110INFLUÊNCIA DA MECANIZAÇÃO DA COLHEITA NA VIABILIDADE LANNA, G. B. ECONÔMICO- FINANCEIRA DA CAFEICULTURA NO SUL DE MINAS GERAIS
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- Marcelo Bicalho Pinto
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1 110INFLUÊNCIA DA MECANIZAÇÃO DA COLHEITA NA VIABILIDADE LANNA, G. B. ECONÔMICO- M. & REIS, R. P. FINANCEIRA DA CAFEICULTURA NO SUL DE MINAS GERAIS Giovani Blasi Marino Lanna 1 ; Ricardo Pereira Reis 2 (Recebido: 23 de março de 2010 ; aceio 5 de janeiro de 2012) RESUMO: Objeivou-se, no presene esudo, avaliar a influência da mecanização na viabilidade econômico-financeira da exploração da cafeiculura, na região sul do esado de Minas Gerais. Desse modo, foram uilizadas écnicas ou indicadores de análise de projeos para verificar a viabilidade econômico-financeira do invesimeno na aividade cafeeira. Como principais resulados pôde-se concluir que, a uilização da mecanização na colheia do café, quando possível, em impaco significaivo na composição de cusos, o que influencia direamene o desempenho do empreendimeno cafeeiro na região sul de Minas Gerais. Por fim, cabe desacar que o preço do café em influência na viabilidade econômico-financeira do invesimeno cafeeiro, sendo fundamenal para a sua renabilidade. Dessa forma, o empresário rural deve efeuar um gerenciameno que priorize o planejameno e a gesão de cusos, buscando a oimização dos recursos produivos aplicados na cafeiculura, além de poder uilizar mecanismos de comercialização para minimizar o risco de variabilidade dos preços do café como mercado de fuuros, por exemplo. Termos para indexação: Café, cuso de produção, análise de invesimeno. INFLUENCE OF HARVEST MECHANIZATION IN ECONOMIC AND FINANCIAL VIABILITY OF COFFEE FARMING IN SOUTHERN MINAS GERAIS ABSTRACT: This sudy was conduced wih he aim of evaluaing he influence of mechanizaion on economic and financial feasibiliy of esablishing coffee planaions in he souhern region of he Sae of Minas Gerais. Thus, echniques or projec analysis indicaors were used o verify he economic and financial feasibiliy of invesing in coffee aciviy. The main resuls conclude ha, he use of mechanizaion in he coffee harves, when possible, has a significan impac on he composiion of coss, which direcly influences he performance of he coffee enerprise in he souhern region of Minas Gerais. Finally, we noe ha he price of coffee has an influence on he economic viabiliy of coffee invesmen which is essenial o he profiabiliy. Thus, he rural enrepreneur mus use a managemen syle ha emphasizes planning and cos managemen and seeks o opimize he producive resources used in coffee planaions, while also using marke mechanisms o minimize he risk of coffee price variabiliy in he fuure marke. Index erms: Coffee, economic indicaors, analysis of invesmen. 1 INTRODUÇÃO A cafeiculura é uma aividade presene em grande pare do erriório nacional, com desaque para os esados de Minas Gerais, Espírio Sano, São Paulo e Paraná. O esado de Minas Gerais em imporância desacada na economia agrícola do país, represenando, em 2010, 12,8% do agronegócio nacional. O Produo Inerno Bruo (PIB) da agriculura mineira no período de janeiro a dezembro de 2010 foi de R$ 44,8 bilhões, disribuídos enre os segmenos de insumos, produção, indusrialização e disribuição. No segmeno produor, a aividade de maior desaque foi a cafeeira (33,6%), seguida da soja (12,6%) e do milho (12,4%) (CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA - CEPEA, 2011; FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS - FAEMG, 2011). As lavouras cafeeiras esão difundidas pelo erriório mineiro, com desaque para as regiões Sul e Cenro-Oese que, na safra 2010, produziram 12,6 milhões de sacas de 60 kg, correspondendo a 50% da produção do esado. As regiões mineiras da Zona da Maa, Jequiinhonha, Mucuri, Rio Doce, Cenral e Nore produziram 27%, o Triângulo, Alo Paranaíba e Noroese foram responsáveis por 23% da produção oal de Minas Gerais (COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONAB, 2011). Dada a imporância da cafeiculura para o Esado, as informações relacionadas às insabilidade de preços e de produção são relevanes para o 1 Rua Papa João XXIII Lourdes Viçosa-MG - giovaniblasi@yahoo.com.br 2 Universidade Federal de Lavras /UFLA - Deparameno de Adminisração e Economia/DAE - Cx. P Lavras - MG - ricpreis@dae.ufla.br
2 Influência da mecanização da colheia gerenciameno da empresa rural que invese nessa aividade. Conforme Bacha (1998), a cafeiculura brasileira em rês ciclos disinos de preços e/ou de produção. O primeiro ciclo é o plurianual, pois, devido à caracerísica perene da plana, exise a demanda de empo enre o planio e o início da mauridade da produção, apresenando, assim, comporameno disino de preço e produção, ao longo dos anos. O segundo ciclo é o bienal e consise na oscilação das floradas do cafeeiro: em um ano, apresena grande produção, seguido por um ano de pequena produção, devido ao esgoameno da plana nos anos de ala produção. O erceiro ciclo é o inra-anual, que corresponde ao período de safra e enressafra, que ocorre devido à ausência de produção conínua ao longo do ano, o que implica na variação sazonal de preços. Dessa maneira, noa-se que as caracerísicas do cafeeiro diminuem as possibilidades de o produor omar decisões que visem um ajuse rápido de sua produção às alerações de mercado, que poderiam proporcionar benefícios em deerminadas siuações de curo e médio prazo. A cafeiculura apresena-se como uma aividade propensa a riscos e incerezas. O empresário rural que invese nessa aividade deve realizar um planejameno e visar um gerenciameno que leve à eficiência e à compeiividade, buscando a oimização dos recursos produivos aplicados na aividade cafeeira. E, nessas condições, ao invesir na aividade, o esudo da viabilidade econômicofinanceira orna-se relevane para demonsrar o comporameno da renabilidade, além de proporcionar uma esimaiva dos impacos na gesão da aividade cafeeira em relação a possíveis aconecimenos fuuros como elevação dos cusos, alerações na produção, enre ouros. Dessa forma, pela relevância da cafeiculura na esruura socioeconômica do Esado, preende-se, nese esudo, invesigar a viabilidade econômicofinanceira de invesimeno na cafeiculura, no sul de Minas Gerais. 2 MATERIAL E MÉTODOS O esudo da viabilidade econômico-financeira de invesimeno em relação direa com os fundamenos eóricos que raam de projeos ou alernaivas de invesimenos. Segundo Woiler e Mahias (2008), os projeos de invesimeno podem ser enendidos como um conjuno de informações inernas e/ou exernas à empresa, coleadas e processadas com o objeivo de analisar uma decisão de invesimeno. Nesse senido, o projeo é raado como um modelo que, incorporando informações qualiaivas e quaniaivas, procura simular a decisão de invesir e suas implicações. Ao invesigar uma alernaiva de invesimeno, é essencial deerminar qual o seu fluxo de caixa. Após a consiuição do fluxo de caixa, é possível verificar a viabilidade do invesimeno por meio da uilização de écnicas ou criérios de análises dos indicadores econômico-financeiros. O fluxo de caixa de um projeo ou alernaiva de invesimeno deve ser composo de conribuições (enrada e saída de dinheiro) que refleem, com grande probabilidade de acero, as enradas e as saídas de unidade moneária que vão auar ao longo do prazo analisado (HIRSCHFELD, 2007). Nesse conexo, enende-se como prazo de análise o número deerminado de períodos do projeo de invesimeno, ou seja, o horizone do invesimeno. No caso de um horizone muio longo, a confiabilidade das projeções poderá diminuir à medida que se afasa do insane inicial de projeção, enquano um horizone curo pode prejudicar a análise de um invesimeno cuja mauração é mais demorada. Um dos criérios adoados para deerminar o horizone do invesimeno é fixá-lo em função de sua vida úil média (WOILER; MATHIAS, 2008). Noronha (1987) ressala que a elaboração do fluxo de caixa somene é possível se odas as especificações écnicas de recursos, bem como de produos a serem produzidos, forem conhecidas. A parir da elaboração do fluxo de caixa, as écnicas ou indicadores de análise de projeo podem ser uilizados para verificar-se a viabilidade econômico-financeira do mesmo. Ao esar a viabilidade de um projeo, o empresário procura informações que o auxiliem no processo de omada de decisão, em favor de um invesimeno que seja mais renável. As écnicas comumene uilizadas em análises de invesimeno são: Payback Simples (PBS): corresponde ao período de empo necessário para que o capial invesido inicialmene no projeo seja recuperado; Valor Presene Líquido (VPL): refere-se à soma das conribuições ao longo do projeo, desconada uma axa que represene o
3 112 LANNA, G. B. M. & REIS, R. P. cuso do capial no empo, endo como finalidade deerminar um valor no insane considerado inicial; Taxa Inerna de Reorno (TIR): refere-se à axa de descono que iguala o VPL de um projeo a zero, sendo a axa composa que o projeo pode gerar. A análise de viabilidade econômico-financeira pode ser complemenada com ouros indicadores que venham a auxiliar na decisão do invesidor, como a Razão Benefício/Cuso (B/C) e a esimaiva do Cuso Toal Médio (CTMe). A Razão Benefício/Cuso (B/ C) em o inuio de verificar se o projeo de invesimeno é ou não viável, comumene uilizado em avaliações de projeos governamenais. Sua análise baseia-sse nas sequências de benefícios (rendimenos moneários) e os cusos presenes no fluxo de caixa. O Cuso Toal Médio (CTMe) corresponde à relação enre os cusos do sisema de produção e as quanidades produzidas e sua uilização busca verificar se, a dado preço de venda, o capial empregado esá sendo remunerado para a dada produção. Segundo Silva e Reis (2001), ao analisar os cusos econômicos da produção, deve-se considerar o cuso de oporunidade ou alernaivo do capial, que represena os recursos que poderiam ser gerados na melhor uilização alernaiva do capial. Os mesmos auores desacam, ainda, que, por meio da comparação dos preços recebidos pelo produo, com o cuso médio de produção, pode-se esimar a lucraividade do empreendimeno. Para aender aos objeivos dese rabalho, formulou-se um fluxo de caixa da produção de café arábica, na região produora do sul de Minas Gerais, a parir de dados referenes aos coeficienes écnicos e aos cusos de produção obidos juno ao Polo de Excelência do Café, sediado na Universidade Federal de Lavras (UFLA). Os dados fornecidos pelo Polo de Excelência do Café foram elaborados em colaboração da EMATER-MG de Lavras, MG, por écnicos de cooperaivas e de profissionais da UFLA. Para realizar a análise de viabilidade econômico-financeira da exploração da cafeiculura no sul de Minas Gerais foram consideradas duas alernaivas de invesimeno, de acordo com os sisemas de produção da lavoura (Anexos, Tabela 1A e 2A). O primeiro sisema de produção foi denominado de Alernaiva A, que possui produividade média anual de 30 sacas café, por hecare, com variação enre 25 a 35 sacas, sendo a colheia realizada de forma manual. A segunda alernaiva de invesimeno, denominada de Alernaiva B, em as mesmas caracerísicas do primeiro sisema, mas adoa a mecanização por meio de máquina auomoriz na colheia, que é realizada de forma seleiva com duas passadas. Alguns faores que influenciaram na deerminação do fluxo de caixa do empreendimeno: horizone do invesimeno: o fluxo de caixa do invesimeno na cafeiculura conou com um horizone emporal definido em 15 anos. axa de descono: uilizada para o cálculo dos indicadores de análise de viabilidade econômico-financeira foi a axa de juros de 8% ao ano, que cor r esponde, aproximadamene, ao reorno do capial aplicado na cadernea de poupança, corrigido para o ano de Essa axa represena o cuso alernaivo do capial aplicado na cafeiculura e é comumene uilizada como alernaiva, devido à sua acessibilidade para os produores rurais e por sua liquidez. preço: refere-se ao preço da saca de 60 quilos de café, no período de janeiro de 1994 a dezembro de 2008, obido juno ao Cenro de Esudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Escola Superior de Agriculura Luiz de Queiroz (ESALQ) e à Cooperaiva Regional de Cafeiculores de Guaxupé (COOXUPÉ). Os preços foram deflacionados de acordo com o Índice Geral de Preço Disponibilidade Inerna (IGP-DI), obido juno ao Insiuo de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA (2009). Considerou-se, como base de preços, o mês de dezembro de A média de preço real regisrada no período de 1994 a 2008 foi de R$ 362,81, por saca de café de 60 quilos. depreciação (D): foi adoado o méodo de depreciação linear para represenar o cuso necessário para subsiuir os bens
4 Influência da mecanização da colheia Vn V D V empregados na aividade devido ao desgase físico ou econômico, sendo expressa por: u r em que Vn é o valor do recurso novo; Vr é o valor de revenda do bem e Vu indica a vida úil do bem uilizado na aividade. Os iens depreciados foram: invesimeno na formação da lavoura, invesimeno em erreiro e depósio e uensílios (ferramenas, enxada, ec.). 2.1 Consideração analíicas da viabilidade econômico-financeira de um invesimeno Os empr eendimenos são comumene avaliados por um conjuno de écnicas ou indicadores que buscam esabelecer parâmeros de sua viabilidade e que per miem analisar a renabilidade do invesimeno. Trabalhos como de Arêdes (2006), Arêdes e Pereira (2008), Oliveira e al. (2005), Palacin (2007) e Pereira, Arêdes e Teixeira (2007), empregaram écnicas de análise de invesimenos na agriculura. As écnicas que serão uilizadas no presene esudo são descrias a seguir Payback Simples (PBS) Corresponde ao período de empo necessário para que o capial invesido inicialmene no projeo seja recuperado, expresso por: n PBS ( B I) 0 (1) 0 em que B são os benefícios; I o invesimeno no insane inicial; o período de empo e n, o horizone do invesimeno Payback Desconado (PBD) Indica o período de empo necessário para que o capial invesido inicialmene no projeo seja recuperado e remunerado pela axa de descono considerada, expresso por: em que B são os benefícios; I, o invesimeno no insane inicial;, o período de empo;, o horizone do invesimeno e, a axa de descono uilizada Valor Presene Líquido (VPL) Represena o reorno moneário do invesimeno, considerando o valor do dinheiro no empo, a uma axa de descono predeerminada, expresso por: VPL ( R C) n 1 (1 k) em que R são as receias; C, os cusos e os invesimenos gerados pelo projeo;, o período de empo;, o horizone do invesimeno e, a axa de descono uilizada. Pelo criério considerado, quando VPL>0, o invesimeno é viável; quando VPL<0, o invesimeno é inviável e VPL=0, indiferene Taxa Inerna de Reorno (TIR) (3) É a axa de descono inerna gerada pelo invesimeno que orna o VPL = 0, apresenado pela expressão: n ( R C) VPL 0 (4) (1 TIR) 1 em que R são as receias; C, os cusos e os invesimenos gerados;, o período de empo;, o horizone do invesimeno e a TIR é a axa máxima de descono que o invesimeno supora e que iguala o VPL a zero. Caso a TIR seja maior que a axa de descono predeerminada, o empreendimeno será economicamene viável Razão Benefício/Cuso (B/C) É a razão enre receia e despesa que permie ober o reorno do invesimeno por unidade moneária invesida, desconado o valor do dinheiro no empo a uma axa de descono predeerminada, expressa por: PBD ( B I) n 0 (1 k) (2) B/C R (1 k) n 0 C (1 k) (5)
5 114 LANNA, G. B. M. & REIS, R. P. em que R são as receias; C, os cusos e os invesimenos gerados pelo projeo;, o período de empo;, o horizone do invesimeno e é a axa de descono uilizada. Por ese criério, quando B/C>1, o invesimeno é viável; quando B/C<1, o invesimeno é inviável e B/C = 1, indiferene Cuso Toal Médio (CTMe) É o cuso oal de se produzir uma unidade do produo. Quano menor o cuso por unidade produzida, maiores a eficiência e a compeiividade. O Cuso Toal Médio (CTMe) é obido pela razão: CT CTMe q em que CT é o cuso oal de produção e q, a quanidade produzida. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO (6) 3.1 Sisemas de produção da exploração da cafeiculura no sul de Minas Gerais A composição de cusos da Alernaiva A e da Alernaiva B podem ser observados na Figura 1. Na Alernaiva A, a colheia do café é realizada de forma manual, sendo a produividade média anual de 30 sacas por hecare, com variação enre 25 aé 35 sacas. Noa- se que a maior parcela dos gasos é com os insumos, represenando 37% do cuso oal de produção; em seguida, desacam-se os demais serviços, com 22% e ouros cusos, com 21%; os cusos com a colheia foram da ordem de 20%. No enano, cabe desacar que, para o cuso com a colheia, foi considerado apenas a derriça, abanação e ensacameno, que no caso são realizadas de forma manual. Nesse sisema, emprega-se 62% a mais de mão de obra que a uilizada na Alernaiva B. A segunda alernaiva da exploração da aividade cafeeira foi denominada de Alernaiva B e apresena as mesmas caracerísicas que a Alernaiva A, exceo pela colheia mecanizada. A composição do cuso de produção demonsra que os insumos represenam 44% dos cusos, seguidos pelos demais serviços (24%) e ouros (22%), A colheia, composa apenas pelo uso da colhedora e a operação de repasse, represena 10% do cuso oal, sendo menor que os gasos com a colheia regisrados pela Alernaiva A Analisando-se as duas alernaivas de invesimeno, consaa-se que a forma de realizar a colheia dos fruos, de forma manual ou mecanizada, influencia significaivamene na esruura de cusos da aividade cafeeira. No enano, de acordo com Silva e al. (2001), a uilização de colhedoras auomorizes ou racionadas, pode ser viável, em errenos com declividade de aé 20%. Os auores ainda desacam Composição de cusos das alernaivas de invesimeno 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Alernaiva A Alernaiva B Insumos Demais serviços Colheia Ouros cusos Fone: Dados da pesquisa FIGURA 1 Composição de cusos das alernaivas A e B da exploração da cafeiculura no sul de Minas Gerais.
6 Influência da mecanização da colheia que exisem ouras limiações, de ordem operacional e econômica, demonsrando que a operação de colheia mecânica em que ser complemenada manualmene. 3.2 Análise das écnicas ou indicadores financeiros para o invesimeno da exploração da cafeiculura no sul de Minas Gerais A aplicação das écnicas de análise de invesimenos fornece ao invesidor informações relevanes sobre a viabilidade econômico-financeira de um invesimeno, auxiliando-o na omada de decisão. Na Tabela 1 são apresenados os resulados do Valor Presene Líquido (VPL), Taxa Inerna de Reorno (TIR), Cuso Toal Médio (CTMe), Payback Simples (PBS), Payback Desconado (PBD) e Razão Beneficio/Cuso (B/C). Em relação à Alernaiva A, que possui média anual de 30 sacas por hecare e a colheia do fruo é realizada de forma manual, o Valor Presene Líquido (VPL) obido foi menor que zero, da ordem de -R$ 6.065,82. De acordo com essa écnica, o resulado demonsra que a Alernaiva A é inviável, ao cuso do capial de 8% ao ano. Já a Alernaiva B, que em a mesmas caracerísicas da Alernaiva A, exceo pela uilização da mecanização da colheia, apresenou VPL posiivo da ordem de R$ 4.645,59. Sendo assim, a Alernaiva B é viável a uma axa de descono de 8% ao ano, gerando riqueza para o empresário rural. Os resulados da Taxa Inerna de Reorno (TIR), que represena a axa de reorno do invesimeno e que iguala o VPL a zero, demonsraram que a Alernaiva A apresenou a TIR igual a 4,17%, ou seja, a TIR obida é menor que a axa de descono requerida de 8% ao ano, inviabilizando essa alernaiva de invesimeno. A TIR obida pela Alernaiva B foi de 10,71% e, dessa forma, a Alernaiva B é viável e preferível a invesimenos alernaivos, aé a remuneração de capial de 10,71% ao ano. Para deerminar-se o Cuso Toal Médio (CTMe) que represena o cuso oal por unidade produzida, foram considerados os cusos a parir do ano 1 do invesimeno. Quano menor for o valor do CTMe, maior é a possibilidade de os cusos do empreendimeno serem pagos pela receia gerada com a venda das unidades produzidas. No caso da Alernaiva A, o CTMe consaado foi de R$ 346,89, por saca, enquano a Alernaiva B é igual a R$ 299,56. Para as duas siuações, o preço recebido pela saca de café no valor de R$ 362,81 é superior que os cusos anuais de produção. Cabe ressalar que caso, o produor consiga aumenar a produividade de sacas de café por hecare sem que haja uma elevação significaiva de cusos de produção, menor será o cuso uniário da saca de café devido ao aumeno da produividade. Assim, há a possibilidade de o empresário auferir maior margem de lucro. A redução dos cusos com serviços, devido à adoção da mecanização da colheia, foi responsável pelo menor CTMe da Alernaiva B. Como a esruura de cusos da Alernaiva A é semelhane à da Alernaiva B, exceo pela mecanização da colheia, observa-se que a mudança na forma de colher o fruo, adoando-se a mecanização reduziu o cuso da saca de café na Alernaiva B em 13,64%, comparado com a Alernaiva A. A liquidez das alernaivas foi obida com o Payback Simples (PBS) (Figura 2). O capial inicial invesido para a exploração das duas alernaivas é igual a R$ ,49. Na Alernaiva A, o invesimeno inicial é recuperado em 13,49 anos. Já a recuperação do capial invesido na Alernaiva B ocorre em 8,19 anos. Enre as alernaivas analisadas, a Alernaiva B em o menor empo de recuperação do capial invesido e, consequenemene, maior liquidez. O período de recuperação do invesimeno ambém pode ser calculado considerando o cuso do capial, nese caso à axa de 8% ao ano, obendo-se o Payback Desconado (PBD), que apresena como vanagem ao PBS, a inclusão da axa de descono que represena o cuso de oporunidade do capial invesido. Dessa forma, as alernaivas apresenaram a recuperação do capial invesido em períodos maiores que os consaados com o Payback Simples. O PBD da Alernaiva A não recupera o capial invesido no horizone do invesimeno, que é de 15 anos, enquano a Alernaiva B recupera o capial invesido em 13,04 anos. No caso do PBD, a Alernaiva B ambém apresena maior liquidez em relação à Alernaiva A. O indicador Razão Benefício Cuso (B/C) demonsrou viabilidade para a Alernaiva B. No caso do Alernaiva A, cada R$ 1,00 invesido gera um reorno de R$ 0,90. Já a Alernaiva B obém um reorno da ordem de R$ 1,02, para cada R$ 1,00 invesido.
7 116 LANNA, G. B. M. & REIS, R. P. TABELA 1 Resulado dos indicadores de avaliação da viabilidade econômico-financeira da exploração da cafeiculura no sul de Minas Gerais, para preço real da saca de café em R$ 362,81, referene à média no período de 1994 a Indicadores Alernaiva A Alernaiva B Valor Presene Líquido - VPL (R$) , ,59 Taxa Inerna de Reorno - TIR (%) 4,17 10,71 Cuso Toal Médio - CTMe (R$/saca) 346,89 299,56 Payback Simples - PBS (anos) 13,49 8,19 Payback Desconado - PBD (anos) > 15 13,04 Razão Beneficio/Cuso - B/C 0,90 1,02 Fone: Dados da pesquisa. Indicador de viabilidade: Payback Simples R$ anos Alernaiva A Alernaiva B Fone: Dados da pesquisa FIGURA 2 Payback Simples (PBS) para as alernaivas A e B da exploração da cafeiculura no sul de Minas Gerais. 4 CONCLUSÕES Os coeficienes dos indicadores de viabilidade econômico-financeira Valor Presene Líquido (VPL), Taxa Inerna de Reorno (TIR) e Razão Beneficio Cuso (B/C), demonsraram que a Alernaiva B com colheia mecanizada, foi viável. Já a Alernaiva A, com colheia manual, foi inviável. A Alernaiva B apresenou maior liquidez e obeve os menores Payback Simples (PBS), Payback Desconado (PBD) e Cuso Toal Médio (CTMe), em relação à Alernaiva A. Conclui-se que, a uilização da mecanização na colheia do café, quando possível, em impaco significaivo na composição de cusos, o que influencia direamene o desempenho do empreendimeno cafeeiro, na região sul de Minas Gerais. A Alernaiva B, que adoa a colheia mecanizada, apresenou menor cuso e melhor resulado dos indicadores econômicofinanceiros em comparação com a Alernaiva A, que realiza a colheia de forma manual. Por fim, cabe desacar que o preço do café em influência na viabilidade econômico-financeira do invesimeno cafeeiro sendo fundamenal para a sua renabilidade. Dessa forma, o empresário rural deve efeuar um gerenciameno que priorize o planejameno e a gesão de cusos, buscando a oimização dos recursos produivos aplicados na cafeiculura, além de poder
8 Influência da mecanização da colheia uilizar mecanismos de comercialização para minimizar o risco de variabilidade dos preços do café como o mercado de fuuros, por exemplo, haja visa a impossibilidade do empresário cafeiculor, isoladamene, influenciar o preço do café no mercado. 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARÊDES, A. F. Avaliação econômica da irrigação do cafeeiro em uma região radicional produora p. Disseração (Mesrado em Economia Aplicada) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, ARÊDES, A. F.; PEREIRA, M. W. G. Análise econômica da produção de café arábica: um esudo de caso com simulação de Mone Carlo para sisemas de baixa e ala produividade. Informações Economicas, São Paulo, v. 38, n. 4, p , abr BACHA, C. J. C. A cafeiculura brasileira nas décadas de 80 e 90 e suas perspecivas. Preços Agrícolas, São Paulo, v. 12, n. 142, p , ago CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA. PIB agro mineiro. Disponível em: <hp// : Acesso em: 7 ou COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. Indicadores agropecuários. Disponível em: <hp:// Acesso em: 7 ou FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Indicadores do agronegócio. Disponível em: <hp//: Acesso em: 7 ou HIRSCHFELD, H. Engenharia econômica e análise de cusos. 7. ed. São Paulo: Alas, p. INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Índices analíicos. Disponível em: <hp// : Acesso em: 12 jun NORONHA, J. F. Projeos agropecuários: adminisração financeira, orçameno e viabilidade econômica. 2. ed. São Paulo: Alas, p. OLIVEIRA, M. D. M. e al. Invesimeno e renabilidade na produção de café especial: um esudo de caso. Informações Econômicas, São Paulo, v. 35, n. 9, p , se PALACIN, J. J. F. Avaliação energéica e econômica de sisemas de produção de café de monanha p. Tese (Douorado em Economia Aplicada) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, PEREIRA, M. W. G.; ARÊDES, A. F.; TEIXEIRA, E. C. Avaliação economica do culivo de rigo dos esados do Rio Grande do Sul e Paraná. Revisa de Economia e Agronegocio, Viçosa, v. 5, n. 4, p , SILVA, F. M. e al. Colheia do café mecanizada e semimecanizada. Lavras: UFLA; CBP&D/Café, p. SILVA, J. M.; REIS, R. P. Cusos de produção na região de Lavras, MG: esudo de casos. Ciência e Agroecnologia, Lavras, v. 25, n. 6, p , nov./dez WOILER, S.; MATHIAS, W. F. Projeos: planejameno, elaboração e análise. 2. ed. São Paulo: Alas, p.
9 118 LANNA, G. B. M. & REIS, R. P. ANEXOS: TABELA 1 A Fluxo de caixa e orçameno da Alernaiva A referene a colheia manual, quando o preço real da saca de café é de R$ 362,81, referene à média no período de 1994 a 2008, em 15 anos da produção de café Cauaí, com planas em 1 hecare, para região sul de Minas Gerais. Descrição ESP. V.U QT. Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano3... Ano 15 A: Enradas 9.070, ,30... Produção saca/kg Preço R$ 362,81 362, ,81 Valor residual R$/ha ,00 B: Saídas 6.560, , , ,44 b.1.insumos... Superfosfao simples Kg 320 0,80 256,00 256,00 256, ,00 Sulfao amônio Kg , , , , ,00 Cloreo de poássio Kg 400 2,00 800,00 800,00 800, ,00 Sulfao de zinco Kg 8 2,25 18,00 18,00 18, ,00 Ácido bórico Kg 75 3,00 225,00 225,00 225, ,00 Calcário T 2 70,00 140,00 140,00 140, ,00 Fungicida (ferrugem) l 1 75,00 75,00 75,00 75, ,00 Inseicida (cigarra) Kg 30 8,00 240,00 240,00 240, ,00 Inseicida (bicho mineiro) l 1 42,00 42,00 42,00 42, ,00 Inseicida (broca) l 1 18,75 18,75 18,75 18, ,75 Fungicida cúprico Kg 3 21,77 65,31 65,31 65, ,31 Formicida Kg 1 6,26 6,26 6,26 6, ,26 Herbicida l 4 19,94 79,76 79,76 79, ,76 Sacaria nova (ipo exporação) Unid. 3,85 96,25 115, ,50 Uensílios R$ 285,06 285,06 285, ,06 b.2.serviços... Aplicação de defensivos+foliar HT 4 55,00 220,00 220,00 220, ,00 Arruação+esparramação HT 3 55,00 165,00 165,00 165, ,00 Aplicação calcário HT 2 55,00 110,00 110,00 110, ,00 Adubação em coberura DH 4 25,00 100,00 100,00 100, ,00 Desbroa DH 6 25,00 150,00 150,00 150, ,00 Aplicação herbicida (2X) HT 3 55,00 165,00 165,00 165, ,00 Capina mecânica roçadora (2X) HT 4 55,00 220,00 220,00 220, ,00 Capinas manuais (repasse) DH 9 25,00 225,00 225,00 225, ,00 Colheia manual DH 80 25, , , ,00 Secagem DH 11 25,00 275,00 275, ,00 Beneficiameno R$/saca 4,50 112,50 135, ,00 Transpore % ,50 374,25 376, ,50 b.3.adminisração... Depreciação 842,89 842,89 842, ,89 MDO adminisraiva R$/ha 330,00 330,00 330, ,00 Assisência écnica R$/ha 61,51 61,51 61, ,51 Conabilidade R$/ha 78,00 78,00 78, ,00 Telefone/ luz R$/ha 108,00 108,00 108, ,00 INSS R$/% 208,62 250, ,34 Ouros imposos e conribuições 118,14 361,56 361, ,56 C: Lucro anes imposo de renda ,18-664, , ,58 D: Imposo de renda ,18-664, , ,58 E: Lucro líquido ,18-664, , ,58 F: Depreciação R$/ha 842,89 842,89 842,89... Coninua ,89
10 Influência da mecanização da colheia TABELA 1 A Coninuação... Descrição ESP. V.U QT. Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano3... Ano 15 F: Depreciação R$/ha 842,89 842,89 842, ,89 G: Invesimeno na implanação da lavoura* R$/ha ,49... H: Invesimeno em depósio e erreiro R$/ha ,00... I: Invesimeno em erra R$/ha ,00... J: Fluxo líquido de caixa , ,29 178, , ,75 L: Fluxo líquido de caixa acumulado , , , , ,41 ESP: Especificação; V.U: Valor Uniário; DH: Dia homem; HT: Hora raor; HC: Hora colhedora. *Aração, calagem, subsolagem, gradagem, sulcameno, disribuição de adubos, ranspore de mudas, planio, replanio, aplicação em coberura, raos fiossaniários, uensílios e ferramenas, cerca, mudas. Ainda foi acrescido um valor de coningência na ordem de 10% do valor oal do invesimeno, conforme sugerido por Woiler e Mahias (2008). Fone: Elaborado pelo auor a parir dos dados do Polo de Excelência do Café.
11 120 LANNA, G. B. M. & REIS, R. P. TABELA 2 A Fluxo de caixa e orçameno da Alernaiva B, referene à colheia mecanizada, quando o preço real da saca de café é de R$ 362,81, referene à média no período de 1994 a 2008, em 15 anos da produção de café Cauaí, com planas em 1 hecare, para região sul de Minas Gerais. Descrição ESP. QT. V.U Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano3... Ano 15 A: Enradas 9.070, , ,30 Produção saca/kg Preço R$ 362,81 362, ,81 Valor residual R$/ha ,00 B: Saídas 6.560, , , ,24 b.1.insumos... Superfosfao simples Kg 320 0,80 256,00 256,00 256, ,00 Sulfao amônio Kg , , , , ,00 Cloreo de poássio Kg 400 2,00 800,00 800,00 800, ,00 Sulfao de zinco Kg 8 2,25 18,00 18,00 18, ,00 Ácido bórico Kg 75 3,00 225,00 225,00 225, ,00 Calcário T 2 70,00 140,00 140,00 140, ,00 Fungicida (ferrugem) l 1 75,00 75,00 75,00 75, ,00 Inseicida (cigarra) Kg 30 8,00 240,00 240,00 240, ,00 Inseicida (bicho mineiro) l 1 42,00 42,00 42,00 42, ,00 Inseicida (broca) l 1 18,75 18,75 18,75 18, ,75 Fungicida cúprico Kg 3 21,77 65,31 65,31 65, ,31 Formicida Kg 1 6,26 6,26 6,26 6, ,26 Herbicida l 4 19,94 79,76 79,76 79, ,76 Sacaria nova (ipo exporação) Unid. 30 3,85 96,25 115, ,50 Uensílios 285,06 285,06 285, ,06 b.2 Serviços... Aplicação de defensivos+foliar HT 4 55,00 220,00 220,00 220, ,00 Arruação+esparramação HT 3 55,00 165,00 165,00 165, ,00 Aplicação calcário HT 2 55,00 110,00 110,00 110, ,00 Adubação em coberura DH 4 25,00 100,00 100,00 100, ,00 Desbroa DH 6 25,00 150,00 150,00 150, ,00 Aplicação herbicida (2X) HT 3 55,00 165,00 165,00 165, ,00 Capina mecânica roçadora (2X) HT 4 55,00 220,00 220,00 220, ,00 Capinas manuais (repasse) DH 9 25,00 225,00 225,00 225, ,00 Colheia mecanizada (2X) HC 4 120,00 480,00 480, ,00 Repasse de colheia DH 16 25,00 400,00 400, ,00 Secagem DH 11 25,00 275,00 275, ,00 Beneficiameno Sc 30 4,50 112,50 135, ,00 Transpore % ,50 262,25 264, ,50 b.3adminisração... Depreciação 842,89 842,89 842, ,89 M-d-o adminisraiva R$/ha 330,00 330,00 330, ,00 Assisência écnica R$/ha 61,51 61,51 61, ,51 Conabilidade R$/ha 78,00 78,00 78, ,00 Telefone/ luz R$/ha 108,00 108,00 108, ,00 INSS R$/% 208,62 250, ,34 Ouros imposos e conribuições 118,14 190,36 190, ,36 C: Lucro anes imposo de renda ,18 738, , ,06 D: Imposo de renda 0,00 0,00 0, ,00 E: Lucro líquido ,18 738, , ,06 F: Depreciação R$/ha 842,89 842,89 842,89... Coninua ,89
12 Influência da mecanização da colheia TABELA 2 A Coninuação... Descrição ESP. QT. V.U Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano3... Ano 15 F: Depreciação R$/ha 842,89 842,89 842, ,89 G: Invesimeno na implanação da lavoura* R$/ha ,49... H: Invesimeno em depósio e erreiro R$/ha ,00... I: Invesimeno em erra R$/ha ,00... J: Fluxo líquido de caixa R$/ha , , , , ,95 L: Fluxo líquido de caixa acumulado R$/ha , , , , ,21 ESP: Especificação; V.U: Valor Uniário; DH: Dia homem; HT: Hora raor; HC: Hora colhedora *Aração, calagem, subsolagem, gradagem, sulcameno, disribuição de adubos, ranspore de mudas, planio, replanio, aplicação em coberura, raos fiossaniários, uensílios e ferramenas, cerca, mudas. Ainda foi acrescido um valor de coningência na ordem de 10% do valor oal do invesimeno, conforme sugerido por Woiler e Mahias (2008). Fone: Elaborado pelo auor, a parir dos dados obidos juno ao Polo de Excelência do Café
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