CRESCIMENTO PRÓ-POBRE NO BRASIL: UMA AVALIAÇÃO EMPÍRICA DA DÉCADA DE 1990

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1 Ibmec MG Workng Paper WP43 CRESCIMENTO PRÓ-POBRE NO BRASIL: UMA AVALIAÇÃO EMPÍRICA DA DÉCADA DE 1990 Márco Antôno Salvato (PUC Mnas e Ibmec Mnas) Ar Francsco de Araujo Junor (Ibmec Mnas e PUC Mnas) Leonardo Almeda Mesquta (PUC Mnas) (2007)

2 CRESCIMENTO PRÓ-POBRE NO BRASIL: UMA AVALIAÇÃO EMPÍRICA DA DÉCADA DE 1990 Márco Antôno Salvato (PUC Mnas e Ibmec Mnas) Ar Francsco de Araujo Junor (Ibmec Mnas e PUC Mnas) Leonardo Almeda Mesquta (PUC Mnas) Resumo Este artgo tem como objetvo nvestgar a relação entre crescmento, pobreza e desgualdade a partr de dados dos muncípos brasleros em dferentes níves de agregação. Como metodologa de análse, objetvamos mensurar as elastcdades da redução da pobreza e da ndgênca em relação ao crescmento econômco e à taxa de varação da desgualdade de renda, além de testar a exstênca de efeto de nteração não-lnear entre o crescmento e a desgualdade ncal, buscando avalar a hpótese de que quanto mas desgual menor sera a efetvdade do crescmento em reduzr a pobreza (Hpótese de Bourgugnon). Adconalmente procedemos a estmação de curvas de crescmento-pobreza (GIC) para muncípos brasleros (e outras agregações) a fm de analsar a qualdade do crescmento. O crescmento será pró-pobre se a propoor growth rate (área sob a GIC até o quntl mas próxmo do headcount ndex) for maor que a taxa de crescmento ordnal da renda (últmo ponto da GIC), segundo Ravallon (2005). Essa metodologa, ao contráro de Kakwan e Perna (2000), não gera resultados nconclusvos. Os resultados sugerem que, entre as grandes regões, a maor elastcdade crescmento da redução da pobreza fo observada no Sudeste. Entre os estados destaca-se o caso de São Paulo. Além dsso, observou-se uma correlação negatva entre o módulo da elastcdade e a desgualdade ncal, ou seja, quanto maor o Gn ncal menor a redução da pobreza provocada pelo crescmento econômco, corroborando a hpótese de Bourgugnon. Os resultados apontam também para uma correlação negatva entre a elastcdade redstrbução e o Gn ncal, além de correlação postva entre o módulo das duas elastcdades (crescmento e redstrbução). As curvas de crescmento-pobreza (GICs) revelam que Brasl e nenhuma grande regão, como um todo, apresentaram crescmento pró-pobre na década de Entre os estados sso se deu apenas em Rorama. Nas mesorregões brasleras, apenas 7,35% apresentaram crescmento pró-pobre enquanto para as mcrorregões esse número apenas ultrapassa os 11%. A análse muncpal revela crescmento pró-pobre em quase 25% dos muncípos brasleros, destaques para Ro Grande do Sul e em Rorama (acma de 50% dos muncípos apresentaram crescmento pró-pobre). PALAVRAS-CHAVE: Crescmento, pobreza, desgualdade. ÁREAS / SUB-ÁREAS DO CONHECIMENTO: (codgos JEL) 1. Welfare and Poverty (I3) Measurement and Analyss of Poverty (I32) 2. Economc Development (O1) Mcroeconomc Analyses of Economc Development (O12) 3. Econometrc Methods (C3) Cross-sectonal Models (C31)

3 1. Introdução Este estudo propõe analsar a relação entre crescmento, pobreza e desgualdade. Tas assuntos são tão mportantes atualmente, que em 2000, os países membros das Nações Undas (NU) assnaram um documento conhecdo como Declaração do Mlêno na reunão conhecda como Cúpula do Mlêno. Os países sgnatáros desta declaração se comprometeram a cumprr oto objetvos até 2015 Objetvos do Mlêno com o ntuto de alcançar o desenvolvmento das nações, ncorporando outras dmensões além da renda que completem o bem-estar humano, entre eles o de reduzr a pobreza e a desgualdade. Embora tas metas sejam estpuladas para países, a dmensão contnental do Brasl sugere que sejam fetas análses em nível regonal. Mas especfcamente, os estados brasleros são tão dferentes que a análse das undades da federação revela dstancamento entre as mesmas que reproduzem as dferenças mundas entre países. Portanto, sera muto mportante avalar se as metas propostas são possíves de serem atngdas, não apenas em termos de médas para o Brasl, mas também em nível mas desagregado, para as undades da federação. Este artgo propõe o estudo para os dados dos muncípos brasleros em dferentes níves de agregação. Neste sentdo, usando os dados censtáros de 1991 e 2000, propõe-se nvestgar a relação entre crescmento econômco, pobreza e desgualdade para as grandes regões, estados da federação, mesorregões, mcrorregões e muncípos brasleros. Como metodologa de análse propõe-se mensurar a elastcdade da redução da pobreza e da ndgênca em relação ao crescmento econômco, testando anda a hpótese de Bourgugnon quanto mas desgual menor sera a efetvdade do crescmento em reduzr a pobreza, ntroduzndo um efeto de nteração não-lnear entre o crescmento e a desgualdade ncal. Além dsso, será estmada conjuntamente a elastcdade da redução da pobreza e ndgênca à redstrbução da renda. Nesta lnha de estudo, adconalmente será estmada a curva de crescmento-pobreza para as mesorregões, mcrorregões e muncípos brasleros. Incorpora-se a estmação da pro-poor growth rate (área sob a GIC até o quntl mas próxmo do headcount ndex) para comparar com a taxa de crescmento ordnal da renda (últmo ponto da GIC) para o dagnóstco de crescmento pró-pobre, segundo Ravallon (2005). Essa metodologa, ao contráro de Kakwan e Perna (2000), não gera resultados nconclusvos. Os resultados nos permtrão verfcar se o crescmento econômco, observado na década de 1990, favoreceu relatvamente mas aos pobres que os rcos. Como prncpas resultados lstam-se: ) maor elastcdade crescmento da redução da pobreza estmada para o Sudeste; ) não se rejeta a Hpótese de Bourgugnon, ou seja, quanto maor o Gn ncal menor a redução da pobreza provocada pelo crescmento econômco; ) relação negatva entre a elastcdade redstrbução e o Gn ncal; v) em méda, temos baxa evdênca de crescmento pró-pobre (apenas o estado de Rorama, 7,35% das mesorregões, 11% das mcrorregões e 25% dos muncípos brasleros); v) Ro Grande do Sul e Rorama apresentam mas de 50% dos seus muncípos com evdênca de crescmento pró-pobre. Nas seções seguntes apresentamos o estado da arte da lteratura de crescmento pró-pobre, as metodologas relaconadas à estmação da elastcdade crescmento da

4 redução da pobreza (ndgênca) e das curvas de crescmento-pobreza (GIC). As últmas seções apresentam os prncpas resultados e as conclusões. 2. Crescmento Pró-pobre A lteratura recente sobre o estudo da relação entre crescmento e pobreza propõe que o crescmento da economa pode ser benéfco aos pobres se o mesmo for acompanhado por redução da desgualdade. A velha afrmação de vamos prmero crescer o bolo para depos dvd-lo reforça a déa de que o crescmento não fo pró-pobre, ou pelo menos não tnha a ntenção de reduzr a desgualdade de renda da economa. Neste sentdo, por város anos, o debate sobre crescmento e desenvolvmento não se alnhava com o debate de busca pela maor gualdade, baseado sempre na déa básca da curva de Kuznets, de que o crescmento para o estágo ncal de desenvolvmento tem um custo ncal de aumento da desgualdade, mas que é naturalmente elmnado para níves maores de desenvolvmento. Recentemente, a dscussão sobre o desenvolvmento econômco reca sobre o quanto que o crescmento pode mplcar na redução da pobreza e como que a redução da desgualdade pode contrbur nessa questão. Essa lteratura fcou conhecda como propoor growth. Nesse aspecto, a defnção do conceto e suas formas de medda são crucas o entendmento dessa questão. Em outras palavras, exste alguma forma especal de crescmento econômco de um país ou regão que deve ser consderado pró-pobre? Se exste, como garantr a sua ocorrênca? O quanto o crescmento afeta a pobreza depende da desgualdade ncal entre os moradores da regão? A busca das respostas para estes questonamentos passa ncalmente pela defnção do termo. Exstem, bascamente, duas defnções para crescmento pró-pobre. Ravallon (2005) resume essas defnções para o termo: Def. 1: Crescmento pró-pobre ocorre quando se observa uma queda na pobreza maor que aquela que teríamos se todas as rendas tvessem aumentado pela mesma taxa (Kakwan e Perna, 2000). Def. 2: Crescmento pró-pobre é aquele crescmento que reduz a pobreza (Ravallon e Chen, 2003). A prmera defnção evdenca o aspecto de mudança na dstrbução de renda em favor dos pobres durante um processo de crescmento econômco. Ou seja, o crescmento da renda dos pobres deve ser maor que o crescmento da renda dos não pobres, propcando uma redução da desgualdade de renda. Nesse sentdo, se durante o processo de crescmento ocorresse uma redução do índce de pobreza, mas com aumento da desgualdade, sto não pode ser entendmento como crescmento pró-pobre. Ao contráro, se ocorresse uma redução do nível médo de renda, mas atngndo menos proporconalmente os pobres, então este decrescmento também tem que ser consderado pró-pobre. Pela segunda defnção, o únco ndcador de nteresse é o da pobreza absoluta, bastando apenas observar um crescmento acompanhado de redução de pobreza. Portanto, a mudança da dstrbução de renda mporta pouco. Ravallon (1994, 1998) apresenta a dscussão sobre as teoras e métodos de estmação da pobreza, que está bascamente centrada na defnção de uma lnha de pobreza,

5 ou seja, determnar quem são os pobres. Bascamente, a lnha de pobreza é escolhda de modo a garantr que aqueles que estão acma dela têm acesso a condções nutrconas mínmas. Pode-se defnr uma lnha de pobreza absoluta ou relatva, em que a segunda dfere da prmera por consderar o nível médo de renda do sub-grupo, de modo que aqueles menos pobres têm uma lnha de pobreza relatva mas elevada. 1 A prmera desconsdera este aspecto, fxando uma lnha padrão para todos. A medda de pobreza mas comum é aquela que estabelece a proporção de pobres como uma contagem das pessoas que estão abaxo da lnha de pobreza em relação ao total da população (headcount ndex), o que não nos nforma nada a respeto da dstrbução desses pobres. Podera, por exemplo, ocorrer uma redução da renda méda dos pobres, mantendo-se nalterada a contagem proporconal dos pobres e assm não modfcar o índce. Para medr essas mudanças, pode-se usar a medda de hato de pobreza (poverty gap ndex) que reflete a dstânca relatva entre a lnha de pobreza e renda méda dos pobres como proporção da lnha de pobreza e a própra lnha. Contudo, essa medda anda não reflete todas as possíves mudanças na dstrbução entre os pobres. Algumas meddas são sensíves à dstrbução e entre elas podem-se lstas: índce de Watts 2, medda de severdade da pobreza (squared poverty-gap ndex). 3 Para avalar como o crescmento econômco afeta a dstrbução de renda com o uso de mcrodados, Ravallon e Chen (2003) propuseram a estmação da curva de ncdênca de crescmento (growth ncdence curve - GIC). A déa básca é o cálculo da taxa de crescmento em um determnado período para cada percentl da dstrbução de renda. Assm, os pontos da GIC refletem as taxas de crescmento entre as nversas das dstrbuções cumulatvas de renda também chamada de função quantílca para cada percentl. Ou seja, g h ( p) = ln( qt+ h ( p) / qt ( p) ), em que y = qt ( p) é a renda para o p-ésmo percentl e h é o ntervalo de tempo. Segundo os autores, se a GIC assumr valores postvos para todos os pontos até algum percentl p *, então a pobreza reduzu para todos os índces da classe de headcount ndex até este percentl. Além dsso, a área sob a GIC até o headcount ndex é a taxa méda de crescmento da renda para os pobres nesse ntervalo de tempo, o que Ravallon e Chen (2003) chamaram de pro-poor growth rate. Cabe ressaltar que esta taxa é dferente da taxa de crescmento da renda méda dos pobres. Pela defnção 1, se o crescmento é pró-pobre a pro-poor growth rate é maor que a taxa de crescmento ordnal da renda. Ou seja, a área sob a GIC até o percentl defndo pelo headcount ndex deve ser maor que o ponto fnal da mesma. 4 Para tanto, é necessáro que a GIC apresente uma nclnação negatva. Observe que, neste caso, a nclnação 1 Tradconalmente consdera-se uma lnha de pobreza relatva como uma proporção fxa da medana da renda da população em questão. Por exemplo, a regão Nordeste do Brasl devera ter uma lnha de pobreza relatva nferor à da regão Sudeste. 2 Ver Ravallon (2005) e Zheng (1993). 3 Ver Foster, J., Greer, J. e Thorbecke, E. (1984). A Class of Decomposable Poverty Measures. Econometrca 52(3): Para o últmo percentl, a taxa de crescmento 1) ln ( q (1) / q (1) ) crescmento da renda. g h ( t+ h t = é exatamente a taxa méda de

6 negatva é sufcente para defnr um processo de crescmento pró-pobre, mesmo que a taxa méda seja negatva para todos os percents de renda. 5 Por outro lado, um processo de crescmento que não afeta a dstrbução de renda apresenta uma GIC com nclnação zero, mostrando que a renda para todos os percents cresceu à mesma taxa, não alterando, portanto, a medda de desgualdade de renda. Então, basta uma taxa de crescmento postva para que tenhamos uma pro-poor growth rate também postva e, pela defnção 2, o crescmento será pró-pobre. 6 Se ocorrerem mudanças na dstrbução de renda, pela defnção 2 de Ravallon e Chen (2003), o crescmento só será pró-pobre se o componente de redstrbução auxlar afetar a pobreza negatvamente. 7 Em outras palavras, se a mudança da dstrbução ocorrer em prejuízo daqueles que são pobres, então ele deve reduzr a pro-poor growth rate. Assm, para analsar se um processo de crescmento é pró-pobre quando ocorre mudança da dstrbução de renda, sob a ótca da defnção 2, deve-se comparar a pro-poor growth rate com a taxa méda de crescmento da renda multplcada pela correção da dstrbução de renda [ver Ravallon (2005)]. A lteratura empírca sobre crescmento pró-pobre já levantou váras evdêncas de queda na pobreza durante processos de crescmento, dentre os quas se podem lstar: Ravallon (1995), Ravallon (2001), Ravallon e Chen (1997), Felds (2001) e Kraay (2003). Avalando dados em panel das contas naconas dos países, os trabalhos apontam para uma alta e robusta elastcdade da pobreza em relação ao crescmento, em torno de -2. Ou seja, pela defnção 2, o crescmento econômco é pró-pobre. O mesmo resultado é encontrado em estudos de decomposção dos componentes da pobreza, de acordo com a metodologa de Datt e Ravallon (1992), em que o componente de crescmento domna o componente de redstrbução. 8 Ravallon (2001) mostra que a elastcdade da pobreza ao crescmento é bem maor naqueles países que combnaram crescmento com alguma redução da desgualdade. Isto nos aponta que a metodologa de estmação de uma elastcdade crescmento-pobreza deve ser controlada pelo componente redstrbutvo da renda. Como exemplo, Ravallon (2005) estma a pro-poor growth rate para Chna e Índa para a década de Ocorreu uma mudança na dstrbução de renda desfavorável aos pobres para ambos os países, de modo que a pro-poor growth rate fo menor que a taxa ordnára de crescmento da renda no 5 Deve fcar claro que uma curva GIC apresentando valores negatvos para todos os percents (ou parte deles), mas com nclnação negatva, mplca uma área sob a curva (mesmo que negatva) anda maor que a taxa méda de crescmento (neste caso é menor que zero). 6 Embora a GIC possua nclnação zero, a área sob a mesma será postva para qualquer percentl escolhdo, nclusve para o hedcount ndex. 7 Datt e Ravallon (1992) propuseram uma metodologa de decomposção da mudança na pobreza, em determnado período de tempo, em um componente que é atrbuído ao crescmento da méda da renda, outro pela mudança da dstrbução de renda e, por fm, o efeto nteração entre os dos. 8 Ravallon (2005) aponta que esse resultado não mplca que devemos buscar polítcas focalzadas uncamente no crescmento econômco, mas, apenas, que o efeto da redstrbução tem menor mpacto sobre a pobreza que o crescmento. Esse resultado, nclusve, é dstnto daquele estmado para o Brasl nos anos recentes, de acordo com os estudos do IPEA.

7 período analsado. 9 Esse resultado reproduz uma GIC com nclnação postva para os níves de renda mas elevados. Por outro lado, a pro-poor growth rate fo anda postva, ndcando uma queda da pobreza absoluta. Outro exemplo marcante sobre a ncdênca do crescmento sobre a pobreza é o que ocorreu na Indonésa no período da crse fnancera de 1998 e pós-crse. A GIC para a Indonésa no período de , no período de crse fnancera e polítca, apresenta uma forte nclnação negatva com um decrescmento da renda para os prmeros percents em torno de 9% e de 14% de redução da renda para os últmos. Ou seja, é uma crse pró-pobre pela defnção 1. A contração da economa atngu mas fortemente aqueles com os maores níves de renda. Por outro lado, pela defnção 2, certamente não é pró-pobre, uma vez que a pobreza absoluta aumentou. No período subseqüente à crse fnancera, ocorreu um processo de recuperação econômca na Indonésa, que fo pró-pobre pela defnção 2. Também pode ser consderada pró-pobre pela defnção 1 até a metade mas pobre da população. Ravallon (2005) mostra que a pro-poor growth rate para a Indonésa no período de crse fnancera (-9.7% a.a.) é maor que a taxa ordnára de crescmento da renda (-11.9% a.a.). Por consegunte, além da taxa de crescmento, outras varáves são usadas para explcar a redução da pobreza. Claramente, as mas mportantes são o nível de desgualdade ncal e a varação da desgualdade. As evdêncas sugerem que quanto maor o nível ncal de desgualdade de um país, mesmo que o crescmento seja dstrbuton-neutral on average 10, menor tenderá ser o mpacto do crescmento sobre a pobreza. Ravallon (1997) e Kraay (2003) estmam um efeto nteração entre nível de desgualdade ncal e crescmento sgnfcatvo para uma amostra cross-country, tal que, quanto mas desgual é a dstrbução da renda, menor é o ganho para os pobres de um processo de crescmento. Essa proposção fcou conhecda na lteratura como Hpótese de Bourgugnon, ou seja, quanto mas desgual menor sera a efetvdade do crescmento em reduzr a pobreza. Ravallon (1997) também mostra que durante um processo de contração econômca, a maor desgualdade da renda protege os pobres. Esse Ravallon (2005) resume esse racocíno: Low nequalty can thus be a mxed blessng for poor people lvng n an unstable macroeconomc envronment; t helps them share n the benefts of growth, but t also exposes them to the costs of contracton (Ravallon, 2005, pp. 14). Essa dscussão nos aponta que os modelos empírcos que se propõem estmar a relação entre pobreza e crescmento devem ncorporar o efeto nteração do crescmento com o nível de desgualdade ncal. Ou seja, a taxa de redução da pobreza deve ser dretamente proporconal à taxa de crescmento da economa corrgda pelo nível de θ ln( P ) ln( P ) = k. 1 Gn ln( y ) ln( y ), em que h é o dstrbução de renda: [ ( ) ]( ) t+ h t t t+ h lapso de tempo do estudo, ln( Pt + h ) ln( Pt ) é a taxa de varação da pobreza, medda pelo headcount ndex, ln( yt+ h ) ln( yt ) a taxa de crescmento da renda y t, ( 1 Gn t ) é o fator de t 9 Índa (1993/ /00): crescmento da renda = 1.3%a.a. e pro-poor growth rate = 0.8%a.a. (calculado com Headcount ndex = 40%); Chna ( ): crescmento da renda = 6.2%a.a. e pro-poor growth rate = 3.6%a.a. (calculado com Headcount ndex = 15%). Ver Ravallon (2005). 10 Ver Ravallon (2005, pp. 11).

8 correção para a dstrbução de renda 11, k < 0 é uma constante de proporconaldade e θ 1 é um coefcente de não lneardade do termo de nteração entre crescmento e nível de desgualdade da dstrbução de renda do período ncal. O termo em colchetes representa a elastcdade crescmento da redução de pobreza, de modo que ela será tanto maor (em módulo), quanto menor for o nível de desgualdade ncal. 12 Usando pesqusas populaconas para 62 países, Ravallon (2005) estmou um coefcente de não-lneardade, θ = 3.031, e uma constante de proporconaldade, k = A elastcdade crescmento da redução de pobreza estmada, usando o ntervalo para o coefcente de Gn dos países, fcou entre -4.3 até O autor conclu que poverty responds slowly to growth n hgh nequalty countres, or (...) hgh nequalty countres wll need unusually hgh growth rates to acheve rapd poverty reducton (Ravallon, 2005, pp. 16). Datt e Ravallon (2002), analsando os dados de redução da pobreza entre os estados da Índa, mostra que deve-se nclur outras varáves de controle para refletr as dferenças sstemátcas nas condções ncas de cada estado. Assm, qualquer estudo em que se pretenda comparar dados cross-regon deve contemplar um conjunto de varáves que expressam os dferentes níves de desenvolvmento, produtvdade e educação entre as 13, 14 regões, dentre outros fatores. Além dsso, Ravallon (2005) aponta que o segundo fator que nfluenca a taxa de redução da pobreza, dado o mesmo nível de taxa de crescmento, é a mudança na dstrbução de renda. Isso é bem evdente na metodologa de decomposção de Datt e Ravallon (1992) da varação da pobreza: efeto crescmento e efeto redstrtvo. Assm, modelos que pretendem estmar a elastcdade crescmento da redução de pobreza devem ncorporar a varação do nível de desgualdade de renda como varável explcatva, para que a elastcdade crescmento não ncorpore mudanças de dstrbução durante o período de análse. A lteratura naconal sobre a relação entre crescmento e pobreza anda é embronára. Abaxo comentamos os resultados de alguns artgos sobre o assunto. Tebald, Barreto e Manso (2006) a partr da análse dos dados da PNAD de 1995 a 2004, buscaram evdencar as relações entre crescmento da renda, redução da pobreza e o perfl dstrbutvo da rqueza. O artgo aprofunda o debate e aponta para a mportânca de se avalar o comportamento das varações na renda méda da população em stuação de pobreza. Ao 11 O fator de correção da dstrbução fo proposto por Ravallon (1997) de uma forma lnear. Ravallon (2005) supôs um coefcente θ para um ajustamento não lnear na relação entre a elastcdade crescmento da pobreza e a desgualdade da dstrbução de renda no período ncal. 12 No caso extremo, quando a renda está concentrada nas mãos de uma únca pessoa, o coefcente de gn é gual a 1 e a elastcdade crescmento da redução de pobreza será nula, uma vez que somente a pessoa que tem renda usufruu do processo de crescmento. 13 Fatores dossncrátcos específcos para países como mudança de regme de câmbo, reformas tarfáras, reformas nsttuconas, choques agrícolas, mudanças demográfcas, posção geográfca, entre outros. 14 Para mostra o efeto regonal sobre a elastcdade crescmento da redução da pobreza, os autores exemplfca o caso da Índa, em que o crescmento do setor não-agrícola ocorreu nos estados em que ele tera menor mpacto sobre a pobreza, levando a um resultado de crescmento menos pró-pobre do que podera ter sdo. Processo smlar aconteceu na Chna, segundo Chen e Ravallon (2003), em que o crescmento da economa rural no período ocorreu de magntude menor nas provínca em que ele podera ter maor mpacto sobre a pobreza naconal.

9 utlzar váras meddas de pobreza, (Proporção de pobres, Hato de pobreza, Hato Quadrátco, Índce de Watts, Índce de Sen) na tentatva de se captar o efeto do componente desgualdade no processo da pesqusa, o artgo faz a decomposção das fontes da redução da pobreza, sto é, solam o efeto causado pelo crescmento econômco do efeto da desgualdade da renda. O trabalho conclu que no médo e longo prazo mutas das varações na pobreza podem ser atrbuídas a mudanças na renda méda, sugerndo que polítcas e nsttuções que promovam o crescmento de forma ampla são fundamentas na melhora da qualdade de vda das populações mas carentes. Hoffmann (1995) encontra sgnfcatva redução da pobreza absoluta na década de 1970, em função das altas taxas de crescmento da renda e relatva estagnação da desgualdade. Os anos de 1980, como era de se esperar, houve um aumento da pobreza e desgualdade, alem de um descontrole nflaconáro sem precedentes na hstora. Hoffmann (2005) estma em -0,84 a elastcdade da pobreza em relação ao crescmento da renda per capta no Brasl. Como o bem-estar não depende apenas da renda é fundamental consderar que as condções de vda da população apresentaram melhoras contínuas durante os últmos trnta anos, apesar de eventos potencalmente adversos, como por exemplo, as dversas crses externas na década de A melhora dos ndcadores socas resultou de ganhos proporconalmente mas fortes para os pobres. O autor destaca anda as mportantes conqustas no sentdo da unversalzação do acesso à escola. Slvera Neto (2005) afrma que a rgdez das mcrorregões do NE e dos estados nordestnos com respeto à redução da pobreza pode ser explcada potencalmente, ao menos em parte, pelos níves bastante ntensos da pobreza verfcados, o que exgra taxas bastante elevadas de crescmento para dmnução dos níves de pobreza. E que os 56,7% de pobres da população nordestna no ano de 2000 encobrem mportantes dferenças ntraregonas, por exemplo, resultam de níves de pobreza relatvamente menores nas prncpas cdades ltorâneos da regão e relatvamente maores nas mcrorregões do nteror. As evdêncas obtdas também ndcam que o relatvo menor crescmento da renda dos mas pobres pode, ao menos parcalmente, estar assocado à desgual dstrbução dos atvos produtvos na regão, entre eles, captal humano e terras. Por fm, Slvera Neto (2005) afrma que o crescmento econômco do Nordeste tera sdo menos pró-pobre que o das demas regões, pelo relatvo maor grau de desgualdade (vale ressaltar que o autor supõe que a nteração entre o crescmento econômco e a desgualdade ncal é lnear). Ressaltase anda que Tebald, Barreto e Manso (2006) argumentam que as conclusões de Slvera Neto (2005) não se sustentam ao se levar em consderação outros índces de pobreza, como o P1, P2, índce de Watts e de Sen. Tochetto et all (2004) analsam a qualdade do crescmento econômco no Brasl durante as décadas de 1980 e 1990 a partr dos dados da PNAD e IPEADATA. Para tal, duas estratégas empírcas foram utlzadas: estmação da elastcdade da pobreza em relação ao crescmento do PIB do setor não agrícola (sem consderar efeto de nteração entre o crescmento econômco e a desgualdade ncal); análse da evolução do crescmento dos decs de renda ao longo do tempo. Os resultados apontam para uma heterogenedade de elastcdades entre os estados. Em alguns estados o crescmento pora o quadro de pobreza, podendo até mesmo agravá-lo mas que proporconalmente, como para Baha e Pernambuco. Adconalmente, a análse das curvas de crescmento-pobreza aponta para um crescmento pró-pobre apenas durante a década de Além dsso, traçam uma

10 relação entre os fatores que nfluencam o mpacto do crescmento econômco na redução da pobreza. O conjunto destes fatores estabelece as condções de convertbldade que podem ser consderadas como contexto-dependente e são classfcadas em sete grupos, que ndcaram a pror à composção pró-pobre do crescmento. São eles: aspecto espacal do crescmento, padrões setoras do crescmento, grau de ntensdade e uso de fatores de produção, grau de desgualdade da renda e da rqueza, dmensões não renda, padrão dos gastos públcos e mpacto ambental. Barros (2006), decompondo os determnantes da redução da pobreza ocorrda no Brasl entre 2002 e 2005, encontrou um forte efeto da redução da desgualdade de renda e um baxo efeto do crescmento. Confrontando a evdênca de Barros (2006) com o resultado de Ravallon (2005) pode-se afrmar que o alto nível de desgualdade de renda no Brasl é um forte componente para determnar uma baxa elastcdade crescmento da redução de pobreza. Nesse sentdo, a letura dos resultados de Barros (2006) devem ser fetos na dreção de mostrar que a redução da desgualdade de renda, além de contrbur com a redução da pobreza, também é um fator mportante para aumento do efeto do crescmento sobre a redução da pobreza. Com respeto aos muncípos mneros, Resende (2006) analsou para o período de 1991 a 2000 a relação entre crescmento econômco e pobreza. Foram encontradas regões com uma boa qualdade de crescmento onde exste uma maor elastcdade pobrezacrescmento. Por outro lado exstem regões com uma menor elastcdade pobrezacrescmento, ou seja, relatva menor capacdade de reduzr a proporção de pobres para uma determnada taxa de crescmento. Por fm, foram analsadas as característcas sócoeconômcas dos muncípos pertencentes a cada um dos quatro padrões de crescmento verfcados. Muto da análse realzada pelo autor fo baseada em macro-regões. Acredtamos que uma análse mcro-regonal possa revelar resultados mas precsos. Além dsso, o autor não faz uma análse para a stuação da ndgênca, focando apenas a pobreza. Outra crítca que se pode fazer a Resende (2006) dz respeto à metodologa econométrca utlzada na estmatva das elastcdades renda-pobreza. O autor força uma relação lnear entre o nível ncal de desgualdade, renda e pobreza, contrarando, por exemplo, Ravallon (2005). 3. Metodologa 3.1. Elastcdade renda-pobreza Os relatóros dos Objetvos do Mlêno snalzam que a pobreza reduzu em todas as regões brasleras com destaque para MG. As prmeras prevsões apontam que a redução da pobreza pela metade do ndcador verfcado em 1991 é factível exgndo apenas que a evolução observada entre 1991 e 2000 se mantenha. Apesar dsso, város fatores podem, em tese, reduzr a pobreza entre eles o crescmento econômco. Pretende-se estmar o efeto do crescmento econômco sobre a pobreza e desgualdade controlado por outros fatores (densdade demográfca, dstânca à captal, taxa de urbanzação, dummes de mesorregão e mcrorregão e etc).

11 Pretende-se estmar qual a resposta percentual que se obtém na redução da pobreza e ndgênca, quando se aumenta em 1% a renda per capta. Nesse projeto trataremos o unverso dos muncípos do Estado de Mnas Geras e de outras undades da federação para efeto de comparação, consderando as mudanças de renda per capta observadas na década de 90, a partr dos dados dos Censos de 1991 e 2000 (Atlas do Desenvolvmento Humano 2003). Apresentamos uma descrção dos modelos abaxo para as estmatvas de elastcdade renda-pobreza e renda-ndgênca. Seja y a renda per capta do muncípo do estado de Mnas Geras ou de qualquer outra regão; F (y) a dstrbução cumulatva de renda do muncípo e P = F ( y 0 ) a proporção de pessoas abaxa da lnha de pobreza y 0. Os modelos que serão estmados são os seguntes: Modelo 1: Sem Interação: ln P = α + β ln y + δ X + ε, em que β é a elastcdade renda-pobreza (ou ndgênca), ndcando quanto mudara percentualmente a pobreza (ou ndgênca) se ocorresse uma mudança de 1% na renda per capta dos muncípos, k = 1,...,K varáves de controle (densdade demográfca de 2000, dstânca à captal, taxa de urbanzação de 1991, número de anos médos de estudo da população acma de 25 anos de 1991, taxa de varação percentual do Gn entre 1991 e 2000) para tratar da heterogenedade dos muncípos, k k k k X, resíduos k Modelo 2: Com Interação Lnear: ( ) em que ( ) 1 Gn ε. ln P = α + β 1 Gn ln y + δ X + ε, β é a elastcdade renda-pobreza (ou ndgênca) agora controlada pela desgualdade ncal, ndcando quanto mudara percentualmente a pobreza (ou ndgênca) se ocorresse uma mudança de 1% na renda per capta dos muncípos. k Modelo 3: Com Interação Não-Lnear: P = α + β ( 1 Gn ) ln y + δ k X + ε em que β ( Gn ) θ θ k k k ln, 1 é a elastcdade renda-pobreza (ou ndgênca) agora controlada pela desgualdade ncal, ndcando quanto mudara percentualmente a pobreza (ou ndgênca) se ocorresse uma mudança de 1% na renda per capta dos muncípos. Beta é suposto menor que zero e Teta maor que um, ou seja, elevados níves ncas de desgualdade terão mpactos progressvamente menores sobre a elastcdade quando a desgualdade cresce (relação côncava). Cabe ressaltar que a nclusão da varável taxa de varação percentual do Gn entre 1991 e 2000 nos trás a possbldade de estmar a elastcdade crescmento da redução da pobreza (ndgênca) controlando o efeto redstrbutvo, numa tentatva de ncorporar nessa metodologa as prncpas causas macro de varação da pobreza, segundo a déa da decomposção de Datt e Ravallon (1992). A nterpretação do coefcente para a varável varação percentual do Gn será a elastcdade redstrbução da redução da pobreza (ndgênca). A estmação das duas elastcdades na mesma equação é uma novação em relação à lteratura empírca sobre o assunto.

12 3.2. Curvas de crescmento-pobreza Além dsso, para avalar se o crescmento em Mnas Geras na década de 1990 fo pró-pobre, serão construídas curvas de crescmento-pobreza (GIC) a partr das taxas de varação da renda méda de cada quntl observadas na década de Os dados utlzados são também do Atlas do Desenvolvmento Humano (2003). Baseada na defnção de Son (2004), a curva de crescmento-pobreza pode ser expressa matematcamente usando o segunte racocíno. Seja y a renda per capta e f(y) a densdade da renda, com méda E(y) = µ. A curva de Lorenz pode ser descrta como 1 x L( p) = f ( y) dx, em que p = µ 0 x f ( y) dy, com 0 < x < 1. Se L ( p) = p, teríamos perfeta 0 dstrbução de renda. Se o crescmento afetar dferentemente os estratos de renda, então a forma da curva de Lorenz se altera. Assm avalar se há crescmento pró-pobre equvale analsar o comportamento dessa curva frente ao crescmento. Quando há um deslocamento para cma da curva de Lorenz, sto é L( p) 0, p, então a desgualdade reduzu com o crescmento, e ocorreu crescmento pró-pobre. µ p p Para dados dscretos, pode-se escrever L( p) =, em que µ p é a renda méda µ até o quntl p. A varação percentual da curva de Lorenz pode ser aproxmada por ln L( p) = ln µ p ln µ = g( p), em que g(p) é a taxa de crescmento da renda ( ) g méda até o quntl p e g é a taxa de crescmento da renda méda. Note que g ( 100) = g. A curva crescmento-pobreza representa a taxa de varação da renda por quntl: ( p, g( p) ). Crescmento pró-pobre ocorre quando g ( p) > g > 0, ou seja, quando a curva crescmento-pobreza tver nclnação negatva. Se 0 < g ( p) < g, o crescmento é empobrecedor (não pró-pobre), pos os qunts de renda mas elevada estão crescendo a taxas maores do que os decs de renda mas baxa, e a curva crescmento-pobreza tem nclnação postva. Se 0 > g ( p) > g, o decrescmento da renda é menor entre os decs de renda mas baxa e a curva crescmento-pobreza tem nclnação negatva. Se 0 < g < g( p), o decrescmento da renda atnge prncpalmente os mas pobres e a curva crescmentopobreza tem nclnação postva. Segundo Ravallon e Chen (2003), a área sob a GIC até o headcount ndex é a taxa méda de crescmento da renda para os pobres nesse ntervalo de tempo, ou seja, a pro-poor growth rate. Cabe ressaltar que esta taxa é dferente da taxa de crescmento da renda méda dos pobres. Pela defnção 1, se o crescmento é pró-pobre a pro-poor growth rate para o quntl mas próxmo do headcount ndex é maor que a taxa de crescmento ordnal da renda (últmo ponto da GIC). Observe que, neste caso, a nclnação negatva é sufcente para defnr um processo de crescmento pró-pobre, mesmo que a taxa méda seja negatva para todos os percents de renda Quando a nclnação da GIC não for negatva em todo o trecho relevante é necessáro observar a área sob a mesma. Inclnação negatva mplca em pro-poor growth rate maor que a taxa ordnára de crescmento. Por outro lado, o nverso não é necessaramente verdade.

13 No caso de um crescmento neutral dstrbutonal basta verfcar uma taxa de crescmento postva para que tenhamos uma pro-poor growth rate também postva e, pela defnção 2, o crescmento será pró-pobre. Se ocorrerem mudanças na dstrbução de renda, pela defnção 2 de Ravallon e Chen (2003), o crescmento só será pró-pobre se o componente de redstrbução auxlar afetar a pobreza negatvamente. Em outras palavras, se a mudança da dstrbução ocorrer em prejuízo daqueles que são pobres, então ele deve reduzr a pro-poor growth rate. Assm, para analsar se um processo de crescmento é pró-pobre quando ocorre mudança da dstrbução de renda, sob a ótca da defnção 2, deve-se comparar a pro-poor growth rate com a taxa méda de crescmento da renda multplcada pela correção da dstrbução de renda [Ravallon (2005)]. Dferentemente de outros trabalhos [ver, por exemplo, Resende (2006)] os resultados obtdos não podem ser, por força da metodologa, nconclusvos. 4. Resultados 4.1. Elastcdade crescmento e redstrbução da redução da pobreza Os resultados dos modelos estmados para Brasl, grande regões e estados brasleros são apresentados a segur (Tabela A.1 do Anexo com exemplo do resultado para Brasl como um todo). Como descrto na metodologa, para cada regão ou estado foram estmados três modelos: o prmero sem consderar o efeto de nteração entre renda e desgualdade, o segundo com nteração suposta lnear e o tercero usando nteração não lnear. Os dos prmeros foram estmados va mínmos quadrados ordnáros enquanto o tercero por máxma verossmlhança. Apesar de não ser a especfcação mas ndcada, faremos breves comentáros sobre os modelos sem nteração. No prmero deles, as varáves explcatvas são sgnfcatvas a 10% em sua maora, tanto para pobreza quanto para ndgênca (na verdade, densdade demográfca e dstânca à captal não são sgnfcatvas em alguns casos). Entre as grandes regões, a maor elastcdade renda-pobreza é observada no Sudeste, -1,15, ou seja, um aumento de 1% na taxa de crescmento da renda per capta mplca numa redução do percentual de pobres de 1,15%. O resultado para o Brasl como um todo é de -0,68 enquanto para o Nordeste a elastcdade é de apenas -0,29. O resultado para ndgentes é, em geral, anda mas forte. O estado de São Paulo apresentou as maores elastcdades, -1,60 para pobreza e -2,59 para ndgênca. O resultado do estado de Mnas Geras mostra que no período entre um crescmento da renda per capta de 1% esteve assocado a uma redução de 0,81% no percentual de pobres e de 1,49 no de ndgentes. O Gráfco 1 sntetza os resultados para as elastcdades crescmento da redução da pobreza (ndgênca) versus o Gn ncal, para o modelo sem nteração. 16 Claramente, observa-se uma relação negatva entre o módulo da elastcdade e o coefcente de Gn dos estados, ou seja, em méda, quanto maor o Gn menor a elastcdade crescmento da redução da pobreza (ndgênca). O coefcente de correlação de Spearman (rank) entre as 16 A estmatva da elastcdade crescmento da redução da pobreza (ndgênca) para o modelo sem nteração representa a méda das elastcdades muncpas estmadas dos modelos com nteração lnear e não-lnear.

14 elastcdades estmadas para pobreza e ndgênca com coefcente de Gn ncal se mostrou postvo e estatstcamente sgnfcatvo a 1%. Esse resultado sugere uma melhor especfcação para os modelos com nteração lnear e não-lnear. < INSERIR GRÁFICO 1 > Analsando os modelos que levam em consderação a nteração entre crescmento de renda e desgualdade ncal sobre a redução da pobreza (ndgênca), podemos notar que o ajuste é melhor quando se consdera que tal nteração é não lnear, ao avalar apenas coefcente de R 2 ajustado. Como no caso dos modelos sem nteração, as varáves explcatvas são sgnfcatvas a 10% em sua maora. Importante notar que nestes casos, as elastcdades são dferentes dependendo da desgualdade ncal do muncípo que, neste caso, devem ser calculadas por ˆ β ( 1 Gn ) θ. Como exemplo, os resultados das elastcdades estmadas, va modelos com nteração lnear e não-lnear para Brasl como um todo, podem ser mas bem vsualzados no Gráfco A.1 do Anexo. Para o Brasl como um todo, como esperado, as elastcdades crescmento da redução da pobreza e da ndgênca dmnuem com o aumento do Gn ncal. No prmero caso, a relação corrobora os argumentos de Ravallon (2005), ou seja, é côncava 17 (o módulo da elastcdade dmnu menos que proporconalmente com o aumento do Gn). Já para ndgênca a relação é convexa. Em qualquer caso, as elastcdades são maores em módulo para o caso da ndgênca. Tanto para pobreza quanto para ndgênca, as curvas de elastcdade estmadas pelos modelos com nteração lnear e não lnear se cruzam no ponto da elastcdade calculada pelo modelo sem nteração na abscssa e Gn ncal do Brasl na ordenada. As elastcdades crescmento da redução da pobreza (ndgênca) estmadas para os muncípos brasleros estão no ntervalo -0,277 a -0,988 (-0,944 a -1,439). Nos casos das grandes regões, apenas para a regão Sul as duas curvas de elastcdade (pobreza e ndgênca) estmadas pelo modelo de nteração não lnear são côncavas. Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentam curvas convexas para pobreza e ndgênca. Para o Sudeste, não se rejeta a hpótese de que o modelo lnear ajusta melhor a estmação da elastcdade crescmento da redução da pobreza. < INSERIR GRÁFICO 2 > Os resultados para os estados são semelhantes aos dscutdos acma. As duas curvas de elastcdade (pobreza e ndgênca) estmadas pelo modelo de nteração não lnear são côncavas apenas para Ro Grande do Sul. São convexas nos dos casos em Alagoas, Baha, Goás, Maranhão e Pará. Em alguns casos o modelo não convergu (pobreza: Acre, Pernambuco, Rorama e Sergpe; ndgênca: Amazonas, Amapá e Ro de Janero). Apenas Mnas Geras apresenta relação convexa para pobreza e côncava para ndgênca. Além dsso, nos casos de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondôna a melhor especfcação é aquela cuja nteração entre desgualdade ncal e crescmento é suposta lnear tanto para a pobreza quanto para ndgênca. Apenas para o caso da pobreza, o modelo lnear não pode ser rejetado estatstcamente para Amapá, Espírto Santo, Paraíba, Pauí, Ro de Janero, 17 θ estmado é estatstcamente maor que 1 a 10% de sgnfcânca.

15 Santa Catarna e São Paulo. Para a ndgênca são os estados: Acre, Ceará, Paraná, Rorama, Ro Grande do Norte e Tocantns. Fo possível, pela metodologa proposta, portanto uma novação em relação a lteratura empírca, estmar conjuntamente as elastcdades crescmento e redstrbução da redução da pobreza (ndgênca). 18 O Gráfco 2 resume os resultados para as elastcdades redstrbução da redução da pobreza (ndgênca) versus o Gn ncal. 19 Claramente, observa-se uma relação negatva entre a elastcdade e o coefcente de Gn dos estados, ou seja, em méda, quanto maor o Gn menor a elastcdade redstrbução da redução da pobreza (ndgênca). O coefcente de correlação de Spearman (rank) entre as elastcdades estmadas para pobreza e ndgênca com coefcente de Gn ncal se mostrou negatvo e estatstcamente sgnfcatvo a 1%. Pela análse da Tabela 1 podemos notar, portanto, uma correlação postva entre o módulo das elastcdades crescmento e redstrbução da redução de pobreza (ndgênca). < INSERIR TABELA 1 > Até este ponto, a análse do crescmento econômco e sua nfluênca sobre a pobreza (e ndgênca) teve como base a defnção que consdera crescmento pró-pobre aquele crescmento que reduz a pobreza, defnção 2. Baseada na defnção de Son (2004) a análse realzada na próxma seção enfoca a qualdade do crescmento, ou seja, observamos, nequvocamente, quanto os pobres e ndgentes se benefcaram do crescmento da renda per capta observado no Brasl ao longo da década de Curvas de crescmento-pobreza A Tabela 2 apresenta, como exemplo, os índces de pobreza e ndgênca para 1991 e 2000, a GIC por quntl de renda e a pro-poor growth rate para Brasl e grandes regões. Também como exemplo, o Gráfco 2 do Anexo apresenta-se as GICs por estados da Regão Norte. Os resultados para mesorregões, mcrorregões e muncípos são resumdos na Tabela 3. A análse desse conjunto de nformação nos revela que apenas o estado de Rorama apresenta uma GIC com nclnação negatva o que é sufcente para afrmar que o crescmento entre 1991 e 2000 fo pró-pobre. Para os demas estados, grandes regões e Brasl como um todo a nclnação fo sempre postva mplcando numa pro-poor growth rate menor que a taxa ordnára de crescmento para todos os qunts, nclusve naquele em que se stua o headcount ndex de pobreza (ndgênca). < INSERIR TABELA 2 > < INSERIR TABELA 3 > Os resultados para mesorregões apontam crescmento pró-pobre em apenas dez do total de 136, são elas: Sul Espírto-Santense (ES), Oeste de Mnas (MG), Noroeste Paranaense (PR), Sudoeste Paranaense (PR), Noroeste Flumnense (RJ), Norte Flumnense 18 Portanto, a estmação de uma é controlada pelo efeto da outra não levando a vés de estmação. 19 Para efeto de comparação, optamos por apresentar grafcamente a elastcdade estmada da redstrbução da redução da pobreza (ndgênca) do modelo com nteração não-lnear.

16 (RJ), Norte de Rorama (RR), Sul de Rorama (RR), Centro Orental Ro-Grandense (RS) e Noroeste Ro-Grandense (RS). Os resultados para mcrorregões revelam que em város estados não ocorreram evdêncas de crescmento pró-pobre. São eles: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Pauí e Sergpe. As evdêncas de crescmento pró-pobre aparecem em 65 mcrorregões num total de 558. Vale destacar os casos de Rorama (75%), Ro Grande do Sul (37,14%), Mnas Geras (25,76%), Rondôna (25%) e Santa Catarna (25%) com os maores percentuas de evdênca de crescmento pró-pobre em suas mcrorregões. Os resultados da análse muncpal sugerem que o crescmento fo pró-pobre em quase 25% dos muncípos brasleros (exclundo Dstrto Federal). Ceará e Pernambuco apresentaram os pores desempenhos nesse sentdo (respectvamente, 3,26 e 3,78% dos muncípos), ambos no Nordeste do país. No Ro Grande do Sul e em Rorama os resultados são opostos: 54,39% dos muncípos do prmero estado e 53,33% dos muncípos do segundo revelaram evdêncas de crescmento pró-pobre. Para fns de comparação, utlzando metodologa smplfcada, Resende (2006) afrma que o resultado é nconclusvo em 46,8% dos muncípos mneros enquanto em 23,8% o crescmento tera sdo pró-pobre. Utlzando a metodologa aqu proposta, é possível afrmar que 33,88% dos muncípos apresentaram crescmento pró-pobre, 10% mas que em Resende (2006). Além dsso, podemos afrmar que no restante dos muncípos o crescmento fo realmente não pró-pobre. 5. Conclusão Este artgo tem como objetvo analsar a relação entre crescmento, pobreza e desgualdade a partr de dados dos muncípos brasleros em dferentes níves de agregação. Como metodologa de análse objetvamos mensurar smultaneamente as elastcdades da redução da pobreza e da ndgênca em relação ao crescmento econômco e em relação à taxa de varação da desgualdade (efeto crescmento e redstrbutvo da renda). Além dsso, buscou-se evdênca sobre a exstênca de efeto de nteração não-lnear entre o crescmento e a desgualdade ncal, como demonstra Ravallon (1997) para uma amostra de 62 países. Em outras palavras, é um teste para a Hpótese de Bourgugnon de que quanto mas desgual menor deve ser a efetvdade do crescmento em reduzr a pobreza. Adconalmente procedemos a estmação de curvas de crescmento-pobreza para muncípos brasleros (e outras agregações) a fm de analsar a qualdade do crescmento, segundo Ravallon (2005), comparando a pro-poor growth rate com o últmo ponto da growth ncdence curve. Essa metodologa, ao contráro de Kakwan e Perna (2000), não gera resultados nconclusvos. Os resultados sugerem que, entre as grandes regões, a maor elastcdade crescmento da redução da pobreza fo observada no Sudeste. Entre os estados destaca-se o caso de São Paulo. Além dsso, observou-se uma relação negatva entre o módulo da elastcdade e a desgualdade ncal, ou seja, quanto maor o Gn ncal menor a redução da pobreza provocada pelo crescmento econômco, não rejetando a Hpótese de Bourgugnon. Os resultados apontam também para uma relação negatva entre a elastcdade redstrbução e o Gn ncal.

17 As curvas de crescmento-pobreza (GICs) revelam que Brasl e nenhuma grande regão como um todo apresentaram crescmento pró-pobre na década de Entre os estados sso se deu apenas em Rorama. Nas mesorregões brasleras, apenas 7,35% apresentaram crescmento pró-pobre enquanto para as mcrorregões esse número apenas ultrapassa os 11%. A análse muncpal revela crescmento pró-pobre em quase 25% dos muncípos brasleros, destaques para Ro Grande do Sul e em Rorama, com mas de 50% dos seus muncípos com evdênca de crescmento pró-pobre. Bblografa Atlas do Desenvolvmento Humano no Brasl Fundação João Pnhero (FJP-MG). Barros, A.P Chen, S.; Ravallon, M Household Welfare Impacts of Chna s Accesson to the World Trade Organzaton. The World Bank, Polcy Research Workng Paper No Datt, G.; Ravallon, M Growth and Redstrbuton Components of Changes n Poverty Measures: A Decomposton wth Applcatons to Brazl and Inda n the 1980s. Journal of Development Economcs, 38, Datt, G.; Ravallon, M Has Inda s Post-Reform Economc Growth Left the Poor Behnd. Journal of Economc Perspectves, 16(3), Felds, G.S Dstrbuton and Development. New York: Russell Sage Foundaton. Foster, J.; Greer, J.; Thorbecke, E A Class of Decomposable Poverty Measures. Econometrca 52: Hoffmann, R Desgualdade e Pobreza no Brasl no Período Revsta Braslera de Economa, 49, (2): Hoffmann, R Elastcdade da Pobreza em Relação à Renda Méda e à Desgualdade no Brasl e nas Undades da Federação. Revsta Economa/Anpec. Kakwan, K.; Perna, E What Is Pro-Poor Growth? Asan Development Revew, 18(1): Kraay, A When s Growth Pro-Poor? Evdence from a Panel of Countres. The World Bank Polcy Research Workng Paper No Manso, C.A.; Barreto, F.A.; Tebald, E O Desequlíbro Regonal Braslero: Novas Perspectvas a Partr das Fontes de Crescmento Pró-Pobre. Sére ENSAIOS SOBRE POBREZA #6, LEP/Caen. Ravallon, M Poverty Comparsons. Harwood Academc Publshers, Chur, Swtzerland. Ravallon, M Growth and Poverty: Evdence for Developng Countres n the 1980s. Economcs Letters, 48, Ravallon, M Can Hgh Inequalty Developng Countres Escape Absolute Poverty?. Economcs Letters, 56, Ravallon, M Growth, Inequalty and Poverty: Lookng Beyond Averages. World Development, 29(11), Ravallon, M Pro-Poor Growth: A Prmer. World Bank Polcy Research Workng Paper No Development Research Group, World Bank. Ravallon, M.; Chen, S What Can New Survey Data Tell Us about Recent Changes n Dstrbuton and Poverty?. World Bank Economc Revew, 11(2), Ravallon, M.; Chen, S Measurng Pro-Poor Growth. World Bank, Polcy Research Workng Paper Ravallon, M.; Chen, S Chna s (Uneven) progress Aganst Poverty. Polcy Research Workng Paper 3408, World Bank. Resende, G.M O crescmento econômco dos muncípos mneros têm sdo pró-pobre? Semnáro de Economa Mnera, Damantna Slvera Neto, R. M Quão pró-pobre tem sdo o crescmento econômco no nordeste? Evdêncas para o período Anas Anpec Nordeste 2005, Fortaleza-CE.

18 Son, H.H A Note on Measurng Pro-Poor Growth. Economcs Letters, 82(3): Tochetto, D.; Comm, F.; Rbero, E.; Porto Jr., S Crescmento pró-pobre no Brasl - uma análse exploratóra. Mmeo, Porto Alegre: UFRGS. Zheng, B An Axomatc Characterzaton of the Watts Index. Economcs Letters, 42, Gráfco 1 Elastcdade Crescmento-Pobreza (Indgênca) ( ) versus Coefcente de Gn do período ncal Elastcdade São Paulo Ro Grande do Sul Mato Grosso do Sul Santa Catarna Goás Ro de Janero Mato Grosso Paraná Espírto Santo Mnas Geras Amapá Rondôna Pará Rorama Tocantns Sergpe Ro Grande do Norte Amazonas Baha Paraba Acre Ceará Alagoas Maranhão Pauí Pernambuco Elastcdade Crescmento-Pobreza Elastcdade Crescmento-Indgênca coefcente de Gn Gráfco 2 Correlação de Sperman Elastc. Crescmento- Indgênca Elastc. Crescmento- Pobreza Elastc. Crescmento- Indgênca Coefcente de Gn Elastcdade Redstrbução-Pobreza (Indgênca) ( ) versus Coefcente de Gn do período ncal Coefcente de Gn Elastcdade Correlação de Sperman Elastc. Redstrbução- Indgênca São Paulo Ro Grande do Sul Santa Catarna Ro de Janero Paraná Mato Grosso Mato Grosso do Sul Espírto Santo Goás Mnas Geras Rondôna Amapá Acre Pará Rorama Ro Grande do Norte Elastc. Elastc. Redstrbução- Redstrbução- Pobreza Indgênca Coefcente de Gn Tocantns Baha Ceará Pernambuco Paraba Alagoas Amazonas Pauí Maranhão Sergpe Elastcdade redstrbução-pobreza Elastcdade redstrbução-ndgênca coefcente de Gn Coefcente de Gn

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