MACROECONOMIA I LEC 201

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "MACROECONOMIA I LEC 201"

Transcrição

1 MACROECONOMIA I LEC Modelo Keynesiano Simples Ouubro 27, inesdrum@fep.up.p sandras@fep.up.p

2 3.. Modelo Keynesiano Simples No uro prazo, a Maroeonomia preoupa-se om as ausas e as uras dos ilos eonómios. Suessão de períodos de prosperidade, araerizados por elevados níveis de produo e baixos níveis de desemprego, alernando om períodos de reessão, araerizados por quebras do produo e aumeno do desemprego. Objeivo dese apíulo: iníio do desenvolvimeno da eoria dos ilos eonómios e da expliação do papel poenial da políia maroeonómia na redução da ampliude dos ilos. 2

3 3.. Modelo Keynesiano Simples Teoria eonómia, modelização simplifiação Nos modelos que iremos esudar, enonramos: nº limiado de variáveis a expliar: variáveis endógenas nº alargado de variáveis assumidas omo dadas e não expliadas pelo modelo: variáveis exógenas elemenos fixos nas funções que desrevem as relações enre variáveis: parâmeros (ex.: propensão marginal ao onsumo (, propensão marginal à poupança (s. 3

4 3.. Modelo Keynesiano Simples Sequênia de análise: iníio om um nº muio limiado de variáveis endógenas Modelo Keynesiano Simples explia o nível de oupu/rendimeno, assumindo omo dados a axa de juro e o nível geral de preços. passagem gradual de variáveis exógenas a endógenas, ornando a eoria mais realisa 4

5 3.. Modelo Keynesiano Simples Pono do Programa Variáveis Endógenas Variáveis Pré-deerminadas Produo/Rend. Real ( Invesimeno (I Variáveis que dependem Taxa de Juro (i 3.. Modelo Keynesiano de omo, por exemplo, Nível Geral de Preços (P Simples o Consumo Privado (C e ( variáveis de políia as Imporações (Q eonómia 3.2., i C, Q, I, P var. de pol. e.: M (ofera 3.3. Modelo IS-LM, i, e (axa de âmbio de moeda, G (onsumo C, Q, I, X,... públio, (axa de imposo 4. Modelo AS-AD, i, e, P C, Q, I, X var. de pol. eonómia: M, G, aleaoriedade: hoque (proura e ofera 5

6 3.. Modelo Keynesiano Simples Choques de proura: aleração signifiaiva da despesa (proura planeada das famílias, governo, empresas ou seor exerno. Prinipais responsáveis pelos ilos e. (volailidade e. Ex.: diminuição do índie de onfiança dos onsumidores. Choques de ofera: episódios de aleração exógena dos usos de produção. Ex.: aumeno do preço do peróleo 6

7 3.. Modelo Keynesiano Simples Hipóeses esseniais do modelo Keynesiano Conexo Há apaidade de produção por aproveiar. Uma vez que os preços são relaivamene fixos, as fluuações da proura de bens e serviços expliam as fluuações da ofera de bens e serviços (PIB, rendimeno. Caraerísias eórias Modelização da proura / despesa agregada (não da ofera Análise de esáia omparada (não dinâmia Espeifiação direa das equações maroeonómias ( sem fundamenos miroeonómios 7

8 3.. Modelo Keynesiano Simples Despesa Planeada e Não Planeada Despesa agregada efeiva: E C I G NX, om NX X Q Pono de parida: a despesa efeiva nem sempre orresponde à que foi planeada ou desejada. Simplifiação: só o invesimeno pode diferir fae ao planeado: Ep C Ip G NX Duas omponenes do invesimeno: planeado (Ip e não planeado (Iu I Ip Iu. Iu orresponde à variação não planeada de soks. Quando as empresas produzem mais (menos do que aquilo que os agenes desejam adquirir, há aumulação (diminuição involunária de soks: Iu > (<. As empresas ajusam a produção quando Iu. 8

9 3.. Modelo Keynesiano Simples Despesa Planeada e Não Planeada Despesa planeada agregada: valor oal da despesa que os agenes eonómios desejam fazer (inlui apenas a pare planeada. Ep C Ip G NX Componenes da Despesa Planeada. Consumo privado: C f (d, i, P, preferênias, Assumindo udo o reso omo onsane, C f(d C C d d T R T R R 9

10 3.. Modelo Keynesiano Simples 2. Invesimeno: Ip f (i, expeaivas, Consumo públio de bens e serviços Ip G G I 4. Exporações: X f ( RM, Tx. Câmbio Real, Imporações: Q f (, Tx. Câmbio Real,... X X Q Q q Ep é função de : Ep Ap [ ( - ] q Ap C R I G X Q Ap despesa agregada auónoma

11 3.. Modelo Keynesiano Simples Ep E p A [ ( q] p α A p C R I G X Q

12 3.. Modelo Keynesiano Simples A despesa agregada efeiva é sempre igual ao nível de produo/rendimeno: E Ep Iu O mesmo não se pode dizer relaivamene a e Ep: a eonomia esá em equilíbrio quando Ep; só nese aso os agenes eonómios esarão a gasar exaamene o monane de rendimeno que é gerado pelo nível orrene de produo; só nese aso Iu empresas manêm o nível de produção (logo ambém se manêm o rendimeno e a despesa planeada; quando Iu as empresas ajusam o nível de produção. 2

13 3.. Modelo Keynesiano Simples Equilíbrio maroeonómio Ep α Ep e αap ( q Ep Ep < Ep S < Ip Iu < Ep SIp Iu Ep Ap [ ( q] Ep 2 Ap 2 > Ep S > Ip Iu > Em qualquer pono: E SI (SIpIu 2 e

14 3.. Modelo Keynesiano Simples Efeio Mulipliador depende do valor da despesa agregada auónoma: uma variação na despesas agregada auónoma induz uma variação no nível de produo/rendimeno; no MKS: uma variação de Ap induz uma variação de de monane superior. Dedução do mulipliador: e αap e αap om Ap C R I G X Q Ex: mulipliador de G : C R I X Q e αap e αg 4

15 3.. Modelo Keynesiano Simples Forma alernaiva de dedução do mulipliador: Exemplo - Mulipliador das Transferênias (R Ep Ep C R ( I G X Q R ( q. q [ ( q] R ( q R

16 ( q Q X G I R C ( q Q X G I R C q q ( ( ( q [ ] ( ( ( q Mulipliador da Taxa de Imposo ( 3.. Modelo Keynesiano Simples

17 [ ] ( ( ( q [ ] ( ( ( q q [ ] ( q [ ] ( q [ ] q ( 3.. Modelo Keynesiano Simples

18 3.. Modelo Keynesiano Simples Por que se esgoam os efeios indireos? De que depende o valor do mulipliador? Propensão marginal à poupança (s - Taxa de imposo sobre o rendimeno ( Propensão marginal a imporar (q Há fugas ao iruio efeios indireos esgoam-se (o mulipliador é finio Quano maior a axa marginal de fuga menor é o valor do mulipliador. 8

19 3.. Modelo Keynesiano Simples Políia orçamenal: Objeivos e Insrumenos Em deerminadas irunsânias, o governo pode enar orrigir / aenuar os efeios de uma dada fase do ilo eonómio (inervir para aproximar o produo efeivo do produo naural Ex.: quando o produo efeivo esá aquém do produo poenial, devido à diminuição duma das omponenes da despesa auónoma (expeaivas dos agenes levam à diminuição do invesimeno, por exemplo. O governo pode inervir mediane a uilização de insrumenos de políia fisal/orçamenal: via da despesa públia G / R via da reeia fisal T. Efeios da Inervenção Efeios sobre o nível de produo/rendimeno Efeios sobre o saldo orçamenal 9

Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto Macroeconomia

Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto Macroeconomia nsiuo Superior de onailidade e Adminisação do Poro Maroeonomia Oservações: - Responda a ada uma das 3 pares do exame em folas separadas. 3-3-2 - Duração da prova: 2 Pare (5 valores) onsidere os seuines

Leia mais

Faculdade de Economia do Porto Ano Lectivo de 2005/2006. LEC 201 Macroeconomia I. A Macroeconomia no Curto Prazo: Modelo Keynesiano Simples

Faculdade de Economia do Porto Ano Lectivo de 2005/2006. LEC 201 Macroeconomia I. A Macroeconomia no Curto Prazo: Modelo Keynesiano Simples Faculdade de Economia do Porto Ano Lectivo de 2005/2006 LEC 201 Macroeconomia I A Macroeconomia no Curto Prazo: Modelo Keynesiano Simples Introdução Introdução No curto prazo, a Macroeconomia preocupa-se

Leia mais

3.1 Da c onta t bil i i l d i ade nacio i nal para r a t e t ori r a i ma m cro r econômi m c i a Det e er e mi m n i a n ç a ã ç o ã o da d

3.1 Da c onta t bil i i l d i ade nacio i nal para r a t e t ori r a i ma m cro r econômi m c i a Det e er e mi m n i a n ç a ã ç o ã o da d Determinação da renda e produtos nacionais: O mercado de Bens e Serviços Capítulo III 3.1 Da contabilidade nacional para a teoria macroeconômica A Contabilidade Nacional: medição do produto efetivamente

Leia mais

Análise econômica dos benefícios advindos do uso de cartões de crédito e débito. Outubro de 2012

Análise econômica dos benefícios advindos do uso de cartões de crédito e débito. Outubro de 2012 1 Análise econômica dos benefícios advindos do uso de carões de crédio e débio Ouubro de 2012 Inrodução 2 Premissas do Esudo: Maior uso de carões aumena a formalização da economia; e Maior uso de carões

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas Departamento de Economia Contabilidade Social Professor Rodrigo Nobre Fernandez Lista de Exercícios I - Gabarito

Universidade Federal de Pelotas Departamento de Economia Contabilidade Social Professor Rodrigo Nobre Fernandez Lista de Exercícios I - Gabarito 1 Universidade Federal de Peloas Deparameno de Economia Conabilidade Social Professor Rodrigo Nobre Fernandez Lisa de Exercícios I - Gabario 1. Idenifique na lisa abaixo quais variáveis são e fluxo e quais

Leia mais

O impacto de requerimentos de capital na oferta de crédito bancário no Brasil

O impacto de requerimentos de capital na oferta de crédito bancário no Brasil O impaco de requerimenos de capial na ofera de crédio bancário no Brasil Denis Blum Rais e Silva Tendências Márcio I. Nakane Depep II Seminário Anual sobre Riscos, Esabilidade Financeira e Economia Bancária

Leia mais

Teoria da Comunicação. Prof. Andrei Piccinini Legg Aula 09

Teoria da Comunicação. Prof. Andrei Piccinini Legg Aula 09 Teoria da Comuniação Pro. Andrei Piinini Legg Aula 09 Inrodução Sabemos que a inormação pode ser ransmiida aravés da modiiação das araerísias de uma sinusóide, hamada poradora do sinal de inormação. Se

Leia mais

2. Condições de Equilíbrio do Modelo No modelo keynesiano simples, a economia estará em equilíbrio se:

2. Condições de Equilíbrio do Modelo No modelo keynesiano simples, a economia estará em equilíbrio se: Macroeconomia Aula 2 1. Modelo Keynesiano Simples 1.1. Clássicos x Keynes Para os economistas clássicos, a economia de mercado era auto-regulável e tendia quase que automaticamente para o pleno emprego.

Leia mais

exercício e o preço do ativo são iguais, é dito que a opção está no dinheiro (at-themoney).

exercício e o preço do ativo são iguais, é dito que a opção está no dinheiro (at-themoney). 4. Mercado de Opções O mercado de opções é um mercado no qual o iular (comprador) de uma opção em o direio de exercer a mesma, mas não a obrigação, mediane o pagameno de um prêmio ao lançador da opção

Leia mais

A Análise IS-LM: Uma visão Geral

A Análise IS-LM: Uma visão Geral Interligação entre o lado real e o lado monetário: análise IS-LM Capítulo V A análise IS-LM procura sintetizar, em um só esquema gráfico, muitas situações da política econômica, por meio de duas curvas:

Leia mais

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração Teorias do Crescimeno Económico Mesrado de Economia Modelos de Crescimeno Endógeno de 1ªgeração Inrodução A primeira geração de modelos de crescimeno endógeno ena endogeneiar a axa de crescimeno de SSG

Leia mais

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1.1. Disribuição, Lucro e Renda Kalecki, TDE, cap. 5 Inrodução Produo nacional, lucros e invesimeno em um modelo simplificado Modificações no invesimeno e

Leia mais

Curso DSc Bacen - Básico Provas 2001-2010 - Macroeconomia. Prof.: Antonio Carlos Assumpção

Curso DSc Bacen - Básico Provas 2001-2010 - Macroeconomia. Prof.: Antonio Carlos Assumpção Curso DSc Bacen - Básico Provas 2001-2010 - Macroeconomia Prof.: Antonio Carlos Assumpção Contabilidade Nacional Balanço de Pagamentos Sistema Monetário 26- Considere a seguinte equação: Y = C + I + G

Leia mais

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO 1 Quesão: Um fao esilizado sobre a dinâmica do crescimeno econômico mundial é a ocorrência de divergências

Leia mais

Variabilidade e pass-through da taxa de câmbio: o caso do Brasil

Variabilidade e pass-through da taxa de câmbio: o caso do Brasil Variabilidade e pass-hrough da axa de câmbio: o caso do Brasil André Minella Banco Cenral do Brasil VI Seminário de Meas para a Inflação Agoso 005 Disclaimer: Esa apresenação é de responsabilidade do auor,

Leia mais

Keynesiano Simples e IS-LM

Keynesiano Simples e IS-LM Keynesiano Simples e IS-LM Legenda: G=gastos do governo I=Investimento Y=produto b= sensibilidade da demanda por moeda em relação à taxa de juros h= K= β=multiplicador da política monetária δ = multiplicador

Leia mais

O Fluxo de Caixa Livre para a Empresa e o Fluxo de Caixa Livre para os Sócios

O Fluxo de Caixa Livre para a Empresa e o Fluxo de Caixa Livre para os Sócios O Fluxo de Caixa Livre para a Empresa e o Fluxo de Caixa Livre para os Sócios! Principais diferenças! Como uilizar! Vanagens e desvanagens Francisco Cavalcane (francisco@fcavalcane.com.br) Sócio-Direor

Leia mais

2 Conceitos de transmissão de dados

2 Conceitos de transmissão de dados 2 Conceios de ransmissão de dados 2 Conceios de ransmissão de dados 1/23 2.2.1 Fones de aenuação e disorção de sinal 2.2.1 Fones de aenuação e disorção do sinal (coninuação) 2/23 Imperfeições do canal

Leia mais

Curva de Phillips, Inflação e Desemprego. A introdução das expectativas: a curva de oferta agregada de Lucas (Lucas, 1973)

Curva de Phillips, Inflação e Desemprego. A introdução das expectativas: a curva de oferta agregada de Lucas (Lucas, 1973) Curva de Phillips, Inflação e Desemprego Lopes e Vasconcellos (2008), capíulo 7 Dornbusch, Fischer e Sarz (2008), capíulos 6 e 7 Mankiw (2007), capíulo 13 Blanchard (2004), capíulo 8 A inrodução das expecaivas:

Leia mais

Macroeconomia. Prof. Aquiles Rocha de Farias

Macroeconomia. Prof. Aquiles Rocha de Farias Macroeconomia Prof. Aquiles Rocha de Farias Modelo Mundell-Fleming (IS-LM-) No modelo Mundell-Fleming é introduzida ao modelo IS-LM uma nova curva, a curva, que corresponde aos valores de renda e taxa

Leia mais

MACROECONOMIA I ( ) João Correia da Silva

MACROECONOMIA I ( ) João Correia da Silva MACROECONOMIA I E20 (20-2 23-02-202 João Correia da Silva (joao@fe.u. Long run is a misleading guide o urren affairs. In he long run we are all dead. J.M. Keynes . A MACROECONOMIA NO CURTO PRAZO 3 .. MODELO

Leia mais

Curso de preparação para a prova de matemática do ENEM Professor Renato Tião

Curso de preparação para a prova de matemática do ENEM Professor Renato Tião Porcenagem As quaro primeiras noções que devem ser assimiladas a respeio do assuno são: I. Que porcenagem é fração e fração é a pare sobre o odo. II. Que o símbolo % indica que o denominador desa fração

Leia mais

EXAME PARA CONTABILISTA CERTIFICADO DELIBERAÇÃO Nº 001/CTEC/2013 - NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 2013 PROVA DE ECONOMIA GERAL

EXAME PARA CONTABILISTA CERTIFICADO DELIBERAÇÃO Nº 001/CTEC/2013 - NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 2013 PROVA DE ECONOMIA GERAL DELIBERAÇÃO Nº 001/CTEC/2013 - NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 2013 PROVA DE I - Ao receber o Enunciado da Prova escreva seu nome e número do documento de identificação. II - Ao entregar a Prova, depois de resolvida,

Leia mais

UMA APRECIAÇÃO SOBRE A MACROECONOMIA DE CRESCIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ORIGEM PÓS-KEYNESIANA: ASPECTOS NEOCLÁSSICOS E A QUESTÃO DOS MICROFUNDAMENTOS

UMA APRECIAÇÃO SOBRE A MACROECONOMIA DE CRESCIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ORIGEM PÓS-KEYNESIANA: ASPECTOS NEOCLÁSSICOS E A QUESTÃO DOS MICROFUNDAMENTOS UMA APRECIAÇÃO SOBRE A MACROECONOMIA DE CRESCIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ORIGEM PÓS-KEYNESIANA: ASPECTOS NEOCLÁSSICOS E A QUESTÃO DOS MICROFUNDAMENTOS Marina Silva da Cunha (PCE/UEM) Renao Nozaki Suahara

Leia mais

Avaliação Distribuída 2º Mini-Teste (30 de Abril de 2007 15h00) Os telemóveis deverão ser desligados e guardados antes do início do teste.

Avaliação Distribuída 2º Mini-Teste (30 de Abril de 2007 15h00) Os telemóveis deverão ser desligados e guardados antes do início do teste. LICENCIATURA EM ECONOMIA MACROECONOMIA II LEC 206 (2006-2007) Avaliação Distribuída 2º Mini-Teste (30 de Abril de 2007 15h00) Duração: 60 minutos Não é permitida qualquer forma de consulta. Os telemóveis

Leia mais

Instrumentalização. Economia e Mercado. Aula 4 Contextualização. Demanda Agregada. Determinantes DA. Prof. Me. Ciro Burgos

Instrumentalização. Economia e Mercado. Aula 4 Contextualização. Demanda Agregada. Determinantes DA. Prof. Me. Ciro Burgos Economia e Mercado Aula 4 Contextualização Prof. Me. Ciro Burgos Oscilações dos níveis de produção e emprego Oferta e demanda agregadas Intervenção do Estado na economia Decisão de investir Impacto da

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas UFPEL Departamento de Economia - DECON. Economia Ecológica. Professor Rodrigo Nobre Fernandez

Universidade Federal de Pelotas UFPEL Departamento de Economia - DECON. Economia Ecológica. Professor Rodrigo Nobre Fernandez Universidade Federal de Peloas UFPEL Deparameno de Economia - DECON Economia Ecológica Professor Rodrigo Nobre Fernandez Capíulo 6 Conabilidade Ambienal Nacional Peloas, 2010 6.1 Inrodução O lado moneário

Leia mais

Equações Simultâneas. Aula 16. Gujarati, 2011 Capítulos 18 a 20 Wooldridge, 2011 Capítulo 16

Equações Simultâneas. Aula 16. Gujarati, 2011 Capítulos 18 a 20 Wooldridge, 2011 Capítulo 16 Equações Simulâneas Aula 16 Gujarai, 011 Capíulos 18 a 0 Wooldridge, 011 Capíulo 16 Inrodução Durane boa pare do desenvolvimeno dos coneúdos desa disciplina, nós nos preocupamos apenas com modelos de regressão

Leia mais

Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto Macroeconomia

Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto Macroeconomia nsiuo Superior de onailidade e Adminisração do oro aroeonomia Oservações: - Responda a ada uma das pares do exame em folas separadas 4-2-2 - Duração da prova: 2 are (5 valores) onsidere a seuine informação

Leia mais

Prova de Macroeconomia

Prova de Macroeconomia UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CURSO DE MESTRADO EM ECONOMIA PROCESSO SELETIVO 2010 Prova de Macroeconomia INSTRUÇÕES PARA A PROVA Leia atentamente as questões. A interpretação das questões faz parte da

Leia mais

CAPÍTULO 11. Poupança, acumulação de capital e produto. Olivier Blanchard Pearson Education

CAPÍTULO 11. Poupança, acumulação de capital e produto. Olivier Blanchard Pearson Education Olivier Blanchard Pearson Education Poupança, acumulação de capital e CAPÍTULO 11 2006 Pearson Education Macroeconomics, 4/e Olivier Blanchard Poupança, Os efeitos da taxa de poupança a razão entre a poupança

Leia mais

MACROECONOMIA (1º Ano Gestão, ano lectivo 2003/2004) Exercícios de Apoio ao Capítulo 4 (O mercado de bens)

MACROECONOMIA (1º Ano Gestão, ano lectivo 2003/2004) Exercícios de Apoio ao Capítulo 4 (O mercado de bens) 4.1. Determine a função representativa do consumo privado de uma economia em relação à qual se sabe o seguinte: - As intenções de consumo das famílias são caracterizadas por uma dependência linear relativamente

Leia mais

Taxa de Câmbio e Taxa de Juros no Brasil, Chile e México

Taxa de Câmbio e Taxa de Juros no Brasil, Chile e México Taxa de Câmbio e Taxa de Juros no Brasil, Chile e México A axa de câmbio consiui variável fundamenal em economias aberas, pois represena imporane componene do preço relaivo de bens, serviços e aivos, ou

Leia mais

Comportamento Inter-temporal de Consumo

Comportamento Inter-temporal de Consumo Comportamento Inter-temporal de Consumo... 1 A Restrição Orçamental do Consumidor... 2 As Preferênias Inter-temporais do Consumidor... 5 O Equilíbrio Inter-temporal do Consumidor... 6 O Estudo de Consequênias

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA EAE 206 Macroeconomia I 1º Semesre de 2017 Professor Fernando Rugisky Lisa de Exercícios 3 [1] Considere

Leia mais

Sumário. Conceitos básicos 63 Estrutura do balanço de pagamentos 64 Poupança externa 68

Sumário. Conceitos básicos 63 Estrutura do balanço de pagamentos 64 Poupança externa 68 Sumário CAPÍTULO l As CONTAS NACIONAIS * l Os agregados macroeconômicos e o fluxo circular da renda 2 Contas nacionais - modelo simplificado 4 Economia fechada e sem governo 4 Economia fechada e com governo

Leia mais

Mercados de Bens e Financeiros: O Modelo IS-LM

Mercados de Bens e Financeiros: O Modelo IS-LM Mercados de Bens e Financeiros: O Modelo IS-LM Fernando Lopes - Universidade dos AçoresA Mercado de Bens e a Relação IS Existe equilíbrio no mercado de bens quando a produção, Y, é igual à procura por

Leia mais

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1.1. Disribuição, Lucro e Renda Kalecki, TDE, cap. A eoria dos lucros em um modelo simplificado Poupança e invesimeno O efeio do saldo da balança comercial

Leia mais

UNIJUI Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS ECONOMIA II PROFESSOR AGENOR CASTOLDI APONTAMENTOS DE MACROECONOMIA

UNIJUI Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS ECONOMIA II PROFESSOR AGENOR CASTOLDI APONTAMENTOS DE MACROECONOMIA UNIJUI Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS ECONOMIA II PROFESSOR AGENOR CASTOLDI APONTAMENTOS DE MACROECONOMIA MATERIAL DE AUXILIO PARA AULAS DE ECONOMIA II CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ANO

Leia mais

VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA. Antônio Carlos de Araújo

VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA. Antônio Carlos de Araújo 1 VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA Anônio Carlos de Araújo CPF: 003.261.865-49 Cenro de Pesquisas do Cacau CEPLAC/CEPEC Faculdade de Tecnologia

Leia mais

Construção do. Incidência da abertura externa sobre IS-LM Construção, interpretação e deslocamento da curva BP

Construção do. Incidência da abertura externa sobre IS-LM Construção, interpretação e deslocamento da curva BP Construção do Modelo IS-LM-BP Incidência da abertura externa sobre IS-LM Construção, interpretação e deslocamento da curva BP http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Modelo IS-LM MODELO IS-LM: mostra

Leia mais

INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA

INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA UNIVERSIDADE DA MADEIRA Departamento de Gestão e Economia INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA 2º Semestre 2004/2005 2º CADERNO DE EXERCÍCIOS Estudo dos Ciclos Económicos 1. O MERCADO DO PRODUTO 1.1. Modelo Simples

Leia mais

NOME: NÚMERO: GRUPO I (8 valores)

NOME: NÚMERO: GRUPO I (8 valores) Universidade do Minho Curso de Comunicação Social Disciplina de Economia 9 de Junho de 2003 PROVA DE AVALIAÇÃO NOME: NÚMERO: Observações obrigatórias - antes de começar a responder, siga as seguintes instruções:

Leia mais

4. A procura do setor privado. 4. A procura do setor privado 4.1. Consumo 4.2. Investimento. Burda & Wyplosz, 5ª Edição, Capítulo 8

4. A procura do setor privado. 4. A procura do setor privado 4.1. Consumo 4.2. Investimento. Burda & Wyplosz, 5ª Edição, Capítulo 8 4. A procura do seor privado 4. A procura do seor privado 4.. Consumo 4.2. Invesimeno Burda & Wyplosz, 5ª Edição, Capíulo 8 4.2. Invesimeno - sock de capial óimo Conceios Inroduórios Capial - Bens de produção

Leia mais

Crescimento em longo prazo

Crescimento em longo prazo Crescimento em longo prazo Modelo de Harrod-Domar Dinâmica da relação entre produto e capital Taxa de poupança e produto http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Modelo keynesiano Crescimento = expansão

Leia mais

ENGENHARIA ECONÔMICA AVANÇADA

ENGENHARIA ECONÔMICA AVANÇADA ENGENHARIA ECONÔMICA AVANÇADA TÓPICOS AVANÇADOS MATERIAL DE APOIO ÁLVARO GEHLEN DE LEÃO gehleao@pucrs.br 55 5 Avaliação Econômica de Projeos de Invesimeno Nas próximas seções serão apresenados os principais

Leia mais

2. DÍODOS DE JUNÇÃO. Dispositivo de dois terminais, passivo e não-linear

2. DÍODOS DE JUNÇÃO. Dispositivo de dois terminais, passivo e não-linear 2. ÍOOS E JUNÇÃO Fernando Gonçalves nsiuo Superior Técnico Teoria dos Circuios e Fundamenos de Elecrónica - 2004/2005 íodo de Junção isposiivo de dois erminais, passivo e não-linear Foografia ânodo Símbolo

Leia mais

(Esta questão vale dois pontos e a análise deve ser feita graficamente)

(Esta questão vale dois pontos e a análise deve ser feita graficamente) Universidade de Brasília Departamento de Economia Disciplina: Macroeconomia II Professor: Carlos Alberto Período: Verão/2012 Segunda Prova Questões 1. Na sala de aula fizemos um exercício bem simples.

Leia mais

O MODELO IS/LM: ECONOMIA FECHADA GRANDE ECONOMIA ABERTA. Vitor Manuel Carvalho 1G202 Macroeconomia I Ano lectivo 2008/09

O MODELO IS/LM: ECONOMIA FECHADA GRANDE ECONOMIA ABERTA. Vitor Manuel Carvalho 1G202 Macroeconomia I Ano lectivo 2008/09 O MODELO IS/LM: ECONOMIA FECHADA OU GRANDE ECONOMIA ABERTA Vitor Manuel Carvalho 1G202 Macroeconomia I Ano lectivo 2008/09 O modelo IS/LM, na sua versão mais simples, descreve, formalizando analítica e

Leia mais

Questões de Economia Cesgranrio. Macroeconomia

Questões de Economia Cesgranrio. Macroeconomia Macroeconomia Balanço de Pagamento 1. Cesgranrio ANP 2008 Especialista em Regulação) Quando um país tem um deficit no balanço comercial do seu balanço de pagamentos, pode-se afirmar que a) as exportações

Leia mais

A curva de Phillips demonstrada na equação abaixo é ampliada e com expectativas racionais (versão contemporânea da curva de Phillips):

A curva de Phillips demonstrada na equação abaixo é ampliada e com expectativas racionais (versão contemporânea da curva de Phillips): Concurso TCE/MG elaborado pela FCC em abril de 2007. Atendendo a alguns pedidos de colegas que frequentaram o curso de Economia parte teórica nos meses de fevereiro, março e abril de 2007 bem como aqueles

Leia mais

Gestão de estoque no setor de varejo calçadista: Abordagem via Análise Multivariada e Teoria do Controle Ótimo

Gestão de estoque no setor de varejo calçadista: Abordagem via Análise Multivariada e Teoria do Controle Ótimo UNVERSDADE ESTADUAL PAULSTA JULO DE MESQUTA FLHO FACULDADE DE ENGENHARA DE BAURU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARA DE PRODUÇÃO PAULO NOCERA ALVES JUNOR Gesão de esoque no seor de varejo alçadisa:

Leia mais

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO PESSOAL E HABITACIONAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS FATORES MACROECONÔMICOS NO PERÍODO PÓS-REAL RESUMO

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO PESSOAL E HABITACIONAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS FATORES MACROECONÔMICOS NO PERÍODO PÓS-REAL RESUMO 78 EVOLUÇÃO DO CRÉDITO PESSOAL E HABITACIONAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS FATORES MACROECONÔMICOS NO PERÍODO PÓS-REAL Pâmela Amado Trisão¹ Kelmara Mendes Vieira² Paulo Sergio Cerea³ Reisoli

Leia mais

METODOLOGIA PROJEÇÃO DE DEMANDA POR TRANSPORTE AÉREO NO BRASIL

METODOLOGIA PROJEÇÃO DE DEMANDA POR TRANSPORTE AÉREO NO BRASIL METODOLOGIA PROJEÇÃO DE DEMANDA POR TRANSPORTE AÉREO NO BRASIL 1. Inrodução O presene documeno visa apresenar dealhes da meodologia uilizada nos desenvolvimenos de previsão de demanda aeroporuária no Brasil

Leia mais

Vamos usar a seguinte definição: Aumento da taxa de cambio = Desvalorização. Taxa de cambio real : é o preço relativo dos bens em dois paises.

Vamos usar a seguinte definição: Aumento da taxa de cambio = Desvalorização. Taxa de cambio real : é o preço relativo dos bens em dois paises. Vamos usar a seguinte definição: Aumento da taxa de cambio = Desvalorização Uma desvalorização ocorre quando o preço das moedas estrangeiras sob um regime de câmbio fixa é aumentado por uma ação oficial.

Leia mais

Metodologia de Cálculo da Inércia Inflacionária e dos Efeitos do Choque dos Preços Administrados

Metodologia de Cálculo da Inércia Inflacionária e dos Efeitos do Choque dos Preços Administrados Metodologia de Cálulo da Inéria Inflaionária e dos Efeitos do Choque dos Preços Administrados I. Introdução Esta nota apresenta a metodologia usada atualmente para quantifiar o efeito, via inéria, da inflação

Leia mais

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACUDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III icenciaura de Economia (ºAno/1ºS) Ano ecivo 007/008 Caderno de Exercícios Nº 1

Leia mais

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda 2. KLECK 2.. Demanda Efeiva e Disribuição de Renda Disribuição de Renda e o Efeio Muliplicador Kalecki, TDE, cap. 3 oupança e invesimeno O efeio do saldo da balança comercial e do défici orçamenário Kalecki,

Leia mais

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda O efeio muliplicador e a disribuição de renda 2. KLECK 2.. Demanda Efeiva e Disribuição de Renda Disribuição de Renda e o Efeio Muliplicador Kalecki, TDE, cap. 3 oupança e invesimeno O efeio do saldo da

Leia mais

O CÁLCULO DOS SALDOS AJUSTADOS DO CICLO NO BANCO DE PORTUGAL: UMA ACTUALIZAÇÃO*

O CÁLCULO DOS SALDOS AJUSTADOS DO CICLO NO BANCO DE PORTUGAL: UMA ACTUALIZAÇÃO* Arigos Inverno 2006 O CÁLCULO DOS SALDOS AJUSTADOS DO CICLO NO BANCO DE PORTUGAL: UMA ACTUALIZAÇÃO* Cláudia Rodrigues Braz** 1. INTRODUÇÃO 1 Nos úlimos anos, o saldo orçamenal ajusado do ciclo em ganho

Leia mais

Crescimento em longo prazo

Crescimento em longo prazo Crescimento em longo prazo Crítica ao conceito de poupança http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Modelo dos Três Hiatos Y = (C + I) + (XS -MS) + (G -T), onde: Y= PIB; (C + I)= demanda efetiva privada;

Leia mais

Teste de estresse na ligação macro-risco de crédito: uma aplicação ao setor doméstico de PFs. Autores: Ricardo Schechtman Wagner Gaglianone

Teste de estresse na ligação macro-risco de crédito: uma aplicação ao setor doméstico de PFs. Autores: Ricardo Schechtman Wagner Gaglianone Tese de esresse na ligação macro-risco de crédio: uma aplicação ao seor domésico de PFs Auores: Ricardo Schechman Wagner Gaglianone Lieraura: ligação macrorisco de crédio Relação macro-volume de crédio

Leia mais

B 02-(FCC/EMATER-2009)

B 02-(FCC/EMATER-2009) Ola, pessoal! Seguem aqui mais questões comentadas de Macroeconomia, visando a preparação para o excelente concurso de fiscal de rendas de SP. Todas as questões são da FCC. Bom treinamento! Marlos marlos@pontodosconcursos.com.br

Leia mais

8. Mercado de Trabalho, Emprego e Desemprego

8. Mercado de Trabalho, Emprego e Desemprego 8. Mercado de Trabalho, Emprego e Desemprego 8.1. Introdução 8.3. Interpretação Estática do Desemprego 8.4. Interpretação Dinâmica do Desemprego Burda & Wyplosz, 5ª Edição, Capítulo 5 1 8.1. Introdução

Leia mais

Macroeconomia. Faculdade de Direito UNL 2008/09. José A. Ferreira Machado

Macroeconomia. Faculdade de Direito UNL 2008/09. José A. Ferreira Machado Macroeconomia Faculdade de Direito UNL 2008/09 José A. Ferreira Machado 1. As principais grandezas macroeconómicas e a sua medição Medição do rendimento nacional, do nível geral de preços e da taxa de

Leia mais

Défice Orçamental e Dívida Pública

Défice Orçamental e Dívida Pública MACROECONOMIA I Aula 4.Nov.2003 > A restrição orçamental do Governo > Visualização gráfica (apenas gráfica) dos efeitos de financiamentos por emissão de moeda dos défices orçamentais. >Défices e Dívida

Leia mais

INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA Exame de 2ª época

INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA Exame de 2ª época NOVA SCHOOL OF BUSINESS AND ECONOMICS INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA Exame de 2ª época Ana Balcão Reis 28 de Junho de 2012 Inácia Pimentel João Miguel Silva Duração Total: 2h15m I ( 9 val) Nos exercícios seguintes

Leia mais

Transistor de Efeito de Campo de Porta Isolada MOSFET - Revisão

Transistor de Efeito de Campo de Porta Isolada MOSFET - Revisão Transisor de Efeio de Campo de Pora Isolada MOSFET - Revisão 1 NMOS: esruura física NMOS subsrao ipo P isposiivo simérico isposiivo de 4 erminais Pora, reno, Fone e Subsrao (gae, drain, source e Bulk)

Leia mais

O EFEITO COLATERAL (em economia)

O EFEITO COLATERAL (em economia) O EFEITO COLATERAL (em economia) 1 Ubirajara Rodrigues Ribas, PhD. Todas as ações econômicas tem no mínimo dois efeitos, o desejado e o indesejado. Às vezes ocorre o 2 trade off, outras vezes não. O ideal

Leia mais

Espaço SENAI. Missão do Sistema SENAI

Espaço SENAI. Missão do Sistema SENAI Sumário Inrodução 5 Gerador de funções 6 Caracerísicas de geradores de funções 6 Tipos de sinal fornecidos 6 Faixa de freqüência 7 Tensão máxima de pico a pico na saída 7 Impedância de saída 7 Disposiivos

Leia mais

CAPITULO 7. Poupança e Investimento

CAPITULO 7. Poupança e Investimento CAPITULO 7 Poupança e Investimento A utilização do rendimento o consumo e a poupança Os destinos da poupança a importância do investimento O financiamento da actividade económica A utilização do rendimento

Leia mais

Considere uma economia habitada por um agente representativo que busca maximizar:

Considere uma economia habitada por um agente representativo que busca maximizar: 2 Modelo da economia Uilizaram-se como base os modelos de Campos e Nakane 23 e Galí e Monacelli 22 que esendem o modelo dinâmico de equilíbrio geral de Woodford 21 para uma economia abera Exisem dois países:

Leia mais

José Ronaldo de Castro Souza Júnior RESTRIÇÕES AO CRESCIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL: UMA APLICAÇÃO DO MODELO DE TRÊS HIATOS (1970-2000)

José Ronaldo de Castro Souza Júnior RESTRIÇÕES AO CRESCIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL: UMA APLICAÇÃO DO MODELO DE TRÊS HIATOS (1970-2000) José Ronaldo de Casro Souza Júnior RESTRIÇÕES AO CRESCIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL: UMA APLICAÇÃO DO MODELO DE TRÊS HIATOS (1970-2000) Belo Horizone, MG UFMG/CEDEPLAR 2002 José Ronaldo de Casro Souza Júnior

Leia mais

CAPÍTULO 9. y(t). y Medidor. Figura 9.1: Controlador Analógico

CAPÍTULO 9. y(t). y Medidor. Figura 9.1: Controlador Analógico 146 CAPÍULO 9 Inrodução ao Conrole Discreo 9.1 Inrodução Os sisemas de conrole esudados aé ese pono envolvem conroladores analógicos, que produzem sinais de conrole conínuos no empo a parir de sinais da

Leia mais

Programa de Unidade Curricular

Programa de Unidade Curricular Programa de Unidade Curricular Faculdade Ciências Empresariais Licenciatura Ciências Económicas e Empresariais, Contabilidade Unidade Curricular Macroeconomia Semestre: 1 Nº ECTS: 6,0 Regente Eduardo Luís

Leia mais

MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS

MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS 1 Quesão: Suponha que um governo de direia decida reduzir de forma permanene o nível do seguro desemprego. Pede-se: a) Quais seriam

Leia mais

Exame II. Citações e Notificações CURSO DE EMPREGADOS FORENSES DE AGENTE DE EXECUÇÃO. A preencher pelo formando:

Exame II. Citações e Notificações CURSO DE EMPREGADOS FORENSES DE AGENTE DE EXECUÇÃO. A preencher pelo formando: CURSO DE EMPREGADOS FORENSES DE AGENTE DE EXECUÇÃO Exame II Citações e Notifiações Duração: 1 hora 4 de Maio A preenher pelo formando: Nome do formando (ompleto e legível): Identifiação do Agente de Exeução:

Leia mais

TOMADA DE DECISÃO EM FUTUROS AGROPECUÁRIOS COM MODELOS DE PREVISÃO DE SÉRIES TEMPORAIS

TOMADA DE DECISÃO EM FUTUROS AGROPECUÁRIOS COM MODELOS DE PREVISÃO DE SÉRIES TEMPORAIS ARTIGO: TOMADA DE DECISÃO EM FUTUROS AGROPECUÁRIOS COM MODELOS DE PREVISÃO DE SÉRIES TEMPORAIS REVISTA: RAE-elerônica Revisa de Adminisração de Empresas FGV EASP/SP, v. 3, n. 1, Ar. 9, jan./jun. 2004 1

Leia mais

AS FUNÇÕES PROCURA E OFERTA AGREGADAS (1ª VERSÃO)

AS FUNÇÕES PROCURA E OFERTA AGREGADAS (1ª VERSÃO) AS FUNÇÕES PROCURA E OFERTA AGREGADAS (1ª VERSÃO) 1 A FUNÇÃO PROCURA AGREGADA No final deste texto o leitor deverá ser capaz de: Compreender o conceito de função de procura agregada. Entender a curva de

Leia mais

Um Novo Modelo de Desenvolvimento para o Brasil

Um Novo Modelo de Desenvolvimento para o Brasil Um Novo Modelo de Desenvolvimento para o Brasil Yoshiaki Nakano Escola de Economia de São Paulo Fundação Getulio Vargas 26 de Abril de 2006 Um Novo Modelo de Desenvolvimento para o Brasil A Base do Novo

Leia mais

Análise de Circuitos Dinâmicos no Domínio do Tempo

Análise de Circuitos Dinâmicos no Domínio do Tempo Teoria dos ircuios e Fundamenos de Elecrónica Análise de ircuios Dinâmicos no Domínio do Tempo Teresa Mendes de Almeida TeresaMAlmeida@is.ul.p DEE Área ienífica de Elecrónica T.M.Almeida IST-DEE- AElecrónica

Leia mais

A dinâmica de transição e o crescimento econômico em um modelo neoclássico com capital humano

A dinâmica de transição e o crescimento econômico em um modelo neoclássico com capital humano A dinâmica de ransição e o crescimeno econômico em um modelo neoclássico com capial humano Jorge Cláudio Cavalcane de Oliveira Lima* Resumo O modelo neoclássico de crescimeno proposo por Solow (956) ganhou

Leia mais

Câmbio de Equilíbrio

Câmbio de Equilíbrio Câmbio de Equilíbrio Seção 1 Meodologia do cálculo do câmbio...4 Seção 2 - Passivo Exerno... 11 Seção 3 Susenabilidade do Passivo Exerno... 15 Seção 4 - Esimaivas... 17 Seção 5 - Conclusão... 20 2 Inrodução

Leia mais

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO RICARDO SÁVIO DENADAI HÁ HYSTERESIS NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO? UM TESTE ALTERNATIVO

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO RICARDO SÁVIO DENADAI HÁ HYSTERESIS NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO? UM TESTE ALTERNATIVO FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO RICARDO SÁVIO DENADAI HÁ HYSTERESIS NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO? UM TESTE ALTERNATIVO SÃO PAULO 2007 Livros Gráis hp://www.livrosgrais.com.br

Leia mais

6. Moeda, Preços e Taxa de Câmbio no Longo Prazo

6. Moeda, Preços e Taxa de Câmbio no Longo Prazo 6. Moeda, Preços e Taxa de Câmbio no Longo Prazo 6. Moeda, Preços e Taxa de Câmbio no Longo Prazo 6.1. Introdução 6.2. O Princípio da Neutralidade da Moeda 6.3. Taxas de Câmbio Nominais e Reais 6.4. O

Leia mais

PAGAMENTOS INTERNACIONAIS E TAXA DE CÂMBIO

PAGAMENTOS INTERNACIONAIS E TAXA DE CÂMBIO Pagamentos internacionais Como são feitos? Quais moedas são aceitas como meio de pagamento e em que proporção são trocadas umas pelas outras? Alterações da taxa de câmbio: afetam os preços relativos dos

Leia mais

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA PDE: lucro, consumo e invesimeno 1. KLECK: DEMND EFETV, CCLO E TENDÊNC 1.1. Disribuição, Lucro e Renda PDE: lucro, consumo e invesimeno Kalecki, TDE, cap. 3 eoria dos lucros em um modelo simplificado Poupança

Leia mais

2 Reforma Previdenciária e Impactos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos

2 Reforma Previdenciária e Impactos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos Reforma Previdenciária e Impacos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos Em dezembro de 998 foi sancionada a Emenda Consiucional número 0, que modificou as regras exisenes no sisema de Previdência Social.

Leia mais

3 O impacto de choques externos sobre a inflação e o produto dos países em desenvolvimento: o grau de abertura comercial importa?

3 O impacto de choques externos sobre a inflação e o produto dos países em desenvolvimento: o grau de abertura comercial importa? 3 O impaco de choques exernos sobre a inflação e o produo dos países em desenvolvimeno: o grau de aberura comercial impora? 3.1.Inrodução Todas as economias esão sujeias a choques exernos. Enreano, a presença

Leia mais

IGEPP GESTOR - 2013. Política cambial. Relação entre taxa de juros, taxa de câmbio e regimes cambiais. Prof. Eliezer Lopes

IGEPP GESTOR - 2013. Política cambial. Relação entre taxa de juros, taxa de câmbio e regimes cambiais. Prof. Eliezer Lopes IGEPP GESTOR - 2013 Política cambial. Relação entre taxa de juros, taxa de câmbio e regimes cambiais. Prof. Eliezer Lopes MACROECONOMIA ABERTA POLÍTICA FISCAL POLÍTICA MONETÁRIA MERCADO DE BENS PRODUTO

Leia mais

www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 8

www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 8 Comentários Macroeconomia (Área 3) Olá Pessoal. O que acharam da prova do BACEN? E especificamente em relação à macro (área 3)? A prova foi complexa? Sim! A complexidade foi acima do esperado? Não! Particularmente,

Leia mais

UNIVERSIDADE DOS AÇORES DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÂO EXEMPLO de TESTE

UNIVERSIDADE DOS AÇORES DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÂO EXEMPLO de TESTE UNIVERSIDADE DOS AÇORES DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÂO EXEMPLO de TESTE 1.Discuta a diferença entre os seguintes conceitos? (a) Produto Interno Bruto - Produto Interno Líquido; (b) Produto Nacional

Leia mais

2. Referencial Teórico

2. Referencial Teórico 15 2. Referencial Teórico Se os mercados fossem eficienes e não houvesse imperfeições, iso é, se os mercados fossem eficienes na hora de difundir informações novas e fossem livres de impedimenos, índices

Leia mais

Centro Federal de EducaçãoTecnológica 28/11/2012

Centro Federal de EducaçãoTecnológica 28/11/2012 Análise da Dinâmica da Volailidade dos Preços a visa do Café Arábica: Aplicação dos Modelos Heeroscedásicos Carlos Albero Gonçalves da Silva Luciano Moraes Cenro Federal de EducaçãoTecnológica 8//0 Objevos

Leia mais

Função definida por várias sentenças

Função definida por várias sentenças Ese caderno didáico em por objeivo o esudo de função definida por várias senenças. Nese maerial você erá disponível: Uma siuação que descreve várias senenças maemáicas que compõem a função. Diversas aividades

Leia mais

O Modelo AD-AS ou Modelo a Preços Variáveis

O Modelo AD-AS ou Modelo a Preços Variáveis O Modelo AD-AS ou Modelo a Preços Variáveis Macroeconomia 61024 Esta apresentação não dispensa a leitura integral do capítulo 5 do livro Sotomayor, Ana Maria e Marques, Ana Cristina. (2007). Macroeconomia.

Leia mais

Crescimento e Ciclos FEUC

Crescimento e Ciclos FEUC Cresimeno e Cilos FEUC 3 O modelo de resimeno ópimo de Ramsey -Cass-Koopmans (RCK) 3.1 Inrodução 3.2 Cresimeno ópimo 3.2.1 Uilidade ineremporal 3.2.2 Opimização dinâmia 3.2.3 Análise da fórmula da axa

Leia mais

2 Relação entre câmbio real e preços de commodities

2 Relação entre câmbio real e preços de commodities 18 2 Relação enre câmbio real e preços de commodiies Na exensa lieraura sobre o cálculo da axa de câmbio de longo prazo, grande pare dos modelos economéricos esimados incluem os ermos de roca como um dos

Leia mais

DEMANDA BRASILEIRA DE CANA DE AÇÚCAR, AÇÚCAR E ETANOL REVISITADA

DEMANDA BRASILEIRA DE CANA DE AÇÚCAR, AÇÚCAR E ETANOL REVISITADA XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Mauridade e desafios da Engenharia de Produção: compeiividade das empresas, condições de rabalho, meio ambiene. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de ouubro

Leia mais

Capítulo 2 EFEITOS NO NÍVEL DE PRODUTO DA ECONOMIA CAUSADOS POR ALTERAÇÕES MONETÁRIAS EXÓGENAS

Capítulo 2 EFEITOS NO NÍVEL DE PRODUTO DA ECONOMIA CAUSADOS POR ALTERAÇÕES MONETÁRIAS EXÓGENAS Capíulo 2 EFEITOS NO NÍVEL DE PRODUTO DA ECONOIA CAUSADOS POR ALTERAÇÕES ONETÁRIAS EXÓGENAS 2.. INTRODUÇÃO Nese capíulo analisamos uma economia similar à considerada no capíulo anerior, mas com a diferença

Leia mais