ONDE ESTÃO AS NOSSAS CRIANÇAS? CONSIDERAÇÕES SOBRE OS DETERMINANTES DO TRABALHO INFANTIL EM PERNAMBUCO.

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1 ONDE ESTÃO AS NOSSAS CRIANÇAS? CONSIDERAÇÕES SOBRE OS DETERMINANTES DO TRABALHO INFANTIL EM PERNAMBUCO. Área 1: Economa Pernambucana. Talnny Noguera Lacerda Mestranda em Admnstração e Desenvolvmento Rural Sustentável pela Unversdade Federal Rural de Pernambuco UFRPE. Graduada em Cêncas Econômcas pela Unversdade Regonal do Carr URCA. Av. Hstorador Jordão Emerencano, 249, Iputnga, Recfe/PE lacerdatalnny@gmal.com. (88) José Márco dos Santos Professor Assstente da Unversdade Regonal do Carr URCA. Mestre em Economa do Trabalho pela Unversdade Federal da Paraíba UFPB. Rua Nações Undas, 115, Centro, Barbalha/CE jmarco.santos@hotmal.com. Dogo Brto Sobrera Doutorando em Economa Aplcada pela Unversdade Federal de Vçosa UFV. Mestre em Economa Rural pela Unversdade Federal do Ceará UFC. Rua José Tmóteo, 119, Santo Antôno. Vçosa/MG economstdbs@hotmal.com.

2 1 ONDE ESTÃO NOSSAS CRIANÇAS? CONSIDERAÇÕES SOBRE OS DETERMINANTES DO TRABALHO INFANTIL EM PERNAMBUCO. RESUMO A necessdade de complementar a renda famlar tem nduzdo a entrada precoce de cranças no mercado de trabalho da economa braslera. Tal condção desestmula a freqüênca escolar, vndo a mpactar na formação destes ndvíduos no futuro. Tentando reduzr esta condção, fo crado o Programa de Erradcação do Trabalho Infantl (PETI), mplementado nos estados com maor ncdênca de cranças trabalhadoras. Desta forma, o presente trabalho tem por objetvo dentfcar os prncpas determnantes do trabalho nfantl no Estado de Pernambuco no ano de Como metodologa fo aplcada a estmação de um modelo logt usando as nformações sobre condções famlares de cranças de 5 a 16 anos presentes na Pesqusa Naconal por Amostra de Domcílos (PNAD). Os resultados obtdos mostram que O cálculo da medda de ajustamento ndcou que 96,75% das ocorrêncas são explcadas pelo modelo, para observações em um unverso de populaconal de As varáves dade, gênero e número de componentes da famíla apresentaram uma assocação postva, ou seja, essas varáves aumentam a probabldade da crança trabalhar. Enquanto sso, as varáves estudante, escolardade da mãe, zona urbana, regão metropoltana e casa própra possuem uma assocação negatva, ou seja, reduzem a probabldade da crança estar empregada. Palavras-chave: economa pernambucana, economa do trabalho, modelo de escolha qualtatva. ABSTRATC The need to supplement the famlar ncome has nduced the early entry of chldren n the brazlan economy labor market. Such a condton dscourages school attendance, causng mpact on the formaton of these ndvduals n the future. Tryng to reduce ths condton, t was created the Programa de Erradcação do Trabalho Infantl (PETI), mplemented n the states wth the hghest ncdence of chld workers. Thus, ths paper ams to dentfy the determnants of chld labor n the Estado de Pernambuco n The methodology was appled to estmate a logt model usng as a database of nformaton about famly condtons of chldren 5-16 years contaned on the Pesqusa Naconal por Amostra de Domcílos (PNAD). The results show that the calculaton of the adjustment measure ndcated that 96.75% of the cases are explaned by the model, to 3,720 observatons n a populaton unverse of 1,713,253. The varables age, gender and number of famly components showed a postve assocaton, e these varables ncrease the lkelhood of chld work. Meanwhle, the varables student, mother's educaton, urban, metropoltan area and home have a negatve assocaton, or reduce the lkelhood of chldren beng employed. Keywords: Pernambuco economcs, labor economcs, qualtatve choce model. JEL: C35, J10, R10

3 2 1. INTRODUÇÃO O Brasl apresenta um hstórco de concentração de renda desde o período colonal, vndo de um passado excludente onde a maora da população não possu acesso ao mínmo necessáro para a sobrevvênca (AGUIAR ET. AL., 2014). O país apresenta rquezas abundantes, sufcentes para possbltar aos habtantes uma maor qualdade de vda, sso se expressa por ntermédo da renda per capta (BARROS, 2001a). De acordo com o Mnstéro do Desenvolvmento Socal e Combate a Fome (MDS), a lnha extrema da pobreza é consttuída pelos ndvíduos com rendmento gual ou nferor a R$ 70,00 (MDS, 2015). Outra lnha de pobreza adotada no Brasl é para aqueles que recebem abaxo ou gual a um quarto de um saláro mínmo. Porém, esta metodologa é extremamente crtcada pelos estudosos da área, já que ao adotar o saláro mínmo como undade para medr a desgualdade, ca-se em uma problemátca, dado que este tem sdo varante ao longo dos períodos (LOUREIRO; SULIANO, 2009). Nesse sentdo Barros e Mendonça (1995) chamam a atenção para a necessdade de maor nvestgação dos fenômenos consequentes da desgualdade e de suas esferas prejudcas. A desgualdade não é um fenômeno recente, muto pelo contraro ela é enrazada desde o período colonal e persste até os das atuas. A pobreza é fruto da desgualdade, que prva os ndvíduos o acesso a bens báscos, como almentação, saúde, educação, morada, saneamento básco e entre outros. A compreensão de pobreza não esta relaconada apenas ao nível de renda; mas também em relação ao acesso a bens. Tal vsão vem sdo aplcada na lteratura para contrastar a já consoldada medda por meo da renda. Isso se deve, prncpalmente pelo fato de que em mutas regões ruras anda exstem produção apenas para o autoconsumo, o que lmta os resdentes destas áreas o acesso á morada, habtação, saúde, almentação, entre outras comoddades. Então torna-se necessáro dmensonar os níves de pobreza. A regão Nordeste apresenta um dos maores percentuas de resdêncas sem acesso a tens de habtação e consumo quando comparado a outras regões, além de ausênca de saneamento básco e água encanada. Quando se analsa a questão de renda, é a regão que mas apresenta domcílos abaxo da lnha de extrema pobreza 1 (CALDAS e SAMPAIO, 2015). Neste sentdo, a necessdade de complementardade da renda das famílas, por questões crucas a sobrevvênca, leva à população de menor renda a ngressar precocemente ao mercado de trabalho, sendo que na maora dos casos abdcando de períodos de tempo que seram dedcados ao estudo. Desta forma, ocorre o comprometmento ao processo formador de captal humano por parte dos agentes, o que vrá, em longo prazo, a dfcultar uma ascensão a uma maor renda no futuro. Assm, o ndvíduo estara sujeto a trabalhos de menor qualfcação e com remuneração pouco sgnfcatva, contrbundo para a manutenção do cclo da pobreza (CACCIAMALI, et al. 2010). Com o ntuto de soluconar problemas referentes a trabalhos desumanos realzados por cranças, que vnham chamando a atenção mundalmente, dante deste contexto, a Organzação Internaconal do Trabalho, colocou o Brasl juntamente com a Índa, Indonésa, Talânda, Quêna e a Turqua, para receberem o Programa Internaconal para a Elmnação do 1 Conforme Caldas e Sampao (2015) p. 79, a lnha de pobreza para o ano de 2009 fo de R$ 201,03 mensas por pessoa, e a lnha de ndgênca é calculada a partr da metade da lnha de pobreza, ou seja, R$ 100,51. Já nas áreas ruras, a lnha de pobreza fo de R$ 179,29 mensas por pessoa, e a lnha de ndgênca fo de R$ 89,65 mensas por pessoa.

4 3 Trabalho Infantl. O programa fo mplantado em 1993, logo após a aprovação do Estatuto da Crança e do Adolescente (ECA) (OIT, 2003). Dentro deste âmbto, em 1996, é crado no Brasl, o Programa de Erradcação do Trabalho Infantl (PETI), pela Secretara Naconal de Assstênca Socal, vsando prncpalmente cranças e adolescentes de 7 a 14 anos de dade. Na década de 90 chamava atenção o número de cranças envolvdas em trabalhos penosos, prncpalmente no estado de Pernambuco (com destaque para as áreas de cultvo da cana de açúcar), as carvoeras no estado de Mato Grosso, e a regão de cultvo do Ssal no estado da Baha. Com sso, esses estados foram seleconados para partcpar do PETI, enquanto programa ploto, por denotarem de trabalhos que submetam às cranças envolvdas a stuação de rsco (CARVALHO, 2004). Nesse sentdo, a análse realzada no presente estudo tomou como base o prmero Estado. O comprometmento do desenvolvmento cogntvo da crança, e números que ndcam dspardades elevadas daqueles que outrora foram trabalhadores, vêm sendo amplamente debatdos na lteratura, prncpalmente pelo fato do trabalho nfantl persstr como um sntoma da extrema pobreza, apesar de sucessvas meddas adotadas, além da pesada nfluênca da estrutura famlar neste contexto (KASSOUF, 2000; KASSOUF, 2002; KASSOUF, 2004; RAMALHO E MESQUITA, 2013). Deste modo, o presente estudo se propõe a analsar o contexto do trabalho nfantl em Pernambuco, bem como responder a ndagação acerca da stuação destas cranças e adolescentes frente à ocorrênca das polítcas socas recentes. Dentro deste contexto, o presente trabalho tem por objetvo geral dentfcar os prncpas determnantes do trabalho nfantl no estado de Pernambuco no ano de Estudos como este são extremamente necessáros para averguação das contrbuções de polítcas públcas na melhora de vda das cranças. Além da possbldade de moldagem deste programa de acordo com as necessdades exstentes e percalços enfrentados para um efetvo combate ao trabalho nfantl. O presente estudo está composto além desta ntrodução, mas três seções, e as consderações fnas. Na seção segunte buscar-se-á fazer uma breve revsão de lteratura. Na tercera seção será apresentada a metodologa empregada na pesqusa, bem como os dados usados, a posteror são dscorrdos os resultados obtdos acerca dos elementos que afetam a decsão de trabalho nfantl no estado de Pernambuco no ano de Por fm, serão fetas as consderações fnas sobre o estudo. 2. OS PRINCIPAIS CONDICIONANTES DO TRABALHO INFANTIL NO BRASIL 2.1 Defnndo o conceto de trabalho nfantl Na convenção 138, de 1973, a Organzação Internaconal do Trabalho (OIT) denota a necessdade de que cada país apresente uma dade mínma para o exercíco do trabalho, desta forma vsando uma proteção específca e além de uma abordagem de modo geral para a ntervenção por ntermédo de les para proteção dos ndvíduos enquanto trabalhadores (OIT, 2009). De acordo com a convenção da OIT (1999), no artgo 2º é defndo por crança todo ndvduo com menos de 18 anos, no entanto, há uma defnção especfca recorrente a legslação de cada país, a maora defne um ntervalo entre 14 e 16 anos como dade máxma (OIT, 2009).

5 4 Para a UNICEF é consderado trabalho nfantl toda forma de trabalho realzada por cranças menores de 14 anos e atvdades econômcas que demandem demasado desgaste físco e ntelectual na faxa etára de 14 a 16 anos (OIT, 2009). A Consttução Federal de 1988 no Art. 7º, ncso XXXIII veda qualquer atvdade laboral para menores de 16 anos, salvo a stuação de aprendz a partr de 14 anos. É vedada também qualquer forma de trabalho noturno e nsalubre para menores de 18 anos. Sendo garantdos os dretos à profssonalzação e a proteção do trabalho pelos artgos 60 e 69 do Estatuto da Crança e do Adolescente. Esta defnção tem sdo amplamente adotada na lteratura, servndo de parâmetro para dversos autores. As atvdades nsalubres, ou seja, as mas degradantes são apontadas pela OIT como 94 tpos de atvdades, entre elas, trabalhos prejudcas à moraldade e o trabalho doméstco. (...)A rscos comprometedores à saúde, à segurança e à moral.. (OIT, 2009) 2.2 Condconantes do trabalho nfantl Pobreza e desgualdade encontram-se ntrnsecamente lgados, a elmnação da prmera depende consequentemente do enfrentamento da segunda, a concetuação de pobreza enquanto escassez de recursos e má dstrbução dos recursos exstentes, que permtrá o enfrentamento da mesma. Ao longo dos anos a estratéga braslera de crescmento, não se mostrou satsfatóra neste enfrentamento, e com sso não nega-se a mportânca do crescmento, porém, entende-se que se faz necessáro um combate efetvo da desgualdade, para que a pobreza seja enfrentada (BARROS ET. AL., 2001a). Entre os destaques acerca das dspardades socas Kassouf (2004a) aponta o Nordeste como a regão mas pobre e, consequentemente, mas desgual, apresentando a menor méda salaral em De acordo com o IBGE (2014), o Nordeste permanece apresentando os maores índces de desgualdade de renda do país. Sendo a segunda regão mas populosa do país, contando com o maor percentual de moradores na zona rural. Apesar de sgnfcatvos avanços socoeconômcos na regão nos últmos anos, a carga hstórca e excludente contnua gerando graves problemas, que necesstam de esforços contnuados para serem elmnados, caracterzando-se como a regão mas desgual do país. Em que menor parcela da população detém o maor percentual de rendmentos. O maor contngente de pobres da regão ocupa a zona rural (KASSOUF, 2004a). A necessdade de suprr condções báscas à subsstênca leva a famíla a envar mas rapdamente seus ntegrantes ao mercado de trabalho. Assm, tem-se que o trabalho de cranças e adolescentes torna-se uma saída para as famílas mas abastadas (KASSOUF, 2004b). Apesar de exstr consenso acerca dsso na lteratura. Campos e Alvarenga (2001) ndcam o fator cultural e a deologa consttuída pelo trabalho ao longo dos anos como preponderante na decsão da nserção de cranças no mercado de trabalho. O processo construído ao longo da hstóra que traz questonamentos sobre a vsão das socedades acerca do trabalho, pode ser consderado um fator postvo na tomada de decsão. Os espanhós e portugueses pregaram que o labor era função dos menos abastados, os ngleses calvnstas trazem o deáro do trabalho como comprovação de ser salvo. A dea de que a nserção no mercado de trabalho auxlara na formação futura, da construção do ndvduo com noções de responsabldade exerce demasada nfluenca neste questo.

6 5 Gonçalves (1997) consdera a pobreza, a falta de condções mínmas para um desenvolvmento de meos essencas a vda humana, levando os pas a abrrem mão que seus flhos estejam envolvdos em atvdades que contrburão para a formação da crança enquanto ndvduo do futuro. Assm a famíla opta pelo ngresso precoce ao labor. Para Gumarães e Asmus (2010 p. 573), o trabalho nfantl aparece, como um sntoma desagradável do nível de desgualdade da socedade. O trabalho da crança era totalmente ndspensável em uma socedade não mecanzada, em que a renda da famíla dependa dretamente de todos os membros, sendo assm o papel exercdo por mulheres e cranças na ascendente ndústra artesanal europea era quase nvsível a olho nu, dado que era realzado no quntal das casas e sem nenhuma espéce de remuneração (VIGÁRIO, 2004). Isto possblta observar que o trabalho nfantl e a degradação das cranças não se consttuem uma nvenção pecular da Revolução Industral. Muto pelo contraro, ele já vnha sendo realzado no nteror das casas de camponeses e artesãos. Porém, o estopm de dmensões exorbtantes pode ser observado claramente durante o surgmento da ndústra têxtl nglesa. Relatos hstórcos denotam as condções degradantes que as cranças foram mpostas nesse período (KASSOUF, 2007). A lteratura denota o período colonal braslero como berço da exploração de cranças e adolescentes, por ter como base o regme escravocrata. A maora dos flhos dos escravos acompanhava seus pas nos trabalhos mas degradantes possíves. Além do que os trabalhos exercdos por escravos adultos já eram notoramente demandantes de esforço físco muto além do suportável, o que traza para as cranças uma sobrecarga funconal (KASSOUF, 2007). A stuação de cranças e adolescentes no Brasl no fnal da década de 1980 chamava a atenção mundalmente, tornando-se conhecdo como snônmo de concentração de renda, mséra, desgualdade socal, subdesenvolvmento, corrupção e neglgênca (OIT, 2003). De acordo com a OIT (2003), no começo da últma década do século XX aproxmadamente 10 mlhões de cranças e adolescentes exercam alguma atvdade laboral. Destas, apenas uma receba um saláro mínmo como remuneração, onde a grande maora receba nenhuma ou um pequeno valor em remuneração. No entanto, a decsão de nserção da crança no mercado de trabalho é tomada pelos pas. Na grande maora das vezes são os pas que necesstam tomar essa decsão, mas são aqueles que no passado obtveram nível mínmo de nstrução e agora veem uma recorrente questão em suas mãos: manter o flho na escola ou amplar a renda no lar (LIMA E PAIXÃO, 2011). 2.3 Panorama do Trabalho Infantl no Brasl: Breve revsão da lteratura Kassouf (2000) observou a nterferênca da escolardade dos pas na decsão do ngresso precoce no mercado de trabalho por parte dos flhos, para tal a autora utlzou-se de dados da PNAD 1995, para tal utlzou-se do ferramental econométrco, além do método de Rosenzweg, com estmação separada para mennas e mennos, os resultados ndcaram que uma maor escolardade dos pas nfluenca postvamente a decsão da crança frequentar a escola e reduz a probabldade da mesma trabalhar, sendo essa nfluênca maor em relação às mennas. Nestes casos quanto maor for à dade da crança maor a probabldade que ela se nsra no mercado de trabalho. É observada a extrema necessdade da dfusão da educação no

7 6 país e da compreensão de que níves educaconas adequados contrbuem para um maor desenvolvmento do captal humano e que o trabalho nfantl acarreta enormes prejuízos ao desenvolvmento cogntvo entre as gerações. Kassouf (2002) avalou o mpacto do ngresso precoce no mercado de trabalho na vda de jovens adultos, para tal trabalhou com a PNAD de 1999, tendo como método de análse ferramental econométrco. As prncpas conclusões do trabalho apontam para um ngresso precoce de 66% dos homens e 52% das mulheres que começaram a trabalhar com 14 anos ou menos, estes apresentaram menores índces de escolardade, o que nfluenca negatvamente em seus rendmentos. Facchn et. al. (2003) nvestgou o perfl ocupaconal e a contrbução do trabalho nfantl no muncípo de Pelotas-RS, para tal realzou aplcação de questonáros na zona urbana do muncípo para uma amostra de ndvíduos de 6 e 17 anos. A análse dos dados fo realzada por ntermédo do software SPSS, observando que as cranças trabalhadoras contrbuíam com cerca de 18% da renda famlar, quanto menor a renda dos adultos maor a contrbução da crança, além de quanto mas pobre a famíla maor a probabldade da crança se tornar trabalhadora, e menor probabldade de frequentar a escola. Ferro e Kassouf (2005) verfcaram o aumento da dade de ngresso no mercado de trabalho no Brasl, através de análse econométrca dos dados da PNADS de 1995 e Ao analsar os dados concluíram que houve uma redução na oferta de trabalho para as faxas de 14 e 15 anos. As autoras observaram também um aumento na frequênca escolar dos adolescentes e uma consequente redução da renda provenente de trabalhos realzados pelos mesmos. Destacaram anda uma redução na renda per captadas famílas com cranças trabalhadoras e não trabalhadoras. O coefcente utlzado para a mudança de legslação apresentou-se sgnfcatvo, o que ndca sua nfluênca na redução do trabalho nfantl, apesar de não alcançar a efetva elmnação. Carvalho (2008) analsou o panorama do trabalho nfantl no Brasl recente por ntermédo de estmatvas, através dos dados da PNAD 2006, onde observou que 49,2% da população ocupada entre 5 e 17 anos pertence a famílas em condção de pobreza ou ndgênca, a autora dentfcou que quanto menor a renda per capta maor a ncdênca de trabalho nfantl. Chamando atenção para um trabalho de assstênca por ntermédo de polítcas públcas contnuadas. Conclundo que enquanto não ocorrerem mudanças estruturas sgnfcatvas à erradcação do trabalho nfantl apresentará entraves dfcultosos de serem superados. Caccamal e Tete (2008) avalaram o mpacto do status ocupaconal dos pas em relação com o trabalho nfantl, para tal utlzaram como base de dados a PNAD de 2002, através da estmação de um modelo econométrco de tpo probt, averguaram que exste maor probabldade da crança ser trabalhadora em casos que o chefe da famíla atua como autônomo, do que em casos que este fosse trabalhador assalarado. Outra observação mportante apontada pelos pesqusadores é o fato de uma maor nfluênca da escolardade em detrmento da renda per capta, ou seja, ocorre uma menor probabldade de cranças trabalharem no caso de pas terem maor escolardade, do que casos com renda per capta mas elevada. Aquno et. al. (2010) observaram a nfluênca ntergeraconal sobre o trabalho nfantl, analsando dados da PNAD de 1992 e 2004, entre cranças de 10 e 14 anos. Por meo do modelo econométrco logt, conclundo-se que ocorre uma ncdênca ntergeraconal postva, ou seja, flhos de pas que foram trabalhadores nfants apresentam maor probabldade de se

8 7 tornarem trabalhadores. Observou-se anda que ocorreu uma redução de 21% nos níves de trabalho nfantl entre os anos estudados, sendo atrbuído a ncremento no nível de escolardade dos pas. Araújo et. al. (2010) avalaram as determnantes da nclusão de cranças no trabalho por meo dos dados da PNAD de 2006 utlzando-se do modelo logt multnomal, desmembrando em dos grupos, observou que no grupo 5 a 9 anos as varáves que maor exercem nfluenca sobre a alocação do tempo das cranças são sexo, renda, localmora e Sul 2, neste grupo os autores chamam atenção para um ncremento na renda nfluencar na redução de tempo trabalhado. Para o segundo grupo 10 a 15 anos, as observações são as mesmas com exceção da varável Sul. Conclu-se que dversos fatores nfluencam dretamente na decsão de trabalhar, não sendo a renda um fator exclusvamente determnante. Isso permte a maor compreensão para adoção de polítcas que contrbuam efetvamente para a erradcação do trabalho nfantl. Kassouf e Santos (2010a) nvestgaram os efetos da rqueza famlar rural na nserção precoce no mercado de trabalho, tomando por base dados da PNAD de 2006, em que se consderavam rcas as famílas detentoras de maor extensão de terra, o método utlzado para a análse fo a estmação por verossmlhança de um modelo probt, no qual averguou-se que famílas detentoras de maor extensão de terra tem ndvíduos trabalhadores mas precoces até o lmte em que a propredade atnge 76 ha, neste momento ocorre uma redução no trabalho nfantl na propredade. Kassouf e Santos (2010b) observaram o mpacto do trabalho nfantl nos rendmentos dos ndvíduos adultos, dotando-se de dados da PNAD de 2007 e elaborando dos grupos dstntos por meo de equações explcatvas. Obtveram como resultados que ndvíduos que trabalharam na nfânca possuem redução de seus rendmentos quando atngrem establdade sobre os prncpas determnantes de rendmentos, deste modo, reafrma-se a nfluênca negatva exercda pelo trabalho nfantl na formação futura do ndvduo, ndependente de regão ou sexo. Lma e Paxão (2011) buscaram avalar os determnantes da nserção de cranças no mercado de trabalho, no estado de Tocantns, para tal utlzaram dados da PNAD de 2009, estmando um modelo econométrco logt multnomal. Partndo do pressuposto que a decsão da alocação do tempo das cranças é determnada pelas famílas, conclu-se que, a uma grande nfluenca das varáves, tempo de estudo e dade na decsão de apenas trabalhar e/ou estudar. Outro fator de nfluênca é o tamanho das famílas, famílas menores apresentam maor probabldade de apenas estudar, enquanto famílas maores apresentam probabldade nversa. Gonçalves et. al. (2012) nvestgaram as prncpas característcas do trabalho de adolescentes no Sul do Brasl, para tal, entrevstaram cerca de adolescentes onde observou-se que no ano anteror ocorreu um percentual de trabalhadores de 22,2%, a maora dos adolescentes trabalhavam fora de casa, e tnham ncado o trabalho antes dos 14 anos. Apenas 1% destes apresentava contrato de trabalho, 30% trabalhava mas que 6 horas por da, e apresentavam renda méda mensal nferor a R$150,00. Sendo que os servços doméstcos eram predomnantemente realzados pelos mas pobres. Lacorte et. al. (2013) verfcou a grande exposção de cranças e adolescentes a trabalhos nocvos no pólo de produção de joas em Lmera-SP. Por ntermédo de análse 2 Nomenclatura das varáves utlzadas pelo autor, localmora ndca o local de morada se urbano ou rural, e Sul ndca se a crança mora ou não na regão Sul.

9 8 bblográfca e da nvestgação sobre as funconaldades da organzação de uma rede Inter setoral, observando a construção do Termo de Ajustamento de Conduta que garantu a elaboração de uma sére de ações afrmatvas, dentre elas, a construção de debates e a cração de um programa voltado para a saúde do trabalhador, porém faz-se necessáro uma constante ntervenção nos fluxos e meos de trabalho para efetvo combate ao trabalho nfantl. Marn et. al. (2012) realzou estudo de caso no muncípo de Agudo-RS, para verfcar a relação entre a produção de tabaco e o trabalho nfantl no muncípo. Através da aplcação de questonáro e entrevsta com 27 agrcultores, observou-se que, apesar do trabalho nfantl ser probdo na produção de tabaco e em outros meos de acordo com a legslação, os pas não veem como trabalho o envolvmento dos flhos na produção e nem mesmo como um atraso ao seu desenvolvmento. Pelo contráro consderam que as cranças apenas exercem uma ajuda, não sendo, de modo nenhuma uma exploração de trabalho nfantl. Líro et. al.(2013) estudou a nserção de cranças no mercado de trabalho do muncípo de Vçosa (MG), utlzando-se do ferramental econométrco probt, com a base de dados sendo 130 famílas, que são atenddas pelo PETI no muncípo. Observou-se que ocorre uma maor probabldade de trabalho as cranças que são do sexo masculno e não brancas, famílas onde a mãe apresenta maor nível de escolardade e que há uma establdade no nível de renda, apresentam menor probabldade de terem as cranças trabalhando. Já famílas que apresentam problemas com alcoolsmo são mas propensas a apresentarem cranças trabalhadoras. Ramalho e Mesquta (2013) nvestgaram as determnantes para o trabalho nfantl no Brasl urbano, utlzando-se de dados em panel com a base de dados das PNADs de 2001 a Conclundo que o trabalho nfantl está sujeto à permanênca ntergeraconal e temporal, e que sofre um grande agravante pelos níves de pobreza, além da nformaldade apresentada nos mercados brasleros. Gonçalves et. al. (2014) avalou as questões relatvas ao trabalho nfantl no nordeste, chamando a atenção para uma redução de 3,5% no trabalho nfantl a níves de Brasl, entre 2002 a No entanto pelo fato de o nordeste não apresentar os mesmos níves é tomado como objeto de estudo. A base de dados são as PNADs de 2002 e 2011, com a estmação do modelo logt multnomal. Observando-se que não correram alterações nos fatores determnantes entre os anos, sendo sexo, a presença materna no lar e o local de morada, apresentam forte nfluenca na decsão trabalho ou estudo. Como foram destacados ao longo desta subseção os autores apontam fatores educaconas e de renda como prncpas varáves determnantes na alocação do tempo da crança. Além, da compreensão de efetva redução do trabalho nfantl, apontada ao longo dos estudos. Cranças do sexo masculno que exercem algum tpo de trabalho, também aparecem como os prncpas resultados obtdos. 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O estudo dos determnantes do trabalho nfantl pressupõe averguar o grau de efeto que as varáves socoeconômcas exercem nfluênca sobre a decsão de trabalhar ou não trabalhar da crança. Isto porque tal decsão não pode ser vsta de forma solada, como uma decsão mplícta da crança, mas como um conjunto de fatores ao longo do seu entorno socal e econômco, e que vem a nfluencar a decsão de trabalhar ou não trabalhar.

10 9 Como forma de averguar o comportamento que as varáves socoeconômcas exercem sobre a decsão de trabalhar, a lteratura recente tem colocado em prátca a estmação de modelos de função de probabldade, também conhecdos como modelos de escolha qualtatva, para avalar e mensurar tas mpactos. Aquno et al (2010), Araujo et al (2010), Caccamal et al (2010), Ferro e Kassouf (2005), Ramalho e Mesquta (2013) empregam a metodologa da função de probabldade na obtenção de respostas ao comportamento das varáves socoeconômcas na nfluênca sobre a decsão de trabalho dos ndvíduos. Desta forma, o emprego deste método se torna referênca metodológca na lteratura recente à análse desta stuação onde se procura defnr o grau explcatvo da decsão de trabalho. Isto se deve ao fato de que tas modelos permtem nferr melhor a tomada de decsão dos agentes na forma da varável dependente quando se deseja explcar o comportamento de uma varável, no caso a varável dependente, que assume valores dscretos ou que assume valores contínuos. Dante do seu emprego dfunddo na academa, e tendo vsto a possbldade de comparar resultados de regões dstntas através de mesmas metodologas, a metodologa de escolha quanttatva fo empregada neste trabalho. 3.1 Modelo Logt Os modelos de escolha qualtatva são aqueles na qual a varável de resposta, varável dependente, assume valores um número de resultados dstntos, sendo chamada de varável dcotômca. Porém, a prncpal característca dos modelos de escolha qualtatva se dá no fato de que eles procuram expressar a varável dependente em termos probablístcos, determnado a probabldade de ocorrênca do resultado que expressa a varável de resposta. Assm, esta categora de modelos é também denomnada de modelos de probabldade. Dentro deste prncpo, as propredades báscas do modelo de escolha qualtatva são determnadas a partr da função de probabldade empregada em sua formulação. Neste momento os modelos se dstnguem em função das funções de probabldade usadas em sua estmação, podendo ser caracterzados como:. Modelos de probabldade lnear;.. Modelos logt; Modelos probt. Desta forma, os modelos ctados apresentam característcas metodológcas bastante semelhantes; sendo em sua essênca, dferencados em relação à adoção da função de dstrbução de probabldade empregada. O modelo de probabldade segue o prncpo da dstrbução de Bernoull, enquanto o modelo logt usa a dstrbução logístca e o modelo probt usa a dstrbução normal (GUJARATI, 2006). Dada as propredades comuns, tas modelos acabam por apresentar resultados semelhantes, dferencado pelo emprego da função de probabldade. Gujarat (2006) afrma que, dentre estes, o modelo logt é preferível dentro do âmbto acadêmco devdo sua smplcdade matemátca, nferndo em hpóteses mas robustas e smplfcadas comparado aos demas. Tal argumento é respaldado pelo mesmo autor, que argumenta que o modelo mas smples é preferível ao modelo mas complexo na tomada de resultados. O modelo logt pressupõe uma relação lnear entre a probabldade de ocorrênca de um dado evento com um determnado número de regressores, que são as varáves explcatvas. Desta forma, Gujarat (2006) afrma que tal efeto pode ser expresso pela relação: z 1 e P = = 1+ e 1+ e Z z (1)

11 10 A equação (1) representa a função de dstrbução logístca, onde Z = β1+ β2x A função representada é a função logístca, neste modelo em que a varável estudada é dcotômca, onde P pode assumr os valores entre 0 e 1 medante conjunto de probabldades, através de um conjunto de varáves observáves Z de forma não lnear. O fato da relação não ser lnear leva a necessdade de torná-la lnear, procedmento que pode ser feto através do emprego do logartmo natural. Então, se P é a probabldade de ocorrênca de um evento, o caso contráro será 1 - P. Assm, a equação (1) assume a nova forma, dada por: 1 1 = (2) + P 1 e Z A equação (2) pode ser reescrta, assumndo a forma da relação exposta na equação (3) a segur: Z P 1+ e = = e Z 1 P 1+ e Z (3) P Na equação (3), denota a razão de chances entre ocorrer o evento 1 P esperado ou sugerdo, assumndo valor gual a 1, em relação a não ocorrênca do evento esperado ou sugerdo, assumndo assm valor gual a zero. Dante desta expressão, e aplcando o logartmo natural em (3), tem-se a equação (4) a segur: L P = ln = Z 1 P (4) Assm, a equação (4) demonstra que o logartmo da razão entre a ocorrênca e não ocorrênca de um evento garante que a relação será lnear também nos parâmetros, onde L é denomnado o logt, e esta categora de modelo conhecda como modelos logt. A estmação do modelo logt consste em obter a probabldade de ocorrênca ou não de um evento a partr da especfcação de determnado conjunto de parâmetros ou varáves. Desta forma, amplando a representação da equação (4) tem-se que: P L = ln = β + β X + u P (5) Na equação (5) tem-se que o conjunto de varáves ndependentes representadas por X explca a varável dependente expressa em termos de probabldade de ocorrênca ou não. Desta forma, a varável depende em termos de probabldade pode assumr valor 1, para sua ocorrênca, e 0, para não ocorrênca (também defndo como caso contráro). Assm tem-se que: L P = 1 = ln, ocorrênca do evento (6) 1 P= 0

12 11 L P = 0 = ln, não ocorrênca do evento (caso contráro) (7) 1 P= 1 A partr do modelo exposto pode-se nferr que a varável dependente será colocada em termos de logartmo da probabldade de sua ocorrênca em relação a um conjunto de varáves ndependentes. Desta forma, dadas as relações apresentadas, a função estudada assumra a segunte forma: Onde: = (8) Y = 1, para crança (5 a 16 anos) que trabalha; 0, para crança (5 a 16 anos) que não trabalha. X = Vetor das característcas das cranças entre 5 a 16 anos Z = Vetor das característcas da famíla W = Vetor das característcas do chefe da famíla V = Vetor das característcas do domclo A varável Y representa a probabldade de ocorrênca do evento analsado, ou seja, a crança trabalhar ou não trabalhar. Cada vetor de característcas fo formado a partr de um conjunto de varáves dependentes em comum, que procurou representar as propredades de cada conjunto de dados. Desta forma tem-se a desagregação dos vetores nas varáves conforme exposto na tabela 1 a segur. Característcas da crança Característcas da famíla Característcas do chefe de famíla Característcas do domclo Y X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10 X11 X12 Fonte: Elaboração Própra. Tabela 1: Descrção das varáves. Trabalho da crança nos últmos 365 das. Assume 1 se a crança trabalha, se 0 caso contraro. Idade da crança, medda em anos. Dummy para gênero da crança. Assume valor 1 se for do gênero masculno, e, 0 caso contraro. Dummy para raça da crança. Assume valor 1 se for da raça branca, e 0 caso contráro. Dummy para frequênca escolar. Assume valor 1 para crança que frequenta a escola, e, 0 caso contráro. Dummy para stuação da crança na famíla. Assume valor 1 para flho, 0 caso contráro. Renda Domclar per capta, expressa em reas. Escolardade da mãe, expressa em anos de estudo. Número de Componentes da famíla, expressa em quantdade de moradores. Dummy para gênero do chefe da famíla. Assume valor 1 se o gênero do chefe da famíla for masculno, 0 caso contráro. Dummy para zona de resdênca. Assume valor 1 se a crança resdr em zona urbana, 0 caso contráro. Dummy para regão de resdênca. Assume valor 1 para Regão Metropoltana, e 0 caso contráro. Dummy para stuação de morada. Assume valor 1 se a crança resde em casa própra, 0 caso contráro.

13 12 As varáves apresentadas vsam captar os prncpas efetos que condconam a decsão das cranças de 5 a 16 anos de ngressarem no mercado de trabalho. Essas varáves são as prncpas apontadas na lteratura. Como varável dependente Y, referente ao trabalho de cranças nos últmos 365 das, sendo 1 para cranças ocupadas e 0 para cranças que não trabalham. A varável contnua X1 vsa medr se há nfluênca da dade em anos na decsão da crança trabalhar. A varável bnára X2 vsa medr a nfluênca do gênero na tomada de decsão. Foram adotadas quatro varáves contnuas, e sete varáves bnaras, para a composção do modelo. Vsando abranger característcas do ndvduo (crança), da famíla, do chefe da famíla, e do domclo. O método empregado consste na estmação de uma regressão cross-secton, haja vsta que será analsado um conjunto de dados pra um únco ano, no caso Dados Os dados a serem empregados neste trabalho serão provenentes da Pesqusa Naconal por Amostra de Domcílos (PNAD) realzada pelo Insttuto Braslero de Geografa e Estatístca (IBGE) do ano de Essas pesqusas ncluem nformações sobre a partcpação de cranças no mercado de trabalho a partr dos 5 anos de dade, além de dados sobre as característcas do domcílo, escolardade dos ndvíduos, sexo, dade, saláros, número de horas trabalhadas, renda não salaral, etc.. A PNAD é realzada através de uma amostra probablístca de domcílos obtda em três estágos de seleção: undades prmáras (muncípos), undades secundáras (setores censtáros), e undades tercáras (domcílos). As pesqusas domclares ncaram-se em 1967 no Brasl. São fontes rcas de dados sobre os padrões socal e econômco dos ndvíduos e permtem o estudo do desenvolvmento socoeconômco do país. Investgam regularmente as característcas da população, educação, trabalho, rendmento e habtação. Esporadcamente, outras característcas socoeconômcas são nvestgadas, tas como a mgração, fertldade, nupcaldade, saúde, nutrção, etc. No caso do trabalho a PNAD permtra obter as varáves explanatóras ctadas anterormente, como forma de avalar a probabldade de frequênca escolar. A PNAD, embora forneça um leque consderável de nformações socoeconômcas das pessoas entrevstadas e guarde maor perodcdade em relação aos Censos Demográfcos, não acompanha os mesmos ao longo de tempo. Também não oferece nformações desagregadas a partr de muncípos e/ou mcrorregões. Os dados se lmtam às undades federatvas e aos meos rural e urbano do Brasl. A amostra é composta por cranças de 5 a 16 anos, este ntervalo fo adotado por ser consderado trabalho nfantl nesta faxa etára conforme Consttução Federal de A estmação dos coefcentes deu-se por OddsRato, que representa a probabldade de sucesso de um acontecmento, em detrmento de outro. OddsRato ou razão de probabldades ndca a comparação entre um acontecmento e outro, os demas permanecendo constantes ANÁLISE DOS RESULTADOS Neste captulo apresentam-se os prncpas resultados obtdos na estmação da regressão logístca. Os valores da regressão são apresentados na Tabela 2. O modelo apresenta elevado nível de sgnfcânca em que apenas, quatro varáves não foram sgnfcatvas, que são: Raça, Renda domclar per capta, Gênero do chefe da famíla, e a 3 Baseado na apostla de Regressão Logístca, dsponível em:

14 13 stuação do ndvduo no ceo famlar como flho. Ao apresentarem o valor de p > t superor a 0,10, sto sgnfca que, valores nferores a sso o desvo é decorrente da varável explcatva adotada no modelo, em valores superores o desvo ocorre pelo acaso, não sendo atrbuído a varável acrescentada no modelo. Não exercendo nenhuma nfluênca, conforme modelo estmado, na decsão da crança de 5 a 16 anos exercer algum tpo de trabalho. É mportante destacar que esperava-se que a varável Renda domclar per capta apresentasse sgnfcânca, dado que, sto é um ponto tdo como consenso na lteratura estudada. Porém, a melhora ao acesso de recursos que vem sendo expermentada pelos pernambucanos, com a amplação das fontes de rendmento do estado, pode estar ocasonando essa não sgnfcânca da varável, trazendo o fator cultural como maor determnante, como a captação da renda pelo núcleo famlar como um todo. A não representatvdade da varável raça pode ser atrbuída a fatores de nclusão realzados ao longo dos anos através de polítcas públcas de nsentvo para negros e ndgenas, como também, para mulheres, dado que o genêro do chefe da famíla não apresentou sgnfcânca. O cálculo da medda de ajustamento ndcou que 96,75% das ocorrêncas são explcadas pelo modelo, para observações em um unverso de populaconal de Tabela 2: Determnantes do Trabalho Infantl entre cranças de 5 a 16 anos Pernambuco Varáves OddsRato Erro padrão lnearzado Idade 1,626* 0,124 Gênero 2,614* 0,608 Raça 1,133NS 0,264 Estudante 0,260* 0,092 Flho 0,973NS 0,268 Renda Domclar per capta 1NS 0,000 Escolardade da mãe 0,895* 0,034 N componentes da famíla 1,139** 0,074 Gênero chefe da famíla 1,071NS 0,276 Zona urbana 0,387* 0,117 Regão metropoltana 0,466* 0,115 Casa própra 0,604*** 0,183 Intercepto 0,000* 0,001 Fonte: Elaboração própra com dados da PNAD Nota: NS - Não sgnfcatvo. * Sgnfcatvo a 1%. ** Sgnfcatvo a 5%. *** Sgnfcatvo a 10% As demas varáves foram sgnfcatvas, exercendo assm, nfluênca na tomada de decsão sendo que, dade, gênero e número de componentes da famíla apresentaram uma assocação postva, ou seja, essas varáves aumentam a probabldade da crança trabalhar. Enquanto que, estudante, escolardade da mãe, Zona urbana, Regão metropoltana e casa própra possuem uma assocação negatva, ou seja, reduzem a probabldade da crança estar empregada.

15 14 Cranças do gênero masculno apresentaram 2,6 vezes mas chances de estarem no mercado de trabalho, ou seja, 160% mas chances de estarem trabalhando. Corroborando com resultados obtdos por Barros et. al. (2001b) em que para a faxa etára de 5 a 9 anos o percentual de mennas que trabalha é entorno 0,6%, enquanto o de mennos é de 1,2%, sendo pratcamente o dobro, a mesma varação repete-se para a faxa etára 10 a 14 anos, onde 10% dos mennos trabalham, ante 5% das mennas. Este ncentvo ocorre geralmente por parte da própra famíla, enquanto as mennas tendem a ocupar-se ajudando a mãe apenas nas tarefas doméstcas, os mennos apresentam fatores físcos que possbltam ngresso em dversas formas de trabalho, e são mpulsonados pela dea cultural do homem enquanto provedor de fazê-lo. Este deáro tende a ser dfunddo prncpalmente em regões onde há menor dfusão do conhecmento. Na regão nordeste a dea do homem provedor, que busca o sustento desde muto cedo, é bastante soldfcada, prncpalmente no nteror. Onde a fgura masculna é sempre assocada à chefa do lar e ao seu sustento. Outro fator mportante a ser destacado é a nfluênca da escolardade da mãe, em que o aumento de um ano de escolardade reduz em 10% a probabldade de a crança ser nserda no mercado de trabalho. Resultados semelhantes foram obtdos por Kassouf (2000), Aquno et. al. (2010) e Gonçalves et. al. (2014). Mães com maor nível de escolardade apresentam a tendênca de compreender os rscos e problemas que o trabalho precoce pode representar no desenvolvmento cogntvo do ndvduo. Além do que, a escolardade sempre é apontada na lteratura como essencal ao desenvolvmento, famílas em que a mãe teve acesso a níves elevados de educação apresentam maor desenvolvmento, permtndo assm, que nvsta-se em outros fatores que venham amplar esse desenvolvmento, e não apenas na redstrbução de renda, essa redstrbução deve vr acompanhada de soluções e meos que permtam a população um maor acesso ao conhecmento. A Tabela 3 apresenta os efetos margnas, que são necessáros como medda de avalação dos parâmetros, já que permtem uma análse untára mas detalhada, vale-se ressaltar que os efetos margnas são estmados através de valores médos de X, dentfcando mudanças nas probabldades ocasonadas por mudanças nas varáves X. Tabela 3: Efetos Margnas. Varável dy/dx Erro padrão Idade 0,004 0 Gênero* 0,009 0,003 Raça* 0,001 0,002 Estudante* -0,025 0,012 Flho* 0 0,003 Renda domclar per capta 0 0 Escolardade da mãe -0,001 0 N de componentes da famíla 0,001 0 Gênero chefe da famíla* 0,001 0,002 Zona Urbana* -0,012 0,004 Regão Metropoltana* -0,007 0,003 Casa própra* -0,005 0,003 Fonte: Elaboração Própra com base nos resultados da regressão e PNAD 2014.

16 15 Em méda cranças que a mãe apresenta um maor nível de escolardade, que resdem em zona urbana, na regão metropoltana e possuem domclo própro apresentam menores chances de estarem nserdas no mercado de trabalho. Esses resultados são muto mportantes para a avalação real dos condconantes ao trabalho nfantl, dado que, famílas que se apresentaram melhor estruturadas em relação a fatores como morada, ao ter domclo própro, reduzem a chance da crança está trabalhando no ano de Assm, uma assocação negatva, ou seja, o aumento de 1 ano na escolardade da mãe, tende a reduzr em méda 0,01% a probabldade da crança está trabalhando no ano de análse. Chama atenção em relação à análse do efeto margnal o fator escolardade, enquanto que a escolardade da mãe reduz em méda a probabldade da crança estar exercendo alguma atvdade laboral, cranças que estão na escola (dentfcadas pela varável estudante), apresentam em méda 2,5% a menos de chances de estarem trabalhando do que cranças que não estudam. Isso corrobora dretamente com o que vem sendo levantado como consenso na lteratura, de que, apenas nvestmentos reas e sóldos em educação podem melhorar a qualdade de vda, e alavancar o desenvolvmento de um muncípo, estado ou país. Enquanto que, cranças do gênero masculno apresentam em méda 0,9% a mas de chances de estarem empregadas, do que cranças do gênero femnno. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A avalação de fenômenos recorrentes a pobreza e a desgualdade de renda tem se tornado extremamente necessáros para a construção de polítcas públcas em efetvdade. Ao longo da composção desta pesqusa dversos fatores foram estudados podendo, assm, acrescentar o debate a cerca dos prncpas condconantes do trabalho nfantl no estado de Pernambuco, conforme apontam estudos apontam elementos como renda, educação e morada como crucas a neste processo decsóro. Em 1996, Pernambuco apareca no cenáro naconal, como um estado com rsco mnente para as cranças que nele resdam. A dea ncal de combate vem com o processo de dstrbução de renda, processo realzado ncalmente no estado, como apontado pela lteratura estudada durante a composção da pesqusa. Dversos fatores sofreram mudanças ao longo dos anos, uma redução na desgualdade e uma maor amplação dos rendmentos, são algumas dessas. Assm, avalar a desgualdade além do recebmento do elemento renda torna-se crucal no processo de compreensão destes fenômenos, mplcando na mportânca de estudos lgados aos determnantes do trabalho sob condções especas; como no caso do trabalho nfantl; dado que ações vêm sendo expermentadas ao longo das décadas de 1990 e 2000 no combate da pobreza, mséra e desgualdade de renda. Para a composção deste estudo adotou-se o ferramental econométrco logt vsando medr a probabldade de nfluênca das varáves apontadas na lteratura como nfluentes a tomada de decsão de alocação do tempo das cranças. Como prncpas resultados observou-se que cranças que estudam apresentam 74% a menos de chance de estarem trabalhando, do que cranças que não estudam outro fato mportante a ser destacado, encontra-se, no fato, de flhos de mães com maores níves

17 16 educaconas (em anos) apresentarem menor probabldade de um ngresso precoce ao mercado de trabalho. Dversos trabalhos na lteratura têm apontado para a nfluênca postva da educação, tanto para o desenvolvmento do ndvduo, como para um rompmento com um cclo pré-estabelecdo. As varáves contnuas dade e número de componentes da famíla exercem uma nfluênca negatva na decsão, ou seja, aumentam a probabldade da crança trabalhar, corroborando com a lteratura utlzada neste estudo. Onde, cranças mas velhas apresentam maores probabldades de estarem nserdas no mercado. Além, de um maor contngente famlar, denotar de mas recursos para sua sobrevvênca. Apenas a varável bnára gênero, que vsou medr, nfluênca de gênero na tomada de decsão apresentou uma assocação postva, ou seja, mennos tendem a apresentarem maores probabldades de estarem realzando alguma atvdade laboral. Deste modo, ações concentradas em amplar os níves educaconas, que venham a realzar capactação de ndvíduos, apresentam chances reas de contrbuírem para uma mudança real na composção do trabalho nfantl no estado de Pernambuco. Além, do entendmento, que programas que contrbuem para a manutenção de cranças na escola, possbltam outra frente de combate, já que cranças na escola apresentam menores chances de estarem trabalhando. A amplação do debate e a construção de uma conscênca, referente aos rscos apresentados pelo trabalho ao desenvolvmento da crança, apresentam-se como mprescndíves para uma elmnação de fato desta trste realdade. A mudança do deáro cultural de que apenas o estudo contrbu para a vagabundagem é extremamente urgente. Uma apresentação real a população dos rscos e consequêncas, além da dvulgação a cerca do entendmento dos benefícos da educação na vda do ndvduo e dos malefícos provocados pelo trabalho nfantl, não apenas para os rendmentos como alguns estudos utlzados por essa pesqusa apontaram, mas prncpalmente, pelo desgaste gerado que poderá prvá-las de acesso a outra realdade. Estudos que comparem os dos prncpas estados apontados no nordeste como bolsões do trabalho nfantl, Pernambuco e Baha, são crucas para determnações regonas e para o estabelecmento de metas públcas de erradcação. REFERÊNCIAS AGUIAR, Wanderlede Berto; FERREIRA, Mara da Luz Alves; IDE, Mara Helena Souza; SILVEIRA, Ludana Martns; SILVA, Quete Marrone Soares da; ARAÚJO, Ana Fláva Rocha de; PIMENTA Weslley Rbero Carvalho. Desgualdade e Dstrbução de Renda no Brasl. Anas...8 Fórum Ensno, Pesqusa, Extensão e Gestão (FEPEG). Montes Claros/MG, AQUINO, Julana Mara; FERNANDES, Mauríco Machado; PAZELLO, Elane Toldo; SCORZAFAVE, Luz Gulherme. Trabalho nfantl: Persstênca ntergeraconal e decomposção da ncdênca entre 1992 e 2004 no Brasl rural e urbano. Economa Contemporânea, v.14, n. 1, Ro de Janero, ARAUJO, Aracy Alves; LIMA, João Eustáquo; LIMA, João Rcardo Ferrera; GOMES, Maríla Fernandes Macel. Trabalho nfantl no Brasl: prncpas determnantes. Revsta Ensaos FEE, v. 31, n. 2, Porto Alegre, 2010.

18 17 BARROS, Rcardo Paes de; MENDONÇA, Rosane. Os determnantes da desgualdade no Brasl. Texto para dscursão número 377. IPEA, Ro de Janero, BARROS, Rcardo Paes de; HENRIQUES, Rcardo; MENDONÇA, Rosane. A establdade nacetável: desgualdade e pobreza no Brasl. Texto para dscursão número 800. IPEA, Ro de Janero, 2001a. BARROS, Rcardo Paes de; MENDONÇA, Rosane; DELIBERALLI, Prscla Perera; BAHIA, Monca. O trabalho doméstco nfanto-juvenl no Brasl. Mercado de Trabalho: conjuntura e análse, n. 17, Novembro, 2001b. BRASIL. Consttução (1988). Consttução da Repúblca Federatva do Brasl. Brasíla, DF: Senado, CACCIAMALI, Mara Crstna; TÁTEI, Fábo. Trabalho nfantl e status ocupaconal dos pas. Revsta Economa Polítca, v. 28, n. 2. São Paulo, CACCIAMALI, Mara Crstna; TÁTEI, Fábo; BATISTA, Natála Ferrera. Impactos do programa bolsa famíla federal sobre o trabalho nfantl e a frequênca escolar. Revsta Economa Contemporânea, v. 14, n. 2, Ro de Janero, CALDAS, Renata de Melo; SAMPAIO, Yony de Sá Barreto. Pobreza no Nordeste Braslero: uma análse multdmensonal. Revsta Economa Contemporânea, v. 19, n. 1, Ro de Janero, CAMPOS, Herculano Rcardo; ALVARENGA, Alex Renecke. Trabalho nfantl e deologa: contrbução ao estudo da crença ndscrmnada na dgndade do trabalho. Revsta Estudos de Pscologa, v. 6, n. 2, Natal, CARVALHO, Inaá Mara Morera de. Algumas lções do programa de erradcação do trabalho nfantl. Revsta São Paulo em Perspectva, v. 18, n.4, São Paulo, CARVALHO, Inaá Mara Morera de. O trabalho nfantl no Brasl contemporâneo. Caderno CRH, Salvador, v. 21, n. 54, p , Set./Dez FACCHINE, Luz Augusto; FASSA, Anaclauda Gastal; DALL AGNOL, Marnel; MAIA, Mara de Fátma Santos. Trabalho nfantl em Pelotas: perfl ocupaconal e contrbução à economa. Cênca e Saúde Coletva, v. 8, n. 4, Ro de Janero FERRO, Andrea Rodrgues; KASSOUF, Ana Lúca. Efetos do aumento da dade mínma legal no trabalho dos brasleros de 14 e 15 anos. RER, v. 43, n. 2, Ro de Janero. abrl/junho de GONÇALVES, Helen et. al. Perfl de trabalho urbano de adolescentes de anos: um estudo populaconal no Sul do Brasl. Cênca e Saúde Coletva, v. 8, n. 4, Ro de Janero GONÇALVES, Marcos Falcão; NEVES, Mateus Carvalho Res; LIMA, João Eustáquo. Determnantes da decsão entre trabalhar e estudar para cranças e adolescentes da regão Nordeste do Brasl: 2002 e Anas, X Encontro de Economa Baana, Salvador, 2014.

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