Câmbio Real, Crescimento e Comércio Internacional: evidências empíricas

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1 Câmbo Real, Crescmento e Comérco Internaconal: evdêncas empírcas Fabríco J Msso Frederco G Jayme Jr José Lus Orero 3 Resumo: O objetvo do trabalho é analsar emprcamente a relação entre taxa real de câmbo e taxa de crescmento do produto Para tanto, ncalmente calcula-se o índce de desvalorzação da taxa real de câmbo segundo Rodrk 007 Em seguda, utlzando a técnca de dados em panel não balanceado balanceado, estmamos o efeto desse índce sobre a taxa de crescmento do produto para uma mostra de países no período de Posterormente, analsamos a exstênca de uma relação não lnear quadrátca entre essas varáves, bem como a possbldade de dferentes padrões para dstntos grupos de países Nesse caso, dferentes testes e métodos econométrcos empregados, dentre eles a técnca de regressões quantlícas, garantem robustez aos resultados alcançados Os resultados apontam no sentdo de ndcar que um nível compettvo para a taxa real de câmbo tem efetos postvos sobre a taxa de crescmento, sobretudo para os países em desenvolvmento da Amérca Latna Ademas, este efeto tende a ser não lnear, ou seja, é postvo para níves moderados de desvalorzação cambal Palavras-chave: Câmbo Real, Não lneardade e Crescmento Abstract: The am of ths paper s to analyze emprcally the relatonshp between real exchange rate and rate of output growth Frstly s calculated the ndex of undervaluaton of the real exchange rate followng Rodrk 007 Then, usng the technque of unbalanced panel data balanced, we estmate the effect of ths ndex on the rate of output growth for a sample of countres over the perod Subsequently, we analyze the exstence of a nonlnear relaton quadratc between these varables, as well as the possblty of dfferent standards for dfferent groups of countres In ths case, dfferent tests and econometrc methods were employed, ncludng the technque of quantle regressons, to ensure robust results Conclusons hghlght that a compettve level ndcate that for the real exchange rate has postve effects on growth rate, especally for developng countres n Latn Amerca Moreover, ths effect tends to be nonlnear, e, s postve for moderate levels of undervaluaton Key words: Real Exchange Rate, Nonlnearty and Growth JEL: E, C3, O57 Área: Economa Internaconal Professor Adjunto da UEMS E-mal: fabrcomsso@gmalcom Professor do Cedeplar/UFMG E-mal: gonzaga@cedeplarufmgbr Este autor gostara de agradecer o fnancamento do Cnpq e da FAPEMIG 3 Professor do Departamento de Economa da Unversdade de Brasíla e Dretor da Assocação Keynesana Braslera E-mal: jorero@unbbr

2 Câmbo Real, Crescmento e Comérco Internaconal: evdêncas empírcas Introdução A relação entre câmbo real e crescmento é controversa em economa Dferentes abordagens teórcas postulam a ausênca de nteração, uma nteração postva ou uma nteração negatva entre essas varáves Por outro lado, do ponto de vsta empírco, os resultados alcançados são ambíguos, o que suporta ambas as posções Recentemente, este tema voltou à pauta da dscussão acadêmca, prncpalmente a partr da publcação do artgo de Rodrk 007, que apresenta novos mecansmos de transmssão pelos quas varações na polítca cambal podem ter efetos sobre o produto Ademas, surgram nesse período uma sére de trabalhos empírcos motvados pelas experêncas no sudeste Asátco vs-à-vs o malogro na Amérca Latna e Áfrca, que revelam uma estreta relação entre câmbo compettvo e desempenho econômco Dollar, 99; Rodrk, 007; Echengreen, 007; Razm, Rapett e Skott, 009 Nesse contexto, o objetvo deste trabalho é analsar se emprcamente a manutenção de um nível compettvo para a taxa real de câmbo tem efetos postvos sobre o crescmento econômco dos países em desenvolvmento renda méda O exercíco empírco segue a lteratura recente sobre o tema Rodrk, 007; Gala, 008; Araújo, 00 Incalmente, calcula-se o nível da taxa real de câmbo consderando o efeto Balassa- Samuelson e, com sso, seu índce de desvalorzação Em seguda, verfcamos se esse índce tem efetos sobre a taxa de crescmento do PIB per capta para um conjunto de países A referda lteratura não rejeta a hpótese de que países com relatva sobrevalorzação do nível da taxa real de câmbo expermentam, em méda, menores taxas de crescmento da renda per capta A novdade, neste trabalho - além da base de dados, da amostra de países e das varáves de controle - está na utlzação de dferentes métodos econométrcos que garantem certa robustez aos resultados, bem como no estudo da exstênca de uma relação não lnear entre as varáves de nteresse efeto do nível da taxa real de câmbo sobre o crescmento Ademas, as estmatvas permtem testar se algumas das hpóteses assumdas no modelo de crescmento com comérco nternaconal desenvolvdo recentemente por Msso e Jayme Jr 0 têm respaldo na evdênca empírca Para cumprr com objetvos, este trabalho encontra-se dvddo em quatro seções além desta ntrodução e das consderações fnas A seção apresenta uma revsão do papel da taxa de câmbo nos modelos de crescmento demand led, enfatzando os mecansmos de transmssão pelos quas o câmbo real pode afetar a estrutura produtva e, por consegunte, a taxa de crescmento do produto; a seção segunte apresenta o referdo modelo de crescmento com comérco nternaconal e seus prncpas resultados Por fm, a seção 4 apresenta a metodologa, a base de dados e o cálculo do índce de desvalorzação, bem como a análse dos resultados Câmbo e estrutura produtva nos modelos demand led growth Na abordagem keynesana-estruturalsta dos modelos demand led, a manutenção da taxa real de câmbo em um nível compettvo nfluenca o crescmento dos países em desenvolvmento Isso pode ser explcado bascamente pelos argumentos de que ela exerce um efeto postvo sobre o desempenho das exportações e gera ncentvos à produção de bens substtutos às mportações, o que tende a provocar um aumento da demanda agregada e, por consegunte, da produção e do emprego no médo/longo prazo e, também, porque nfluenca a dstrbução funconal da renda, o padrão de especalzação da economa e, assm, o tamanho e o dnamsmo do setor de manufaturas Formalmente, esses argumentos são ncorporados anda que ndretamente nas análses de Rowthorn 98, Dutt 984, 990, Taylor 985 e, mas especfcamente, de Bhadur e Margln 990 Nesse últmo trabalho, a taxa de câmbo é consderada um argumento ndreto no processo de acumulação de captal através de uma função nvestmento dependente da capacdade utlzada e das margens de lucro Nesse caso, consderando o conflto dstrbutvo evdenca-se uma relação dreta entre a aprecação deprecação real do câmbo e aumento redução nos saláros reas Não obstante, os

3 resultados alcançados dependem bascamente do regme de acumulação: se a elastcdade do nvestmento em relação às varações na partcpação dos lucros na renda for reduzda, quedas no saláro real terão efetos recessvos, dado que a queda no consumo não será compensada por um aumento do nvestmento dos empresáros regme wage-led growth; enquanto, se os nvestmentos forem sensíves à partcpação dos lucros na renda, o contráro é verdadero regme proft-led growth Por outro lado, embora não ncorporem explctamente o papel da polítca cambal, Dos, Pavtt e Soete 990 avançam dentro dessa abordagem ao mostrar relação entre o hato tecnológco, o padrão de especalzação e a taxa de atvdade macroeconômca Os autores pressupõem dos países A e B e dos grupos de commodtes, uma comercalzada com base no custo de produção rcardana e a commodty novatva, que é produzda e exportada pelos países que promovem a novação países desenvolvdos Nesse caso, consderando trabalho como o únco custo de produção e consderando que o país doméstco país A é uma economa especalzada na produção de commodtes rcardanas, demonstra-se que o efeto de um aumento redução no saláro doméstco relatvo ao padrão nternaconal é a redução aumento no conjunto de produtos que o país A pode produzr compettvamente Ademas, analsando dferentes composções de taxas de saláros câmbo, dadas as condções de tecnologa e de demanda, tem-se que qualquer mudança na ntensdade renda das commodtes, que é resultado da varação nas elastcdades renda e preço da demanda, rá causar relaxamento ou aperto da restrção advnda da condção de equlíbro externo Os efetos dessa restrção são explorados pelos modelos de crescmento com restrção externa dervados do modelo benchmark de Thrwall 979 Segundo este exste uma correlação dreta entre a taxa de crescmento do produto de longo prazo e a razão entre as elastcdades renda da demanda por exportações e mportações Ademas, vale lembrar que nesses modelos questões referentes à oferta dos bens estão assocadas à estrutura produtva, uma vez que, anda que o crescmento seja lderado pela demanda, as dferentes elastcdades renda do comérco também refletem característcas não-preço dos bens, o que capta a heterogenedade produtva dessas economas Em outras palavras, o crescmento de longo prazo é explcado pelas característcas estruturas refletdas pelas elastcdades renda, sendo que mudanças na estrutura de produção e, portanto, nas elastcdades alteram a trajetóra de crescmento do produto de equlíbro de longo prazo Os trabalhos sobre a dnâmca econômca estrutural de Pasnett 98, 993 avançam nessa dscussão O autor demonstra que mudanças na estrutura de produção conduzem a alterações no crescmento, dadas as dferentes taxas de expansão da demanda setoral Ou seja, cada setor tem uma capacdade partcular dferentes elastcdades de aprovetar o aumento do produto Essa dea, juntamente com a operânca de uma restrção externa ao crescmento, fo ncorporada por Araújo e Lma 007 em um modelo formal, análogo ao de Thrlwall, que mantém a dnâmca multssetoral de Pasnett O resultado fnal, expresso pela equação denomnada de Le de Thrlwall Mult-Setoral, mostra que taxa de crescmento da renda per capta de um país é dretamente proporconal à taxa de crescmento das suas exportações dada pela elastcdade renda da demanda setoral multplcada pela taxa de crescmento da economa mundal e nversamente relaconada com as elastcdades renda da demanda por mportações setoras, sendo ambas as elastcdades ponderadas pela partcpação relatva dos setores na pauta de comérco Nesse contexto, mudanças na composção da demanda ou na estrutura de produção não captadas pelas elastcdades, mas refletdas na partcpação de cada setor nas exportações ou mportações agregadas, são mportantes para o crescmento Logo, dferentemente do modelo orgnal de Thrlwall, em que a taxa de crescmento dos países só podera aumentar com o aumento da renda mundal, pelo enfoque multssetoral os países podem crescer a taxas maores, atendendo às restrções de equlíbro do balanço de pagamentos, a partr de alterações na partcpação relatva de cada setor na pauta de comérco externo Gouvêa e Lma 00 nvestgam como a mudança estrutural, dentfcada como alterações na composção setoral das exportações e/ou mportações, afeta a ntensdade da restrção externa Para tanto, estmam a Le de Thrlwall Multssetoral para oto países no período de , demonstrando que ela não é rejetada para nenhum dos países Em outros termos, a composção setoral das exportações e mportações é mportante para o crescmento 3

4 Isso mplca, admtndo-se que uma taxa de câmbo compettva possa ser um estímulo à especalzação setoral, que economas que mantêm uma taxa de câmbo sobreaprecada tendem a bloquear o canal de aumento de produtvdade lgado ao desenvolvmento dos setores ndustras, pos dado que a lucratvdade desses setores dmnu em consequênca dessa aprecação, sua partcpação na produção agregada se reduz, enquanto aumenta a de não-manufaturados, especalmente aqueles lgados à produção de commodtes e/ou de bens não-comercalzáves Gala e Lbâno, 00 Com efeto, observa-se que, em grande parte dessas análses, não são explorados os possíves efetos que varações no nível da taxa real de câmbo têm sobre a acumulação de captal e a novação tecnológca Ou seja, pressupõe-se que os canas que afetam a estrutura produtva ocorrem por ntermédo dos estímulos que varações no câmbo real possuem sobre a demanda e/ou a estrutura de saláros Todava, anda que mportantes, admte-se que eles não captam a totaldade dos efetos Segundo Msso 0, o ponto de partda para suprr esta lacuna é o entendmento de que o nível da taxa real de câmbo é capaz de nfluencar a produtvdade e a estrutura produtva da economa, determnando mudanças nos padrões de especalzação e de compettvdade também por ntermédo de outros mecansmos Esses novos mecansmos, segundo o autor, estão assocados à possbldade de a manutenção de um câmbo real compettvo estabelecer ncentvos ao progresso tecnológco Mas especfcamente, a desvalorzação cambal ao aumentar o lucro das empresas e a sua capacdade de autofnancamento altera a dsponbldade de fundos de que essas empresas dspõem para realzar seus projetos de nvestmentos relaconados à pesqusa e novação 4 Em outros termos, o argumento é de que a valorzação do câmbo real está assocada a uma redstrbução de renda dos lucros em prol dos saláros, o que mplca uma redução da capacdade de autofnancamento das empresas Isso se reflete na dmnução da dsponbldade de fundos própros para aqusção de novas tecnologas e na maor restrção de acesso das frmas ao fnancamento de terceros devdo às assmetras de nformação exstentes nos mercados fnanceros, as quas geram raconamento de crédto Dessa forma, mesmo dante da possbldade de aqusção de tecnologa barata no exteror, é provável que dversos setores produtvos se mantenham ncapactados de nvestr na modernzação da sua capacdade produtva Portanto, é dante da manutenção de um câmbo compettvo que se espera que as empresas empreendam atvdades novatvas que resultem em uma maor heterogenedade produtva maor número de tpos dferentes de bens produzdos, por exemplo e, também, em uma homogenezação estrutural, vsto que agora o progresso técnco é ncorporado também por setores que não estão vnculados ao mercado externo Como nos setores mas atrasados os retornos da atvdade novatvas são maores, espera-se que as descontnudades sejam rapdamente superadas Ademas, deve-se observar anda que o aumento da heterogenedade produtva em dreção aos setores tradables, como consequênca da manutenção de um câmbo real compettvo, permte retormar às mplcações kaldoranas da chamada le de Verdoorn Segundo esta le, exste uma relação postva entre crescmento do produto ndustral e da produtvdade na ndústra, estando a relação de causaldade na dreção do prmero para o segundo Isso ocorre dado que quando a produção cresce, ela é acompanhada, ao longo do tempo, por relevantes transformações na estrutura produtva e na composção da demanda que benefcam a ndústra, haja vsta que tas modfcações nduzem a utlzação de novos processos produtvos ou envolvem o surgmento de novos produtos Ademas, há o surgmento de novas undades empresaras e/ou a amplação das exstentes, o que possblta o emprego de equpamentos mas modernos, possvelmente mas adequados às undades produtvas de maor tamanho Logo, surge uma relação dreta entre o crescmento da produção e da produtvdade O aumento na produção nduzdo pelas alterações de demanda decorrentes da desvalorzação cambal provoca um aumento na produtvdade em setores em que se verfca, em sentdo macroeconômco, a presença de economas de escala dnâmcas Essas economas estão assocadas a mudanças tecnológcas e, por sso, são não reversíves, sendo elas advndas, prncpalmente, do learnng by dong e da exstênca de crescente dvsão do trabalho propcada pelo crescmento do mercado 4 A lteratura empírca mostra que as prncpas varáves determnantes dos gastos em P&D e dos nvestmentos em captal físco são o fluxo de caxa e o número de vendas Hall, 99; Hmmelberg e Petersen, 994, Bond, Harhoff e Van Reenen, 999 Ora, essas são duas varáves afetadas postvamente por desvalorzações no nível da taxa real de câmbo 4

5 Observa-se, assm, que a manutenção de um câmbo real compettvo, ao estmular a demanda externa, possblta um maor crescmento do produto e da produtvdade Ou seja, ocorre uma causaldade cumulatva advnda da realmentação mútua entre crescmento e retornos crescentes, assocados ao maor progresso técnco nduzdo pela expansão da produção Logo, a expansão dos setores ndustras estmula o aumento da produtvdade e contrbu para acelerar a taxa de mudança tecnológca de toda a economa, aumentando sua compettvdade no mercado externo destacam-se também o learnng by usng, learnng by nteractng e learnng by exportng, entre outros 5 Portanto, a manutenção de um câmbo real compettvo leva a uma maor heterogenedade produtva, maor progresso tecnológco, maor capacdade de fnancamento do nvestmento e a um aumento da produtvdade total do trabalho, garantndo, no longo prazo, uma maor elastcdade renda da demanda por exportações Racocíno análogo pode feto com relação à elastcdade renda da demanda por mportações, sendo ela uma função nversa do número de produtos fabrcados pelo país e do grau de tecnologa a eles ncorporado Assm, uma desvalorzação no nível da taxa real de câmbo, ao aumentar a heterogenedade produtva e o conteúdo tecnológco ncorporado aos produtos, reduz a necessdade de mportação de bens externos, representando uma redução na elastcdade renda da demanda por mportações Em síntese, trabalhos recentes pressupõem a exstênca de novos canas de transmssão da relação câmbo e crescmento dentro desse desdobramento dos modelos demand led da tradção keynesanaestruturalsta Esses canas, anda que parcalmente neglgencados, são fundamentas, uma vez que, ao determnarem a endogenedade das elastcdades renda do comérco e, por consegunte, a possbldade de relaxamento da restrção externa mostra a mportânca para as economas em desenvolvmento da manutenção de um nível compettvo para a taxa real de câmbo A segur, apresentamos um modelo de crescmento com comérco nternaconal que demonstra formalmente a mportânca dessa polítca para as referdas economas Câmbo e crescmento em um modelo com comérco nternaconal O modelo desenvolvdo por Msso e Jayme Jr 0, baseado em Cmol e Porcle 0, mostra o efeto de uma desvalorzação no nível da taxa real de câmbo sobre o crescmento das economas em desenvolvmento consderando-se o comérco nternaconal Admtndo que os gastos planejados em novação das empresas presentes nessas economas são mas fortemente dependentes do lucro acumulados e, por consegunte, do nível da taxa real de câmbo, os autores demonstram que mesmo que os países desenvolvdos adotem polítcas semelhantes retalatóra de desvalorzação de suas taxas, anda assm haverá um efeto postvo sobre o crescmento dessas economas 6 Para tanto, desenvolve-se um modelo norte-sul, onde o sul são os países que estão crescendo abaxo do seu potencal máxmo devdo à restrção externa países em desenvolvmento, Grupo, enquanto os países do norte não desejam aumentar suas taxas de crescmento países desenvolvdos, Grupo O que dferenca o grau de desenvolvmento dos países é a dependênca da acumulação do progresso tecnológco às varações no nível da taxa real de câmbo Para o segundo grupo de países essa dependênca é nula A justfcatva para esta dferencação está no entendmento de que, nos países desenvolvdos, a tecnologa é mas dversfcada, o que, somada às característcas de dependênca de trajetóra e do seu caráter cumulatvo, faz com que seja menos dependente dos ncentvos advndos da polítca cambal Mas especfcamente, entende-se que uma redstrbução da renda em prol dos lucros afeta o progresso tecnológco para ambos o grupo de países, mas nos países desenvolvdos esses efetos são reduzdos, dado que grande parte do progresso tecnológco é resultado da própra atvdade produtva Segundo Rosemberg 98, o acúmulo de conhecmento tecnológco mutas vezes resultante de achados puramente empírcos ou de solução de problemas técncos na produção oferece avendas para o desenvolvmento da cênca O autor relata o surgmento de problemas complexos em empresas cuja solução resulta em descobertas centífcas mportantes Ou seja, a dnâmca de aplcação da cênca à 5 O aumento da heterogenedade produtva em uma economa dual à la Lews permte aumentar a produtvdade do trabalho através de sua realocação dos setores não tradables atrasados em dreção aos setores tradables avançados 6 Evdentemente, desconsdera-se a possbldade de uma guerra fscal que reduza drastcamente o nível de comérco 5

6 produção determna novos canas de evolução da própra cênca, específcos desta dnâmca Como salenta Dos 988, um sgnfcatvo montante da novação e melhoramentos é orgnado através de melhoramentos, learnng by dong e learnng by usng Nesse contexto, o maor número de empresas concorrentes potencas e a maor ntegração desses mercados à economa mundal, juntamente com a presença de um sstema naconal de novações consoldado, dexa o progresso tecnológco nos países desenvolvdos menos dependente do nível da taxa real de câmbo Msso e Jayme Jr, 0 Formalmente, a estrutura ncal do modelo de Cmol e Porcle 0 é apresentada como segue: o nível de renda real dos dos grupos meddos em termos monetáros do Grupo pode ser expresso da segunte forma; Y = C + I + G + X M E P P 3 Y = C + I + G + X M P E P 3 y = j / y j 33 em que Y = renda, C = consumo, I = nvestmento, G = gasto do governo, X = volume de exportações, M = volume de mportações, E = taxa de câmbo nomnal, P = o nível de preços; = a elastcdade renda da demanda por mportações do país ; j = a elastcdade renda da demanda por mportações do país j ; y = a taxa de crescmento compatível com equlíbro em conta corrente do país, y j = taxa de crescmento do país j,, j =, e j A equação 344 é a restrção externa para uma economa sem fluxo de captas consderando e + p = p Thrlwall, 979 Por smplcdade, admte-se que consumo, nvestmento e gasto do governo são funções apenas do gasto autônomo Nesse sentdo, o nível de gasto autônomo agregado B pode ser dentfcado como; B = C + I + G 34 Logo, substtundo 35 nas equações 3 e 33 é possível reescrever a renda naconal dos dos grupos; Y = B + X M E P P 36 Y = B + X M P E P 37 As funções demandas por exportações e mportações são dadas por; X em que M = = ε P E Pj η Yj E P P ψ Y j Y j é a renda mundal para o país ; Y a renda doméstca; ε e são as elastcdades renda da demanda por exportações e mportações, respectvamente, e η e ψ são as elastcdades preço Reescrevendo as funções demanda por exportação e mportação em termos de taxas de crescmento; x = m = y η e + p p 30 m = x = y + ψ e + p p 3 onde η, ψ < 0 e, consderando o modelo com duas regões, η = ψ, η = ψ, ε = e ε = Reescrevendo 36 e 37 em termos de taxa de crescmento e substtundo no resultado as equações 30 e 3 é possível determnar a taxa de crescmento para ambos os grupos como y = b + y + η + ψ e + p p 3 y = b + y + + η + ψ e + p p 33 onde b e b são as taxas de crescmento dos gastos autônomos e = = / + são os multplcadores 6

7 Resolvendo o sstema formado por 3 e 33, é possível demonstrar que as taxas de crescmento podem ser expressas em termos de b e b e das taxas de mudança dos termos de troca Ou seja; y = [ b + b + η + ψ e + p p]/ 34 y = [ b + b + + η + ψ e + p p ]/ 35 em que > 0 A segur, com base em 34 e 35, Msso e Jayme Jr 0 analsam os efetos de uma polítca de desvalorzação da taxa real de câmbo nclundo no modelo a hpótese de endogenedade das elastcdades renda do comérco em relação ao nível da taxa real de câmbo 3 Efetos de mudanças no nível da taxa real de câmbo com endogenedade das elastcdades Incalmente, para ncorporar o argumento da endogenedade das elastcdades renda, reescreve-se a equação 38 para o Grupo como; X = P E P * η ε Y j 36 A dferença agora é que a elastcdade renda da demanda por exportações é uma função endógena do nível da taxa real de câmbo 7, e; ε = f s, a com ε / s s > 0 ; ε a a > em que s 0 é o número de bens produzdos pelo país, a é o progresso tecnológco e é o nível real da taxa de câmbo Observe que se o nível da taxa real de câmbo for maor do que 0, vale a segunte relação para as elastcdades assocadas: ε > ε 0 e > 0 Reescrevendo 3 e 33 explctando a endogenedade das elastcdades lembrando que ε =, tem-se que; * y = b + y + η + ψ e + p p 38 y = b + y + + η + ψ e + p p 39 Resolvendo o sstema formado por 38 e 39 em termos de b e b e das taxas de mudança dos termos de troca, tem-se; y = [ b + b + + η + ψ e + p p]/ 30 y = [ b + b + η + ψ e + p p]/ 3 Para determnar a nfluênca de varações no nível da taxa real de câmbo do Grupo, consderase que as varações na taxa real de câmbo sejam nulas = e + p p = 0 Ou seja, admte-se que o Grupo mplementou uma polítca que elevou o nível da taxa real de câmbo permanentemente, sendo a varação nessa taxa nula a partr do momento em que ela alcançou este novo patamar 8 Os efetos dessa alteração sobre as taxas de crescmento dos dos grupos podem ser determnados dferencando parcalmente as equações 36 e 363 com respeto à Nesse caso, leva-se em consderação o aumento na elastcdade-renda da demanda de exportações do Grupo e, consequentemente, a elevação da elastcdade-renda da demanda por mportações do Grupo Ademas, consderam-se os efetos sobre e, ou seja, o fato de que os multplcadores também são endógenos, com / < 0 e < 0 Sendo assm, reescrevendo as equações 30 e 3 explctando a endogenedade dos multplcadores e das elastcdades; y = b + b ]/[ ] 3 [ 7 Para smplfcar a análse, admte-se que o progresso tecnológco não altera a elastcdade renda da demanda por mportações 8 Para algumas propostas de como mplementar esta polítca ver Frenkel e Taylor 005 e Ferrar, Fretas e Barbosa-Flho 00 0 ^ 7

8 8 ] ]/[ [ + = b b y 33 e dervando com relação a nível da taxa real de câmbo do grupo ; } } = b b b y 0 > } = b b b b y? consderando que > e > Ou seja, a polítca de desvalorzação do câmbo real pelo Grupo tem efetos postvos sobre a sua taxa de crescmento de longo prazo Uma polítca de retalação por parte do Grupo é agora nócua, uma vez que as mudanças decorrentes de varações no nível da taxa real de câmbo do prmero grupo são estruturas e, portanto, permanentes O resultado anteror mostra, anda, que os efetos sobre a taxa de crescmento do Grupo é ndetermnado No entanto, espera-se que ele seja negatvo Uma forma de observar sso é demonstrar os efetos dessa varação sobre a restrção externa dos dos grupos de países Reescrevendo 33 em termos do Grupo e do Grupo e dferencando; 0 ] / [ / > = y y 34 0 ] / [ / < = y y 35 O resultado 35 demonstra que, para uma dada renda do Grupo, um aumento no nível da taxa real de câmbo do Grupo relaxa a sua restrção externa, o que mplca na possbldade de se alcançar uma maor taxa de crescmento de longo prazo compatível com o equlíbro no BP Em outras palavras, quanto maor o grau de compettvdade não preço do Grupo comparado ao Grupo sto é, maor a relação, maor va ser a taxa de crescmento desse grupo compatível com o equlíbro no BP para uma dada taxa de crescmento do Grupo A Fgura lustra esse resultado Incalmente ambas as economas estão em equlíbro no ponto 0 e Nesse ponto a taxa efetva de crescmento do Grupo curva 0 gdp, que corresponde a equação 30 ntercepta a taxa de crescmento efetva do Grupo curva 0 gdp, que corresponde a equação 3 e a condção de equlíbro para a conta corrente equação 0 cc, que corresponde a equação 33 A taxa de crescmento dos dos grupos de países é compatível com o equlíbro em conta corrente Observe

9 que a nclnação da curva cc 0 razão entre as elastcdades / é menor que a undade, o que mplca que o Grupo cresce menos em equlíbro Fnalmente, admte-se que o Grupo adota um nível mas compettvo para sua taxa real de câmbo Neste caso, a curva gdp 0 move-se para gdp enquanto que a curva cc 0 move-se para cc Esse últmo deslocamento ocorre dado a endogenedade das elastcdades renda em relação ao nível da taxa real de câmbo, de forma que a razão / dmnu Consequentemente, a curva gdp 0 deslocase para a esquerda, gdp e a economa encontra seu novo equlíbro no ponto e Nesse novo equlíbro, a taxa efetva de crescmento do Grupo é maor e a do Grupo, menor Observa-se, contudo, que o efeto fnal sobre o crescmento desse últmo grupo depende da sensbldade do progresso técnco em relação ao nível da taxa real de câmbo do grupo de países ; ou seja, da magntude das varações nas elastcdades frente ao aumento em cc 0 gdp gdp 0 cc gdp e e 0 gdp 0 Fgura : Crescmento, Polítca Cambal e Mudança Estrutural Msso e Jayme Jr, 0 Em relação aos resultados, Msso e Jayme Jr 0 observam, em prmero lugar, que a polítca cambal, como ndutora de mudanças estruturas, tem efetos reas sobre a taxa de crescmento de longo prazo dos países em desenvolvmento Em segundo, os autores propõem um avanço em relação à análse de coordenação proposta por Cmol e Porcle 0 Ou seja, esses autores mostraram que a expansão da taxa de crescmento do grupo de países só será efetva se for acompanhada de uma polítca fscal expansonsta por parte do grupo de países ou se estver baseada em mudança estrutural Com efeto, a partr da extensão desse modelo é possível demonstrar que a coordenação da polítca fscal juntamente com a polítca cambal aumenta as taxas de crescmento de ambos os grupos, prncpalmente do grupo de países em desenvolvmento Mas especfcamente, exstem ncentvos para que os países coordenem, anda que ndependentemente, polítcas fscas e cambas 4 Metodologa e Cálculo do Índce de desvalorzação Nesta seção, desenvolvemos um teste empírco que nvestga a relação entre o nível da taxa real de câmbo e a taxa de crescmento econômco para um conjunto de países seleconados Isso permte avalar se algumas das hpóteses assumdas no modelo anteror tem respaldo na evdenca empírca, em especal, a hpótese de que os efetos do câmbo sobre a taxa de crescmento é dferente para países desenvolvdos em comparação com países em desenvolvmento Para tanto, ncalmente calculamos um índce para a desvalorzação do nível da taxa real de câmbo segundo Rodrk 007 Esse procedmento é realzado em três etapas: Em prmero lugar, calcula-se a segunte relação; ln RER = ln XRAT / PPP t t t y 4 9

10 em que RER t é a taxa real de câmbo; XRAT t, a taxa nomnal de câmbo em moeda naconal; PPP t, o fator de conversão pardade do poder de compra; ln é o logartmo natural; e e t são os índces para países e períodos de tempo, respectvamente Quando RER t é maor que a undade, o valor da moeda corrente é menor mas deprecada que o valor ndcado pela pardade do poder de compra Em segundo lugar, ajusta-se a taxa real de câmbo calculada pelo efeto Balassa-Samuelson, ou seja, a equação 4 precsa ser corrgda pelas dferenças nas dotações de fatores, sendo o Produto Interno Bruto per capta em dólares pbpcd uma varável proxy para essa dotação ln RERt = ln pbpcd t + µ t + η + εt 4 em que µ t é o efeto fxo por período; η é o efeto fxo por país; e ε t é o termo de erro Fnalmente, calcula-se o índce pela dferença entre a taxa de câmbo atual e a taxa de câmbo ajustada pelo efeto Balassa-Samuelson Undervalued = ln RER ln RER 43 t t t em que Undervalue d t é o índce de desvalorzação cambal e ln RERt são os valores obtdos pela equação 4 Defndo deste modo, este índce é comparável entre países e ao longo do tempo Se seu valor exceder a undade, a taxa de câmbo é tal que os preços doméstcos são mas baratos do que na moeda de referênca dólar Ou seja, a moeda naconal encontra-se desvalorzada Todava, como usamos a transformação logarítmca, esse índce está centrado em zero Com base neste índce, é possível nvestgar a relação entre o nível da taxa real de câmbo e a taxa de crescmento per capta dos países seleconados, conforme exercíco econométrco a segur 4 Métodos e base de dados As fontes para a análse de dados a segur são as bases estatístcas do Fundo Monetáro Internaconal FMI, o World Economc Outlook Database WEO, de 008, e o Internatonal Fnancal Statstcs, de março de 008, dsponível no ste do FMI Ademas, foram utlzados os dados da Pen World Table e do Development Research Insttute DRI 008 da New York Unversty A estratéga de estmação envolve a seleção de duas dferentes amostras de países, seleconadas a partr dos dados dsponíves para o período de 980 a 008 Mas especfcamente, utlza-se um panel não balanceado para uma amostra ampla de 03 países n ao longo de 9 anos t e um panel balanceado para uma amostra reduzda composta por 63 países ao longo deste mesmo período 9 Os países que compõem as amostras estão nomeados no Anexo Ressaltamos que para alguns países a quantdade de observações dsponíves é bastante lmtada, ou seja, as séres possuem uma grande quantdade de mssng, o que mplca adotar tradconalmente uma das seguntes estratégas: concentrar-se em uma amostra de países restrtos por um período de tempo relatvamente longo ou se concentrar em um período de tempo muto curto para uma grande amostra de economas Ambas as alternatvas são problemátcas, pos a prmera neglgenca o estudo das relações de nteresse nas economas em desenvolvmento e menos desenvolvdas, enquanto a segunda neglgenca a dnâmca e a evolução das relações de nteresse Ademas, como as observações com mssng não são levadas em consderação quando se estma uma regressão, a exclusão dessas varáves pode gerar vés às estmatvas obtdas Se houver dferenças sstemátcas entre o tpo de país que reporta seus dados e o tpo dos que não reportam, ocorre problema de dentfcação O problema de vés de seleção amostral sgnfca que talvez não seja possível fazer nferênca para o conjunto de países, pos um grupo desses países está sendo mas evdencado que outros Portanto, as nterpretações dos resultados econométrcos devem levar em consderação essas lmtações, anda que se possa consderar que as amostras sejam sufcentemente abrangentes e representatvas de certos tpos de especalzação nternaconal O Quadro traz uma descrção mas detalhada do número de países e do número de países por grupo que compõem cada amostra, de acordo com a classfcação do World Economc Outlook 9 Na amostra ampla, a presença de mssng não ultrapassa os 5% Os países que compõem as amostras, bem como as bases de dados serão dsponblzadas pelos autores medante solctação 0

11 Quadro : Composção das amostras ampla e reduzda A Economas Avançadas Área do Euro ampla reduzda 0 0 B Economas Emergentes e em desenvolvmento 8 43 Amérca Latna e Centro Amérca 9 4 Ása em Desenvolvmento 3 0 Áfrca Subsarana 8 v Centro e Leste Europeu 5 v Orente Médo e Áfrca do Norte 6 7 Total do número de países A+B Nota: Classfcação segundo o WEO World Economc, 00 O exercíco será realzado com base em dferentes técncas econométrcas adequadas para dados dessa natureza Mas especfcamente, utlzam-se as dferentes técncas de dados em panel efetos fxos e efetos aleatóros e os testes convenconas de especfcação e dentfcação do modelo teste F para a presença de efetos fxos, teste de Breusch-Pagan para a presença de efetos aleatóros, teste de Hausman para a escolha entre modelos de efetos fxos e modelos de efetos aleatóros, teste de Wooldrdge de autocorrelação e o teste modfcado de Wald para heterocedastcdade para dados em panés e o teste para a nclusão dos efetos do tempo Para mas detalhes sobre a metodologa econométrca utlzada, ver Cameron e Trved 005, Greene 003 e Wooldrdge 000 A forma geral da equação a ser estmada é dada a segur, representando o modelo de crescmento para dados em panel: K, t = 0 + Undervalued t + j Z, tj + µ t + η + ε t j 3 tpbpc, 44 = em que =,, N, t =,, T, j = 3,, K A varável dependente tpbpc t é a taxa de crescmento do Produto Interno Bruto per capta de cada país no período analsado; Over é o índce de desvalorzação da taxa real de câmbo calculado segundo Rodrk 007; Z são as varáves de controle K = 6 ; s são os parâmetros a serem estmados; µ é o efeto específco de tempo; captura os efetos não observados t de cada país que são nvarantes no tempo; ε t é o termo de erro dossncrátco; e os subscrtos e t referem-se a países e ao tempo, respectvamente O termo especfco de tempo busca controlar as condções nternaconas que mudam ao longo do tempo e que afetam a performance de crescmento econômco dos países, enquanto o termo não observável específco para cada país ncorpora fatores que nfluencam o crescmento da renda e que são potencalmente correlaconados com as varáves explcatvas 0 A Tabela sntetza as varáves utlzadas no exercíco econométrco As varáves de controle utlzadas para estmar o modelo da equação 44 seguem a lteratura sobre o tema e podem ser classfcadas nos seguntes grupos: abertura ao comérco nternaconal - a varável utlzada é o volume de comérco sobre o PIB openc; obrgações do governo usamos como proxy a partcpação dos gastos do governo no PIB per capta expend; e polítcas de establzação a varável utlzada é a taxa méda de nflação tnfla Por outro lado, segundo Verspagen 993, utlza-se como varável proxy para o gap tecnológco gap de cada país a razão entre o PIB per capta de cada país em relação ao dos Estados Undos Mas especfcamente, o valor do PIB per capta dos Estados Undos é tomado como a produtvdade do líder tecnológco na defnção do gap Assm, países próxmos à frontera tecnológca devem crescer a taxas menores Ademas, utlzam-se como controles as varáves taxa de crescmento da população tcpop e taxa de poupança save Espera-se uma relação postva entre a varável dependente e a varável openc, o que sgnfca que países com maor abertura ao comérco nternaconal crescem a uma taxa relatvamente maor, enquanto que o snal esperado para as varáves gap, expend e tcpop é negatvo, ndcando que países próxmos à frontera η 0 Para captar o efeto específco de tempo, foram utlzadas as varáves dummes que, para fns de smplfcação, não serão reportadas

12 tecnológca, que mantêm uma maor partcpação dos gastos em consumo em relação ao PIB per capta ou com altas taxas de crescmento da população, crescem a menores taxas Tabela : Lsta de varáves da pesqusa Sgla Comentáro Fonte pbpcd PIB per capta em Dólares Amercanos WEO/IMF tpbpc Taxa de crescmento do PIB per capta DRI/NYU Save Taxa de poupança em relação ao PIB poupança naconal bruta/pib WEO/IMF Xrat Taxa de câmbo undades da moeda naconal por dólares amercanos PWT 70 ppp Undervalued Pardade de Poder de compra em relação ao PIB em undades monetáras naconas por dólares amercanos Índce de desvalorzação do nível da taxa real de câmbo calculado segundo Rodrk 007 PWT 70 Elaboração própra com dados da PWT 70 openc Porcentagem do Grau de Abertura preços correntes PWT 70 gap PIB per capta convertdo pela PPP relatvo aos Estados Undos US=00 PWT 70 expend Partcpação do consumo do governo em relação ao PIB per capta ponderado pela PWT 70 PPP a preços constantes de 005 tnfla Taxa de nflação taxa de mudança méda anual do Índce de Preços ao Consumdor WEO/IMF tcpop Taxa de crescmento da população DRI/NYU Fonte: Elaboração própra Nota: DRI Development Research Insttute; NYU New York Unversty; WEO World Economc; IFS Internatonal Fnancal Statstcs; e IMF Internatonal Monetary Fund 4 Análse dos resultados Segundo Rodrk 007, estmou-se a equação 4, obtendo-se = 0, 505 t = 38, 35, o que sugere a presença sgnfcatva do efeto Balassa-Samuelson A Fgura mostra em escala logarítmca a dspersão da taxa de crescmento do Produto Interno Bruto per capta e do índce Underover para uma amostra de 95 países no período de 980 a 008 Os dados mostram que, para o período médo, países com maor aprecação no nível da taxa real de câmbo expermentaram menores taxas de crescmento do PIB per capta lnha de tendênca lnear Ou, em outros termos, a maora dos países que cresceram no período quadrante superor dreto apresentou um maor índce para o nível para a taxa real de câmbo Ademas, observa-se que os dados apontam para a exstênca de uma relação não lnear 5 Under y = 0466x R² = y = -03x x R² = tpbpc ^ -3 Fgura : Dspersão entre PIB per capta e o Índce de Desvalorzação

13 A segur, realzamos uma sére de exercícos econométrcos para nvestgar a relação entre as varáves de nteresse nível da taxa real de câmbo e crescmento econômco Os resultados são reportados na Tabela Incalmente, estmou-se o modelo da equação 44 utlzando o método dos Mínmos Quadrados Ordnáros MQO com dados emplhados pooled date, para efetos de comparação Os resultados obtdos coluna I e II ndcam que tanto a varável de nteresse como as varáves de controle têm o snal esperado O índce Undervalued é sgnfcatvo na estmatva que envolve a amostra reduzda Com base nesses resultados, rejeta-se a hpótese nula de que o nível da taxa real de câmbo não tem efetos sobre a taxa de crescmento, ou seja, as evdêncas sugerem que este efeto exste e é postvo Tabela : Desvalorzação e Crescmento - MQO pool regresson x Efetos fxos x Efetos aleatóros Varável dependente: tpbpc Undervalued save openc gap expend tnfla tcpop Constant MQO com dados Empllhados robust reduzda II ampla I 046,6 0094*** *** *** * *** ** 68 Testes para escolha do modelo aproprado F-test Prob > F Breusch e Pagan valor χ Prob> χ Hausman valor Prob> χ χ 0** 88 00*** *** *** * *** *** *** 409 ampla III 09* *** ** * *** *** * -3,07 373*** 393 Ampla Dados em Panel Efetos Fxos reduzda IV 33** 6 093*** 64 00*** ,8-04*** *** ,6*** -4,0 5,*** 45 reduzda ampla V Dados em Panel Efetos Aleatóros reduzda VI *** 87 00*** *** * *** * *** 358 3** 30 0,097*** 80 0,0*** 397-0,035*** - 5, -0,086*** - 3, *** - 7,0-0,73*** *** 479 Decsão Efeto Fxo Efeto Aleatóro Efeto Fxo Nota:*p<005, **p<00, ***p<000 Entre parêntess os valores da estatístca t Estmatvas MQO pooled já corrgdas para potencal heterocedastcdade; F-Teste: H 0 : todos os erros são ndependentes e dentcamente dstrbuídos d; Teste Breusch e Pagan: H 0 : Os erros do modelo de efetos aleatóros são d; v Teste de Hausman: H 0 : As dferenças nos coefcentes dos modelos testados é não sstemátca Não obstante, o modelo anteror admte por hpótese a exogenedade contemporânea das varáves explcatvas, o que mplca que os regressores não podem ser correlaconados com o erro dossncrátco no mesmo período Contudo, essa condção necessára para consstênca desse estmador pode não ser observada como consequênca da omssão de varáves relevantes no modelo de regressão Uma forma de resolver este problema é utlzar dados em panel medante a consderação explícta de efetos ndvduas não-observados, em que sua dentfcação se torna possível quando a dmensão temporal é O teste RESET de Ramsey F-test= 450, Prob > F= ndca que o modelo tem problemas com varáves omtdas, ou seja, rejeta-se H 0 H 0 : o modelo não tem varáves omtdas 3

14 ncorporada à análse Nesse sentdo, nvestgamos a segur a relação de nteresse utlzando a técnca de dados em panel Os resultados da estmação para o modelo com dados de panel efetos fxos e efeto aleatóro são reportados nas colunas III-VI da Tabela, respectvamente Em prmero lugar, observa-se que as varáves de controle tveram os snas esperados e mostraram-se estatstcamente sgnfcatvas Em segundo, observa-se que a varável de nteresse, o índce de desvalorzação cambal, apresentou o snal esperado e sgnfcatvo nas estmatvas por efetos fxos Nas estmatvas por efetos aleatóros o mesmo apresentou o snal esperado, embora tenha sdo sgnfcatvo somente na regressão envolvendo a amostra reduzda Portanto, novamente rejeta-se a hpótese nula de que o nível da taxa real de câmbo não afeta a taxa de crescmento Testamos a hpótese de que as dummes de tempo devem ser ncluídas como efetos fxos na regressão Os resultados não reportados rejetam a hpótese nula de que essas varáves não sejam conjuntamente sgnfcantes, ou seja, elas devem ser ncluídas nas estmatvas Todas as estmatvas ncluem dummes de tempo, salvo quando contraramente especfcado A Tabela também apresenta os resultados dos testes para a escolha do modelo aproprado Em prmero lugar, testamos a presença de efetos fxos Nesse caso, realzamos o teste F, pelo qual rejetamos a hpótese nula de que os erros dossncrátcos são ndependentes e dentcamente dstrbuídos, o que permte conclur que o modelo de efetos fxos se apresenta como mas aproprado do que modelo MQO com dados emplhados Em seguda, testamos a presença de efetos aleatóros Nesse caso, realzamos o teste do multplcador de Lagrange proposto por Breusch e Pagan 980, que ndca a presença de efetos aleatóros Por fm, para escolher entre os efetos fxos e aleatóros, utlzamos o teste de Hausman 978 Os resultados mostram que a hpótese nula de que os coefcentes são não sstemátcos é rejetada para ambas as amostras, tornando possível fcar com o modelo de efetos fxos O passo segunte procura garantr robustez aos resultados encontrados Para tanto, são utlzados os testes de Wald modfcado para heterocedastcdade em modelos de regressão com efetos fxos e o teste de Wooldrdge para testar a presença de autocorrelação no modelo em panel Os resultados dos testes ndcaram que os erros do modelo são autocorrelaconados e heterocedástcos Nesse caso, utlzamos uma sére de métodos de estmação que buscam corrgr estes problemas Em prmero lugar, utlzamos o método dos Mínmos Quadrados Generalzados GLS que corrge o problema da heterocedastcdade Em segundo, estmamos o modelo de efetos fxo wthn corrgndo para o problema da autocorrelação quando o erro dossncrátco é autoregressvo de prmera ordem a estmatva não nclu as varáves dummy temporas Em tercero, estmamos com as correções de Drscoll e Kraay 998 para os erros padrões dos coefcentes estmados por efetos fxos A estrutura do erro dossncrátco é assumda como sendo heterocedástca, autocorrelaconada e, possvelmente, correlaconada entre os grupos panés Nesse caso, os erros padrões são robustos a váras formas de dependênca transversal espacal e temporal quando a dmensão do tempo se torna grande Em quarto, utlzamos o método dos mínmos quadrados generalzados para efetos fxos FEGLS, consderando a presença de autocorrelação de prmera ordem dentro dos panés e correlação transversal cross-sectonal, bem como heterocedastcdade em panés Por fm, utlzamos o método de Cochrane- Orcutt a partr da transformação de Pras-Wnsten para corrgr os problemas de autocorrelação e heterocedastcdade Como observa Greene 003, a transformação Pras-Wnsten remove esses problemas e os resultados são coefcentes não vesados e consstentes erros padrão corrgdos em panel PCSE Ademas, quando são calculados os erros padrão e a matrz de varânca e covarânca, assume-se que os erros sejam heterocedástcos e contemporaneamente correlaconados entre panés Os resultados são apresentados na Tabela 3 4

15 Tabela 3: Testes de Robustez GLS EF com AR FE/Drscoll e Kraay FEGLS Pras-Wnsten tpbpc ampla reduzda ampla reduzda ampla reduzda ampla reduzda ampla reduzda Over save openc gap expend tnfla tcpop Cons Problemas Resolvdos *** *** *** ** *** *** 435*** 0 98*** *** *** ** *** *** *** * *** *** * *** * *** ** *** *** ** *** 09 4* *** * * ** 373 * *** ** *** *** 5 34** Heterocedastcdade Autocorrelação Autocorrelação e Heterocedastcdade 6 76** *** *** ** *** ** *** 004 4*** *** *** *** *** Autocorrelação e Heterocedastcdade 09 5* oo8 60*** *** *** *** *** 05 36** 35 30** 008 5*** ** *** *** *** *** Autocorrelação e Heterocedastcdade Nota:*p<005, **p<00, ***p<000 * AR refere-se a autocorrelação de prmera ordem Entre parêntess os valores da estatístca t Nas estmatvas para EF com AR não foram ncluídas as varáves dummys temporas 5

16 Com a correção dos problemas de heterocedastcdade e autocorrelação, as estmatvas dos coefcentes de nteresse do modelo proposto mantêm o snal esperado e são, em geral, estatstcamente sgnfcatvas Isso mplca que permanecem váldas as relações esperadas entre a varável dependente e as varáves explcatvas, demonstrando a robustez do modelo As varáves undervalued, save e expend foram as mas sensíves aos testes de robustez A comparação entre os estmadores é apresentada na Tabela 4 Tabela 4: Comparação entre estmadores MQO pooled robust RE FE GLS EF com AR FE com Drscoll- Kraay FEGLS Pras- Wnsten ampla Undervalued t z * 9 * 4* 76** 5* red Undervalued t z 88** 30** 6** 435*** 3* ** 30** Nota:*p<005, **p<00, ***p<000 4 Não lneardade e dferenças entre grupos de países Com base na Fgura, é possível observar dferentes padrões de comportamento entre as varáves de nteresse Nesse sentdo, utlzando o modelo de efetos fxos com base nos testes realzados anterormente Tabela, vamos nvestgar a exstênca desses padrões entre os dstntos grupos de países Para tanto, estma-se por grupo o modelo da equação 44, e os resultados são reportados na Tabela 5 Os resultados mostram que, tanto para países desenvolvdos como para países em desenvolvmento, o índce de valorzação tem o snal esperado, embora sgnfcatvo apenas para o segundo grupo Esse resultado gera suporte empírco para a hpótese de que o nível da taxa real de câmbo é uma varável mportante para o crescmento dos países em desenvolvmento, bem como para a hpótese de que o nível da taxa real de câmbo nfluênca a taxa de crescmento de forma dferencada Por outro lado, é possível observar que essa dferencação também ocorre dentro do grupo países em desenvolvmento Nesse caso, observa-se que o efeto é postvo e sgnfcatvo para os países da Áfrca Subsarana, postvo e estatstcamente sgnfcatvo amostra reduzda para os países da Amérca Latna e ambíguo para os países do Orente Médo e Áfrca do Norte Esses resultados sugerem que o efeto do câmbo sobre o crescmento pode estar condconado à presença de algumas especfcdades econômco-estruturas dos países seleconados Tabela 5: Desvalorzação e Crescmento modelo de efetos fxos para grupo de países Var dependente: tpbpc ampla Undervalued save openc gap expend tnfla tcpop Constant Economas Avançadas *** * Economas emergentes e em desenvolvmento 56** ** ** *** *** ** ** 30 Economas emergentes e em desenvolvmento Orente Médo e Áfrca do Norte * Áfrca Subsarana 576*** 58 0*** * 44-0** *** * Amérca Latna e Centro Amérca ** * *** **

17 reduzda Undervalued save openc gap expend tnfla tcpop Constant *** ** ***-594-0*** *** *** ** ** -9 43** ** Nota:*p<005, **p<00, ***p<000 Entre parêntess os valores da estatístca t 379** 68 0*** * * contnuação 4* ** ** ** Por outro lado, anda segundo a Fgura 3, é possível observar uma relação não lnear entre as varáves de nteresse Para nvestgar esta não lnearedade, eleva-se ao quadrado o índce de valorzação cambal Undervalued e realzam-se novas estmatvas como reportado na Tabela 6 O objetvo é testar a hpótese de que o efeto da manutenção de um nível desvalorzado para a taxa real de câmbo sobre a taxa de crescmento é não lnear quadrátco Nesse sentdo, espera-se que o snal para esse novo termo seja negatvo, ndcando que a partr de um determnado nível uma maor desvalorzação reduz a taxa de crescmento econômco Os resultados mostram que, em geral, para países em desenvolvmento esse termo tem o snal esperado Tabela 6: Não lneardade entre o Índce de Desvalorzação e Crescmento Var dependente: tpbpc Economas Avançadas Economas emergentes e em desenvolvmento Economas emergentes e em desenvolvmento Orente Médo e Áfrca do Norte Áfrca Subsaarana Amérca Latna e Centro Amérca ampla Undervalued Undervalued save openc gap expend tnfla tcpop Constant *** 40 00** ** ** *** *** *** * -9 3** * *** *** ** 4-09** *** ** ** *** *** ** *** ** reduzda Undervalued Undervalued save openc gap expend tnfla tcpop Constant *** * *** *** *** *** ** *** ** ** * *** ** *** * * ** * ** ** Nota:*p<005, **p<00, ***p<000 Entre parêntess os valores da estatístca t Os resultados anterores mostram que a manutenção de um nível moderadamente desvalorzado para a taxa real de câmbo real tem efeto postvo sobre a taxa de crescmento, sobretudo de países em desenvolvmento Os resultados também sugerem a possbldade de um efeto não lnear, ou seja, a partr de um determnado nível os efetos anterores se tornam negatvos Um possível problema enfrentado nas estmatvas anterores advém da classfcação utlzada para os dferentes grupos de países Ou seja, a classfcação estabelecda no World Economc Outlook 7

18 Database não necessaramente controla o nível de renda, o que sgnfca, por exemplo, que o grupo de países em desenvolvmento pode ser composto por países de baxa renda per capta atrasados Isso mplca que a generalzação das conclusões pode estar ncorreta Mas especfcamente, quando se estmam as regressões com base nas amostras de países que seguem a referda classfcação, é possível que ela seja não representatva do que se consdera países em desenvolvmento Uma forma de evtar este problema é utlzar o método das regressões quantílcas Koenker e Bassett, 978; Koenker e Hallock, 00, uma vez que ele permte analsar a assocação exstente entre a varável resposta com a varável explcatva nos dversos quants da dstrbução condconal, possbltando um mapeamento mas completo da nfluênca do nível da taxa real de câmbo sobre o nível de renda dos países seleconados Ou seja, com base nessa técnca, é possível dentfcar se os resultados anterores se mantêm para os países de renda méda quants 05 e 075 Logo, utlzando-se da técnca de regressão quantílca para dados emplhados ao longo do tempo, são fetas novas estmatvas para captar o efeto do nível da taxa real de câmbo sobre o nível de renda logartmo do PIB per capta em dólares aplcando a abordagem Bootstrappng Para tanto, são consttuídas também duas novas amostras a fm de evtar os problemas econométrcos advndos da presença de mssng e da pouca varabldade entre os dados A tercera amostra é formada por um panel balanceado com 87 países ao longo de 7 períodos quadrenas cada período corresponde à méda dos valores observados ao longo dos quatro anos para o período compreenddo entre , enquanto a quarta amostra é formada pela méda dos períodos quadrenas dos 63 países da amostra reduzda utlzada anterormente O Quadro apresenta o número de países por grupo que compõem as duas novas amostras Quadro : Composção da tercera e quarta amostra 3 4 A Economas Avançadas Área do Euro B Economas Emergentes e em desenvolvmento Amérca Latna e Centro Amérca 4 4 Ása em Desenvolvmento 0 Áfrca Subsaarana 6 v Centro e Leste Europeu 4 v Orente Médo e áfrca do Norte 0 7 Total do número de países A+B Nota: Classfcação segundo o WEO World Economc, 00 Os resultados das regressões quantílcas são apresentados na Tabela 7 Como pode ser observado, os coefcentes que captam o efeto do índce de desvalorzação sobre o nível de renda têm o snal esperado e sgnfcante para os três prmeros quants da amostra 3 quants superores estão assocados a maores níves de renda Para o últmo quantl, esses coefcentes têm o snal esperado, embora sejam não sgnfcatvos Ademas, observa-se que, em magntude, tanto o coefcente assocado ao termo lnear quanto ao termo quadrátco do índce Underover são decrescentes do menor para o maor nível de renda Isso mplca que os efetos postvos e negatvos do câmbo são mas fortes nos países menos desenvolvdos As estmatvas para a amostra 4 novamente sugerem a exstênca de uma relação não lnear entre as varáves de nteresse, embora os parâmetros sejam sgnfcatvos apenas para o prmero e para o quarto quantl Para este últmo, o termo lnear assocado ao índce Underover é negatvo e sgnfcatvo Conclu-se, assm, que os efetos de uma desvalorzação no nível da taxa real de câmbo para os países desenvolvdos são ambíguos, com tendênca a serem negatvos As varáves de controles têm, em geral, o snal esperado e são sgnfcatvas prncpalmente para o prmero e segundo quantl Exceção feta para a varável gap que apresentou snal contráro ao esperado em todas as estmatvas realzadas Uma possível explcação para este resultado está relaconado a forma como a varável gap é construída, ou seja, é possível que a mesma cause algum problema de endogenedade já que a varável dependente e o numerador da varável gap são a mesma varável Não obstante, a varável dependente é transformada pelo logartmo em sua base natural 0 0 8

19 Tabela 7: Regressões quantílcas bootstrap 00 3 e 4 Var dependente: Quantl Quantl Quantl lnpbpcd 3 Underover Underover save openc gap expend tnfla tcpop Constant Pseudo R 4 Underover Underover save openc gap expend tnfla tcpop Constant Pseudo R 0,5 057*** 59-07*** * * *** *** *** *** ** ** *** * *** ,5 037*** *** -6, *** * *** * *** *** ,75 04** 6-065*** *** *** *** *** *** Nota:*p<005, **p<00, ***p<000 Entre parêntess os valores da estatístca t Quantl 0, *** ** -7-07*** *** * -07 7*** Consderações fnas O objetvo deste trabalho fo apresentar algumas evdêncas empírcas da relação entre o nível da taxa real de câmbo e o crescmento Em prmero lugar, foram fetos testes para evdencar a relação entre crescmento e um índce de desvalorzação calculado segundo Rodrk 007 Os resultados mostram uma relação postva e sgnfcatva, o que mplca que países que mantêm um maor índce de desvalorzação nível da taxa real de câmbo mas desvalorzado têm maores taxas de crescmento Os resultados são robustos a dferentes técncas econométrcas Por outro lado, mostrou-se que essa relação dfere entre os grupos de países, sendo em geral postva e sgnfcatva para os países em desenvolvmento Ademas, foram apresentadas algumas evdêncas de que esta relação é não lnear quadrátca no sentdo de que uma desvalorzação aumenta o crescmento em um prmero momento, mas depos atua em sentdo contráro Os resultados da regressão quantílca representam melhor essa relação, por um lado, porque controlam pelo nível de renda e, assm, evtam problemas decorrentes da classfcação dos países e, por outro, porque permtem observar a mudança de snal entre os coefcentes Os resultados evdencam que a relação não lnear se mantém para países em desenvolvmento de renda méda Um possível argumento que explca o fato da relação encontrada não se manter para países desenvolvdos advêm do entendmento de que, para estes, o progresso tecnológco é menos dependente dos estímulos advndos do câmbo real Mas especfcamente, admte-se que nesses países a tecnologa é 9

20 mas dversfcada, o que, somada ao maor desenvolvmento do Sstema Naconas de Inovação, faz com que o progresso tecnológco seja muto mas resultado da própra atvdade produtva do que dependente de estímulos advndos da polítca cambal Em outras palavras, entende-se que uma redstrbução da renda em prol dos lucros afeta o progresso tecnológco para ambos o grupo de países, mas nos países desenvolvdos esses efetos são reduzdos Sendo assm, como ndcação para pesqusas futuras sugere-se analsar com maor especfcdade a relação entre lucro e câmbo real para os dferentes grupos de países e, mas especalmente, a relação entre gastos com novação, partcpação nos lucros na renda e nível da taxa real de câmbo 6 Referêncas Bblográfcas ARAUJO, E C Nível do câmbo e crescmento econômco: teoras e evdêncas para países em desenvolvmento e emergentes Revsta de economa contemporânea, vol4, n 3, Ro de Janero Sept/Dec 00 ARAUJO, R A; LIMA, G T A structural economc dynamcs approach to balanceof-paymentsconstraned growth Cambrdge Journal of Economcs, v 3, n 5, pp , 007 BOND, S; HARHOFF, D; REENEN, J V Investment, R&D and fnacal constrants n Brtan and Germany The Insttute for Fscal Studes, Workng Paper Seres n W99/5, 999 BHADURI, A; MARGLIN, S Unemployment and the Real Wage: the economc bass for contestng poltcal deologes Cambrdge Journal of Economcs v 4, n 4, pp , 990 CAMERON, A; TRIVEDI P Mcroeconometrcs: methods and applcatons Cambrdge Unversty Press, 005 DOLLAR, D Outward-Orented Developng Economes Really Do Grow More Rapdly: Evdence from 95 LDCs, Economc Development and Cultural Change, pp , 99 DOSI, G; PAVITT, K; SOETE, L The economcs of technologcal change and nternatonal trade, Brghton: Wheatshaf, 990 DRISCOLL, J C e KRAAY, A C Consstent Covarance Matrx Estmaton wth Spatally Dependent Panel Data Revew of Economcs and Statstcs 80: pp , 998 DUTT, A K Stagnaton, Income Dstrbuton, and Monopoly Power, Cambrdge Journal of Economcs, 8, 984a Growth, Dstrbuton, and Technologcal Change Metroeconomca, 38, pp 3-34, 984b Growth, Dstrbuton, and Uneven Development, Cambrdge Unversty Press, 990 EICHENGREEN, B The Real Exchange Rate and Economc Growth Unversty of Calforna, Berkeley March, 007 GALA, P Real exchange rate levels and economc development: theoretcal analyss and econometrc evdence Cambrdge Journal of Economcs, VOL 3, P GALA, P; LIBÂNIO, G A Efetos da aprecação cambal nos saláros, lucros, consumo, nvestmento, poupança e produtvdade: uma perspectva de curto e longo prazo In: XXXVI Encontro Naconal de Economa, 008 GOUVÊA, R R; LIMA, G T Structural change, balance-of-payments constrant, and economc growth: evdence from the multsectoral Thrlwall's law Journal of Post Keynesan Economcs, v 33, pp 69-04, 00 GREENE, W H Econometrc Analyss 5 th ed Upper Saddle Rver, NJ: Prentce Hall, 003 HALL, B H Investment and research and development at the frm level: does the source of fnancng matter? NBER Workng Paper Seres 4096, june, 99 HIMMELBERG, C P; PETERSEN, B C R&D and nternal fnance: a panel study of small frms n hgh-tech ndustres Revew of Economcs, n 76, pp 38-5, 994 HAUSMAN, J Specfcaton tests n econometrcs Econometrca v 46, pp 5-7, 978 KOENKER, R; BASSETT, G Regresson quantles Econometrca, Chcago, Ill, v 46, n, p 33 50, 978 KOENKER, R; HALLOCK, K Quantle regresson Journal of Economc Perspectves, Nashvlle, Tenn, v 5, n 4, p 43 56, 00 0

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