA O BRASIL ( ): HOUVE RUPTURA NA CONDUÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA PÓS-2011? ESTIMAÇÃO DA REGRA DE TAYLOR PARA O BRASIL (2004-2014): HOUVE RUPTURA NA CONDUÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA PÓS-2011? ESTIMATION OF THE TAYLOR RULE FOR BRAZIL (2004-2014): WAS THERE A BREAK IN THE CONDUCT

Leia mais

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos.

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos. 4 Meodologia Proposa para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Mone Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algorimos Genéicos. 4.1. Inrodução Nese capíulo descreve-se em duas pares a meodologia

Leia mais

3 METODOLOGIA E AMOSTRA

3 METODOLOGIA E AMOSTRA 3 METODOLOGIA E AMOSTRA 3.1. Descrição da Amosra Foram uilizados o índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) como represenaivo da careira de mercado e os cerificados de depósios inerfinanceiros

Leia mais

Capítulo 4. Propriedades dos Estimadores de Mínimos Quadrados

Capítulo 4. Propriedades dos Estimadores de Mínimos Quadrados Capíulo 4 Propriedades dos Esimadores de Mínimos Quadrados Hipóeses do Modelo de Regressão Linear Simples RS1. y x e 1 RS. Ee ( ) 0 E( y ) 1 x RS3. RS4. var( e) var( y) cov( e, e ) cov( y, y ) 0 i j i

Leia mais

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição Análise de séries de empo: modelos de decomposição Profa. Dra. Liane Werner Séries de emporais - Inrodução Uma série emporal é qualquer conjuno de observações ordenadas no empo. Dados adminisraivos, econômicos,

Leia mais

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas Séries de Tempo Inrodução José Faardo EBAPE- Fundação Geulio Vargas Agoso 0 José Faardo Séries de Tempo . Por quê o esudo de séries de empo é imporane? Primeiro, porque muios dados econômicos e financeiros

Leia mais

TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 18 LIVRO DO NILSON)

TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 18 LIVRO DO NILSON) TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 8 LIVRO DO NILSON). CONSIDERAÇÕES INICIAIS SÉRIES DE FOURIER: descrevem funções periódicas no domínio da freqüência (ampliude e fase). TRANSFORMADA DE FOURIER:

Leia mais

Critérios e Metodologia de Apuração de Superfície de Volatilidade

Critérios e Metodologia de Apuração de Superfície de Volatilidade Criérios e Meodologia de Apuração de Superfície de Volailidade Diariamene são calculadas superfícies de volailidade implícia de odos os vencimenos de conraos de opções em que há posição em abero e/ou séries

Leia mais

Universidade Federal de Lavras

Universidade Federal de Lavras Universidade Federal de Lavras Deparameno de Esaísica Prof. Daniel Furado Ferreira 11 a Teoria da Decisão Esaísica 1) Quais são os erros envolvidos nos eses de hipóeses? Explique. 2) Se ao realizar um

Leia mais

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACUDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III icenciaura de Economia (ºAno/1ºS) Ano ecivo 007/008 Caderno de Exercícios Nº 1

Leia mais

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Cálculo do valor em risco dos aivos financeiros da Perobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Bruno Dias de Casro 1 Thiago R. dos Sanos 23 1 Inrodução Os aivos financeiros das companhias Perobrás e Vale

Leia mais

Contabilometria. Séries Temporais

Contabilometria. Séries Temporais Conabilomeria Séries Temporais Fone: Corrar, L. J.; Theóphilo, C. R. Pesquisa Operacional para Decisão em Conabilidade e Adminisração, Ediora Alas, São Paulo, 2010 Cap. 4 Séries Temporais O que é? Um conjuno

Leia mais

Aplicações à Teoria da Confiabilidade

Aplicações à Teoria da Confiabilidade Aplicações à Teoria da ESQUEMA DO CAPÍTULO 11.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS 11.2 A LEI DE FALHA NORMAL 11.3 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL 11.4 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL E A DISTRIBUIÇÃO DE POISSON 11.5 A LEI

Leia mais

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO Breno Richard Brasil Sanos

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL42 Coneúdo 8 - Inrodução aos Circuios Lineares e Invarianes...1 8.1 - Algumas definições e propriedades gerais...1 8.2 - Relação enre exciação

Leia mais

Exportações e Consumo de Energia Elétrica: Uma Análise Econométrica Via Decomposição do Fator Renda.

Exportações e Consumo de Energia Elétrica: Uma Análise Econométrica Via Decomposição do Fator Renda. XVIII Seminário Nacional de Disribuição de Energia Elérica Olinda - Pernambuco - Brasil SENDI 2008-06 a 0 de ouubro Exporações e Consumo de Energia Elérica: Uma Análise Economérica Via Decomposição do

Leia mais

5 Solução por Regressão Simbólica 5.1. Introdução

5 Solução por Regressão Simbólica 5.1. Introdução 5 Solução por Regressão Simbólica 5.. Inrodução ese capíulo é descrio um esudo de caso uilizando-se o modelo proposo no capíulo 4. reende-se com esse esudo de caso, mosrar a viabilidade do modelo, suas

Leia mais

A SENSIBILIDADE DA POLÍTICA MONETÁRIA NO BRASIL:

A SENSIBILIDADE DA POLÍTICA MONETÁRIA NO BRASIL: A SENSIBILIDADE DA POLÍTICA MONETÁRIA NO BRASIL: 995-005 Rodrigo M. Policano Rodrigo D. L. S. Bueno Resumo: Nese rabalho, esimamos uma função de reação para o Banco Cenral do Brasil pelo méodo Time Varying

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA

CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA Inrodução Ese arigo raa de um dos assunos mais recorrenes nas provas do IME e do ITA nos úlimos anos, que é a Cinéica Química. Aqui raamos principalmene dos

Leia mais

3 A Formação de Preços dos Futuros Agropecuários

3 A Formação de Preços dos Futuros Agropecuários 3 A ormação de Preços dos uuros Agropecuários Para avaliar a formação de preços nos mercados fuuros agropecuários é necessária uma base de comparação Para al base, esa disseração usa os preços que, em

Leia mais

Econometria Semestre

Econometria Semestre Economeria Semesre 00.0 6 6 CAPÍTULO ECONOMETRIA DE SÉRIES TEMPORAIS CONCEITOS BÁSICOS.. ALGUMAS SÉRIES TEMPORAIS BRASILEIRAS Nesa seção apresenamos algumas séries econômicas, semelhanes às exibidas por

Leia mais

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho NOTA TÉCNICA Noa Sobre Evolução da Produividade no Brasil Fernando de Holanda Barbosa Filho Fevereiro de 2014 1 Essa noa calcula a evolução da produividade no Brasil enre 2002 e 2013. Para ano uiliza duas

Leia mais

Características dos Processos ARMA

Características dos Processos ARMA Caracerísicas dos Processos ARMA Aula 0 Bueno, 0, Capíulos e 3 Enders, 009, Capíulo. a.6 Morein e Toloi, 006, Capíulo 5. Inrodução A expressão geral de uma série emporal, para o caso univariado, é dada

Leia mais

Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa Faculdade de Economia e Administração. Daniel Cunha Coelho MODELOS DE PREVISÃO DA TAXA DE CÂMBIO NO BRASIL

Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa Faculdade de Economia e Administração. Daniel Cunha Coelho MODELOS DE PREVISÃO DA TAXA DE CÂMBIO NO BRASIL Insper - Insiuo de Ensino e Pesquisa Faculdade de Economia e Adminisração Daniel Cunha Coelho MODELOS DE PREVISÃO DA TAXA DE CÂMBIO NO BRASIL São Paulo 2010 Daniel Cunha Coelho Modelos de previsão da axa

Leia mais

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico 30 Capíulo 2: Proposa de um Novo Reificador Trifásico O mecanismo do descobrimeno não é lógico e inelecual. É uma iluminação suberrânea, quase um êxase. Em seguida, é cero, a ineligência analisa e a experiência

Leia mais

Estudo comparativo do fluxo de caminhões nos portos de Uruguaiana e Foz do Iguaçu

Estudo comparativo do fluxo de caminhões nos portos de Uruguaiana e Foz do Iguaçu XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de novembro de 26. Esudo comparaivo do fluxo de caminhões nos poros de Uruguaiana e Foz do Iguaçu Suzana Leião Russo (URI) jss@urisan.che.br Ivan Gomes Jardim (URI)

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA REGRA DE TAYLOR E A RESPOSTA DA TAXA DE JUROS À INFLAÇÃO NO

Leia mais

EXAME NACIONAL DE SELEÇÃO 2007

EXAME NACIONAL DE SELEÇÃO 2007 EXAME NACINAL E SELEÇÃ 007 PRVA E ESTATÍSTICA o ia: 8/0/006 - QUARTA FEIRA HRÁRI: 0h30 às h 45 (horário de Brasília) EXAME NACINAL E SELEÇÃ 007 o ia:8/0(quara-feira) Manhã:0:30h às h 45 ESTATÍSTICA Insruções.

Leia mais

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL*

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* Nikolay Iskrev** Resumo Arigos Ese arigo analisa as fones de fluuação dos ciclos económicos em Porugal usando a meodologia de conabilidade dos ciclos

Leia mais

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Matemática e Estatística Econometria

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Matemática e Estatística Econometria Universidade do Esado do Rio de Janeiro Insiuo de Maemáica e Esaísica Economeria Variável dummy Regressão linear por pares Tese de hipóeses simulâneas sobre coeficienes de regressão Tese de Chow professorjfmp@homail.com

Leia mais

Avaliando e Propondo Medidas de Núcleo da Inflação no Brasil Ivan Castelar Cristiano Santos

Avaliando e Propondo Medidas de Núcleo da Inflação no Brasil Ivan Castelar Cristiano Santos 10 Avaliando e Propondo Medidas de Núcleo da Inflação no Brasil Ivan Caselar Crisiano Sanos FORTALEZA MAIO 2016 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA - CAEN SÉRIE ESTUDOS ECONÔMICOS

Leia mais

Impulso fiscal e sustentabilidade da dívida pública

Impulso fiscal e sustentabilidade da dívida pública Impulso fiscal e susenabilidade da dívida pública Helder Ferreira de Mendonça Ocavio Vargas Freias Pinon RESUMO Ese arigo faz uma breve análise da políica fiscal brasileira no período 1998-2007 levando

Leia mais

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque:

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque: DEMOGRAFIA Fone: Ferreira, J. Anunes Demografia, CESUR, Lisboa Inrodução A imporância da demografia no planeameno regional e urbano O processo de planeameno em como fim úlimo fomenar uma organização das

Leia mais

Produtividade Agrícola e Preço da Terra no Brasil Uma Análise Estadual

Produtividade Agrícola e Preço da Terra no Brasil Uma Análise Estadual PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA E PREÇO DA TERRA NO BRASIL UMA ANÁLISE ESTADUAL hfsspola@esalq.usp.br APRESENTACAO ORAL-Evolução e esruura da agropecuária no Brasil HUMBERTO FRANCISCO SILVA SPOLADOR; GERALDO SANT

Leia mais

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO MARCELO WEBER INFLAÇÃO FUTURA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS EXPECTATIVAS DO FOCUS E AS INFLAÇÕES IMPLÍCITAS NOS TÍTULOS PÚBLICOS SÃO PAULO 2011

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA Edilean Kleber da Silva Bejarano Aragón Três Ensaios sobre Políica Moneária no Brasil: Assimerias

Leia mais

3 O Modelo SAGA de Gestão de Estoques

3 O Modelo SAGA de Gestão de Estoques 3 O Modelo SG de Gesão de Esoques O Sisema SG, Sisema uomaizado de Gerência e poio, consise de um sofware conendo um modelo maemáico que permie fazer a previsão de iens no fuuro com base nos consumos regisrados

Leia mais

Tabela: Variáveis reais e nominais

Tabela: Variáveis reais e nominais Capíulo 1 Soluções: Inrodução à Macroeconomia Exercício 12 (Variáveis reais e nominais) Na abela seguine enconram se os dados iniciais do exercício (colunas 1, 2, 3) bem como as soluções relaivas a odas

Leia mais

Introdução ao Controle Ótimo: Otimização de funções e funcionais. Otimização paramétrica. Problema de controle ótimo com tempo final fixo.

Introdução ao Controle Ótimo: Otimização de funções e funcionais. Otimização paramétrica. Problema de controle ótimo com tempo final fixo. Inrodução ao Conrole Óimo: Oimização de funções e funcionais. Oimização paramérica. Problema de conrole óimo com empo final fio. Oimização Deerminação de uma ação que proporciona um máimo de benefício,

Leia mais

INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO

INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO Luiz Henrique Paraguassú de Oliveira 1, Paulo Robero Guimarães Couo 1, Jackson da Silva Oliveira 1, Walmir Sérgio da Silva 1, Paulo Lyra Simões

Leia mais

3 Estudo da Barra de Geração [1]

3 Estudo da Barra de Geração [1] 3 Esudo da Barra de eração [1] 31 Inrodução No apíulo 2, raou-se do máximo fluxo de poência aiva e reaiva que pode chear à barra de cara, limiando a máxima cara que pode ser alimenada, e do possível efeio

Leia mais

2 Os métodos da família X Introdução

2 Os métodos da família X Introdução 2 Os méodos da família X 2. Inrodução O méodo X (Dagum, 980) emprega médias móveis (MM) para esimar as principais componenes de uma série (Sysem of Naional Accouns, 2003): a endência e a sazonalidade.

Leia mais

Circuitos Elétricos I EEL420

Circuitos Elétricos I EEL420 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL420 Coneúdo 1 - Circuios de primeira ordem...1 1.1 - Equação diferencial ordinária de primeira ordem...1 1.1.1 - Caso linear, homogênea, com

Leia mais

3 Método de estimação da relação entre a taxa de câmbio real e os preços de commodities

3 Método de estimação da relação entre a taxa de câmbio real e os preços de commodities 38 3 Méodo de esimação da relação enre a axa de câmbio real e os preços de commodiies A seguir explicaremos o méodo de esimação escolhido para a análise da relação enre a axa de câmbio real e os preços

Leia mais

Aplicação. Uma famosa consultoria foi contratada por uma empresa. que, entre outras coisas, gostaria de entender o processo

Aplicação. Uma famosa consultoria foi contratada por uma empresa. que, entre outras coisas, gostaria de entender o processo Aplicação Uma famosa consuloria foi conraada por uma empresa que, enre ouras coisas, gosaria de enender o processo gerador relacionado às vendas de deerminado produo, Ainda, o conraane gosaria que a empresa

Leia mais

Racionalidade e Previsibilidade no Mercado Brasileiro de Ações: Uma Aplicação de Modelos de Valor Presente

Racionalidade e Previsibilidade no Mercado Brasileiro de Ações: Uma Aplicação de Modelos de Valor Presente Racionalidade e Previsibilidade no Mercado Brasileiro de Ações: Uma Aplicação de Modelos de Valor Presene Claudine Furado Anchie João Vicor Issler Escola de Pós-Graduação em Economia - EPGE Fundação Geulio

Leia mais

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr.

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr. Moivação rof. Lorí Viali, Dr. vialli@ma.ufrgs.br hp://www.ma.ufrgs.br/~vialli/ Na práica, não exise muio ineresse na comparação de preços e quanidades de um único arigo, como é o caso dos relaivos, mas

Leia mais

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO PRISCILA FERNANDES RIBEIRO

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO PRISCILA FERNANDES RIBEIRO FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO PRISCILA FERNANDES RIBEIRO Esruura a Termo da Taxa de Juros no Brasil e Previsibilidade de Ciclos Econômicos SÃO PAULO 200 PRISCILA FERNANDES RIBEIRO

Leia mais

O IMPACTO DA ECONOMIA MUNDIAL NA ECONOMIA BRASILEIRA

O IMPACTO DA ECONOMIA MUNDIAL NA ECONOMIA BRASILEIRA FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMEC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ECONOMIA O IMPACTO DA ECONOMIA MUNDIAL NA ECONOMIA

Leia mais

Teste F na Regressão Linear Múltipla para Dados Temporais com Correlação Serial.

Teste F na Regressão Linear Múltipla para Dados Temporais com Correlação Serial. Deparameno de Ciências e ecnologias Mesrado em Esaísica, Maemáica e Compuação ese F na Regressão Linear Múlipla para Dados emporais com Correlação Serial. Bruno Fernando Pinheiro Faria Lisboa, Mesrado

Leia mais

PEDRO ALEDI PORTUGAL

PEDRO ALEDI PORTUGAL PEDRO ALEDI PORTUGAL ESTIMAÇÃO DOS PARÂMETROS DAS CURVAS IS E DE PHILLIPS DA ECONOMIA BRASILEIRA:994/200 Versão Final de disseração de Mesrado apresenada como quesio parcial à obenção do grau de Mesre

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara Insiuo de Física USP Física V - Aula 6 Professora: Mazé Bechara Aula 6 Bases da Mecânica quânica e equações de Schroedinger. Aplicação e inerpreações. 1. Ouros posulados da inerpreação de Max-Born para

Leia mais

4 O Fenômeno da Estabilidade de Tensão [6]

4 O Fenômeno da Estabilidade de Tensão [6] 4 O Fenômeno da Esabilidade de Tensão [6] 4.1. Inrodução Esabilidade de ensão é a capacidade de um sisema elérico em maner ensões aceiáveis em odas as barras da rede sob condições normais e após ser submeido

Leia mais