SÉRIES WORKING PAPER BNDES/ANPEC PROGRAMA DE FOMENTO À PESQUISA EM DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - PDE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "SÉRIES WORKING PAPER BNDES/ANPEC PROGRAMA DE FOMENTO À PESQUISA EM DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - PDE"

Transcrição

1 SÉRIES WORKING PAPER BNDES/ANPEC PROGRAMA DE FOMENTO À PESQUISA EM DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - PDE RELAÇÕES MACROECONÔMICAS ENTRE DESEMPENHO DA BALANÇA COMERCIAL, TAXA REAL DE CÂMBIO, INVESTIMENTOS PRODUTIVOS, MUDANÇA ESTRUTURAL E DESEMPENHO ECONÔMICO Luciano Nakabashi Working Paper nº 04 Disponível em: hp:// poio_a_esudos_e_pesquisas/pde/index.hml BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL Avenida República do Chile, 100 Cenro Rio de Janeiro, RJ ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS CENTROS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA Rua Tiradenes, 17 Ingá Nierói, RJ SETEMBRO/2010 Esse paper foi financiado com recursos do Fundo de Esruuração de Projeos (FEP) do Banco Nacional de Desenvolvimeno Econômico e Social (BNDES). Por meio desse fundo o BNDES financia, na modalidade não-reembolsável, a execução de pesquisas cieníficas, sempre consoane ao seu objeivo de fomeno a projeos de pesquisa volados para a ampliação do conhecimeno cienífico sobre o processo de desenvolvimeno econômico e social. Para maiores informações sobre essa modalidade de financiameno, acesse o sie hp:// _e_fundos/fep.hml. O coneúdo do paper é de exclusiva responsabilidade do(s) auore(s), não refleindo necessariamene, a opinião do BNDES e/ou da ANPEC.

2 Tíulo do Arigo: Relações macroeconômicas enre desempenho da balança comercial, axa real de câmbio, invesimenos produivos, mudança esruural e desempenho econômico. Auor: Luciano Nakabashi Série Working Paper BNDES/ANPEC Nº 04 SETEMBRO 2010 RESUMO Algumas evidências e eorias aponam para a exisência de uma relação enre crescimeno econômico e saldo da cona correne. No enano, um bom desempenho do seor exporador de forma a causar sisemáicos superávis na balança comercial e na cona correne pode levar a uma apreciação cambial, prejudicando o processo de crescimeno puxado pela demanda exerna, além de alerar a esruura produiva da economia, com conseqüências no desempenho econômico. Considerando essas relações macroeconômicas, o presene esudo em como objeivo analisar o impaco da resrição exerna nos invesimenos em capial físico e capial humano e, conseqüenemene, no desempenho da economia brasileira, além de se esudar os impacos do câmbio sobre a esruura da economia. Palavras-Chave: exporações; cona correne; axa de câmbio real; mudança esruural; desempenho econômico. ABSTRACT Some evidences and heories poin o he exisence of a relaionship beween economic growh and curren accoun balance. This process, in urn, ends o damage he expor led growh sraegy, and o ransform he economy s producive srucure, wih impacs on is performance. Taking ino consideraion hese macroeconomic relaions, he presen sudy aims o invesigae he balance of paymens consrain impacs on physical and human capials invesmens and, consequenly, on he Brazilian economy performance. The second goal is o sudy he effecs of real exchange rae on he economic srucure. Key words: expors; curren accoun; real exchange rae, srucural change; economic performance. JEL: C20; O11; O14; O23; O54. Luciano Nakabashi Universidade Federal do Paraná Deparameno de Economia Av. Prefeio Lohário Meissner, 632 érreo (41) luciano.nakabashi@ufpr.br

3 1. Inrodução Exise uma relação enfaizada por alguns economisas, há algum empo, enre crescimeno econômico e o saldo da cona de ransações correne. Ou seja, de acordo com essa abordagem é fundamenal um bom desempenho do seor exporador de forma a maner uma cona correne equilibrada para que um deerminado país consiga maner elevados níveis de invesimenos e de crescimeno econômico. O desempenho da balança comercial e da cona de ransações correnes pode ser relevane no monane de invesimenos e no crescimeno de um deerminado país, pois caso ocorra uma piora nas mesmas, ocorrem efeios conracionisas sobre os seores direamene afeados pelo aumeno das imporações e/ou queda das exporações. Ouro pono imporane é que nenhum país pode crescer mais rápido que a axa de crescimeno com equilíbrio no BP, pelo menos no longo prazo, pois um défici crescene na cona de ransações correnes financiado pela cona capial aumenaria o risco de desvalorizações cambiais aé o pono em que não valesse mais a pena invesir em al região ou país. Desse modo, o país eria que se ajusar à nova siuação aravés de medidas recessivas, sejam elas esponâneas ou forçadas. Esas seriam aravés de crises de confiança, com conseqüene fuga de capial, grande depreciação da moeda domésica, levando a uma fragilidade financeira e redução dos invesimenos. Finalmene, um défici crescene na cona de ransações correnes levaria o país ou região a praicar axas de juros mais elevadas para arair fluxos de capial, esimulando a valorização financeira do capial em prejuízo do invesimeno produivo e do crescimeno real. Porano, um bom desempenho do seor exporador de forma a maner em equilíbrio o saldo da cona de ransações correnes é essencial para a manuenção de um bom desempenho econômico de forma susenada. Além de relaxar a resrição do seor exerno, alas axas de crescimeno das exporações dinamizam a economia pela possibilidade que se abre na produção de bens mais inensivos em ecnologia, pois ocorre um processo de descolameno enre o consumo domésico e a produção domésica. Adicionalmene, os preços das exporações são relaivamene inelásicos em relação à quanidade produzida, como argumenando por Eichengreen (2008). Vale mencionar ainda que um bom desempenho desse seor, com ganhos de paricipação no PIB, esimula o crescimeno econômico porque ele possui maior capacidade de absorver ecnologia do reso do mundo e de aproveiar os ganhos de learning by doing quando se compara com os demais seores da economia (EICHENGREEN, 2008). No enano, um bom desempenho do seor exporador de forma a causar sisemáicos superávis na cona de ransações correnes pode levar a um processo de apreciação cambial 1, com de er impacos negaivos sobre o próprio 1 Como aponado por Gala (2007), o processo de apreciação ou valorização cambial na maior pare dos países da América Laina, nos anos 70, 80 e 90, ocorreu como conseqüência dos ciclos políicos e dos programas de esabilização dos preços. Por ouro lado, as apreciações ocorridas em países do sudese asiáico como Taiwan, Coréia do Sul e Cingapura esão associados ao bom desempenho de seus respecivos seores exporadores. De qualquer forma, esse fenômeno é

4 desempenho do seor exporador, o que aboraria o processo de crescimeno da economia puxado pela demanda exerna, além de alerar a sua esruura produiva. Se os seores mais prejudicados pela valorização cambial forem jusamene àqueles mais dinâmicos, os impacos adicionais sobre o crescimeno de longo prazo serão negaivos. Considerando as relações macroeconômicas acima ciadas, o presene esudo visa avaliar o impaco do desempenho do seor exporador e da cona de ransações correnes nos invesimenos em capial físico e capial humano e, conseqüenemene, no desempenho da economia brasileira, enre 1947 e Um segundo objeivo é verificar os efeios do câmbio nas mudanças esruuras da economia brasileira, sendo ese realizado em duas pares. Primeiramene, aravés de uma esimação da relação enre crescimeno do reso do mundo, axa real de câmbio e exporações de produos básicos, semimanufaurados e manufaurados, com dados rimesrais enre 1980 e Poseriormene, pela análise dos coeficienes de correlação enre câmbio e esruura do emprego formal, enre 1985 e Nese úlimo exercício não foram realizadas esimações economéricas pela pequena quanidade de observações. Finalmene, com base nos resulados, concluímos se o bom desempenho do seor exporador é um faor chave no desempenho econômico de longo prazo e se uma políica que o esimule deve ser acompanhada por medidas que garanam um câmbio compeiivo de forma a não prejudicar seores dinâmicos da economia brasileira. Além da presene inrodução, conamos com uma revisão da bibliografia na segunda seção, sendo esa seguida por um dealhameno da relação enre as variáveis com base na eoria exposa aneriormene. Na quara seção, o modelo formal uilizado para as esimações economéricas é apresenado. Em seguida, apresenamos a meodologia e os dados uilizados, enquano que, na sexa seção, realizamos a análise empírica e discuimos os resulados enconrados. 2. Revisão bibliográfica 2.1. Crescimeno econômico e desempenho da balança comercial Primeiramene, consideramos a relação enre crescimeno econômico e resrição exerna. A base eórica esá em um modelo pós-keynesiano desenvolvido por Thirlwall (1979) que enfaiza o papel da demanda exerna sobre o crescimeno. Nesse modelo, as elasicidades renda das imporações e das exporações são elemenos chaves para um bom desempenho econômico de longo prazo (MCCOMBIE e ROBERTS, 2002). Poseriormene, o modelo original de 1979 foi esendido por Thirlwall e Hussain (1982) para incluir fluxos de capial. Moreno-Brid (1998) rouxe avanços adicionais ao inroduzir uma resrição que limia o crescimeno do défici em cona imporane para a economia brasileira aualmene porque boa pare da apreciação recene do câmbio se deve ao bom desempenho das exporações, além da possibilidade de um maior dinamismo dese seor em um fuuro próximo devido ao pré-sal, o que levaria a novos ciclos de apreciação cambial.

5 correne como proporção da renda domésica. De acordo com ese modelo, o país em que maner cera proporção enre défici exerno e nível de renda de modo a ober um crescimeno susenável no longo prazo. Mccombie e Thirlwall (1997) fazem avanços similares no senido de inroduzir uma resrição para que a razão enre os déficis comerciais e a renda seja consane. No enano, Barbosa-Filho (2002) mosra que esa condição não é suficiene para impedir uma elevação da dívida exerna em níveis que não sejam susenáveis, pois mesmo com uma razão consane enre défici em cona correne e renda domésica, a rajeória do crescimeno da dívida pode chegar a níveis que geram crises de confiança de modo a ornar insusenável o padrão aual de crescimeno. O auor inclui na análise, de forma explícia, o pagameno de juros e a dinâmica da dívida exerna para conornar o problema. Todas esas versões do modelo original de Thirlwall (1979) preservam sua idéia cenral, ou seja, que a axa de crescimeno do produo no longo prazo precisa respeiar a resrição do balanço de pagamenos. Em algum momeno da rajeória de crescimeno, a resrição exerna se fará senir, impondo ajuses ou limiando a axa de crescimeno. A essência do modelo é que o país deve maner o saldo do BP em equilíbrio, no longo prazo, pois um país não pode se endividar coninuamene sem nunca er que pagar sua dívida. Caso o país enha um défici persisene na cona de ransações correnes, chegará um momeno em que ele deverá reduzir seu crescimeno, elevar o monane de bens e serviços exporados e/ou reduzir a elasicidade renda das imporações para reverê-lo. Como uma elevada axa de crescimeno é seguida por incremenos no monane das imporações de forma quase proporcional, para que um deerminado país manenha um crescimeno econômico de forma susenável é necessário que o seu seor exporador obenha um bom desempenho de forma a maner o saldo da cona de ransações correnes em equilíbrio. Essa dependência das exporações é ainda mais relevane para os países em desenvolvimeno viso que a cona de serviços dos mesmos permanece negaiva na maior pare do empo. Isso ocorre devido às enradas aneriores de capiais que pressionam a cona de serviços pela remessa de lucros e pagameno de juros aos invesidores exernos. A economia brasileira é exemplar, nesse senido. As várias verenes do modelo já foram esadas inúmeras vezes, inclusive para o caso brasileiro. Bérola, Higachi e Porcile (2002) fazem uso do modelo mais simples e enconram uma relação de longo prazo enre o desempenho do PIB brasileiro, os ermos de roca e o crescimeno da renda mundial, no período , favorecendo a Lei de Thirlwall. Na análise do período , Jayme Jr. (2003), uilizando o méodo de coinegração em séries emporais, enconra que há coinegração enre o crescimeno das exporações e o crescimeno econômico, indicando a validade do modelo de Thirlwall. Ferreira e Canuo (2003) consideram os efeios das remessas de lucros, dividendos e pagamenos de juros sobre a resrição exerna e concluem que esas reduziram o crescimeno médio anual da economia brasileira em 1%, no período

6 Em uma análise relacionando os parâmeros esruurais do modelo de Thirlwall (1979) e a resrição exerna em diferenes subperíodos de , Carvalho e Lima (2009) ambém apresenam evidência da relevância das resrições exernas sobre o crescimeno da economia brasileira. Nakabashi (2007) apona que, apesar da relevância do modelo para explicar o crescimeno da economia brasileira, é preciso lembrar que as elasicidades variam e fazem pare do ajuse da economia. Porcile, Curado e Bahry (2003) e Barbosa-Filho (2004), por ouro lado, empregam o modelo de Thirlwall para analisar quesões de curo prazo. Os primeiros combinam o modelo de Thirlwall com o conceio minskyano de fragilidade financeira adapado para uma economia abera para analisar a conjunura econômica laino-americana, enquano o segundo em como objeivo esudar o rade-off enre crescimeno e axa de câmbio. Os resulados apresenados pelo úlimo indicam que para elevar a axa de crescimeno da renda da economia brasileira em 1% seria necessária uma desvalorização cambial de 7% para que a razão saldo da balança comercial/pib se manivesse consane. Suas conclusões são de que a elasicidade-renda das imporações do Brasil é muio elevada e as elasicidades-preço das imporações e exporações baixas, prejudicando o crescimeno Relação enre axa de câmbio real, exporações e crescimeno econômico Crescimeno e exporações A relação enre desempenho das exporações e crescimeno pode ser percebida pelo modelo de Thirlwall, mencionado na seção anerior. No enano, além de relaxar a resrição exerna, o crescimeno das exporações favorece o crescimeno econômico aravés de ouras vias. A primeira delas seria o descolameno enre o consumo domésico e a produção domésica, como aponado por Eichengreen (2008). Esse processo de descolameno possibilia uma elevação da produção de bens de maior coneúdo ecnológico com desino aos países desenvolvidos. Iso ocorre porque a demanda inerna de países em desenvolvimeno ende a ser direcionada, principalmene, para bens de baixo valor agregado e reduzido coneúdo ecnológico como conseqüência do baixo nível de renda média da população. A segunda via, ambém desacada por Eichengreen (2008), é que o aumeno da ofera de bens para a economia mundial não em efeios significaivos nos preços devido ao amanho do mercado mundial em relação à economia domésica. Ou seja, um crescimeno dos bens exporados não eria impacos negaivos relevanes sobre seus respecivos níveis de preço. Uma erceira e mais imporane de odas as vias seria o esímulo ao crescimeno decorrene do bom desempenho do seor exporador porque ese possui maiores ganhos de produividade proveniene do processo de absorção de ecnologia do reso do mundo, além do seu maior poencial de learning by doing quando se compara com os demais seores da economia (EICHENGREEN, 2008).

7 2.2.2 Câmbio e exporações Se o desempenho das exporações é ão imporane para explicar a axa de crescimeno de uma economia, deveríamos buscar quais os elemenos que deerminam seu comporameno. Uma das variáveis mais relevanes é a axa de câmbio real. Por isso, essa variável esá no cenro das discussões em qualquer modelo que rae do crescimeno puxado ou dependene das exporações. Considerando que a condição de Marshall-Lerner 2 seja saisfeia, depreciações reais da axa de câmbio levam a uma melhora no desempenho das exporações líquidas. Vários esudos empíricos mosram que essa condição é saisfeia. Podemos ciar alguns esudos que mosram essa relação como Krugman e Baldwin (1987) para a economia nore-americana, Gupa-Kapoor e Ramakrishnan (1999) para a economia japonesa, Boyd, Caporale e Smih (2001) para os países da OCDE, Onafowora (2003) para os países do lese asiáico, além de Gomes e Lourenço (2005) para a economia brasileira. Desse modo, as evidências empíricas sugerem que exise uma relação relevane enre depreciação real da axa de câmbio e melhora nas exporações líquidas Câmbio e crescimeno Esse ipo de esímulo às exporações (depreciação cambial) é ainda mais imporane em países em desenvolvimeno, de acordo com Rodrick (2008). O auor ressala que o seor de bens comercializáveis sofre relaivamene mais com o fraco arcabouço insiucional e com as falhas de mercado exisenes nesse grupo de países. Assim, uma maneira de amenizar esses problemas seria a adoção de uma políica de depreciação da axa de câmbio real de forma a esimular o invesimeno no seor de bens comercializáveis. Ouro pono relevane é que uma axa real de câmbio depreciada ou desvalorizada pode ser uilizada como um incenivo para a alocação de recursos para o seor de manufaura ou para a indúsria em derimeno dos bens não comercializáveis e das commodiies, de acordo com Eichengreen (2008). Assim, pelos argumenos aponados acima, a axa de câmbio é um preço chave não só na deerminação do desempenho das exporações, como ambém para o desenvolvimeno do seor de manufaurados. A depreciação cambial ambém eleva o nível de poupança e invesimenos de forma a esimular o processo de acumulação de capial, de acordo com Bresser- Pereira (2004). Segundo o auor, uma axa de câmbio compeiiva maném os salários reais em níveis baixos, assim como o consumo. Por ouro lado, o câmbio depreciado provoca oporunidades de obenção de lucros para as empresas do seor exporador, o que acaba promovendo uma elevação nos invesimenos. 2 Se a condição de Marshall-Lerner é saisfeia, uma depreciação real da moeda domésica conduz a uma elevação nas exporações líquidas, ou seja, melhora o saldo da balança comercial ano pelo esímulo às exporações quano pela reração das imporações. No enano, essa condição não é saisfeia no curo prazo, pois o efeio sobre os preços acaba sendo maior do que sobre as quanidades. Ou seja, após uma depreciação cambial real, as exporações líquidas endem a piorar para depois apresenarem uma melhora. Esse fenômeno é conhecido como Curva J. Veja, por exemplo, Boyd, Caporale e Smih (2001).

8 2.2.4 Algumas evidências empíricas De fao, alguns esudos aponam que variações na axa de câmbio foram essenciais no desempenho econômico de alguns países. Por exemplo, Sachs (1985) mosra que a esraégia de depreciação cambial adoada pelos países do Lese Asiáico foi um elemeno chave para explicar o melhor desempenho deses na crise dos anos 80 em relação aos países da América Laina. Segundo Sachs (1985), enquano eses buscavam um crescimeno econômico via subsiuição de imporações anes da grande mudança no cenário inernacional que provocou a crise da dívida exerna nos mesmos, os países asiáicos vinham de um processo de crescimeno liderado pelas exporações com a manuenção de axas reais de câmbio depreciadas. Carvalho e Lima (2009) ambém mosram a imporância do câmbio real para explicar a lena recuperação da economia brasileira da crise dos anos 80. As evidências desse esudo dão supore à idéia de que a valorização do câmbio real, enre 1982 e 1993, fez com que a axa de crescimeno da economia brasileira com equilíbrio do balanço de pagamenos fosse ainda mais baixa. Ao esender o período de análise do esudo realizado por Sachs (1985), Gala (2007) apresena evidências de que a axa de câmbio foi essencial para explicar o diferencial de crescimeno enre os dois grupos de países acima ciados, no período O auor mosra que ocorreram consideravelmene mais ciclos de apreciação da axa de câmbio nos países laino-americanos. Em suas palavras: Esendendo a análise de Sachs (1985), a hisória aqui apresenada parece se resumir a uma endência recorrene de ciclos de sobrevalorização na América Laina e subvalorização na Ásia, especialmene após o final dos anos Enquano os primeiros passaram por vários ciclos de sobrevalorização cambial, com o já conhecido populismo econômico dos anos 1970 e 1980 e com os planos de esabilização dos anos 1990, os países asiáicos concenraram-se na sua esraégia de expor-led growh com esímulo permanene ao seor exporador, eviando fores apreciações cambiais... Nesse senido, a esraégia de indusrialização com promoção de exporações (EPI) do Lese e Sudese Asiáico provou-se muio mais eficaz do que a esraégia de subsiuição de imporações laino-americana (ISI). (GALA, 2007, p. 86) Uilizando uma série de 184 países para o período , Rodrick (2008) apresena evidências de que a manuenção da axa de câmbio real em níveis compeiivos é uma variável deerminane no crescimeno de algumas economias em desenvolvimeno. Ainda de acordo com os resulados, o mesmo não seria válido para o grupo de países desenvolvidos. Esses resulados dão supore ao argumeno do auor de que o seor de bens comercializáveis dos países em desenvolvimeno sofre proporcionalmene mais com a fragilidade das insiuições e com as falhas de mercado em relação ao seor de bens não comercializáveis. Em um esudo para analisar se o processo de fluxo de capiais de países desenvolvidos para países em desenvolvimeno prejudicaram seus respecivos

9 processos de crescimeno, Prasad, Rajan e Subramanian (2007) enconram evidências de que aqueles países com manuenção de superávi na cona de ransações correnes experimenaram axas mais alas de crescimeno. Ou seja, a esraégia de crescimeno sem grande ou nenhuma dependência de poupança exerna foi a que apresenou maior sucesso. Os auores consideraram, na análise empírica, o período para 59 países em desenvolvimeno 3, além de China e Índia. Dividindo os países em grupos de acordo com o crescimeno econômico, eles enconraram que os países que mais cresceram foram aqueles que obiveram menores enradas líquidas de capiais. O país que apresenou maior crescimeno foi um exporador líquido de capial, a China. Isso ocorreu, parcialmene, porque aqueles que basearam suas esraégias de crescimeno em poupança exerna apresenaram longos períodos de apreciação da axa real de câmbio. De uma forma geral, os esudos empíricos aponam para a imporância de uma axa de câmbio compeiiva para esimular as exporações de uma economia. Adicionalmene, um bom desempenho do seor exporador acaba endo impacos posiivos sobre a axa de crescimeno econômico pelos moivos aponados aneriormene, pelo menos para países em desenvolvimeno. Cabe ressalar, ainda, que um crescimeno com dependência de poupança exerna, ou seja, que araia uma grande quanidade de fluxos de capiais, além de causar problemas de apreciação cambial, leva a um fluxo de pagamenos de juros e remessa de lucros ao exerior via balança de serviços, em períodos fuuros, de forma a reduzir a axa de crescimeno com equilíbrio nas conas exernas, de acordo com o modelo de Thirlwall e com as evidências apresenadas por Ferreira e Canuo (2003), para o Brasil. Concluindo a seção, de acordo com os argumenos apresenados, uma axa de câmbio compeiiva esimula as exporações líquidas de forma a relaxar a resrição exerna, proporcionando a uma deerminada economia alcançar axas mais elevadas de crescimeno econômico. Uma axa de câmbio compeiiva ambém inceniva a alocação de recursos para o seor de manufaura em derimeno dos bens não comercializáveis e das commodiies, esimula o invesimeno em seores mais dinâmicos e compensa, parcialmene, o fraco arcabouço insiucional e as falhas de mercado exisenes em maior quanidade nos países em desenvolvimeno. O bom desempenho do seor exporador ainda age no senido de possibiliar uma elevação da produção de bens de maior coneúdo ecnológico, não gera impacos significaivos em seus preços e esimula ganhos de produividade proveniene do processo de absorção de ecnologia do reso do mundo e do maior processo de learning by doing quando se compara com os demais seores da economia Desempenho das exporações, axa de câmbio e mudança esruural 3 Ou não indusriais, sendo ese o ermo uilizado pelos auores.

10 Como enfaizado aneriormene, um bom desempenho do seor exporador pode levar a recorrenes superávis em cona correne de forma a apreciar a axa de câmbio por um considerável período de empo, afeando ambém o crescimeno na medida em que essa apreciação leva a uma mudança na paua de exporação e na esruura produiva de uma deerminada economia. O seor exporador reflee quais os seores da economia são mais compeiivos. Desse modo, mudanças em sua composição causam alerações em sua esruura produiva, provocando mudanças em seu desempenho dependendo do grau de dinamismo e encadeameno dos segmenos que esão perdendo e dos que esão ganhando paricipação. Isso jusifica a preocupação de muios analisas econômicos com as mudanças esruurais pela qual a economia brasileira vem passando, com perda de paricipação relaiva de seores mais dinâmicos como a indúsria no PIB e no emprego, principalmene a parir de meados dos anos 80. Alguns exemplos são os esudos realizados por Meyer e Paula (2009), Marconi (2008), Cruz e al. (2007), Scaolin e al. (2007), Palma (2005), Feijo, Carvalho e Almeida (2005) e Bresser e Nakano (2003). Observando a série do PIB da economia, do PIB indusrial (com os valores no eixo esquerdo da Figura 1) e da proporção enre as duas (com os valores no eixo direio da Figura 1), enre 1948 e 2007, fica evidene que o dinamismo do seor indusrial ficou próximo, mas acima, do desempenho da economia brasileira aé meados dos anos 80. Do início da série aé 1985 (pico de 48%), a indúsria ganhou paricipação no PIB. A parir desse momeno, o processo se invereu. Ou seja, com o crescimeno da economia, a elevação do PIB indusrial ocorreu a axas mais elevadas aé 1985 e, a parir do momeno em que a economia enrou em um processo de baixo crescimeno, o desempenho da indúsria foi ainda pior. FIGURA 1 PIB A PREÇOS CONSTANTES, PIB DA INDÚSTRIA A PREÇOS CONSTANTES E PIB INDUSTRIAL COMO PORCENTAGEM DO PIB

11 PIB PIB - indúsria PIB - indúsria (% PIB) Fone: Elaboração Própria a parir de dados do IBGE/SCN Noas: os PIBs da economia e da indúsria foram normalizados para que os valores em 1948 fossem igual a 100 (1948 = 100). De um lado, emos o bom desempenho da economia brasileira concomiane ao elevado crescimeno do seor indusrial. De ouro, a queda na axa de crescimeno do PIB associada a uma desaceleração do crescimeno indusrial, após meados de Assim, o comporameno dessas duas séries reforça a crença de que o seor indusrial é um dos moores do crescimeno da economia brasileira. Os argumenos eóricos da imporância da indúsria sobre o crescimeno foram apresenados por Kaldor (1957) e Hirschman (1958). O primeiro auor ressala que a realização de invesimenos na indúsria leva a uma melhora do nível de ecnologia. Isso aconece porque, em muios casos, há uma inovação ecnológica incorporada nas novas máquinas e equipamenos e esse fenômeno é ainda mais imporane no seor indusrial 4. O auor enfaiza ainda a imporância das economias de escala dinâmicas geradas nese. Assim, segundo Kaldor (1957), quano maior a axa de crescimeno da produção do seor indusrial, maior ambém será a axa de crescimeno da sua produividade. Hirschman (1958) apona a imporância das maiores exernalidades posiivas dos invesimenos indusriais e dos efeios de encadeameno. No caso da economia brasileira, Chagas (2004 ciado por Silva e Silveira Neo, 2007), em um esudo para os municípios paulisas, enconra evidências que susenam os argumenos eóricos de Murphy, Shleifer e Vishny (1989), ou seja, de exisência:...de reornos crescenes de escala para seores radicionalmene mais dinâmicos, ais como indúsrias, consrução civil, ranspore e comunicação, serviços ecnológicos e ouras 4 Keller (2004) enfaiza que al efeio é amplificado em economias aberas, pois o comércio inernacional disponibiliza bens que incorporam conhecimeno exerno, fornecendo ecnologia que, de ouro modo, não esaria disponível ou que seria muio mais cusosa para ser obida.

12 aividades. Ao passo que, reornos consanes esão presenes nos seores radicionalmene idos como arasados, ais quais a agropecuária, presação de serviços e adminisração. (p. 2). Efeios posiivos no crescimeno dos esados brasileiros, no período de 1994 a 2002, provenienes de efeios de encadeameno para frene e para rás gerados pela indúsria foram enconrados por Silva e Silveira Neo (2007). Feijó, Carvalho e Rodriguez (2003) aponam ainda para a imporância que a indúsria em no processo de inovação e conseqüenemene no aumeno de produividade. Em um esudo sobre a indúsria brasileira, no período de , eles chegaram à conclusão de que o aumeno da concenração indusrial levou a um aumeno da produividade do seor aravés do esímulo à geração de inovações. Assim, as evidências disponíveis do papel da esruura na economia brasileira, sobreudo do efeio do crescimeno da indúsria no crescimeno do PIB, sugerem a exisência de imporanes efeios de encadeameno da indúsria com ela mesma e com ouros seores, da exisência de reornos crescenes de escala, além do maior poencial de inovações nese quando se compara com os demais seores da economia. Ou seja, as evidências sugerem que a esruura produiva da economia brasileira é um elemeno relevane no seu desempenho. Em relação às evidências empíricas do processo de mudança esruural da economia brasileira, a Federação das Indúsrias do Rio Grande do Sul (FIERGS, 2006) apresena resulados que ornam evidene a significaiva queda da paricipação do emprego na indúsria de ransformação no oal da economia a parir dos anos 90, saindo de um paamar de 23,55%, em 1990, para 18,33%, em Segundo esse esudo, no período , a principal mudança na paricipação relaiva de cada segmeno da indúsria foi devido à valorização cambial. Nassif (2006) faz uma análise do impaco da aberura comercial e da valorização cambial na esruura de invesimenos realizados na indúsria brasileira e na composição de seu valor adicionado 5, no período O auor consaa a exisência de uma elevação da paricipação relaiva do segmeno baseado em recursos naurais nos invesimenos e no valor adicionado da indúsria brasileira, com redução ou esagnação nos demais. Desse modo, esses esudos apresenam evidências de que nos períodos em que a axa de câmbio real da economia brasileira permanece apreciada por períodos relaivamene longos de empo, ocorrem mudanças na esruura produiva brasileira que prejudicam seu crescimeno de longo prazo. 3. Relações enre as variáveis 5 Nassif (2006) faz uma classificação dos seores indusriais com ecnologia baseada em: 1) recursos naurais; 2) rabalho; 3) escala; 4) diferenciação; e 5) ciência.

13 A primeira relação que raaremos é daquela exisene enre crescimeno econômico e saldo da cona correne. De acordo com essa eoria exise uma relação que poderia ser expressa como: Bom desempenho do seor exporador melhora no saldo da cona correne elevação da axa de crescimeno econômico. Essa elevação na axa de crescimeno eria que ocorrer via elevação dos invesimenos em capial físico, humano e/ou de elevações do nível ecnológico, considerando que o nível de capacidade ociosa não é relevane para explicar a axa de crescimeno em períodos mais longos de empo. Ou seja, quano melhor o desempenho das exporações, maior a axa de crescimeno que o país pode alcançar devido ao relaxameno da resrição exerna, além dos ouros efeios enfaizados nas seções aneriores. Essa relação não chega a ser uma função de crescimeno, mas uma resrição ao poencial de crescimeno econômico de uma deerminada economia. Por exemplo, um país que enha alcançado uma elevada axa de crescimeno de suas exporações com superávis recorrenes na cona correne não irá, necessariamene, experimenar uma elevação na axa de crescimeno caso exisa oura resrição que limie a acumulação de faores de produção. Como já ressalado, um bom desempenho do seor exporador que leve a sisemáicos superávis na cona correne pode desencadear um processo de apreciação cambial, com impacos na paua de exporação e na esruura produiva da economia. A mudança esruural causada pela apreciação, por sua vez, eria impacos no dinamismo da economia. As relações ciadas acima poderiam ser expressas da seguine forma: Enrada de divisas via cona capial ou devido ao bom desempenho do seor exporador apreciação cambial mudança na paua de exporações de forma a beneficiar os seores menos dependenes de compeição via preços e daqueles que experimenaram elevação da demanda exerna alerações nos invesimenos do diferenes seores favorecendo aqueles que experimenaram uma elevação da demanda exerna e dos bens não comercializáveis mudança esruural da economia alerações em sua dinâmica, sendo que esas podem ser posiivas ou negaivas, dependendo dos seores beneficiados e prejudicados. No enano, como uma apreciação cambial ende a prejudicar mais o seor de bens comercializáveis (como os bens indusrializados) em relação aos não comercializáveis (como o comércio e os serviços), é provável que esse ipo de mudança esruural não seja benéfico para a dinâmica da economia. No presene esudo, faremos uma análise da relação enre variações da axa de câmbio real, exporações de produos básicos, semi-manufaurados e manufaurados, e a esruura da economia. No enano, como aponado acima, o mecanismo de ransmissão de variações no câmbio para mudanças esruurais é bem mais complexo. 4. Modelo Teórico

14 Seguindo o modelo desenvolvido por Thirlwall e Hussain (1982), com a inclusão de fluxos de capiais, nele se começa com a suposição de equilíbrio no BP (e possível desequilíbrio na balança de ransações correnes F 0) medido em unidades de moeda domésica: (1) P d, X + F = Pf, M E em que X represena o volume de exporações, F o valor nominal do fluxo de capiais em moeda domésica, P d o preço das exporações, em moeda domésica, M a quanidade de imporações, P f o preço das imporações, em moeda esrangeira, E a axa de câmbio nominal (preço domésico da moeda esrangeira) e o subscrio represena o período em quesão. Transformando em axas de crescimeno obemos: θ p, + x + 1 θ f = p, + m + e (2) ( d ) ( ) f em que as leras minúsculas represenam as axas de crescimeno das variáveis, θ e (1 - θ) são as parcelas das exporações e dos fluxos de capiais no oal da receia obidas pelo seor exerno, ou seja, qual a parcela do oal de imporações é paga pelas exporações e qual é pela enrada de capiais. A quanidade demandada de imporações pode ser especificada como uma função muliplicaiva dos preços das imporações (medidas em unidades moneárias domésicas), dos preços dos seus subsiuos e da renda domésica: (3) M Pf, E = α Pd, ϕ Y π em que α é uma consane, ϕ é a elasicidade-preço da demanda por imporações (ϕ < 0), Y é a renda domésica e π é a elasicidade-renda da demanda por imporações (π > 0). Em axas de crescimeno emos: m ϕ p + e p + πy =, (4) ( f, d ) A quanidade demandada de exporações ambém pode ser represenada por uma função muliplicaiva dos preços das exporações, do preço das mercadorias que compeem com as exporações (medidas em unidades de moeda domésica) e do nível da renda mundial:

15 (5) X Pd, = β Pf, E η Z ε em que β é uma consane, η é a elasicidade-preço da demanda por exporações (η < 0), Z é a renda mundial e ε é a elasicidade-renda da demanda por exporações (ε > 0). Transformando em axas de crescimeno, emos: (6) x = η ( pd, p f, e ) + εz Subsiuindo as equações (4) e (6) em (2) e isolando y do lado esquerdo da equação, enconramos: ( θη + ϕ + 1)( pd, p f, e ) + θεz + ( 1 θ )( f pd, ) (7) yb, = π Nessa equação, a nossa variável dependene (y b ) é a axa de crescimeno com equilíbrio no BP. Vale ressalar que a equação (7) é sempre saisfeia, pois o país só pode crescer a axas mais elevadas do que aquela que maném a cona de ransações correne em equilíbrio caso ocorra uma enrada posiiva de recursos exernos via cona capial. No enano, quando ocorrer uma reversão desses fluxos, o país erá que crescer a uma axa inferior em relação àquela que equilibra o saldo das ransações correnes 6. Ainda na equação (7), noamos que a axa de crescimeno de uma economia depende da axa de variação da axa real de câmbio, da axa de crescimeno real do reso do mundo e da axa de variação do saldo do fluxo real de capiais. Considerando, nesse momeno, o modelo de crescimeno neoclássico, uma possível função de produção seria: α β 1 α β (8) Y = K H ( AL) em que Y é o nível de renda, K é o nível de capial físico, H é o nível de capial humano, A é o nível de ecnologia e L é a quanidade do faor rabalho usado no processo de produção. Novamene, o subscrio se refere ao empo. Adicionalmene, α, β, e 1 α β são as parcelas de cada um dos faores na 6 A equação (7) não precisa ser saisfeia no curo prazo viso a possibilidade de ocorrência de variações no nível de reservas.

16 renda 7. Derivando a equação (8) em relação ao empo e ransformando as variáveis em axa de crescimeno, obemos: y = αk + βh + 1 α β a + 1 α β l (9) ( ) ( ) Pela equação (9), noamos que o crescimeno da renda só é possível caso ocorra uma elevação em pelo menos um dos faores de produção da economia (capial físico, capial humano, rabalho ou ecnologia). Igualando as equações (7) e (9), chega-se a: αk (10) + βh + ( 1 α β ) a + ( 1 α β ) l = ( θη + ϕ + 1)( p p e ) + θεz + ( θ )( f p ) d, f, 1 π d, Pela equação (10), noamos que a acumulação de faores de uma deerminada economia depende do resulado do BP da mesma. Noamos ainda que a cona exerna é, de fao, uma resrição ao crescimeno, pois ese (o crescimeno) depende da acumulação dos faores de produção. Oura observação que podemos fazer a parir dessa equação é que uma elevação da axa de crescimeno da acumulação de faores de produção depende de uma elevação na axa de enrada de fluxos de capiais, manendo udo o mais consane. À primeira visa, esse resulado é semelhane à radicional conclusão que se chega a parir das conas nacionais, onde os invesimenos de um país se igualam à poupança global (privada, do governo e exerna). Enreano, a equação (10) é muio mais complexa, pois odas as variáveis esão em axa de crescimeno e a resrição esá relacionada à axa de acumulação de qualquer um dos faores de produção da economia. Adicionalmene, a relação acima depende de ouros faores, como da variação da axa real de câmbio, da axa de crescimeno do reso do mundo, além das elasicidades renda das imporações e exporações. É preciso lembrar ainda que apesar do crescimeno com poupança exerna ser maior do que sem a uilização da mesma, quando os pagamenos dos juros e do principal forem realizados, a axa de crescimeno será menor. Pela equação (10), podemos afirmar ainda que uma elevação do crescimeno do reso do mundo, o que raz impacos posiivos nas exporações, favorece a acumulação de capial físico e humano, além de propiciar um crescimeno do nível de ecnologia. Essa relação se deve a uma resrição exerna menos rígida que, por sua vez, permie que ocorra acumulação dos faores de produção com o conseqüene aumeno da renda. Ouro pono relevane é que apesar de não esar explício na equação (10) 7 Na equação (8), fazemos a suposição de que a elevação do rabalho e dos dois ipos de capial razem um reorno consane de escala. No enano, esse não é, necessariamene, o caso. Para uma discussão volada para o faor de produção capial humano, ver Dias, Dias e Lima (2009).

17 que a elevação dos invesimenos baseados em exporações é mais sólida do que aquela via cona capial, podemos chegar a essa conclusão de acordo com os argumenos apresenados aneriormene. Isolando os faores de produção capial físico e, poseriormene, capial humano do lado esquerdo da equação (10), enconramos. (11) θη + ϕ + 1 θε 1 θ β 1 α β 1 α β k = pd, p f, e + z + f pd, h l πα πα πα α α α ( ) ( ) a h (12) θη + ϕ + 1 = πβ θε 1 θ α 1 α β 1 α β ( pd, p f, e ) + z + ( f pd, ) h l a πβ πβ β β β Pelas equações (11) e (12) não esamos afirmando que exisa uma relação de causalidade enre os faores de produção. Só esamos colocando esses faores do lado direio das equações para isolar o efeio da resrição exerna sobre a axa de variação do capial físico, de acordo com a equação (11), e do capial humano, na equação (12). Quando não se inroduz a axa de variação da ecnologia de forma explícia, ela represena o resíduo em cada uma das equações acima. As equações (11) e (12) formalizam, enão, a primeira série de relações enre desempenho do seor exerno, acumulação de faores de produção e crescimeno da renda desacada na seção anerior. Em relação à segunda série de relações enre variações da axa de câmbio, mudança esruural e dinamismo econômico, não há modelos formais desenvolvidos. Assim, as relações enre as variáveis serão exploradas com base na eoria exposa aneriormene. 5. Meodologia e fone dos dados A análise da primeira pare é feia a parir de dados anuais para o período que vai de 1950 a A escolha desse período se deve à limiação dos dados de capial físico para períodos aneriores. Os dados do PIB da economia brasileira foram reirados do sie do IPEA, que fornece o PIB a preços consanes e em como fone original o IBGE. A variável uilizada para mensurar a variação dos rabalhadores é a população residene em 1º de julho, ambém do IBGE. Para mensurar o capial físico, foram uilizados os dados do esoque bruo oal de capial fixo reirados do sie do IPEA, sendo a fone original Morandi e Reis (2004). Para mensurar o capial humano, foi empregado o percenual de pessoas de 15 ou mais anos de idade que sabem ler e escrever um bilhee simples do IBGE, que é 1 (um) menos a axa de analfabeismo. Como os dados esão disponíveis apenas a cada dez anos, essa porcenagem foi esimada uilizando a função spine cúbica com o sofware Malab, enre os anos

18 censiários. O saldo da cona capial e financeira foi empregado para mensurar a enrada líquida de capiais e em como fone o Boleim do Banco Cenral do Brasil, assim como as exporações. Ambas as séries foram deflacionadas pelo Consumer Price Index (CPI) do US Bureau of Labor Saisics. Para enconrar a axa real de câmbio, além do CPI, fez-se o uso da axa média de câmbio de venda - R$ / US$ - comercial do boleim do Banco Cenral do Brasil e do IPC da Fipe e da FGV. O IPC dessas duas insiuições foram somados e divididos por 2 (dois). Para mensurar o crescimeno do reso do mundo, o PIB a preço consanes dos Esados Unidos foi uilizado como proxy. A fone é o Bureau of Economic Accouns do US Deparmen of Commerce. Todas as variáveis esão em valores reais. A análise de regressão foi realizada com variáveis defasadas para conrolar para o problema de endogeneidade das variáveis explicaivas. Em algumas especificações foram enconrados problemas de não normalidade dos resíduos. O méodo uilizado para corrigir al problema foi o dos mínimos quadrados ieraivos com redisribuição de pesos (Ieraively Reweighed Leas Squares IRLS). Esse méodo consise em esimar a regressão pelo Méodo dos Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) e desconsiderar os valores residuais muio elevados. Poseriormene, o processo ieraivo começa com pesos aribuídos a cada resíduo de modo que os que possuem maiores valores recebam os menores pesos. O processo ieraivo ermina quando a maior variação de um peso para o ouro, na mudança de ieração, não ulrapassa um deerminado valor mínimo. Ouro problema grave enconrados em algumas especificações foi o de mulicolinearidade. Para minimizar o problema, uilizamos a variável exporações no lugar do PIB dos EUA. Em algumas esimações, essa subsiuição foi o suficiene para eliminar o problema, enquano que em ouras a correlação enre algumas variáveis explicaivas coninuou elevada, o que orna os resulados enconrados nesas menos confiáveis. Na segunda pare uilizamos dados da FUNCEX para as exporações de produos básicos, semi-manufaurados e manufaurados. Para a série de crescimeno do reso do mundo foi uilizada a média simples do crescimeno real do PIB dos Esados Unidos, do Japão e da Alemanha. Esses rês países foram uilizados por serem mais represenaivos do crescimeno do reso do mundo relevane para as exporações da economia brasileira. A base original é do FMI e os dados foram reirados do IPEADATA para o período do primeiro rimesre de 1980 aé o quaro de Os dados do PIB da China não foram inroduzidos por não esarem disponíveis. A Taxa de Câmbio Efeiva Real (TCER), do IPEA 8, é uilizada para avaliar os efeios do câmbio na esruura da economia. Essa variável foi uilizada porque reflee melhor o câmbio real da economia brasileira ao levar em cona diversos parceiros comerciais em seu cálculo, além de esar disponível no período de 8 A TCER é uma medida da compeiividade das exporações brasileiras calculada pela média ponderada do índice de paridade do poder de compra dos 16 maiores parceiros comerciais do Brasil. A paridade do poder de compra é definida pelo quociene enre a axa de câmbio nominal (em R$/unidade de moeda esrangeira) e a relação enre o Índice de Preço por Aacado (IPA) do pais em caso e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC/IBGE) do Brasil. As ponderações uilizadas são as paricipações de cada parceiro no oal das exporações brasileiras em (Sie do IPEA).

19 análise: A relação enre câmbio real, crescimeno do reso do mundo e exporações de produos básicos, semi-manufaurados e manufaurados foi feia aravés de modelos de esimação auo-regressão veorial (VAR). A vanagem dese é que não é preciso fazer nenhuma suposição de quais são as variáveis exógenas e endógenas da equação de regressão, sendo que as defasagens fornecem as informações necessárias. Também foi uilizada a base de dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Minisério do Trabalho e do Emprego (MTE) para mensurar o emprego nos diferenes segmenos da economia brasileira e suas variações, enre , período em que os dados esão disponíveis. A base não cona com o ano de 1989 devido à fala de colea dos dados para esse ano. A rajeória do emprego nos diferenes segmenos da economia brasileira é uilizada para mensurar as mudanças esruurais experimenadas por esa, no período em quesão. Esa úlima foi feia apenas com coeficienes de correlação devido ao amanho da amosra ser pequeno para a realização de análise de regressão. Assim, é uma primeira enaiva no senido de se er uma idéia enre a complexa relação das variáveis ciadas. 6. Resulados 6.1. Relações enre renda, faores de produção e resrição exerna Na Tabela 1, enconramos os resulados das esimações das equações (7) e (9). Todas as variáveis esão em logarimo naural e, porano, os coeficienes são inerpreados como elasicidades. A uilização do logarimo naural é porque ela facilia a inerpreação dos coeficienes esimados. Além disso, como os coeficienes represenam efeios de variações percenuais das variáveis explicaivas sobre a explicada, sua inerpreação fica mais próxima dos modelos apresenados em que as variáveis esão em axa, aproveiando a relação de longo prazo enre elas, o que não seria possível empregando axas. Todas as variáveis explicaivas esão defasadas em 1 (um) período, o que corresponde a 1 (um) ano, para minimizar problemas de endogeneidade das mesmas. Nas see primeiras colunas da Tabela 1 são apresenados os resulados esando a Lei de Thirlwall, enquano que nas quaro úlimas esão os resulados para o modelo neoclássico que, da forma em que é apresenado, seria mais adequado chamá-lo de modelo de ofera de faores de produção. Uilizamos as exporações como uma das variáveis explicaivas devido à ênfase dada na lieraura apresenada aneriormene, que ressala seu papel na deerminação do nível e crescimeno da renda em uma economia, e ambém por problemas de mulicolinearidade, como será viso adiane. Oura vanagem é que como uilizamos o crescimeno da economia nore-americana como proxy para o desempenho da economia mundial, as exporações refleem melhor os efeios do crescimeno mundial sobre as resrições exernas. De acordo com os resulados apresenados na Tabela 1, as quaro primeiras esimações mosram que cada uma das variáveis que relaxa a resrição exerna ao crescimeno é imporane para elevar o PIB brasileiro, enre 1950 e 2008, quando

20 consideradas de forma isolada. Ou seja, uma depreciação cambial de 1% eleva, em média, o PIB em 1,06%, enquano as mesmas variações na renda exerna, nas exporações e na enrada líquida de capiais êm efeios sobre o PIB de 1,47%, 0,78% e 0,82%, respecivamene. Todos os coeficienes se mosraram posiivos e significaivos ao nível de 1%. Ao esar a equação (7), com os resulados apresenados na quina coluna, percebemos que o crescimeno da economia mundial é essencial para dinamizar a economia brasileira. Oura variável relevane, mas em menor magniude, é a enrada líquida de capiais. A elevação do PIB da economia mundial em 1% em um impaco posiivo sobre o PIB da economia brasileira de 1,5%. Conrolando para esas duas, o efeio do câmbio se orna negaivo, embora seu efeio seja pequeno e significaivo apenas ao nível de 5%. Quando uilizamos o crescimeno das exporações no lugar do crescimeno da economia mundial, noamos que seu efeio é posiivo, sendo esa a única variável significaiva na explicação do desempenho do PIB brasileiro. Uma elevação de 1% nessa variável em um impaco posiivo sobre o PIB de 0,77%. Isso ocorre pela imporância das exporações em relaxar as resrições exernas além dos seus efeios desacados por Eichengreen (2008). Comparando os resulados apresenados na coluna (5) e (7), percebemos que são semelhanes. Ou seja, a inclusão da variável nível de exporações não alerou quase os resulados e seu coeficiene não é esaisicamene diferene de zero, indicando que o modelo mais adequado é quando se uiliza o logarimo naural da proxy para renda mundial. Como o Faor de Inflação da Variância (FIV) é baixo em odos os casos, podemos dizer que a não significância das exporações ocorre, de fao, porque a variável relevane para explicar o relaxameno das resrições exernas é o comporameno da renda mundial. Esa, por sua vez, alera as exporações. Considerando o modelo de ofera, apresenado nas quaro úlimas colunas, podemos verificar que as variáveis capial humano, capial físico e rabalho são relevanes para explicar variações na renda quando considerados isoladamene, ou seja, sem conrolar para ouras variáveis. Quando considerados os efeios dos rês faores simulaneamene, com os resulados apresenados na úlima coluna, o único faor significaivo para explicar variações no PIB é o capial físico. No enano, como podemos verificar pelo FIV, a elevada mulicolinearidade compromee a confiabilidade dos eses de hipóese. De qualquer forma, podemos verificar que essas variáveis são fundamenais para explicar variações no PIB da economia brasileira ano pelo coeficiene de deerminação quano pelo valor da esaísica F. TABELA 1 REGRESSÕES TESTANDO OS MODELOS DE THIRLWALL E NEOCLÁSSICO Variável dependene: ln do PIB Variávei (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) s MQO IRLS IRLS MQO MQO IRLS MQO MQO IRLS IRLS IRLS lne(n-1) (0.258) (0.072) (0.063) (0.072)

METODOLOGIA PROJEÇÃO DE DEMANDA POR TRANSPORTE AÉREO NO BRASIL

METODOLOGIA PROJEÇÃO DE DEMANDA POR TRANSPORTE AÉREO NO BRASIL METODOLOGIA PROJEÇÃO DE DEMANDA POR TRANSPORTE AÉREO NO BRASIL 1. Inrodução O presene documeno visa apresenar dealhes da meodologia uilizada nos desenvolvimenos de previsão de demanda aeroporuária no Brasil

Leia mais

O Fluxo de Caixa Livre para a Empresa e o Fluxo de Caixa Livre para os Sócios

O Fluxo de Caixa Livre para a Empresa e o Fluxo de Caixa Livre para os Sócios O Fluxo de Caixa Livre para a Empresa e o Fluxo de Caixa Livre para os Sócios! Principais diferenças! Como uilizar! Vanagens e desvanagens Francisco Cavalcane (francisco@fcavalcane.com.br) Sócio-Direor

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas UFPEL Departamento de Economia - DECON. Economia Ecológica. Professor Rodrigo Nobre Fernandez

Universidade Federal de Pelotas UFPEL Departamento de Economia - DECON. Economia Ecológica. Professor Rodrigo Nobre Fernandez Universidade Federal de Peloas UFPEL Deparameno de Economia - DECON Economia Ecológica Professor Rodrigo Nobre Fernandez Capíulo 6 Conabilidade Ambienal Nacional Peloas, 2010 6.1 Inrodução O lado moneário

Leia mais

Curso de preparação para a prova de matemática do ENEM Professor Renato Tião

Curso de preparação para a prova de matemática do ENEM Professor Renato Tião Porcenagem As quaro primeiras noções que devem ser assimiladas a respeio do assuno são: I. Que porcenagem é fração e fração é a pare sobre o odo. II. Que o símbolo % indica que o denominador desa fração

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas Departamento de Economia Contabilidade Social Professor Rodrigo Nobre Fernandez Lista de Exercícios I - Gabarito

Universidade Federal de Pelotas Departamento de Economia Contabilidade Social Professor Rodrigo Nobre Fernandez Lista de Exercícios I - Gabarito 1 Universidade Federal de Peloas Deparameno de Economia Conabilidade Social Professor Rodrigo Nobre Fernandez Lisa de Exercícios I - Gabario 1. Idenifique na lisa abaixo quais variáveis são e fluxo e quais

Leia mais

DEMANDA BRASILEIRA DE CANA DE AÇÚCAR, AÇÚCAR E ETANOL REVISITADA

DEMANDA BRASILEIRA DE CANA DE AÇÚCAR, AÇÚCAR E ETANOL REVISITADA XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Mauridade e desafios da Engenharia de Produção: compeiividade das empresas, condições de rabalho, meio ambiene. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de ouubro

Leia mais

exercício e o preço do ativo são iguais, é dito que a opção está no dinheiro (at-themoney).

exercício e o preço do ativo são iguais, é dito que a opção está no dinheiro (at-themoney). 4. Mercado de Opções O mercado de opções é um mercado no qual o iular (comprador) de uma opção em o direio de exercer a mesma, mas não a obrigação, mediane o pagameno de um prêmio ao lançador da opção

Leia mais

Equações Simultâneas. Aula 16. Gujarati, 2011 Capítulos 18 a 20 Wooldridge, 2011 Capítulo 16

Equações Simultâneas. Aula 16. Gujarati, 2011 Capítulos 18 a 20 Wooldridge, 2011 Capítulo 16 Equações Simulâneas Aula 16 Gujarai, 011 Capíulos 18 a 0 Wooldridge, 011 Capíulo 16 Inrodução Durane boa pare do desenvolvimeno dos coneúdos desa disciplina, nós nos preocupamos apenas com modelos de regressão

Leia mais

Função definida por várias sentenças

Função definida por várias sentenças Ese caderno didáico em por objeivo o esudo de função definida por várias senenças. Nese maerial você erá disponível: Uma siuação que descreve várias senenças maemáicas que compõem a função. Diversas aividades

Leia mais

Valor do Trabalho Realizado 16.

Valor do Trabalho Realizado 16. Anonio Vicorino Avila Anonio Edésio Jungles Planejameno e Conrole de Obras 16.2 Definições. 16.1 Objeivo. Valor do Trabalho Realizado 16. Parindo do conceio de Curva S, foi desenvolvida pelo Deparameno

Leia mais

Variabilidade e pass-through da taxa de câmbio: o caso do Brasil

Variabilidade e pass-through da taxa de câmbio: o caso do Brasil Variabilidade e pass-hrough da axa de câmbio: o caso do Brasil André Minella Banco Cenral do Brasil VI Seminário de Meas para a Inflação Agoso 005 Disclaimer: Esa apresenação é de responsabilidade do auor,

Leia mais

12 Integral Indefinida

12 Integral Indefinida Inegral Indefinida Em muios problemas, a derivada de uma função é conhecida e o objeivo é enconrar a própria função. Por eemplo, se a aa de crescimeno de uma deerminada população é conhecida, pode-se desejar

Leia mais

Boom nas vendas de autoveículos via crédito farto, preços baixos e confiança em alta: o caso de um ciclo?

Boom nas vendas de autoveículos via crédito farto, preços baixos e confiança em alta: o caso de um ciclo? Boom nas vendas de auoveículos via crédio faro, preços baixos e confiança em ala: o caso de um ciclo? Fábio Auguso Reis Gomes * Fabio Maciel Ramos ** RESUMO - A proposa dese rabalho é conribuir para o

Leia mais

VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA. Antônio Carlos de Araújo

VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA. Antônio Carlos de Araújo 1 VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA Anônio Carlos de Araújo CPF: 003.261.865-49 Cenro de Pesquisas do Cacau CEPLAC/CEPEC Faculdade de Tecnologia

Leia mais

2 Fluxos de capitais, integração financeira e crescimento econômico.

2 Fluxos de capitais, integração financeira e crescimento econômico. 2 Fluxos de capiais, inegração financeira e crescimeno econômico. O objeivo dese capíulo é apresenar em dealhes as variáveis fundamenais enconradas na lieraura que deerminam o crescimeno de longo prazo

Leia mais

4 Cenários de estresse

4 Cenários de estresse 4 Cenários de esresse Os cenários de esresse são simulações para avaliar a adequação de capial ao limie de Basiléia numa deerminada daa. Sua finalidade é medir a capacidade de o PR das insiuições bancárias

Leia mais

Centro Federal de EducaçãoTecnológica 28/11/2012

Centro Federal de EducaçãoTecnológica 28/11/2012 Análise da Dinâmica da Volailidade dos Preços a visa do Café Arábica: Aplicação dos Modelos Heeroscedásicos Carlos Albero Gonçalves da Silva Luciano Moraes Cenro Federal de EducaçãoTecnológica 8//0 Objevos

Leia mais

Taxa de Câmbio e Taxa de Juros no Brasil, Chile e México

Taxa de Câmbio e Taxa de Juros no Brasil, Chile e México Taxa de Câmbio e Taxa de Juros no Brasil, Chile e México A axa de câmbio consiui variável fundamenal em economias aberas, pois represena imporane componene do preço relaivo de bens, serviços e aivos, ou

Leia mais

2 Relação entre câmbio real e preços de commodities

2 Relação entre câmbio real e preços de commodities 18 2 Relação enre câmbio real e preços de commodiies Na exensa lieraura sobre o cálculo da axa de câmbio de longo prazo, grande pare dos modelos economéricos esimados incluem os ermos de roca como um dos

Leia mais

CAPÍTULO 9. y(t). y Medidor. Figura 9.1: Controlador Analógico

CAPÍTULO 9. y(t). y Medidor. Figura 9.1: Controlador Analógico 146 CAPÍULO 9 Inrodução ao Conrole Discreo 9.1 Inrodução Os sisemas de conrole esudados aé ese pono envolvem conroladores analógicos, que produzem sinais de conrole conínuos no empo a parir de sinais da

Leia mais

Thirlwall ou Solow? Uma análise para a economia brasileira entre 1947 e 2008 *1

Thirlwall ou Solow? Uma análise para a economia brasileira entre 1947 e 2008 *1 Thirlwall ou Solow? Uma análise para a economia brasileira enre 1947 e 2008 *1 Luciano Nakabashi ** 2 Resumo Algumas evidências e eorias aponam para a exisência de uma relação enre crescimeno econômico

Leia mais

Economia e Finanças Públicas Aula T21. Bibliografia. Conceitos a reter. Livro EFP, Cap. 14 e Cap. 15.

Economia e Finanças Públicas Aula T21. Bibliografia. Conceitos a reter. Livro EFP, Cap. 14 e Cap. 15. Economia e Finanças Públicas Aula T21 6.3 Resrição Orçamenal, Dívida Pública e Susenabilidade 6.3.1 A resrição orçamenal e as necessidades de financiameno 6.3.2. A divida pública 6.3.3 A susenabilidade

Leia mais

TOMADA DE DECISÃO EM FUTUROS AGROPECUÁRIOS COM MODELOS DE PREVISÃO DE SÉRIES TEMPORAIS

TOMADA DE DECISÃO EM FUTUROS AGROPECUÁRIOS COM MODELOS DE PREVISÃO DE SÉRIES TEMPORAIS ARTIGO: TOMADA DE DECISÃO EM FUTUROS AGROPECUÁRIOS COM MODELOS DE PREVISÃO DE SÉRIES TEMPORAIS REVISTA: RAE-elerônica Revisa de Adminisração de Empresas FGV EASP/SP, v. 3, n. 1, Ar. 9, jan./jun. 2004 1

Leia mais

UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA DOS COMPONENTES QUE AFETAM O INVESTIMENTO PRIVADO NO BRASIL, FAZENDO-SE APLICAÇÃO DO TESTE DE RAIZ UNITÁRIA.

UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA DOS COMPONENTES QUE AFETAM O INVESTIMENTO PRIVADO NO BRASIL, FAZENDO-SE APLICAÇÃO DO TESTE DE RAIZ UNITÁRIA. UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA DOS COMPONENTES QUE AFETAM O INVESTIMENTO PRIVADO NO BRASIL, FAZENDO-SE APLICAÇÃO DO TESTE DE RAIZ UNITÁRIA Área: ECONOMIA COELHO JUNIOR, Juarez da Silva PONTILI, Rosangela Maria

Leia mais

Pessoal Ocupado, Horas Trabalhadas, Jornada de Trabalho e Produtividade no Brasil

Pessoal Ocupado, Horas Trabalhadas, Jornada de Trabalho e Produtividade no Brasil Pessoal Ocupado, Horas Trabalhadas, Jornada de Trabalho e Produividade no Brasil Fernando de Holanda Barbosa Filho Samuel de Abreu Pessôa Resumo Esse arigo consrói uma série de horas rabalhadas para a

Leia mais

SISTEMA NACIONAL DE INOVAÇÃO EM UM MODELO COM RESTRIÇÃO EXTERNA

SISTEMA NACIONAL DE INOVAÇÃO EM UM MODELO COM RESTRIÇÃO EXTERNA SISTEMA NACIONAL DE INOVAÇÃO EM UM MODELO COM RESTRIÇÃO EXTERNA Resumo: Fabricio J. Missio Luciano F. Gabriel O objeivo do arigo é invesigar as iner-relações eóricas e empíricas enre crescimeno econômico,

Leia mais

Taxa de Juros e Desempenho da Agricultura Uma Análise Macroeconômica

Taxa de Juros e Desempenho da Agricultura Uma Análise Macroeconômica Taxa de Juros e Desempenho da Agriculura Uma Análise Macroeconômica Humbero Francisco Silva Spolador Geraldo San Ana de Camargo Barros Resumo: Ese rabalho em como obeivo mensurar os efeios das axas de

Leia mais

OS EFEITOS DO CRÉDITO RURAL E DA GERAÇÃO DE PATENTES SOBRE A PRODUÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA hfsspola@esalq.usp.br

OS EFEITOS DO CRÉDITO RURAL E DA GERAÇÃO DE PATENTES SOBRE A PRODUÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA hfsspola@esalq.usp.br OS EFEITOS DO CRÉDITO RURAL E DA GERAÇÃO DE PATENTES SOBRE A PRODUÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA hfsspola@esalq.usp.br Apresenação Oral-Ciência, Pesquisa e Transferência de Tecnologia HUMBERTO FRANCISCO SILVA

Leia mais

O impacto de requerimentos de capital na oferta de crédito bancário no Brasil

O impacto de requerimentos de capital na oferta de crédito bancário no Brasil O impaco de requerimenos de capial na ofera de crédio bancário no Brasil Denis Blum Rais e Silva Tendências Márcio I. Nakane Depep II Seminário Anual sobre Riscos, Esabilidade Financeira e Economia Bancária

Leia mais

1 Introdução. Onésio Assis Lobo 1 Waldemiro Alcântara da Silva Neto 2

1 Introdução. Onésio Assis Lobo 1 Waldemiro Alcântara da Silva Neto 2 Transmissão de preços enre o produor e varejo: evidências empíricas para o seor de carne bovina em Goiás Resumo: A economia goiana vem se desacado no conexo nacional. Seu PIB aingiu R$ 75 bilhões no ano

Leia mais

Modelo ARX para Previsão do Consumo de Energia Elétrica: Aplicação para o Caso Residencial no Brasil

Modelo ARX para Previsão do Consumo de Energia Elétrica: Aplicação para o Caso Residencial no Brasil Modelo ARX para Previsão do Consumo de Energia Elérica: Aplicação para o Caso Residencial no Brasil Resumo Ese rabalho propõe a aplicação do modelo ARX para projear o consumo residencial de energia elérica

Leia mais

A ELASTICIDADE-RENDA DO COMÉRCIO REGIONAL DE PRODUTOS MANUFATURADOS Marta R. Castilho 1 e Viviane Luporini 2

A ELASTICIDADE-RENDA DO COMÉRCIO REGIONAL DE PRODUTOS MANUFATURADOS Marta R. Castilho 1 e Viviane Luporini 2 A ELASTICIDADE-RENDA DO COMÉRCIO REGIONAL DE PRODUTOS MANUFATURADOS Mara R. Casilho 1 e Viviane Luporini 2 ANPEC 2009: ÁREA 6 RESUMO: O arigo apresena um esudo comparaivo das elaicidades-renda das exporações

Leia mais

José Ronaldo de Castro Souza Júnior RESTRIÇÕES AO CRESCIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL: UMA APLICAÇÃO DO MODELO DE TRÊS HIATOS (1970-2000)

José Ronaldo de Castro Souza Júnior RESTRIÇÕES AO CRESCIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL: UMA APLICAÇÃO DO MODELO DE TRÊS HIATOS (1970-2000) José Ronaldo de Casro Souza Júnior RESTRIÇÕES AO CRESCIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL: UMA APLICAÇÃO DO MODELO DE TRÊS HIATOS (1970-2000) Belo Horizone, MG UFMG/CEDEPLAR 2002 José Ronaldo de Casro Souza Júnior

Leia mais

Fatores de influência no preço do milho no Brasil

Fatores de influência no preço do milho no Brasil Faores de influência no preço do milho no Brasil Carlos Eduardo Caldarelli Professor adjuno da Universidade Esadual de Londrina UEL Mirian Rumenos Piedade Bacchi Professora associada do Deparameno de Economia,

Leia mais

Universidade Federal de Lavras

Universidade Federal de Lavras Universidade Federal de Lavras Deparameno de Ciências Exaas Prof. Daniel Furado Ferreira 8 a Lisa de Exercícios Disribuição de Amosragem 1) O empo de vida de uma lâmpada possui disribuição normal com média

Leia mais

Estudo comparativo de processo produtivo com esteira alimentadora em uma indústria de embalagens

Estudo comparativo de processo produtivo com esteira alimentadora em uma indústria de embalagens Esudo comparaivo de processo produivo com eseira alimenadora em uma indúsria de embalagens Ana Paula Aparecida Barboza (IMIH) anapbarboza@yahoo.com.br Leicia Neves de Almeida Gomes (IMIH) leyneves@homail.com

Leia mais

2. Referencial Teórico

2. Referencial Teórico 15 2. Referencial Teórico Se os mercados fossem eficienes e não houvesse imperfeições, iso é, se os mercados fossem eficienes na hora de difundir informações novas e fossem livres de impedimenos, índices

Leia mais

Uma avaliação da poupança em conta corrente do governo

Uma avaliação da poupança em conta corrente do governo Uma avaliação da poupança em cona correne do governo Manoel Carlos de Casro Pires * Inrodução O insrumeno de políica fiscal em vários ojeivos e não é surpreendene que, ao se deerminar uma mea de superávi

Leia mais

CHOQUES DE PRODUTIVIDADE E FLUXOS DE INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS PARA O BRASIL * Prof a Dr a Maria Helena Ambrosio Dias **

CHOQUES DE PRODUTIVIDADE E FLUXOS DE INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS PARA O BRASIL * Prof a Dr a Maria Helena Ambrosio Dias ** CHOQUES DE PRODUTIVIDADE E FLUXOS DE INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS PARA O BRASIL * Prof a Dr a Maria Helena Ambrosio Dias ** Resumo O inuio é invesigar como e em que grau um choque de produividade ocorrido

Leia mais

Análise econômica dos benefícios advindos do uso de cartões de crédito e débito. Outubro de 2012

Análise econômica dos benefícios advindos do uso de cartões de crédito e débito. Outubro de 2012 1 Análise econômica dos benefícios advindos do uso de carões de crédio e débio Ouubro de 2012 Inrodução 2 Premissas do Esudo: Maior uso de carões aumena a formalização da economia; e Maior uso de carões

Leia mais

Escola E.B. 2,3 / S do Pinheiro

Escola E.B. 2,3 / S do Pinheiro Escola E.B. 2,3 / S do Pinheiro Ciências Físico Químicas 9º ano Movimenos e Forças 1.º Período 1.º Unidade 2010 / 2011 Massa, Força Gravíica e Força de Ario 1 - A bordo de um vaivém espacial, segue um

Leia mais

UMA APLICAÇÃO DO TESTE DE RAIZ UNITÁRIA PARA DADOS EM SÉRIES TEMPORAIS DO CONSUMO AGREGADO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS

UMA APLICAÇÃO DO TESTE DE RAIZ UNITÁRIA PARA DADOS EM SÉRIES TEMPORAIS DO CONSUMO AGREGADO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS UMA APLICAÇÃO DO TESTE DE RAIZ UNITÁRIA PARA DADOS EM SÉRIES TEMPORAIS DO CONSUMO AGREGADO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS VIEIRA, Douglas Tadeu. TCC, Ciências Econômicas, Fecilcam, vieira.douglas@gmail.com PONTILI,

Leia mais

Luciano Jorge de Carvalho Junior. Rosemarie Bröker Bone. Eduardo Pontual Ribeiro. Universidade Federal do Rio de Janeiro

Luciano Jorge de Carvalho Junior. Rosemarie Bröker Bone. Eduardo Pontual Ribeiro. Universidade Federal do Rio de Janeiro Análise do preço e produção de peróleo sobre a lucraividade das empresas perolíferas Luciano Jorge de Carvalho Junior Rosemarie Bröker Bone Eduardo Ponual Ribeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro

Leia mais

Susan Schommer Risco de Crédito 1 RISCO DE CRÉDITO

Susan Schommer Risco de Crédito 1 RISCO DE CRÉDITO Susan Schommer Risco de Crédio 1 RISCO DE CRÉDITO Definição: Risco de crédio é o risco de defaul ou de reduções no valor de mercado causada por rocas na qualidade do crédio do emissor ou conrapare. Modelagem:

Leia mais

PREÇOS DE PRODUTO E INSUMO NO MERCADO DE LEITE: UM TESTE DE CAUSALIDADE

PREÇOS DE PRODUTO E INSUMO NO MERCADO DE LEITE: UM TESTE DE CAUSALIDADE PREÇOS DE PRODUTO E INSUMO NO MERCADO DE LEITE: UM TESTE DE CAUSALIDADE Luiz Carlos Takao Yamaguchi Pesquisador Embrapa Gado de Leie e Professor Adjuno da Faculdade de Economia do Insiuo Vianna Júnior.

Leia mais

EFEITO DA VARIAÇÃO DOS PREÇOS DA MANDIOCA EM ALAGOAS SOBRE O VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO 1

EFEITO DA VARIAÇÃO DOS PREÇOS DA MANDIOCA EM ALAGOAS SOBRE O VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO 1 ISSN 188-981X 18 18 EFEITO DA VARIAÇÃO DOS PREÇOS DA MANDIOCA EM ALAGOAS SOBRE O VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO 1 Effec of cassava price variaion in Alagoas over producion gross value Manuel Albero Guiérrez CUENCA

Leia mais

Câmbio de Equilíbrio

Câmbio de Equilíbrio Câmbio de Equilíbrio Seção 1 Meodologia do cálculo do câmbio...4 Seção 2 - Passivo Exerno... 11 Seção 3 Susenabilidade do Passivo Exerno... 15 Seção 4 - Esimaivas... 17 Seção 5 - Conclusão... 20 2 Inrodução

Leia mais

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO PESSOAL E HABITACIONAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS FATORES MACROECONÔMICOS NO PERÍODO PÓS-REAL RESUMO

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO PESSOAL E HABITACIONAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS FATORES MACROECONÔMICOS NO PERÍODO PÓS-REAL RESUMO 78 EVOLUÇÃO DO CRÉDITO PESSOAL E HABITACIONAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS FATORES MACROECONÔMICOS NO PERÍODO PÓS-REAL Pâmela Amado Trisão¹ Kelmara Mendes Vieira² Paulo Sergio Cerea³ Reisoli

Leia mais

ENGENHARIA ECONÔMICA AVANÇADA

ENGENHARIA ECONÔMICA AVANÇADA ENGENHARIA ECONÔMICA AVANÇADA TÓPICOS AVANÇADOS MATERIAL DE APOIO ÁLVARO GEHLEN DE LEÃO gehleao@pucrs.br 55 5 Avaliação Econômica de Projeos de Invesimeno Nas próximas seções serão apresenados os principais

Leia mais

ESTIMANDO O IMPACTO DO ESTOQUE DE CAPITAL PÚBLICO SOBRE O PIB PER CAPITA CONSIDERANDO UMA MUDANÇA ESTRUTURAL NA RELAÇÃO DE LONGO PRAZO

ESTIMANDO O IMPACTO DO ESTOQUE DE CAPITAL PÚBLICO SOBRE O PIB PER CAPITA CONSIDERANDO UMA MUDANÇA ESTRUTURAL NA RELAÇÃO DE LONGO PRAZO ESTIMANDO O IMPACTO DO ESTOQUE DE CAPITAL PÚBLICO SOBRE O PIB PER CAPITA CONSIDERANDO UMA MUDANÇA ESTRUTURAL NA RELAÇÃO DE LONGO PRAZO Área 5 - Crescimeno, Desenvolvimeno Econômico e Insiuições Classificação

Leia mais

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO ANÁLISE DO DESEMPENHO DA BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA ESTIMAÇÕES DAS ELASTICIDADES DAS FUNÇÕES DA

Leia mais

Guia de Recursos e Atividades

Guia de Recursos e Atividades Guia de Recursos e Aividades girls worldwide say World Associaion of Girl Guides and Girl Scous Associaion mondiale des Guides e des Eclaireuses Asociación Mundial de las Guías Scous Unir as Forças conra

Leia mais

APLICAÇÃO DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA MÉDIA MENSAL DA TAXA DE CÂMBIO DO REAL PARA O DÓLAR COMERCIAL DE COMPRA USANDO O MODELO DE HOLT

APLICAÇÃO DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA MÉDIA MENSAL DA TAXA DE CÂMBIO DO REAL PARA O DÓLAR COMERCIAL DE COMPRA USANDO O MODELO DE HOLT XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Mauridade e desafios da Engenharia de Produção: compeiividade das empresas, condições de rabalho, meio ambiene. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de ouubro

Leia mais

= + 3. h t t. h t t. h t t. h t t MATEMÁTICA

= + 3. h t t. h t t. h t t. h t t MATEMÁTICA MAEMÁICA 01 Um ourives possui uma esfera de ouro maciça que vai ser fundida para ser dividida em 8 (oio) esferas menores e de igual amanho. Seu objeivo é acondicionar cada esfera obida em uma caixa cúbica.

Leia mais

A Produtividade do Capital no Brasil de 1950 a 2002

A Produtividade do Capital no Brasil de 1950 a 2002 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Insiuo de Ciências Humanas Deparameno de Economia DOUTORADO EM ECONOMIA A Produividade do Capial no Brasil de 1950 a 2002 Aumara Feu Orienador: Prof. Maurício Baraa de Paula Pino

Leia mais

Uma revisão da dinâmica macroeconômica da dívida pública e dos testes de sustentabilidade da política fiscal.

Uma revisão da dinâmica macroeconômica da dívida pública e dos testes de sustentabilidade da política fiscal. IPES Texo para Discussão Publicação do Insiuo de Pesquisas Econômicas e Sociais Uma revisão da dinâmica macroeconômica da dívida pública e dos eses de susenabilidade da políica fiscal. Luís Anônio Sleimann

Leia mais

O IMPACTO DOS INVESTIMENTOS NO ESTADO DO CEARÁ NO PERÍODO DE 1970-2001

O IMPACTO DOS INVESTIMENTOS NO ESTADO DO CEARÁ NO PERÍODO DE 1970-2001 O IMPACTO DOS INVESTIMENTOS NO ESTADO DO CEARÁ NO PERÍODO DE 970-200 Ricardo Candéa Sá Barreo * Ahmad Saeed Khan ** SINOPSE Ese rabalho em como objeivo analisar o impaco dos invesimenos na economia cearense

Leia mais

Equações Diferenciais Ordinárias Lineares

Equações Diferenciais Ordinárias Lineares Equações Diferenciais Ordinárias Lineares 67 Noções gerais Equações diferenciais são equações que envolvem uma função incógnia e suas derivadas, além de variáveis independenes Aravés de equações diferenciais

Leia mais

Figura 1 Carga de um circuito RC série

Figura 1 Carga de um circuito RC série ASSOIAÇÃO EDUAIONAL DOM BOSO FAULDADE DE ENGENHAIA DE ESENDE ENGENHAIA ELÉTIA ELETÔNIA Disciplina: Laboraório de ircuios Eléricos orrene onínua 1. Objeivo Sempre que um capacior é carregado ou descarregado

Leia mais

3 O impacto de choques externos sobre a inflação e o produto dos países em desenvolvimento: o grau de abertura comercial importa?

3 O impacto de choques externos sobre a inflação e o produto dos países em desenvolvimento: o grau de abertura comercial importa? 3 O impaco de choques exernos sobre a inflação e o produo dos países em desenvolvimeno: o grau de aberura comercial impora? 3.1.Inrodução Todas as economias esão sujeias a choques exernos. Enreano, a presença

Leia mais

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise 4 O Papel das Reservas no Cuso da Crise Nese capíulo buscamos analisar empiricamene o papel das reservas em miigar o cuso da crise uma vez que esa ocorre. Acrediamos que o produo seja a variável ideal

Leia mais

Working Paper Impacto do investimento estrangeiro direto sobre renda, emprego, finanças públicas e balanço de pagamentos

Working Paper Impacto do investimento estrangeiro direto sobre renda, emprego, finanças públicas e balanço de pagamentos econsor www.econsor.eu Der Open-Access-Publikaionsserver der ZBW Leibniz-Informaionszenrum Wirscaf Te Open Access Publicaion Server of e ZBW Leibniz Informaion Cenre for Economics Gonçalves, Reinaldo Working

Leia mais

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO 1 Quesão: Um fao esilizado sobre a dinâmica do crescimeno econômico mundial é a ocorrência de divergências

Leia mais

Área Temática: 5. Economia Industrial, da ciência, tecnologia e inovação

Área Temática: 5. Economia Industrial, da ciência, tecnologia e inovação EVOLUÇÃO DO CRÉDITO INDUSTRIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE A PARTIR DE FATORES MACROECONÔMICOS Pâmela Amado Trisão Aluna do Programa de Pós-Graduação em Adminisração da Universidade Federal de Sana Maria- UFSM

Leia mais

EFEITOS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL SOBRE A PRODUTIVIDADE: A EVIDENCIA EMPIRICA PARA O NORDESTE BRASILEIRO UTILIZANDO VETORES AUTOREGRESSIVOS (VAR).

EFEITOS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL SOBRE A PRODUTIVIDADE: A EVIDENCIA EMPIRICA PARA O NORDESTE BRASILEIRO UTILIZANDO VETORES AUTOREGRESSIVOS (VAR). EFEITOS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL SOBRE A PRODUTIVIDADE: A EVIDENCIA EMPIRICA PARA O NORDESTE BRASILEIRO UTILIZANDO VETORES AUTOREGRESSIVOS (VAR). Jocildo Fernandes Bezerra 1 Professor do Deparameno de

Leia mais

Uma análise de indicadores de sustentabilidade fiscal para o Brasil. Tema: Ajuste Fiscal e Equilíbrio Macroeconômico

Uma análise de indicadores de sustentabilidade fiscal para o Brasil. Tema: Ajuste Fiscal e Equilíbrio Macroeconômico Uma análise de indicadores de susenabilidade fiscal para o rasil Tema: Ajuse Fiscal e Equilíbrio Macroeconômico . INTRODUÇÃO Parece pouco discuível nos dias de hoje o fao de que o crescimeno econômico

Leia mais

Ascensão e Queda do Desemprego no Brasil: 1998-2012

Ascensão e Queda do Desemprego no Brasil: 1998-2012 Ascensão e Queda do Desemprego no Brasil: 1998-2012 Fernando Siqueira dos Sanos Resumo: ese rabalho analisa a evolução do desemprego nos úlimos anos, com foco no período 1998 a 2012 devido à melhor disponibilidade

Leia mais

TRABALHO DE ECONOMIA:

TRABALHO DE ECONOMIA: UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - UEMG FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUIUTABA - FEIT INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA DE ITUIUTABA - ISEPI DIVINO EURÍPEDES GUIMARÃES DE OLIVEIRA TRABALHO DE ECONOMIA:

Leia mais

MACROECONOMIA I LEC 201

MACROECONOMIA I LEC 201 MACROECONOMIA I LEC 2 3.. Modelo Keynesiano Simples Ouubro 27, inesdrum@fep.up.p sandras@fep.up.p 3.. Modelo Keynesiano Simples No uro prazo, a Maroeonomia preoupa-se om as ausas e as uras dos ilos eonómios.

Leia mais

HIPÓTESE DE CONVERGÊNCIA: UMA ANÁLISE PARA A AMÉRICA LATINA E O LESTE ASIÁTICO ENTRE 1960 E 2000

HIPÓTESE DE CONVERGÊNCIA: UMA ANÁLISE PARA A AMÉRICA LATINA E O LESTE ASIÁTICO ENTRE 1960 E 2000 HIPÓTESE DE CONVERGÊNCIA: UMA ANÁLISE PARA A AMÉRICA LATINA E O LESTE ASIÁTICO ENTRE 1960 E 2000 Geovana Lorena Berussi (UnB) Lízia de Figueiredo (UFMG) Julho 2010 RESUMO Nesse arigo, invesigamos qual

Leia mais

OTIMIZAÇÃO ENERGÉTICA NA CETREL: DIAGNÓSTICO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE GANHOS

OTIMIZAÇÃO ENERGÉTICA NA CETREL: DIAGNÓSTICO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE GANHOS STC/ 08 17 à 22 de ouubro de 1999 Foz do Iguaçu Paraná - Brasil SESSÃO TÉCNICA ESPECIAL CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA (STC) OTIMIZAÇÃO ENERGÉTICA NA CETREL: DIAGNÓSTICO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE

Leia mais

Prof. Luiz Marcelo Chiesse da Silva DIODOS

Prof. Luiz Marcelo Chiesse da Silva DIODOS DODOS 1.JUÇÃO Os crisais semiconduores, ano do ipo como do ipo, não são bons conduores, mas ao ransferirmos energia a um deses ipos de crisal, uma pequena correne elérica aparece. A finalidade práica não

Leia mais

4. A procura do setor privado. 4. A procura do setor privado 4.1. Consumo 4.2. Investimento. Burda & Wyplosz, 5ª Edição, Capítulo 8

4. A procura do setor privado. 4. A procura do setor privado 4.1. Consumo 4.2. Investimento. Burda & Wyplosz, 5ª Edição, Capítulo 8 4. A procura do seor privado 4. A procura do seor privado 4.. Consumo 4.2. Invesimeno Burda & Wyplosz, 5ª Edição, Capíulo 8 4.2. Invesimeno - sock de capial óimo Conceios Inroduórios Capial - Bens de produção

Leia mais

Uma Análise Sobre a Sustentabilidade de Médio-Prazo da Dívida Pública Brasileiro Sob Condições de Risco (2008-2012)

Uma Análise Sobre a Sustentabilidade de Médio-Prazo da Dívida Pública Brasileiro Sob Condições de Risco (2008-2012) Uma Análise Sobre a Susenabilidade de Médio-Prazo da Dívida Pública Brasileiro Sob Condições de Risco (2008-202) Jaime Ferreira Dias * José Luis Oreiro ** Resumo: Ese arigo em por objeivo analisar a dinâmica

Leia mais

COMPORTAMENTO DO PREÇO NO COMPLEXO SOJA: UMA ANÁLISE DE COINTEGRAÇÃO E DE CAUSALIDADE

COMPORTAMENTO DO PREÇO NO COMPLEXO SOJA: UMA ANÁLISE DE COINTEGRAÇÃO E DE CAUSALIDADE COMPORTAMENTO DO PREÇO NO COMPLEXO SOJA: UMA ANÁLISE DE COINTEGRAÇÃO E DE CAUSALIDADE RESUMO Ese rabalho objeiva esudar o comporameno recene dos preços dos segmenos do complexo soja, em paricular, a ransmissão

Leia mais

A PERSISTÊNCIA INTERGERACIONAL DO TRABALHO INFANTIL: UMA COMPARAÇÃO ENTRE O BRASIL RURAL E O BRASIL URBANO

A PERSISTÊNCIA INTERGERACIONAL DO TRABALHO INFANTIL: UMA COMPARAÇÃO ENTRE O BRASIL RURAL E O BRASIL URBANO A PERSISTÊNCIA INTERGERACIONAL DO TRABALHO INFANTIL: UMA COMPARAÇÃO ENTRE O BRASIL RURAL E O BRASIL URBANO MAURÍCIO MACHADO FERNANDES; JULIANA MARIA AQUINO; ELAINE TOLDO PAZELLO; LUIZ GUILHERME SCORZAFAVE.

Leia mais

DIFERENCIAL DE INFLAÇÃO ENTRE PORTUGAL E A ALEMANHA*

DIFERENCIAL DE INFLAÇÃO ENTRE PORTUGAL E A ALEMANHA* DIFERENCIAL DE INFLAÇÃO ERE ORUGAL E A ALEMANHA* Sónia Cosa** Em orugal, nas úlimas décadas, o rácio enre o preço dos bens não ransaccionáveis e o preço dos bens ransaccionáveis observou um crescimeno

Leia mais

Dados do Plano. Resultado da Avaliação Atuarial. Data da Avaliação: 31/12/2010

Dados do Plano. Resultado da Avaliação Atuarial. Data da Avaliação: 31/12/2010 AVALIAÇÃO ATUARIAL Daa da Avaliação: 3/2/200 Dados do Plano Nome do Plano: CEEEPREV CNPB: 20.020.04-56 Parocinadoras: Companhia Esadual de Geração e Transmissão de Energia Elérica CEEE-GT Companhia Esadual

Leia mais

DEMANDA DE IMPORTAÇÃO DE VINHO NO BRASIL NO PERÍODO 1995-2007 ANTÔNIO CARVALHO CAMPOS; HENRIQUE BRIGATTE; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

DEMANDA DE IMPORTAÇÃO DE VINHO NO BRASIL NO PERÍODO 1995-2007 ANTÔNIO CARVALHO CAMPOS; HENRIQUE BRIGATTE; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA DEMANDA DE IMPORTAÇÃO DE VINHO NO BRASIL NO PERÍODO 1995-27 ANTÔNIO CARVALHO CAMPOS; HENRIQUE BRIGATTE; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA VIÇOSA - MG - BRASIL hbrigae@yahoo.com.br APRESENTAÇÃO ORAL Comércio

Leia mais

Espaço SENAI. Missão do Sistema SENAI

Espaço SENAI. Missão do Sistema SENAI Sumário Inrodução 5 Gerador de funções 6 Caracerísicas de geradores de funções 6 Tipos de sinal fornecidos 6 Faixa de freqüência 7 Tensão máxima de pico a pico na saída 7 Impedância de saída 7 Disposiivos

Leia mais

Mecânica dos Fluidos. Aula 8 Introdução a Cinemática dos Fluidos. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues

Mecânica dos Fluidos. Aula 8 Introdução a Cinemática dos Fluidos. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Aula 8 Inrodução a Cinemáica dos Fluidos Tópicos Abordados Nesa Aula Cinemáica dos Fluidos. Definição de Vazão Volumérica. Vazão em Massa e Vazão em Peso. Definição A cinemáica dos fluidos é a ramificação

Leia mais

SPREAD BANCÁRIO NO BRASIL

SPREAD BANCÁRIO NO BRASIL SPREAD BANCÁRIO NO BRASIL Elaine Aparecida Fernandes RESUMO: Diane da consaação de que os spreads bancários brasileiros (diferença enre as axas de juros de capação e aplicação dos bancos) se enconram em

Leia mais

Análise da competitividade do algodão e da soja de Mato Grosso entre 1990 e 2006

Análise da competitividade do algodão e da soja de Mato Grosso entre 1990 e 2006 189 Análise da compeiividade do algodão e da soja de Mao Grosso enre 1990 e 2006 Resumo Sonia Sueli Serafim de Souza e Sandra Crisina de Moura Bonjour Ese arigo eve como objeivo fazer uma análise da compeiividade

Leia mais

Curva de Phillips, Inflação e Desemprego. A introdução das expectativas: a curva de oferta agregada de Lucas (Lucas, 1973)

Curva de Phillips, Inflação e Desemprego. A introdução das expectativas: a curva de oferta agregada de Lucas (Lucas, 1973) Curva de Phillips, Inflação e Desemprego Lopes e Vasconcellos (2008), capíulo 7 Dornbusch, Fischer e Sarz (2008), capíulos 6 e 7 Mankiw (2007), capíulo 13 Blanchard (2004), capíulo 8 A inrodução das expecaivas:

Leia mais

Campo magnético variável

Campo magnético variável Campo magnéico variável Já vimos que a passagem de uma correne elécrica cria um campo magnéico em orno de um conduor aravés do qual a correne flui. Esa descobera de Orsed levou os cienisas a desejaram

Leia mais

A EFICÁCIA DO CRÉDITO COMO CANAL DE TRANSMISSÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA NO BRASIL: ESTRATÉGIA DE IDENTIFICAÇÃO DA OFERTA E DEMANDA DE CRÉDITO

A EFICÁCIA DO CRÉDITO COMO CANAL DE TRANSMISSÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA NO BRASIL: ESTRATÉGIA DE IDENTIFICAÇÃO DA OFERTA E DEMANDA DE CRÉDITO A EFICÁCIA DO CRÉDITO COMO CANAL DE TRANSMISSÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA NO BRASIL: ESTRATÉGIA DE IDENTIFICAÇÃO DA OFERTA E DEMANDA DE CRÉDITO Thamirys Figueredo Evangelisa 1 Eliane Crisina de Araújo Sbardellai

Leia mais

Aula - 2 Movimento em uma dimensão

Aula - 2 Movimento em uma dimensão Aula - Moimeno em uma dimensão Física Geral I - F- 18 o semesre, 1 Ilusração dos Principia de Newon mosrando a ideia de inegral Moimeno 1-D Conceios: posição, moimeno, rajeória Velocidade média Velocidade

Leia mais

A dinâmica do emprego formal na região Norte do estado do Rio de Janeiro, nas últimas duas décadas

A dinâmica do emprego formal na região Norte do estado do Rio de Janeiro, nas últimas duas décadas A dinâmica do emprego formal na região Nore do esado do Rio de Janeiro, nas úlimas duas décadas Helio Junior de Souza Crespo Insiuo Federal Fluminense-IFF E-mail: hjunior@iff.edu.br Paulo Marcelo de Souza

Leia mais

Redes de Computadores

Redes de Computadores Inrodução Ins iuo de Info ormáic ca - UF FRGS Redes de Compuadores Conrole de fluxo Revisão 6.03.015 ula 07 Comunicação em um enlace envolve a coordenação enre dois disposiivos: emissor e recepor Conrole

Leia mais

Teste de estresse na ligação macro-risco de crédito: uma aplicação ao setor doméstico de PFs. Autores: Ricardo Schechtman Wagner Gaglianone

Teste de estresse na ligação macro-risco de crédito: uma aplicação ao setor doméstico de PFs. Autores: Ricardo Schechtman Wagner Gaglianone Tese de esresse na ligação macro-risco de crédio: uma aplicação ao seor domésico de PFs Auores: Ricardo Schechman Wagner Gaglianone Lieraura: ligação macrorisco de crédio Relação macro-volume de crédio

Leia mais

A INFLUÊNCIA DO RISCO PAÍS E DAS CRISES FINANCEIRAS INTERNACIONAIS NOS INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS NO BRASIL NO PERÍODO PÓS PLANO REAL

A INFLUÊNCIA DO RISCO PAÍS E DAS CRISES FINANCEIRAS INTERNACIONAIS NOS INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS NO BRASIL NO PERÍODO PÓS PLANO REAL A INFLUÊNCIA DO RISCO PAÍS E DAS CRISES FINANCEIRAS INTERNACIONAIS NOS INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS NO BRASIL NO PERÍODO PÓS PLANO REAL fcccassuce@yahoo.com.br Apresenação Oral-Comércio Inernacional ANA

Leia mais

AÇÕES DO MERCADO FINACEIRO: UM ESTUDO VIA MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS

AÇÕES DO MERCADO FINACEIRO: UM ESTUDO VIA MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS AÇÕES DO MERCADO FINACEIRO: UM ESTUDO VIA MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS Caroline Poli Espanhol; Célia Mendes Carvalho Lopes Engenharia de Produção, Escola de Engenharia, Universidade Presbieriana Mackenzie

Leia mais

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO RICARDO SÁVIO DENADAI HÁ HYSTERESIS NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO? UM TESTE ALTERNATIVO

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO RICARDO SÁVIO DENADAI HÁ HYSTERESIS NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO? UM TESTE ALTERNATIVO FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO RICARDO SÁVIO DENADAI HÁ HYSTERESIS NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO? UM TESTE ALTERNATIVO SÃO PAULO 2007 Livros Gráis hp://www.livrosgrais.com.br

Leia mais

COMPORTAMENTO DIÁRIO DO MERCADO BRASILEIRO DE RESERVAS BANCÁRIAS NÍVEL E VOLATILIDADE IMPLICAÇÕES NA POLÍTICA MONETÁRIA

COMPORTAMENTO DIÁRIO DO MERCADO BRASILEIRO DE RESERVAS BANCÁRIAS NÍVEL E VOLATILIDADE IMPLICAÇÕES NA POLÍTICA MONETÁRIA COMPORTAMENTO DIÁRIO DO MERCADO BRASILEIRO DE RESERVAS BANCÁRIAS NÍVEL E VOLATILIDADE IMPLICAÇÕES NA POLÍTICA MONETÁRIA Resumo Mardilson Fernandes Queiroz UNB Ese rabalho evidencia padrão de comporameno

Leia mais

Eficácia das Intervenções do Banco Central do Brasil sobre a Volatilidade Condicional da Taxa de Câmbio Nominal

Eficácia das Intervenções do Banco Central do Brasil sobre a Volatilidade Condicional da Taxa de Câmbio Nominal Eficácia das Inervenções do Banco Cenral do Brasil sobre a Volailidade Condicional da Taxa de Câmbio Nominal Fernando Nascimeno de Oliveira, Alessandra Plaga Conens: Keywords: 1. Inrodução; 2. Dados; 3.

Leia mais

Artigos. Abordagem intertemporal da conta corrente: Nelson da Silva Joaquim Pinto de Andrade. introduzindo câmbio e juros no modelo básico*

Artigos. Abordagem intertemporal da conta corrente: Nelson da Silva Joaquim Pinto de Andrade. introduzindo câmbio e juros no modelo básico* Arigos Abordagem ineremporal da cona correne: inroduzindo câmbio e juros no modelo básico* Nelson da Silva Joaquim Pino de Andrade Resumo O modelo padrão da abordagem ineremporal da cona correne assume

Leia mais

Alguns Comentários sobre o Impacto da Privatização. no Risco das Ações das Empresas. Resumo. Abstract

Alguns Comentários sobre o Impacto da Privatização. no Risco das Ações das Empresas. Resumo. Abstract Alguns Comenários sobre o Impaco da Privaização no Risco das Ações das Empresas Resumo Alexandre Rands Barros 1 Pierre Lucena 2 Nese arigo apresenou-se uma eoria que explicaria a mudança da percepção que

Leia mais

Funções de Exportação de Alimentos para o Brasil. Maria Auxiliadora de Carvalho Instituto de Economia Agrícola

Funções de Exportação de Alimentos para o Brasil. Maria Auxiliadora de Carvalho Instituto de Economia Agrícola Funções de Exporação de Alimenos para o Brasil Maria Auxiliadora de Carvalho Insiuo de Economia Agrícola César Robero Leie da Silva PUCSP e Insiuo de Economia Agrícola Resumo: A segurança alimenar é uma

Leia mais

As exportações nos estados da Região Sul do Brasil por intensidade tecnológica entre 1996 a 2007

As exportações nos estados da Região Sul do Brasil por intensidade tecnológica entre 1996 a 2007 IPES Texo para Discussão Publicação do Insiuo de Pesquisas Econômicas e Sociais As exporações nos esados da Região Sul do Brasil por inensidade ecnológica enre 1996 a 2007 Alexander Nunes Leizke PPGE/UNISINOS

Leia mais

Fluxo de Caixa, ADRs e Restrições de Crédito no Brasil

Fluxo de Caixa, ADRs e Restrições de Crédito no Brasil Vol. 5, No.2 Viória-ES, Mai Ago 2008 p. 144-151 ISSN 1807-734X Fluxo de Caixa, ADRs e Resrições de Crédio no Brasil Crisiano M. Cosa Deparmen of Economics, Universiy of Pennsylvania Lourenço Senne Paz

Leia mais