DESEMPENHO COMERCIAL DAS EMPRESAS ESTRANGEIRAS NO BRASIL NA DÉCADA DE 90: UMA ANÁLISE DE DADOS EM PAINEL.

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1 DESEMPENHO COMERCIAL DAS EMPRESAS ESTRANGEIRAS NO BRASIL NA DÉCADA DE 90: UMA ANÁLISE DE DADOS EM PAINEL. 1 APRESENTAÇÃO Nos anos 90, o país assstu a vultosas entradas de capal estrangero tanto de curto prazo quanto como nvestmentos dretos. Entretanto, é somente na segunda metade da década que o volume de nvestmentos dretos supera o volume de entrada de capas de curto prazo. A maor parte desses nvestmentos fo dreconada para o setor de servços e, em grande medda, utlzado nas prvatzações. Esse novo perfl do nvestmento dreto externo nos últmos anos contrasta com aquele observado nos períodos anterores da hstóra braslera, nos quas o IDE concentrava-se na ndústra e era, em sua maor parte, responsável por nvestmentos novos e não pela compra de atvos já exstentes. As transformações ocorrdas na condução da polítca econômca do país durante a década seguem a tendênca observada nternaconalmente de lberalzação comercal e fnancera, por meo de um conjunto de mudanças nstuconas e comercas. A abertura comercal empreendda durante a década elmnou uma ampla gama de barreras não tarfáras às mportações e reduzu as tarfas de uma méda superor a 32%, no níco de 1990, para aproxmadamente 13% em Este fato amplou o coefcente de mportação da economa em pratcamente todos os setores e contrbuu para a reconfguração da ndústra naconal na década de 90. Requsos de moderndade e competvdade eram usados pelos formuladores da polítca econômca como justfcatvas para a adoção de uma postura mas lberal. A abertura da economa estmulara o aumento da efcênca das frmas naconas, devdo à necessdade de sobrevvênca em um mercado mas competvo. Esperava-se, assm, que a abertura promovesse ganhos de competvdade que seram refletdos no desempenho comercal do Brasl. Os números ndcaram, entretanto, o modesto crescmento das exportações brasleras, quando confrontadas com a necessdade de crescmento do país e com o grande volume de mportações realzado a partr da abertura. Assm como a abertura comercal, o aumento do nvestmento dreto externo no país era vsto como um elemento favorável para a nserção externa e para o crescmento da economa. Por um lado, os nvestmentos dretos possblaram uma fonte de fnancamento de longo prazo para os desequlíbros no balanço de pagamentos e, por outro, contrburam para o desempenho exportador do país, em vrtude da sua maor competvdade e do seu acesso prvlegado a tecnologa e a canas de comercalzação. É nesse contexto de modfcação na nserção externa braslera nos anos 90 que se coloca a questão da efetva contrbução que as empresas estrangeras tveram ou poderam ter na balança comercal do país. Dadas as modfcações pelas quas passou a economa braslera nos últmos anos e a crescente mportânca do capal externo em uma estrutura produtva que já era bastante nternaconalzada, este debate torna-se anda mas fundamental. Nesse sentdo, conhecer de que forma e até que ponto o comportamento comercal das empresas estrangeras se dferenca das naconas pode ser um elemento mportante para a defnção de polítcas públcas que objetvem a melhora do desempenho comercal braslero nos próxmos anos. Sendo assm, este estudo procura avalar a mportânca da orgem de capal da frma se estrangera ou naconal no seu desempenho comercal. O estudo se concentra nas empresas ndustras brasleras, no período de 1996 a Para essa avalação faz-se necessáro controlar outros fatores que poderam nfluencar o comérco exteror das frmas ndvduas, tas como produtvdade, tecnologa, escala e dferencação de produto. 1

2 A próxma seção traz uma breve revsão do debate recente sobre os mpactos da atuação de empresas estrangeras no desempenho comercal braslero. A segur, são apresentadas a metodologa e as técncas econométrcas empregadas na elaboração do trabalho. A quarta seção mostra alguns ndcadores sobre os fluxos de comérco das empresas naconas e estrangeras e reproduz os resultados obtdos nos exercícos econométrcos. Por fm, encontram-se as consderações e conclusões que podem ser extraídas do debate e dos exercícos quantatvos. 2 EMPRESAS TRANSNACIONAIS E COMÉRCIO NO BRASIL: O DEBATE DOS ANOS 90. A crescente nternaconalzação da economa braslera e a fragldade de seu balanço de transações correntes no últmo período, evdencada pelas dfculdades em compatblzar crescmento econômco sustentado e balança comercal equlbrada, reacenderam o debate acerca da possível contrbução das empresas estrangeras para o desempenho comercal do país. Partcularmente a mudança em dreção a uma maor abertura da economa parece ter levado alguns analstas a acredarem que o papel dessas empresas no comérco exteror braslero ra se tornar mas sgnfcatvo e benéfco para o país. Nesse contexto, exstem fatores recorrentemente cados como explcação do desempenho comercal dferencado das empresas estrangeras em relação às naconas. Em prmero lugar estão os fatores dretamente relaconados à atuação multnaconal dessas empresas, tas como o acesso a mercados e canas de comercalzação por meo das flas localzadas em outros países. Em segundo lugar, fatores como produtvdade, tamanho e tecnologa tendem a ser cados como vantagens competvas potencas das empresas estrangeras em relação às naconas. Por fm, a concentração das empresas estrangeras em setores mas avançados tecnologcamente e/ou com graus de nserção comercal sgnfcatvamente dferentes do restante da economa também é um fator constantemente lembrado nas explcações do desempenho comercal dferencado das empresas estrangeras. Alguns autores argumentavam que os nvestmentos estrangeros na década de 90, além de constuírem uma fonte adconal de fnancamento do balanço de pagamentos através da conta de capal, contrburam também para a melhora do desempenho comercal do país. Atrbuía-se essa expectatva ao fato de que as empresas estrangeras teram acesso a canas de comercalzação e a mercados anda não explorados pela economa braslera, e também à maor competvdade das estrangeras vs a vs as empresas locas. Esta pareca ser a expectatva de Frsch e Franco (1989) quando ressaltam o papel dos nvestmentos dretos e das EMN s para a redução da restrção externa. Por um lado, por meo do aporte dreto de capal e, ndretamente, pela contrbução das empresas estrangeras ao crescmento do saldo comercal. Segundo eles as EMN s ou suas assocações com empresas naconas que garantam a transferênca dos atvos ntangíves relevantes podem dar uma dupla contrbução ao crescmento das exportações em termos de acesso tanto à tecnologa quanto a mercados (Frsch e Franco, 1989:21). Durante os anos 90 város estudos foram realzados no sentdo de dentfcar os mpactos das empresas estrangeras no comérco exteror braslero. As expectatvas ncas a respeo da mportânca das EMN s no comérco foram sendo, em alguns aspectos, revstas a partr das evdêncas empírcas. Uma dessas evdêncas, de grande relevânca para o desempenho comercal do país, é a concentração dos nvestmentos dretos em segmentos orentados, especalmente, para o mercado nterno e/ou regonal, ou seja, os nvestmentos estrangeros na década foram essencalmente market seekng. Nesse sentdo, Laplane e Sart (1997, 1999) argumentam que a concentração do IDE na produção de bens ntermedáros e de consumo para o mercado nterno, alado à uma forte propensão a mportar produtos ntermedáros e bens de capal são um ndíco de que o 2

3 nvestmento estrangero não altera sgnfcatvamente a pauta exportadora braslera. Outro argumento levantado pelos autores que coloca em dúvda a contrbução das empresas estrangeras ao desempenho comercal do país dz respeo orentação dos nvestmentos recentes para o setor de servços, que passou a concentrar a maor parte do capal estrangero na economa. Os autores que vam na nova onda de nvestmentos estrangeros uma possbldade concreta de aumento da competvdade nternaconal do país concentraram seus argumentos, ora na transoredade do vés mportador dos novos nvestmentos, ora nos seus mpactos sobre a produtvdade da ndústra. Barros e Goldensten (1997), por exemplo, vêem com otmsmo o cclo recente de nvestmentos estrangeros argumentando que as mudanças estruturas que estavam acontecendo no momento ram alterar as tendêncas da ndústra braslera no futuro. Para eles, a pressão negatva dos nvestmentos estrangeros sobre a balança comercal cessara no momento da maturação desses nvestmentos, ao reduzrem-se as mportações de bens de capal. Além dsso, o crescmento do mercado nterno propcado pela establzação estara proporconando um aumento das escalas de operação das ndústras naconas, o que ncentvara novos nvestmentos para produção de componentes, até então mportados. Quantos aos mpactos das multnaconas sobre a produtvdade da ndústra braslera, Bonell (1998) argumenta que os nvestmentos estrangeros, alados com a abertura da economa, tveram um mpacto mportante no substancal crescmento dos ndcadores de produtvdade observados durante os anos 90. De fato, parece que as empresas estrangeras, bem como as naconas, tveram que fazer um grande esforço para se ajustar à nova suação de concorrênca com os produtos mportados. Esse processo de ajustamento contrbuu sgnfcatvamente para o aumento dos índces de produtvdade, salentado por város autores durante a década. Entretanto, Belschowsky (1994), a partr de entrevstas com 55 grandes empresas estrangeras, dentfca dos movmentos no processo de ajustamento dessas empresas: a concentração em atvdades centras e a busca por maor efcênca produtva. Este duplo movmento resultou em um ajustamento baseado, preponderantemente, na redução de pessoal e no aumento das compras de produtos ntermedáros, tanto nterna quanto externamente. Essa constatação aponta para um aumento do coefcente de mportação das empresas estrangeras a partr da abertura, o que podera sgnfcar uma restrção mportante para o desempenho comercal braslero durante a década. Autores como Morera (1999), entretanto, defendem que o cclo recente de nvestmentos estrangeros trara uma relação custo-benefíco mas vantajosa para o país devdo, prncpalmente, ao rompmento do vés ant-exportador do antgo regme de substução de mportações. A partr da análse de dados sobre produtvdade, concentração e comérco exteror de uma amostra de cerca de 20 ml frmas naconas e estrangeras, o autor conclu que, em vrtude das transformações ocorrdas na economa braslera nesta década, o atual cclo de nvestmentos estrangeros assume uma característca radcalmente dstnta dos cclos anterores (anos 60 e70). Em relação ao comérco externo, o autor rebate as análses que verfcam a exstênca de um vés pró-mportação dos nvestmentos estrangeros. Sua argumentação va no sentdo de que as empresas estrangeras também poderam atuar no sentdo nverso em vrtude do acesso a redes de dstrbução, capal e tecnologa, além das externaldades posvas geradas pela presença dessas empresas. Além dsso, Morera procura salentar que a maor propensão à mportar dessas empresas pode estar relaconada com os setores nos quas atuam, mas ntensvos em capal e tecnologa. A partr de exercícos econométrcos, o autor constata que para um dado setor e para um dado tamanho de frma, as exportações das empresas estrangeras são, em méda, 179% superores às naconas, enquanto no caso das mportações essa superordade chega a 316% (Morera, 1999:28). Em outro estudo, Morera (2000) demonstra que as empresas estrangeras têm uma probabldade maor a exportar e, além dsso, o valor esperado de suas exportações é 32% maor do 3

4 que o valor esperado das exportações das empresas naconas. Neste estudo, o autor não aborda as dferenças exstentes entre os dos grupos de frmas em termos de mportações. Outras varáves como recea total, ntensdade de capal e de mão-de-obra, saláro médo e qualfcação do trabalhador, concentração e utlzação da capacdade dos setores nos quas as empresas atuam também foram ncluídas no modelo estmado. Outro exercíco no sentdo de dentfcar as dferenças no comportamento comercal de empresas naconas e estrangeras fo elaborado em Chudnovsky et all (2002), a partr de nformações sobre as 500 maores empresas brasleras. Neste estudo, os autores observam um aumento do coefcente de mportação das empresas estrangeras no Brasl no período e uma pequena redução nos seus coefcentes de exportação nesse mesmo período. A partr de um teste de dferenças de médas no qual foram controlados o setor e o tamanho da frma, os autores dentfcam que não exstam dferenças sgnfcatvas nos coefcentes de comérco entre empresas estrangeras e naconas em Em 1997 e 2000, entretanto, embora as dferenças não se mostrassem sgnfcatvas para os coefcentes de exportação, eram sgnfcatvas para os coefcentes de mportação. Novamente, estas evdêncas contradzem as expectatvas ncas dos autores favoráves à maor nternaconalzação da economa braslera. Para Laplane et all (2000), estas expectatvas eram baseadas em hpóteses muo genércas a respeo da atuação das empresas transnaconas e desconsderavam as especfcdades da atuação das flas no Brasl. Mesmo entre as flas que estão no país, não exste homogenedade quanto aos seus modos de nserção nternaconal. Nesse sentdo, Hratuka (2002) procura elaborar uma tpologa das empresas estrangeras no país por meo de suas dferentes estratégas de nserção externa. O autor constata que apenas um tpo de estratéga, denomnada de ntegração global e claramente mnorára entre as flas brasleras, tem contrbuído para a melhora quantatva e qualatva da balança comercal braslera. Para ele, a abertura e a establzação não foram sufcentes para que a orentação ao comérco exteror das flas brasleras segusse de manera unforme na dreção esperada por aqueles que defendam o papel preponderante dessas empresas no processo de redução da vulnerabldade externa da economa braslera. A despeo dessas controvérsas, parece ser fato, apontado pela leratura e comprovado emprcamente para o Brasl, que as empresas estrangeras tem uma maor propensão a se engajar em atvdades de comérco do que as naconas. A esse respeo, Arbache e De Negr (2001) mostram que o fato de a empresa ser estrangera aumenta em 700% sua probabldade de exportar em comparação com a empresa naconal. Para chegar a essa conclusão, os autores controlam fatores como tamanho, escolardade e tempo de emprego dos trabalhadores na frma e setor de atuação. O debate anteror aponta alguns elementos mportantes para o aprofundamento da questão que este trabalho se propõe a dscutr, qual seja, a nfluênca da orgem de capal sobre o desempenho comercal das empresas em operação no país durante a últma década. O prmero elemento mportante dz respeo ao fato de que as empresas estrangeras parecem ser, de fato, mas orentadas ao comérco do que as empresas naconas como, alás, demonstra a leratura sobre o tema. Entretanto, parece exstr uma assmetra na dferença exstente entre estrangeras e naconas pelo lado das mportações e das exportações. Város estudos apontam para uma dferença maor nos coefcentes de mportação entre os dos grupos de empresas do que nos coefcentes de exportação, ambas dferenças a favor das empresas estrangeras. No caso específco da comparação entre as 500 maores empresas, a dferença nos coefcentes de exportação nem chega a ser estatstcamente sgnfcatva. A maor parte dos trabalhos, quando procura avalar a nfluênca da orgem de capal sobre o desempenho comercal das frmas, leva em consderação fatores como tamanho e setor de atuação. Entre os estudos relatados, apenas aqueles que procuram captar a nfluênca dessa varável sobre a probabldade da frma exportar controlam outros fatores que não tamanho e setor. 4

5 Esse fato nos sugere uma rota de aprofundamento da questão. Dado que e este é um ponto freqüentemente abordado no debate as empresas estrangeras possuem dferenças mportantes em relação às empresas naconas, dferenças essas que podem nfluencar o seu desempenho comercal, é mportante levá-las em consderação na análse dos fluxos de comérco dessas empresas. Os fatores cados na leratura que justfcam a maor presença no comérco exteror das empresas estrangeras estão relaconados, por um lado, às lgações nternaconas desfrutadas pelas empresas transnaconas, dervadas da sua própra multnaconaldade. Por outro lado, o debate braslero recente aponta a exstênca de dferenças de produtvdade, tecnologa e tamanho entre as empresas naconas e estrangeras. Todos estes fatores são elementos mportantes na determnação da competvdade nternaconal das frmas. Além dsso, a nserção setoral dferencada das empresas estrangeras também já fo cada como um fator relevante na determnação dos fluxos de comérco destas frmas. Assm, solar esses efeos daqueles decorrentes uncamente da orgem de capal pode acrescentar uma mportante contrbução ao debate, especalmente no que dz respeo à evolução da balança comercal braslera, dada a expressva nternaconalzação de sua economa. 3 METODOLOGIA. 3.1 Caracterzação das nformações As nformações relevantes para uma análse do desempenho comercal das empresas estrangeras, vs a vs as empresas doméstcas foram obtdas através dos mcro-dados de dversas nstuções 1, o que possblou a análse de um grande número de varáves relatvas ao comportamento das frmas ndustras brasleras. Utlzaram-se nformações provenentes do Censo de Capas Estrangeros do BACEN, de 1995 e de 2000; da Pesqusa Industral Anual (PIA) do IBGE; da Secretara de Comérco Exteror (SECEX); da Relação Anual de Informações Socas (RAIS), do Mnstéro do Trabalho e da Pesqusa Naconal por Amostra de Domcílos (PNAD), também do IBGE. A sére da PIA utlzada va de 1996 a 2000, ou seja, refere-se à nova metodologa da pesqusa adotada a partr de 96. A PIA forneceu nformações sobre as seguntes característcas das empresas: pessoal ocupado médo no ano, valor da transformação ndustral, setor da atvdade prncpal da empresa, compras de bens ntermedáros e procedênca (estrangera ou naconal), além de gastos em propaganda. À base de dados da PIA foram adconadas varáves de outras bases, como escolardade dos trabalhadores, provenente da RAIS e da PNAD 2 ; tempo de emprego do trabalhador na frma, provenente da RAIS e exportações e mportações por empresa, da SECEX. Os mcro-dados sobre operações de exportação e mportação da SECEX, em dólares, foram agrupados por empresa 3. 1 Regstre-se os agradecmentos ao IPEA, ao IBGE, à SECEX, ao BACEN e Mnstéro do Trabalho pelo acesso às nformações que possblaram a execução deste trabalho. 2 A escolardade, na base da RAIS, é defnda como uma varável categórca que nforma o estágo do ensno regular em que o trabalhador se encontra e se este estágo fo concluído ou não. A transformação dessa varável para uma outra que represente o tempo médo de estudo do trabalhador fo fea a partr dos dados da PNAD, de onde retrou-se a nformação sobre o tempo médo de estudo do trabalhador em cada uma das categoras educaconas (1º grau completo ou ncompleto, 2º grau completo ou ncompleto e assm por dante). 3 Para 1996, os CGC s das empresas mportadoras não foram dvulgados pela SECEX, o que restrngu a análse das mportações para os anos de 1997 a

6 A defnção da naconaldade da frma fo efetuada a partr do Censo de Capas Estrangeros. Para efeo deste trabalho, consdera-se empresa estrangera aquela com partcpação majorára de capal externo. É bom lembrar que esta não é a defnção adotada pelo Banco Central e pela maor parte dos organsmos nternaconas, que consderam a empresa como estrangera quando mas de 10% das suas ações são controladas por capal externo. Mesmo em partcpações mnoráras, é possível que o capal externo detenha o controle dessa empresa, embora sua propredade anda seja, majoraramente, naconal, o que já trara dferenças em termos de acesso a mercados externos e tecnologa. Entretanto, o que nos nteressa neste estudo é avalar o papel desempenhado pela propredade estrangera de uma empresa em seu desempenho comercal, por sso a opção pela partcpação majorára 4. Os dados dos dos censos de capas estrangeros fornecem os CGC s das empresas estrangeras majoráras em 1995 e em 2000 para todos os setores da economa. Comparando os CGC s dos censos com os da PIA, chegou-se a um número de empresas estrangeras na ndústra no período 1996 a Destas, 969 estavam presentes nos dos censos, ou seja, são majoraramente estrangeras durante todo o período analsado. Duas suações foram objeto de uma análse mas pormenorzada: 351 empresas ndustras que estavam presentes no censo de 1995 e desapareceram do censo de 2000 e 1063 empresas que não fazam parte do censo de 1995 e estavam no censo de Para o prmero caso, duas hpóteses foram nvestgadas: a empresa ter dexado de operar durante esse período ou ter sdo adqurda por uma empresa de capal naconal. Da mesma forma, para o segundo caso, a empresa pode ter se nstalado no país entre 96 e 2000 através de um nvestmento novo ou pode ter adqurdo partcpação majorára em uma empresa naconal. Prmeramente, consderou-se estrangera em 1996 todas as empresas do censo de 1995, o mesmo procedmento adotado para 2000 em relação ao censo do mesmo ano. A segur, nvestgouse a hpótese de compra de uma empresa estrangera por uma naconal e a hpótese nversa, de desnaconalzação, por meo de uma varável da PIA denomnada mudança estrutural, que dentfca se a empresa passou por algum processo de mudança de propredade (fusão, csão ou ncorporação de/por outra empresa) 5. Este procedmento fo capaz de atrbur a naconaldade, ano a ano, de 730 empresas. Para outras 684 empresas 183 das quas eram estrangeras em 1995 e não fguravam no Censo de 2000 e 501 eram naconas que se tornaram estrangeras adotou-se o procedmento de consderá-las estrangeras nos anos de 97, 98 e 99. A amostra que assm fo constuída é composta de empresas nos cnco anos analsados, sendo naconas e estrangeras. Esta fo a amostra utlzada para a análse das estatístcas descrvas das característcas das empresas naconas e estrangeras e fo responsável, no período, por cerca de 80% das exportações e 70% das mportações brasleras. Das varáves exstentes na amostra, o valor da transformação ndustral e a recea total e foram deflaconados pelo IPA-OG setoral (índce ago/94=100) e, para os setores da ndústra de transformação nos quas não exsta esse ndcador pelo IPA-OG da ndústra de transformação. As compras de bens ntermedáros foram deflaconados pelo IPA-OG geral e os gastos em propaganda pelo IGPM. As exportações e mportações em dólares foram deflaconadas pelo IPA norte-amercano. Além dessas varáves, calculou-se alguns outros ndcadores, entre eles um ndcador de produtvdade do trabalho com base na méda de todas as empresas em Para o cálculo da produtvdade utlzou-se a razão valor da transformação ndustral/pessoal ocupado médo no ano. 4 Apenas a título de lustração, 86% das empresas estrangeras (com partcpação de mas de 10% de capal externo) presentes no Censo de 2000 são empresas cuja partcpação do capal externo é majorára. 5 Maores detalhes sobre os procedmentos estão em De Negr (2003). 6

7 O coefcente de mportação de bens ntermedáros fo calculado a partr das nformações declaradas pelas empresas na PIA sobre a procedênca de suas compras de bens ntermedáros, se estrangera ou naconal. Também foram calculados coefcentes de mportação e de exportação, todos estes coefcentes defndos como a proporção de mportações e/ou exportações sobre o faturamento da empresa. 3.2 Procedmentos econométrcos Para os exercícos econométrcos, a amostra ncal sofreu reduções. Como o nteresse do estudo é avalar a nfluênca da orgem de capal sobre o fluxo de comérco das frmas ndvduas, a análse se concentrou no subgrupo das empresas exportadoras, no caso da estmação da equação de exportação, e no subgrupo das empresas mportadoras, para a equação de mportação. Além dsso, a análse se concentrou nas frmas pertencentes à ndústra de transformação, exclundo-se recclagem. Por fm, excluíram-se da prmera amostra obtda aquelas empresas com menos de 30 funconáros, devdo ao questonáro responddo por estas empresas não conter nformações sobre todas as varáves explanatóras utlzadas nos modelos. A amostra para a qual foram estmadas as equações contém, portanto, um total de observações a respeo de empresas exportadoras e observações de empresas mportadoras no período 1996 a Para estas observações, exstem nformações sobre todas as varáves explanatóras utlzadas no modelo. Entre as empresas exportadoras, são naconas e são empresas estrangeras. O total destas empresas responde por 66% das exportações brasleras no período estudado. As empresas mportadoras são responsáves, também, por 66% das mportações brasleras no período 1997 a Entre as mportadoras, são empresas naconas e são estrangeras. Os modelos estmados utlzaram técncas de análse de dados em panel. Uma das vantagens dos modelos em panel sobre os modelos de regressão cross secton é a sua capacdade de controlar a heterogenedade exstente entre os ndvíduos através da estmação de efeos ndvduas 6. Isso ocorre devdo à possbldade do modelo em panel captar aspectos dnâmcos relaconados a cada uma das varáves explanatóras, ou seja, é possível captar a nfluênca que a mudança em determnado parâmetro tem sobre a varável dependente, lvre de nfluêncas ndvduas não captadas pelos demas parâmetros da regressão. Um modelo com efeos ndvduas assume a segunte formulação: Y = α + X β + u, 2 onde é o erro aleatóro com meda 0 e varânca gual a σ, X é a matrz dos regressores, ou u varáves explanatóras do modelo, e α são os efeos ndvduas, constantes no tempo e específcos a cada uma das undades de análse -- no caso deste estudo, a cada uma das empresas. Se supomos que os α s são guas para todas as undades, então os mínmos quadrados ordnáros provêm uma estmatva consstente e efcente dos parâmetros estmados (Greene,2000:560) e, neste caso, estaríamos trabalhando com um modelo tradconal de regressão múltpla, na qual α sera o ntercepto. As duas formulações mas comuns, sugerdas pela leratura, a fm de especfcar a natureza dos efeos ndvduas em um modelo em panel são a utlzação de efeos fxos ou de efeos aleatóros. A abordagem de efeos fxos toma α como sendo um termo constante específco a um grupo (ou ndvíduo) no modelo de regressão e, por outro lado, a abordagem de efeos aleatóros especfca que α é um ruído específco de cada grupo, smlar ao erro. No modelo de efeos fxos, os efeos ndvduas podem ser lvremente correlaconados com os demas regressores enquanto 6 Para maores detalhes, ver os prmeros capítulos de Baltag, B. H. (1995) e Hsao, C. (1986). u t 7

8 que, no modelo de efeos aleatóros, supõe-se que não há correlação entre efeos ndvduas e demas varáves explanatóras. Desse ponto de vsta, o modelo de efeos aleatóros é mas restro que o modelo de efeos fxos, já que naquele é precso supor ausênca de correlação entre os efeos e os regressores. Para a estmação com efeos fxos o estmador de mínmos quadrados ordnáros sera um estmador consstente e efcente do modelo, chamado de LSDV (least squares dummy varable model). O modelo de efeos aleatóros, por outro lado, se fara pela utlzação dos mínmos quadrados generalzados, admndo que os nterceptos sejam ndependentemente e dentcamente dstrbuídos. A defnção de qual o modelo mas aproprado depende, em grande parte, de nformações sobre as característcas da amostra e sobre os objetvos específcos da estmação. Exstem, também, dos testes estatístcos que podem ser utlzados a fm de auxlar na escolha do método mas ndcado para a estmação de um modelo em panel: o teste F para efeos fxos e o teste de Hausman para efeos aleatóros. 7 Feas as consderações geras sobre a natureza dos modelos em panel, resta defnr os modelos estmados a fm de responder a questão sobre o papel da orgem de capal no desempenho comercal das frmas. As equações estmadas são as seguntes: Ln( X ) = β Ln( pess _ ocup) _ gast _ prop) 5 Ln( M _ gast _ prop) 5 1 ) = β Ln( pess _ ocup) _ gast _ prop) 1 produtv ) + β estranger a 6 + β estranger a Ln( mp _ b ) = β Ln( pess_ ocup) produtv) 2 + setor + ano + setor + ano produtv) + β estrangera + setor + ano 6 2 t _ empr) 3 t _ empr) 3 t _ empr) Onde: X é o valor das exportações da -ésma empresa no ano t, em dólares. 3 t _ est) 4 t _ est) 4 t _ est) M é o valor das mportações da -ésma empresa no ano t, também em dólares. mp _ é o valor das mportações de bens ntermedáros. b pess _ ocup é o pessoal ocupado médo no ano t, na empresa, que rá captar a nfluênca da escala de produção da frma no valor de suas exportações. produtv é um ndcador da produtvdade da frma que deve ter efeos posvos sobre as suas exportações, refletndo a sua capacdade de produzr e vender a custos menores. 4 (1) (2) (3) 7 O teste F testa a hpótese de que o termo constante seja gual para todos os grupos ( α = α j para j ). A hpótese nula é, portanto, de que exste apenas um ntercepto para todas as empresas. O segundo teste, realzado na estmação do modelo por efeos aleatóros, é o teste de Hausman, que verfca a exstênca de correlação entre os efeos ndvduas e as varáves explanatóras. Se os efeos não são correlaconados com as varáves explanatóras, o modelo de efeos aleatóros é consstente e efcente e o modelo de efeos fxos é consstente mas não efcente. No caso nverso, quando os efeos ndvduas são correlaconados com as varáves explanatóras, o estmador de efeos fxos é consstente e efcente mas o estmador de efeos aleatóros é nconsstente. A estatístca do teste de Hausman tem dstrbução 2 χ sob a hpótese nula de que o estmador de efeos aleatóros é correto. 8

9 t _ empr representa o tempo médo de emprego dos trabalhadores da frma, ou seja, a experênca dos seus trabalhadores. A baxa rotatvdade da mão-de-obra e a establdade organzaconal numa empresa pode ser um ndíco de uma maor efcênca. t _ est procura medr a qualfcação profssonal dos trabalhadores na frma, através do tempo de estudo médo desses trabalhadores. Espera-se que, quanto maor a qualfcação profssonal exgda pela frma, maor a ntensdade de tecnologa utlzada por ela. _ gast _ prop mede o valor dos gastos em propaganda da frma, em determnado ano, como proporção do seu faturamento. O valor dos gastos em propaganda proporcona uma ndcação do grau de dferencação de produto de cada frma: quanto maor o esforço de vendas da empresa, espera-se que menos homogêneo seja o seu produto 8. estranger a é uma varável bnára que assume o valor zero para a empresa naconal e um para a empresa estrangera. O parâmetro estmado para essa varável, quando sgnfcatvo, drá o quanto o fato de a empresa ser estrangera nfluenca o valor das suas exportações. setor é uma varável dummy que dentfca o setor de atuação da frma segundo a dvsão de atvdade da Classfcação Naconal de Atvdades Econômcas. A ntrodução dessa varável tem a função de captar as heterogenedades setoras que possam nfluencar as exportações da frma. Por fm, a varável ano representa um conjunto de quatro dummes destnadas a captar a nfluênca de cada ano nas exportações e mportações da amostra. 4 RESULTADOS Város fatores são cados na leratura, como determnantes do comérco nternaconal. Entre eles, dotação de fatores dferencada entre os dversos países, tecnologa, economas de escala e dferencação de produto. Ao nível da frma ndvdual, determnantes relaconados como o país no qual a frma opera deveram afetar da mesma forma as dferentes empresas. Dessa forma, para explcar os dferentes comportamentos de frmas ndvduas dentro de um mesmo país, os fatores relaconados à localzação não parecem ser relevantes. Mas mportantes são as característcas específcas de cada frma ou grupo de frmas. Algumas dessas característcas, mas precsamente as vnculadas ao tamanho, tecnologa e dferencação de produto encontram-se na tabela 1, para os grupos de frmas naconas e estrangeras, exportadoras e não exportadoras. Observa-se que o faturamento médo das empresas estrangeras é mas de 10 vezes superor ao das empresas naconas no total, evdencando o tamanho maor das prmeras. Entre as empresas exportadoras, o dferencal entre estrangeras e naconas se reduz para algo em torno de 4 vezes. O faturamento médo na ndústra como um todo é de pouco mas de R$ 18 mlhões sendo que os dos grupos de empresas estrangeras estão acma da méda e, entre as naconas, apenas o grupo exportadoras se encontra neste patamar. As exportadoras também são, em méda, maores do que às não exportadoras, sugerndo a mportânca do fator escala nas exportações de produtos manufaturados. A produtvdade é outro fator que pode determnar o desempenho comercal relatvo das frmas. Em relação a este ponto, as empresas estrangeras também possuem ndcadores superores aos das naconas, tanto entre as exportadoras quanto entre as não-exportadoras. Pode-se perceber que a dferença entre as naconas exportadoras e não exportadoras é maor do que a exstente entre as estrangeras exportadoras ou não, mostrando uma maor homogenedade das estrangeras em 8 Como ressalta Possas (1999), a magem e a marca de um produto, além de constuírem vantagens de dferencação por s mesmas, estão relaconadas a outras vantagens de dferencação da frma. Além dsso, a estratéga de marketng, embora não seja a únca forma de gerar vantagens competvas, constu-se num mecansmo mportante. 9

10 relação à produtvdade, ndependentemente de serem exportadoras. Entre as empresas exportadoras, as estrangeras apresentam uma produtvdade superor em mas de duas vezes e mea a das naconas. É bom observar que, em se tratando de produtvdade do trabalho, esse ndcador pode ocultar dferenças na ntensdade de capal e na tecnologa de cada um dos grupos de frmas. Tabela 1 - Faturamento, pessoal ocupado, produtvdade, tempo de estudo do trabalhador e gastos em propaganda para empresas naconas e estrangeras, exportadoras e não exportadoras méda do período 1996 a Empresas naconas estrangeras N Part % Faturamento (R$ ml) Pessoal ocupado Produtvdade * Tempo de estudo do trabalhador Gastos em Propaganda** méda desvo méda desvo méda Desvo méda desvo méda desvo Ñ exp ,3% ,7 1,9 0,53 1,88 exp ,5% ,0 1,8 0,81 1,88 total ,8% ,7 1,9 0,61 1,89 ñ exp 344 0,6% ,7 2,1 1,54 3,61 exp ,5% ,1 2,0 1,34 3,25 total ,2% ,0 2,0 1,38 3,31 TOTAL % ,9 2,0 0,67 2,05 * Produtvdade do trabalho. Índce: méda de 1996=100 ** Como porcentagem do faturamento. Gastos em propaganda se referem apenas a empresas com mas de 29 empregados. A produtvdade é outro fator que pode determnar o desempenho comercal relatvo das frmas. Em relação a este ponto, as empresas estrangeras também possuem ndcadores superores aos das naconas, tanto entre as exportadoras quanto entre as não-exportadoras. Pode-se perceber que a dferença entre as naconas exportadoras e não exportadoras é maor do que a exstente entre as estrangeras exportadoras ou não, mostrando uma maor homogenedade das estrangeras em relação à produtvdade, ndependentemente de serem exportadoras. Entre as empresas exportadoras, as estrangeras apresentam uma produtvdade superor em mas de duas vezes e mea a das naconas. É bom observar que, em se tratando de produtvdade do trabalho, esse ndcador pode ocultar dferenças na ntensdade de capal e na tecnologa de cada um dos grupos de frmas. O tempo de estudo médo do trabalhador, utlzado aqu como uma ndcação da tecnologa das frmas, é superor para as empresas estrangeras, exportadoras ou não. O dferencal é maor entre as estrangeras e naconas do que entre as exportadoras e não exportadoras, sugerndo que a tecnologa empregada não dfere substancalmente entre empresas exportadoras e não exportadoras. Os gastos em propaganda como proporção da recea total, proporconam um ndcador sobre o grau de dferencação de produto em cada frma. Frmas atuando em mercados mas dferencados tendem a gastar uma proporção maor do seu faturamento em propaganda a fm de ganhar parcelas de mercado dos seus concorrentes. A proporção da recea total despendda em propaganda é maor para as empresas estrangeras, mesmo quando atuam nos mesmos setores que as naconas 9 mostrando que, as estrangeras tendem a promover uma maor dferencação dos seus produtos, nclusve como uma forma de conqustar o mercado local. Isso é mas claro se observarmos que, entre as estrangeras, o gasto em propaganda é maor para frmas não exportadoras do que para frmas exportadoras. No 9 De Negr (2003). 10

11 caso de empresas naconas, ao contráro, os gastos em propaganda são maores para empresas exportadoras. A análse desta tabela nos mostra que as empresas estrangeras estão numa posção favorável em relação às naconas em termos de tamanho, produtvdade, tecnologa e dferencação de produto, o que lhes confere, ao menos potencalmente, maores vantagens competvas, em termos de comérco, em relação às naconas. Resta saber se estas vantagens potencas têm se traduzdo, no últmo período, em uma competvdade revelada maor das empresas estrangeras. Para tanto, o prmero procedmento econométrco utlzado para a análse dos dados consstu na estmação de equações de mportação e exportação para cada um dos anos separadamente. Os resultados destas equações estão expressos, de forma smplfcada e apenas para os anos de 1997 e 2000, na tabela 2. Percebe-se, a partr destas equações que o dferencal exstente entre empresas estrangeras e naconas se ampla no período consderado. Enquanto em 1997, as empresas estrangeras exportavam, em méda, 182% a mas do que as empresas naconas, o dferencal nas mportações era de 254% em favor das estrangeras 10. Esse dferencal se ampla, em 2000, para 273% nas exportações e para 369% nas mportações. É bom lembrar que esta dferença se manfesta depos de controlados os fatores expressos nas demas varáves explanatóras da regressão, tas como tamanho, setor de atuação, gastos em propaganda, produtvdade, qualfcação e experênca dos trabalhadores na frma. Assm, algumas das característcas relevantes para a explcação do desempenho comercal das frmas ndvduas e nas quas as empresas estrangeras são notadamente dferencadas das empresas naconas são controladas, a fm de se solar o efeo da propredade de capal sobre o desempenho comercal das frmas. Tabela 2 - Resultados da estmação de equações de exportação e de mportação para as frmas da ndústra de transformação braslera nos anos de 1997 e Equação de exportações Equação de mportações Parâmetros Estmatva teste t Estmatva teste t Estmatva teste t estmatva teste t Pess_ocup 1,153 42,040 1,137 42,620 0,929 42,810 0,880 36,830 Produtv 0,296 9,120 0,250 11,770 0,328 15,540 0,220 12,550 Estrangera 1,037 12,920 1,317 16,730 1,266 18,980 1,545 22,490 T_empr 0,108 2,490 0,274 5,320 NS NS NS NS T_est NS NS NS NS 1,193 12,300 1,677 13,090 I_gast_prop -0,185-11,530-0,168-11,200 0,024 1,85 * -0,032-2,420 Valor de F 125,89 139,99 173,08 153,25 R2 ajustado 0,427 0,438 0,437 0,436 N Obs.: NS: Varável não sgnfcatva. * Varável sgnfcatva a 10%. Além dos parâmetros apresentados, também foram estmadas dummes para o setor de atuação das empresas. Entretanto, exstem algumas característcas ndvduas que não são passíves de ncorporação ao modelo e que podem ter mpactos sobre os fluxos de comérco das frmas. Exemplos de algumas destas característcas são: ) o acesso a crédo para exportações, notadamente 10 Estes números foram obtdos a partr da segunte transformação do coefcente estmado para a dummy estrangera: (exp(β) 1)*100. Essa transformação é necessára em vrtude de a varável dependente estar expressa em termos de logarítmos naturas, o que não ocorre com a dummy e será fea sempre que se for analsar os coefcentes das varáves bnáras. 11

12 faclado no caso de empresas transnaconas; ) aspectos organzaconas das frmas; ) acesso a mercados e tecnologas, cados na leratura como fontes de dferenças sgnfcatvas entre as empresas transnaconas e as unnaconas, entre outros. Em outras palavras, exste uma sére de característcas ndvduas das frmas, vnculadas ou não à propredade de capal que podem exercer alguma nfluênca sobre os seus fluxos de comérco e que não são consderadas no modelo de regressão cross secton. A despeo dsso, os resultados apresentados são consstentes, como atestam o teste F, sobre a adequação do modelo, e os testes t para os parâmetros estmados. Como as nformações estão dsponíves para uma sére de város anos, é possível aprovear melhor os dados a partr da estmação de um modelo em panel. Desta forma, sera possível captar as heterogenedades entre as empresas da amostra, além das alterações macroeconômcas ocorrdas no período que tenham exercdo nfluênca sobre os fluxos de comérco das frmas. Um modelo em panel possu duas fontes de varabldade, que serão expressas nos coefcentes das varáves estmadas. A prmera delas reflete as dferenças exstentes entre as empresas ou grupos de empresas em um mesmo ano, da mesma forma que em uma regressão cross secton. A segunda fonte de varabldade reflete as modfcações ocorrdas em cada uma das empresas no período consderado, ou seja, capta o quanto a mudança temporal de uma das varáves explanatóras mpacta a varável dependente, controlados os demas fatores. A dferença entre o modelo de efeos aleatóros e o modelo de efeos fxos resde justamente no fato de captar uma ou ambas as fontes de varabldade. O modelo de efeos fxos, ao estmar uma dummy para cada uma das empresas presentes na amostra, desconsdera a prmera fonte de varabldade exstente nos dados, qual seja, a dferença entre grupos de empresas no mesmo ano. Assm, os coefcentes estmados no modelo de efeos fxos são resultado dos mpactos da modfcação temporal nas varáves explanatóras sobre a varável dependente. Desta forma, este modelo tende a solar mas efcentemente o efeo da propredade do capal sobre as varáves dependentes, já que os efeos ndvduas não mensuráves ou não ncorporados ao modelo são captados pelas dummes ndvduas. O modelo de efeos aleatóros, por outro lado, capta tanto a varabldade exstente entre as empresas em um determnado ano quanto a varabldade decorrente da mudança nas varáves explanatóras para uma dada empresa (sto é, a varabldade dentro de cada uma das frmas). A desvantagem do modelo de efeos aleatóros é que ele tende a superestmar os parâmetros do modelo, haja vsto que alguns dos efeos ndvduas não ncorporados ao modelo podem ser captados pelas outras varáves. Ao mesmo tempo em que o modelo de efeos fxos tende a solar mas efcentemente o efeo da propredade de capal sobre as exportações e sobre as mportações da frma, ou até mesmo, por essa razão, ele também tende a solar certos efeos que estão dretamente lgados à atuação multnaconal das frmas. Exstem város aspectos da atuação das empresas multnaconas que são característcas dferencadoras dessas empresas em relação às frmas unnaconas. Exemplos dessas característcas específcas são: ) o acesso a canas de comercalzação, não dsponíves para empresas doméstcas, através das outras flas da corporação; ) o acesso a tecnologas desenvolvdas pela matrz; ) os ganhos de especalzação decorrentes da dvsão do processo produtvo entre város países; v) o acesso ao crédo a custos menores do que aquele dsponível às frmas doméstcas etc. Ao solar a propredade de capal dos efeos ndvduas de cada uma das frmas, o modelo de efeos fxos tende a solar também estas característcas que, até certo ponto, são ndssocáves da atuação multnaconal da frma. Nesse sentdo, os coefcentes da dummy estrangera nos modelos de efeos fxos estaram expressando a modfcação medata no comportamento comercal da frma, dervada de uma eventual mudança de sua naconaldade. Da mesma forma que o modelo de efeos aleatóros tende a superestmar as estmatvas dos parâmetros, pode-se dzer que o modelo de efeos fxos tende a subestmá-las, pelo menos no caso específco deste estudo. 12

13 Outro ponto a ser consderado na análse dos dos tpos de modelos é o tamanho da sére de dados dsponível. Como o panel analsado possu observações para cnco anos apenas, a margem de varação possível de ser captada pelo modelo de efeos fxos é relatvamente pequena. Este fato pode explcar, nclusve, o número menor de varáves sgnfcatvas exstentes neste modelo, em comparação com o modelo de efeos aleatóros (ver tabela 3). A despeo das consderações sobre as vantagens e lmações de cada um dos modelos estmados, os testes estatístcos teste de Hausman e o teste F para efeos fxos apontam para a convenênca da estmação dos modelos de efeos fxos. Tabela 3 - Resultados da estmação de equações de exportação, de mportação e de mportação de bens ntermedáros para as frmas da ndústra de transformação braslera no período EFEITOS FIXOS Importações de Bens Exportações Importações (1) Varáves Intermedáros Estmatva teste t estmatva teste t Estmatva teste t pess_ocup 0,637 23,890 0,542 16,400 0,618 22,280 Produtv 0,085 9,540 0,054 6,320 0,043 5,760 Estrangera NS NS 0,235 2,090 0,153 2,890 t_empr NS NS NS NS NS NS t_est NS NS NS NS 0,127 2,110 _gast_prop -0,015-2,110 0,022 2,510 NS NS R2 0,996 0,996 0,998 Valor de F 13,81 11,22 11,48 N EFEITOS ALEATÓRIOS Importações de Bens Varáves Exportações Importações (1) Intermedáros estmatva teste t estmatva teste t Estmatva teste t Intercepto 6,783 36,680 6,183 32,300 7,845 46,760 pess_ocup 0,927 51,530 0,801 44,160 0,836 49,440 Produtv 0,124 14,860 0,096 12,500 0,082 11,820 Estrangera 0,530 11,660 1,355 24,570 0,625 15,650 t_empr 0,093 4,620 0,075 3,590 0,072 3,950 t_est 0,168 2,990 0,812 11,820 0,498 9,460 _gast_prop -0,053-8,000 0,021 2,910 NS NS R2 0,160 0,203 0,191 Hausman (valor de m) 679,20 497, ,73 N Obs.: NS: Varável não sgnfcatva a 10%. (1) Equação estmada para o período Além das varáves apresentadas, também foram estmadas dummes para o setor de atuação da empresa e para o ano. A prmera consderação relevante que pode ser fea a partr dos resultados apresentados na tabela 3 é que, em ambos os modelos, constata-se que a orgem do capal da frma tem mpactos maores sobre suas mportações do que sobre suas exportações. No modelo de efeos fxos, enquanto a orgem de capal da empresa não é sgnfcatva na determnação de suas exportações, ela é sgnfcatva na determnação de suas mportações. Este modelo aponta que as empresas multnaconas em operação no país mportam 26% a mas do que as empresas naconas, controlados todos os demas fatores que possam nfluencar o seu desempenho comercal. Estes 13

14 resultados são compatíves com aqueles obtdos em Chudnovsky et all (2002) a partr dos testes de dferenças de médas para as 500 maores empresas brasleras, onde se constatou que a orgem de capal não era estatstcamente sgnfcatva na explcação dos coefcentes de exportação das frmas, mas era para os coefcentes de mportação. O fato do teste de dferenças de médas se aproxmar mas do modelo de efeos fxos pode ser conseqüênca do recorte utlzado pelos autores. Ao analsar as 500 maores empresas, é possível que se tenha reduzdo a heterogenedade entre as frmas analsadas e, portanto, o mpacto de característcas ndvduas sobre os resultados. Por outro lado, no modelo de efeos aleatóros, a orgem de capal é um fator sgnfcatvo para explcar as dferenças entre as frmas, tanto pelo lado das mportações quanto das exportações, entretanto, essa dferença é sensvelmente maor nas mportações. Enquanto as empresas estrangeras exportam, em méda, 70% a mas do que as empresas naconas, elas mportam cerca de 290% a mas. Os resultados obtdos por Morera (1999), utlzando-se de uma regressão em corte transversal, apontam na mesma dreção, embora a dferença entre estrangeras e naconas tenha sdo, no seu caso, de 179% nas exportações e de 316% nas mportações, ambas a favor das estrangeras. O modelo de efeos aleatóros também apresenta resultados mas parecdos com as regressões apresentadas anterormente (tabela 2) do que o modelo de efeos fxos. Os resultados obtdos sugerem que o mpacto medato da desnaconalzação captado pelo modelo de efeos fxos é o aumento das mportações das frmas recém desnaconalzadas. Esta, portanto, é a únca modfcação relevante no comportamento comercal das frmas que pôde ser observada no curto prazo. É possível car três razões fundamentas para este mpacto. A prmera possível razão resde nas estratégas comercas das frmas multnaconas que possuem redes de dstrbução e fornecmento em escala global que tendem a ser aproveadas em suas novas flas. A equação de mportação de bens ntermedáros mostra essa tendênca das empresas multnaconas em aprovear os fornecedores globas da corporação para a compra de produtos ntermedáros, o que se torna evdente pela maor mportação de produtos ntermedáros observada para as empresas estrangeras. Estas mportam, em méda, 16% a mas em partes, peças e componentes do que as empresas naconas no modelo de efeos fxos e 87% a mas no modelo de efeos aleatóros. Em segundo lugar, uma nova base de operação em um determnado país abre a possbldade da mportação de produtos complementares às lnhas de produção exstentes naquele país, fazendo com que a flal recém nstalada atue também como uma base de comercalzação de produtos fabrcados em outras flas da corporação. Uma tercera razão possível para este comportamento, depende do fato de a frma multnaconal estar realzando nvestmentos ou não. No caso de nvestmentos novos, é possível que as mportações maores estejam relaconadas à compra de bens de capal. Já no caso de aqusções de empresas já exstentes, essa modaldade de mportação é menos provável, embora possa haver nvestmentos destnados a modernzar e reestruturar a frma adqurda. Podemos consderar o modelo de efeos aleatóros como uma melhor aproxmação da dferença entre empresas estrangeras e naconas em um prazo de tempo mas longo. Isso porque, neste prazo, a empresa estrangera rá apresentar algumas dferenças em relação à naconal que não são captadas pelas varáves explanatóras mas sm pela varável bnára que caracterza a orgem de capal. Nesse sentdo, possíves dferenças no acesso à mercados externos, na organzação produtva, entre outros, estaram agora refletdas no coefcente da dummy, o que não ocorre no modelo de efeos fxos. Assm, empresas estrangeras no mesmo setor, com o mesmo tamanho em termos de números de funconáros, com ndcadores de produtvdade, tecnologa e dferencação de produto semelhantes, tendem a exportar e mportar mas do que empresas naconas. É bom lembrar entretanto, que outras característcas não necessaramente vnculadas a orgem de capal da frma também poderam estar exercendo alguma nfluênca sobre os 14

15 coefcentes das varáves explanatóras no modelo de efeos aleatóros, o que sugere uma possível sobre-estmação destes coefcentes e um maor cudado na sua análse. Quanto às demas varáves de controle ncluídas na regressão, podemos perceber que a escala de produção representada pela varável pessoal ocupado e a produtvdade são fatores sgnfcatvos tanto para a explcação das mportações quanto das exportações em qualquer uma das especfcações do modelo. Ambas apresentam mpactos posvos sobre as duas varáves dependentes, sendo sua nfluênca maor sobre as exportações do que sobre as mportações das frmas. Os coefcentes destes parâmetros, no modelo de efeos fxos, nos dzem que a cada ponto percentual de aumento no tamanho da frma (número de funconáros) observa-se um aumento de 0,6% nas suas exportações e 0,5% nas mportações. Da mesma forma, cada ponto percentual de aumento na produtvdade, gera um aumento de 0,08% nas exportações e 0,05% nas mportações da frma. Dado que as empresas multnaconas são, em méda, maores e mas produtvas do que as empresas naconas, é possível que estes fatores, em certa medda, amenzem a maor tendênca a mportar observada para as empresas estrangeras 11. A qualfcação e a experênca da mão de obra nas frmas representadas pelas varáves tempo de estudo e tempo de emprego do trabalhador não apresentam sgnfcânca estatístca nos modelos estmados com efeos fxos, exceto para a mportação de produtos ntermedáros. Nos modelos com efeos aleatóros, por outro lado, sua nfluênca é posva e sgnfcatva. A prmera destas varáves pode ser encarada como uma aproxmação ao grau de utlzação de tecnologa na frma, o que sugere que, quanto mas ntensvas em tecnologa, maores tendem a ser tanto as mportações quanto as exportações das frmas. Entretanto, sua nfluênca é maor sobre o volume de mportações. Se assm for, este é um fator que tende a agravar a orentação mportadora das empresas estrangeras, dado que estas apresentam, na méda, trabalhadores mas qualfcados. A experênca do trabalhador na frma, por outro lado, embora com coefcentes pequenos, possu mpacto maor sobre as exportações do que sobre as mportações. Por fm, a varável gasto em propaganda 12, que pretende ser uma aproxmação do grau de dferencação de produto das frmas, possu, em ambos os modelos, nfluênca negatva nas exportações e posva nas mportações. Pode-se nterpretar este resultado como uma tendênca das empresas localzadas em segmentos com maor dferencação de produto em concentrarem suas vendas no mercado doméstco, em detrmento do mercado externo, bem como uma maor tendênca a mportar do que o restante das frmas. Novamente, este é um ndcador que, em méda, é maor para as frmas multnaconas do que para as frmas brasleras. A partr dos resultados dos modelos estmados anterormente e da constatação da maor nserção das empresas estrangeras nos fluxos de comérco, é possível a formulação de outras questões a respeo das dferenças entre naconas e estrangeras. Uma delas dz respeo à exstênca ou não de dferentes determnantes para os fluxos de comérco das empresas naconas e das empresas multnaconas. Em outras palavras, as varáves ncorporadas ao modelo teram mpactos dferencados sobre os fluxos comercas das empresas estrangeras em relação às naconas? A resposta à esta pergunta requer a estmação de equações de mportação e de exportação para empresas naconas e estrangeras separadamente. Entretanto, os resultados desta estmação 11 Em De Negr (2003) foram estmadas equações de exportação e de mportação para as empresas naconas e estrangeras separadamente. Nelas, a escala de produção mostrou-se mas nfluente sobre as exportações das empresas estrangeras do que sobre as exportações das empresas doméstcas. O mesmo ocorre para as mportações, embora a dferença no nfluênca exercda pela escala entre naconas e estrangeras seja relatvamente pequena. 12 É bom lembrar que esta varável está representada no modelo como proporção do faturamento, lvre portanto, de apresentar uma correlação muo elevada com o tamanho da frma. 15

16 não mostram dferenças relevantes nos determnantes do comérco entre empresas naconas e estrangeras 13. Este pode ser um ndíco de que a dferença observada anterormente entre naconas e estrangeras está, de fato, relaconada a característcas própras das empresas multnaconas não representadas nas demas varáves explanatóras utlzadas nos modelos. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Não resta dúvda de que as modfcações macroeconômcas pelas quas passou a economa braslera durante os anos 90 tveram conseqüêncas mportantes no desempenho externo do país. Duas dessas mudanças são partcularmente relevantes e, até certo ponto, relaconadas. São elas a abertura comercal e o aumento no grau de nternaconalzação da economa braslera. A maor nternaconalzação produtva do país torna-se evdente quando observamos o crescmento da partcpação estrangera na ndústra braslera, embora este setor não tenha sdo o prncpal destno da nova onda de nvestmentos estrangeros no Brasl. A abertura comercal, alada a valorzação do câmbo na segunda metade da década, evdencou a fragldade da balança comercal braslera neste novo contexto macroeconômco e a necessdade de um esforço para amplar as exportações. Neste sentdo, torna-se mprescndível levar em consderação que cerca de metade dos fluxos comercas do país estão hoje, vnculados ao desempenho comercal de um grupo partcular de empresas, as empresas multnaconas. Entre as partculardades destas empresas está o fato de serem ntegradas ao comérco mundal através das demas flas da corporação ao redor do mundo, o que lhes dá acesso faclado a um número de mercados mas amplo do que as empresas doméstcas. Além dsso, as transnaconas podem desfrutar de economas de escala provenentes da maor especalzação de suas flas, podem aprovear as dotações de fatores dferencadas dos países em que atuam e têm acesso faclado a novas tecnologas e, anda, acesso a crédo a custos mas baxos do que suas congêneres unnaconas. Estas são algumas das vantagens de propredade que podem ser atrbuídas às empresas transnaconas. Entretanto, exstem outras característcas relevantes destas empresas que devem ser consderadas ao se tratar de comérco exteror. Por serem parte de uma corporação atuante em nível global, as flas de empresas estrangeras apresentam fluxos comercas e fnanceros determnados, em grande medda, pelos nteresses globas da corporação. Por sso, e dada sua relevânca e sua crescente partcpação no comérco nternaconal, as empresas transnaconas têm se tornado uma força nada desprezível na determnação dos fluxos e do padrão de comérco entre os países. Sua atuação no espaço doméstco é capaz de nfluencar os fluxos comercas do país hospedero, que fcam sujeos a outros determnantes além dos tradconas fatores de competvdade. No níco da década, alguns autores esperavam que a onda recente de nvestmentos estrangeros no país tvesse mpactos posvos sobre a balança comercal braslera. Estas expectatvas eram baseadas na constatação de que, além de possuírem vantagens de propredade dervadas de sua atuação multnaconal, as empresas estrangeras também seram mas competvas do que as empresas doméstcas. Assm, o acesso à canas de comercalzação e a tecnologas não dsponíves no mercado naconal, além da maor efcênca produtva das empresas estrangeras, contrbura, segundo esses autores, para o crescmento das exportações brasleras. É verdade que exstem dferenças mportantes entre as empresas estrangeras e naconas. Reconhecer estas dferenças, em termos de comérco, e avalar qual sua dreção e suas possíves 13 Equações de exportação e mportação estmadas para os dos grupos de empresas separadamente encontramse em De Negr (2003). 16

17 causas pode ser um aspecto fundamental no desenho de polítcas públcas que estmulem o desempenho comercal braslero nos próxmos anos. Uma das constatações deste estudo é, justamente, a de que exstem dferenças mportantes, em termos de abertura comercal, entre empresas naconas e estrangeras no país. Os resultados econométrcos demonstram que, a despeo de serem controlados fatores como produtvdade, tecnologa, escala e dferencação de produto, anda assm as empresas estrangeras se comportam, no mercado externo, de modo dferencado das empresas naconas. A dferença observada para o Brasl constu uma evdênca de que os fatores tradconas de competvdade não são sufcentes para explcar o comérco em um mercado global caracterzado pela presença macça de empresas transnaconas. Portanto, aspectos mcroeconômcos relaconados com estratégas comercas, fnanceras e gerencas das empresas transnaconas assumem um papel relevante na determnação do padrão de comérco das empresas estrangeras no Brasl. Além da constatação de que exstem dferenças no comérco exteror das empresas transnaconas e doméstcas no país, os resultados obtdos também apontam o sentdo destas dferenças. A maor abertura comercal das empresas estrangeras se dá de forma assmétrca, ou seja, a dferença exstente a favor das transnaconas é maor nas mportações do que nas exportações. Assm, apesar de sua maor abertura comercal, não se pode dzer que as empresas estrangeras estejam contrbundo para a melhora do saldo comercal braslero no período recente. Os resultados econométrcos mostram que, a despeo de terem desempenho exportador superor no longo prazo, o dferencal exstente entre o desempenho comercal de naconas e estrangeras pelo lado das mportações é substancalmente maor do que pelo lado das exportações. A propóso, o efeo medato da mudança de naconaldade de uma empresa doméstca é um aumento nas suas mportações, sendo que este efeo medato nexste nas exportações. É bom lembrar que o efeo da naconaldade nos fluxos comercas das frmas exste mesmo quando são controlados os seus setores de atuação. Este resultado va de encontro com algumas análses que procuram explcar o vés mportador observado nas empresas multnaconas como resultado apenas de sua atuação setoral, muo embora as empresas estrangeras tenham, de fato, uma especalzação setoral dferencada das naconas e estejam concentradas em setores fortemente mportadores. Pode-se argumentar que o maor volume de mportações das empresas estrangeras está relaconado com mportações de bens de capal, decorrentes de novos nvestmentos, ou com mportações de bens ntermedáros, decorrentes de sua relação com fornecedores globas da corporação. A propensão das empresas estrangeras a mportar, na méda, mas produtos ntermedáros do que as naconas reforça a hpótese de um maor conteúdo mportado nos seus produtos e, ao mesmo tempo, enfraquece o argumento de que novos nvestmentos poderam explcar as mportações maores das empresas estrangeras no Brasl. Nesse sentdo, a exstênca de fornecedores já estabelecdos em nível mundal estara desempenhando um papel preponderante nas mportações das empresas estrangeras. O acesso a canas de comercalzação, portanto, parece estar atuando no sentdo nverso do esperado, ou seja, ao nvés de estar amplando as exportações brasleras, estara contrbundo para um aumento de suas mportações de produtos ntermedáros. É precso consderar, entretanto, que o período analsado fo um período marcado pela sobrevalorzação do câmbo e, conseqüentemente, por um vés mportador muo forte. Porém, este vés atngu tanto empresas naconas quanto empresas estrangeras na década de 90. Algumas comparações com os anos 80 podem ser extremamente esclarecedoras do comportamento e das potencaldades da atuação dessas empresas no espaço doméstco. A prncpal dferença entre os dos períodos é que, nos anos 80, tanto as empresas estrangeras quanto as naconas foram superaváras no seu comérco externo enquanto que, nos 90, os dos grupos de empresas tveram expressvos défcs comercas. Város trabalhos ressaltaram a contrbução que as empresas estrangeras tveram, durante os anos 80, para os 17

18 superávs comercas brasleros. Por outro lado, alguns estudos realzados no período chegaram a resultados semelhantes aos obtdos aqu 14, qual seja, que as empresas estrangeras possuem um grau de abertura maor do que as naconas, especalmente pelo lado das mportações. Esta assmetra entre naconas e estrangeras no Brasl parece, portanto, não ter se alterado entre os anos 80 e os 90, embora as estrangeras, assm como as naconas, tenham dexado de ser superaváras. A partr deste quadro estlzado, e devdo ao maor grau de abertura das empresas estrangeras, parece razoável conclur que elas possuem uma sensbldade maor aos snas macroeconômcos, partcularmente aqueles relaconados ao comérco externo, o câmbo por exemplo. Porém, estes snas não alteram a dferença exstente entre naconas e estrangeras: que estas últmas possuem, em méda, volumes de comérco maores, especalmente no caso das mportações. Vale recordar que a desvalorzação cambal, ocorrda no níco de 1999, não reduzu o hato exstente entre o desempenho comercal de empresas estrangeras e naconas tanto nas exportações quanto nas mportações. Pelo contráro, esta dferença se amplou no período A comparação entre os anos 80 e 90 aponta para uma suação na qual a atuação comercal das empresas estrangeras tende a amplfcar os resultados de contextos macroeconômcos favoráves ou adversos ao comérco exteror. Da mesma forma, torna premente a necessdade de se conhecer os fatores que determnam a nserção comercal assmétrca das empresas transnaconas, em comparação com as doméstcas, em países como o Brasl. Algumas das causas possíves dessa assmetra já foram descartadas na dscussão precedente. Outras razões do comportamento dferencado destas empresas no comérco exteror devem ser nvestgadas a partr destas constatações. Estas razões estaram relaconadas a fatores locaconas do país? Quas seram os fatores mas mportantes? O mercado doméstco e regonal, as característcas nstuconas, regulatóras e macroeconômcas do país estaram condconando as decsões mcroeconômcas das empresas transnaconas? Estas e outras perguntas podem ser um camnho para saber até que ponto e que tpo de polítcas públcas poderam nfluencar as decsões de comérco destas empresas no sentdo de maxmzar sua contrbução ao desempenho comercal braslero. Em últma análse, a questão é saber de que forma nteragem as vantagens de propredade das empresas multnaconas com as vantagens de localzação do país, e quas destas característcas locaconas estão ao alcance e podem ser modfcadas por meo de polítcas públcas. A partr daí podera-se pensar em mecansmos e polítcas de ncentvo às exportações que fossem capazes de levar em consderação a exstênca de um segmento da ndústra que representa uma parcela substancal do comérco exteror braslero e que reage de forma dferencada às alterações nas característcas macroeconômcas, polítcas e nstuconas do país. 6 REFERÊNCIAS ARBACHE, J., DE NEGRI, J. A. Determnantes das exportações brasleras: novas evdêncas. mmeo, BALTAGI, B. H. Econometrc analyss of panel data. England: John Wley & Sons Ltd, BARROS, J. R. M e GOLDENSTEIN, L. Economa competva, solução para a vulnerabldade. Em Velloso (org) O Brasl e o mundo no lmar do novo século. V 2. Ro de Janero: José Olympo, 1998 BARROS, J. R. M., GOLDENSTEIN, L. Reestruturação ndustral: três anos de debate. Em Velloso (org) Brasl: desafos de um país em transformação. Ro de Janero: José Olympo, Ver, por exemplo, Wllmore (1987). 18

19 BIELSCHOWSKY, R. Two studes on transnatonal corporatons n the Brazlan manufacturng sector: the 1980s and early 1990s. Santago, Chle: CEPAL, BIELSCHOWSKY, R. e STUMPO, G. A nternaconalzação da ndústra braslera: números e reflexões depos de alguns anos de abertura. Em Baumann, R. (org) O Brasl e a economa global. Ro de Janero: Campus: SOBEET, BONELLI, R. A note on foregn drect nvestment (FDI) and ndustral competveness n Brazl. Texto para dscussão n Ro de Janero: IPEA, 1998 CHUDNOVSKY, D (org), Integracón regonal e Inversón Extranjera Drecta: El caso del Mercosur. BID - INTAL: Buenos Ares,2002. DE NEGRI, F. Desempenho comercal das empresas estrangeras no Brasl na década de 90. Dssertação de mestrado. Instuto de Economa UNICAMP, FRITSCH, W e FRANCO, G. O nvestmento dreto estrangero em uma nova estratéga ndustral. Revsta de Economa Polítca, vol. 9 n.2, abrl-junho/1989. GONÇALVES, R. Transformações globas, empresas transnaconas e competvdade nternaconal do Brasl. Texto para dscussão n. 320, PUC-RJ: set/1994. GREENE, W. H. Econometrc Analsys. 4th ed. New York: Prentce Hall:2000. HIRATUKA, C. Empresas Transnaconas e Comérco Exteror: uma análse das estratégas das flas brasleras no contexto da abertura econômca. Tese de doutoramento. Instuto de Economa UNICAMP, HSIAO, C. Analyss of panel data. Cambrdge: Cambrdge Unversy Press: JOHNSTON, J. e DINARDO, J. Econometrc Methods. Fourth Edon. Sngapura: McGraw- Hll,1997. LAPLANE, M e SARTI, F. Investmento dreto estrangero e a retomada do crescmento sustentado nos anos 90. Economa e Socedade n. 8: Campnas, jun/1997. LAPLANE, M e SARTI, F. Investmento dreto estrangero e o mpacto na balança comercal nos anos 90. TD n. 629, IPEA: Brasíla, fev/1999. LAPLANE, M. (et all) Internaconalzação e vulnerabldade externa. In Lacerda, A. C. (org), Desnaconalzação: mos, rscos e desafos. São Paulo: Contexto, MOREIRA, M. M. Estrangeros em uma economa aberta: mpactos recentes sobre produtvdade, concentração e comérco exteror. Texto para dscussão n. 67. Ro de Janero: BNDES, março de MOREIRA, M. M. Capal naconal na ndústra: reestruturar para sobrevver. In Lacerda, A. C. (org), Desnaconalzação: mos, rscos e desafos. São Paulo: Contexto, POSSAS, S. Concorrênca e Competvdade: Notas sobre estratéga e dnâmca seletva na economa capalsta. São Paulo: Hucec, WILLMORE, L. Transnatonals and foregn trade. XV Encontro Naconal de Economa vol 1: Salvador, dez/

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