DIFERENCIAIS DE SALÁRIOS POR GÊNERO NO BRASIL: Uma Análise Regional *

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1 DIFERENCIAIS DE SALÁRIOS POR GÊNERO NO BRASIL: Uma Aálise Regioal * VERÔNICA FAGUNDES ARAÚJO ** EDUARDO PONTUAL RIBEIRO *** RESUMO Uma das maiores características do mercado de trabalho brasileiro é o diferecial salarial etre homes e mulheres. Dado que os difereciais salariais depedem de difereças de características produtivas pessoais e dos postos ocupados, estuda-se a cotribuição da distribuição ocupacioal o diferecial salarial etre homes e mulheres, com êfase em uma aálise as diferetes regiões do Brasil. Cocluiu-se que o diferecial de salários etre homes e mulheres as regiões brasileiras é em grade parte resultado de difereças de salário itra-ocupacioal, ou seja, detro de uma mesma ocupação. Difereças em atributos produtivos também explicam uma parcela muito pequea do diferecial salarial sugerido tratameto desigual etre homes e mulheres. Por fim, baseado a distribuição ocupacioal as regiões brasileiras, em toro de 40% da força de trabalho femiia (ou masculia, ou ambas) deveriam ser realocadas para elimiar sua super- ou sub-represetação em determiadas ocupações as diferetes regiões brasileiras. ABSTRACT Oe of the mai characteristics of the Brazilia labor market is the malefemale wage differetial. Sice wages deped upo idividual ad job characteristics we study the ocupatioal aspects of the male-female wage differetials, particularly across the Brazilia Regios.Our results suggest that 40% of the male or female workforce would be reallocated to create a similar distribubio across occupatios, but the uequal occupatioal distributio is ot resposible for the total wage differetials. That is, across all regios, almost all wage differetials are withi occupatio differetials. Palavras-chave: difereciais de salários; gêero; Regiões do Brasil * Mestre em Ecoomia, pelo Este artigo é baseado a dissertação de mestrado da primeira autora, detro do Curso de Mestrado Iteristitucioal em Ecoomia UFRR-UFRGS. Agradecemos os cometários de Duílio A. Beri, Sabio S. Porto Jr. e Roberto C. Moraes pelos cometários e o apoio fiaceiro da CAPES e CNPq. Todos os erros são de ossa resposabilidade. ** Mestre em Ecoomia pela UFRGS. *** PhD em Ecoomia pela Uiversity of Illiois eprofessor do Programa de Pós-Graduação em Ecoomia, UFRGS e Pesquisador do CNPq. eribeiro@ufrgs.br. Edereço para correspodêcia: Av. João Pessoa 52, sl. 33b, Porto Alegre, RS, Tel , Fax:

2 DIFERENCIAIS DE SALÁRIOS POR GÊNERO NO BRASIL: Uma Aálise Regioal. INTRODUÇÃO Uma das mais importates trasformações sociais ocorridas o Brasil, desde os aos 70, foi o aumeto da participação femiia o mercado de trabalho. A população ecoomicamete ativa (PEA) femiia, cresceu 260% etre 970 e 990 equato que a masculia apeas 73% de acordo com o IBGE. Cotudo, a iserção femiia o mercado de trabalho tem-se caracterizado por clara desvatagem em relação aos homes em termos de redimetos. Aida de acordo com os dados da PNAD do IBGE, o redimeto médio femiio era apeas 57% do masculio em 990 (OMETTO et al., 998), tedo baixado para aida o sigificativo diferecial para 4% em 995. Ao mesmo tempo, verifica-se que as mulheres trabalhadoras têm-se cocetrado em poucas ocupações. Nos estudos sobre difereciais de salários, uma das questões que tem chamado a ateção dos aalistas refere-se à situação ode idivíduos igualmete produtivos são diferetemete avaliados com base em atributos ão produtivos. Neste caso, diz-se que existe discrimiação o mercado de trabalho. A discrimiação por gêero ecotra-se presete em praticamete todas as sociedades, idepedetemete dos traços culturais e religiosos e dos sistemas políticos ecoômicos. Muitas são as coseqüêcias que os processos discrimiatórios itroduzem as relações humaas de modo geral e os mercados de trabalho em particular. No mercado de trabalho, a discrimiação provoca mal uso dos recursos humaos, a medida que os agetes ecoômicos, em se utilizado das disparidades de remueração, alimetam formas rígidas de relações de trabalho, permitido uma ieficiêcia da atividade ecoômica. A formação de estereótipos masculios e femiios, além de falsear a imagem social de importates segmetos humaos, afetam egativamete os estímulos às qualificações, cotribuido para a perpetuação de desigualdades sócio-ecoômicas. A discrimiação pode ser caracterizada tato sob o poto de vista social quato ecoômico. Sob o poto de vista ecoômico, a discrimiação se processa quado ão há uma avaliação correta dos diferetes custos e beefícios produtivos de cada pessoa, mas a partir de diferetes percepções que se tem dos idivíduos evolvidos. Os prejulgametos iduzem ações discrimiatórias cotra pessoas que se distiguem por características visíveis (gêero e raça, por exemplo, mas também apresetação física ), ates mesmo que elas possam demostrar suas reais capacidades produtivas. Assim, muitas vezes as mulheres detêm uma formação, uma experiêcia e uma produtividade superiores às dos homes, mas em por isso recebem os mesmos redimetos, caracterizado portato situações de discrimiação social. As mulheres são discrimiadas o mercado de trabalho quado, apesar de igualmete qualificadas, recebem pagameto iferior o desempeho da mesma fução e/ou recebem salários meores porque têm acesso apeas às ocupações pior remueradas. No primeiro caso, a discrimiação é salarial, e o segudo caso, temos a discrimiação ocupacioal, ode a variável de seleção é o sexo. Segregação ocupacioal implica ão apeas que homes e mulheres estejam segregados em diferetes ocupações, mas também que as ocupações as quais as mulheres se cocetram sejam pior remueradas. Tora-se ecessário cofirmar a extesão das difereças salariais etre homes e mulheres, e a segregação ocupacioal existete o Brasil, para que possamos aalisar as razões para cada situação e buscar, em futuros trabalhos, políticas que as solucioe. Um 2

3 aspecto iovador do trabalho é a aálise regioal dos difereciais. Outros trabalhos, como OMETTO et al.(997, 999) trataram das características regioais dos difereciais de salários por gêero, mas cocetraram-se apeas em algumas partes específicas, como São Paulo e Perambuco. Além disso, queremos eteder como os difereciais salariais por gêero idetificados por BARROS, RAMOS e SANTOS (995) e outros se matém etre as regiões os aos 90. Além disso há o iteresse de ivestigar o papel da ocupação a desigualdade salarial por gêero a esteira de uma polêmica a literatura. Equato os autores ateriores afirmam que a segregação ocupacioal em pouco cotribui para a discrimiação salarial etre homes e mulheres o Brasil a década de 80, OMETTO et al. (999) afirma que tal segregação ocupacioal respode por grade parte do diferecial salarial por gêero, com base de dados para São Paulo e Perambuco os aos 80. Nosso estudo basear-se-á em dados de 995, quado o mercado de trabalho passava por grades mudaças, implusioadas pela abertura ecoômica e o Plao Real, de 994. O objetivo geral deste trabalho é estimar, aalisar e comparar a extesão das difereças de salários bem como do grau de segregação ocupacioal por gêero as regiões brasileiras, tedo como base os dados da Pesquisa Nacioal por Amostra de Domicílios (PNAD), que é coletada aualmete pelo Istituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Focaremos o comportameto do mercado de trabalho em áreas urbaas para o ao de 995. A aálise do grau de segregação ocupacioal por gêero as regiões brasileiras será estimado por meio do cálculo do Ídice de Dissimilaridade de Duca & Ducam, como também pelo Ídice de Dissimilaridade Padroizado pelo Tamaho. Detro desta aálise, serão classificadas as ocupações como itegradas, femiias e masculias de acordo com as proporções em que se ecotram ocupados os postos de trabalho em cada categoria ocupacioal por homes e mulheres. A aálise das difereças salariais por gêero as regiões brasileiras será feita através das Técicas Empíricas de Decomposição, ode se decompõem os difereciais salariais por gêero em duas partes, uma explicada pela discrimiação salarial total e outra pela discrimiação ocupacioal. Dado que homes e mulheres a mesma ocupação podem ter características produtivas distitas, faz-se ecessário a decomposição da discrimiação salarial etre discrimiação aparete e discrimiação salarial própria, para termos uma aálise mais detalhada. Utilizaremos esta decomposição o ível educacioal e a idade como caraterísticas idividuais produtivas. Mais especificamete, aalisaremos se as difereças salariais é explicada pela discrimiação salarial ou pela discrimiação ocupacioal, se as difereças o ível educacioal podem explicar as difereças salariais, se as difereças variam de região para região, se as regiões se ecotram segregadas, se o acesso as ocupações é amplo para homes e mulheres. O artigo está dividido da seguite forma. Na seguda seção apresetamos um marco teórico que baliza o emprego dos métodos empíricos apresetados a terceira seção e aplicados aos dados brasileiros de 995 a quarta seção. A última seção colecioa os pricipais resultados obtidos e tece cometários fiais. 2- DIFERENCIAS DE SALÁRIOS ENTRE HOMENS E MULHERES: MARCO TEÓRICO. 3

4 Como visto acima, os aos recetes a mulher tem ocupado cada vez mais lugares o mercado de trabalho. Por outro lado, o diferecial salarial etre homes e mulheres ão tem caído de modo sigificativo ao logo do tempo. De acordo com BARROS e MENDONÇA (996) a desigualdade de reda pode ser separada em fatores relacioados com desigualdade de codições e desigualdade de resultados. O primeiro diz respeito a desigualdade sedo gerada por difereças os atributos produtivos com que uma pessoa chega ao mercado e é gerado ao logo de sua vida, pricipalmete ates da etrada o mercado de trabalho. O segudo diz respeito ao tratameto que a pessoa recebe o mercado, dado seus atributos produtivos. Como o segudo diz respeito a um tratameto desigual quado se esperaria que fosse equitativo a priori, ele é social e eticamete iaceitável (p.430). Este tipo de tratameto desigual é devido à segmetação ou discrimiação o mercado de trabalho e é osso objeto pricipal de estudo. Fica claro do exposto que para estudar as fotes das desigualdades salariais etre homes e mulheres faz-se mister separar aquelas que podem ser geradas pelo mercado sem que haja ecessariamete discrimiação e a discrimiação per se pelo mercado. Discrimiação etedido como tratameto desigual de iguais. As pricipais teorias apresetadas para explicar os diferecias salariais pelo mercado sem que haja ecessariamete discrimiação são aquelas que explicam a relação etre dotações de atributos produtivos e salários, ou aida, pelos ôus e beefícios atribuídos às diferetes ocupações. A primeira hipótese é implícita à teoria do capital humao (BECKER, 964). A seguda hipótese é resultado da teoria da sialização ou aida do credecialismo. E a terceira, é represetada a teoria dos difereciais compesatórios que pode ser recohecida em Adam Smith em seu livro A Riqueza das Nações, como idica EHRENBERG e SMITH (2000). Bos resumos destas teorias pode ser ecotrado em EHRENBERG e SMITH (2000) e em RAMOS e VIEIRA (996). Não iremos aqui discorrer sobre as diferetes teorias. Todavia elas são importates para idicar que os diferecias de salários podem ser devido a diferecias de produtividade e uma idetificação da discrimiação deve passar pelo cotrole destes difereciais de produtividade ou mecaismos de mercado. As teorias do capital humao e da sialização sugerem que idicadores importates da produtividade dos idivíduos são a escolaridade e a experiêcia (que pode ser aproximada pela idade). Por outro lado, as teorias da segmetação do mercado de trabalho e do credecialismo, além da teoria dos difereciais compesatórios chamam a ateção para a importâcia do tipo de ocupação que o idivíduo tem para os difereciais de salários. A segmetação e o credecialismo sugerem um diferecial por tipo de ocupações por ser este o locus que permite a separação das pessoas etre os empregos de alta e baixa produtividade (bos e maus empregos, de mercado primário e secudário de trabalho, o liguajar da teoria), ou aqueles restritos às pessoas das classes domiates e das classes periféricas (técicas e de serviços mauais). A teoria dos difereciais compesatórios idica que os salários em diferetes ocupações tedem a ser difereciados também pelos atributos de cada um, em termos de aprazabilidade ou periculosidade. Em suma, os difereciais salariais podem apeas ser atribuídos a discrimiação se forem cotrolados os determiates ecoômicos dos salários, que pelas teorias acima seriam a ocupação, a escolaridade e/ou idade dos trabalhadores. Note que ossa posição ão é de idetificar qual das teorias é a mais correta para desvedar a extesão da discrimiação por gêero. Um estudo da Fudação SEADE apud ALVES et al(997), atribui a existêcia da difereciação de salários por gêero ao fato de a ocupação femiia cocetrar-se em poucos 4

5 setores e atividades da ecoomia (justamete os que pagam meos) e, ao mesmo tempo, situar-se em posições de pouca importâcia as empresas, o que faz com que as mulheres tedam a gahar meos que os homes. Esses dois feômeos são cohecidos como segregação horizotal e segregação vertical 2. O mesmo estudo também mostra que, mesmo trabalhadores que desempeham fuções que exijam íveis de escolaridade semelhates, a remueração das mulheres é, em média, 40% iferior à dos homes. Todavia este como outros estudos deixam de lado o aspecto regioal dos difereciais salariais etre homes e mulheres, que é o objetivo deste artigo. 3 - MÉTODOS EMPÍRICOS O objetivo desta seção é apresetar o istrumetal técico que os possibilite idetificar o grau de segregação ocupacioal e os difereciais salariais por gêero, separado estes, aqueles devidos à discrimiação salarial e discrimiação ocupacioal. Para isto empregar-se-á os ídices Ídice de Dissimilaridade ou Deslocameto de Duca & Duca (D) e o Ídice de Dissimilaridade Padroizado pelo Tamaho (Ds) para a segregação ocupacioal e as Técicas Empíricas de Decomposição, baseado a lei das expectativas iteradas, para aálise do diferecial de salário por gêero o mercado de trabalho brasileiro. 3. Medidas de Segregação Ocupacioal 3.. Itegração ocupacioal Se homes e mulheres fossem dotados do mesmo cojuto de preferêcias e possibilidades de escolha profissioal, a distribuição dos sexos etre as ocupações deveria ser semelhate, com pequeas difereças aleatórias. Todavia, como as preferêcias ão são semelhates, difereças a distribuição dos sexos etre as ocupações podem existir sem que ecessariamete haja discrimiação ou segregação. Mas ote que ausêcia de segregação ocupacioal ão implica que as ocupações teham o mesmo úmero de homes e mulheres, pois os mesmos participam de forma desigual a força de trabalho Desta forma, OMETTO et al. (997) cosidera que a ocupação é itegrada quado o percetual de homes (mulheres) que a compõe é semelhate à participação masculia (femiia) a PEA. Assim, a ocupação i é idetificada como itegrada quado, M M i M 0, , 05 () T Ti T ode M e T são, respectivamete, o úmero total de homes e de pessoas ocupadas (T=M+F). Da mesma forma, M i e T i são o úmero de homes e de pessoas a ocupação i. Se M i /T i > M/T + 0,05 a ocupação é classificada como masculia. E quado M i /T i < M/T 0,05, a ocupação é cosiderada femiia. A escolha desses limites é arbitrária. O ível de 5% é comum a literatura. Ao cotrário da literatura, podemos testar a hipótese de que as ocupações são itegradas ou ão, recohecedo que M i /T i é uma proporção. Deomiado m i = M i /T i, podese testar a hipótese de que m i =M/T empregado a fórmula Z=(m i M/T)/(m i ( m i )/T i ) /2. Como ossa amostra é bem grade, podemos usar o Teorema do Limite Cetral e afirmar que, sob a hipótese ula, Z~N(0,). Vide, por exemplo, MOOD, GRAYBILL e BOES (974). Para 2 Etede-se por segregação horizotal a cocetração da ocupação femiia em poucos setores e atividades. A segregação vertical refere-se à cocetração da ocupação em fuções com pouco poder de decisão. 5

6 testar se a ocupação é masculia, usa-se como hipótese alterativa m i >M/T e para testar se a ocupação é femiia m i <M/T Ídice de Dissimilaridade de Duca & Duca (D) Para medir o grau de segregação, empregamos a medida de segregação mais utilizada a literatura, que é o ídice D, de Dissimilaridade ou Deslocameto de Duca & Duca (955) (apud OMETTO et al, 997). O ídice D é defiido por meio da expressão: Fi M i D = 0,5 (2) F M Ode M i e F i são, respectivamete, úmero de homes e de mulheres a ocupação,..., e F e M, respectivamete, o úmero total de mulheres e homes ocupados. O valor pode ser iterpretado, como a proporção de mulheres que devem ser deslocadas ou realocadas (daí a deomiação dessa medida) etre as ocupações, para que a distribuição ocupacioal dos dois sexos se tore idêtica. O ídice D pode assumir valores compreedidos etre zero e um. Ele é igual a zero quado ocorre perfeita itegração dos dois sexos as ocupações, ou seja, homes e mulheres têm a mesma estrutura ocupacioal. Por outro lado, D é igual a (um) quado a segregação é total, ou seja, as mulheres empregadas em ocupações iteiramete femiias e os homes as completamete masculias. Vale a pea destacar dois potos pouco ressaltados a literatura. Primeiro, o ídice D ão é igual a zero se todas ocupações forem itegradas pela defiição acima, devido a margem de 0,05. Pode-se demostrar que se todas as ocupações forem itegradas, pela defiição da equação (), 0<D<( 0,05)/2. Segudo, mesmo que o ídice D seja diferete de zero, as difereças podem ser aleatórias. Todavia a costrução de itervalos de cofiaça é dificultada pelo uso do valor absoluto a costrução da variável aleatória que limita a possibilidade de ecotrar a distribuição limite da estatística Ídice de Dissimilaridade Padroizado pelo Tamaho (Ds) O Ídice de Dissimilaridade Padroizado pelo Tamaho é a medida absoluta padroizada de segregação que cotrola pelo efeito da estrutura ocupacioal tratado todas as ocupações como se fossem do mesmo tamaho, calculado sobre um úmero fixo de categorias ocupacioais comparáveis (Hermeto, 998). O ídice Ds é expresso através da equação: Fi Fi Mi Mi Ds = 0,5, (3) Ti Ti Ti Ti ode: T i =M i +F i é o úmero total de homes e mulheres a ocupação i. Ao cotrário do ídice D, os termos são poderados pela soma das proporções de cada gêero as diferetes ocupações. Ds ão é afetado pela forma da distribuição ocupacioal, dado que padroiza cada uma das i ocupações ao mesmo tamaho, ão permitido que mudaças o tamaho das ocupações ao logo do tempo afetem o valor do ídice. Desta forma ão é cotamiado por efeitos composicioais. Apesar do ídice Ds resolver o problema do tamaho de cada ocupação, seu procedimeto de poderação gera uma estimativa viesada, ao aumetar o impacto das categorias pequeas e dimiuir a ifluêcia das maiores categorias. Além disso, se o úmero de mulheres em cada ocupação é multiplicado por uma costate, o valor de Ds muda (Hermeto, 998). 6

7 3.2 Técicas Empíricas de Decomposição 7 A idéia básica das Técicas Empíricas de Decomposição é apresetar uma decomposição baseado em uma idetidade e por isso idetifica uma decomposição ateórica. O método se baseia a Lei das Expectativas Iteradas (ver, por exemplo, MOOD, GRAYBILL e BOES, 974, seção 4.3). Uma vez especificadas as variáveis (atributos) que codicioam o valor esperado de uma variável aleatória de iteresse, o método busca separar a cotribuição de cada atributo para o resultado fial de forma que seja possível alterar alguma variável específica e observar a mudaça a variável de iteresse. Para eteder a lei das expectativas iteradas, sejam X e Y duas variáveis aleatórias quaisquer. Sem perda de geeralidade, seja X uma variável aleatória discreta com valores X={x,..., x } e com distribuição de desidade de probabilidade f(x)= P(X=x i ). Deota-se E[Y X=x i ] a esperaça codicioal de Y em relação a X, avaliada em X=x i, sedo P(X=x i )>0. Pela Lei das Expectativas Iteradas podemos escrever que o valor esperado de Y, E[Y] pode ser obtido como a média poderada das médias codicioais de Y em relação a X, ou seja, E[Y] = E[Y X= x i ].P[X= x i ], (3) sedo Σ P[X= x i ] =, pelas defiições de probabilidade. Podemos reescrever a equação (3) de forma mais sucita, usado m E[Y]= e i p i = e p, com Σ p i =. ode, para todo,...,, p i = P[X=x i ] e e i = E[Y X=x i ]. Seguido a otação da literatura, deotaremos por W o salário de uma pessoa e por G, O e C variáveis aleatórias categóricas represetado gêero, ocupação e características pessoais (por exemplo: educação e idade), respectivamete. G pode assumir os valores m (masculio) e f (femiio). O pode assumir valores o i,,...,, ou seja, m grupos ocupacioais e C, c j, j=,...,m, ou seja, m classes de idade ou escolaridade. Reescrevedo a equação () para W, codicioal ao gêero G e a ocupação, ossa pricipal variável de iteresse, temos E[W G=g] = E[W O=o i, G=g]. P[O=o i,g=g], (4) que é a idetidade fudametal a ser explorada em ossa aplicação. Com o objetivo de simplificar a otação defia, para G= m, f e i =,...,, E[W G=g] µ g, E[W O=o i, G=g] e g i, e P[O=oi G=g] p g i. Assim, temos, µ g = e g. p g, g=m,f, (5) ode e g = ( e g,..., e g ) e p g = ( p g,..., p g ) Difereciais salariais Barros et al (995) com o objetivo de obter uma decomposição do diferecial salarial etre homes e mulheres, etre discrimiação salarial e discrimiação ocupacioal, traduz da expressão acima que o salário médio de mulheres e homes são distitos porque ou (i) os salários médios de homes e mulheres a mesma ocupação são distitos (discrimiação 7 Essa seção baseia-se em BARROS et al,

8 salarial, e f e m ) ou (ii) porque as distribuições de homes e mulheres por grupo ocupacioal são distitas (discrimiação ocupacioal, p f p m ). Para permitir a decomposição cosidere µ m * o salário médio que os homes teriam caso mativéssemos costates seus salários médios em cada ocupação, mas alterássemos a distribuição ocupacioal dos homes dado-lhes uma distribuição ocupacioal idêtica à das mulheres. Isto é, µ m * e m.p f. (6) Podemos também ter a iterpretação cotrafactual alterativa de µ m *, como sedo a média salarial que as mulheres teriam caso fosse matida sua estrutura ocupacioal, mas em cada ocupação os salários médios femiios fossem alterados de forma a igualarem-se aos masculios. Com base este salário cotrafactual podemos decompor o diferecial de salário por gêero E[W G=m] E[W G=f]= µ = µ m µ f em discrimiação ocupacioal, p, e discrimiação salarial, e, somado e subtraido µ m * e rearrumado os termos: µ = µ m µ m * + µ m * µ f µ = e m.p m e m.p f + e m.p f e f.p f = e m (p m -p f ) + (e m e f ).p f = p+ e. (7) A difereciação salarial total etre gêeros seria a difereça que advém de difereças de salários (médio) masculio e femiio detro de cada ocupação, e=(e m e f ) p f. Esta difereça tem a iterpretação cotrafactual de ser o diferecial de salário etre homes e mulheres que ocorreria caso a estrutura ocupacioal dos homes fosse alterada para ser igual à das mulheres, mas a média salarial por ocupação, tato para homes como para mulheres, permaecesse ialterada. Por outro lado, a difereciação ocupacioal etre gêeros seria a difereça que advém de difereças da distribuição ocupacioal de homes e mulheres as várias ocupações, p = e m.(p m p f ). Este termo tem a iterpretação cotrafactual de ser o diferecial de salário por gêero que existiria caso as difereças em estrutura ocupacioal fossem matidas, mas mulheres as mesmas ocupações que homes passassem a receber os salários masculios aquelas ocupações, matedo os salários masculios costates. Neste mometo, o leitor familiarizado com a literatura de diferecias salariais por gêero pode perceber a semelhaça com a decomposição de OAXACA (973) que usado aálise de regressão decompõe o diferecial de salários médio por gêero em um diferecial devido aos atributos pessoais ou variáveis de cotrole da regressão de salários, e outro diferecial devido ao tratameto difereciado do mercado para homes e mulheres. No apêdice deste artigo demostra-se que as decomposições são equivaletes Discrimiação salarial própria e aparete Como vimos o capítulo aterior, a existêcia de difereciais de salários detro de cada grupo ocupacioal pode ão ser idicador de tratameto difereciado etre homes e mulheres, ou seja, discrimiação, pois estes podem diferir em sua produtividade. Difereciais de produtividade justificam salários difereciados. Desta forma, dado que homes e mulheres a mesma ocupação podem ter características produtivas distitas, é coveiete decompor os difereciais de salário por gêero itra-ocupacioais a parcela que se deve a difereças em atributos produtivos, que chamaremos de discrimiação aparete, e àquela que se deve a difereças de salário etre homes e mulheres com mesmos atributos produtivos e a mesma ocupação, que chamaremos, de discrimiação salarial própria. Utilizado ovamete a Lei das Expectativas Iteradas obtém-se que para G = f, m e cada ocupação i =,..., 8

9 E[W O=o i, G=g] = m j= E[W C=c j, O= o i, G= g].p[c= c j, O= o i, G= g]. (8) Com o ituito de simplificarmos a otação, deotamos, α g i,j E[W C=c j,o=o i,g=g] e β g i,j P[C = c j O = o i, G = g]. Assim, em otação vetorial, α g i (α g i,,..., α g i,m) e β g i (β g i,,..., β g i,m) e pode-se reescrever (7) como E[W O=o i, G=g]= e g i = α g i. β g i. Desta forma, a difereciação salarial, e, pode ser escrita como e = (e m i e f i). p f i = (α m i. β m i α f i. β f i). p f i e o diferecial salarial etre gêeros (5) acima, como m µ = e i (p m i -p f i ) + (α m iβ m i α f iβ f i) p f i Desta expressão podemos iterpretar que, existe difereciação salarial (o segudo termo da equação acima) porque ou (i) existe difereça salarial etre homes e mulheres com as mesmas características a mesma ocupação (α m i α f i), discrimiação salarial própria ou (ii) existem difereças por gêero a distribuição de características pessoais para homes e mulheres uma mesma ocupação, (β m i β f i), discrimiação aparete. Para obter uma decomposição do diferecial salarial em discrimiação salarial f própria e discrimiação salarial aparete, como acima, cosidere µ * i a média salarial que as mulheres teriam caso mativéssemos costates a distribuição ocupacioal das mulheres e a distribuição de características pessoais das mulheres detro de cada ocupação, mas os salários médios das mulheres com dadas características pessoais e ocupação fossem alterados f de forma a igualarem-se ao dos homes as mesmas codições, ou seja, µ * i Σ (α m iβ f i). p f i Baseado esta média salarial artificial podemos decompor o diferecial salarial em discrimiação salarial própria, α, e discrimiação salarial aparete, β, somado e f subtraido µ * i via e = (α m iβ m i α f iβ f i).p f i = (α m iβ m i +α m iβ f i α m iβ f i α f iβ f i).p f i e = (α m i. (β m i β f i)).p f i + ((α m i α f i ). β f i).p f i = β + α. Por fim, pode-se reescrever (5) acima como E[W G=m] E[W G=f]= µ = µ m µ f = p + β + α. (9) Em suma, tato α como β têm, assim como p, uma iterpretação cotrafactual. O termo α é o diferecial por gêero que seria observado caso fizéssemos com que os homes ão só tivessem a mesma estrutura ocupacioal das mulheres ( p=0) mas, também, a mesma distribuição de características produtivas, matedo-se costates as difereças salariais etre homes e mulheres a mesma ocupação com as mesmas características ( β=0). E, por outro lado, β represeta o diferecial de salário que seria observado caso o salário das mulheres em cada ocupação fosse elevado ao dos homes com as mesmas características produtivas ( α=0) e a estrutura ocupacioal dos homes fosse modificada de forma a igualar-se à das mulheres ( p=0). O método acima, requer uma agregação das ocupações e uma defiição das características produtivas. Quato as ocupações, seguimos BARROS RAMOS e SANTOS (995) e adotamos os grupos ocupacioais do IBGE apresetados a PNAD, ou seja, 9

10 dividido as ocupações em sete grades grupos ocupacioais: (i) idústria; (ii) técico, cietífico, artístico, etc.; (iii) admiistrativo; (iv) comércio e atividades auxiliares; (v) trasporte e comuicação; (vi) prestação de serviços e (vii) outras ocupações. Quato às características produtivas, em liha com a maioria dos trabalhos sobre difereciais de salários, empregaremos escolaridade, dada a relevâcia da teoria do capital humao (ou teoria da sialização ou credecialista), assim como BARROS, RAMOS e SANTOS (995) e outros. 4- Aálise Empírica Para a aálise empírica empregamos dados da Pesquisa Nacioal por Amostragem de Domicílios, a PNAD de 995. A amostra selecioada baseia-se as seguites codições: homes e mulheres moradores das regiões urbaas, etre 25 e 50 aos de idade que trabalhavam em ocupações agrícolas mais de vite horas e ão frequetavam escola com reda mesal do trabalho positiva. O corte da amostra a idade objetiva evitar ifluêcia das aposetadorias ou o período em que as pessoas mais ricas aida estão estudado. A amostra total foi de pessoas, em todas as regiões do Brasil. Este corte de amostra é usual a literatura. A difereça salarial é padroizada, empregado-se o salário/hora. Este é calculado dividido-se o redimeto mesal pelo úmero total de horas trabalhadas mesalmete (Wh = R/H, ode R= redimeto mesal e H= úmero total de horas trabalhadas mesalmete; o úmero total de horas trabalhadas mesalmete é obtida multiplicado-se por 4 (quatro) as horas semaais reportada a pesquisa, que é o valor aproximado para o úmero de semaas o mês). 4.. Uma visão geral dos difereciais de salários por gêero as regiões Brasileiras. Como dito a itrodução, uma das maiores características do mercado de trabalho brasileiro é o diferecial de salários etre homes e mulheres. Em média, um homem em idade adulta trabalhado em atividades ão agrícolas as áreas urbaas do Brasil gahava 4% a mais que as mulheres, em 995. Ou, visto de outro modo, uma mulher as mesmas codições tiha uma remueração do trabalho 29% meor que a do homem. Esta difereça salarial dos homes em relação às mulheres ão é homogêea etre as regiões, ido de 20,5% a Região Norte, até 45,8% a Região Sul, como podemos ver a Tabela TABELA (): Distribuição, Média e Diferecial Salarial (em R$/h) por Gêero por Região Brasil, 995. REGIÃO MULHER (Freq. Rel.) SALÁRIO/HORA MULHER HOMEM (%) SALÁRIO/HORA HOMEM DIFERENÇA (%) Sudeste Norte Nordeste Sul Cetro-Oeste BRASIL Fote: Tabulação própria baseado em dados PNAD (995). No. de homes= homes, No. de mulhres= Vale a pea destacar que os difereciais seguem, grosso modo, o ível de desevolvimeto ecoômico, ou melhor, de idustrialização das regiões. Por outro lado, uma aálise mais detalhada revela que a meor difereça etre os salários médios a Região Norte pode ser explicada pelos salários relativamete baixos dos homes em relação à média acioal, equato que as mulheres têm salários próximos à média acioal. O diferecial do 0

11 Cetro-Oeste pode ser etedido pelos salários femiios bem acima da média acioal femiia, equato que os salários masculios estão apeas um pouco acima da média acioal masculia. No Nordeste os salários são homogeeamete meores para ambos os grupos Difereciais ocupacioais etre homes e mulheres as regiões brasileiras. Como mecioado a seção aterior, uma das fotes de difereciação salarial a ecoomia, pode ser a distribuição ocupacioal a ecoomia. Observado a Tabela 2, vemos que os diferecias salariais dos homes em relação as mulheres etre categorias ocupacioais é aida mais díspare que as difereças regioais, ido de um pouco meos de 8% o grupo de trasporte e comuicação, até 80%, a técica artística e cietífica. TABELA (2): Distribuição, Média e Diferecial Salarial (em R$/h) por Gêero por Ocupação Brasil, 995. GRUPOS OCUPACIONAIS MULHER (%) SALÁRIO HORA HOMEM (%) SALÁRIO HORA DIFERENÇA (%) MULHER HOMEM Idústria,4,43 32,52 2,23 55,94 Técico, cietífico, artístico, etc. 6,46 4,87 6,65 8,79 80,49 Admiistrativo 9,8 4,34 7,5 6,7 54,60 Comércio e atividades auxiliares 4,3 2,0 4,8 3,09 53,73 Trasporte e comuicação,06 2,40 0,32 2,59 7,9 Prestação de serviços 27,57,0 2,37,72 70,29 Outras ocupações 9,38,63 6,8 2,43 49,07 BRASIL 00,00 2,57 00,00 3,62 4,04 Fote: Tabulação própria baseado em dados PNAD (995). Não só as difereças salariais são marcates etre ocupações, como as distribuições de homes e mulheres detro das ocupações também o são. Além da esperada predomiâcia de mulheres em prestação de serviços, categoria que iclui os empregados domésticos e a predomiâcia masculia em ocupações típicas da idústria, temos forte difereças as distribuições de homes e mulheres os grupos ocupacioais técico cietífico (pró-femiio) e trasporte e comuicação (pró-masculio). As ocupações que parecem comportar a mesma proporções de homes e mulheres são as admiistrativas e aquelas relacioadas ao comércio. Esta aálise leva em cota a distribuição de homes e mulheres etre as ocupações. Um outro modo de ver a distribuição ocupacioal seria detro das ocupações. Como os úmeros de homes e mulheres ocupadas são diferetes, podem haver difereças em relação à distribuição acima. Para estudar melhor as distribuições de homes e mulheres detro das ocupações, empregamos os ídices D e Ds. Estes ídices idicam o quato de homes ou mulheres deveriam ser realocados para que houvesse distribuição equitativa por gêero as ocupações. Em termos de Brasil, vemos que os grupos ocupacioais idústria, trasporte e comuicações e outras podem ser cosiderados masculios, os grupos ocupacioais técicocietífico e de prestação de serviços podem ser cosiderados femiios e os grupos de ocupações admiistrativas e ligadas ao comércio e atividades auxiliares podem ser cosideradas itegradas. Todavia, há alguma heterogeeidade etre as regiões, visto que muitas vezes a classificação acioal ão é verificada a região, exceto os grupos ocupacioais da idústria, trasporte e comuicações, prestação de serviços e outras, ode o classificação acioal é sempre verificada regioalmete.

12 TABELA (3):Classificação das ocupações em Masculia (M), Femiia (F) e Itegrada (INT), por grupo ocupacioal e por região Brasil, 995. GRUPOS OCUPACIONAIS SUDESTE NORTE NORDESTE SUL CENTRO- BRASIL OESTE Idústria M M M M M M Técico,Cietífico,Art..etc. INT F F M F F Admiistrativo M M F M INT INT Comércio e Ativ. Auxiliares M INT INT M M INT Trasporte e Comuicações M M M M M M Prestação de serviços F F F F F F Outras ocupações M M M M M M Fote: Tabulação própria baseado em dados PNAD (995). Nota: uma distribuição é cosiderada itegrada quato a proporção de homes a ocupação a região é similar a proporção de homes a região. Como podemos perceber as ocupações a Região Sudeste são em sua maioria cosideradas masculias, o que ajuda a explicar um diferecial salarial alto em relação as mulheres. Temos apeas um grupo ocupacioal técico, cietífico, artístico etc., cosiderado itegrado, ou seja, a proporção de homes e mulheres é similar à sua proporção a força de trabalho, mas cotrariamete à média acioal que sugere que o ocupação é itegrada. Na Região Norte, diferetemete da Região Sudeste o grupo ocupacioal técico, cietífico, artístico, etc. é cosiderado como ocupação femiia em liha com a média acioal. Em termos de tipificação das ocupações a Região Norte é similar à tipificação acioal, exceto pelo grupo admiistrativo que tem um viés masculio a região. A classificação dos grupos ocupacioais da Região Nordeste em muito se assemelha a classificação dada para a região Norte e a acioal, tedo como difereça apeas a classificação dada ao grupo ocupacioal admiistrativo que ao cotrário, é cosiderada uma ocupação femiia. Surpreedetemete, a Região Sul as ocupações são classificadas quase que por completo como ocupações masculias, ão apresetado ehuma ocupação classificada como itegrada. Temos apeas um grupo ocupacioal prestação de serviço, classificado como ocupação femiia, classificação comum as demais regiões aalisadas como dito acima. Fialmete, percebemos que a classificação dada aos grupos ocupacioais para a Região Cetro-Oeste é semelhate à classificação acioal, exceto por um viés masculio o grupo ocupacioal comércio e atividades auxiliares. Para completar a aálise ocupacioal regioal, passamos aos ídices de dissimilaridade de Duca (D) e de dissimilaridade padroizada (Ds), que estão apresetados a Tabela 4. TABELA (4):Ídice de Dissimilaridade de Duca & Duca (D) e Ídice de Dissimilaridade Padroizado pelo Tamaho (Ds) Ocupações por regiões do- Brasil, 995. REGIÃO ÍNDICE D ÍNDICE Ds Sudeste 0,38 0,42 Norte 0,34 0,42 Nordeste 0,40 0,45 Sul 0,34 0,40 Cetro-Oeste 0,39 0,43 Fote: Dados PNAD (995). 2

13 Coforme podemos perceber através da tabela acima, as ocupações brasileiras apresetam difereças marcates em termos de distribuição por gêero dos grupos ocupacioais. Na visão de algus autores, em que a priori ão haveria razão para tal difereça, pode-se afirmar que há segregação ocupacioal por gêero o Brasil. A região que se destacou com maior grau de segregação foi a região Nordeste em ambos os ídices, seguido pelo Cetro-Oeste, cotrariado a expectativa de que seria a região Sul, visto que esta região ehum dos grupos ocupacioais se classificaram como ocupações itegradas. Os valores do ídice D, idicam que 34% à 40% da força de trabalho femiia (ou masculia, ou ambas) deveriam ser realocadas para elimiar sua super-represetação em determiadas ocupações e sua sub-represetação em outras as regiões brasileiras. Os ídices poderados pelo tamaho são uiformemete maiores, mas próximos aos Ídices D. OMETTO et al (997) aalisado a evolução ao logo do período compreedido etre 98 e 990, da segregação ocupacioal por gêero os Estados de São Paulo e Perambuco, quatificada também por meio do Ídice D, com base também a PNAD, verificaram a existêcia de maior segregação ocupacioal os dois Estados, pois os valores do Ídice D, idicaram que 58% à 65% da força de trabalho femiia (ou masculia ou ambas) deveriam ser realocados para elimiar sua super-represetação em determiadas ocupações e sua subrepresetação em outras. Se compararmos estes valores aos ecotrados a tabela 8, perceberemos que estes valores ão são comparáveis aos relatados este trabalho. Tais resultados os iduzem a pesar que houve um declíio da segregação ocupacioal. Mas devemos cosiderar o fato de que OMETTO et al (997) utilizou uma classificação diferete de grupos ocupacioais, agrupado as categorias ocupacioais mais desagregadas de acordo com a absorção da mão-de-obra masculia e femiia os dois Estados. Este agrupameto já baseado a ocupação femiia a ocupação parece ter exacerbado os valores ecotrados. OMETTO et al.(999), expadido a aálise acima para o Brasil como um todo, verificou que o Ídice D, em 98 (990) idica que 39,5% (36,5%) de mulheres ou homes ou ambos, teriam que mudar de ocupação de maeira que a razão de sexo os grupos ocupacioais fosse igual a razão de sexo da força de trabalho como um todo, elimiado a segregação ocupacioal. A variação temporal sugere um pequeo camiho em direção à equidade. Note que os grupos ocupacioais ão são viesados a favor da difereciação e seguem a mesma classificação empregada aqui. Comparado diretamete os dados sugere-se que os difereciais ocupacioais ficaram estáveis o período 90 a 95. Aida segudo OMETTO et al.(999), os valores ecotrados para o Brasil ão diferem expressivamete dos relatados em aálises empíricas iteracioais. Os autores citam algumas estimativas do Ídice D (Ds) feitas para outros países, utilizado uma agregação de grupos ocupacioais semelhate à ossa: Japão, 24, (30,); Estados Uidos, 36,6 (28,9); Alemaha, 38,9 (34,2); Turquia, 40,5 (46,2); Suíça, 39,9 (4,6). Como dito acima, os difereciais salariais podem estar viculados às características produtivas dos trabalhadores e às características dos empregos ocupados. Vimos que existem difereças marcates etre a proporção de homes e mulheres as diferetes ocupações, as regiões brasileiras. Desta forma, a próxima parte da pesquisa busca estudar a cotribuição das difereças de iserção ocupacioal o diferecial salarial etre homes e mulheres as regiões brasileiras A cotribuição das difereças ocupacioais o diferecial salarial etre homes e mulheres as regiões brasileiras. Para aalisar e comparar as difereças salariais etre as regiões brasileiras de modo mais detalhado, estudado a cotribuição das difereças de iserção ocupacioal de homes e 3

14 mulheres, utilizamos as Técicas Empíricas de Decomposição tratadas a seção aterior. Estas técicas decompõem as difereças salariais por gêero em duas partes, uma explicada pela discrimiação salarial e a outra parte explicada pela discrimiação ocupacioal, através de aálise cotrafactual. A discrimiação salarial é a parte da difereça salarial agregada etre homes e mulheres devida a difereças salariais itra-grupos, em osso caso, itra-ocupações. A discrimiação ocupacioal é a parte da difereça salarial devida a diferetes iserções de homes e mulheres as diferetes ocupações. Como as seções acima agregamos as ocupações em sete grades grupos ocupacioais: (i) idústria; (ii) técico, cietífico, artístico, etc.; (iii) admiistrativo; (iv) comércio e atividades auxiliares; (v) trasporte e comuicação; (vi) prestação de serviços e (vii) outra ocupação. A mesma agregação foi empregada por BARROS, RAMOS e SANTOS (992). Por sua vez, OMETTO et al. (999) estratificam a amostra em cico categorias ocupacioais segudo a composição por sexo das ocupações. Vimos que esta divisão exagera as difereças ocupacioais e assim empregamos a aterior, para ão viesar os resultados a favor da difereciação a priori. Os resultados estão a tabela abaixo, utilizado como base para simulação um salário padrão masculio, ode o salário masculio em cada grupo ocupacioal permaece ialterado, porém, utilizado a estrutura ocupacioal femiia detro de cada região. TABELA (5):Decomposição dos diferecias de salário etre homes e mulheres por grupos ocupacioais (R$/h)/ Gêero/ Região Brasil, 995. Diferecial salarial por gêero a Região Sudeste ( µ) +,24 Discrimiação Salarial ( e) +,85 Discrimiação Ocupacioal ( p) - 0,6 Diferecial salarial por gêero a Região Norte ( µ) +0,52 Discrimiação Salarial ( e) +,00 Discrimiação Ocupacioal ( p) -0,47 Diferecial salarial por gêero a Região Nordeste ( µ) +0,75 Discrimiação Salarial ( e) +,36 Discrimiação Ocupacioal ( p) -0,6 Diferecial salarial por gêero a Região Sul ( µ) +,29 Discrimiação Salarial ( e) +,82 Discrimiação Ocupacioal ( p) -0,53 Diferecial salarial por gêero a Região Cetro-Oeste ( µ) +0,94 Discrimiação Salarial ( e) +,45 Discrimiação Ocupacioal ( p) -0,5 Fote: Cálculos dos autores baseados em dados da PNAD (995). Base de comparação: salário femiio; e salário sitético: salário itra-ocupacioal masculio com distribuição ocupacioal femiia em cada região. Realizamos aida os mesmos cálculos simulado um salário padrão femiio, ode o salário empregado é o femiio, com a distribuição ocupacioal, detro de cada região, masculia. Pode-se perceber uma queda os valores da discrimiação salarial e discrimiação ocupacioal, mas sem mudaça as coclusões. Os resultados estão dispoíveis com os autores. 4

15 A tabela exposta acima os mostra que o otório diferecial salarial etre homes e mulheres é em grade parte o resultado de difereças de salário itra-ocupacioal, ou seja, difereças salariais médias detro de cada ocupação. A discrimiação ocupacioal apareceu em todas as regiões favorável em relação as mulheres. Em outras palavras, como a discrimiação ocupacioal é egativa, a discrimiação salarial seria em favor das mulheres se a distribuição dos homes as ocupações fosse a mesma das mulheres atualmete. A atual distribuição ocupacioal mitiga o agregado os difereciais salariais existetes detro de cada grupo ocupacioal, em todas as regiões brasileiras. Todavia, como cometado o iício, os resultados acima podem estar sedo iflueciados pelas difereças de atributos produtivos dos homes e mulheres em cada região em cada grupo ocupacioal. Em vista disso, e levado em cota que homes e mulheres a mesma ocupação podem ter características produtivas distitas, fizemos uma ova decomposição dos difereciais de salário por gêero itra-ocupacioal em duas parcelas, uma que se deve a difereças em atributos produtivos, discrimiação aparete e outra que se deve a difereças de salário etre homes e mulheres com mesmos atributos produtivos e a mesma ocupação, a discrimiação salarial própria. Em outras palavras a discrimiação aparete seria a parte das difereças devido à difereças as distribuições de escolaridade detro de cada região e cada grupo ocupacioal. Utilizamos a escolaridade como caracteristica produtiva idividual pois ela é recohecida como grade determiate dos difereciais salariais o Brasil (BARROS e MENDONÇA, 995) e em outros países. Observado a tabela abaixo, percebemos que é otório que em média, as mulheres tem maior escolaridade que os homes, coforme EHRENBERG e SMITH (2000) chama a ateção para os EUA. Porém, mesmo com maior escolaridade a difereça salarial etre homes e mulheres persiste. Percebemos também, um crescimeto a média dos salários com o aumeto os aos de escolaridade. Este fato é semelhate para homes e mulheres. ESCOLARIDADE TABELA (6):Média salarial em reais (hora)/ Gêero/ Escolaridade MULHER SALÁRIO HOMEM SALÁRIO (%) HORA (%) HORA DIFERENÇA (%) MULHER HOMEM 0 4 ANOS 3,9,06 35,92,82 20, ANOS 25,3,49 29,76 2,52 28,25 9 ANOS 26,39 2,72 22,56 4,26 42,63 2 ou + ANOS 7,28 6,6,76 0,68 2,4 TOTAL 00,00 2,57 00,00 3,62 Fote: Dados PNAD (995). Percebemos aida que as regiões Norte e Nordeste, os difereciais salariais são meores em relação as demais regiões, ode podemos relacioar este fato aos meores salários, devido à meor escolaridade e a existêcia de retoros crescetes a educação. Os resultados desta decomposição os idicam que a maioria da discrimiação salarial é de fato discrimiação salarial própria. Podemos verificar que difereças em atributos produtivos (o caso, difereças em ível educacioal), explicam uma parcela muito pequea dos difereciais salariais etre homes e mulheres detro de cada grupo ocupacioal. Percebemos também que as regiões Nordeste e Cetro-Oeste, difereças em atributos produtivos tedem a favorecer as mulheres, sugerido que se os homes e mulheres fossem remuerados de modo equitativo, a composição educacioal faria com que os salários das mulheres fossem maiores que a dos homes. 5

16 TABELA (7):Decomposição dos diferecias de salário por gêero Itra-ocupacioal/ Gêero/Escolaridade/ Região (em R$/hora), Brasil, 995. Região Sudeste Discrimiação Salarial ( e) +,85 Discrimiação Própria ( α ) +,83 Discrimiação Aparete ( β) +0,02 Região Norte Discrimiação Salarial ( e) +,00 Discrimiação Própria ( α ) +0,92 Discrimiação Aparete ( β) +0,08 Região Nordeste Discrimiação Salarial ( e) +,36 Discrimiação Própria ( α ) +,40 Discrimiação Aparete ( β) - 0,04 Região Sul Discrimiação Salarial ( e) +,82 Discrimiação Própria ( α ) +,79 Discrimiação Aparete ( β) +0,03 Região Cetro-Oeste Discrimiação Salarial ( e) +,45 Discrimiação Própria ( α ) +,5 Discrimiação Aparete ( β) -0,06 Fote: Dados PNAD (995). Em seguida, fizemos a mesma decomposição dos difereciais de salário por gêero itra-ocupacioal, só que desta vez utilizamos esta decomposição a idade, cosiderada como experiêcia, como característica idividual produtiva. Os resultados se ecotram a tabela 9. Ates, apresetamos uma tabela com as médias salariais por idade, sugerido que há difereças marcates de salários depededo da idade. Podemos perceber que a distribuição etária etre homes e mulheres se assemelha, ou seja, homes e mulheres participam do mercado de trabalho com idades semelhates. Percebemos aida, uma meor frequêcia das pessoas com maior idade, podemos associar este fato ao período de aposetadoria, ou crescimeto vegetativo destas pessoas. No que se refere a salário, a tabela os mostra que o salário médio dos homes apreseta-se sempre maior que o das mulheres. Percebe-se aida, uma tedêcia de aumeto as difereças salariais etre homes e mulheres com a idade, cofirmado o que Ehreberg e Smith (2000), p.34, mecioa que as difereças de gahos etre os trabalhadores com diferetes experiêcias profissioais tedem a se torar mais prouciadas à medida que evelhecem. TABELA (8):Média salarial em reais (hora)/ Gêero/ Distribuição etária IDADE MULHER (%) SALÁRIO HORA MULHER HOMEM (%) SALÁRIO HORA HOMEM DIFERENÇA (%) ,66 2,06 27,9 2,59 4, ,8 2,57 23,03 3,37 22, ,65 2,75 20,47 3,96 33, ,03 2,96 6,99 4,52 42, ,48 2,8 2,40 4,53 47,50 TOTAL 00,00 2,57 00,00 3,62 Fote: Dados PNAD (995). 6

17 TABELA (9):Decomposição do diferecial salarial devido à discrimiação salarial, cotrolado os difereciais de idade detro de cada grupo ocupacioal e cada região, etre homes e mulheres Brasil, 995. Região Sudeste Discrimiação Salarial ( e) +,85 Discrimiação Própria ( α ) +,8 Discrimiação Aparete ( β) +0,04 Região Norte Discrimiação Salarial ( e) +,00 Discrimiação Própria ( α ) +,0 Discrimiação Aparete ( β) - 0,0 Região Nordeste Discrimiação Salarial ( e) +,36 Discrimiação Própria ( α ) +,32 Discrimiação Aparete ( β) +0,04 Região Sul Discrimiação Salarial ( e) +,82 Discrimiação Própria( α ) +,78 Discrimiação Aparete ( β) +0,04 Região Cetro-Oeste Discrimiação Salarial ( e) +,45 Discrimiação Própria ( α ) +,44 Discrimiação Aparete ( β) +0,0 Fote: Dados PNAD (995). Como podemos perceber, os resultados mais uma vez os idicam que a maioria da discrimiação salarial é de fato discrimiação salarial própria, pois as difereças em atributos produtivos explicam uma parcela isigificate dos difereciais salariais itraocupacioais. No caso da Região Norte, iclusive, a difereça tede a favorecer as mulheres. OMETTO et al. (999) em seu trabalho, aalisou a evolução etre 98 e 990 da discrimiação que pealiza a mão-de-obra femiia os Estados de São Paulo e de Perambuco. Simulado a distribuição ocupacioal que as mulheres teriam se os critérios de cotratação fossem iguais para os dois sexos, baseados em vários atributos produtivos, sugere que em São Paulo ocorre discrimiação itra-ocupacioal e a ocupacioal equato que em Perambuco a discrimiação, como este trabalho é itra-ocupacioal. Os resultados aqui desagregados para as regiões brasileiras cofirmam os resultados de BARROS, RAMOS e SANTOS (995) para o Brasil agregado e os de BARROS, CORSEUIL e SANTOS (2000), para a Região Metropolitaa de São Paulo. Em todos estes, os diferecias salariais etre homes e mulheres ão podem ser explicados por difereças de iserção ocupacioal etre homes e mulheres, apesar das difereças serem marcates etre elas. A possível discrimiação salariais etre homes e mulheres ocorre pricipalmete pelo fato de que uma mesma ocupação (e descotados as difereça em características produtivas), homes e mulheres gaham salários distitos. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo deste trabalho foi o de estudar a existêcia de difereças salariais por gêero o Brasil, partido de uma aálise as grades regiões brasileiras. Após uma revisão da literatura acioal, verificamos a existêcia das difereças salariais o Brasil como todo. A partir dos dados da PNAD de 995, fez-se uma aálise descritiva e comparativa das difereças de salários etre homes e mulheres o Brasil, através de algumas variáveis cosideradas importates para o mercado de trabalho. Aalisamos a média salarial por 7

18 distribuição etária, por escolaridade, por região, e por grupo ocupacioal, comparado as médias salariais por gêero. Comprovamos que o salário masculio sempre é superior ao femiio. Costatamos que os maiores difereciais salariais etre homes e mulheres ocorrem a regiões Sul e Sudeste e que os meores difereciais salariais ocorrem as regiões Norte e Nordeste. Com o ituito de verificar se o acesso às ocupações é uiversal ou ão, classificou-se as ocupações por grupos ocupacioais. Percebeu-se uma predomiâcia de grupos cosiderados masculios e femiios e poucos cosiderados itegrados as regiões brasileiras, cocluído-se assim, que o acesso as ocupações ão é uiversal 2. Para uma aálise do grau de segregação das ocupações, calculou-se e comparou-se o Ídice de Dissimilaridade de Duca (D) e o Ídice de Dissimilaridade Padroizado pelo Tamaho (Ds), ode verificou-se que as ocupações as regiões brasileiras se ecotram segregadas etre os gêeros. A região que se destacou com maior grau de segregação foi a região Nordeste, cotrariado a expectativa de que seria a região Sul, visto que esta região ehum dos grupos ocupacioais se classificaram como ocupações itegradas. Passou-se etão, a uma aálise mais específica e detalhada das difereças salariais as regiões brasileiras. Utilizou-se para este fim, as Técicas Empíricas de Decomposição, ode se decompôs as difereças salariais por gêero em duas partes, uma explicada pela discrimiação salarial e outra parte explicada pela discrimiação ocupacioal. Desta aálise, cocluiu-se que este diferecial é em grade parte resultado de difereças de salário itra-ocupacioal, ou seja, discrimiação salarial, fato que se verificou em todas as regiões brasileiras. Percebeu-se que as regiões que se destacaram com difereças de salário itraocupacioal foram as regiões Sul e Sudeste. A discrimiação ocupacioal, apareceu em todas as regiões, favorável em relação as mulheres, pois ela se apresetou de forma egativa, cotribuido assim, a redução da discrimiação salarial. Para uma comprovação e comparação mais detalhada, se fez uma ova decomposição dos difereciais de salário por sexo, itra-ocupacioal em duas parcelas, uma que se deve a difereças em atributos produtivos, discrimiação aparete e outra que se deve a difereças de salário etre homes e mulheres com mesmo atributo produtivo e a mesma ocupação, discrimiação salarial própria. Mais uma vez comprovou-se que a difereça salarial existete por sexo as regiões brasileiras, é resultado da discrimiação salarial própria, pois as difereças em atributos produtivos explicaram uma parcela isigificate dos diferecias de salário. Dos resultados obtidos este trabalho, percebe-se que há escopo para políticas específicas de crescimeto da participação femiia em carreiras predomiatemete masculia e vice-versa, para que a segregação total declie e as pessoas estejam em maiores proporções em ocupações itegradas. Esta sugestão ormativa é recomedada baseado a creça de igualdade a priori etre homes e mulheres. Por outro lado, difereças em preferêcias etre homes e mulheres podem mater as difereças de participação masculia e femiia as ocupações. Maiores estudos devem sugerir o quato da atual segregação ocupacioal é gerada pelo tratameto desigual e quato é gerado pelas preferêcias idividuais. Quato aos difereciais salariais, deve ficar claro que, equato a remueração etre homes e mulheres ão for equiparada, mesmo detro de grupos ecoômicos semelhates cotrolado as difereças pessoais, a itegração ocupacioal ão irá reduzir o atual diferecial 2 Ou que as difereças de preferêcias são muito marcates para explicar o diferecial. 8

19 salarial atualmete verificado o país. Este diferecial salarial idetificado, ao ser obtido após cotrole das características produtivas idividuais, pode ser chamado de discrimiação salarial e como tal é iaceitável. REFERÊNCIAS ALVES, E. L. G., AMORIM, B. M. F., CUNHA, G. H. de M. Emprego e ocupação: Algumas Evidêcias da Evolução do Mercado de Trabalho por Gêero a grade São Paulo 988/995. Brasília, IPEA, 997 (Texto para discussão, º 497). APPLETON, S., HODDINOTT, J., KRISHNAN, P. The Geder Wage Gap i Three Africa Coutries. Ecoomic Developmet a Cultural Chage, V.47(2), p , 999. BARROS, et al. Técicas Empíricas de Decomposição: Uma Abordagem baseada em Simulações Cotrafactuais. Revista de Ecoometria, V.5,, p.33-63, 995. BARROS, R. P. de, MENDONÇA, R. Os Determiates da Desigualdade o Brasil. Perspectivas da Ecoomia Brasileira, IPEA, Brasília V.2, p , 996. BARROS, R. P. de, PONTES, J. P. de, VARANDAS, S. Difereciais de Salário: Questões Metodológicas e Ilustrações. Revista de Ecoometria, Rio de Jaeiro, V.8, º2, p.3-53, 988. BARROS, R. P. de, RAMOS, L., SANTOS, E. Geder Differeces i Brazilia Labor Markets. Ivestmet i Wome s Huma Capital Chicago: Uiversity of Chicago Press, p , 995. BARROS, R. P. de, CORSEUIL, C. H., SANTOS, D. D. A Natureza da Iserção Femiia e dos Difereciais por Gêero o Mercado de Trabalho da Região Metropolitaa de São Paulo. Mercado de Trabalho cojutura e aálise, IPEA, º 3, p , juho de CAMARGO, J. M., SERRANO, F. Os Dois Mercados: Homes e Mulheres a Idústria Brasileira. Revista Brasileira de Ecoomia, v.37, º 4, p EHRENBERG, R. G., SMITH, R. S. Difereciais de Salários Compesatórios e os Mercados de Trabalho. Ivestimetos o Capital Humao: Educação e Profissioalização. A Modera Ecoomia do Trabalho, Teoria e Política Pública, 5ª Edição, Markro Books, p , HERMETO, Aa Maria. Segregação Ocupacioal por Sexo o Brasil. Semiários sobre Estudos do Trabalho. Série Semiários º 3/98, juho de 998. FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTCA. Auário estatístico do Brasil, Pesquisa Nacioal por Amostra de Domicílios, Rio de Jaeiro, V.20, 998. RAMOS, L., SOARES, A. L. Participação da Mulher a Força de Trabalho e Pobreza o Brasil. Brasília, IPEA, 994 (Texto para discussão, º 350). RAMOS, L.,VIEIRA, M. L. A Relação etre Educação e Salários o Brasil. A Ecoomia Brasileira em Perspectiva. Rio de Jaeiro, IPEA, p , 996. REIS, J. G. A., BARROS, R. P.de. Desigualdade Salarial e distribuição de Educação: A Evolução das Difereças Regioais o Brasil. Pesquisa e Plaejameto Ecoômico, V.20, º 3, p ,

20 OMETTO, A. M. H., HOFFMANN, R., ALVES, M. C. A Segregação por Gêero o mercado de Trabalho os Estados de São Paulo e Perambuco. Ecoomia Aplicada, V., º 3, p , Participação da Mulher o Mercado de Trabalho: Discrimiação em Perambuco e São Paulo. Revista Brasileira de Ecoomia, Rio de Jaeiro, P , jul/set de

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