A RELAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DE AÇÚCAR NOS MERCADOS DOMÉSTICO E INTERNACIONAL

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1 A RELAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DE AÇÚCAR NOS MERCADOS DOMÉSTICO E INTERNACIONAL ANDRÉ MASCIA SILVEIRA Disseração apresenada à Escola Superior de Agriculura Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo, para obenção do íulo de Mesre em Ciências, Área de Concenração: Economia Aplicada. P I R A C I C A B A Esado de São Paulo Brasil Abril

2 A RELAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DE AÇÚCAR NOS MERCADOS DOMÉSTICO E INTERNACIONAL ANDRÉ MASCIA SILVEIRA Bacharel em Ciências Econômicas Orienador: Profa. Dra. MIRIAN RUMENOS PIEDADE BACCHI Disseração apresenada à Escola Superior de Agriculura Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo, para obenção do íulo de Mesre em Ciências, Área de Concenração: Economia Aplicada. P I R A C I C A B A Esado de São Paulo Brasil Abril

3 Dados Inernacionais de Caalogação na Publicação (CIP) DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - ESALQ/USP Silveira, André Mascia A relação enre os preços de açúcar nos mercados domésico e inernacional / André Mascia Silveira. - - Piracicaba, p. Disseração (mesrado) - - Escola Superior de Agriculura Luiz de Queiroz, Bibliografia. 1. Açúcar 2. Comercialização 3. Indúsria sucro-alcooleira 4. Modelos em séries emporais 5. Preço 6. Transmissão I. Tíulo CDD Permiida a cópia oal ou parcial dese documeno, desde que ciada a fone O auor

4 Dedico a SYLVIO MASCIA ( ) Ofereço a JOÃO MORAES SILVEIRA Tieê (SP) 22/04/1916

5 AGRADECIMENTOS Agradeço meu pai, José Eduardo Nogueira Silveira, e minha mãe, Maria Luiza Mascia Silveira, responsáveis pela minha educação. Sempre, pronamene, dispensaram-me o carinho, o apoio e os recursos que precisei. À Professora Mirian Rumenos Piedade Bacchi, que me orienou com muia seriedade e abundane conhecimeno e que, em odo o empo, maneve muio bom humor, dedicação e carinho, muiíssimo obrigado. Em especial, agradeço a confiança que me foi concedida no início do rabalho, quando não nos conhecíamos ainda. O resulado do pono de visa humano foi uma preciosa amizade. Um obrigado mais que especial à Dra. Mara Marjoa-Maisro, que acompanhou odas as eapas desa disseração, do projeo à defesa, e não poupou esforços para o resulado final fosse o melhor possível. Agradeço ambém à Professora Heloísa Burnquis e aos Professores Sérgio De Zen e João Marines Filho, cujas sugesões foram imporanes para o resulado dese rabalho. Um reconhecimeno imprescindível cabe ao amigo Lucílio Rogério Alves, que disponibilizou exenso maerial para a Revisão Bibliográfica e me ensinou algumas das roinas do RATS. Agradeço à inesquecível Maria Maielli, Secreária de Pós-Graduação, que cuida de cada aluno do Deparameno com muio carinho. Em especial, obrigado pelos dias que me elefonou dizendo que não haveria aula. Sou grao aos amigos Elisson Auguso de Andrade, Andréa Ferro, Daniela Sampaio e César de Casro Alves, que muios favores que me presaram ao longo do Mesrado. À Daniela, agradeço ambém pelo carinho e companheirismo.

6 v Desaco ambém enre as pessoas que mais me apoiaram nos momenos críicos, Carlos Albero Casro Reis e Ricardo Paino Belrame, além de suas respecivas companheiras, Denise e Nereida. Regisro aqui um abraço para os demais amigos que de alguma forma conribuíram, em especial, Thelma Harumi, Daniel Praça e Alexandre Gomes. Agradeço meus irmãos Isabela e Rogério Mascia Silveira e minha querida sobrinha, Beariz Camargo Silveira pelo carinho e apoio. À Ligiana Clemene do Carmo, da Divisão de Biblioeca e Documenação da ESALQ-USP, pela inensa colaboração na formaação dese rabalho e sobreudo pela agilidade e genileza no aendimeno. Muio obrigado. Por fim, meu agradecimeno a Serasa S.A., empresa que manive vínculos empregaícios ao longo da disseração e me permiiu flexibilizar horários. Em especial, muio obrigado ao gerene Marcos Auguso Abreu, que desde o início apoiou minha iniciaiva em desenvolver ese mesrado.

7 SUMÁRIO Página LISTA DE FIGURAS... viii LISTA DE TABELAS... ix RESUMO... x SUMMARY... xiii 1 INTRODUÇÃO O problema, sua jusificaiva e objeivo REVISÃO DE LITERATURA Caracerização do seor sucroalcooleiro brasileiro O mercado inernacional de açúcar e o desempenho comercial do Brasil Os conraos fuuros do açúcar e arbiragem Esudos sobre ransmissão de preços Referencial eórico MATERIAL E MÉTODOS Meodologia Momenos Esacionariedade e inegração Modelos esocásicos univariados Modelos de função de ransferência Auocorrelações Auocorrelações Parciais Função de correlação cruzada Relações causais... 43

8 vii 3.2 Procedimenos Deerminação de defasagens auo-regressivas para os ese de raiz uniária Tese de esacionariedade Sisemáica adoada para especificar os modelos para a análise de ransmissão de preços Os dados RESULTADOS E DISCUSSÃO CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 67

9 LISTA DE FIGURAS Página 1 Comércio regional sem cuso de ransferência O diagrama back o back Curvas de excesso de ofera e equilíbrio regional Efeio do cuso de ransferência sobre o comércio Logarimos das séries de preços uilizadas nos modelos de ransmissão, em R$/onelada Função de correlação cruzada dos resíduos de SP e NY Função de correlação cruzada dos resíduos de SP e LF... 56

10 LISTA DE TABELAS Página 1 Mercado inernacional de açúcar, em milhões de oneladas Diferença enre produção e consumo domésico de açúcar por país, em milhões de oneladas Quanidade exporada de açúcar por país, em mil oneladas Quanidade imporada de açúcar por país, em mil oneladas Exporações brasileiras de açúcar bruo por país, em mil oneladas Exporações brasileiras de açúcar refinado por país, em mil oneladas Mundial: balanço do mercado de açúcar, em milhões de oneladas Teses de raiz uniária para séries SP, LF e NY Modelos auo-regressivos para obenção dos resíduos Resulados dos modelos de ransmissão de preços Resumo das elasicidades dos modelos de ransmissão de preços Modelo de deerminação de preços no mercado exerno... 61

11 A RELAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DE AÇÚCAR NOS MERCADOS DOMÉSTICO E INTERNACIONAL Auor: ANDRÉ MASCIA SILVEIRA Orienador: Profª. MIRIAN PIEDADE RUMENOS BACCHI RESUMO Com mais de meade de sua produção exporada e paricipação de aproximadamene um erço do mercado mundial, aualmene o Brasil é o maior exporador de açúcar e, porano, espera-se que os preços do mercado físico do açúcar no Brasil apresenem algum grau de relacionameno os preços inernacionais desa commodiy, que são represenados pelas coações dos conraos fuuros das bolsas de Nova Iorque (NYBOT) e de Londres (LIFFE) primeiros vencimenos. No presene esudo são analisadas as relações enre os logarimos das médias semanais dos preços domésicos de açúcar, represenados pelo preço do Esado de São Paulo, principal produor nacional, e preços inernacionais converidos em moeda brasileira. Uilizando os criérios de Akaike e Schwarz, foi deerminado o número de defasagens auoregressivas necessárias para ajusar modelos com a finalidade de esar a exisência de raiz uniária, cujos resulados aponam para a esacionariedade das séries em orno de uma endência deerminisa. A parir dos resíduos obidos na esimação de modelos univariados auo-regressivos para cada variável, foram obidas as funções de correlação cruzada (FCC) para cada par de variáveis usado no ese de causalidade. Os resulados

12 xi das FCCs aponam ano a exisência de relação conemporânea significaiva, como causalidade dos preços das bolsas inernacionais para os preços domésicos do açúcar, sendo mais expressiva a relação causal das coações dos conraos fuuros da bolsa de Nova Iorque para os preços do mercado físico do açúcar no Brasil. Com base nesses resulados, foram especificados modelos que inham como finalidade analisar o processo de ransmissão de preços enre os mercados domésico e inernacional. Para eviar mulicolinearidade, opou-se pela não inclusão de defasagens da variável dependene como explicaivas neses modelos e, para conornar problemas associados à correlação de resíduos nas equações ajusadas, as variáveis foram filradas conforme a meodologia de Cochrane-Orcu, fundamenando-se nos resulados da função de auocorrelação dos resíduos dos modelos ajusados de forma ieraiva. As elasicidades obidas nas funções de ransmissão de preços indicam que os valores passados das coações da NYBOT são referência para a formação de preço do mercado domésico de açúcar, e que a influência conemporânea enre os preços das bolsas inernacionais e o preço domésico é pequena. Como a paricipação do Brasil no mercado inernacional de açúcar é elevada, espera-se que de alguma maneira aspecos relaivos ao mercado domésico brasileiro dessa commodiy afeem os preços inernacionais. Dessa forma, buscou-se analisar o impaco que a produção brasileira de açúcar, a qual define o poencial de exporação dessa commodiy pelo Brasil, em sobre a formação do preço no mercado inernacional. Para isso foi ajusada uma função uilizando como represenaivo do preço de açúcar no mercado inernacional a média das coações do conrao fuuro de açúcar na bolsa de Nova Iorque no ano-safra inernacional, iso é, enre seembro de um ano a agoso do subseqüene. Como variáveis explicaivas foram considerados: o esoque inicial de cada ano-safra, a produção de açúcar do Brasil e a produção de açúcar dos demais países do mundo, ambém por ano-safra. Os resulados aponam que o direcionameno de mais maéria-prima para a produção de açúcar, considerando as baixas axas de crescimeno do consumo desse produo no mercado inerno, em efeio negaivo e significaivo no nível de preço a vigorar no mercado inernacional. Iso poderia compromeer a renabilidade do seor, não só porque os preços do açúcar exporado cairiam, mas

13 ambém porque os menores preços do mercado inernacional esariam afeando os recebidos pelo açúcar comercializado no mercado inerno. xii

14 SUGAR PRICE RELATION BETWEEN INTERNATIONAL AND BRAZIL S MARKETS Auhor: ANDRÉ MASCIA SILVEIRA Adviser: Profª. MIRIAN PIEDADE RUMENOS BACCHI SUMMARY Wih more han a half of is producion expored and abou 30% of marke share in he world sugar marke, nowadays Brazil is he world s leading exporer of sugar. So, i s expeced ha he sugar physical prices in he Sae of São Paulo (CEPEA), Brazil s leading producion region, have any sor of relaion wih he inernaional prices of his commodiy. These inernaional prices are represened by he nearby quoes of he sugar conracs a New York Board of Trade (NYBOT) and a London Inernaional Financial Fuures and Opions Exchange (LIFFE), boh muliplied by he Brazilian currency exchange rae. The presen sudy analyses he relaions beween he logarihms of he domesic and inernaional weekly means of sugar prices. The number of auo-regressive lags necessaries o ajus models was deermined by Akaike and Scharwz crierions, which objecive was o es he exisence of uni roo. The resuls poined o saionary series around deerminisic rends. Through he residual daa of auo-regressive univariaed models ha were esimaed o each of he variables, i was obained he cross correlaion funcion (CCF) o each pair of variables o which he causaliy was esed. The CCF resuls indicaed a significaive conemporany relaion

15 xiv beween he variables and also causaliy from he inernaional quoes o Sae of São Paulo domesic prices, mainly from NYBOT. Based on hese resuls, i was obained he number of lags of he explicaive variable o specify he ransmission price models beween domesic and inernaional sugar prices. To preven mulicolineariy, i was oped o no include lags of dependen variable as explicaive variables, and, o skir problems relaed o he correlaion in he residual daa in he adjused equaions, he variables were filered by he Cochrane-Orcu mehodology, following he indicaives of he auocorrelaion funcion (ACF) of he residual daa from adjused models in an ineracive form. The elasiciies obained in he price ransmission funcions indicaed ha he pas values of NYBOT quoes are reference o CEPEA prices, and ha he conemporany influence beween domesic and inernaional prices is small. Considering ha Brazilian share in he sugar inernaional marke is expressive, i s expeced ha aspecs relaed o Brazilian domesic marke should cause any affec in he inernaional prices level. So, o analyze he impac ha Brazilian producion of sugar, which defines he poenial of exporaion of his commodiy for Brazil, has on he formaion of he price in he inernaional marke, i was adjused a funcion ha uses as represenaive of he sugar price in he inernaional marke he mean of NYBOT nearby quoes beween Sepember o Augus (of he subsequen year). The variables inernaional beginning socks, Brazilian sugar producion and res of he world sugar producion, all of hem measured in he inernaional sugar-markeing year, were considered as explicaive ones. The resuls poined ha an increase in he Brazilian sugar cane producion (in order o produce sugar), considering he low raes of he consumpion evoluion in he Brazilian domesic marke, would have a negaive and significan effec in he inernaional sugar prices level. This even would affec he yield of sugar secor, no only because he sugar inernaional price would decrease, bu also because he lower prices in he inernaional marke would reduce he Brazilian domesic prices.

16 1 INTRODUÇÃO 1.1 O problema, sua jusificaiva e objeivo Enre o final da década de 1970 e a primeira meade da década de 1990, as exporações brasileiras de açúcar represenavam cerca de 8% do oal mundial, conforme Salder (1997). A parir de enão, o País foi favorecido pelo efeio de diversas ransformações em sua esruura de mercado, enre as quais, o Proálcool, a aberura comercial, a desregulamenação esaal e as políicas cambial e aniinflacionária, principalmene o Plano Real. Além diso, os preços do açúcar no mercado inernacional esiveram favoráveis e houve o fim do acordo bilaeral enre a aniga URSS e Cuba, que favoreceu a ofera brasileira no anigo bloco socialisa. Assim, a parir de 1995, o Brasil aumenou sua paricipação no mercado mundial e se consolidou como o principal exporador da commodiy. Os preços do açúcar no mercado inernacional são regidos por meio da ineração enre a demanda e a ofera dos países. A ofera é relaivamene concenrada, pois Brasil, União Européia, Ausrália e Tailândia, junos, respondem, nos dias de hoje, por cerca de 60% das vendas inernacionais, sendo a paricipação brasileira maior que de um quaro do oal ransacionado inernacionalmene. A demanda inernacional, por sua vez, é basane pulverizada, viso que o maior imporador mundial, a Rússia, adquire cerca de 12% do oal mundial e a paricipação individual dos demais países não ulrapassa 5%, de acordo com dados do Unied Saes Deparmen of Agriculure (USDA) (2003).

17 2 Conforme argumenaram Shikida & Bacha (1999), o açúcar é um produo cuja produção é aomizada e realizada nos dois hemisférios, havendo mais de 80 países produores. A proporção ransacionada inernacionalmene é basane inferior ao oal produzido, havendo uma endência gradual para o aumeno da auo-suficiência em diversos países. O produo em enfrenado maior concorrência e crescene subsiuição por ouros ipos de adoçanes, e o mercado de açúcar, denre os de commodiies, é um dos que enfrena maior grau de proecionismo, o qual disorce os preços em relação aos que vigoram em siuação de livre comércio. Dada a represenaividade do Brasil no mercado inernacional de açúcar e a das exporações no volume oal produzido brasileiro, viso que dados da Secrearia de Comércio Exerior do Minisério da Indúsria e Comércio do Brasil (SECEX/MDIC) e do Deparameno de Açúcar e do Álcool do Minisério da Agriculura, Pecuária e Abasecimeno do Brasil (DAA/MAPA) aponam que o Brasil aualmene expora mais da meade de sua produção, espera-se que os preços do mercado inerno e inernacional desa commodiy apresenem algum grau de relacionameno. O conhecimeno das relações exisenes enre os preços do mercado inerno e inernacional de açúcar, sendo esse úlimo represenado pelas coações de Bolsa de Fuuros, é imporane no senido de idenificar o poencial que as coações dos conraos fuuros dessas bolsas êm para serem uilizadas como referência dos preços a vigorarem no mercado físico domésico. Conhecer com que inensidade esses preços se relacionam é imporane não só no que diz respeio à definição de políicas seoriais perinenes ao seor açucareiro, mas ambém para a omada de decisão sobre produção e comercialização dos agenes desse seor, endo-se em visa que os produores brasileiros dispõem de esruura para ransformar a cana-de-açúcar em açúcar ou em álcool, podendo alocar a maéria-prima para um ou ouro produo dependendo das condições de mercado de cada um deles. O conhecimeno das relações exisenes enre os preços dos mercados inerno e inernacional de açúcar, sendo ese úlimo represenado pelas coações de Bolsa de Fuuros, é imporane ambém no senido de idenificar o poencial que as coações dos conraos fuuros dessas bolsas êm para serem uilizados como referência dos preços a vigorarem no mercado físico domésico.

18 3 No presene esudo, buscou-se idenificar as relações enre os preços dos mercados domésico e inernacional de açúcar por meio do uso de modelos de séries emporais. Teve-se ainda como objeivo verificar em que grau a produção brasileira de açúcar, que define, em grande pare, o poencial exporador do Brasil, afea os níveis de preço do mercado inernacional, viso que conhecer a magniude desa relação é ambém de suma imporância para os produores brasileiros.

19 2 REVISÃO DE LITERATURA A presene seção esá dividida em cinco pares, iniciadas por um breve hisórico que caraceriza o seor sucroalcooleiro brasileiro e raa dos aspecos que favoreceram o aumeno da paricipação brasileira no mercado mundial de açúcar. Na pare seguine, apresenam-se dados do mercado inernacional, discuindo-se o desempenho brasileiro nese âmbio. Na erceira pare apresenam-se as especificações dos conraos fuuros das bolsas de Nova Iorque, a Coffe, Sugar & Cocoa Exchange Inc. (CSCE), perencene a New York Board of Trade (NYBOT) e de Londres, a London Inernaional Financial Fuures and Opions Exchange (LIFFE), cujas coações foram uilizadas no presene esudo como proxies dos preços inernacionais, e alguns esudos relacionados a elas. Na sequência, há uma subseção na qual são desacados alguns esudos a respeio de ransmissão de preços. Por fim, é apresenada a eoria econômica que embasa o presene esudo. 2.1 Caracerização do seor sucroalcooleiro brasileiro Para se compreender o aumeno da paricipação do Brasil no mercado inernacional de açúcar devem ser considerados os efeios de diversas ransformações de naureza inerna e exerna, já ciadas de forma sucina na pare inroduória dessa disseração. No âmbio inerno, pode-se mencionar, inicialmene, os aspecos relacionados ao Proálcool, que de modo geral fomenou invesimenos que propiciaram aumeno de infra-esruura e capacidade das unidades produoras, e ransformou o álcool

20 5 em produo de grande expressão na indúsria sucroalcooleira. Em segundo lugar, menciona-se, no âmbio do mercado inernacional, os impacos do final da Guerra Fria, prejudicando o abasecimeno de açúcar do anigo bloco socialisa por pare de Cuba e o aumeno das imporações da Ásia e da África. Por fim, devem ser consideradas as mudanças econômicas e insiucionais ocorridas no Brasil a parir dos anos novena, com desaque para o fim do inervencionismo esaal, aberura comercial, eficácia da políica aniinflacionária do Plano Real e a políica cambial depois de A mauração dos invesimenos do programa governamenal Proálcool, iniciados na década de 1970 e inensificados na primeira meade da década de 1980, alerou a ofera brasileira de açúcar e subsancialmene o próprio perfil da agroindúsria canavieira do Brasil, focado no açúcar e no álcool (Shikida & Bacha, 1999). Complemenarmene, esses auores noaram que a produção de cana-de-açúcar praicamene cresceu a reboque do Proálcool, face às baixas coações do açúcar no mercado inernacional e conando, sobremaneira, com vulosos subsídios governamenais dados ao Proálcool. Em relação ao encerrameno dos incenivos do Proálcool na segunda meade dos anos oiena, Belik e al. (1998) explicam que (...) ornou-se muio difícil jusificar a coninuidade do apoio ao Proálcool numa conjunura de preços de peróleo em queda e de inflação foremene ascendene, o que aconeceu noadamene a parir do final de Ressala-se que o Proálcool aendeu ao propósio de produzir, a parir da cana-de-açúcar, um combusível renovável alernaivo ao peróleo, endo expandido consideravelmene ano a produção de cana-de-açúcar como a capacidade produiva das empresas do seor. Poseriormene, com a liberalização do seor na década de novena, o álcool passou a er imporane papel na decisão alocaiva das empresas, que passaram a considerar os preços do açúcar e do álcool na oimização de suas receias, disribuindo a maéria-prima enre produção de açúcar ou de álcool, conforme a conveniência econômica. Por fim, deve-se noar que a produção de um combusível a parir da canade-açúcar consolidou a imporância do seor, viso que o álcool, em relação à gasolina,

21 6 pode ser ano um bem subsiuo, em sua forma hidraado que alimena paricular froa de veículos 1, como um bem complemenar, na forma anidro que é misurado à gasolina 2. Ouro imporane impulso à expansão das exporações brasileiras de açúcar ocorreu do pono de visa exerno. De acordo com Veiga Filho (2000), o fim do acordo bilaeral URSS-Cuba abriu espaço para o açúcar brasileiro. Em 1991, o Brasil colocava no mercado inernacional o volume de 1,3 milhão de oneladas, 4% do oal exporado no mundo, chegando no final de 1999 a exporar 12,1 milhões de oneladas, uma expressiva paricipação próxima de 30% do volume de açúcar comercializado nos mercados inernacionais. Salder (1997) enende que na primeira meade da década de 1990 houve endência de redução na demanda de açúcar de países imporadores radicionais e crescimeno da demanda nos mercados no Sudese Asiáico, Oriene Médio e África, que são jusamene aqueles em que o Brasil vem se expandindo. Para a auora, a queda das exporações brasileiras de açúcar na segunda meade da década de 1980 se deu em decorrência do País er concenrado esforços de comercializar com países cujos mercados reraíram e devido a faores como elevados cusos de comercialização e esruura ribuária, além de aspecos insiucionais relacionados às políicas de abasecimeno de álcool combusível, em derimeno do açúcar para exporação, e da redução do mercado inernacional de açúcar. Na primeira meade da década de 1990, a auora noou que o mercado imporador expandiu-se e a endência das exporações ornou-se crescene, permiindo ao Brasil recuperar marke share aravés de ganhos de compeiividade decorrenes de invesimenos aplicados no desenvolvimeno ecnológico do seor ao longo das úlimas décadas, elevando a produividade, reduzindo cusos; e, sobreudo, da maior flexibilidade na disribuição das coas de exporação acompanhada da menor rigidez na sua fiscalização. 1 Conforme dados da ANFAVEA, a produção de veículos movidos a álcool hidraado eve seu ápice enre 1983 e 1989, quando foram comercializados 3,92 milhões de veículos, 71,1% do oal vendido enre 1979 e 2002, sendo que 11,1% foram enre 1979 e 1982, 16% enre 1990 e 1995, 0,9% de 1996 a 2001 e as vendas em 2002 represenaram 1,0%. 2 O percenual de álcool anidro combusível misurado à gasolina é esipulado pelo Poder Execuivo do Governo Federal, sendo aualmene de 25%, podendo variar um pono percenual para cima ou para baixo. A uilização do álcool na misura com gasolina A ocorreu a parir dos anos 90.

22 7 Ese úlimo aspeco aponado pela auora esá relacionado às mudanças insiucionais ocorridas no âmbio inerno a parir de 1990, quando se iniciou a aberura comercial brasileira, e com a exinção do Insiuo do Açúcar e do Álcool (IAA), que moivou a desregulamenação do seor sucroalcooleiro. Segundo Veiga Filho (2001), o governo sinalizava o fim do proecionismo, com a exinção do Insiuo do Açúcar e do Álcool, e promulgava, ao longo dos anos seguines, uma série de medidas direcionadas à formação de um mercado inerno de cana-de-açúcar, de açúcar, de álcool e de ouros subproduos, sem a inervenção direa que caracerizou esse seor desde a República Nova, de 1930 em diane. Por causa disso, procederam-se profundas mudanças na esruura do seor, pois havia que se ransformar para esar apo a sobreviver sem a inerferência direa do governo na definição das quoas de produção e de exporação e na formação de preços dos produos dessa agroindúsria. De acordo com Shikida e al. (2002), a fragilização da agroindúsria canavieira, dada pelas crises financeira e fiscal do Esado nas décadas de 80 e 90, variações dos mercados de açúcar e do álcool e desregulamenação do seor, conribuiu, enre ouros aspecos, para a indefinição da políica indusrial do álcool combusível como componene da mariz energéica brasileira e pôs fim aos subsídios que acompanhavam esse produo. Nesse cenário, alguns produores oparam pelo maior desenvolvimeno das capacidades ecnológicas de suas esruuras produivas, seja no âmbio da operação, do invesimeno e/ou da inovação, demarcando oura dinâmica nesse processo de evolução da agroindúsria canavieira no Brasil. Para Belik e al. (1998), com a influência direa no seor canavieiro das mudanças insiucionais processadas na economia brasileira a parir da segunda meade dos anos oiena, a endência do seor foi se dividir segundo as caracerísicas geográficas de suas empresas, as ligações políicas de sua base e segundo a força de seus capiais. Assim, o processo de paricularização dos ineresses dos grupos que já podia ser observado aneriormene, inensifica-se nos anos novena devido a um movimeno de concenração de processadores em função da fragilidade financeira de algumas empresas. Hisoricamene, para o seor canavieiro a auo-regulação sempre foi

23 8 problemáica. A presença do Esado e seu papel de mediação foram fundamenais para elaboração de um projeo comum. Assim, com a redução do poder do Esado sobre o seor, ese não em conseguido se emancipar enquano bloco de ineresses consiuído. Surge com isso uma série de ineresses fragmenados refleindo um enorme conjuno de alernaivas esraégicas que se apresenam para diferenes empresas auanes no seor. Curiosamene, é nese pono que se observa que as empresas começam a ganhar dinamismo e o panorama do seor canavieiro começa a apresenar uma nova face. Um imporane aspeco mencionado por Moraes (2000) em relação à desregulamenação do seor sucroalcooleiro foi que com a saída do esado, os exporadores passaram a financiar a expansão da ofera aravés de operações de adianameno de conraos de câmbio (ACC). Em relação às conseqüências do processo de desregulamenação do seor, Burnquis e al. (2002) desacaram que a liberalização dos preços dos álcoois anidro e hidraado em 1997 e 1999, respecivamene, e a suspensão do sisema de quoas arifárias em julho de 1994 pareceu er conribuído para incremenar a imporância do açúcar brasileiro no mercado inernacional. E que o novo conexo de mercados desregulamenados afeou principalmene a forma de comercialização e os preços dos principais produos finais o açúcar e o álcool, e da cana-de-açúcar, maéria-prima básica do seor. Após a desregulamenação dos preços do álcool, as auoras repararam que o segmeno produor do mercado organizou-se em grupos para comercialização conjuna ano de álcool como de açúcar. Essa iniciaiva ambém proporcionou uma concenração relaiva na comercialização, endo-se regisrado que em 2001/2002, segundo dados da União da Agroindúsria Canavieira do Esado de São Paulo, os cinco maiores desses grupos que se formaram foram responsáveis pela comercialização de cerca de 51% do álcool hidraado e 53% do álcool anidro desinados ao mercado inerno da região Cenro-Sul. Vegro & Carvalho (2001) resumem as ransformações da seguine maneira: o seor sucroalcooleiro passou por uma profunda reformulação na úlima década do século XX com a exinção dos organismos oficiais de inervenção no seor e

24 9 com o desineresse governamenal, aprofundado pela crise fiscal do Esado, de manuenção do Proálcool. As empresas do seor passaram a depender mais de sua eficiência adminisraiva e econômica, face à concorrência mais inensa na colocação de seus produos finais, o açúcar e o álcool. A parir de 1994, é relevane conexualizar os impacos do Plano Real, viso que ese aumenou a renda inerna e impulsionou o crescimeno do mercado domésico, elevando ano a demanda direa como a indirea por açúcar. No caso da demanda indusrial, as empresas alimenícias brasileiras esiveram exposas a um ambiene mais concorrencial, que impôs maior busca por qualidade e compeiividade, cujas exigências e procedimenos repercuiram em melhora da qualidade do açúcar refinado nacional. Além diso, como resulado da políica cambial do período, que maneve a moeda nacional valorizada aé 1998, o preço relaivo do álcool combusível frene ao da gasolina aumenou, desesimulando a demanda por aquele produo. Assim, as usinas direcionaram maior quanidade de cana para a produção açúcar. Conforme observado por Shikida & Bacha (1999), o governo brasileiro preferiu, na primeira meade da década de 90, esimular a produção de açúcar e incremenar as imporações de peróleo do que esimular a produção de álcool combusível no mesmo rimo que o observado durane a segunda fase do Proálcool (1980 a 1985). Após 1999, com o final do regime de bandas cambiais e início da vigência da axa de câmbio fluuane, as exporações brasileiras de açúcar iveram novo impulso. Para se dimensionar a magniude dese efeio, pode-se ciar o esudo de BARROS e al. (2000), que aponou que, manidas odas as ouras varáveis consanes, o efeio da variação de 1% na axa de câmbio efeiva causa incremeno de 2,8% nas exporações de açúcar. De modo geral, os efeios da aberura comercial e da desregulamenação esaal resularam em aumeno da compeiividade dos produores brasileiros. Conforme Veiga Filho (2001), uma dessas ransformações diz respeio à adoção de inovações ecnológicas no processo de produção da maéria-prima no campo. Nesse caso, sobressai

25 10 a inensificação da mecanização em odas as eapas desse processo, especialmene no Cenro-Sul do País. A práica comum é que pare do planio é mecanizada, enquano o carregameno e o ranspore já podem ser considerados compleamene mecanizados e a colheia passa por um rimo acelerado de subsiuição do modo manual para o sisema mecanizado. Por sua vez, no segmeno indusrial, percebem-se sinais de ransformação organizacional, esruural e de adoção de inovações ecnológicas, verificados pela consaação de fusões e incorporações de usinas/desilarias, pelo invesimeno de capial esrangeiro, e mesmo nacional, na aquisição e insalação de unidades indusriais no Cenro-Sul do País e pela diversificação da produção e lançameno de novos produos. Além disso, consaa-se a formação de esraégias conjunas de sobrevivência e a criação de oporunidades visando aumenar a compeiividade seorial, aravés de iniciaivas para formar parcerias, ano no próprio seor privado quano com o governo. Shikida e al. (2002), afirmaram que no âmbio da operação, as usinas brasileiras há muio esão usufruindo de melhores écnicas agrícolas, mecânicas, adminisraivas e comerciais, além de aproveiar melhor os subproduos derivados da cana, seja na esfera da produção, seja na comercial. Em relação à ecnologia das empresas, complemenaram: a uilização dos mais diferenes recursos no ramo de auomação indusrial esá sendo implemenada por algumas usinas nas mais diversas áreas (moenda, raameno de caldo, cozedores, cenrífuga, peneiras, caldeiras, separadores de fermeno, eseira de ranspore de bagaço, dornas de fermenação e manuseio do açúcar, urbinas ec). Os benefícios da auomação são evidenes, ais como: maior esabilidade, precisão e segurança do processo; maior recuperação de Açúcares Toalmene Recuperáveis (ATR); melhorias na eficiência indusrial. Em ermos de cusos de produção, conforme Schouchana & Widonsck.(2001), a Região Cenro/Sul do Brasil possui o menor cuso de produção de açúcar do mundo. Os auores, considerando a paridade cambial de R$ 2,30/US$, esimaram o cuso no Esado de São Paulo, enre US$ 170 e US$ 210 por onelada, e compararam a esimaivas de ouros países: África do Sul, US$ 250/.; México, US$

26 11 308/.; EUA, US$ 525/.; Iália, US$ 770/.; China, US$ 500/.; Rússia, US$ 430/.; e Índia, US$ 280/. Em relação à esruura do seor açucareiro no Esado de São Paulo no final da década de novena, Belik & Vian (2002) classificaram 14 empresas do seor, que represenaram 10,7% do universo, como grandes. A capacidade de processameno desas empresas foi esimada em 29,4% do oal produzido, ao passo que 75 pequenas unidades (57,6% do universo) respondiam por 30,0% da produção e as médias empresas respondiam pelos 40% resanes. Concluíram que as grandes guardaram ainda uma enorme disância em ermos de amanho em comparação com as demais e que o Esado de São Paulo desacava-se do pono de visa da esruura de produção e comercialização, pela baixa concenração do capial, sendo que a composição acionária das usinas é dispersa, embora exisa uma endência recene à concenração de capial via fusões e aquisições, inclusive com a paricipação do capial esrangeiro. Exisem aualmene 379 unidades produoras de açúcar e álcool no Brasil oficialmene cadasradas que produziram em média 15,6 milhões de oneladas de açúcar por ano-safra enre 1994 e 2002, segundo dados do DAA/MAPA. Conforme Belik e al. (1998), na safra 1996/97, foram produzidos 247,25 milhões de sacas de açúcar, sendo que 30% da produção foi exporada, 42% desinada aos consumidores finais e 28% ao segmeno indusrial. Os auores explicaram que exisem empresas do complexo canavieiro que são acionisas de fábricas de refrigeranes e fornecem grande pare da produção direamene a esas empresas, caracerizando um mercado inerno ao grupo econômico o que permie a redução de riscos e dos cusos de ransação ligados ao mercado aacadisa e indusrial. Por ouro lado, o complexo canavieiro nacional caraceriza-se por uma baixa concenração écnica da produção, pois aproximadamene 300 usinas conrolam cerca de 75% da produção nacional de açúcar. Em relação à demanda domésica brasileira, a principal variável para a expansão do consumo direo é o crescimeno vegeaivo, enquano que o consumo indireo depende da renda inerna e do crescimeno do mercado inerno. Caruso (2002) esimou funções de ofera e de demanda de açúcar no Esado de São Paulo durane a

27 12 segunda meade da década de 90 aravés de um sisema de equações simulâneas a fim de ober as elasicidades preço da ofera e as elasicidades preço e renda da demanda. Os resulados obidos indicavam que a ofera é elásica a preços - uma variação de 1% nos preços do açúcar faz sua ofera variar 1,9% no mesmo senido, e inelásica em relação a preço inernacional - uma variação de 1% no preço do açúcar no mercado inernacional faz a ofera de açúcar no mercado inerno variar 0,4% no senido oposo, deslocando pare do açúcar do mercado domésico para o inernacional. Apesar da auora não er considerado os resulados economéricos obidos oalmene saisfaórios para a função de demanda de açúcar esimada, eses indicaram que no âmbio inerno, a demanda é inelásica a preço e a renda, resulados eses condizenes com as caracerísicas do açúcar de bem essencial e com pequena represenaividade no dispêndio das famílias brasileiras. Burnquis e al. (2002) aponam que sob mercado concorrencial, os principais faores deslocadores da demanda e ofera de açúcar são a renda inerna, crescimeno vegeaivo da população, uso de subsiuos, axa de câmbio, renda exerna, preço no mercado inernacional, preço de produos alernaivos na lavoura e na indúsria (álcool), faores climáicos e cusos de produção. No que se refere à demanda indusrial, Marjoa-Maisro & Burnquis (1998 e 1999) desacaram que a maioria das empresas, para escolher seus fornecedores, considera prioriariamene o rinômio preço-qualidade-disponibilidade e adquirem o açúcar ao longo do ano ineiro, sendo cienes da necessidade de acompanhameno de preços. Observaram ainda que mais da meade das empresas faz ao menos quaro coações de fornecedores anes de fechar conraos. Esas empresas adquirem maériaprima à medida que a uilizam, sendo que os bimesres com maiores volumes de aquisição são seembro/ouubro e novembro/dezembro, sendo pouco freqüene a práica de realizar esoques (as auoras aribuíram o fao à crescene produção brasileira do produo e ao alo cuso relaivo de armazenar açúcar, considerando a infra-esruura necessária e as alas axas de juros inernas). Noaram ainda que as exigências do consumo relaivas a qualidade, preço e enrega do açúcar endem a impulsionar os

28 13 oferanes na adoção de esraégias voladas ao aperfeiçoameno da produção de maériaprima (desenvolvimeno de know how) via invesimenos na capacidade produiva e que a imporância da qualidade do produo vem desperando a aenção dos fornecedores e concluíram que exise uma endência de aumenar os invesimenos para a produção de açúcares diferenciados e/ou de melhor qualidade, a fim de aender nichos de mercados específicos. Em relação a mecanismos de comercialização, é imporane noar que em 1995 a Bolsa Mercanil de Fuuros de São Paulo (BM&F) passou a realizar conraos fuuros de açúcar com liquidação financeira. Embora, inicialmene enham ficado resrios a invesidores brasileiros, o conrao foi reesruurado após 1999, quando a bolsa inernacionalizou-se, permiindo a auação de esrangeiros e alerando a liquidação para enrega física. Conforme Bacchi (1998), com a diminuição da inervenção governamenal e o esgoameno dos esímulos financeiros, a indúsria sucroalcooleira deve procurar novos insrumenos de financiameno da produção e da comercialização e uilizar mecanismos para a coberura de riscos. Os mercados fuuros foram criados com o objeivo de proeger compradores e vendedores de deerminados aivos conra risco de preço. Nese senido, os mercados fuuros são paricularmene úeis para a agropecuária, dadas as grandes variações de preços que seus produos apresenam. Além da produção agropecuária esar sujeia a incerezas decorrenes de condições edafoclimáicas, as baixas elasicidades de demanda e ofera de seus produos fazem com que seus preços sejam basane variáveis. Ghobril (2001) menciona dois aspecos que podem influenciar o desenvolvimeno do seor sucroalcooleiro nos próximos anos: a endência de paricipação crescene de incorporações e enrada de capial exerno no seor e o aproveiameno econômico, em maior escala, de energia gerada por bagaço de cana-deaçúcar. Nese segundo aspeco, deve-se noar que o Banco Nacional de Desenvolvimeno Econômico e Social (BNDES) financiou a insalação de geradores nas usinas em 2001, quando o Brasil enfrenou dificuldades em seu abasecimeno de energia elérica. Complemenarmene, pode-se mencionar que evenuais reduções nas

29 barreiras comerciais dos países desenvolvidos enderiam a repercuir de modo favorável às empresas exporadoras brasileiras O mercado inernacional de açúcar e o desempenho comercial do Brasil A produção mundial de açúcar enre 1991/1992 e 2000/2001, conforme mosra a Tabela 1, foi em média de 123,4 milhões de oneladas por ano-safra. O oal exporado, em média, correspondeu a um erço da produção de cada ano-safra. A axa de crescimeno geomérico 3 da produção neses dez anos-safra foi de 2,0% a.a., pouco superior à do consumo, de 1,9% a.a.. A axa de crescimeno dos esoques finais foi basane superior: 5,6% a.a., enquano que a axa das exporações foi de 3,4% a.a.. Tabela 1. Mercado inernacional de açúcar, em milhões de oneladas. 1991/ / / / / / / / / / 2001 TGC 1 Esoque Inicial 35,66 40,52 40,28 37,67 38,25 45,70 46,75 50,23 56,81 60,47 5,6 Produção 117,15 113,02 111,61 116,12 125,60 124,26 128,50 134,71 134,21 129,11 2,0 Imporação 31,48 31,42 32,46 35,00 38,63 37,26 39,34 41,31 39,99 39,40 3,2 Consumo aparene 111,18 112,08 112,58 115,01 117,77 120,89 123,13 125,49 128,25 130,33 1,9 Exporação 32,59 32,61 34,09 35,54 39,01 39,58 41,23 43,94 42,30 40,64 3,4 Esoque final 40,52 40,28 37,67 38,25 45,70 46,75 50,23 56,81 60,47 58,01 5,6 Fone: F.O. Lich (2001) 1 Taxa geomérica de crescimeno por ano-safra, em porcenagem. 3 Conforme STALDER (1997, pg. 83), dada a equação X = X 0 (1 + r), em que X é uma série emporal com períodos, pode-se calcular a axa geomérica de crescimeno (TGC), represenada por r, omandose o logarimo neperiano da referida expressão e rearranjando-se seus ermos. Assim, a expressão ln(x ) = ln(x 0 ) +.ln(1+r) pode ser esimada na forma X*=b 1 + b 2., na qual X*= ln(x ), b 1 = ln(x 0 ) e b 2 = ln(1+r). Para ober r, em-se r=exp(b 2 )-1. Noa-se que ano nas séries que possuem sinais negaivos ou com algum período igual a zero, não é possível o cálculo da TGC, dada a impossibilidade de se calcular o logarimo dos valores.

30 15 Na Tabela 2, aravés da diferença enre os oais consumido e produzido de cada país enre os anos-safra 1991/1992 e 2000/2001, pode-se idenificar aqueles mais relevanes para a formação dos preços no mercado inernacional, ano pelo lado da ofera como pelo da demanda. Tabela 2. Diferença enre produção e consumo domésico de açúcar por país, em milhões de oneladas. 1991/ / / / / / / / / / 2001 TGC 1 Brasil 2,11 3,64 2,77 4,68 6,80 5,65 8,84 12,23 8,76 6,45 16,6 UE(15) 4 2,61 3,90 4,40 2,56 3,08 4,03 4,75 3,43 4,76 3,68 3,3 Ausrália 2,57 3,55 4,17 3,84 4,73 4,94 4,81 3,69 3,89 3,32 1,9 Tailândia 3,85 2,47 2,58 3,90 4,64 4,34 2,45 3,73 4,00 3,28 1,4 Cuba 6,14 3,50 3,31 2,86 3,92 3,54 2,54 3,15 3,47 2,92-4,4 Índia 2,28-1,47-2,19 2,53 3,77-0,90-2,10 0,34 2,58 1,99 - Guaemala 0,75 0,73 0,74 0,92 0,94 1,17 1,42 1,18 1,22 1,25 7,5 África Sul 0,84-0,03-0,01 0,37 0,81 0,93 2,22 1,35 1,23 1,11 - Colômbia 0,48 0,67 0,71 1,00 0,86 0,94 0,90 1,01 0,95 0,92 6,1 Turquia 0,49 0,33 0,34-0,20-0,39-0,30 0,52 1,03 0,54 0,77 9,9 Paquisão -0,03 0,00 0,41 0,32-0,36-0,52 0,71 0,60-0,62-0,75 - Argélia 2-0,88-0,89-0,90-0,89-0,91-0,92-0,92-0,93-0,94-0,95-0,8 Malásia 2-0,63-0,68-0,74-0,87-0,97-0,94-0,87-0,95-1,02-1,05-5,3 Irã 2-0,85-0,75-0,77-0,84-0,85-1,06-1,04-1,02-0,93-1,09-3,7 Canadá 2-1,00-1,08-1,20-0,98-1,06-1,03-1,13-1,14-1,12-1,12-0,9 EUA 2-1,61-1,11-1,59-1,25-1,98-2,21-1,80-1,58-1,00-1,29 1,0 Indonésia 2-0,28-0,24-0,24-0,78-0,94-0,88-1,24-1,67-1,67-1,53-27,5 Japão 2-1,79-1,67-1,79-1,86-1,72-1,73-1,66-1,62-1,60-1,74 0,8 China 1,08 0,75-0,90-2,08-1,28-0,93 0,22 1,06-1,06-2,10 - Rússia 2-3,45-3,06-2,94-3,75-3,20-3,68-3,69-4,60-4,50-4,20-4,2 Fone: elaborado a parir de F.O. Lich (2001) 1 Taxa geomérica de crescimeno por ano-safra, em porcenagem; 2 A Taxa Geomérica de Crescimeno para eses países foi calculada com os valores em módulo. Assim, os valores calculados iveram o sinal inverido. Enre os países cuja produção de açúcar evoluiu acima do consumo inerno, iso é, que possuem excedenes, deve-se noar o crescimeno do poencial 4 A União Européia, bloco econômico que une ano países exporadores como imporadores, será considerada para efeio de análise como um único país. Os países são: Alemanha, Áusria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Iália, Luxemburgo, Países Baixos, Porugal, Reino-Unido e Suécia.

31 16 exporador do Brasil, viso que seus excedenes aumenaram à axa de 16,6% ao ano, enquano que na União Européia, na Ausrália e na Tailândia, as respecivas axas de crescimeno anual dos excedenes foram de 3,3%, 1,9% e 1,4%. Ouros países em que as axas de crescimeno dos excedenes foram expressivas são Turquia, Guaemala e Colômbia: 9,9%, 7,5% e 6,1%, respecivamene. Os principais países em que a quanidade consumida ficou abaixo da produzida foram 5 : Cuba (17,5%), Ausrália (20,6%), Guaemala (29,2%), Tailândia (32,3%), Suazilândia (36,9%), Colômbia (59,6%), Brasil (60,4%) e África do Sul (67,1%). Na Índia, o consumo represenou cerca de 97,7% da produção do período, denoando que apesar do País ser um grande produor de açúcar, é apenas auosuficiene. Enre os demandanes, observa-se que as imporações da Rússia aumenaram à axa de 4,2% ao ano. Na Indonésia, esa axa foi de 27,5% e na Malásia, de 5,3%. Denre os países que apresenam necessidade de imporar açúcar, desacam-se: Nigéria (2806,1%), Canadá (943,3%), Malásia (920,9%), Rússia (302,3%), Japão (298,9%), Irã (206,5%), Marrocos (178,0%), Egio (154,2%), Indonésia (150,0%), EUA (121,9%) e China (109,3%). Na Tabela 3 são apresenados dados que permiem analisar a represenaividade dos principais exporadores de açúcar. Noa-se que enre os anossafra 1999/2000 e 2002/2003, em ermos físicos, as exporações mundiais aumenaram cerca de 5 milhões de oneladas, sendo que o Brasil foi responsável por 2,9 milhões de oneladas dese oal, e Índia e Tailândia, por aproximadamene 1,7 milhão e 1,0 milhão de oneladas, respecivamene. Observa-se ambém que as exporações de Cuba iveram reração de 1,9 milhão de oneladas e as da União Européia permaneceram no mesmo paamar. Em ermos de paricipação percenual dos países, os maiores exporadores foram Brasil, União Européia, Tailândia e Ausrália, com os respecivos 5 Os valores que seguem nos parêneses represenam o percenual do consumo sobre a produção de cada país.

32 17 marke share de 26,9%, 14,0%, 10,1% e 9,0%, respecivamene. Cuba, África do Sul, Guaemala, Colômbia e Índia pariciparam, respecivamene, com 6,6%, 3,5%, 3,0%, 2,5% e 2,5%. Deve-se aenar para o fao de que os quaro maiores exporadores concenraram 60,0% das vendas inernacionais, e os oio maiores rês quaros delas. Tabela 3. Quanidade exporada de açúcar por país, em mil oneladas. 1999/ / / /2003 Brasil , , , ,0 UE(15) 6.138, , , ,0 Tailândia 4.147, , , ,0 Ausralia 4.123, , , ,0 India 25, , , ,0 Cuba 3.400, , , ,0 África do Sul 1.410, , , ,0 Guaemala 1.140, , , ,0 Colômbia 959,0 965, , ,0 Ouros 8.829, , , ,0 Toal , , , ,0 Fone: USDA (2003) Pelo lado da demanda, conforme mosra a Tabela 4, a Rússia foi o principal imporador mundial de açúcar enre os anos-safra 1999/2000 e 2002/2003, adquirindo 13,6% do oal comercializado no mercado inernacional, seguida por Paquisão, União Européia e Indonésia, com as respecivas paricipações de 8,3%, 5,3% e 4,5%. Os quaro maiores imporadores 6 junos responderam por apenas 31,7% das aquisições e os oio maiores por 45,4%, confirmando que a demanda inernacional é pouco concenrada. Um imporane aspeco a ser considerado no mercado inernacional de açúcar relaciona-se ao elevado grau de proecionismo vigene em imporanes mercados imporadores. A respeio desas políicas inervencionisas, sobreudo nos Esados Unidos e na União Européia, Burnquis & Bacchi (2002) observaram que uma das conseqüências em sido relacionada ao isolameno deses mercados domésicos, pois à 6 Considerando-se apenas os países presenes nos dados disponibilizados pela fone. Noa-se que a fone não discriminou os dados para imporanes países imporadores como Coréia do Sul, Malásia, Sri Lanka e Arábia Saudia.

33 18 medida que os países impedem que suas respecivas oferas e demandas inernas respondam a movimenos de preços no mercado inernacional, a produção domésica em resulado, sisemaicamene, em níveis superiores aos que prevaleceriam na ausência da inervenção governamenal. Concluíram ainda que os países com mercados hisoricamene mais proegidos manêm-se enre os maiores imporadores no ranking mundial, denoando que a liberalização das políicas que susenam a produção de açúcar nos Esados Unidos e na União Européia ceramene proporcionaria um incremeno da inensidade de comércio mundial de açúcar. Tabela 4. Quanidade imporada de açúcar por país, em mil oneladas. 1999/ / / /2003 Rússia 5.170, , , ,0 Paquisão 2.595, , , ,0 UE(15) 1.786, , , ,0 Indonésia 1.949, , , ,0 EUA 1.484, , , ,0 Japão 1.650, , , ,0 Canadá 1.207, , , ,0 Egio 292,0 946, , ,0 China 687, , ,0 540,0 Ouros , , , ,0 Toal , , , ,0 Fone: USDA (2003) Em relação às exporações brasileiras de açúcar, enre 1996 e 2002 foram exporadas em média 5,7 milhões de oneladas de açúcar bruo e 3,4 milhões de oneladas de açúcar refinado por ano, observando-se um crescimeno de 86,5% e 344,6% para as exporações de açúcar bruo e refinado, respecivamene, nesse período. Em ermos de receia de exporação, a arrecadação média anual do País foi de US$ 1,11 bilhão com o açúcar bruo e US$ 718,85 milhões com o refinado (Tabelas 5 e 6). A paricipação das vendas exernas de açúcar sobre o oal de receia com exporações obida pelo País nos see anos analisados foi de 3,4%. Em ermos de evolução, os volumes exporados de açúcar bruo enre 1996 e 2002 cresceram 11,3% a.a., enquano que para os embarques de açúcar refinado, a axa foi ainda maior, 19,2% a.a.

34 19 Deve-se noar que no mercado de açúcar bruo, a Rússia foi o principal comprador do produo brasileiro, endo adquirido 40,6% do oal exporado pelo País enre 1996 e Na sequência dos principais imporadores do produo brasileiro esão Emirados Árabes Unidos, Egio, Irã, Canadá e Marrocos, cujas paricipações foram de 6,0%, 5,5%, 4,9%, 4,6% e 4,5%, respecivamene. Assim, oio países adquiriram 73,2% das exporações brasileiras no período. Deve-se noar que não apenas as aquisições russas, cuja axa de crescimeno foi de 35,3% ao ano, aumenaram consisenemene, mas ambém as iranianas, romenas e canadenses, cujas axas de acréscimo ao ano foram de 45,6%, 35,8% e 30,6%, respecivamene. Tabela 5. Exporações brasileiras de açúcar bruo 7 por país, em mil oneladas TGC 1 Rússia 473, , , , , , ,2 35,3 Emirados Árabes 179,8 479,9 429,3 427,5 405,0 174,4 265,9-3,2 Egio 296,4 351,1 348,9 444,1 0,0 302,0 439,7 - Irã 42,9 142,9 167,0 276,6 357,7 403,5 553,7 45,6 Canadá 110,1 114,5 115,1 416,0 173,1 307,7 599,4 30,6 Marrocos 235,7 272,6 316,2 235,3 240,1 268,3 200,5-2,8 Eua 363,2 241,3 275,2 107,7 195,6 152,4 118,6-15,2 Romênia 235,1 7,0 106,0 167,2 279,2 391,0 202,8 35,8 Arábia Saudia 11,0 0,0 177,5 206,5 272,2 202,7 230,5 - Malásia 0,0 0,0 78,4 270,4 99,3 191,4 276,3 - Indonésia 0,0 39,2 349,6 181,4 0,0 45,1 69,6 - Ouros 2.143, ,8 784, ,5 617, , ,1-7,5 Todos 4.090, , , , , , ,3 11,3 Fone: Brasil (2003b) 1 Taxa geomérica de crescimeno por ano-safra, em porcenagem. Em relação aos mercados mais proegidos, as exporações brasileiras de açúcar bruo para os Esados Unidos e União Européia represenaram 3,7% e 0,8% do oal, respecivamene, e iveram axas de crescimeno negaivas: 15,2% e 7,9%, respecivamene, no período 1996 a Foram considerados os valores da NCM , conforme a classificação da fone.

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