Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Estáticos
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- Lorena Guterres Sampaio
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1 Aálise de Projectos ESAPL / IPVC Critérios de Valorização e Selecção de Ivestimetos. Métodos Estáticos
2 Como escolher ivestimetos? Desde sempre que o homem teve ecessidade de ecotrar métodos racioais para a ajuda a tomada de decisões. Ao ível dos ivestimetos a questão também se põe: quado há ivestimetos alterativos, como escolher etre eles? Surgem desta forma uma série de critérios de valorização e selecção de ivestimetos, e todos eles se baseiam em demostrar se, com o ivestimeto a realizar, é possível coseguir uma retabilidade superior àquela que é proporcioada pelo mercado.
3 Tipos de Métodos Há essecialmete dois grades tipos de métodos de selecção para ivestimetos alterativos: Os Métodos de Selecção Estáticos: São os que ão têm em cosideração o factor tempo, Os capitais têm, assim, o mesmo valor em diferetes mometos de tempo, Na prática ão deveriam ser utilizados porque coduzem a decisões erradas, Cotiuam cotudo a ser muito utilizados, quado se visa obter uma primeira valorização e fazer uma primeira escolha. Os Métodos de Selecção Diâmicos: Icorporam o factor tempo, Os capitais têm, por isso, valores distitos em fução do mometo em que são gerados, São um cojuto de métodos muito mais precisos e fiáveis, e por isso mesmo de muito maior aplicação.
4 Fluxos de Caixa ou Cash-Flows O Fluxo de Caixa Líquido um dado mometo t é a difereça etre os beefícios gerados pelo ivestimeto esse mometo e os gastos ou custos requeridos por esse mesmo ivestimeto esse istate de tempo. Utiliza-se ormalmete a seguite simbologia: A desembolso ou ivestimeto iicial C i Custo ou saída de diheiro (outflow), origiado pelo ivestimeto o fial do ao i B i Beefício ou etrada de diheiro (iflow), gerado pelo ivestimeto o ao i. Por simplicidade, em matéria de aálise e selecção de ivestimetos, costuma sempre cosiderar-se que tato os custos como os beefícios têm lugar o fial do ao correspodete. Q i Fluxo de Caixa Líquido o ao i. Q i = B i C i. Será por isso positivo sempre que B i > C i e egativo o caso cotrário. Duração do ivestimeto. Correspode ao úmero de aos que decorre desde o desembolso iicial até que se produz o último custo ou beefício. Neste domíio trabalha-se ormalmete com períodos de tempo auais. A Q 1 Q 2 Q 3 Q -1 Q
5 Vejamos agora vários tipos de Métodos Estáticos
6 Critério do Fluxo de Caixa Total por Uidade Moetária Comprometida Cosiste em calcular a retabilidade do ivestimeto comparado o fluxo de caixa total gerado com o desembolso iicial (ou seja, com a totalidade do ivestimeto). A sua formulação será: r i= = 1 A Q i Regras de selecção: Se r > 1, o projecto é aceitável Se r < 1, o projecto é rejeitado Se 1, o projecto é idiferete Um ivestimeto é teto melhor quato maior for r.
7 Critério do Fluxo de Caixa Total por Uidade Moetária Comprometida Icoveietes do Método: Somam-se magitudes de Q que são heterogéeas, uma vez que ão se tem em cota o tempo. Não existe distição alguma etre uidades iiciais e fiais do fluxo de caixa, o caso de dois ivestimetos que apresetem a mesma retabilidade. O que de facto se pretede é que se recupere o desembolso iicial (e por isso r deve ser maior que 1). Assim, r ão é uma verdadeira variável de retabilidade. Só proporcioa uma retabilidade global, quado deveria ates ter uma base aual. Isso impede a comparação etre ivestimetos com durações diferetes.
8 Critério do Fluxo de Caixa Total por Uidade Moetária Comprometida Um exemplo: deseja-se seleccioar o melhor dos seguites ivestimetos: Iv. A Q 1 Q 2 Q 3 A B C D E = 1, = 0, = 1, = 0, = 1, º rejeitado 1º rejeitado 2º Como se ota, os ivestimetos B e D são rejeitados, por ão cumprirem a regra r > 1. Ou seja, o Fluxo de Caixa Total ão chega para cobrir as despesas de desembolso iicial. Já os ivestimetos A e C ficam classificados em primeiro lugar, por apresetarem a taxa de retabilidade r mais elevada. O que este método ão diz é que, certamete, o projecto C é melhor que o projecto A, por possuir fluxos de caixa iiciais mais elevados.
9 Critério do Fluxo de Caixa Médio por Uidade Moetária Comprometida Cosiste o fudo uma melhoria do método aterior. Trata de calcular o fluxo de caixa líquido médio aual Q, e de determiar quato correspode por cada uidade moetária ivestida. Temos portato: Q = r ( Q + Q + L+ Q ) Q A 1 i= 1 A Q i= 1 ' = = 2 i = Q. A i Regras de Selecção: Se r > 1/, o iv. é aceitável Se r < 1/, o iv. é rejeitado Se r = 1/, o iv. é idiferete. Um ivestimeto é tato melhor quato maior for r. R é o que, em média, o ivestimeto gera aualmete por uidade ivestida.
10 Critério do Fluxo de Caixa Médio por Uidade Moetária Comprometida Vatages: Este método tem tedêcia para seleccioar ivestimetos de curta duração e de elevados fluxos de caixa; A taxa de retabilidade r aparece-os agora como uma taxa aual. Icoveietes Tal como qualquer outro método estático, ão cosidera o factor tempo para efeitos de capitalização ou actualização do capital.
11 Critério do Fluxo de Caixa Médio por Uidade Moetária Comprometida Um exemplo: seja o mesmo caso apresetado o método aterior, com a excepção do ivestimeto C (que cotudo matém o mesmo fluxo de caixa total de 320 uidades moetárias: Iv. A Q 1 Q 2 Q 3 Q 4 A B C D E = 0, = 0, = 0, = 0, = 0, > 1/3 1º < 1/3 rejeitado > 1/4 2º < 1/3 rejeitado > 1/3 2º Note-se que tudo se materia igual, se ão fosse a alteração itroduzida o ivestimeto C. Note-se também que este, apesar de mater o mesmo fluxo de caixa total e o mesmo desembolso iicial, passou agora para segudo lugar, simplesmete por ter mais um ao de duração.
12 Critério do Tempo de Recuperação ou Pay-Back Period O Pay-Back, P, calcula o úmero de aos que demora até à recuperação do ivestimeto ou desembolso iicial. É um idicador que compara o ivestimeto iicial com o fluxo de caixa. Quado os fluxos de caixa líquidos são costates, ou seja, Q 1 = Q 2 = = Q = Q, o Tempo de Recuperação calcula-se dividido o ivestimeto iicial A pelo fluxo de caixa Q: P=A/Q Quado os fluxos de caixa líquidos são variáveis, o Pay-Back determia-se acumulado os fluxos de caixa líquidos até que a sua soma seja igual ao ivestimeto iicial; o úmero de aos trascorridos será o Tempo de Recuperação (se ão der um úmero de aos exacto, deverá proceder-se da forma mais aproximada possível).
13 Critério do Tempo de Recuperação ou Pay-Back Period Regra de Selecção: Os ivestimetos preferíveis são aqueles cujo Tempo de Recuperação esperado é mais curto. Icoveietes: Não tem em cota os diferetes vecimetos dos fluxos de caixa líquidos, isto é, ão os actualiza. Não cosidera os fluxos líquidos gerados depois do Tempo de Recuperação. Note-se que a retabilidade de um ivestimeto decorre precisamete dos fudos gerados depois da recuperação do ivestimeto iicial. Este método ispira-se mais uma política de Liquidez do que uma de Retabilidade.
14 Critério do Tempo de Recuperação ou Pay-Back Period Exemplo: deseja-se seleccioar qual dos seguites ivestimetos é o melhor, utilizado o critério do Tempo de Recuperação: Iv. Iv. Iic. A Fluxo de Caixa Q 1 Q 2 Q 3 Q 4 A B C D E F P A = 450/150 = 3 aos P B = ão se recupera P C = 4 aos recupera-se o último período P D = 3 aos e 6 meses P E = ão se recupera P F = 600/250 = 2,4 aos = 2 aos e 146 dias Os ivestimetos B e E seriam recusados. Os restates seriam aceitáveis pela seguite ordem: F, A, D, C.
15 Critério da Taxa Média de Retabilidade ou Método Cotabilístico Trata-se de um método que usa dados cotabilísticos para estabelecer, mediate as correspodetes cotas de exploração previsioais, a relação etre o beefício médio aual previsto e o ivestimeto ecessário para obtê-lo. O método cosidera: O beefício cotabilístico aual médio, depois de deduzidas as amortizações e os impostos; O ivestimeto médio.
16 Critério da Taxa Média de Retabilidade ou Método Cotabilístico O Beefício Aual Médio será dado por: B = B Em que represeta o úmero de aos de vida útil do projecto e, B represeta o beefício líquido cotabilístico de qualquer ao. O Ivestimeto Médio será dado por: V = A + VR 2 O Ivestimeto Iicial é A. Cosideramos que os bes que foram objecto do ivestimeto se amortizam de forma liear e que, portato, o seu valor dimiui de forma liear ao logo dos aos de vida útil do projecto. Cosideramos aida que esses bes possuem, o fim do período de vida útil do projecto, um determiado Valor Residual VR.
17 Critério da Taxa Média de Retabilidade ou Método Cotabilístico Velamos melhor a questão do Ivestimeto Médio, de uma forma gráfica: A A+VR 2 VR Devido às amortizações costates, o valor do ivestimeto decresce liear e costatemete /2 Pode-se portato dizer, como se havia referido, que o ivestimeto médio em cada ao é o que correspode a V A + VR = 2 Etão, a Taxa Média de Retabilidade ou Retabilidade Cotabilística será dada por: RC = B V = B A + VR 2
18 Critério da Taxa Média de Retabilidade ou Método Cotabilístico Exemplo: uma firma deseja levar a cabo um projecto de ivestimeto que cosiste a aquisição de um equipameto o valor de 380 u.m., com uma vida útil de 7 aos e um valor residual de 30 u.m.. O imposto é de 50% sobre o beefício líquido aual. Qual a Taxa Média de Retabilidade Receitas Materiais Mão de Obra Outros Custos Beefício Bruto Amortizações Beefício Líquido Imposto Beefício Total Amortizações = (380-30)/7 = 50 Beefício Aual Médio = ( )/7 =110 Ivestimeto Médio = (380+30)/2 = 205 RC = 110 / 205 = 0,5366 = 53,66%
19 Critério da Taxa Média de Retabilidade ou Método Cotabilístico Icoveietes: Não leva em cota o desfasameto temporal dos redimetos ou dos fluxos, em o croograma desses redimetos ou fluxos. Vatages: É um método simples, E pode ser usado para o estudo comparativo de projectos de ivestimeto de reduzido valor e de duração relativamete curta. Serve como: Critério de Rejeição: se RC for meor de que uma orma fixada a priori. Critério de Selecção: etre dois projectos, prefere-se aquele cuja taxa média de retabilidade seja maior.
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