LEONARDO BORNACKI DE MATTOS DEMANDA DE ENERGIA ELÉTRICA NO ESTADO DE MINAS GERAIS: 1970/2002

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "LEONARDO BORNACKI DE MATTOS DEMANDA DE ENERGIA ELÉTRICA NO ESTADO DE MINAS GERAIS: 1970/2002"

Transcrição

1 LEONARDO BORNACKI DE MATTOS DEMANDA DE ENERGIA ELÉTRICA NO ESTADO DE MINAS GERAIS: 1970/2002 Tese apresenada à Universidade Federal de Viçosa, como pare das exigências do Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada, para obenção do íulo de Magiser Scieniae". VIÇOSA MINAS GERAIS - BRASIL 2004

2 Ficha caalográfica preparada pela Seção de Caalogação e Classificação da Biblioeca Cenral da UFV T Maos, Leonardo Bornacki de, M444d Demanda de energia elérica no Esado de Minas 2004 Gerais : 1970 / 2002 / Leonardo Bornacki de Maos. Viçosa : UFV, xv, 132f. : il. ; 29cm. Orienador: Brício dos Sanos Reis Disseração (mesrado) - Universidade Federal de Viçosa. Referências bibliográficas: f Energia elérica - Consumo - Minas Gerais. 2. Economeria. I. Universidade Federal de Viçosa. II.Tíulo. CDD 22.ed

3 LEONARDO BORNACKI DE MATTOS DEMANDA DE ENERGIA ELÉTRICA NO ESTADO DE MINAS GERAIS: 1970/2002 Tese apresenada à Universidade Federal de Viçosa, como pare das exigências do Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada, para obenção do íulo de Magiser Scieniae". APROVADA: 08 de dezembro de Parícia Bernardes Wilson da Cruz Vieira Maurinho Luiz dos Sanos João Eusáquio de Lima (Conselheiro) Brício dos Sanos Reis (Orienador)

4 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, pelo dom da vida. Aos meus pais, Luiz e Maria das Graças, pelo amor incondicional e pelos ensinamenos mais imporanes para a minha vida. Aos meus irmãos, Luiz Flávio e Leandro, e à Lanna, pela compreensão e apoio irresrios. Todos sempre próximos nos momenos mais difíceis. Aos professores Maurinho Luiz, José Maria Alves, Wilson da Cruz, Danilo Rolim, João Eusáquio, Sônia Leie e ao meu orienador, Brício dos Sanos Reis, pelas imprescindíveis conribuições à minha formação acadêmica. À CAPES e ao CNPq por financiarem a pesquisa realizada. Aos funcionários do Deparameno de Economia Rural, especialmene à Graça, Cida e Rosângela, que, carinhosamene, sempre esiveram à disposição. Aos irmãos Salim, principalmene à Maria de Lourdes, que me acolheram no início dessa caminhada. Aos meus colegas Ledir, Carlos André e Chrisiano, pela amizade e por esarem sempre pronos a me auxiliarem. Aos Srs. José Geraldo Monuori, Wanderson Rodrigues e Ana Lúcia Goddard, funcionários da CEMIG, e aos Srs. Leandro Auguso Neves e Maria Helena Magnavaca, funcionários da Fundação João Pinheiro, pelas inconesáveis conribuições para a realização dese rabalho. ii

5 BIOGRAFIA LEONARDO BORNACKI DE MATTOS, filho de Luiz Gonzaga de Maos e Maria das Graças Bornacki de Maos, nasceu no dia 21 de novembro de 1977 na cidade do Rio de Janeiro. Em 1998 iniciou o curso de Ciências Econômicas na Ponifícia Universidade Caólica de Minas Gerais, em Belo Horizone, graduando-se em Ingressou no Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada, em nível de Mesrado, no Deparameno de Economia Rural da Universidade Federal de Viçosa em março de 2003, submeendo-se à defesa de ese em dezembro de 2004, na qual foi aprovado. Em dezembro de 2004, foi aprovado no Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada, em nível de Douorado, no Deparameno de Economia Rural da Universidade Federal de Viçosa. iii

6 ÍNDICE Página LISTA DE FIGURAS... vii LISTA DE TABELAS...ix RESUMO... xii ABSTRACT...xiv 1. INTRODUÇÃO Considerações Iniciais O problema e sua imporância Objeivos Objeivo Geral Objeivos Específicos O SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO, CONSUMO DE ENERGIA E DE ENERGIA ELÉTRICA EM MINAS GERAIS O Seor Elérico Brasileiro: desenvolvimeno, crises e reformas...12 iv

7 2.2. Energia em Minas Gerais Energia Elérica em Minas Gerais Consumo Comercial de Energia Elérica em Minas Gerais Consumo Indusrial de Energia Elérica em Minas Gerais Consumo Residencial de Energia Elérica em Minas Gerais METODOLOGIA Referencial Teórico Teoria do Consumidor Teoria da Firma Elasicidade da Demanda Homogeneidade de uma Função de Demanda Considerações sobre a Demanda de Energia Elérica Modelo Economérico Méodo de Esimação Análise de Co-Inegração O procedimeno de Johansen Méodos economéricos uilizados em ouros esudos de demanda de energia elérica Tese de raiz uniária e ese para auocorrelação Tese de raiz uniária de Dickey-Fuller (DF) e Dickey- Fuller Aumenado (ADF) Tese do Muliplicador de Lagrange (LM Tes) de Breusch-Godfrey para auocorrelação...77 v

8 3.5. Fones e operacionalização dos dados RESULTADOS E DISCUSSÃO Relações de longo prazo enre a demanda de energia elérica e seus principais deerminanes Classe Comercial Classe Indusrial Classe Residencial Esimaivas dos Modelos de Demanda Esimaiva da equação de Demanda para a classe Comercial Esimaiva da equação de Demanda para a classe Indusrial Esimaiva da equação de Demanda para a classe Residencial Avaliação da capacidade prediiva dos modelos de demanda esimados Projeção do Consumo de Energia Elérica em Minas Gerais, 2004 a Análise da relação capacidade de produção/demanda de energia elérica em Minas Gerais RESUMO E CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS vi

9 LISTA DE FIGURAS Página 1 Evolução das arifas médias reais de energia elérica, por classe de consumo, no Brasil, Evolução do consumo oal de energia elérica, em Minas Gerais, no período Evolução da paricipação relaiva da energia elérica no consumo oal de energia pela classe Comercial em Minas Gerais 1983/ Evolução das paricipações relaivas do GLP e da lenha no consumo oal de energia pela classe Comercial em Minas Gerais 1983/ Evolução do consumo oal de energia elérica pela classe Comercial, em Minas Gerais, no período 1970/ Evolução da paricipação do Consumo Comercial no consumo oal de energia elérica, em Minas Gerais 1970/ Evolução das paricipações relaivas das cinco fones de energia mais consumidas pela classe Indusrial, em Minas Gerais 1983/ Evolução do consumo oal de energia elérica pela classe Indusrial, em Minas Gerais, no período 1970/ vii

10 9 Evolução da paricipação do consumo Indusrial no consumo oal de energia elérica, em Minas Gerais 1970/ Evolução da paricipação dos cinco principais consumidores da classe Indusrial no Consumo Toal Indusrial de energia elérica, em Minas Gerais 1978/ Evolução das paricipações relaivas das rês fones de energia mais consumidas pela classe Residencial, em Minas Gerais 1983/ Evolução do consumo oal de energia elérica pela classe Residencial, no período Índice de preço médio real dos elerodomésicos no Brasil 1970/ Evolução da paricipação do Consumo Residencial no consumo oal de energia elérica em Minas Gerais 1970/ Consumo médio de energia elérica por residência, por Unidade da Federação, em viii

11 LISTA DE TABELAS Página 1 Taxas geoméricas de crescimeno do consumo de energia elérica, no Brasil, por classe de consumo (em % ao ano) vários períodos Taxas geoméricas de crescimeno do consumo de energia elérica, por região do Brasil (% ao ano) Redução percenual do consumo de energia elérica no Brasil, em suas Regiões e em Minas Gerais, por classes de consumo, no período 06/ / Demanda de energia em Minas Gerais, por fone (em %) Demanda de energia em Minas Gerais, por seor (em %) Consumo de energia elérica, em Minas Gerais e no Brasil, por classe de consumo (em %), em Taxas geoméricas de crescimeno do PIB Comercial, Consumo Comercial, Consumo médio por consumidor e das Tarifas Comerciais de energia elérica, em Minas Gerais (em % ao ano) Taxas geoméricas de crescimeno do PIB Indusrial, Consumo Indusrial, nº de consumidores, Consumo médio por consumidor e das Tarifas Indusriais de energia elérica, em Minas Gerais (em % ao ano)...33 ix

12 9 Taxas geoméricas de crescimeno do PIB per capia, Consumo Residencial, nº de consumidores, Consumo médio por residência e das Tarifas Residenciais de energia elérica, em Minas Gerais (em % ao ano) Teses de Raiz Uniária DF e ADF, realizados para as séries LQC, LTC, LRC e LME, para o período de 1970 a Definição do número de defasagens do modelo VAR a parir dos Criérios de Informação de Akaike, Schwarz e Hannan-Quinn, e do ese de significância das defasagens (esaísica χ 2 ) Tese do Traço para co-inegração enre as variáveis LQC, LTC, LRC e LME Tese do Máximo Auovalor para co-inegração enre as variáveis LQC, LTC, LRC e LME Veor de co-inegração normalizado para a variável LQC Teses de Raiz Uniária DF e ADF, realizados para as séries LQI, LTI, LRI, LNI e LPS, para o período de 1970 a Definição do número de defasagens do modelo VAR, a parir dos Criérios de Informação de Akaike, Schwarz e Hannan- Quinn, e do ese de significância das defasagens (esaísica χ 2 ) Tese do Traço para co-inegração enre as variáveis LQI, LTI, LRI, LNI e LPS Tese do Máximo Auovalor para co-inegração enre as variáveis LQI, LTI, LRI, LNI e LPS Veor de co-inegração normalizado para a variável LQI Teses de Raiz Uniária DF e ADF, realizados para as séries LQR, LTR, LRR, LMO e LEL, para o período de 1970 a Definição do número de defasagens do modelo VAR, a parir dos Criérios de Informação de Akaike, Schwarz e Hannan- Quinn, e do ese de significância das defasagens (esaísica χ 2 )...94 x

13 22 Tese do Traço para co-inegração enre as variáveis LQR, LTR, LRR, LMO e LEL Tese do Máximo Auovalor para co-inegração enre as variáveis LQR, LTR, LRR, LMO e LEL Veor de co-inegração normalizado para a variável LQR Esimaiva do Modelo VEC referene à variável LQC Esimaiva do Modelo VEC referene à variável LQI Esimaiva do Modelo VEC referene à variável LQR Consumo Toal de energia elérica pelas classes Comercial, Indusrial e Residencial, em Minas Gerais, em Consumo Toal de energia elérica pelas classes Comercial, Indusrial e Residencial, em Minas Gerais, em Projeções para o Consumo Toal de energia elérica pela classe Comercial, em Minas Gerais, no período 2004/ Projeções para o Consumo Toal de energia elérica pela classe Indusrial, em Minas Gerais, no período 2004/ Projeções para o Consumo Toal de energia elérica pela classe Residencial, em Minas Gerais, no período 2004/ Projeções para o Consumo Toal de energia elérica, no Esado de Minas Gerais, no período 2004/ xi

14 RESUMO MATTOS, Leonardo Bornacki de, M.S.; Universidade Federal de Viçosa, dezembro de Demanda de energia elérica no Esado de Minas Gerais: 1970/2002. Orienador: Brício dos Sanos Reis. Conselheiros: João Eusáquio de Lima e Viviani Silva Lírio. Diane da expecaiva de um novo ciclo de crescimeno econômico no Brasil e das auais mudanças na esruura arifária do Seor Elérico brasileiro, ese rabalho procurou idenificar se é possível, mediane esudo da demanda de energia elérica, prever os efeios das prováveis alerações nas arifas e na renda dos consumidores sobre a evolução do consumo dessa energia. Adoou-se como objeo de esudo o Esado de Minas Gerais. Especificamene, foi analisada a demanda de energia elérica das classes Comercial, Indusrial e Residencial. Após idenificar que as séries emporais das variáveis esudadas são nãoesacionárias, opou-se pela uilização do conceio de Co-Inegração. Em seguida, foram esimados os Modelos de Correção de Erros Veoriais (VECM) os quais foram uilizados para projear o consumo de energia elérica para o período 2004/2008. De modo geral, os resulados das esimaivas foram bons, sendo a maior pare dos parâmeros esimados esaisicamene significaivos, além de xii

15 odos os seus sinais coerenes com a eoria econômica. Para avaliação da capacidade prediiva dos modelos esimados, adoou-se o ano de 2003 como comparação enre os valores projeados e os efeivamene observados, concluindo-se que os modelos esimados são bons previsores para o consumo fuuro de energia elérica. Sob uma óica oimisa para a aividade econômica do Esado e da pressuposição de arifas de energia elérica crescenes, as projeções indicam que são significaivas as possibilidades de cores freqüenes no fornecimeno de energia elérica ou, aé mesmo, ocorrência de novo racionameno. Nessas condições, ornou-se evidene a necessidade da realização dos invesimenos no seor elérico, especificamene no que se refere a Minas Gerais. xiii

16 ABSTRACT MATTOS, Leonardo Bornacki de, M.S.; Universidade Federal de Viçosa, december Demand of elecric energy in he Sae of Minas Gerais: 1970/2002. Adviser: Brício dos Sanos Reis. Commiee Members: João Eusáquio de Lima and Viviani Silva Lírio. The presen work is aimed o idenify he possibiliy o foresee he effecs of probable aleraions on consumers axes and income by means of he sudy of he he demand of elecric energy before he expecaion of a new cycle of economic growh in Brazil and he presen changes in he Brazilian elecric secor. The Sae of Minas Gerais was adoped as he objec of his sudy. The demand on elecric energy in he Commercial, Indusrial and Residenial ranges was specifically analyzed. As he series of he variables sudied were proved non-saionary, he Co-inegraion approach was adoped. Vecor Error Correcion Models (VECM) were esimaed and used o projec he consumpion of elecric energy during he 2004/2008 period. Saisfacory resuls were obained since mos of he parameers ha were esimaed proved o be saisically significan and all heir signs are consisen wih he economic heory, as well. To evaluae he predicable capaciy of he models analyzed, he year of 2003 was xiv

17 adoped o compare he projeced and he acual values reached and proved ha he models were adequae as indicaors o foresee he fuures consumpion of elecric energy. Projecions show he significan possibiliies of frequen cus in he supply of elecric energy, as well as he possibiliy of having i raioned again. These condiions urn eviden he need of making massive invesmens in he elecriciy secor, specifically in Minas Gerais. xv

18 1. INTRODUÇÃO 1.1. Considerações Iniciais No início do século XXI, é difícil conceber uma sociedade que não dependa da energia elérica no seu coidiano. O homem desenvolveu e muliplicou aparaos que requerem sua uilização. A luz elérica subsiuiu o lampião e iluminou as ruas; a elevisão rouxe a imagem e o som para o inerior das residências; a máquina de escrever cedeu espaço aos compuadores; o progresso ecnológico elevou sua paricipação na indúsria, nos ranspores, nos hospiais, nas escolas e em muias ouras siuações. Enfim, a energia elérica em sido indispensável, seja por prover praicidade e conforo, ou por aender às necessidades básicas da população. Tomando-se como referência GOMES (1981), pode-se dizer que a inserção definiiva da energia elérica, na mariz energéica nacional, ocorreu na década de Aé enão, o consumo mundial de energia se enconrava na dependência da uilização de fones não-renováveis, como o carvão, gás e o peróleo. Esse perfil se jusificava principalmene pelo baixo preço relaivo do peróleo, observado aé o início dessa década. Enreano, a crise do peróleo, ocorrida em 1973, resulou na elevação do preço inernacional dessa fone de 1

19 energia, fazendo com que os países, principalmene aqueles que não eram auosuficienes, repensassem suas marizes energéicas. A siuação não se mosrou diferene no Brasil. A elevação do preço do peróleo aumenou as dificuldades de suprir as necessidades energéicas do País que já havia mais que duplicado a imporação de peróleo no período de 1970 a Seu grande poencial hidrelérico fez o Brasil raificar a opção por uma modificação na sua mariz energéica, consruindo várias usinas hidreléricas e milhares de quilômeros de linhas de ransmissão (SILVA, 2001). Durane a década de 70, em decorrência da expressiva expansão da economia axa média de crescimeno superior a 8,5% ao ano houve aumeno da renda per capia nacional e do consumo per capia de energia elérica. Também foi observado incremeno imporane no coneúdo elérico do PIB 1, que evoluiu de 0,237 para 0,315 kwh/us$. Como conseqüência, a paricipação da energia elérica no Balanço Energéico Nacional (BEN) passou de 19 para 29% (ELETROBRAS, 2003a). Apesar do comporameno insável da economia brasileira na década de 1980, quando a renda per capia foi inferior à da década anerior, o crescimeno do consumo de energia elérica foi expressivo, impulsionado pela mauração dos projeos indusriais esruurados no II Plano Nacional de Desesaização (II PND), implanados a parir do final dos anos 70. Em 1986, o Plano Cruzado ornava evidene que um aumeno na renda dos indivíduos, como ocorrera naquele ano, ambém criava condições reais para um maior consumo de energia elérica, sendo caracerísica dese processo a incorporação de elerodomésicos nas residências. Nessa década, cresceram o consumo per capia, o coneúdo elérico do PIB, que aingiu 0,483 kwh/us$ em 1990, e a paricipação da energia elérica no Balanço Energéico Nacional (BEN), que se aproximou de 40% (ELETROBRÁS, 2003a). Durane os anos 90, o Plano Real, implanado em 1994, repercuiu posiivamene sobre a demanda de energia elérica. Diane de um processo inflacionário sob conrole, foram criadas, num primeiro momeno, condições 1 Expressa a quanidade de energia elérica consumida no País para cada 1 US$ do PIB brasileiro. 2

20 para a reomada do crescimeno econômico. O aumeno da renda pessoal logo após o Plano e a ampliação do acesso a crédio ao consumidor resularam num crescimeno significaivo do consumo de energia elérica, enre os anos de 1994 e 1997 (ELETROBRAS, 2003a). No Brasil, rês grandes classes de consumidores se beneficiam dessa energia: a classe Indusrial, a Comercial e a Residencial. Hisoricamene, a Indusrial sempre foi a responsável pela maior parcela do mercado. Em seguida, aparecem as classes Residencial e Comercial, respecivamene. Os demais consumidores são agregados em uma única classe, denominada Ouros 2. De modo geral, pode-se afirmar que o consumo de energia elérica sofreu incremenos posiivos ao longo das úlimas rês décadas (70, 80 e 90), desacando-se a classe Residencial como a que mais elevou seu consumo. A Tabela 1 apresena a dinâmica do consumo em cada uma das classes consumidoras. Tabela 1 Taxas geoméricas de crescimeno do consumo de energia elérica, no Brasil, por classe de consumo (em % ao ano) vários períodos Períodos Classes de consumo Comercial Indusrial Residencial Ouros Toal 1970/ ,4 11,8 10,8 7,7 10,8 1980/1989 5,7 7,5 7,2 8,0 7,3 1990/1999 7,8 2,5 6,7 4,8 4,7 1970/2000 7,0 6,1 8,0 7,1 6,8 Fone: ELETROBRAS (2004). Noa: odos os valores significaivos a 1%. 2 O agregado Ouros incorpora o consumo próprio, o serviço público, a iluminação pública, o poder público e o consumo rural (ELETROBRAS, 2003b). 3

21 Durane a década de 1970, o consumo oal de energia elérica apresenou o maior crescimeno regisrado nesses 30 anos, salando de GWh, em 1970, para GWh, em 1979, equivalendo à axa geomérica de crescimeno de 10,8% ao ano. Denre as classes consumidoras, mereceu desaque a Indusrial que, ao incremenar seu consumo em 11,8% ao ano, respondeu por 54,8% de oda energia elérica consumida no ano de 1979 (ELETROBRAS, 2004). Enre os anos de 1980 e 1989, o consumo de energia elérica volou a regisrar crescimeno, embora a axas inferiores às observadas na década passada. Nesse período, a axa de crescimeno foi de 7,3% ao ano, com o consumo salando de GWh, em 1980, para GWh, em De maneira similar ao ocorrido no período anerior, a classe consumidora que apresenou maior crescimeno foi a Indusrial, crescendo, em média, 7,5% ao ano (ELETROBRAS, 2004). Denre as décadas analisadas, a de 1990 foi a que regisrou o menor crescimeno do consumo de energia elérica no Brasil. O consumo oal cresceu apenas 4,7% ao ano, alcançando GWh, em O fao de a classe Indusrial er sido, denre as rês maiores consumidoras, a que apresenou a menor axa de crescimeno, pode explicar esse resulado (ELETROBRAS, 2004). Enreano, apesar do consumo er apresenado axas significaivas de crescimeno ao longo do período 1970/2000, pode-se consaar que essas foram decrescenes. A exceção ocorreu nos anos 90, especificamene na classe Comercial. A parir de meados dessa década, o consumo dessa classe passou a liderar o crescimeno da demanda de energia elérica no Brasil, como resposa aos avanços e à modernização ocorridos no seor de serviços (ELETROBRÁS, 2003a). Como exemplo, são desacados a expansão da indúsria do urismo, a grande inserção dos shopping ceners, além da informaização de vários segmenos, especialmene no seor financeiro. Ouro faor muio imporane para explicar a dinâmica do consumo de energia elérica, ao longo de odo período, é o comporameno das arifas médias 4

22 de fornecimeno, apresenado na Figura 1, em cada uma das principais classes consumidoras Índices Anos Residencial Comercial Indusrial Fone: Elaborado pelo auor a parir de dados da ELETROBRAS (2004). Figura 1 Evolução das arifas médias reais de energia elérica, por classe de consumo, no Brasil, Conforme pode ser observado, as arifas regisraram endências de quedas sucessivas, com algumas exceções, aé início dos anos 90. Esse comporameno pode ser jusificado principalmene pelo fao de que a redução das arifas de energia elérica era uilizada pelo governo como pare da esraégia de conrole da inflação (ELETROBRAS, 2003a). Enreano, a parir de 1993, uma série de sucessivos aumenos nominais na esruura arifária, principalmene na classe Residencial, alerou esse comporameno. Juno com a privaização do seor elérico, iniciada em 1995, houve uma recomposição arifária que implicou em um rápido crescimeno das arifas médias de fornecimeno. Ese aumeno se baseou principalmene em rês elemenos (ELETROBRAS, 2003a): 3 Os valores referenes a essas arifas são indisponíveis para os anos aneriores a

23 a) Um elemeno esruural dado pela enrada de energia nova no mercado. Energia nova significa energia mais cara, devido ao o cronograma de financiameno ípico das planas do seor elérico; b) Com a enrada da iniciaiva privada no seor, a arifa da energia elérica deixou de ser uilizada como elemeno de conrole da inflação pelo governo; c) O Plano Real, implanado em 1994, eve um impaco inicial de aumeno da renda real da população, ampliando a capacidade de absorção de um aumeno de arifa pelos consumidores. Em 2001, as arifas médias, influenciadas pelo programa de redução do consumo que havia sido criado como solução de curo prazo para a crise energéica, iveram um aumeno significaivo em ermos reais, visando recuperar as receias das empresas do seor. Embora a dinâmica do consumo de energia elérica não ivesse apresenado grandes divergências enre as diferenes classes, o mesmo não pode ser afirmado quando essa comparação é realizada enre as regiões geográficas do Brasil, como pode ser consaado na Tabela 2. Tabela 2 Taxas geoméricas de crescimeno do consumo de energia elérica, por região do Brasil (% ao ano) Períodos Regiões Nore Nordese Sudese Sul Cenro- Oese 1970/ ,9 16,4 11,0 14,6 18,9 1980/ ,6 8,3 4,4 7,2 9,5 1990/2000 6,2 4,7 3,5 5,8 7,0 1970/ ,1 9,7 6,3 9,1 11,7 Fone: ELETROBRAS (2003a). 6

24 As axas de crescimeno do consumo de energia elérica apresenadas pelas regiões menos desenvolvidas economicamene se mosraram, em odos os períodos, superiores àquelas regisradas nas regiões mais desenvolvidas. Ese quadro sugere a exisência de um mercado poencial suficiene para susenar axas de crescimeno relaivamene elevadas. Assim, é de se esperar que a Região Sudese, de maior desenvolvimeno sócio-econômico, prossiga em uma rajeória de perda progressiva de sua paricipação relaiva no consumo nacional de elericidade (ELETROBRAS, 2003a). Enreano, o aendimeno ao mercado poencial e aé mesmo ao já exisene, enconra-se foremene condicionado à maneira com que se concreizarão as mudanças que esão sendo inroduzidas no seor elérico brasileiro, especialmene aravés do Novo Modelo Insiucional (MME, 2003b). Os dados mais recenes da ELETROBRAS (2004) indicam que, em 2003, foram consumidos GWh em odo o Brasil. Desse oal, 43,2% na classe Indusrial, 25,3% na Residencial e 15,8% na classe Comercial. Nauralmene, como conseqüência dessa disribuição, o mercado consumidor se concenra na Região Sudese, uma vez que esa é a região mais indusrializada do País. A Região Sudese, principal consumidora de energia elérica, respondeu por 54,8% do consumo oal. As regiões Sul e Nordese possuem paricipação relaiva similar, correspondendo a 17,4% e 16,3%, respecivamene. As regiões Nore e Cenro-Oese, num paamar consideravelmene inferior às demais regiões, consumiram 5,9% e 5,6% do oal, respecivamene. Denre os diversos esados, São Paulo é o principal consumidor, com 30,4% do oal nacional, seguido por Minas Gerais, responsável por 12,7% de oda energia elérica consumida no Brasil (ELETROBRAS, 2004). O Novo Modelo visa, principalmene, suprir as deficiências do aual modelo, garanindo a ofera de energia elérica em quanidade e qualidade requeridas pelo mercado consumidor; garanir a modicidade arifária 4, a parir da 4 O ermo modicidade arifária é amplamene uilizado na lieraura referene ao seor elérico e possui o significado de arifas mais jusas/moderadas para os consumidores. 7

25 conraação eficiene da energia elérica; além de universalizar o acesso e o uso do serviço. A busca pela modicidade arifária parece confirmar a endência de mudanças na esruura das arifas e procura reverer o rápido crescimeno das arifas médias de fornecimeno, ocorrido paralelamene ao processo de privaização iniciado em Para ano, o novo modelo se susena em quaro ponos principais: ampliação da compeição na geração de energia, por meio de liciações pelo criério de menor arifa; manuenção do equilíbrio enre a ofera e a demanda de energia, de forma que o consumidor não seja onerado pela fala ou pelo excesso de energia; redução dos riscos associados aos invesimenos, com a concessão de licença prévia ambienal e de conraos de compra de energia de longo prazo; garania de que não sejam apropriados cusos esranhos à presação do serviço (MME, 2003c). Todavia, apesar dos esforços governamenais esarem direcionados à modicidade arifária, as evidências indicam que a expansão do seor ocorre a cusos marginais crescenes e, porano, arifas ambém crescenes, uma vez que os grandes poenciais hidreléricos, ainda a serem explorados, esão disanes do mercado consumidor. Adicionalmene, deve-se considerar que o cuso da energia gerada em usinas ermoeléricas, que é uilizada para suprir parcela cada vez maior do mercado, é significaivamene superior ao cuso da energia de origem hidráulica. Sendo assim, os paamares para os quais as arifas de energia elérica convergirão ainda não se consiuem numa cereza para os agenes do seor. Além do comporameno das arifas, ouro faor erá grande influência sobre o aendimeno ao mercado consumidor. Após apresenar crescimeno pouco significaivo nas décadas de 80 e 90, a economia brasileira dá sinais de que se pode desenvolver a axas superiores às observadas nessas duas décadas 5. O início de um novo governo, em 2003, e alguns indicadores macroeconômicos fazem com que cresçam as expecaivas de um novo ciclo de desenvolvimeno no Brasil. 5 O crescimeno do PIB nacional foi de 2,76 % a.a., no período 1980/1990, e de 2,90 % a.a., no período 1990/2000. Essas axas foram calculadas a parir de dados do IPEA (2004b). 8

26 Segundo GIAMBIAGI (2002), o processo de crescimeno econômico eria se esboçado já no ano de 2001, quando a economia, liderada pelo invesimeno e pelas exporações, cresceu acima de 4%, o saldo comercial apresenou melhora e a inflação diminuiu de inensidade, após sua ala em Enreano, esse processo eria sido inerrompido pela combinação da crise energéica brasileira com os efeios da crise na economia argenina e da recessão nos Esados Unidos, Europa e Japão. Para esse auor, o Brasil em pela frene perspecivas promissoras não visas desde a década de O País eria definido um esquema de políica econômica decisivo para que isso fosse possível. Fariam pare dessas políicas a mudança de regime cambial em 1999, um fore ajuse fiscal e o compromeimeno com uma rajeória de inflação baixa. A forma como se concreizarão as mudanças nas arifas e/ou na renda dos consumidores erá influência sobre a evolução do consumo de energia elérica, em proporções ainda a serem quanificadas O problema e sua imporância Diane da expecaiva de um novo ciclo de crescimeno econômico no Brasil e das auais mudanças na esruura arifária do seor elérico, ese rabalho procurou prever, mediane esudo da demanda de energia elérica, os efeios das prováveis alerações nas arifas e na renda dos consumidores sobre a evolução do consumo dessa energia. O conhecimeno prévio de ais relações é de grande imporância para a condução da expansão do seor, permiindo um ajuse enre a ofera e a demanda de energia elérica, e eviando siuações como a ocorrida no ano de 2001, quando foi implanado o programa de racionameno. De acordo com a ELETROBRAS (2003b), o esudo da demanda de energia elérica em imporância esruural e conjunural no planejameno e no gerenciameno do seor elérico brasileiro, por exercer impaco direo e/ou indireo sobre as seguines decisões: programas decenais de expansão da geração, 9

27 ransmissão e disribuição; planejameno da operação dos sisemas; programas de invesimeno das empresas; conraos de compra e venda de energia enre empresas; preço da energia no Mercado Aacadisa de Energia (MAE); programa de liciação de obras do agene regulador, denre ouros. Há ainda que se considerar o fao de que, no seor elérico, os projeos de invesimeno são, geralmene, inensivos em capial, requerem elevados invesimenos e demandam grandes prazos de mauração. Assim, os reornos são obidos a longo prazo, o que ornam maiores as incerezas, principalmene as relacionadas à evolução do mercado consumidor. Dessa forma, o esudo da demanda de energia elérica se orna ainda mais imporane para os planos de invesimenos. No Brasil, alguns esudos sobre essa demanda já foram realizados. MODIANO (1984) esimou a demanda para as classes Comercial, Indusrial e Residencial, uilizando dados anuais referenes ao período 1963/1981. ANDRADE e LOBÃO (1997) realizaram esimaivas apenas para o seor Residencial, com dados anuais para os anos de 1963 a SILVA (2001) abordou apenas os seores Residencial-Urbano e Rural, para o período 1970/1999. SCHMIDT e LIMA (2004) esimaram a demanda para as rês classes de consumo, a parir de dados anuais referenes ao período 1969/1999. Com exceção de BRAGA (2001), que analisou a demanda da classe Residencial das regiões Sul, Sudese e Nordese do Brasil, os demais rabalhos realizaram análises de demanda para o mercado nacional. Ese rabalho se propõe a analisar a demanda de energia elérica no Esado de Minas Gerais, especificamene nas classes Comercial, Indusrial e Residencial. Em 2003, essas rês classes responderam por aproximadamene 87,5% do mercado consumidor de energia elérica nesse Esado. Os 12,5% resanes foram disribuídos enre as classes Rural (± 5,2%) e Ouras 6 (± 7,3%). Minas Gerais é o segundo maior consumidor de energia elérica, ano na Região Sudese quano no mercado nacional. Ainda em 2003, foi responsável pelo 6 Inclui Poder público, iluminação pública, Serviço público, Consumo próprio e Suprimeno a ouras concessionárias. 10

28 consumo de 22,7% de oda energia elérica consumida na Região Sudese e por 12,2% do consumo desse ipo de energia no Brasil 7. A opção por uma análise esadual pode ser jusificada pelo fao de o novo modelo insiucional esabelecer que as disribuidoras de energia elérica devam conraar o oal do mercado por elas previso, com anecedência de cinco anos, sendo esas os principais responsáveis pelas esimaivas de demanda. De modo geral, o mercado de uma disribuidora se limia a parcelas de mercado de um único esado, raificando a imporância de análises regionalizadas. Soma-se ainda o fao de não haver esudos publicados que enham abordado a demanda de energia elérica no Esado de Minas Gerais Objeivos Objeivo Geral Quanificar as relações enre a demanda de energia elérica e seus principais deerminanes nas classes Comercial, Indusrial e Residencial do Esado de Minas Gerais, no período de 1970 a Objeivos Específicos a) Deerminar os efeios de alerações na renda, nas arifas e no número de consumidores sobre o consumo de energia elérica pelas classes Comercial, Indusrial e Residencial; b) Realizar projeções da demanda de energia elérica para as classes Comercial, Indusrial e Residencial, bem como para o Esado de Minas Gerais; e c) Comparar os valores projeados com a capacidade de produção dessa energia para os próximos 5 anos. 7 Os percenuais referenes às parcelas de mercado foram calculados a parir dos dados obidos em FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO (FJP, 2004a) e ELETROBRAS (2004). 11

29 2. O SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO, CONSUMO DE ENERGIA E DE ENERGIA ELÉTRICA EM MINAS GERAIS A elaboração desse Capíulo eve como objeivo apresenar um panorama hisórico do seor elérico brasileiro, conexualizando os principais aconecimenos nesse seor. Preendeu-se, ambém, caracerizar o consumo das principais fones de energia no Esado de Minas Gerais, com ênfase na energia elérica. A seção 2.1. foi dedicada ao seor elérico brasileiro. A seção 2.2. apresena a demanda de energia em Minas Gerais, desacando-se a paricipação de cada uma das fones de energia na mariz energéica do Esado. A seção foi dedicada ao seor elérico mineiro, além de apresenar a evolução do consumo de energia elérica no Esado de Minas Gerais, ao longo do período de 1970 a Nas seções de a descreve-se e analisa-se a evolução do consumo de energia elérica em cada uma das rês principais classes consumidoras no Esado O Seor Elérico Brasileiro: desenvolvimeno, crises e reformas Quando comparado a ouros países, o seor elérico brasileiro, responsável por produzir e fornecer a energia elérica às classes consumidoras, apresena algumas paricularidades. Desacam-se a presença de grandes 12

30 exensões de linhas de ransmissão e, em decorrência de condições geográficas amplamene favoráveis, a predominância de usinas hidreléricas no seu parque gerador. Aproximadamene 90% da capacidade de geração insalada são de origem hidráulica, sendo que, em ermos de produção efeiva, essa proporção aproxima-se de 95% (MME, 2003a). Segundo GOMES e al. (2002), a hisória desse seor pode ser conada a parir de meados do século XIX, com o foralecimeno do seor urbano, que começou a se diferenciar significaivamene do rural. As expansões da indúsria de consrução civil e da ofera de infra-esruura urbana, decorrenes do crescimeno das cidades, foram os responsáveis pelas primeiras uilizações da energia elérica no País, especificamene na iluminação e ranspore públicos. A primeira hidrelérica brasileira foi consruída em 1883, no município de Diamanina (MG), e inha como objeivo gerar energia para o acionameno dos equipamenos uilizados na exração de diamanes. Dois ouros projeos hidreléricos, desinados à auoprodução, foram implanados nos anos de 1885 e 1887: o da Companhia Fiação e Tecidos São Silvesre, em Viçosa (MG), e o da Compagnie des Mines d Or du Faria em Nova Lima (MG). Várias usinas de pequeno pore, principalmene ermoeléricas, foram insaladas enre os anos de 1890 e 1900 para aender à demanda da iluminação pública, à mineração, ao beneficiameno de produos agrícolas e às indúsrias êxeis e serrarias (GOMES e al., 2002). Segundo BRANCO (1996), esa foi a primeira de um oal de quaro eapas que eriam caracerizado o desenvolvimeno do seor elérico brasileiro. Essa primeira eapa se esendeu aé o início da década de 1930, época em que o seor começava a concenrar capial aravés de uma série de fusões e aquisições de empresas. A segunda fase de desenvolvimeno do seor, compreendida enre o início da década de 1930 e o final da II Guerra Mundial, foi marcada por uma maior concenração de capial e predomínio de empresas esrangeiras, além do descompasso enre o crescimeno da ofera e o da demanda. 13

31 MORITZ (2001) lembrou ainda que o marco regulaório do seor surgiu nessa eapa, com o Código de Águas em Enreano, seu caráer nacionalisa provocou incerezas regulaórias que desencorajaram invesimenos dos grandes grupos esrangeiros insalados no Brasil. Como conseqüência, não houve sinonia enre a expansão da capacidade insalada e o crescimeno do consumo. BRANCO (1996) complemenou ao afirmar que, enquano o consumo conjuno das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro cresceu 250% enre 1930 e 1945, a capacidade de geração de energia foi acrescida em apenas 74%, em São Paulo, e 64% no Rio de Janeiro. A erceira fase, iniciada no pós-guerra e que se esendeu aé o fim dos anos 70, apresenou como caracerísica principal a crescene paricipação do Esado no seor, que passou a invesir direamene na produção de energia elérica. Nesse período, ainda foram criadas a Companhia Hidrelérica do São Francisco (CHESF), em 1945, as Cenrais Eléricas de Minas Gerais (CEMIG), em 1952, o Minisério das Minas e Energia e o Deparameno Nacional de Águas e Energia Elérica (DNAEE), no ano de 1960, e a Elerobrás, em 1962 (BRANCO, 1996). Enre os anos de 1962 e 1967, foi consolidada a esruura organizacional que iria planejar, regular, fiscalizar e expandir os serviços de energia elérica aé o início da década de A quara e úlima eapa, iniciada na década de 1980, rouxe consigo a crise econômico-financeira do seor. De acordo com PIRES e al. (2002), o agravameno da crise fiscal do Esado reduziu o apore de recursos da União para invesimenos no seor, ornando os invesimenos das empresas esaais incapazes de acompanhar o crescimeno da demanda no País. Complemenando, ARAÚJO (2001) lembrou que a fala de recursos financeiros ainda resulou no araso e/ou suspensão de projeos de expansão dos segmenos de geração e ransmissão. Segundo BRANCO (1996), foi ambém presenciada uma profunda deerioração da siuação econômico-financeira das empresas. Tal siuação seria decorrene de rês faores principais: redução arificial das arifas de energia com o inuio de coner o processo inflacionário; queda nas axas de crescimeno do 14

32 mercado, que passaram de 12% a.a., na década de 70, para 6% a.a., na década seguine; elevados juros exernos que, em ermos nominais, ulrapassaram os 17% em A siuação de falência do modelo de financiameno do seor e a ameaça iminene de uma crise de fornecimeno de energia por odo o País deram origem a uma série de mudanças insiucionais, implemenadas a parir de 1993, aravés da Lei e, poseriormene, com as Leis 8.987/95 e 9.074/95, em De acordo com PIRES e al. (2001), a Lei 9.074/95 consiuiu os pilares do funcionameno do novo modelo e do início do processo de privaização de aivos públicos, iniciado pela venda das disribuidoras federais e, poseriormene, acompanhado pela venda das empresas esaduais. PIRES (1999) ciou ainda que duas ouras leis foram de grande imporância para o novo modelo do seor. A Lei 9.427/96 que, por er criado a Agência Nacional de Energia Elérica (ANEEL), represenou um marco na reforma regulaória do seor elérico brasileiro, e a Lei 9.648/98 que, denre ouras coisas, definiu as regras de enrada de novas empresas, as arifas e a esruura de mercado. Essa Lei ainda criou o Mercado Aacadisa de Energia (MAE), que foi uma imporane medida na direção de esimular a compeição na geração e comercialização da energia elérica (MME, 2003a). Todas essas mudanças foram implemenadas com os objeivos de diminuir o risco de défici energéico; aumenar a compeição e garanir a eficiência do sisema; incenivar novos invesimenos, sobreudo privados; assegurar a melhoria da qualidade dos serviços com preços mais jusos ao consumidor e implemenar a diversificação da mariz geradora de energia (ENERGIABRASIL, 2002). PIRES (1999) ciou ainda que, denre as mudanças ocorridas, mereceu desaque o redesenho do papel do Esado, cuja inervenção passou a er caráer regulaório em derimeno da provisão direa dos serviços. Enreano, os objeivos principais dessas mudanças não foram alcançados na ínegra. Denre ouros ponos que ambém não obiveram êxio, podem ser ciados a arifa de fornecimeno, que se mosrou além do nível geral de preços da economia, e o compromeimeno da expansão do sisema que, ao 15

33 gerar uma nova crise financeira no seor, reinroduziu a quesão da inadimplência nos fluxos financeiros inra-seoriais, influenciando negaivamene a geração de recursos das empresas para a manuenção adequada da presação dos serviços (MME, 2003a). ARAÚJO (2001) considerou que várias foram as causas do insucesso dessas mudanças. De acordo com esse auor, as proposas de reformas eriam subesimado as paricularidades do sisema brasileiro de geração, de base preponderanemene hidrelérica, ao se iniciar a privaização das empresas disribuidoras anes mesmo da definição de regras claras para o seor. As incerezas criadas, que seriam um fore desesímulo à iniciaiva privada por si só, foram agravadas por ouros equívocos. O Governo Federal, na enaiva de ornar as empresas esaais araenes para os invesidores, promoveu uma série de cores nos cusos dessas empresas, mas, junamene com despesas supérfluas, eria corado muios invesimenos fundamenais para essas empresas. Esse quadro ainda foi agravado em decorrência dos acordos firmados enre o Governo e o Fundo Moneário Inernacional (FMI), que exigiam grandes superávis primários e não faziam qualquer disinção enre os valores que deveriam ser compuados como despesas daqueles que deveriam ser regisrados como invesimenos. O resulado foi uma brusca conenção de invesimenos no seor elérico, impedindo a expansão da capacidade de grandes geradoras e ambém a consrução de uma enorme linha de ransmissão, esa que ligaria Iaipu ao Sudese do País. ARAÚJO (2001) considerou, enreano, que denre odos os equívocos comeidos, o maior foi priorizar a compeição enre os agenes quando, na verdade, deveriam er sido priorizados os invesimenos. Diane da insuficiência dos invesimenos na expansão dos segmenos de Geração e Transmissão e da ocorrência de um dos piores regimes pluvioméricos das úlimas décadas, observou-se o conínuo esvaziameno dos reservaórios nas regiões Sudese e Nordese, o que rouxe séria ameaça de apagões na maior pare do País. O Governo não viu oura alernaiva senão a implanação de um programa de racionameno do consumo de energia elérica, que vigorou enre junho de 2001 e fevereiro de O programa foi implanado nas regiões 16

34 Sudese, Cenro-Oese, Nore e Nordese. Na região Nore, eve menor duração, esando presene enre agoso de 2001 e janeiro de A resposa da sociedade brasileira ao desafio de reduzir o consumo de energia elérica foi imediaa, afasando a necessidade de core generalizado no suprimeno desse ipo de energia (ARAÚJO e al., 2003). A parir da Tabela 3, pode-se verificar em que magniude o consumo de energia elérica foi reduzido em cada região do País, por cada uma das rês principais classes consumidoras. Tabela 3 Redução percenual do consumo de energia elérica no Brasil, em suas Regiões e em Minas Gerais, por classes de consumo, no período 06/ /2002 Classes Regiões Brasil MG N NE SE CO Residencial 22,4 24,6 7,5 22,1 27,7 24,1 Comercial 16,3 19,8 3,6 22,5 19,0 18,1 Indusrial 11,8 13,9 9,5 15,4 15,0 4,2 Toal 15,4 16,8 7,3 17,5 19,2 17,4 Fone: BANCO CENTRAL DO BRASIL, ciado em ARAÚJO e al. (2003). Apesar de bem-sucedido, al programa rouxe resulados negaivos para a economia brasileira. As esimaivas da SECRETARIA DE POLÍTICA ECONÔMICA (2001) indicam que o impaco do racionameno de energia elérica sobre o crescimeno previso (4,4%) do PIB brasileiro, no ano de 2001, foi de dois ponos percenuais. Visando suprir as deficiências do modelo enão em vigor, foi publicado, em dezembro de 2003, um novo Modelo Insiucional para o seor (MME, 2003b). O novo projeo regulaório do seor de energia elérica preende criar um ambiene propício à reomada de invesimenos. Seu pono de parida é a garania 8 Para dealhes, ver PIRES e al. (2002). 17

35 da jusa remuneração para os invesidores, de modo a fornecer incenivos à expansão da geração, respeiando a modicidade arifária, coninuidade, qualidade e universalização do acesso e do uso para os consumidores do serviço de energia elérica Energia em Minas Gerais 9 O Esado de Minas Gerais configura-se como um dos mais imporanes consumidores de energia do País. Em 2002, praicamene maneve inalerada sua paricipação na demanda nacional em relação ao ano anerior, consumindo um oal de 27,48 milhões de EP 10, o que represenou 13,9% da energia consumida no Brasil. No período de 1970 a 2002, a demanda de energia em Minas Gerais apresenou crescimeno médio de 2,4% ao ano, enquano esse crescimeno foi de 2,7% ao ano para o País como um odo. As fones energéicas renováveis, denre as quais se desacam a Energia Hidráulica e a fone Lenha e derivados, diferenemene da média nacional de 39,8%, respondem por 51,7% da mariz energéica do Esado, como resulado da sua carência em fones de energia de origem fóssil e de seu expressivo poencial hidráulico. A Tabela 4 apresena a paricipação das diversas fones na demanda de energia do Esado. Conforme pode ser observado na Tabela 4, a fone de maior paricipação na mariz energéica de Minas Gerais é a Peróleo, gás naural e derivados, que ocupa esa posição desde No período de 1978 a 2002, o consumo dos ipos de energia que êm origem nessa fone apresenou crescimeno médio de 2,15% a.a.. Esse crescimeno seria maior se não fosse a redução do consumo nos primeiros anos desse período, como resulado da elevação dos preços inernacionais do peróleo a parir de meados da década de Exceo especificação conrária, odas as informações e dados apresenados nesse ópico foram obidos juno ao 18º Balanço Energéico do Esado de Minas Gerais, elaborado pela CEMIG (2003). 10 A unidade de medida EP, que significa onelada Equivalene de Peróleo, é uilizada para permiir agregações e comparações enre os diversos ipos de energéicos, uma vez que exisem várias unidades de medida para esses, ais como: quilo calorias (kcal), Joule (J), Briish Thermal Uniy (BTU), quilowahora (kwh), ec. 18

36 Tabela 4 Demanda de energia em Minas Gerais, por fone (em %) 2002 FONTES ENERGÉTICAS % DO TOTAL Peróleo, gás naural e derivados 33,2 Lenha e derivados 30,9 Carvão mineral e derivados 15,1 Energia hidráulica 13,3 Ouras fones 7,5 Fone: CEMIG (2003). A fone Lenha e derivados, que aé o ano de 1996 se consiuía na principal fone do Esado, em seu comporameno melhor analisado ao se dividir o período de 1978 a 2002 em dois segmenos. Enre 1978 e 1985, essa fone maneve em orno de 48% sua paricipação na mariz energéica de Minas Gerais. A parir de 1986, verifica-se uma redução conínua dessa paricipação, principalmene em resposa ao declínio da siderurgia a carvão vegeal. Apesar de grande produor, hisoricamene Minas Gerais se caracerizou como um imporador de energia de ouros esados. A demanda crescene dos energéicos imporados fez com que, ao longo do empo, a dependência relaiva aumenasse, ulrapassando os 50% a parir de Enre as imporações, merecem desaque o peróleo que, em 2002, respondeu por 37,7% do oal imporado pelo Esado, e o carvão mealúrgico que, nesse mesmo ano, represenou 18,9%. Ao conrário dos demais ipos de energia, a energia elérica, o querosene e o urânio (U 3 O 8 ) sempre apresenaram exporações líquidas ao longo do período Enreano, quando se analisa a paricipação da energia elérica nas exporações do Esado, noa-se uma inversão desse comporameno a parir de 2001 quando, pela primeira vez, Minas Gerais imporou quanidade superior às suas exporações. Em 2002, pelo segundo ano consecuivo, o Esado foi imporador líquido de energia elérica, em decorrência da crise nacional de geração hidrelérica. Nesse ano, a imporação líquida desse ipo de energia foi de 19

37 7.015 GWh, correspondendo a 17,8% de oda a energia elérica produzida em Minas Gerais. Ao se analisar seorialmene a mariz energéica de Minas Gerais, percebe-se que, basicamene, quaro seores respondem pela energia consumida no Esado. A Tabela 5 apresena a composição seorial da demanda de energia. Tabela 5 Demanda de energia em Minas Gerais, por seor (em %) 2002 SETORES % DO TOTAL Indusrial 61,5 Transpores 18,6 Residencial 13,4 Agropecuário 2,4 Ouros seores e Perdas 4,1 Fone: CEMIG (2003). A parir da Tabela 5, pode-se concluir que o seor Indusrial é o maior consumidor de energia no Esado, com paricipação superior a 60%. Cabe ressalar que a imporância desse seor no consumo de energia em sido hisoricamene manida. Enre 1978 e 2002, apenas no período esa paricipação foi inferior a 60%, aingindo índice mínimo em 1999, com 57,8% do consumo esadual de energia. Nesse seor, o Carvão vegeal é a principal fone de energia, endo respondido por 23,5% do consumo oal em 2002, porém, com o declínio da siderurgia a carvão vegeal, seu consumo vem sendo reduzido desde Ainda de acordo com a Tabela 5, consaa-se que o seor de Transpores ocupa o poso de segundo maior consumidor de energia, consumindo 18,6% do oal esadual. Nesse seor, o Óleo Diesel consiui a fone de energia mais consumida, represenando, em 2002, aproximadamene 61% do seu consumo 20

38 oal. A parir de uma análise do período , verifica-se odavia que, aé o ano de 1995, o poso de segundo maior consumidor foi ocupado pelo seor Residencial, que em a Lenha como a fone mais consumida Energia Elérica em Minas Gerais A energia elérica é um dos ipos de energia mais consumido em Minas Gerais, endo represenado, em 2002, 12,8% do consumo oal. A produção dessa energia no Esado é quase que oalmene de origem hidráulica. Em 2002, foi equivalene a 89,5% da quanidade produzida. Uma pequena parcela é de origem érmica, sendo gerada por empresas auoproduoras e pelas Usinas Térmicas de Igarapé e Formoso, ambas perencenes à CEMIG. Há ainda energia elérica de origem eólica, produzida na Usina Eólio-Elérica Experimenal do Morro do Camelinho, ambém de propriedade da CEMIG. A localização do parque gerador do Esado é definida pela posição geográfica de seus poenciais hidreléricos. Com exceção do Rio São Francisco, siuado na área cenral e que cora o Esado na direção sul/nore, os principais poenciais hidreléricos se localizam a oese, mais precisamene nos Rios Paranaíba e Grande. Por ouro lado, o mercado consumidor esá localizado na pare cenral e no lese do Esado, paricularmene no Vale do Aço, criando um fluxo de energia elérica na direção oese-lese, aravés de um pesado sisema de ransmissão (TORRES e ALMEIDA, 2002). O aendimeno à demanda de energia elérica é feio principalmene pela CEMIG, que em 2002 aendeu a aproximadamene 92% da demanda no Esado, pelas Companhias Força e Luz Caaguazes-Leopoldina (CFLCL) e Luz e Força de Mococa (CLFM), e pelo Deparameno Municipal de Elericidade de Poços de Caldas (DEMPC) (FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2004a). De 1970 a 2002, o consumo de energia elérica em Minas Gerais apresenou crescimeno significaivo. O consumo, que em 1970 foi de 4.408,1 GWh, alcançou valor máximo no ano 2000, com ,6 GWh consumidos. Em 2001, em decorrência do programa de racionameno implanado em junho desse 21

O Fluxo de Caixa Livre para a Empresa e o Fluxo de Caixa Livre para os Sócios

O Fluxo de Caixa Livre para a Empresa e o Fluxo de Caixa Livre para os Sócios O Fluxo de Caixa Livre para a Empresa e o Fluxo de Caixa Livre para os Sócios! Principais diferenças! Como uilizar! Vanagens e desvanagens Francisco Cavalcane (francisco@fcavalcane.com.br) Sócio-Direor

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas UFPEL Departamento de Economia - DECON. Economia Ecológica. Professor Rodrigo Nobre Fernandez

Universidade Federal de Pelotas UFPEL Departamento de Economia - DECON. Economia Ecológica. Professor Rodrigo Nobre Fernandez Universidade Federal de Peloas UFPEL Deparameno de Economia - DECON Economia Ecológica Professor Rodrigo Nobre Fernandez Capíulo 6 Conabilidade Ambienal Nacional Peloas, 2010 6.1 Inrodução O lado moneário

Leia mais

Valor do Trabalho Realizado 16.

Valor do Trabalho Realizado 16. Anonio Vicorino Avila Anonio Edésio Jungles Planejameno e Conrole de Obras 16.2 Definições. 16.1 Objeivo. Valor do Trabalho Realizado 16. Parindo do conceio de Curva S, foi desenvolvida pelo Deparameno

Leia mais

ENGENHARIA ECONÔMICA AVANÇADA

ENGENHARIA ECONÔMICA AVANÇADA ENGENHARIA ECONÔMICA AVANÇADA TÓPICOS AVANÇADOS MATERIAL DE APOIO ÁLVARO GEHLEN DE LEÃO gehleao@pucrs.br 55 5 Avaliação Econômica de Projeos de Invesimeno Nas próximas seções serão apresenados os principais

Leia mais

exercício e o preço do ativo são iguais, é dito que a opção está no dinheiro (at-themoney).

exercício e o preço do ativo são iguais, é dito que a opção está no dinheiro (at-themoney). 4. Mercado de Opções O mercado de opções é um mercado no qual o iular (comprador) de uma opção em o direio de exercer a mesma, mas não a obrigação, mediane o pagameno de um prêmio ao lançador da opção

Leia mais

Dados do Plano. Resultado da Avaliação Atuarial. Data da Avaliação: 31/12/2010

Dados do Plano. Resultado da Avaliação Atuarial. Data da Avaliação: 31/12/2010 AVALIAÇÃO ATUARIAL Daa da Avaliação: 3/2/200 Dados do Plano Nome do Plano: CEEEPREV CNPB: 20.020.04-56 Parocinadoras: Companhia Esadual de Geração e Transmissão de Energia Elérica CEEE-GT Companhia Esadual

Leia mais

OTIMIZAÇÃO ENERGÉTICA NA CETREL: DIAGNÓSTICO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE GANHOS

OTIMIZAÇÃO ENERGÉTICA NA CETREL: DIAGNÓSTICO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE GANHOS STC/ 08 17 à 22 de ouubro de 1999 Foz do Iguaçu Paraná - Brasil SESSÃO TÉCNICA ESPECIAL CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA (STC) OTIMIZAÇÃO ENERGÉTICA NA CETREL: DIAGNÓSTICO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE

Leia mais

Equações Simultâneas. Aula 16. Gujarati, 2011 Capítulos 18 a 20 Wooldridge, 2011 Capítulo 16

Equações Simultâneas. Aula 16. Gujarati, 2011 Capítulos 18 a 20 Wooldridge, 2011 Capítulo 16 Equações Simulâneas Aula 16 Gujarai, 011 Capíulos 18 a 0 Wooldridge, 011 Capíulo 16 Inrodução Durane boa pare do desenvolvimeno dos coneúdos desa disciplina, nós nos preocupamos apenas com modelos de regressão

Leia mais

Modelo ARX para Previsão do Consumo de Energia Elétrica: Aplicação para o Caso Residencial no Brasil

Modelo ARX para Previsão do Consumo de Energia Elétrica: Aplicação para o Caso Residencial no Brasil Modelo ARX para Previsão do Consumo de Energia Elérica: Aplicação para o Caso Residencial no Brasil Resumo Ese rabalho propõe a aplicação do modelo ARX para projear o consumo residencial de energia elérica

Leia mais

12 Integral Indefinida

12 Integral Indefinida Inegral Indefinida Em muios problemas, a derivada de uma função é conhecida e o objeivo é enconrar a própria função. Por eemplo, se a aa de crescimeno de uma deerminada população é conhecida, pode-se desejar

Leia mais

VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA. Antônio Carlos de Araújo

VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA. Antônio Carlos de Araújo 1 VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA Anônio Carlos de Araújo CPF: 003.261.865-49 Cenro de Pesquisas do Cacau CEPLAC/CEPEC Faculdade de Tecnologia

Leia mais

METODOLOGIA PROJEÇÃO DE DEMANDA POR TRANSPORTE AÉREO NO BRASIL

METODOLOGIA PROJEÇÃO DE DEMANDA POR TRANSPORTE AÉREO NO BRASIL METODOLOGIA PROJEÇÃO DE DEMANDA POR TRANSPORTE AÉREO NO BRASIL 1. Inrodução O presene documeno visa apresenar dealhes da meodologia uilizada nos desenvolvimenos de previsão de demanda aeroporuária no Brasil

Leia mais

Função definida por várias sentenças

Função definida por várias sentenças Ese caderno didáico em por objeivo o esudo de função definida por várias senenças. Nese maerial você erá disponível: Uma siuação que descreve várias senenças maemáicas que compõem a função. Diversas aividades

Leia mais

Espaço SENAI. Missão do Sistema SENAI

Espaço SENAI. Missão do Sistema SENAI Sumário Inrodução 5 Gerador de funções 6 Caracerísicas de geradores de funções 6 Tipos de sinal fornecidos 6 Faixa de freqüência 7 Tensão máxima de pico a pico na saída 7 Impedância de saída 7 Disposiivos

Leia mais

TOMADA DE DECISÃO EM FUTUROS AGROPECUÁRIOS COM MODELOS DE PREVISÃO DE SÉRIES TEMPORAIS

TOMADA DE DECISÃO EM FUTUROS AGROPECUÁRIOS COM MODELOS DE PREVISÃO DE SÉRIES TEMPORAIS ARTIGO: TOMADA DE DECISÃO EM FUTUROS AGROPECUÁRIOS COM MODELOS DE PREVISÃO DE SÉRIES TEMPORAIS REVISTA: RAE-elerônica Revisa de Adminisração de Empresas FGV EASP/SP, v. 3, n. 1, Ar. 9, jan./jun. 2004 1

Leia mais

Curso de preparação para a prova de matemática do ENEM Professor Renato Tião

Curso de preparação para a prova de matemática do ENEM Professor Renato Tião Porcenagem As quaro primeiras noções que devem ser assimiladas a respeio do assuno são: I. Que porcenagem é fração e fração é a pare sobre o odo. II. Que o símbolo % indica que o denominador desa fração

Leia mais

CIRCULAR Nº 3.640, DE 4 DE MARÇO DE 2013

CIRCULAR Nº 3.640, DE 4 DE MARÇO DE 2013 CIRCULAR Nº.640, DE 4 DE MARÇO DE 20 Esabelece os procedimenos para o cálculo da parcela dos aivos ponderados pelo risco (RWA), relaiva ao cálculo do capial requerido para o risco operacional mediane abordagem

Leia mais

UM MODELO PARA PROJEÇÕES PARA DEMANDA POR ENERGIA ELÉTRICA, 2009-2017 E A EVOLUÇÃO DO CUSTO SOCIAL E TARIFA ÓTIMA PARA O BRASIL

UM MODELO PARA PROJEÇÕES PARA DEMANDA POR ENERGIA ELÉTRICA, 2009-2017 E A EVOLUÇÃO DO CUSTO SOCIAL E TARIFA ÓTIMA PARA O BRASIL UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UFAL FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE - FEAC CURSO DE MESTRADO EM ECONOMIA APLICADA CMEA GUSTAV IVES MENDES NICÁCIO VIANA UM MODELO PARA PROJEÇÕES PARA

Leia mais

4 Cenários de estresse

4 Cenários de estresse 4 Cenários de esresse Os cenários de esresse são simulações para avaliar a adequação de capial ao limie de Basiléia numa deerminada daa. Sua finalidade é medir a capacidade de o PR das insiuições bancárias

Leia mais

CIRCULAR Nº 3.383. I - Abordagem do Indicador Básico; II - Abordagem Padronizada Alternativa; III - Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada.

CIRCULAR Nº 3.383. I - Abordagem do Indicador Básico; II - Abordagem Padronizada Alternativa; III - Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada. TÍTULO : DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS 29 Página 1 de 7 CIRCULAR Nº.8 Esabelece os procedimenos para o cálculo da parcela do Parimônio de Referência Exigido (PRE) referene ao risco operacional (P OPR ), de

Leia mais

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO PESSOAL E HABITACIONAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS FATORES MACROECONÔMICOS NO PERÍODO PÓS-REAL RESUMO

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO PESSOAL E HABITACIONAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS FATORES MACROECONÔMICOS NO PERÍODO PÓS-REAL RESUMO 78 EVOLUÇÃO DO CRÉDITO PESSOAL E HABITACIONAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS FATORES MACROECONÔMICOS NO PERÍODO PÓS-REAL Pâmela Amado Trisão¹ Kelmara Mendes Vieira² Paulo Sergio Cerea³ Reisoli

Leia mais

Modelos Econométricos para a Projeção de Longo Prazo da Demanda de Eletricidade: Setor Residencial no Nordeste

Modelos Econométricos para a Projeção de Longo Prazo da Demanda de Eletricidade: Setor Residencial no Nordeste 1 Modelos Economéricos para a Projeção de Longo Prazo da Demanda de Elericidade: Seor Residencial no Nordese M. L. Siqueira, H.H. Cordeiro Jr, H.R. Souza e F.S. Ramos UFPE e P. G. Rocha CHESF Resumo Ese

Leia mais

Economia e Finanças Públicas Aula T21. Bibliografia. Conceitos a reter. Livro EFP, Cap. 14 e Cap. 15.

Economia e Finanças Públicas Aula T21. Bibliografia. Conceitos a reter. Livro EFP, Cap. 14 e Cap. 15. Economia e Finanças Públicas Aula T21 6.3 Resrição Orçamenal, Dívida Pública e Susenabilidade 6.3.1 A resrição orçamenal e as necessidades de financiameno 6.3.2. A divida pública 6.3.3 A susenabilidade

Leia mais

CAPÍTULO 9. y(t). y Medidor. Figura 9.1: Controlador Analógico

CAPÍTULO 9. y(t). y Medidor. Figura 9.1: Controlador Analógico 146 CAPÍULO 9 Inrodução ao Conrole Discreo 9.1 Inrodução Os sisemas de conrole esudados aé ese pono envolvem conroladores analógicos, que produzem sinais de conrole conínuos no empo a parir de sinais da

Leia mais

FACULDADE DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO CURSO DE MESTRADO EM ECONOMIA APLICADA EDUARDO DESSUPOIO MOREIRA DIAS

FACULDADE DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO CURSO DE MESTRADO EM ECONOMIA APLICADA EDUARDO DESSUPOIO MOREIRA DIAS FACULDADE DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO CURSO DE MESTRADO EM ECONOMIA APLICADA EDUARDO DESSUPOIO MOREIRA DIAS PREVISÃO DE MÉDIO PRAZO DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL: ESTIMAÇÃO VIA METODOLOGIA BOX

Leia mais

José Ronaldo de Castro Souza Júnior RESTRIÇÕES AO CRESCIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL: UMA APLICAÇÃO DO MODELO DE TRÊS HIATOS (1970-2000)

José Ronaldo de Castro Souza Júnior RESTRIÇÕES AO CRESCIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL: UMA APLICAÇÃO DO MODELO DE TRÊS HIATOS (1970-2000) José Ronaldo de Casro Souza Júnior RESTRIÇÕES AO CRESCIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL: UMA APLICAÇÃO DO MODELO DE TRÊS HIATOS (1970-2000) Belo Horizone, MG UFMG/CEDEPLAR 2002 José Ronaldo de Casro Souza Júnior

Leia mais

REGULAMENTO TARIFÁRIO

REGULAMENTO TARIFÁRIO REGULAMENTO TARIFÁRIO DO SECTOR DO GÁS NATURAL Julho 2008 ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS Rua Dom Crisóvão da Gama n.º 1-3.º 1400-113 Lisboa Tel: 21 303 32 00 Fax: 21 303 32 01 e-mail: erse@erse.p

Leia mais

Uma avaliação da poupança em conta corrente do governo

Uma avaliação da poupança em conta corrente do governo Uma avaliação da poupança em cona correne do governo Manoel Carlos de Casro Pires * Inrodução O insrumeno de políica fiscal em vários ojeivos e não é surpreendene que, ao se deerminar uma mea de superávi

Leia mais

Escola E.B. 2,3 / S do Pinheiro

Escola E.B. 2,3 / S do Pinheiro Escola E.B. 2,3 / S do Pinheiro Ciências Físico Químicas 9º ano Movimenos e Forças 1.º Período 1.º Unidade 2010 / 2011 Massa, Força Gravíica e Força de Ario 1 - A bordo de um vaivém espacial, segue um

Leia mais

EFEITO DA VARIAÇÃO DOS PREÇOS DA MANDIOCA EM ALAGOAS SOBRE O VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO 1

EFEITO DA VARIAÇÃO DOS PREÇOS DA MANDIOCA EM ALAGOAS SOBRE O VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO 1 ISSN 188-981X 18 18 EFEITO DA VARIAÇÃO DOS PREÇOS DA MANDIOCA EM ALAGOAS SOBRE O VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO 1 Effec of cassava price variaion in Alagoas over producion gross value Manuel Albero Guiérrez CUENCA

Leia mais

Análise econômica dos benefícios advindos do uso de cartões de crédito e débito. Outubro de 2012

Análise econômica dos benefícios advindos do uso de cartões de crédito e débito. Outubro de 2012 1 Análise econômica dos benefícios advindos do uso de carões de crédio e débio Ouubro de 2012 Inrodução 2 Premissas do Esudo: Maior uso de carões aumena a formalização da economia; e Maior uso de carões

Leia mais

Taxa de Juros e Desempenho da Agricultura Uma Análise Macroeconômica

Taxa de Juros e Desempenho da Agricultura Uma Análise Macroeconômica Taxa de Juros e Desempenho da Agriculura Uma Análise Macroeconômica Humbero Francisco Silva Spolador Geraldo San Ana de Camargo Barros Resumo: Ese rabalho em como obeivo mensurar os efeios das axas de

Leia mais

OS EFEITOS DO CRÉDITO RURAL E DA GERAÇÃO DE PATENTES SOBRE A PRODUÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA hfsspola@esalq.usp.br

OS EFEITOS DO CRÉDITO RURAL E DA GERAÇÃO DE PATENTES SOBRE A PRODUÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA hfsspola@esalq.usp.br OS EFEITOS DO CRÉDITO RURAL E DA GERAÇÃO DE PATENTES SOBRE A PRODUÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA hfsspola@esalq.usp.br Apresenação Oral-Ciência, Pesquisa e Transferência de Tecnologia HUMBERTO FRANCISCO SILVA

Leia mais

Perspectivas para a inflação

Perspectivas para a inflação Perspecivas para a inflação 6 Ese capíulo do Relaório de Inflação apresena a avaliação feia pelo Copom sobre o comporameno da economia brasileira e do cenário inernacional desde a divulgação do Relaório

Leia mais

Estudo comparativo de processo produtivo com esteira alimentadora em uma indústria de embalagens

Estudo comparativo de processo produtivo com esteira alimentadora em uma indústria de embalagens Esudo comparaivo de processo produivo com eseira alimenadora em uma indúsria de embalagens Ana Paula Aparecida Barboza (IMIH) anapbarboza@yahoo.com.br Leicia Neves de Almeida Gomes (IMIH) leyneves@homail.com

Leia mais

Análise da competitividade do algodão e da soja de Mato Grosso entre 1990 e 2006

Análise da competitividade do algodão e da soja de Mato Grosso entre 1990 e 2006 189 Análise da compeiividade do algodão e da soja de Mao Grosso enre 1990 e 2006 Resumo Sonia Sueli Serafim de Souza e Sandra Crisina de Moura Bonjour Ese arigo eve como objeivo fazer uma análise da compeiividade

Leia mais

DEMANDA BRASILEIRA DE CANA DE AÇÚCAR, AÇÚCAR E ETANOL REVISITADA

DEMANDA BRASILEIRA DE CANA DE AÇÚCAR, AÇÚCAR E ETANOL REVISITADA XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Mauridade e desafios da Engenharia de Produção: compeiividade das empresas, condições de rabalho, meio ambiene. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de ouubro

Leia mais

Redes de Computadores

Redes de Computadores Inrodução Ins iuo de Info ormáic ca - UF FRGS Redes de Compuadores Conrole de fluxo Revisão 6.03.015 ula 07 Comunicação em um enlace envolve a coordenação enre dois disposiivos: emissor e recepor Conrole

Leia mais

Centro Federal de EducaçãoTecnológica 28/11/2012

Centro Federal de EducaçãoTecnológica 28/11/2012 Análise da Dinâmica da Volailidade dos Preços a visa do Café Arábica: Aplicação dos Modelos Heeroscedásicos Carlos Albero Gonçalves da Silva Luciano Moraes Cenro Federal de EducaçãoTecnológica 8//0 Objevos

Leia mais

MUDANÇAS CAMBIAIS E O EFEITO DOS FATORES DE CRESCIMENTO DAS RECEITAS DE EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE SOJA 1 2

MUDANÇAS CAMBIAIS E O EFEITO DOS FATORES DE CRESCIMENTO DAS RECEITAS DE EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE SOJA 1 2 Sonia Sueli Serafim de Souza, Janice Alves Lamera, ISSN 1679-1614 Sandra Crisina de Moura Bonjour & Adriano Marcos Rodrigues Figueiredo MUDANÇAS CAMBIAIS E O EFEITO DOS FATORES DE CRESCIMENTO DAS RECEITAS

Leia mais

APLICAÇÃO DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA MÉDIA MENSAL DA TAXA DE CÂMBIO DO REAL PARA O DÓLAR COMERCIAL DE COMPRA USANDO O MODELO DE HOLT

APLICAÇÃO DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA MÉDIA MENSAL DA TAXA DE CÂMBIO DO REAL PARA O DÓLAR COMERCIAL DE COMPRA USANDO O MODELO DE HOLT XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Mauridade e desafios da Engenharia de Produção: compeiividade das empresas, condições de rabalho, meio ambiene. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de ouubro

Leia mais

PREÇOS DE PRODUTO E INSUMO NO MERCADO DE LEITE: UM TESTE DE CAUSALIDADE

PREÇOS DE PRODUTO E INSUMO NO MERCADO DE LEITE: UM TESTE DE CAUSALIDADE PREÇOS DE PRODUTO E INSUMO NO MERCADO DE LEITE: UM TESTE DE CAUSALIDADE Luiz Carlos Takao Yamaguchi Pesquisador Embrapa Gado de Leie e Professor Adjuno da Faculdade de Economia do Insiuo Vianna Júnior.

Leia mais

AÇÕES DO MERCADO FINACEIRO: UM ESTUDO VIA MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS

AÇÕES DO MERCADO FINACEIRO: UM ESTUDO VIA MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS AÇÕES DO MERCADO FINACEIRO: UM ESTUDO VIA MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS Caroline Poli Espanhol; Célia Mendes Carvalho Lopes Engenharia de Produção, Escola de Engenharia, Universidade Presbieriana Mackenzie

Leia mais

SPREAD BANCÁRIO NO BRASIL

SPREAD BANCÁRIO NO BRASIL SPREAD BANCÁRIO NO BRASIL Elaine Aparecida Fernandes RESUMO: Diane da consaação de que os spreads bancários brasileiros (diferença enre as axas de juros de capação e aplicação dos bancos) se enconram em

Leia mais

Boom nas vendas de autoveículos via crédito farto, preços baixos e confiança em alta: o caso de um ciclo?

Boom nas vendas de autoveículos via crédito farto, preços baixos e confiança em alta: o caso de um ciclo? Boom nas vendas de auoveículos via crédio faro, preços baixos e confiança em ala: o caso de um ciclo? Fábio Auguso Reis Gomes * Fabio Maciel Ramos ** RESUMO - A proposa dese rabalho é conribuir para o

Leia mais

Pessoal Ocupado, Horas Trabalhadas, Jornada de Trabalho e Produtividade no Brasil

Pessoal Ocupado, Horas Trabalhadas, Jornada de Trabalho e Produtividade no Brasil Pessoal Ocupado, Horas Trabalhadas, Jornada de Trabalho e Produividade no Brasil Fernando de Holanda Barbosa Filho Samuel de Abreu Pessôa Resumo Esse arigo consrói uma série de horas rabalhadas para a

Leia mais

O IMPACTO DOS INVESTIMENTOS NO ESTADO DO CEARÁ NO PERÍODO DE 1970-2001

O IMPACTO DOS INVESTIMENTOS NO ESTADO DO CEARÁ NO PERÍODO DE 1970-2001 O IMPACTO DOS INVESTIMENTOS NO ESTADO DO CEARÁ NO PERÍODO DE 970-200 Ricardo Candéa Sá Barreo * Ahmad Saeed Khan ** SINOPSE Ese rabalho em como objeivo analisar o impaco dos invesimenos na economia cearense

Leia mais

Área Temática: 5. Economia Industrial, da ciência, tecnologia e inovação

Área Temática: 5. Economia Industrial, da ciência, tecnologia e inovação EVOLUÇÃO DO CRÉDITO INDUSTRIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE A PARTIR DE FATORES MACROECONÔMICOS Pâmela Amado Trisão Aluna do Programa de Pós-Graduação em Adminisração da Universidade Federal de Sana Maria- UFSM

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas Departamento de Economia Contabilidade Social Professor Rodrigo Nobre Fernandez Lista de Exercícios I - Gabarito

Universidade Federal de Pelotas Departamento de Economia Contabilidade Social Professor Rodrigo Nobre Fernandez Lista de Exercícios I - Gabarito 1 Universidade Federal de Peloas Deparameno de Economia Conabilidade Social Professor Rodrigo Nobre Fernandez Lisa de Exercícios I - Gabario 1. Idenifique na lisa abaixo quais variáveis são e fluxo e quais

Leia mais

Boletim Económico Inverno 2006

Boletim Económico Inverno 2006 Boleim Económico Inverno 2006 Volume 12, Número 4 Disponível em www.bporugal.p Publicações BANCO DE PORTUGAL Deparameno de Esudos Económicos Av. Almirane Reis, 71-6.º andar 1150-012 Lisboa Disribuição

Leia mais

Análise da produtividade das distribuidoras de energia elétrica utilizando Índice Malmquist e o método de bootstrap

Análise da produtividade das distribuidoras de energia elétrica utilizando Índice Malmquist e o método de bootstrap UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA Análise da produividade das disribuidoras de energia elérica uilizando Índice Malmquis e o méodo de boosrap Fernando Elias

Leia mais

Variabilidade e pass-through da taxa de câmbio: o caso do Brasil

Variabilidade e pass-through da taxa de câmbio: o caso do Brasil Variabilidade e pass-hrough da axa de câmbio: o caso do Brasil André Minella Banco Cenral do Brasil VI Seminário de Meas para a Inflação Agoso 005 Disclaimer: Esa apresenação é de responsabilidade do auor,

Leia mais

Contratos Futuros e o Ibovespa: Um Estudo Empregando Procedimento de Auto- Regressão Vetorial Estutural. Autoria: Gustavo de Souza Grôppo

Contratos Futuros e o Ibovespa: Um Estudo Empregando Procedimento de Auto- Regressão Vetorial Estutural. Autoria: Gustavo de Souza Grôppo Conraos Fuuros e o Ibovespa: Um Esudo Empregando Procedimeno de Auo- Regressão Veorial Esuural. Auoria: Gusavo de Souza Grôppo Resumo: Ese esudo em como objeivo principal verificar a relação enre conraos

Leia mais

Fatores de influência no preço do milho no Brasil

Fatores de influência no preço do milho no Brasil Faores de influência no preço do milho no Brasil Carlos Eduardo Caldarelli Professor adjuno da Universidade Esadual de Londrina UEL Mirian Rumenos Piedade Bacchi Professora associada do Deparameno de Economia,

Leia mais

Working Paper Impacto do investimento estrangeiro direto sobre renda, emprego, finanças públicas e balanço de pagamentos

Working Paper Impacto do investimento estrangeiro direto sobre renda, emprego, finanças públicas e balanço de pagamentos econsor www.econsor.eu Der Open-Access-Publikaionsserver der ZBW Leibniz-Informaionszenrum Wirscaf Te Open Access Publicaion Server of e ZBW Leibniz Informaion Cenre for Economics Gonçalves, Reinaldo Working

Leia mais

Integração na criação de frangos de corte na microrregião de Viçosa MG: viabilidade econômica e análise de risco

Integração na criação de frangos de corte na microrregião de Viçosa MG: viabilidade econômica e análise de risco Inegração na criação de frangos de core na microrregião de Viçosa MG: viabilidade econômica e análise de risco Adelson Marins Figueiredo Pedro Anônio dos Sanos Robero Sanolin Brício dos Sanos Reis Resumo:

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ECONOMIA APLICADA FLAVIANE SOUZA SANTIAGO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ECONOMIA APLICADA FLAVIANE SOUZA SANTIAGO UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ECONOMIA APLICADA FLAVIANE SOUZA SANTIAGO UM MODELO ECONOMÉTRICO + INSUMO-PRODUTO PARA A PREVISÃO DE LONGO PRAZO DA

Leia mais

REGULAMENTO TARIFÁRIO

REGULAMENTO TARIFÁRIO REGULAMENTO TARIFÁRIO Agoso de 2005 ENTIAE REGULAORA OS SERVIÇOS ENERGÉTICOS Rua om Crisóvão da Gama n.º 1-3.º 1400-113 Lisboa Tel: 21 303 32 00 Fax: 21 303 32 01 e-mail: erse@erse.p www.erse.p Regulameno

Leia mais

Universidade Federal de Lavras

Universidade Federal de Lavras Universidade Federal de Lavras Deparameno de Ciências Exaas Prof. Daniel Furado Ferreira 8 a Lisa de Exercícios Disribuição de Amosragem 1) O empo de vida de uma lâmpada possui disribuição normal com média

Leia mais

A ELASTICIDADE-RENDA DO COMÉRCIO REGIONAL DE PRODUTOS MANUFATURADOS Marta R. Castilho 1 e Viviane Luporini 2

A ELASTICIDADE-RENDA DO COMÉRCIO REGIONAL DE PRODUTOS MANUFATURADOS Marta R. Castilho 1 e Viviane Luporini 2 A ELASTICIDADE-RENDA DO COMÉRCIO REGIONAL DE PRODUTOS MANUFATURADOS Mara R. Casilho 1 e Viviane Luporini 2 ANPEC 2009: ÁREA 6 RESUMO: O arigo apresena um esudo comparaivo das elaicidades-renda das exporações

Leia mais

SÉRIES WORKING PAPER BNDES/ANPEC PROGRAMA DE FOMENTO À PESQUISA EM DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - PDE

SÉRIES WORKING PAPER BNDES/ANPEC PROGRAMA DE FOMENTO À PESQUISA EM DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - PDE SÉRIES WORKING PAPER BNDES/ANPEC PROGRAMA DE FOMENTO À PESQUISA EM DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - PDE RELAÇÕES MACROECONÔMICAS ENTRE DESEMPENHO DA BALANÇA COMERCIAL, TAXA REAL DE CÂMBIO, INVESTIMENTOS PRODUTIVOS,

Leia mais

Susan Schommer Risco de Crédito 1 RISCO DE CRÉDITO

Susan Schommer Risco de Crédito 1 RISCO DE CRÉDITO Susan Schommer Risco de Crédio 1 RISCO DE CRÉDITO Definição: Risco de crédio é o risco de defaul ou de reduções no valor de mercado causada por rocas na qualidade do crédio do emissor ou conrapare. Modelagem:

Leia mais

AVALIAÇÃO DOS BENEFÍCIOS SINÉRGICOS DA COORDENAÇÃO DA OPERAÇÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS EM CASCATA

AVALIAÇÃO DOS BENEFÍCIOS SINÉRGICOS DA COORDENAÇÃO DA OPERAÇÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS EM CASCATA SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GPL - 06 16 a 21 Ouubro de 2005 Curiiba - Paraná GRUPO VII GRUPO DE ESTUDO DE PLANEJAMENTO DE SISTEMAS ELÉTRICOS - GPL AVALIAÇÃO

Leia mais

Relações de troca, sazonalidade e margens de comercialização de carne de frango na Região Metropolitana de Belém no período 1997-2004

Relações de troca, sazonalidade e margens de comercialização de carne de frango na Região Metropolitana de Belém no período 1997-2004 RELAÇÕES DE TROCA, SAZONALIDADE E MARGENS DE COMERCIALIZAÇÃO DE CARNE DE FRANGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM NO PERÍODO 1997-2004 MARCOS ANTÔNIO SOUZA DOS SANTOS; FABRÍCIO KHOURY REBELLO; MARIA LÚCIA

Leia mais

Relações Comerciais e de Preços no Mercado Nacional de Combustíveis 1

Relações Comerciais e de Preços no Mercado Nacional de Combustíveis 1 1 Relações Comerciais e de Preços no Mercado Nacional de Combusíveis 1 Mara Crisina Marjoa-Maisro 2 Geraldo San Ana de Camargo Barros 3 Arigo elaborado em fevereiro/2002 Aprovado para o XL Congresso Brasileiro

Leia mais

A dinâmica do emprego formal na região Norte do estado do Rio de Janeiro, nas últimas duas décadas

A dinâmica do emprego formal na região Norte do estado do Rio de Janeiro, nas últimas duas décadas A dinâmica do emprego formal na região Nore do esado do Rio de Janeiro, nas úlimas duas décadas Helio Junior de Souza Crespo Insiuo Federal Fluminense-IFF E-mail: hjunior@iff.edu.br Paulo Marcelo de Souza

Leia mais

Mecânica dos Fluidos. Aula 8 Introdução a Cinemática dos Fluidos. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues

Mecânica dos Fluidos. Aula 8 Introdução a Cinemática dos Fluidos. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Aula 8 Inrodução a Cinemáica dos Fluidos Tópicos Abordados Nesa Aula Cinemáica dos Fluidos. Definição de Vazão Volumérica. Vazão em Massa e Vazão em Peso. Definição A cinemáica dos fluidos é a ramificação

Leia mais

UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA DOS COMPONENTES QUE AFETAM O INVESTIMENTO PRIVADO NO BRASIL, FAZENDO-SE APLICAÇÃO DO TESTE DE RAIZ UNITÁRIA.

UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA DOS COMPONENTES QUE AFETAM O INVESTIMENTO PRIVADO NO BRASIL, FAZENDO-SE APLICAÇÃO DO TESTE DE RAIZ UNITÁRIA. UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA DOS COMPONENTES QUE AFETAM O INVESTIMENTO PRIVADO NO BRASIL, FAZENDO-SE APLICAÇÃO DO TESTE DE RAIZ UNITÁRIA Área: ECONOMIA COELHO JUNIOR, Juarez da Silva PONTILI, Rosangela Maria

Leia mais

Campo magnético variável

Campo magnético variável Campo magnéico variável Já vimos que a passagem de uma correne elécrica cria um campo magnéico em orno de um conduor aravés do qual a correne flui. Esa descobera de Orsed levou os cienisas a desejaram

Leia mais

Influência da Taxa de Câmbio e do Dólar sobre os Preços da Borracha Natural Brasileira

Influência da Taxa de Câmbio e do Dólar sobre os Preços da Borracha Natural Brasileira INFLUÊNCIA DA TAXA DE CÂMBIO E DO DÓLAR SOBRE OS PREÇOS DA BORRACHA NATURAL BRASILEIRA naisysilva@yahoo.com.br APRESENTACAO ORAL-Comercialização, Mercados e Preços NAISY SILVA SOARES; MÁRCIO LOPES DA SILVA;

Leia mais

MATEMATICA Vestibular UFU 2ª Fase 17 de Janeiro de 2011

MATEMATICA Vestibular UFU 2ª Fase 17 de Janeiro de 2011 Vesibular UFU ª Fase 17 de Janeiro de 011 PRIMEIRA QUESTÃO A realidade mosra que as favelas já fazem pare do cenário urbano de muias cidades brasileiras. Suponha que se deseja realizar uma esimaiva quano

Leia mais

Uma análise de indicadores de sustentabilidade fiscal para o Brasil. Tema: Ajuste Fiscal e Equilíbrio Macroeconômico

Uma análise de indicadores de sustentabilidade fiscal para o Brasil. Tema: Ajuste Fiscal e Equilíbrio Macroeconômico Uma análise de indicadores de susenabilidade fiscal para o rasil Tema: Ajuse Fiscal e Equilíbrio Macroeconômico . INTRODUÇÃO Parece pouco discuível nos dias de hoje o fao de que o crescimeno econômico

Leia mais

ALEXANDRE NUNES ZUCARATO MECANISMOS DE CAPACIDADE EM SISTEMAS DE ENERGIA ELÉTRICA COM PREDOMINÂNCIA DE GERAÇÃO HIDRELÉTRICA

ALEXANDRE NUNES ZUCARATO MECANISMOS DE CAPACIDADE EM SISTEMAS DE ENERGIA ELÉTRICA COM PREDOMINÂNCIA DE GERAÇÃO HIDRELÉTRICA ALEXANDRE NUNES ZUCARATO MECANISMOS DE CAPACIDADE EM SISTEMAS DE ENERGIA ELÉTRICA COM PREDOMINÂNCIA DE GERAÇÃO HIDRELÉTRICA FLORIANÓPOLIS SC 009 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO

Leia mais

Ascensão e Queda do Desemprego no Brasil: 1998-2012

Ascensão e Queda do Desemprego no Brasil: 1998-2012 Ascensão e Queda do Desemprego no Brasil: 1998-2012 Fernando Siqueira dos Sanos Resumo: ese rabalho analisa a evolução do desemprego nos úlimos anos, com foco no período 1998 a 2012 devido à melhor disponibilidade

Leia mais

COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DO ETANOL BRASILEIRO: DETERMINAÇÃO DE VARIÁVEIS CAUSAIS

COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DO ETANOL BRASILEIRO: DETERMINAÇÃO DE VARIÁVEIS CAUSAIS Naal/RN COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DO ETANOL BRASILEIRO: DETERMINAÇÃO DE VARIÁVEIS CAUSAIS André Assis de Salles Escola Poliécnica - Universidade Federal do Rio de Janeiro Cenro de Tecnologia Bloco F sala

Leia mais

Composição Ótima da Dívida Pública Federal: Definição de uma Referência de Longo Prazo

Composição Ótima da Dívida Pública Federal: Definição de uma Referência de Longo Prazo Composição Óima da Dívida Pública Federal: Definição de uma Referência de Longo Prazo Brasília 2011 MINISTRO DA FAZENDA Guido Manega SECRETÁRIO-EXECUTIVO Nelson Henrique Barbosa Filho SECRETÁRIO DO TESOURO

Leia mais

Figura 1 Carga de um circuito RC série

Figura 1 Carga de um circuito RC série ASSOIAÇÃO EDUAIONAL DOM BOSO FAULDADE DE ENGENHAIA DE ESENDE ENGENHAIA ELÉTIA ELETÔNIA Disciplina: Laboraório de ircuios Eléricos orrene onínua 1. Objeivo Sempre que um capacior é carregado ou descarregado

Leia mais

Instituto de Tecnologia de Massachusetts Departamento de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação. Tarefa 5 Introdução aos Modelos Ocultos Markov

Instituto de Tecnologia de Massachusetts Departamento de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação. Tarefa 5 Introdução aos Modelos Ocultos Markov Insiuo de Tecnologia de Massachuses Deparameno de Engenharia Elérica e Ciência da Compuação 6.345 Reconhecimeno Auomáico da Voz Primavera, 23 Publicado: 7/3/3 Devolução: 9/3/3 Tarefa 5 Inrodução aos Modelos

Leia mais

Guia de Recursos e Atividades

Guia de Recursos e Atividades Guia de Recursos e Aividades girls worldwide say World Associaion of Girl Guides and Girl Scous Associaion mondiale des Guides e des Eclaireuses Asociación Mundial de las Guías Scous Unir as Forças conra

Leia mais

2 Conceitos de transmissão de dados

2 Conceitos de transmissão de dados 2 Conceios de ransmissão de dados 2 Conceios de ransmissão de dados 1/23 2.2.1 Fones de aenuação e disorção de sinal 2.2.1 Fones de aenuação e disorção do sinal (coninuação) 2/23 Imperfeições do canal

Leia mais

2. Referencial Teórico

2. Referencial Teórico 15 2. Referencial Teórico Se os mercados fossem eficienes e não houvesse imperfeições, iso é, se os mercados fossem eficienes na hora de difundir informações novas e fossem livres de impedimenos, índices

Leia mais

UMA APLICAÇÃO DO TESTE DE RAIZ UNITÁRIA PARA DADOS EM SÉRIES TEMPORAIS DO CONSUMO AGREGADO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS

UMA APLICAÇÃO DO TESTE DE RAIZ UNITÁRIA PARA DADOS EM SÉRIES TEMPORAIS DO CONSUMO AGREGADO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS UMA APLICAÇÃO DO TESTE DE RAIZ UNITÁRIA PARA DADOS EM SÉRIES TEMPORAIS DO CONSUMO AGREGADO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS VIEIRA, Douglas Tadeu. TCC, Ciências Econômicas, Fecilcam, vieira.douglas@gmail.com PONTILI,

Leia mais

2 Fluxos de capitais, integração financeira e crescimento econômico.

2 Fluxos de capitais, integração financeira e crescimento econômico. 2 Fluxos de capiais, inegração financeira e crescimeno econômico. O objeivo dese capíulo é apresenar em dealhes as variáveis fundamenais enconradas na lieraura que deerminam o crescimeno de longo prazo

Leia mais

MÉTODO MARSHALL. Os corpos de prova deverão ter a seguinte composição em peso:

MÉTODO MARSHALL. Os corpos de prova deverão ter a seguinte composição em peso: TEXTO COMPLEMENTAR MÉTODO MARSHALL ROTINA DE EXECUÇÃO (PROCEDIMENTOS) Suponhamos que se deseje dosar um concreo asfálico com os seguines maeriais: 1. Pedra 2. Areia 3. Cimeno Porland 4. CAP 85 100 amos

Leia mais

FACULDADE IBMEC SÃO PAULO. Theodore Olson Pemberton Jr

FACULDADE IBMEC SÃO PAULO. Theodore Olson Pemberton Jr FACULDADE IBMEC SÃO PAULO Programa de Mesrado Profissional em Economia Theodore Olson Pemberon Jr MODELANDO O PREÇO SPOT DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL: UM MODELO ESTOCÁSTICO COM REVERSÃO À MÉDIA, MUDANÇA

Leia mais

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE 2008-2017)

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE 2008-2017) Comentários sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2008-2017) PAULO CÉSAR RIBEIRO LIMA JANEIRO/2009 Paulo César Ribeiro Lima 2 Comentários sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2008-2017)

Leia mais

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO RICARDO SÁVIO DENADAI HÁ HYSTERESIS NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO? UM TESTE ALTERNATIVO

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO RICARDO SÁVIO DENADAI HÁ HYSTERESIS NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO? UM TESTE ALTERNATIVO FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO RICARDO SÁVIO DENADAI HÁ HYSTERESIS NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO? UM TESTE ALTERNATIVO SÃO PAULO 2007 Livros Gráis hp://www.livrosgrais.com.br

Leia mais

COMPORTAMENTO DO PREÇO NO COMPLEXO SOJA: UMA ANÁLISE DE COINTEGRAÇÃO E DE CAUSALIDADE

COMPORTAMENTO DO PREÇO NO COMPLEXO SOJA: UMA ANÁLISE DE COINTEGRAÇÃO E DE CAUSALIDADE COMPORTAMENTO DO PREÇO NO COMPLEXO SOJA: UMA ANÁLISE DE COINTEGRAÇÃO E DE CAUSALIDADE RESUMO Ese rabalho objeiva esudar o comporameno recene dos preços dos segmenos do complexo soja, em paricular, a ransmissão

Leia mais

COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA REGIONAL COMITÊ NACIONAL BRASILEIRO

COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA REGIONAL COMITÊ NACIONAL BRASILEIRO COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA REGIONAL COMITÊ NACIONAL BRASILEIRO V CIERTEC - SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE GESTÃO DE PERDAS, EFICIENTIZAÇÃO ENERGÉTICA E PROTEÇÃO DA RECEITA NO SETOR ELÉTRICO Área

Leia mais

Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1

Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1 Jovens no mercado de rabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1 Luís Abel da Silva Filho 2 Fábio José Ferreira da Silva 3 Silvana Nunes de Queiroz 4 Resumo: Nos anos 1990,

Leia mais

Com base no enunciado e no gráfico, assinale V (verdadeira) ou F (falsa) nas afirmações a seguir.

Com base no enunciado e no gráfico, assinale V (verdadeira) ou F (falsa) nas afirmações a seguir. PROVA DE FÍSICA 2º ANO - 1ª MENSAL - 2º TRIMESTRE TIPO A 01) O gráico a seguir represena a curva de aquecimeno de 10 g de uma subsância à pressão de 1 am. Analise as seguines airmações. I. O pono de ebulição

Leia mais

Funções de Exportação de Alimentos para o Brasil. Maria Auxiliadora de Carvalho Instituto de Economia Agrícola

Funções de Exportação de Alimentos para o Brasil. Maria Auxiliadora de Carvalho Instituto de Economia Agrícola Funções de Exporação de Alimenos para o Brasil Maria Auxiliadora de Carvalho Insiuo de Economia Agrícola César Robero Leie da Silva PUCSP e Insiuo de Economia Agrícola Resumo: A segurança alimenar é uma

Leia mais

Aula - 2 Movimento em uma dimensão

Aula - 2 Movimento em uma dimensão Aula - Moimeno em uma dimensão Física Geral I - F- 18 o semesre, 1 Ilusração dos Principia de Newon mosrando a ideia de inegral Moimeno 1-D Conceios: posição, moimeno, rajeória Velocidade média Velocidade

Leia mais

ANÁLISE DO ARMAZENAMENTO DE MILHO NO BRASIL COM UM MODELO DINÂMICO DE EXPECTATIVAS RACIONAIS

ANÁLISE DO ARMAZENAMENTO DE MILHO NO BRASIL COM UM MODELO DINÂMICO DE EXPECTATIVAS RACIONAIS ANÁLISE DO ARMAZENAMENTO DE MILHO NO BRASIL COM UM MODELO DINÂMICO DE EXPECTATIVAS RACIONAIS VANIA DI ADDARIO GUIMARÃES Tese apresenada à Escola Superior de Agriculura Luiz de Queiroz, Universidade de

Leia mais

POSSIBILIDADE DE OBTER LUCROS COM ARBITRAGEM NO MERCADO DE CÂMBIO NO BRASIL

POSSIBILIDADE DE OBTER LUCROS COM ARBITRAGEM NO MERCADO DE CÂMBIO NO BRASIL POSSIBILIDADE DE OBTER LUCROS COM ARBITRAGEM NO MERCADO DE CÂMBIO NO BRASIL FRANCISCO CARLOS CUNHA CASSUCE; CARLOS ANDRÉ DA SILVA MÜLLER; ANTÔNIO CARVALHO CAMPOS; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA VIÇOSA

Leia mais

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO ANÁLISE DO DESEMPENHO DA BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA ESTIMAÇÕES DAS ELASTICIDADES DAS FUNÇÕES DA

Leia mais

CONSUMO DE BENS DURÁVEIS E POUPANÇA EM UMA NOVA TRAJETÓRIA DE COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR BRASILEIRO RESUMO

CONSUMO DE BENS DURÁVEIS E POUPANÇA EM UMA NOVA TRAJETÓRIA DE COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR BRASILEIRO RESUMO CONSUMO DE BENS DURÁVEIS E POUPANÇA EM UMA NOVA TRAJETÓRIA DE COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR BRASILEIRO VIVIANE SEDA BITTENCOURT (IBRE/FGV) E ANDREI GOMES SIMONASSI (CAEN/UFC) RESUMO O rabalho avalia a dinâmica

Leia mais

1 Introdução. Onésio Assis Lobo 1 Waldemiro Alcântara da Silva Neto 2

1 Introdução. Onésio Assis Lobo 1 Waldemiro Alcântara da Silva Neto 2 Transmissão de preços enre o produor e varejo: evidências empíricas para o seor de carne bovina em Goiás Resumo: A economia goiana vem se desacado no conexo nacional. Seu PIB aingiu R$ 75 bilhões no ano

Leia mais

Taxa de Câmbio e Taxa de Juros no Brasil, Chile e México

Taxa de Câmbio e Taxa de Juros no Brasil, Chile e México Taxa de Câmbio e Taxa de Juros no Brasil, Chile e México A axa de câmbio consiui variável fundamenal em economias aberas, pois represena imporane componene do preço relaivo de bens, serviços e aivos, ou

Leia mais

ESTIMANDO O IMPACTO DO ESTOQUE DE CAPITAL PÚBLICO SOBRE O PIB PER CAPITA CONSIDERANDO UMA MUDANÇA ESTRUTURAL NA RELAÇÃO DE LONGO PRAZO

ESTIMANDO O IMPACTO DO ESTOQUE DE CAPITAL PÚBLICO SOBRE O PIB PER CAPITA CONSIDERANDO UMA MUDANÇA ESTRUTURAL NA RELAÇÃO DE LONGO PRAZO ESTIMANDO O IMPACTO DO ESTOQUE DE CAPITAL PÚBLICO SOBRE O PIB PER CAPITA CONSIDERANDO UMA MUDANÇA ESTRUTURAL NA RELAÇÃO DE LONGO PRAZO Área 5 - Crescimeno, Desenvolvimeno Econômico e Insiuições Classificação

Leia mais