MOBILIDADE ACADÊMICA INTERNACIONAL, EVASÃO E CONCLUSÃO NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO: O CASO DO PROGRAMA CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS

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1 MOBILIDADE ACADÊMICA INTERNACIONAL, EVASÃO E CONCLUSÃO NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO: O CASO DO PROGRAMA CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS RESUMO Otavo Canozz Conceção* Luz Felpe Campos Fontes* Marco Túlo Anceto França* Este trabalho objetva analsar as taxas de evasão e conclusão no curso de alunos do programa Cênca Sem Fronteras em 2014 a partr dos mcrodados do Censo da Educação Superor para os anos entre 2014 e Foram crados dos grupos de comparação para estabelecer a relação do programa com os resultados encontrados: o prmero composto por alunos não ntercambstas e o segundo por ntercambstas. A metodologa empregada envolve matrzes de transção de Markov e um modelo logt multnomal para o status de matrícula dos estudantes em 2015, dado que no ano anteror todos estavam cursando. De acordo com o nosso conhecmento, este é o prmero trabalho a avalar o efeto do programa sobre as varáves de trancamento e taxa de conclusão do curso no tempo esperado. Nossos resultados revelam que os alunos do programa demoram mas para se formar do que ambos os grupos de comparação. Palavras-chave: Evasão. Mobldade acadêmca nternaconal. Cênca Sem Fronteras. Logt multnomal. Matrzes de transção. INTERNATIONAL ACADEMIC MOBILITY, EVASION AND CONCLUSION IN BRAZILIAN HIGHER EDUCATION: THE CASE OF THE PROGRAM SCIENCE WITHOUT BORDERS ABSTRACT Ths study ams to analyze the dropout and completon rates of undergraduate students of the Scence wthout Borders program n 2014 from the mcrodata of the Hgher Educaton Census for the years of 2014 and Two comparson groups were created to establsh the relatonshp between the program and the results found: the frst conssts of domestc students and the second by exchange students. The methodology used nvolves the Markov transton matrces and a multnomal logt model for students' enrollment status n 2015, snce all were enrolled n the prevous year. To our best knowledge, ths s the frst work to evaluate the effect of the program on these varables. Our results show that students n the program drop out more and take longer to graduate than both comparson groups. Keywords: Evason. Internatonal academc moblty. Scence wthout Borders. Multnomal logt. Transton matrces. JEL Classfcaton: I21, J26, J11 Área da submssão: Economa do Setor Públco *Programa de Pós-Graduação em Economa/PUCRS. Autor correspondente: otavocc@ufrgs.br

2 2 1. INTRODUÇÃO Em dversos países do mundo, exstem programas de mobldade acadêmca nternaconal para estudantes de graduação e pós-graduação. Tas programas buscam contrbur para a formação dos estudantes ao proporconar experênca profssonal ou acadêmca fora do seu país de orgem, o que se acredta pode trazer benefícos para o ndvíduo e para a socedade. Nos últmos anos, têm crescdo o nteresse de pesqusadores de dversas áreas do conhecmento em avalar os resultados e consequêncas da partcpação dos dscentes em atvdades de ntercâmbo acadêmco nternaconal, especalmente por meo de avalações longtudnas que permtam observar a evolução dos resultados ao longo do tempo. Na lteratura econômca, dversos trabalhos já se ocuparam da análse sobre os determnantes da evasão e do abandono escolar, em sua maora preocupados com as característcas pessoas, famlares e ambentas dos ndvíduos que abandonam o curso em relação aos que não o fazem (MONTMARQUETTE; MAHSEREDJIAN; HOULE, 2001; SINGEL JR, 2004; STRATTON; O TOOLE; WETZEL, 2008). Ocorre que com a crescente nternaconalzação da educação superor nos países em desenvolvmento mutos alunos passaram a realzar parte dos estudos no exteror e apenas poucos trabalhos buscaram nvestgar os efetos da mobldade acadêmca nternaconal sobre a permanênca e a taxa de conclusão destes alunos na unversdade. Inúmeras questões de pesqusa anda não foram ntegralmente endereçadas. A prmera delas dz respeto à nfluênca de estudar e/ou trabalhar fora por ntermédo dos programas de mobldade dscente sobre a contnudade do aluno retornado no curso de orgem. Essa é uma pergunta central na avalação de mpacto dos programas naconas de bolsas para ntercâmbo acadêmco nternaconal porquanto a maora dos programas destna-se a áreas do conhecmento específcas, defndas em conformdade com a necessdade de formação de mão-de-obra especalzada dos países. Esse é o caso das áreas de Cênca, Tecnologa, Engenhara e Matemátca (Scence, Technology, Engneerng and Mathematcs STEM), que são prortáras na ampla maora dos programas naconas de mobldade acadêmca nternaconal, como o Kng Abdullah Scolarshp Programme, na Arába Saudta, o Proyecta 100,00, no Méxco, o Cênca Sem Fronteras (CsF) no Brasl e város outros programas em nações como Chna, Índa, Coréa, Indonésa, Egto, Cazaqustão, Paqustão e Rússa (ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT; WORLD BANK, 2010; BRITISH COUNCIL; DAAD, 2014). Uma segunda questão relevante está assocada com a prorrogação do tempo do aluno na unversdade por conta do ntercâmbo nternaconal. Grande parte da lteratura acadêmca exstente sobre o tema nvestga alunos ntercambstas dos mas dversos programas em comparação com os não ntercambstas, pareados com base no nível de persstênca na unversdade em termos de permanênca no curso antes da partda do prmero (MALMGREN; GALVIN, 2008; O REAR et al., 2012; FRANÇOIS, 2016). As evdêncas demonstram que os ntercambstas não demoram mas para se formar que os não ntercambstas; pelo contráro, parecem nclusve conclur o curso no tempo estpulado a taxas maores que os seus pares que permaneceram no país de orgem. Merece destaque nesse contexto o projeto GLOSSARI 1 do sstema de unversdades públcas da Georga, crado em 2001, nos Estados Undos. O projeto envolveu a coleta e a análse de dados longtudnas de alunos ntercambstas do sstema unverstáro estadual com respeto a dferentes dmensões da experênca de estudar fora por ntermédo de programas de mobldade nternaconal para estudantes de váras coortes, acompanhadas até 2010 (SUTTON; RUBIN, 2010). Os resultados do projeto demonstraram que os ntercambstas se formam antes dos não ntercambstas, corroborando com a escassa evdênca exstente até então. 1 Georga Learnng Outcomes of Students Studyng Abroad Research Intatve.

3 Por fm, como mostra relatóro recente do Brtsh Councl e DAAD (2014) tendo por objeto onze programas naconas de mobldade dscente nternaconal, há uma falta generalzada de dados concretos sobres os mpactos de curto e longo prazo destas ncatvas nesses países, tanto para os benefcáros quanto para o restante da socedade a despeto do sgnfcatvo nvestmento que representam. Análses de custo-benefíco buscando contrastar o montante gasto em favor dos programas com os mpactos estmados da mobldade acadêmca sobre dferentes varáves de resultado parecem dar lugar a uma noção amplamente aceta de que a socedade se benefcará destes nvestmentos no futuro. Partcularmente em relação à lteratura, cumpre regstrar que a maor parte dos trabalhos que buscam aferr o mpacto dos programas emprega avalações ex-post, a partr de dados autoreportados dos partcpantes em surveys desenhadas para esse propósto, combnando métodos qual-quanttatvos (COMMONWEALTH SCHOLARSHIP COMMISSION, 2014; MAWER, 2017). Os prncpas achados de pesqusa dão conta de que os estudantes retornados aprendem o doma estrangero, têm maor empregabldade, maor chance de ngressar na pósgraduaçao, melhor desempenho acadêmco e também, maor conscênca cultural (CARLEY et al., 2011; SALISBURY; AN; PASCARELLA, 2013). Do ponto de vsta metodológco, prevalecem na lteratura de avalação os testes de dferença de médas entre ntercambstas e não ntercambstas como a prncpal técnca de análse quanttatva, sendo raras as pesqusas que empregam métodos de regressão multvarada para solar os efetos relaconados às estatístcas descrtvas dstntas entre os grupos do fato de que uns fzeram mobldade nternaconal e outros não. Nesse sentdo, como aponta a lteratura sobre o tema, são necessáras novas nvestgações que possam valdar ou não essa noção generalzada de que tas programas são custo-efetvos. No Brasl, o programa Cênca Sem Fronteras, crado em 2011, objetvou envar 100 ml estudantes de graduação e pós-graduação para o exteror no período de quatro anos, a um custo estmado de R$ 3,1 blhões, ou R$ 31 ml por aluno (BRASIL, 2013). Dados recentes da Capes, complados em um estudo da FAPESP (2017), revelam, entretanto, que o orçamento executado fo ao menos quatro vezes maor que o prevsto, atngndo R$ 13,2 blhões, ou cerca de R$ 131 ml por aluno. O estudo mostra anda que esse montante deve se alcançar R$ 15 blhões até O valor gasto com o programa é qunze vezes maor que o orçamento empenhado para o CNPq em A título de comparação, a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e as Olmpíadas de 2016 custaram cerca de R$ 25,5 blhões e R$ 38,2 blhões (TCU, 2014) 2. Ou seja, o programa custou cerca da metade do que fo gasto por ocasão da Copa do Mundo de 2014 no Brasl. Castro et al. (2012) revelam que o número de bolsas cradas pelo CsF representa um montante quatro vezes maor que o padrão anteror, caracterzando o programa como uma ncatva de larga escala na economa braslera. Desde 2015, o programa não abru mas edtas para novos alunos, cumprndo apenas com os compromssos frmados com os dscentes que já havam sdo seleconados até então. Dante da falta de nformações ofcas do governo sobre a contnudade ou não do programa, dscuta-se uma possível reestruturação desta polítca, com foco na mobldade nternaconal para a pós-graduação e para um novo públco-alvo: os estudantes do Ensno Médo. No entanto, em Abrl de 2017, o governo federal decretou o fm do programa Cênca Sem Fronteras. Há de se ressaltar que tanto para motvar o montante de recursos nvestdos no CsF quanto para justfcar o seu térmno não foram apresentados estudos técncos que motvassem tas decsões. Soma-se a sso o fato de que a Capes prepara para o segundo semestre de 2017 um novo programa que deverá suceder o CsF (FAPESP, 2017). Sendo assm, é curoso pensar que o programa poderá ser reedtado sem que uma ampla avalação de seus efetos tenha sdo feta. Desse modo, em 2017, completam-se dos anos do últmo edtal do CsF e a despeto da relevânca do tema, poucos estudos avalaram o programa e suas repercussões para os benefcáros e para a socedade. Apesar da escassa evdênca dsponível sobre os resultados e 3 2

4 consequêncas do programa atualmente, a lteratura naconal sugere que houve pouco controle sobre o destno destes estudantes no que se refere ao retorno para o Brasl, havendo de parte do governo e da socedade um grande nteresse em conhecer a trajetóra destes estudantes. A respeto dos estudos de trajetóra dos ex-bolsstas do programa, Knobel (2015) é bastante claro: there are no fgures regardng completon or dropout rates, dstrbuton of students to dfferent unverstes, or other mportant statstcs that should be avalable to the publc consderng ths huge publc nvestment (KNOBEL, 2015, p.1). Dante desse cenáro, este trabalho procura contrbur com a lteratura de duas maneras. De acordo com o nosso conhecmento, este é o prmero trabalho a analsar a trajetóra dos estudantes do programa CsF no que dz respeto à evasão e conclusão do curso quando retornados ao Brasl, o que torna essa a prmera contrbução. A segunda é a ncorporação de um novo grupo de comparação nas análses de programas específcos de mobldade acadêmca nternaconal: os ntercambstas que realzaram parte do estudo no exteror por ntermédo de outras ncatvas ou por fnancamento própro. Como dto anterormente, a lteratura sobre o tema nvestga os ntercambstas em geral comparatvamente aos não ntercambstas, o que pode ser uma comparação ngênua, uma vez que os prmeros podem se autosseleconar para partcpar da mobldade acadêmca. Nesse contexto, este estudo objetva analsar as taxas de evasão e conclusão dos alunos de graduação benefcáros do programa Cênca Sem Fronteras vs-à-vs dos grupos de comparação para a coorte de alunos que realzaram ntercâmbo por meo do programa em 2014 e retornaram ao Brasl em 2015, perfazendo uma amostra de estudantes de dferentes áreas do conhecmento e grupos de cursos. Os resultados dos ex-bolsstas do CsF são comparados com o grupo de alunos que ngressaram no mesmo ano no curso, das mesmas áreas do conhecmento e nsttuções e que, em 2014, momento em que os benefcáros do programa estavam no exteror, estavam matrculados e cursando a unversdade. Um segundo grupo de comparação fo formado para permtr uma comparação mas precsa entre os alunos, sendo composto pelos estudantes que também realzaram algum tpo de mobldade acadêmca nternaconal em 2014 e que, portanto, são potencalmente mas semelhantes aos ex-bolsstas do programa no que se refere à motvação para estudar fora e também nas dfculdades que podem ter enfrentado para a convaldação das dscplnas cursadas no exteror junto às suas nsttuções de orgem. Dferentemente do que é empregado pela maora dos estudos de acompanhamento da trajetóra de alunos partcpantes de programas de mobldade acadêmca nternaconal, que usam dados de montoramento do própro programa, este trabalho utlza dados admnstratvos mantdos pelo governo referentes à educação superor no Brasl, orundos do Censo da Educação Superor para os anos entre 2014 e A metodologa empregada envolve o uso de duas técncas dstntas: as matrzes de transção de Markov e um logt multnomal. As matrzes de transção permtem observar a dnâmca de mudança de status de matrícula dos alunos da amostra entre os anos, consderando que em 2014 todos os estudantes estavam cursando. Por sua vez, o logt multnomal reporta a relação dos alunos do programa comparatvamente aos grupos de controle solada de efetos das característcas pessoas, da nsttução e do curso dos estudantes. O artgo está dvddo em três seções, além desta ntrodução. A segunda seção contém a metodologa, a apresentação da base de dados e o detalhamento da estratéga empírca. A tercera seção mostra as estatístcas descrtvas da amostra, bem como os resultados da pesqusa à luz da lteratura préva. A últma seção apresenta as consderações fnas. 2. ESTRATÉGIA EMPÍRICA 2.1 Dados Este trabalho utlza os mcrodados do Censo da Educação Superor (CenSup) de 2014 e 4

5 2015. O CenSup, realzado anualmente pelo Insttuto de Estudos e Pesqusas Educaconas Aníso Texera (INEP), é o nstrumento de pesqusa mas completo do Brasl sobre as nsttuções de educação superor, os alunos e docentes nesse nível de ensno. Essa coleta, de abrangênca naconal e caráter censtáro, tem como objetvo oferecer à comundade acadêmca e à socedade em geral nformações detalhadas sobre a stuação e as grandes tendêncas do setor (BRASIL, 2017). O Censo da Educação Superor reúne nformações sobre as nsttuções de ensno superor, seus cursos de graduação presencal ou a dstânca, cursos sequencas, vagas oferecdas, nscrções, matrículas, ngressantes e concluntes, bem como dados sobre docentes e alunos nas dferentes formas de organzação acadêmca e categora admnstratva. Desde a edção de 2009, os mcrodados estão sendo coletados ao nível de ndvíduos, o que torna possível por meo do códgo de dentfcação do aluno, a construção de um panel de dados para os estudantes, dscrmnando-os de acordo com a nsttução, o curso, o ano de ngresso e outras nformações atnentes à stuação no curso e forma de admssão. A amostra utlzada neste estudo refere-se a alunos ngressantes em 2010, 2011 e 2012 de cursos de quatro, cnco ou ses anos de duração em que houve pelo menos algum estudante que reportou ter partcpado de programas de mobldade acadêmca nternaconal em Foram consderados somente dscentes de nsttuções públcas federas, estaduas ou muncpas matrculados em apenas um curso e em uma únca Insttução de Ensno Superor (IES), que estavam com status de matrícula como cursando em 2014 elmnando, dessa forma, os estudantes que estavam matrculados em mas de uma IES smultaneamente. Alguns motvos fundamentaram a opção pelas IES públcas. O prmero dz respeto à preocupação com o gasto públco dante da possbldade de os alunos do programa dlatarem o tempo na unversdade ou trancarem o curso pelo qual partcparam do CsF, o que representa em ambos os casos um custo ndreto desta ntervenção. O segundo está assocado ao pequeno número de ex-bolsstas do programa e ntercambstas em IES prvadas que atendem aos crtéros defndos na estratéga empírca deste trabalho, não permtndo sequer uma análse separada para dscentes de IES públcas e prvadas. A escolha dos anos de análse fo justfcada pela nclusão de duas varáves sobre mobldade acadêmca nternaconal no questonáro do CenSup na edção de 2014, o que oportunzou a dentfcação dos alunos que realzaram ntercâmbo nternaconal e o tpo de mobldade, se pelo programa CsF ou outra forma. Sendo assm, dante da dsponbldade dos mcrodados de alunos do CenSup até 2015 e da ausênca destas varáves nos anos anterores, construu-se o panel de dados para 2014 e 2015 com estudantes que reportaram ter realzado ntercâmbo nternaconal, um grupo pelo CsF e outro não, que estavam fora em 2014, mas em 2015 não reportaram estar em mobldade acadêmca nternaconal 3. Em seguda, foram somados a essa amostra os estudantes que em 2014 estavam frequentando seus respectvos cursos e não fzeram nenhum tpo de mobldade, nclusve naconal. Para a composção dessa amostra de não ntercambstas, foram localzados os alunos no CenSup 2014 que ngressaram em 2010, 2011 e 2012 pertencentes aos mesmos cursos e nsttuções de ensno superor da amostra de ntercambstas CsF e não CsF a fm de formar o grupo de pares que não partcparam de regmes de mobldade. Dessa forma, foram consttuídos dos grupos de controle para os alunos do CsF. Um formado por estudantes não ntercambstas, como é tradconalmente utlzado na lteratura, e outro por alunos que realzaram mobldade acadêmca nternaconal. O segundo grupo de comparação vsa mtgar possíves veses de autosseleção, na medda em que tas alunos podem ser mas semelhantes aos ex-bolsstas do CsF tanto em fatores observáves quanto não observáves. A partr da seleção por ano de ngresso e duração de curso, sto é, cursos de quatro anos 5 3 A varável que permte dentfcar o aluno ntercambsta pergunta se o estudante está em mobldade, não sendo possível saber desde quando ele está nessa stuação.

6 cujos estudantes ngressaram em 2012, de cnco anos cujos alunos ncaram em 2011 e de ses anos cujos dscentes ngressaram em 2010, delmtaram-se três coortes dstntas de alunos que deveram de acordo com a grade serada do curso ser concluntes em Nesse sentdo, a amostra é composta somente de alunos que deveram ser concluntes no curso. Esse recorte vsa contornar o problema potencal de comparar dscentes em dferentes estágos de adantamento no curso por conta da ausênca de varável no CenSup que forneça essa nformação. As varáves utlzadas no estudo são apresentadas no Quadro 1. Como se observa, foram empregadas varáves que captam atrbutos ndvduas, do curso, da nsttução e também da regão onde o aluno estuda. Para a utlzação das varáves do curso e da nsttução, fo necessáro ntegrar as bases de mcrodados do aluno com as respectvas bases de cursos e nsttução do CenSup. No grupo de varáves sobre o ndvíduo, estão aquelas que são relatvas ao status de partcpação no programa Cênca Sem Fronteras, o gênero, a etna, a dade, a dade ao quadrado, se recebe algum tpo de auxílo no âmbto da unversdade (auxílo-morada, auxílo-almentação, etc), o tpo de escola em que cursou o Ensno Médo (se públca ou prvada), a forma de ngresso no curso (se fo pelo vestbular ou Exame Naconal do Ensno Médo (ENEM) ou outra manera: vaga remanescente, ação afrmatva, etc), a regão onde estuda e o ano de ngresso na IES. Quadro 1 Descrção das varáves Varável Descrção Cursando Varável bnára gual a 1 se o aluno estver com status de matrícula como cursando e 0 caso contráro Trancado Varável bnára gual a 1 se o aluno estver com status de matrícula como trancado ou desvnculado e 0 caso contráro Formado Varável bnára gual a 1 se o aluno estver com status de matrícula como formado e 0 caso contráro CsF Varável bnára gual a 1 se o aluno fo bolssta do programa Cênca Sem Fronteras e 0 caso contráro. Branco Varável bnára gual a 1 se o aluno for branco e 0 caso contráro. Homem Varável bnára gual a 1 se o aluno for homem e 0 caso contráro. Idade Idade do aluno em anos. Idade 2 Idade do aluno ao quadrado em anos. Públca Varável bnára gual a 1 se o aluno concluu o Ensno Médo em escola públca e 0 caso contráro. Varável bnára gual a 1 se o aluno recebe algum tpo de apoo socal na Apoo socal forma de morada, transporte, almentação, materal ddátco e bolsas (trabalho/permanênca) e 0 caso contráro. Varável bnára gual a 1 se o aluno ngressou na Insttução de Ensno Outra forma ngresso Superor (IES) por ntermédo de outro processo seletvo que não seja o vestbular ou o Exame Naconal de Ensno Médo (ENEM) e 0 caso contráro. Regão Varáves bnáras para as regões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Ano ngresso Varáves bnáras para o ano de ngresso do aluno no curso: 2010, 2011 ou (contnua) 6 4 A prncpal suposção subjacente a esta estratéga é que os alunos que ngressaram nos anos de 2010, 2011 e 2012 não efetuaram nenhum tpo de trancamento no curso de modo que em 2015 deveram estar se formando. Para a avalação do efeto do CSF, o mas mportante é que, caso haja alguma dstorção decorrente desta estratéga, esta não afete os grupos de análse de manera assmétrca.

7 Quadro 1 Descrção das varáves (contnuação) Varável Descrção Varáves bnáras para as seguntes áreas: Humandades e Artes, Cêncas Socas, Negócos e Dreto, Cêncas, Matemátca e Computação, Educação, Áreas da OCDE Engenhara, Produção e Construção, Agrcultura e Veternára, Saúde e Bem Estar Socal e Servços. Varáves bnáras para o turno do curso do aluno: ntegral, matutno, Turno curso vespertno ou noturno. Duração curso Varáves bnáras para a duração do curso: quatro, cnco ou ses anos. IGC Índce Geral de Cursos da IES em IES pós Varável bnára gual a 1 se a IES oferta cursos de pós-graduação. graduação Prop. despesa Logartmo da proporção das despesas da IES com pesqusa e P&D desenvolvmento (P&D). Prop. técncos Proporção de técncos da IES com ensno superor, especalzação, mestrado sup. ou doutorado completos. Prop. professor Proporção de técncos da IES com ensno superor, especalzação, mestrado dout. ou doutorado completos. Nº técncos Número total de técncos da IES, em mlhares. N professor Número total de professores da IES, em mlhares. Fonte: Elaboração própra a partr dos mcrodados do Censo da Educação Superor. Dentre as varáves do curso estão a área da Organzação para a Cooperação e Desenvolvmento Económco ou Econômco (OCDE) 5 a que pertence o curso, o turno em que é oferecdo e a duração. Por fm, são varáves que captam o perfl da IES o Índce Geral de Cursos (IGC) 6, o número de técncos e professores, a proporção de técncos com ensno superor completo, a proporção de professores com doutorado, a proporção das despesas totas da IES com Pesqusa e Desenvolvmento (P&D) e se a nsttução tem curso de pós-graduação. 2.2 Metodologa Dos métodos de análse foram utlzados neste trabalho: a matrz de transção e o logt multnomal (LM). O prmero, também chamado de matrz estocástca ou de Markov, tem caráter descrtvo e permte analsar a dnâmca de mobldade dos estudantes entre os status de matrícula do curso. A utlzação desse método fo possbltada pela construção do panel de dados para 2014 e Sendo assm, calcula-se a probabldade de transção (p ) de um estudante entre os estados de matrícula cursando (subscrto C), trancado (subscrto T) e formado (subscrto F) entre o prmero e o segundo período ctados. Sua representação matrcal é dada da segunte forma: p = ( p CC p TC p FC p CT p TT p FT p CF p TF p FF ) (1) 7 5 Vsando atrbur maor comparabldade nternaconal às estatístcas da educação superor no Brasl, o INEP adotou recentemente a Internatonal Standard Classfcaton of Educaton (ISCED), elaborada em parcera por EUROSTAT, UNESCO e OCDE. Essa classfcação permte que os dados do CenSup sejam comparados com dados de dversos outros países no que se refere à área de formação dos cursos. 6 Incalmente, objetvou-se utlzar o Conceto Prelmnar do Curso (CPC) como varável-resumo da qualdade do curso ao nvés da varável IGC, entretanto, não fo possível compatblzar os códgos do curso dsponíves no CenSup com os da base de dados do CPC.

8 8 Entretanto, uma vez que se deseja seleconar somente aqueles ndvíduos que em 2014 estavam cursando a faculdade, a matrz de transção de nteresse resume-se a prmera lnha da matrz anteror: p = (p CC p CT p CF ) (2) Apesar da matrz de Markov proporconar bons ndcatvos quanto à transção nos status de matrícula de estudantes do ensno superor entre 2014 e 2015, trata-se de um modelo unvarado que, como destacado anterormente, não permte o controle conjunto de uma sére de fatores que também poderam afetar esta transção. Sendo assm, adota-se o logt multnomal (LM), que é um modelo econométrco multvarado, no qual característcas que afetam o status de matrícula dos alunos podem ser soladas da varável relaconada ao CsF. Esse modelo é aproprado à análse proposta, uma vez que as varáves de resultado podem ser pensadas em categoras, as quas não assumem uma ordem natural. Pensando na descrção do LM, Y denotará os status de matrícula dos estudantes, de forma que a varável de resultado assuma três valores categórcos {0, 1, 2} sem ordem predefnda, em que: 0 refere-se a categora base (omtda) e ndca o status cursando (subscrto C); 1 ndca o status trancado (subscrto T) ; e 2 ndca o status formado (subscrto F). Deseja-se então mensurar como mudanças ceters parbus em um vetor de varáves explcatvas X (com destaque para a varável CsF) afeta a probabldade de, em 2015, os estudantes encontrarem-se em um dos status de matrícula supractados, consderando que, em 2014, todos estavam cursando. Denotando anda β como um vetor de parâmetros assocado a X, defnem-se as probabldades a partr do LM: (Y = X) = C = (Y = X) = T = (Y = X) = F = ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) (3) (4) (5) Uma forma usualmente utlzada para nterpretação dos resultados se da pela razão de rscos relatvos, como se segue: = ( T F ) (6) Esta razão representa a probabldade de o aluno ter trancado a faculdade em relação a estar cursando ou a probabldade de o aluno ter se formado na faculdade em relação à anda estar cursando. Por fm, assumndo que o vetor de varáves explcatvas e parâmetros são guas a (x x 2 x k ) e ( 2 k), a razão de rscos relatvos para mudanças de uma undade em x será gual ao exponencal do própro coefcente de nteresse T ou F onde * k+. 3. RESULTADOS A Tabela 1 mostra as estatístcas descrtvas referentes à méda e ao desvo-padrão de varáves seleconadas para os três grupos de análse: ex-bolsstas do CsF, ntercambstas e não ntercambstas. Nota-se que, não há dferenças sgnfcatvas entre os grupos no que se refere à etna e se a IES a que pertence possu pós-graduação. Nas demas varáves, é possível observar

9 que os alunos do CsF são sstematcamente dferentes dos não ntercambstas: em geral, são em maor proporção brancos, homens, mas jovens, recebem menos benefícos do tpo apoo socal, provenentes de escolas prvadas no Ensno Médo, ngressantes pelo Exame Naconal do Ensno Médo (ENEM) ou vestbular e de nsttuções com maor IGC e menor número de professores e técncos. Tabela 1 Méda e desvo padrão de varáves seleconadas para alunos do CsF, ntercambstas e não ntercambstas 2015 CsF Intercambstas Não Intercambstas Varáves Branco 0,48 0,50 0,50 0,50 0,42 0,49 Homem 0,57 0,50 0,49 0,50 0,50 0,50 Idade 22,99 1,75 22,99 1,98 24,33 4,37 Apoo socal 0,16 0,36 0,29 0,45 0,20 0,40 Públca 0,32 0,47 0,27 0,45 0,41 0,49 Outra forma ngresso 0,06 0,23 0,06 0,23 0,10 0,30 IES pós graduação 0,94 0,23 0,98 0,13 0,96 0,20 Prop. despesa P&D 0,01 0,02 0,01 0,02 0,01 0,02 Prop. professor dout. 0,72 0,15 0,78 0,15 0,70 0,16 Prop. técncos sup. 0,66 0,12 0,64 0,09 0,66 0,12 Nº professores 2,18 1,10 2,81 1,31 2,36 1,25 Nº técncos 2,83 2,16 4,78 3,42 3,11 3,14 IGC 3,66 0,47 3,84 0,42 3,56 0,48 Nordeste 0,24 0,43 0,08 0,26 0,23 0,42 Norte 0,02 0,15 0,01 0,11 0,03 0,16 Sudeste 0,45 0,50 0,67 0,47 0,41 0,49 Sul 0,23 0,42 0,13 0,33 0,24 0,42 Centro oeste 0,06 0,24 0,11 0,32 0,10 0,30 Observações Fonte: Elaboração própra a partr dos mcrodados do Censo da Educação Superor. Nota: Não ntercam. refere-se aos alunos não ntercambstas. Para facltar a nterpretação, a varável Prop. despesa P&D é apresentada como proporção e não como logartmo da proporção. Quando se compara os alunos do CsF com os demas ntercambstas se têm um grupo de controle mas semelhante do que os não ntercambstas, porquanto poucas varáves parecem dferr consderavelmente entre eles. Dentre as dferenças pode-se apontar a maor proporção de homens e de estudantes que recebem apoo socal para se manter na unversdade entre os exbolsstas do CsF e também no que se refere ao menor IGC das nsttuções frequentadas por estes alunos. O resultado referente ao IGC de alunos do CsF vs-à-vs os demas ntercambstas é mportante, uma vez que revela que o programa parece ter envado estudantes de IES que não são, na méda, as melhores de acordo com o índce. Nesse sentdo, o programa pode ter representado uma oportundade de formação no exteror para dscentes de IES com IGC médo nferor ao das nsttuções frequentadas pelos ntercambstas. Anda de acordo com a Tabela 1, nota-se que os ntercambstas estão mas concentrados no Sudeste e Centro-Oeste. É nteressante destacar nesse sentdo que, a dstrbução espacal das bolsas do programa pode ter objetvado reduzr desgualdades regonas ao favorecer também as regões com menor representatvdade de unverstáros realzando parte dos estudos fora do país. A Tabela 2 exbe a composção da amostra no que dz respeto à proporção de dscentes em cada grupo nas áreas do conhecmento do curso de acordo com a classfcação da OCDE e 9

10 também por duração do curso. No que se refere à duração dos cursos, a maora dos estudantes está matrculado em cursos de cnco anos (63%), segudo por cursos de quatro anos (26,4%). Nos três grupos de nteresse da análse, observa-se que esse padrão se mantém. Tabela 2 Proporção de alunos por tempo de curso e área da OCDE, para CsF, ntercambstas e não ntercambstas 2015 Tempo de Curso/Área OCDE CsF Intercam Não ntercam Todos Curso 4 anos 18,52% 27,28% 27,16% 26,44% Curso 5 anos 73,11% 64,66% 62,10% 63,06% Curso 6 anos 8,37% 8,07% 10,74% 10,49% Agrcultura e veternára 2,64% 7,20% 7,84% 7,40% Cêncas socas, negócos 2,50% 1,53% 1,82% 1,87% Cêncas, matemátca 1,38% 17,68% 14,34% 13,32% Educação 11,49% 9,90% 9,61% 9,77% Engenhara, produção 64,45% 47,05% 34,33% 37,08% Humandades e artes 6,11% 6,12% 10,66% 10,19% Saúde e Bem Estar 11,38% 9,90% 21,11% 20,09% Servços 0,04% 0,62% 0,29% 0,28% Fonte: Elaboração própra a partr dos mcrodados do Censo da Educação Superor. Nota: Intercam. refere-se aos alunos ntercambstas e Não ntercam aos não ntercambstas. No que se refere à área de conhecmento do curso, os estudantes estão melhor dstrbuídos, com predomnânca da área de Engenhara, Produção e Construção (37,08%), seguda de Saúde e Bem Estar Socal (20,09%) e Cêncas, Matemátca e Computação (13,32%). Entre os estudantes do CsF, destaca-se a elevada concentração da área de Engenhara, Produção e Construção (64,45%), sendo esse percentual sensvelmente maor do que o observado para os não ntercambstas (34,3%). Esse resultado reflete a focalzação do programa na área de Engenhara, que desde a mplantação do CsF fo tratada como uma das mas carentes em termos de mão-de-obra especalzada. Como mostra um estudo da CNI (2015), no Brasl apenas 7% dos estudantes formados no ensno superor em 2013 eram orundos da área de Engenhara, percentual nferor ao alcançado por países da OCDE (12%) e Corea do Sul (22%). Assm, se, por um lado, parece ter havdo uma justfcada prorzação da área de Engenhara no programa Cênca Sem Fronteras, por outro, as demas áreas que compõem o campo de Cênca, Tecnologa, Engenhara e Matemátca (STEM) não lograram ter a mesma mportânca relatva. Curosamente, a área de Cêncas, Matemátca e Computação representa apenas 1,38% dos dscentes do CsF da amostra, apesar de ntegrar o campo STEM. A presença de alunos do CsF nas demas áreas, à exceção de Agrcultura e Veternára, chama atenção, uma vez que as áreas não prortáras ao programa (Cêncas Socas, Negócos e Dreto, Humandades e Artes, Educação e Servços) perfazem um total de 20,14% da amostra de dscentes do CsF. Esse é um achado marcante, pos retrata um vazamento do públco-alvo desta polítca públca e levanta dúvdas sobre o rgor do processo de seleção de alunos no programa nas IES partcpantes do CsF, que parecem ter permtdo que os benefcáros fossem de áreas não prortáras do Cênca Sem Fronteras. De manera geral, nos três grupos de dscentes a partcpação das áreas do conhecmento é smlar, sendo um pouco maor a assmetra na área de Cêncas, Matemátca e Computação, com muto mas alunos ntercambstas vs-à-vs os demas. 3.1 Matrz de transção Na Tabela 3 é apresentada uma análse comparatva da taxa de trancamento e conclusão 10

11 no curso no tempo esperado para os três grupos de nteresse. Nota-se que os alunos do CsF demoram mas para conclur o curso quando retornam do que seus pares que não realzaram mobldade acadêmca em Nessa dreção, Westphal (2014), a partr da coleta de dados prmáros com 356 ex-bolsstas do programa, já hava dentfcado tendêncas sobre a prorrogação do tempo destes alunos na unversdade, com cerca de 36% tendo levado três ou mas semestres para se formar depos de retornar ao Brasl. Esse resultado parece ntutvo se consderarmos que estes alunos podem ter tdo dfculdades para convaldar as dscplnas cursadas fora. Entretanto, mesmo quando se comparam os alunos do Cênca Sem Fronteras com os demas ntercambstas, que também podem ter tdo as mesmas dfculdades, a taxa de conclusão do curso para os prmeros (3.82) é três vezes menor. Além dsso, a taxa de conclusão para os ntercambstas (12.58) é muto mas próxma da apresentada pelos não ntercambstas (14.45). Tabela 3 Matrz de transção para o status de matrícula do aluno entre 2014 e 2015 CsF Cursando Trancado Formado Cursando 93,22 2,96 3,82 Intercambstas Cursando Trancado Formado Cursando 85,42 2,01 12,58 Não ntercambstas Cursando Trancado Formado Cursando 83,00 2,55 14,45 11 Fonte: Elaboração própra a partr dos mcrodados do Censo da Educação Superor. Em relação à taxa de trancamento, é precso notar que, embora os percentuas encontrados sejam baxos (2% a 3%), os alunos do CSF trancam mas o curso do que ambos os grupos de comparação. Esse é um resultado novo na lteratura e anda precsa ser melhor compreenddo. A maor taxa de trancamento pode ser decorrente da seleção de alunos menos motvados e engajados academcamente, o que se refletra na sua escolha de retornar ao país e evadr do curso. A segur apresentam-se os resultados estratfcados por área de classfcação da OCDE. A heterogenedade envolvendo os dferentes tpos de cursos pode resultar em taxas de evasão e conclusão que varam em razão da dnâmca de cada área; por sso, torna-se nteressante verfcar se os resultados encontrados anterormente se mantêm no recorte proposto. Na Fgura 1 são apresentados os resultados para a taxa de trancamento por área do curso de acordo com a classfcação da OCDE. Percebe-se que os alunos do CsF trancam mas o curso do que pelo menos um dos dos grupos de comparação em ses das sete áreas analsadas e mas do que ambos em três das sete 7. Os alunos ntercambstas, por sua vez, apresentam menor taxa de trancamento do que os alunos do CsF e não ntercambstas em ses das sete áreas avaladas. Se, por um lado, essa evdênca corrobora com a lteratura ao mostrar que a mobldade acadêmca no exteror parece estmular a permanênca dos alunos no curso de orgem, por outro, ela mostra que o Cênca Sem Fronteras está assocado com um resultado oposto ao observado para os demas programas de ntercâmbo estudantl nternaconal. Do ponto de vsta da avalação do programa, esse resultado preocupa, porquanto revela que mesmo após partcparem de um período de estudos no exteror, os estudantes seleconados para a partcpação no CsF decdram retornar e trancar o curso a taxas maores do que os alunos 7 Por conta do reduzdo número de alunos na área de Servços (n<50) estes não foram consderados na análse.

12 que também estudaram fora do país e mas que os não ntercambstas, pelo menos na amostra analsada. Curosamente, a únca área em que os alunos do CsF evadem menos que os demas é não prortára no programa, Humandades e Artes, com 2,5% tendo trancado o curso contra 9,8% entre os ntercambstas e 5% entre os não ntercambstas. Já a área em que houve maor abandono do curso pelos ex-bolsstas do CsF fo a de Educação (6,2%). Em seguda, estão Agrcultura e Veternára (3,9%) e Cêncas, Matemátca e Computação (3,5%). Na Fgura 2 são mostradas as taxas de conclusão no curso no período esperado de acordo com a grade serada para cada área da OCDE. Como se nota, os estudantes do CsF se formam menos no curso no tempo esperado do que ambos os grupos de comparação em todas as sete áreas analsadas. As áreas em que os alunos do programa menos se formam no tempo esperado são Humandades e Artes (3,1%), Engenhara, Produção e Construção (3,79%), Cêncas, Matemátca e Computação (3,85%) e Saúde e Bem-Estar Socal (3,9%). Cumpre regstrar que a área de Engenhara e afns é a tercera com maor taxa de conclusão no tempo esperado entre os não ntercambstas, sendo a segunda em que os alunos do CsF menos se formam no tempo esperado. Essa evdênca pode contrbur para a avalação do programa, tendo em vsta que 64,4% dos dscentes do CsF são desta área. 12

13 13 Fgura 1 Probabldade de transção para o status de matrícula trancado por área da OCDE, consderando CsF, ntercambstas e não ntercambstas Agrcultura e veternára Cêncas socas, negócos Cêncas, matemátca Educação Engenhara, produção Humandades e artes Saúde e Bem Estar CSF Intercam N. Inter. Fonte: Elaboração própra a partr dos mcrodados do Censo da Educação Superor. Nota: não foram consderados os alunos da área de Servços por conta do reduzdo número de alunos nessa área. Intercam. refere-se aos alunos ntercambstas e Não ntercam aos não ntercambstas. Fgura 2 Probabldade de transção para o status de matrícula formado por área da OCDE, consderando CsF, ntercambstas e não ntercambstas Agrcultura e veternára Cêncas socas, negócos Cêncas, matemátca Educação Engenhara, produção Humandades e artes Saúde e Bem Estar CSF Intercam N. Inter. Fonte: Elaboração própra a partr dos mcrodados do Censo da Educação Superor. Nota: não foram consderados os alunos da área de Servços por conta do reduzdo número de alunos nessa área. Intercam. refere-se aos alunos ntercambstas e Não ntercam aos não ntercambsta

14 Logt multnomal Apesar das matrzes de transção oferecerem resultados mportantes para o objetvo do trabalho, sua natureza unvarada não permte a realzação de uma análse ceters parbus das varáves utlzadas. Assm, com o ntuto de solar os possíves efetos do programa das característcas de seus alunos sobre a mudança de status de matrícula entre 2014 e 2015, estma-se um logt multnomal para 2015, amparado no fato de que em 2014 todos estavam cursando. Para permtr uma análse dferencada dos resultados de acordo com o grupo de controle escolhdo, foram estmadas duas regressões separadamente: uma para a amostra de estudantes do CsF e os não ntercambstas e outra para os ex-bolsstas do CsF e demas ntercambstas. Além dsso, tendo em vsta o vazamento já dentfcado no públco-alvo do programa, consderou-se oportuno analsar o efeto do CsF não apenas sobre as áreas elegíves, mas também sobre as nelegíves. A Tabela 5 traz os resultados do modelo logt multnomal somente para alunos do CsF e não ntercambstas consderando as setes áreas da OCDE. Na prmera coluna são apresentadas as estmatvas para estudantes que mudaram da condção de cursando para trancado entre o prmero e o segundo ano da análse; e na segunda as estmatvas para os alunos que saíram da condção de cursando em 2014 para formado em Juntamente com os coefcentes são apresentadas as razões de rsco relatvo de ocorrênca da mudança de status. Valores maores que 1 sgnfcam que há aumento no rsco de ocorrênca desta transção e valores abaxo deste patamar representam redução no rsco de ocorrênca. A prncpal varável de nteresse, CsF, se mostra de acordo com as matrzes de transção para a taxa de conclusão e evasão no curso, ratfcando as evdêncas encontradas de que os ex-bolsstas do programa demoram mas para se formar e trancam mas o curso. De acordo com o modelo proposto, os alunos do Cênca Sem Fronteras têm 34% mas chance de trancarem e 71% menos chance de se formarem no tempo esperado, ambos relatvamente a estarem cursando. Esse resultado é mportante, uma vez que a estmatva mostra o efeto de ser CsF em relação a não ntercambstas solado de outros fatores que podem nfluencar na comparação. Mas do que sso, esse achado é preocupante do ponto de vsta do gasto públco, tendo em vsta que tas alunos são de IES públcas, nas quas o custo anual para manter um aluno chega a quase R$ 20 ml (INEP, 2016) o que de certa forma se soma aos R$ 131 ml já despenddos, em méda, com os ex-bolsstas do CsF em razão do ntercâmbo. Dversas covaradas se revelaram sgnfcatvas para explcar a chance de trancamento e conclusão relatvamente a estar cursando para os alunos da amostra. Os resultados demonstram que ser homem, ter mas dade (havendo uma dade até a qual o rsco aumenta e abaxo da qual ele começa a decrescer efeto esse capturado pelo coefcente negatvo da varável da dade ao quadrado), ter ngressado no curso por meo de vagas remanescentes ou outro processo seletvo exceto vestbular e ENEM são fatores que aumentam a chance de trancamento. Somam-se a estes fatores, estudar no turno matutno, estar matrculado em um curso de quatro ou cnco anos, pertencer a uma IES que possu programa de pós-graduação, ter maor número de professores com doutorado e também mas professores e técncos em número absoluto. Por outro lado, ser branco, receber algum tpo de apoo socal para se manter na unversdade, estudar em uma IES que gasta proporconalmente mas em P&D e que tem maor número de professores são fatores que reduzem a chance de trancamento. Quando se analsa a probabldade de se formar em relação a estar cursando, os determnantes estatstcamente sgnfcatvos são bastante semelhantes aos do trancamento, embora alguns com snas opostos e com dferentes magntudes. Ser homem, por exemplo, relatvamente a ser mulher, aumenta a chance de trancar o curso e dmnu a de se formar no tempo esperado, sendo esse já um efeto ceters parbus desta varável na regressão. Ser branco, ter estudado em escola públca no Ensno Médo, ter ngressado na IES por outra forma que não tenha sdo vestbular ou ENEM, pertencer a uma IES que possu programa de pós-graduação, que gasta proporconalmente mas em P&D e que tem maor número de técncos são determnantes que aumentam a chance de o aluno conclur o curso no prazo estpulado pela grade serada do curso.

15 15 Tabela 5 Resultados do modelo logt multnomal para o status de matrícula dos alunos, consderando CsF e não ntercambstas 2015 Trancado/Cursando Formado/Cursando Razão de Razão de Varáves Coefcente Coefcente rsco rsco (Erro padrão) (Erro padrão) relatvo relatvo CsF 0,290*** -1,235*** 1,34 (0,091) (0,075) 0,29 Branco -0,104* 0,349*** 0,90 (0,058) (0,027) 1,42 Homem 0,226*** -0,262*** 1,25 (0,055) (0,026) 0,77 Idade 0,290*** -0,0225 1,34 (0,030) (0,020) 0,98 Idade^2-0,003*** 0,000 1,00 (0,000) (0,000) 1,00 Apoo socal -0,720*** -0,355*** 0,49 (0,085) (0,037) 0,70 Públca -0,0170 0,087*** 0,98 (0,057) (0,028) 1,09 Outra forma ngresso 0,277*** 0,328*** 1,32 (0,079) (0,041) 1,39 Matutno 0,304*** -0,094 1,36 (0,104) (0,061) 0,91 Vespertno -0,201 0,090 0,82 (0,150) (0,079) 1,09 Noturno 0,0932-0,090** 1,10 (0,072) (0,037) 0,91 Curso 4 anos 1,027*** -1,500*** 2,79 (0,170) (0,055) 0,22 Curso 5 anos 0,284* -0,726*** 1,33 (0,164) (0,046) 0,48 IGC -0,165-0,341*** 0,85 (0,135) (0,068) 0,71 Prop. despesa P&D -0,0236** 0,036*** 0,98 (0,011) (0,005) 1,04 Prop. técncos sup. 0,307-0,467*** 1,36 (0,255) (0,116) 0,63 Prop. professor dout. 0,662* 0,0720 1,94 (0,379) (0,193) 1,07 IES pós graduação 0,379** 0,144** 1,46 (0,155) (0,062) 1,16 Nº técncos 0,232*** 0,147*** 1,20 (0,030) (0,013) 1,15 Nº professores -0,373*** -0,194*** 0,68 (0,031) (0,017) 0,82 Constante -8,795*** 1,997*** 0,00 (0,672) (0,370) 7,37 Dummes Regão Sm Dummes Área OCDE Sm Pseudo R Observações 60,445 Fonte: Elaboração própra a partr dos mcrodados do Censo da Educação Superor. Nota: consdera-se como categora de referênca o status cursando. *** p<0.01, ** p<0.05, * p<0.10.

16 Na dreção oposta, estão os efetos de estar matrculado em um curso noturno, de quatro ou cnco anos, receber apoo socal, estudar em uma IES com maor IGC, que possu maor proporção de técncos com ensno superor e professores em número absoluto. Em relação à magntude dos resultados, é nteressante destacar que, de fato, os cursos de quatro anos são aqueles em que os alunos têm maor probabldade de trancamento, com uma razão de rsco relatvo elevada (2,79). Do ponto de vsta da formação no tempo esperado, estma-se que estar em um curso de quatro anos reduz em 78% a probabldade do dscente estar formado relatvamente a estar cursando. Também relevante em magntude, mas com efeto contráro para o trancamento, está a varável Apoo socal. De acordo com as estmatvas, estudantes com esse tpo de benefíco têm 51% menos chance de trancarem relatvamente a estar cursando do que os alunos que não o têm, sugerndo eventualmente que a polítca de suporte à permanênca na unversdade pode ser um nstrumento efetvo para a redução da evasão. Contudo, dscentes com apoo socal também apresentam menor chance de se formarem no tempo esperado (-30%). Na Tabela 6 apresentam-se as estmações tendo como grupo de comparação os alunos que também partcparam de mobldade acadêmca nternaconal para melhor controlar o problema de autosseleção e de aprovetamento de dscplnas realzadas no exteror. Quando se consdera a probabldade de trancamento em relação a estar cursando, os resultados ndcam que o efeto ceters parbus do CsF não é estatstcamente sgnfcatvo. Apesar dos alunos do CsF trancarem mas o curso que os demas ntercambstas, como mostrado nas matrzes de transção, as evdêncas da regressão revelam que tal resultado pode estar assocado a outras característcas do aluno que não são nerentes ao fato de partcpar do programa. Dentre as covaradas estatstcamente sgnfcatvas no trancamento ncluem-se outra forma de ngresso, curso de quatro anos, proporção de técncos com ensno superor, se a IES possu pósgraduação, quantdade de técncos e número de professores. Somente a varável de número de professores apresenta uma relação nversa com o trancamento, sendo a razão de rsco, entretanto, muto próxma da undade. Por outro lado, no que se refere à taxa de formação, os estudantes do CsF têm 45% menos chance de concluírem o curso em relação a estarem cursando do que os alunos que também partcparam de ntercambo acadêmco nternaconal. É nteressante notar que, esse valor é menor do que o observado para os dscentes do CsF vs-à-vs não ntercambstas, o que é esperado se consderarmos que quem partcpou de regmes de mobldade acadêmca no exteror tem mas dfculdades para valdar todas as dscplnas cursadas fora. Em relação às covaradas, os resultados sugerem que os estudantes com mas chance de se graduarem no tempo esperado são, em geral, brancos, ngressantes por outro processo seletvo que não seja o vestbular ou o ENEM, de IES com maor Índce Geral de Cursos, que possuem pósgraduação e com maor número de técncos. Na dreção oposta, estão as varáves para cursos de quatro anos, maor proporção de professores com doutorado e de técncos com ensno superor. A magntude dos resultados das covaradas desta regressão, tanto para o trancamento quanto para a formação, é menos relevante para a avalação, tendo em vsta a peculardade da amostra, restrta a alunos ntercambstas (CsF e demas). 16

17 Tabela 6 Resultados do modelo logt multnomal para o status de matrícula dos alunos, consderando CsF e ntercambstas 2015 Trancado/Cursando Formado/Cursando Varáves Coefcente (Erro padrão) Razão de rsco relatvo Coefcente (Erro padrão) Razão de rsco relatvo 0,347-0,621*** CsF 1,42 (0,253) (0,138) 0,54 Branco 0,0381 0,468*** 1,04 (0,168) (0,129) 1,60 Homem 0,169 0,0546 1,18 (0,164) (0,120) 1,06 0,0579 0,257 Idade 1,06 (0,173) (0,161) 1,29 Idade 2 0,000-0,002 1,00 (0,003) (0,003) 1,00 Apoo socal -0,423 0,164 0,65 (0,282) (0,185) 1,18 Públca -0,0813-0,130 0,92 (0,192) (0,146) 0,88 0,526** 1,237*** Outra forma ngresso 1,69 (0,268) (0,192) 3,45 0,133-0,481 Matutno 1,14 (0,350) (0,345) 0,62 Vespertno -1,442-0,372 0,24 (1,025) (0,542) 0,69 Noturno -0,0201 0,261 0,98 (0,267) (0,191) 1,30 2,193*** -0,603 Curso 4 anos 8,96 (0,564) (0,368) 0,55 0,376-0,228 Curso 5 anos 1,46 (0,530) (0,288) 0,80 IGC -0,663 1,933*** 0,52 (0,427) (0,331) 6,91 Prop. despesa P&D -0,0323 0,0325 0,97 (0,040) (0,030) 1,03 1,866* -2,612*** Prop. técncos sup. 6,46 (0,990) (0,653) 0,07 0,993-6,248*** Prop. professor dout. 2,70 (1,195) (0,969) 0,00 1,532** 0,613* IES pós graduação 4,63 (0,752) (0,320) 1,85 Nº técncos 0,300*** 0,148** 1,34 (0,115) (0,073) 1,15 Nº professores -0,431*** -0,130 0,64 (0,090) (0,107) 0,87-7,450** -8,097*** Constante 0,00 (3,087) (2,600) 0,00 Dummes Regão Sm Dummes Área OCDE Sm Pseudo R Observações 6,482 Fonte: Elaboração própra a partr dos mcrodados do Censo da Educação Superor. Nota: consdera-se como categora de referênca o status cursando. *** p<0.01, ** p<0.05, * p<

18 Na Tabela 7, apresentam-se as estmatvas de um logt multnomal segundo a mesma especfcação anteror, consderando, entretanto, somente alunos do CsF das áreas elegíves ao programa. Essa nova estmação vsa aferr se os resultados obtdos se mantêm mesmo quando se avalam apenas as áreas prortáras, o que pode ser mas aproprado do ponto de vsta de avalação de polítca públca. Como se nota, os alunos do CsF de áreas elegíves trancam mas o curso em relação aos não ntercambstas e se formam menos no tempo esperado do que ambos os grupos de comparação, sendo a magntude das razões de rsco relatvo semelhante à observada nas Tabelas 5 e 6. Dessa forma, não se pode dzer que os resultados adversos encontrados para a taxa de conclusão no curso são nfluencados apenas por alunos benefcáros do programa orundos das áreas não prortáras, nas quas houve o vazamento do públco-alvo do CsF. Tabela 7 Resultados do modelo logt multnomal para o status de matrícula dos alunos, consderando somente áreas elegíves ao CsF Varáves CsF CsF vs Não Intercambstas CsF vs Intercambstas Trancado/ Formado/ Trancado/ Formado/ Cursando Cursando Cursando Cursando 1.48*** 0.30*** *** (0.153) (0.025) (0.497) (0.753) Pseudo R Observações 45,092 5,230 Fonte: Elaboração própra a partr dos mcrodados do Censo da Educação Superor. Nota: nesta regressão foram utlzadas as mesmas varáves das Tabelas 5 e 6. Consdera-se como categora de referênca o status Cursando. *** p<0.01, ** p<0.05, * p<0.10. Os valores apresentados correspondem às razões de rsco relatvo. De manera geral, os resultados encontrados nesta seção dão conta de que os alunos do CsF trancam mas e se formam menos do que não ntercambstas e ntercambstas, apesar do modelo econométrco não ter ndcado efeto dreto do CsF sobre trancamento para o segundo grupo de controle. O prmero achado, relatvo ao trancamento, pode estar relaconado com a possível falta de rgor na seleção de estudantes para partcpar do programa, como observado por Perera (2013), Knobel (2015), Greco (2015) e Brasl (2015). Esta hpótese parece estar nterlgada com a meta do governo de envar para o exteror, em um curto período de tempo, cem ml alunos com requstos mínmos de lnguagem, orundos de cursos nas áreas prortáras do programa e dspostos a estudar em unversdades de excelênca. Já o segundo resultado, referente à taxa de conclusão dos estudantes do programa, pode ter relação com os problemas de convaldação de dscplnas e de falta de compatbldade entre o curso do aluno no Brasl e em seu destno no exteror, refletndo possíves falhas admnstratvas do programa. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho avala o programa Cênca Sem Fronteras a partr das nformações dos Censos da Educação Superor de 2014 e 2015, que possbltaram dentfcar e comparar os alunos de graduação benefcáros do programa com outros grupos de estudantes com relação à evasão e conclusão no curso. A dentfcação dos ex-bolsstas do CsF fo oportunzada pela nclusão de duas varáves no questonáro do CenSup A estratéga empírca fo baseada na construção de um panel balanceado com dados de alunos do CsF que em 2014 estavam em mobldade acadêmca nternaconal e no ano segunte retornaram ao país. Tas estudantes foram comparados com outros dscentes que também realzaram algum tpo de ntercâmbo acadêmco nternaconal e com um grupo de alunos que permaneceu no curso pelo menos até a partda dos alunos do CsF e demas ntercambstas, das mesmas nsttuções 18

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