Título: A importância da saúde como um dos determinantes da distribuição de rendimentos e pobreza no Brasil

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1 Título: A mportânca da saúde como um dos determnantes da dstrbução de rendmentos e pobreza no Brasl Autoras: Kenya Valera Mcaela de Souza Noronha Aluna do programa de Doutorado em Economa do Centro de Desenvolvmento e Planejamento Regonal UFMG/CEDEPLAR Mônca Vegas Andrade Professora Adjunta do departamento de Economa da UFMG/FACE/CEDEPLAR Resumo Um dos prncpas problemas socoeconômcos observados em grande parte dos países, especalmente nas economas menos desenvolvdas, é a presença da elevada desgualdade de renda e nível de pobreza. No Brasl, essas questões são partcularmente mportantes uma vez que o país apresenta uma das pores dstrbuções de renda do mundo, com um coefcente de gn em torno de 0,607. O objetvo desse artgo é estudar a relação exstente entre o estado de saúde e a dstrbução de rendmentos e nível de pobreza no Brasl, mas especfcamente, avalar em que medda o estado de saúde mpacta na dstrbução de rendmentos e nível de pobreza no país. A metodologa utlzada é uma adaptação do método de mcro-smulações proposto por Bourgugnon, Ferrera e Lustng (2001). Para analsar o efeto sobre a dstrbução de renda e pobreza, calculamos dos índces de desgualdade coefcente de gn e o índce de t-thel, e três ndcadores de pobreza - proporção de pobres, hato de renda e hato quadrátco. Essas meddas foram obtdas para a renda famlar per capta hpotétca e comparadas com as calculadas a partr da renda famlar per capta observada. A base de dados utlzada é a PNAD 98, que apresenta um suplemento especal contendo nformações sobre o estado de saúde, utlzação desses servços, entre outras. Os prncpas resultados apontam que o estado de saúde afeta a dstrbução de renda e o nível de pobreza, apoando a hpótese de que as perdas de rendmentos decorrentes de um estado de saúde precáro, assocadas à presença de desgualdades socas em saúde, contrbuem para aumentar a desgualdade de renda e nível de pobreza observada no Brasl. Palavras-chave: desgualdade de renda, pobreza, estado de saúde Área ANPEC: 06 Economa do Trabalho, Economa Socal e Demografa JEL: I10, J24 Abstract One of the man socal economc problems observed n the majorty of countres, n partcularly, n the less developed countres, s the hgh level of ncome nequalty and poverty. In Brazl, these facts are especally mportant because our country presents one of the worst ncome dstrbutons n the world that results n a gn coeffcent around 0,607. The am of ths paper s to study the relatonshp between health status, ncome dstrbuton and the level of poverty n Brazl. Specfcally, we are nterested n evaluate how health status mpacts ncome dstrbuton and the level of poverty. The methodology used n ths work s an adaptaton of the mcro smulaton method proposed by Bourgugnon, Ferrera e Lustng (2001). To analyse health effects over ncome dstrbuton and the level of poverty we used two nequalty ndexes (Gn coeffcent and T-Thel ndex) and three poverty measures poor proporton, ncome gap and quadratc ncome gap. Our database s PNAD 98 (Natonal Household Survey) that presents a specal survey about health status and other related subjects. Our man fndngs ponts that health status affects both ncome dstrbuton and level of poverty. Keywords: ncome nequalty, poverty, health-status 1

2 A mportânca da saúde como um dos determnantes da dstrbução de rendmentos e pobreza no Brasl 1. Introdução Kenya Valera Mcaela de Souza Noronha Aluna do programa de Doutorado em Economa do Centro de Desenvolvmento e Planejamento Regonal UFMG/CEDEPLAR Mônca Vegas Andrade Professora Adjunta do departamento de Economa da UFMG/FACE/CEDEPLAR Um dos prncpas problemas socoeconômcos observados em grande parte dos países, especalmente nas economas menos desenvolvdas, é a presença da elevada desgualdade de renda e nível de pobreza. Dversos trabalhos empírcos têm procurado analsar os seus prncpas determnantes bem como o seu efeto sobre alguns ndcadores relaconados ao bem estar socal, tas como o nível de crescmento econômco, taxa de crmnaldade e estado de saúde 1. No Brasl, essas questões são partcularmente mportantes uma vez que o país apresenta uma das pores dstrbuções de renda do mundo, com um coefcente de gn em torno de 0,607. Esse valor é próxmo, e por vezes superor, ao de países mas pobres e com índces de desenvolvmento humano mas baxos, como a Ngéra e a Ncarágua (tabela 1). A presença dessa elevada desgualdade de renda observada no Brasl se traduz em um elevado Índce de Pobreza Humana, cujo valor supera o de alguns países onde a renda per capta é menor, como no Líbano e na Venezuela (tabela 1). Tabela 1: Indcadores socoeconômcos Países seleconados Países Coefcente de Gn PIB per capta 2000 (PPP US$ ) Esperança de Vda IDH (1) IPH 1 (2) Valor Ordem Valor (%) Ordem Canadá 31,5 (1994) ,8 0, Estados Undos 40,8 (1997) , Chle 56,6 (1998) ,3 0, ,1 3 Urugua 42,3 (1989) ,4 0, ,1 1 Venezuela 49,5 (1998) ,9 0, ,5 9 Brasl 60,7 (1998) ,7 0, ,2 17 Líbano ,1 0, ,9 12 Ucrâna 29 (1999) ,1 0, Ncarágua 60,3 (1998) ,4 0, ,4 41 Ngéra 50,6 ( ) ,7 0, ,9 58 Fonte: PNUD, (1) Índce de Desenvolvmento Humano. (2) Índce de Pobreza Humana. Calculado para 88 países em desenvolvmento. A desgualdade de renda observada no país parece ser um problema estrutural. Apesar dos avanços macroeconômcos obtdos na últma década, como por exemplo a establzação econômca, não foram observadas melhoras sgnfcatvas nesse cenáro. Na década de 90, a desgualdade de renda sofreu uma redução de 3%, com o coefcente de gn varando de 0,631 em 1990 a 0,612 em Essa queda não fo sufcente para recuperar o aumento observado na década anteror, na qual o coefcente de Gn aumentou 9%, passando de 0,599 em 1981 para 0,654 em 1989 (tabela 2). A desgualdade de renda mensurada através do coefcente de gn é também pouco sensível às reduções da pobreza. A despeto da proporção de pobres ter se reduzdo cerca de 39% entre 1981 e 1999, a varação no índce de gn nesse período fo de 2,12% (tabela 2). Rocha (1998) mostra que como a desgualdade de renda no Brasl é muto elevada, decorrente prncpalmente do elevado nível de renda dos 1 Barreto, Neto e Tebald (2001), Cerquera e Lobão (2003) e Kennedy, Kawach e Prothrow-Stth (1996). 2

3 mas rcos, um aumento na renda dos pobres terá um mpacto pequeno sobre o coefcente de gn se a renda dos ndvíduos pertencentes ao topo da dstrbução não sofrer alterações sgnfcatvas 2. Tabela 2: Evolução do índce de Gn e da Proporção de Pobres no Brasl Ano Proporção de pobres Gn (1) Thel (2) Fonte: Rocha, (1) Renda famlar per capta. (2) Fonte: IPEADATA. O objetvo desse artgo é estudar a relação exstente entre o estado de saúde e a dstrbução de renda e nível de pobreza no Brasl. Essa relação não é undreconal. Por um lado, a dstrbução de renda e o nível de pobreza podem afetar o nível de saúde, uma vez que socedades mas desguas são caracterzadas pela presença de confltos socas e menor coesão socal - afetando a qualdade das relações ndvduas 3. Por outro lado, a saúde é um dos componentes do captal humano na medda em que afeta dretamente a capacdade de geração dos rendmentos salaras, podendo ter mpactos sobre a dstrbução de renda e sobre o nível de pobreza. Mas especfcamente, nesse trabalho estamos preocupados em avalar em que medda o estado de saúde mpacta na dstrbução de renda e nível de pobreza no país. A metodologa utlzada é uma adaptação do método de mcro-smulações proposto por Bourgugnon, Ferrera e Lustng (2001). Para analsar o efeto sobre a dstrbução de renda e pobreza, calculamos duas meddas de desgualdade - Coefcente de Gn e o Índce T-Thel, e três ndcadores de pobreza - Proporção de Pobres, Hato de Renda e Hato Quadrátco. Essas meddas foram obtdas para a renda famlar per capta hpotétca e comparadas com as calculadas a partr da renda famlar per capta observada. A base de dados utlzada é a PNAD 98, que apresenta um suplemento especal contendo nformações sobre o estado de saúde, utlzação desses servços, entre outras. Os prncpas resultados apontam que o estado de saúde afeta a dstrbução de renda e o nível de pobreza, apoando a hpótese de que as perdas de rendmentos decorrentes de um estado de saúde precáro, assocadas à presença de desgualdades socas em saúde, contrbuem para aumentar a desgualdade de renda observada no Brasl. Se elmnássemos as dferenças entre os ndvíduos saudáves e doentes no que se refere à produtvdade, partcpação no mercado de trabalho e número de horas ofertadas de trabalho, a desgualdade de renda, medda pelo coefcente de gn e pelo índce de Thel se reduzra em 1,47% e 4% respectvamente, e a proporção de pobres sofrera uma redução de 4,82% se obtda em relação à lnha de pobreza e 9,89% se medda em relação à lnha de ndgênca. Esse artgo apresenta mas três seções além desta ntrodução. Na próxma seção apresentamos uma breve justfcatva do tema, procurando ressaltar a mportânca em se estudar a relação entre o estado de saúde e desgualdade de renda no Brasl. Na tercera, descrevemos as varáves e a metodologa utlzadas, na quarta, dscutmos os resultados e na qunta faremos as consderações fnas. 2 Outro índce de desgualdade comumente utlzado na lteratura é o índce de Thel. Esse índce é uma medda entrópca da dstrbução de renda e permte dstngur a desgualdade observada entre e ntragrupos. Nesse sentdo, o índce de Thel é mas sensível que o coefcente de gn. Como pode ser observado na tabela 2, entre 1990 e 1999, o índce de thel se reduzu em 7,84%, e entre 1981 e 1989, esse ndcador aumentou 29%. 3 Um exemplo desta relação é que socedades mas desguas tendem a apresentar maor nível de crmnaldade e, portanto maor mortaldade precoce. A déa de que a desgualdade de renda tenha um mpacto sobre o nível de saúde da população é conhecda como hpótese da renda relatva de Wlknson. Ver Deaton (1999). 3

4 2. Por que estudar o mpacto do estado de saúde sobre a dstrbução de renda e pobreza no Brasl? A maor parte da lteratura empírca naconal e nternaconal que se preocupa em verfcar os determnantes da desgualdade de renda e do nível de pobreza destaca a mportânca da educação como uma de suas prncpas varáves, especalmente em economas menos desenvolvdas, onde os retornos educaconas são anda elevados 4. Devdo aos efetos da saúde sobre os rendmentos ndvduas e a relação exstente entre a saúde e o nível de nvestmento em captal humano, a não consderação dessa varável pode sobrestmar os efetos da escolardade. A despeto dsso, nenhum estudo procurou mensurar o mpacto do estado de saúde sobre o nível de pobreza e desgualdade de renda. O estado de saúde pode afetar a dstrbução de rendmentos e o nível de pobreza dreta ou ndretamente. O mpacto dreto dessa varável decorre da relação entre o estado de saúde e o rendmento salaral. Exstem bascamente três mecansmos através dos quas a saúde afeta os rendmentos: produtvdade do trabalhador, número de horas ofertadas de trabalho e a decsão de partcpar na força de trabalho. Estudos mcroeconômcos apontam que um por estado de saúde reduz a oferta de trabalho e a renda auferda. Parte dessa lteratura busca avalar esse mpacto consderando o estado de saúde como uma varável exógena 5. Nesse caso, o estado de saúde é suposto pré-determnado. Para o Brasl, a maora dos estudos realzados segue essa mesma metodologa tendo em vsta a ndsponbldade de nformações que permtam consderar a saúde como uma varável endógena 6. Os estudos que consderam a endogenedade entre essas duas varáves permtem mensurar as perdas de rendmento decorrente de um estado de saúde precáro e estabelecer uma relação de causaldade entre essas duas varáves, elmnando-se o efeto dos rendmentos sobre o estado de saúde 7. Recentemente, alguns trabalhos têm avançado nessa lteratura ao consderar que o mpacto do estado de saúde sobre os rendmentos pode ser dferencado entre os decs de renda. O prncpal pressuposto é que os dferentes grupos de renda ocupam postos dferencados no mercado de trabalho. Indvíduos mas pobres, por exemplo, tendem a desempenhar tarefas que exgem mas esforço físco do que ntelectual. Dessa forma, a presença de alguma doença que gere lmtações físcas para esses ndvíduos pode ter um mpacto maor sobre os seus rendmentos do que para aqueles que ocupam postos de trabalho que exjam menos ou nenhum esforço físco 8. O mpacto ndreto da saúde sobre a dstrbução de renda e pobreza ocorre através dos nvestmentos em captal humano 9. Indvíduos doentes nvestem menos em captal humano, reduzndo anda mas a possbldade de uma melhor nserção no mercado de trabalho. Ressalta-se também o ambente macroeconômco em que as pessoas estão nserdas. As localdades com altos índces de volênca, condções precáras de morada e falta de saneamento básco apresentam altas taxas de mortaldade e baxa expectatva de vda ao nascer, nbndo os nvestmentos em captal humano. Esses aspectos se tornam mas mportantes na presença de desgualdades socas em saúde. No Brasl, os estudos empírcos apontam a presença dessa desgualdade, favorável aos ndvíduos de maor nível de renda 10. Como a saúde tem mpactos sobre a capacdade de gerar rendmentos e sobre o nível de nvestmentos em captal humano, se os ndvíduos mas pobres têm maor probabldade de adoecer, a 4 Barros e Mendonça (1996), Ramos e Vera (2001) e Menezes-Flho, Fernandes e Pcchett (2000). 5 Luft (1975). 6 Kassouf (1999) e Alves e Andrade (2003). 7 Murrugarra e Valdva (1999), Ivaschenko (2003) e Alves, Andrade e Macedo (2003). 8 Murrugarra e Valdva (1999), Ivaschenko (2003) e Alves, Andrade e Macedo (2003). 9 A constatação dessa relação entre saúde e capacdade em adqurr captal humano demonstra a mportânca em se consderar a saúde como um dos determnantes da desgualdade juntamente com a educação. A não nclusão dessa varável pode resultar em uma sobre-estmação do mpacto da educação sobre a dstrbução de renda. 10 Travassos et al (2000), Almeda et al (2000), Campno et al (1999), Noronha e Andrade (2001a). 4

5 perda de rendmentos decorrente desse por estado de saúde pode torná-lo mas pobre, agravando anda mas a dstrbução de renda do país. Nesse sentdo, as polítcas públcas, que tenham como objetvo alterar a dstrbução de renda, deveram contemplar também polítcas na área de saúde que promovam uma redução da desgualdade socal em saúde e no acesso aos servços desse setor. A estrutura do sstema de saúde pode nterferr nessa desgualdade haja vsta os mpactos postvos do consumo de cudados médcos e hosptalares sobre o estado de saúde. A elaboração dessas polítcas é relevante especalmente quando analsamos a estrutura do mercado de saúde braslero, que é caracterzado como um sstema msto, tanto no fnancamento como no provmento, mplcando em duas formas de acesso. Por um lado, tem-se o sstema públco (Sstema Únco de Saúde - SUS), cuja oferta é unversal, ntegral e gratuta. Paralelamente, têm-se os servços fnancados e provdos pelo setor prvado, onde o acesso ocorre medante o pagamento dreto ou através de algum plano de saúde. Esses gastos do setor prvado são parcalmente fnancados pelo governo, na medda em que se permte deduz-los no mposto de renda. O mpacto desse desenho nsttuconal sobre a dstrbução de renda pode ocorrer através de pelo menos dos mecansmos. Em prmero lugar, o fnancamento dos servços de saúde parece apresentar um caráter regressvo na medda em que concede subsídos aos gastos prvados. Em segundo lugar, o sstema contrbu para acentuar a desgualdade socal no acesso aos servços de saúde. Dversos trabalhos empírcos desenvolvdos para o Brasl mostram que os ndvíduos mas pobres demandam menos os servços de saúde, em especal, os cudados preventvos, e procuram algum cudado médco quando o seu estado de saúde está por, necesstando de um tratamento mas ntensvo 11. Desse modo, consderamos relevante o estudo da relação entre saúde e desgualdade de renda, haja vsta, sobretudo as partculardades da realdade braslera, que apresenta um dos maores coefcentes de gn e um desenho do sstema de saúde que pode ndretamente acrrar a desgualdade de renda. 3. Descrção das Varáves e Metodologa A metodologa utlzada neste trabalho é uma adaptação do método de mcro-smulações proposto por Bourgugnon, Ferrera e Lustng (2001). A análse consste em dvdr a amostra em ndvíduos saudáves e doentes e estmar as equações de rendmentos da população em dade atva (15 a 64 anos). Os coefcentes obtdos a partr da amostra saudável são aplcados à amostra de ndvíduos doentes para estmar os rendmentos salaras hpotétcos, ou seja, os rendmentos dos ndvíduos doentes se estes apresentassem a mesma estrutura de remuneração dos saudáves. A esse rendmento, adconamos a renda não salaral e calculamos a renda famlar per capta contra-factual para a qual estmamos duas meddas de desgualdade de renda - coefcente de gn e o Índce t-thel, e três ndcadores de pobreza - Proporção de Pobres, Hato de Renda e Hato Quadrátco. Esses ndcadores hpotétcos são comparados com os ndcadores de desgualdade de renda e de pobreza obtdos a partr da renda famlar per capta observada. Estmamos três efetos do estado de saúde sobre a dstrbução de renda e pobreza, conforme o mpacto do estado de saúde sobre a geração de rendmentos ndvduas: efeto partcpação, efeto produtvdade e o efeto do número de horas ofertadas de trabalho. A base de dados utlzada é a PNAD 98, que apresenta um suplemento especal contendo nformações sobre o estado de saúde, utlzação desses servços, entre outras. Excluímos do estudo ses estados da regão norte (Amapá, Amazonas, Pará, Acre, Rondôna e Rorama), uma vez que a PNAD não contempla a área rural dessas localdades. Na subseção segunte apresentamos o método utlzado para a estmação dos rendmentos ndvduas. Posterormente, descrevemos a análse de mcro-smulação e os índces de desgualdade e pobreza calculados. 11 Campno et al (1999), Almeda et al (2000), Travassos et al (2000), Vacava et al (2001), Noronha e Andrade (2001b). 5

6 3.1. Estmação da equação de rendmentos ndvduas O prmero passo da análse consste em estmar um modelo composto por um conjunto de três equações representando o mecansmo de geração de rendmentos do ndvíduo 12 : w = X 1 β 1 + u (1) L = W α + X 2 β 2 + v (2) pˆ ( y, x Onde: 3 Φ( β 3 X 3 ) ) = 1 Φ( β 3 X 3 ) y y = 0 = 1 (3) w = taxa de saláro por hora de trabalho; L = o número de horas ofertadas de trabalho; Φ = função de probabldade normal acumulada; X 1, X 2, X 3 = vetores de característcas ndvduas; u, v = vetor de choques aleatóros; β 1 = vetor das taxas de retorno salaral das característcas ndvduas; β 3 = vetor dos parâmetros que defnem a decsão de partcpar da força de trabalho; β 2, α = vetores dos parâmetros que defnem a quantdade ofertada de trabalho. A amostra utlzada compreende a população em dade atva, ou seja, ndvíduos entre 15 e 64 anos de dade. Devdo à segmentação do mercado de trabalho, o modelo é estmado separadamente para homens e mulheres. A prmera equação (equação de partcpação) refere-se à probabldade do ndvíduo partcpar da força de trabalho, estmada através do modelo de escolha bnára probt 13. A equação (2) estma a oferta de trabalho - medda pelo logartmo natural do número de horas trabalhadas, como uma função da taxa de saláro e das característcas ndvduas. A equação (3) é uma função do tpo Mncerana para o logartmo natural da taxa de saláros por hora de trabalho. Uma forma de se estmar as equações (2) e (3) é através do modelo proposto por Heckman (1979), tendo em vsta o vés de seleção amostral presente na análse da determnação dos rendmentos. Esse problema ocorre, pos a oferta ótma de trabalho e os saláros são observados apenas para os ndvíduos que trabalham. Dante dsso, a estmação pelo método dos Mínmos Quadrados Ordnáros (MQO) gera estmadores envesados e nconsstentes. A proposta desenvolvda por Heckman (1979) consdera o vés de seleção amostral como um problema de varável omtda, que é resolvdo através da estmação da razão nversa de Mlls (λ) e sua nclusão como uma varável ndependente e exógena na equação de rendmentos e da oferta de trabalho. Esse termo é uma razão da probabldade para as funções de densdade avaladas no ponto em que a dstrbução é truncada. 12 O método proposto por Bourgugnon, Ferrera e Lustng (2001) consste na estmação de 2 equações: equação de escolha ocupaconal e de saláros. Nesse trabalho, consderamos uma equação adconal correspondendo ao número de horas de trabalho, por este ser um mportante mecansmo pelo qual a saúde afeta os rendmentos. 13 Defnmos como ocupados os ndvíduos com renda e número de horas de trabalho postvas. Não são consderados no modelo aqueles cujo número de horas de trabalho é maor do que zero, mas possuem renda salaral nula. Esses ndvíduos correspondem a 6,5% da PIA (ndvíduos entre 15 e 64 anos) e 4,3% da amostra total. A maor parte desses ndvíduos trabalha no setor agrícola (77,37%), e é formada por mulheres (61,92%). 6

7 Dexe φ ser uma função de densdade de probabldade normal e Φ ser uma dstrbução acumulada normal. Podemos representar algebrcamente a função nversa de mlls (λ) da segunte forma: λ ( X β ) 3 3 ( X 3β3 ) ( X β ) φ = (4) Φ O processo de estmação ocorre em duas etapas. Na prmera etapa, estma-se a equação de partcpação a partr de um modelo logt, cuja varável dependente representa a escolha bnára entre partcpar ou não do mercado de trabalho. Nessa etapa, obtém-se a razão nversa de Mlls. Na segunda etapa, as equações de rendmentos e de oferta de trabalho são estmadas com a nclusão do termo de correção obtdo na etapa anteror. Devdo a endogenedade exstente entre a equação da taxa de saláros e oferta de trabalho, a segunda etapa do modelo é estmada a partr do método dos mínmos quadrados em dos estágos 14. No prmero estágo, estmamos cada uma dessas varáves como função de todas as varáves exógenas, ou seja, das varáves ncluídas tanto na equação da oferta de trabalho como da taxa de saláros, nclusve a razão nversa de Mlls. No segundo estágo, cada uma dessas equações é estmada em função das suas respectvas varáves explcatvas, substtundo o valor observado da varável endógena por seu valor predto obtdo no estágo anteror. As varáves ndependentes ncluídas no modelo estão lstadas no quadro 1. O logartmo da renda não salaral, o número de cranças no domcílo, estado cvl e se o ndvíduo freqüenta a escola são as varáves de dentfcação do modelo da taxa de saláros. Estamos supondo que essas varáves afetam a escolha ocupaconal, mas não afetam a produtvdade do ndvíduo (taxa salaral). As varáves de dentfcação do modelo da oferta de trabalho são a escolardade e o logartmo da renda salaral. Quadro 1. Varáves ndependentes ncluídas no modelo de determnação dos rendmentos ndvduas Varáves Independentes Equação de Partcpação Equação da oferta de trabalho Equação de rendmentos Logartmo da renda salaral X Logartmo da renda não salaral X X Escolardade (com um termo lnear e quadrátco) X X Número de cranças no domcílo X X Varável dummy para estado cvl, X X Varável dummy para raça X X X Varável dummy para local de resdênca (rural/urbana) X X X Varáves dummy para regão do país. X X X Varável Dummy nformando se o ndvíduo freqüenta a escola X X Experênca (com um termo lnear e quadrátco) X X X Razão nversa de Mlls X X 3 3 O próxmo passo do estudo consste na realzação de mcro-smulações dos rendmentos. Esse método permte analsar varações na dstrbução de renda decorrentes de mudanças na estrutura de rendmentos Análse contra-factual a partr da decomposção da varação na dstrbução de renda Bourgugnon, Ferrera e Lustng (2001) decompõem a varação na dstrbução de renda como a soma dos seguntes efetos: efeto da escolha ocupaconal ou de partcpação (P tt ), efeto produtvdade (W tt ) e efeto dotação (X tt, ε tt ). A análse contra-factual consste em comparar uma dstrbução de rendmentos 14 Verfcamos a presença de endogenedade a partr do teste de Durbn-Wu-Hausman (Davdson e Macknnon, 1993). Esse teste consste em estmar a equação da taxa de saláro em função de todas as varáves exógenas (da equação de taxa de saláros e do número de horas trabalhadas) de forma a obtermos os resíduos. Esses resíduos são ncluídos na equação do numero de horas de trabalho juntamente com as varáves correspondentes dessa equação. Realzamos o teste de F para verfcar se o coefcente estmado para ao resíduo é gual a zero. 7

8 hpotétca estmada para o ano t com a dstrbução de rendmentos observada nesse mesmo período. A dstrbução hpotétca em t é obtda quando um ou mas coefcentes (ou quando a dstrbução das característcas ndvduas) são supostos guas aos coefcentes estmados para o período t (ou à dstrbução das característcas observadas em t). Nesse sentdo, a proposta desenvolvda por Bourgugnon, Ferrera e Lustng (2001) basea-se em uma análse longtudnal, sendo, portanto adaptada para esse trabalho de modo a permtr uma análse cross-secton e a nclusão da varável do estado de saúde. A técnca de mcro-smulação adotada nesse artgo consste em dvdr a amostra em ndvíduos saudáves e doentes e estmar as equações de rendmentos. Os coefcentes obtdos a partr da amostra saudável são aplcados à amostra de ndvíduos doentes para estmar os rendmentos hpotétcos, ou seja, os rendmentos dos ndvíduos doentes se estes apresentassem a mesma estrutura de remuneração dos saudáves. Ao rendmento hpotétco dos doentes e ao rendmento observado dos saudáves, adconamos a respectva renda não salaral e calculamos a renda famlar per capta contra-factual 15. A varável utlzada para dvdr a amostra em saudáves e doentes é uma medda do estado de saúde auto avalado. Essa varável, a despeto de ser mas subjetva, é bastante utlzada na lteratura empírca por proporconar uma medda ampla do estado de saúde e por ser capaz de consderar todos os tpos de morbdade. Além dsso, alguns estudos têm demonstrado a exstênca de uma estreta relação entre essa varável e a mortaldade, bem como com outras meddas de morbdade 16. Na PNAD 98, essa medda apresenta cnco categoras de resposta: muto bom, bom, regular, rum e muto rum. Classfcamos como saudáves os ndvíduos que avalaram seu estado de saúde como muto bom e bom 17. Dexe n ser o subscrto que dentfca a estrutura observada dos parâmetros e n a estrutura hpotétca na qual supõe que os parâmetros estmados são os mesmos para doentes e saudáves. Como o estado de saúde afeta os rendmentos através da partcpação do ndvíduo no mercado de trabalho, da oferta de trabalho e da produtvdade, decompomos a varação na dstrbução de renda nos seguntes efetos: efeto da escolha ocupaconal ou de partcpação (P nn ), efeto produtvdade (W nn ) e efeto da oferta de trabalho (L nn ) 18. O efeto produtvdade (W nn ) é obtdo ao compararmos a dstrbução de rendmentos observada com a dstrbução estmada supondo que as taxas de retorno salaral das característcas ndvduas são as mesmas para os saudáves e doentes. Essa análse nos permte verfcar em quanto a desgualdade de renda vara se os dferencas de produtvdade entre os dos grupos fossem elmnados. Podemos defnr a taxa salaral hpotétca como: w = β X + ε k S k D k D (5) onde: S β k = k parâmetros estmados pela equação da taxa de saláro para a amostra saudável; 15 São excluídos da análse os ndvíduos cuja condção na famíla é a de doméstco, parente de doméstco e pensonsta, tendo em vsta a mpossbldade de se calcular sua renda famlar. 16 Idler e Benyamn (1997), Wlson e Kaplan (1995), Idler et al (1995). 17 Um outro corte proposto é consderar como saudáves os ndvíduos que avalam seu estado de saúde como muto bom. No entanto, devdo ao pequeno número de observações nessa categora, esse corte não se mostrou adequado para a análse da dstrbução de renda. 18 Um mecansmo pelo qual o estado de saúde afeta os rendmentos é através do nvestmento em captal humano. Para uma análse posteror consderaremos esse efeto. 8

9 D D X k, ε = vetores de característcas ndvduas e vetor de resíduos dos ndvíduos doentes respectvamente. Para os saudáves, a taxa salaral contra-factual é gual à observada (w j ). Em termos algébrcos, o efeto produtvdade pode ser defndo da segunte manera: W nn = D({x n, ε n }; β 1n ; β 2n ; β 3n ) - D({x n, ε n }; β 1n ; β 2n ; β 3n ) (6) Onde D({x n, ε n }; β 1n ; β 2n ; β 3n ) corresponde às meddas de dstrbução de renda ou de pobreza calculadas com base na renda famlar per capta contra-factual. Dexe j ser o subscrto referente à famíla j. Para cada ndvíduo, podemos defnr a renda famlar contra-factual como 19 : onde: W = w h P + Y j (7) h j = o número de horas ofertadas de trabalho observada para o ndvíduo pertencente à famíla j; P j = 1 se o ndvíduo trabalha e 0 caso contráro; Y j = renda não salaral do ndvíduo na famíla j. Essa medda corresponde ao valor observado. j j De forma análoga, o efeto da oferta de trabalho (L nn ) é mensurado a partr da comparação entre a dstrbução dos rendmentos observados com a dstrbução estmada supondo que a estrutura do número de horas ofertadas de trabalho não vara entre os ndvíduos doentes e saudáves. Algebrcamente, temos que: L nn = D({x n, ε n }; β 1n ; β 2n ; β 3n ) - D({x n, ε n }; β 1n ; β 2n ; β 3n ) (8) Nesse caso, a renda famlar contra-factual é defnda como: W = w h P + Y j j j j j (9) Fnalmente, estmamos o efeto de partcpação, que permte comparar a dstrbução dos rendmentos atuas com a dstrbução hpotétca na qual a probabldade dos ndvíduos doentes partcpar do mercado de trabalho é suposta gual a dos saudáves. O procedmento adotado para estmar esse efeto dfere daquele utlzado para obter o efeto produtvdade e da quantdade ofertada de trabalho 20. Nesse caso, a renda famlar per capta contra-factual é obtda a partr da realzação de três etapas. Em prmero lugar, obtvemos a proporção de pessoas ocupadas, entre 15 a 64 anos, na amostra dos ndvíduos saudáves. Na PNAD 98, essa proporção é gual a 0,7086 entre os homens e 0,4611 entre as mulheres. Supondo que entre os ndvíduos doentes a proporção de ocupados é a mesma observada entre os saudáves, temos que o número hpotétco de doentes ocupados é gual a na amostra de homens e na amostra de mulheres, o que corresponde a um acréscmo de e ndvíduos ocupados em cada amostra respectvamente. A segunda etapa consste em seleconar na amostra de doentes desocupados os ndvíduos que hpotetcamente estaram ocupados, o que mplca em seleconar nessa amostra homens e j j 19 Ressalta-se que, para os ndvíduos entre 10 e 14 anos, e acma de 65 anos, a renda salaral corresponde à observada, ndependente de serem classfcados como saudáves ou doentes. 20 O procedmento adotado nesse trabalho basea-se na metodologa empregada em González-Rozada e Menendez (2002). 9

10 mulheres. Para a realzação dessa etapa, estmamos a probabldade contra-factual do ndvíduo doente estar na força de trabalho, ou seja, a probabldade do ndvíduo doente partcpar da força de trabalho, supondo que os coefcentes da equação de partcpação são guas aos estmados para a amostra saudável. Algebrcamente, a probabldade hpotétca é defnda da segunte forma: pˆ ( y, x 3 D S Φ( X 3 β 3 ) ) = D S 1 Φ( X 3 β 3 ) y y = 0 = 1 (10) Com base nessa probabldade, ordenamos os ndvíduos doentes desocupados de forma decrescente e seleconamos os prmeros 1065 homens e as 1691 mulheres, ou seja, os ndvíduos cuja probabldade hpotétca de partcpar no mercado de trabalho é mas elevada 21. Na tercera etapa estmamos a taxa salaral e o número de horas trabalhadas contra-factual. Para os ndvíduos saudáves e para os doentes que estão ocupados, essas meddas hpotétcas correspondem aos valores observados. Para os ndvíduos seleconados na amostra dos doentes desocupados, a renda salaral hpotétca é obtda como defndo em 11: onde: W = w h (11) D D w = β k k X k + ε w D D h = β l l X l + β w w + ε h D D β k eβ l = k e l parâmetros estmados a partr da equação de saláros e horas ofertadas de trabalho, respectvamente, para a amostra dos doentes ocupados. ε = resíduo da equação da taxa de saláro estmada para o ndvíduo doente. w ε h = resíduo da equação da quantdade ofertada de trabalho estmada para o ndvíduo doente. Como os termos resduas da equação da taxa de saláro e da quantdade ofertada de trabalho para os ndvíduos doentes desocupados não são observáves, fo necessáro mputar esse valor. O método utlzado basea-se na mputação de regressão randômca, que consste em extrar um termo randômco com dstrbução normal padrão, cuja varânca é gual à varânca empírca dos resíduos, obtda a partr da estmação da equação de rendmentos e horas ofertadas de trabalho para a amostra dos ndvíduos doentes ocupados Índces de Desgualdade e de Pobreza Para analsar o mpacto de cada um desses efetos sobre a dstrbução de renda e nível de pobreza, obtvemos dos índces de dstrbução de renda e três meddas de pobreza. Para medr a dstrbução de 21 Para verfcar a capacdade de predção do modelo probt, obtvemos a probabldade predta de cada um dos modelos estmados para doentes e saudáves e a transformamos em uma varável bnára gual a 1 se a probabldade predta é maor do que 0,5 e gual a zero, caso contráro. Essa medda é contraposta com a varável bnára observada (varável dependente que ndca se o ndvíduo partcpa da força de trabalho). Constatamos que em torno de 80% das observações são predtas corretamente, quando consderamos a amostra de homens saudáves e doentes, e cerca de 66%, quando analsamos as amostras de mulheres. 10

11 renda, utlzamos o coefcente de gn e o índce t-thel 22. Esta últma é uma medda entrópca da desgualdade e tem a vantagem de ser decomposta em uma medda da desgualdade de renda entre grupos e uma méda das meddas de desgualdade dentro dos grupos, ponderada pela fração da renda total 23. Estmamos também o dual de t-thel, obtdo a partr da segunte transformação do índce t-thel: Onde T é gual ao índce de t-thel. U-Thel = 1-e (-T) (12) A partr dessa transformação, o ntervalo do índce dual t-thel é entre 0 e 1-1/n, o que corresponde ao ntervalo do coefcente de gn, permtndo a comparação dos resultados entre essas duas meddas. O nível de pobreza é meddo a partr de um conjunto de ndcadores proposto por Foster, Gree e Thorbecke (FGT), defndo como: FGT α = 1 n p z y z α (13) com: n = tamanho da amostra total p = número de pobres z = lnha de pobreza y = renda famlar per capta α 0 Utlzamos três meddas de pobreza, defndas conforme o valor de α: proporção de pobres, hato de renda e hato quadrátco. A proporção de pobres é obtda quando α gual a 0. Essa medda tem a vantagem de ser faclmente nterpretada, no entanto não consdera a ntensdade de pobreza. O hato de renda é defndo quando α =1, e mede smultaneamente a proporção de pobres e a ntensdade de pobreza. Esse índce nos fornece em que medda a renda méda dos pobres está dstante da lnha de pobreza. O hato quadrátco é obtdo quando α =2, e tem a vantagem sobre os demas por consderar a desgualdade entre os pobres. Cada um desses ndcadores fo calculado em relação à lnha de pobreza e à lnha de ndgênca defndas em Rocha (2003) para 24 áreas geográfcas no Brasl, que tem a vantagem de consderar varações no custo de vda dos pobres. 4. Resultados e Dscussão Nessa seção apresentamos os resultados referentes ao coefcente de gn e ao índce t-thel, bem como as meddas de pobreza calculadas para a renda hpotétca e a renda observada. Os resultados estmados para as equações de saláro, oferta de trabalho e partcpação da força de trabalho não são dscutdos nesse artgo. Ressaltamos, contudo que os efetos das varáves ncluídas no modelo são como esperados (ver em anexo) O mpacto do estado de saúde sobre a dstrbução de renda 22 Exstem duas meddas de desgualdade de thel, a saber: T-Thel e L-Thel. A prncpal dfculdade em se trabalhar com o índce L-Thel decorre do fato dele tender ao nfnto quando a renda do ndvíduo é zero (Hoffmann, 2001). Como estmamos a medda de desgualdade utlzando a renda famlar per capta, e ncluímos na análse as famílas com renda zero, não é possível estmar o índce L-Thel. 23 Hoffmann (1998). 11

12 A tabela 3 apresenta os resultados do coefcente de gn e do índce t-thel hpotétcos e observados e a redução percentual verfcada em cada um desses ndcadores, ou seja, a dferença percentual entre o índce calculado a partr da renda famlar per capta contra-factual e o índce obtdo a partr da renda observada. Apresentamos os resultados hpotétcos consderando separadamente cada um dos efetos da saúde sobre os rendmentos (efeto partcpação, produtvdade, oferta de trabalho), bem como o efeto conjunto. Os resultados apontam que o estado de saúde contrbu para aumentar a desgualdade de renda no Brasl, apoando a hpótese de que a perda de rendmentos decorrente de um estado de saúde precáro, assocada com a desgualdade socal em saúde, se traduz em uma maor desgualdade de renda. Consderando conjuntamente os três efetos do estado de saúde (partcpação, produtvdade e oferta de trabalho), observamos que se os ndvíduos doentes apresentassem a mesma estrutura de retornos que os ndvíduos saudáves, o coefcente de gn sera reduzdo em 1,47% e o índce de t-thel (ou o dual de t-thel), em torno de 4% (2,4%). A magntude desses valores stua-se no mesmo patamar dos resultados obtdos por Ferrera e Barros (1998) ao analsar o efeto de mudanças no retorno da escolardade sobre varações na dstrbução de renda 24. Os resultados encontrados por esses autores, a despeto de não serem comparáves com os encontrados nesse trabalho, nos permtem dmensonar o efeto do estado de saúde sobre a desgualdade de renda no Brasl. A partr de uma análse contra-factual, os autores constatam que se os retornos educaconas em 1976 fossem guas aos de 1996, a desgualdade de renda em 1976 devera ser mas elevada, com o índce de gn e o índce de t-thel aumentando em torno de 1,12 e 4% respectvamente em relação ao valor observado 25. Analsando separadamente cada um dos efetos do estado de saúde, observamos que a maor redução na desgualdade de renda ocorre prncpalmente através do efeto de partcpação (tabela 3). Tabela 3. Resultados da Mcro-Smulação Desgualdade de Renda Índces de Desgualdade Redução na Desgualdade de renda (%) Smulação Thel Gn (Dual) Gn Thel (Dual) Efeto Partcpação (0.520) (2.62) Efeto Produtvdade (0.525) (1.68) Efeto Oferta de Trabalho (0.525) (1.68) Efeto Conjunto (0.521) (2.43) Observado (0.534) - - Supondo que os ndvíduos saudáves e doentes têm a mesma probabldade de partcpar no mercado de trabalho, o coefcente de gn sofrera uma redução de 1,31%, e o índce t-thel (dual), de 4% (2,62%). Uma possível explcação para a maor mportânca desse efeto em relação aos demas (oferta de trabalho e produtvdade) é que os ndvíduos doentes excluídos do mercado de trabalho são aqueles cuja partcpação ocorre através de servços que exjam maor esforço físco e cujo nível educaconal é mas 24 Ferrera e Barros (1998) aplcam o método de mcro-smulação desenvolvdo por Bourgugnon, Ferrera e Lustng (2001) com o objetvo de entender o declíno na desgualdade de renda observado entre 1976 e A questão prncpal dentfcada pelos autores é que apesar de se observar uma redução na desgualdade de renda entre 1976 e 1996, os retornos educaconas se alteraram no sentdo de amplar a desgualdade de renda e o nível de pobreza. 25 Consderando que todos os coefcentes obtdos a partr da estmação das equações de partcpação e de rendmentos para 1976 fossem guas aos estmados para 1996, o índce hpotétco de gn e de thel seram 3,33 e 4,7% mas elevados em relação ao valor observado em 1976 (Ferrera e Barros, 1998). 12

13 baxo. Nesse caso, a probabldade de partcpar da força de trabalho sera menor uma vez que um estado de saúde precáro que gere maores restrções físcas mpedra que esses ndvíduos contnuassem trabalhando. Como esses ndvíduos pertencem aos extratos econômcos mas baxos, a sua exclusão do mercado de trabalho torna anda maor a dferença de renda entre os grupos extremos da dstrbução, acentuando com sso a desgualdade de renda. Esses resultados evdencam a mportânca em se desenvolver polítcas que tenham como objetvo reduzr as desgualdades socas em saúde e rentegrar os ndvíduos doentes no mercado de trabalho, buscando reduzr essas dferenças entre os saudáves e doentes através prncpalmente de programas de qualfcação profssonal. Quando o ndvíduo é excluído do mercado de trabalho por motvo de saúde, em geral, recebe uma renda de aposentadora por nvaldez, gerando um ônus para o Estado, que tem que fnancar essa aposentadora, e para o própro ndvíduo, que pode estar lmtado a receber apenas essa renda ao longo de sua vda. O efeto da produtvdade e do número de horas ofertadas de trabalho é menor, em torno de 2,74% quando consderamos o índce t-thel e menos de 1% quando analsamos o coefcente de gn. Esse resultado surpreende, sobretudo para o efeto da produtvdade, uma vez que os estudos realzados para o Brasl constatam que o estado de saúde precáro gera perdas expressvas de rendmentos através do seu mpacto sobre a taxa de saláros 26. Duas hpóteses podem estar relaconadas a esse resultado. A prmera refere-se às dferenças de produtvdade entre os ndvíduos saudáves e doentes. Muto embora na méda o efeto do estado de saúde sobre a produtvdade acarreta uma perda elevada de rendmento, em termos ndvduas essa perda pode não ser grande o sufcente para alterar a posção do ndvíduo no rankng da dstrbução de renda. Como a análse do efeto renda refere-se aos ndvíduos que já estão no mercado de trabalho, é possível que não haja dferenças expressvas na produtvdade entre os saudáves e doentes. A segunda hpótese é que as perdas de rendmentos decorrentes de um estado de saúde precáro devem ser mas acentuadas entre os ndvíduos que pertencem a classes socas mas baxas, que possuem um por estado de saúde e em geral, tendem a ocupar postos de trabalho que exgem maor esforço físco. Como a desgualdade de renda no Brasl é muto acentuada, decorrente prncpalmente do elevado nível de renda dos ndvíduos pertencentes ao topo da dstrbução, mudanças na renda entre os mas pobres, sem modfcações sgnfcatvas na renda dos mas rcos, rão alterar pouco os índces de desgualdade O mpacto do estado de saúde sobre o nível de pobreza As tabelas 4 e 5 apresentam os ndcadores de pobreza hpotétcos e observados, calculados com relação à lnha de pobreza e de ndgênca, respectvamente. As meddas hpotétcas referem-se a cada um dos efetos da saúde sobre os rendmentos (efeto partcpação, produtvdade, oferta de trabalho), e o efeto conjunto. Constatamos um mpacto do estado de saúde sobre o nível de pobreza, ou seja, a perda de rendmentos decorrente de um estado de saúde precáro contrbu para acentuar a pobreza no Brasl. Os resultados sugerem que se não houvesse dferenças entre saudáves e doentes com relação à produtvdade, quantdade ofertada de trabalho e probabldade de partcpar da força de trabalho, verfcaríamos não só uma redução na proporção de pobres (ndgentes), como também na ntensdade de pobreza, ou seja, na 26 Alves e Andrade (2002), analsando os dferencas de rendmentos entre os ndvíduos saudáves e doentes, constatam que um estado de saúde precáro acarreta uma perda de rendmentos elevada, sendo maor quando consderam o efeto sobre a produtvdade (13% e 10,5%, para homens e mulheres respectvamente) e sobre a partcpação no mercado de trabalho (12,58% para homens e 9,6% para mulheres). O efeto sobre a quantdade ofertada de trabalho é menor, gual a 1,17% para homens e 3,41% para mulheres. Os autores utlzam dferentes ndcadores do estado de saúde para classfcar os ndvíduos em saudáves e doentes. Os resultados acma correspondem ao crtéro denomnado pelos autores de subjetvo rrestrto que consderam como saudáves os ndvíduos que classfcam seu estado de saúde como muto bom e bom. 13

14 proporção em que a renda méda dos pobres estara dstante das lnhas de pobreza (P1 e I1), e na desgualdade entre os pobres (P2 e I2) (tabelas 4 e 5). Tabela 4. Resultados da Mcro-smulação para as Meddas de Pobreza Lnhas de Pobreza Smulação Redução nos Indcadores de Pobreza Indcadores de Pobreza (%) Proporção Proporção P1 P2 P1 P2 de Pobre de Pobre Efeto Partcpação Efeto Produtvdade Efeto Oferta de Trabalho Efeto Conjunto Observado Analsando o efeto conjunto do estado de saúde, observamos que se os ndvíduos doentes apresentassem a mesma estrutura de retornos dos rendmentos que os saudáves, a proporção de pobres se reduzra em 4,82% (tabela 4). Essa redução é expressva, uma vez equvale à cerca de 1/3 da redução observada na década de 80 (entre 1981 e 1990) e à 1/6 da redução observada nos últmos 10 anos (entre 1992 e 1999) no Brasl. Ou seja, se elmnássemos as dferenças, entre saudáves e doentes, na produtvdade, na quantdade ofertada de trabalho e na probabldade de partcpar do mercado de trabalho, observaríamos uma redução no nível de pobreza equvalente a 1/3 da redução observada na década de 80 ou à 1/6 da redução observada em uma década que fo caracterzada por uma redução bastante acentuada na proporção de pobres decorrente do plano de establzação econômca (plano Real), mplementado em meados do período 27. Consderando o hato de renda (P1) e o hato quadrátco (P2), obtdos com relação à lnha de pobreza, a redução sera em torno de 7,43% e 9,78% respectvamente (tabela 4) 28. Para os ndcadores calculados em relação à lnha de ndgênca, observamos uma redução de 9,89%, 12,76% e 13,5% na proporção de pobres, no hato de renda e no hato quadrátco, respectvamente, quando consderamos o efeto conjunto (tabela 5). A prncpal fonte de varação ocorre devdo ao efeto de partcpação no mercado de trabalho, segudo do efeto produtvdade. Com relação ao efeto da oferta de trabalho, o mpacto sobre os ndcadores de pobreza é desprezível. 27 Na década de 90, a proporção de pobres cau cerca de 31%, sendo essa varação mas acentuada logo após a mplementação do Plano de establzação econômca (Plano Real) o qual contrbuu para melhorar de forma sgnfcatva os rendmentos das classes econômcas mas baxa. 28 Os resultados encontrados por Ferrera e Barros (1998) com relação ao efeto de mudanças nos retornos educaconas sobre varações no nível de pobreza mostram um aumento de 13%, 15% e 17% respectvamente na proporção de pobres, hato de renda e hato quadrátco em relação ao valor observado em 1976, supondo que os retornos educaconas nesse ano são guas aos de Esses resultados referem-se aos ndcadores obtdos com relação à lnha de pobreza gual a R$ 60,00. Para os ndcadores relatvos à lnha de pobreza gual a R$ 30,00, essa varação é mas acentuada. 14

15 Tabela 5. Resultados da Mcro-smulação para as Meddas de Pobreza Lnhas de Indgênca Indcadores de Indgênca Redução nos Indcadores de Indgênca (%) Smulação Proporção Proporção de I1 I2 de I1 I2 Indgentes Indgentes Efeto Partcpação Efeto Produtvdade Efeto Oferta de Trabalho Efeto Conjunto Observado Conclusão A prncpal contrbução desse artgo é detectar o mpacto do estado de saúde sobre a dstrbução de renda e nível de pobreza no Brasl, apoando a hpótese de que as perdas de rendmentos decorrentes de um estado de saúde precáro, assocadas à presença das desgualdades socas em saúde, contrbuem para acentuar a desgualdade de renda e pobreza no país. Se elmnássemos as dferenças entre os ndvíduos saudáves e doentes na produtvdade, no número de horas ofertadas de trabalho e na probabldade de partcpar da força de trabalho, observaríamos uma redução na desgualdade de renda em torno de 1,47% quando medda pelo coefcente de gn e em torno de 4% quando medda pelo índce t-thel. Analsando a proporção de pobres, essa redução sera cerca de 5%, o que equvale a 1/3 da redução observada na década de 80 e 1/6 da redução observada na década de 90. O prncpal mecansmo em que o estado de saúde afeta a dstrbução de renda e nível de pobreza é através do efeto de partcpação, ou seja, através das dferenças na probabldade de partcpar da força de trabalho observadas entre os ndvíduos doentes e saudáves. Uma possível explcação é que os ndvíduos doentes excluídos do mercado de trabalho são aqueles cuja partcpação ocorre através de servços que exjam maor esforço físco e cujo nível educaconal é mas baxo. Esses resultados evdencam a mportânca em se desenvolver polítcas que tenham como objetvo reduzr as desgualdades socas em saúde e rentegrar os ndvíduos doentes no mercado de trabalho, buscando reduzr os dferencas de produtvdade entre os saudáves e doentes através prncpalmente de programas de qualfcação profssonal. Esse trabalho é nédto na lteratura naconal e nternaconal. A maor parte dos estudos que buscam entender a dstrbução de renda consderam a escolardade como seu prncpal determnante, e não ncluem o estado de saúde na análse. A não consderação dessa varável pode sobre-estmar os efetos da escolardade tendo em vsta o mpacto da saúde sobre os rendmentos e sobre o nível de nvestmento em captal humano. Murrugarra e Valdva (1999) e Ivaschenko (2003) avançam nessa análse ao estmar o efeto do estado de saúde sobre cada quantl de rendmentos do trabalho, através de um modelo de regressão quantílca. Os autores observam que a não consderação do estado de saúde sobreestma o efeto da escolardade sobre os rendmentos ndvduas. No entanto, o objetvo desses estudos é verfcar como o estado de saúde afeta o mecansmo de geração de rendmentos ao longo da dstrbução, ou seja, qual o efeto do estado de saúde sobre cada quantl de rendmentos, não havendo uma preocupação em avalar como essa varável afeta o nível de desgualdade de renda e de pobreza. Os resultados encontrados nesse trabalho anda são prelmnares, uma vez que alguns exercícos deverão ser consderados em uma análse posteror. O prmero exercíco é calcular outras meddas de desgualdade de renda, tas como a análse da razão de percents, que permtam verfcar em que ponto da dstrbução o mpacto do estado de saúde é mas elevado. O segundo consste em utlzar outros ndcadores do estado de saúde para classfcar os ndvíduos em saudáves e doentes, de modo a verfcar 15

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