ESTRATÉGIAS DE REDUÇÃO DE CUSTOS SALARIAIS: EVIDÊNCIA MICROECONÓMICA COM INFORMAÇÃO QUALITATIVA *

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ESTRATÉGIAS DE REDUÇÃO DE CUSTOS SALARIAIS: EVIDÊNCIA MICROECONÓMICA COM INFORMAÇÃO QUALITATIVA *"

Transcrição

1 ESTRATÉGIAS DE REDUÇÃO DE CUSTOS SALARIAIS: EVIDÊNCIA MICROECONÓMICA COM INFORMAÇÃO QUALITATIVA * 39 Danel A. Das ** Carlos Robalo Marques *** Fernando Martns **** Artgos Resumo Este artgo nvestga a forma como as empresas portuguesas ajustam os seus custos de trabalho num contexto de choques negatvos sobre a procura e oferta de trabalho. Os dados obtdos através de um nquérto às empresas mostram que estas, para além de reduzr o emprego ou congelar os saláros base, também recorrem com frequênca a outras estratégas de redução de custos, tas como o congelamento ou redução de bónus e outros benefícos monetáros ou não monetáros, o congelamento ou redução do rtmo das promoções, ou o recrutamento de novos empregados com saláros nferores aos que eram auferdos pelos trabalhadores que saíram da empresa. Os dados mostram também que a utlzação destas dferentes estratégas vara de empresa para empresa de acordo com certas característcas dos trabalhadores e das empresas, bem como com o ambente económco em que estas operam. Verfca-se anda que as frmas com maor flexbldade dos saláros base apresentam uma menor probabldade de reduzr o emprego e que este efeto pode ser reforçado pela dsponbldade das outras margens de ajustamento dos custos salaras acma menconadas. É mportante notar que todos os resultados obtdos neste artgo dervam dretamente das respostas recolhdas no nquérto, não tendo, deste modo, quasquer objetvos de caráter normatvo. 1. Introdução Um conhecmento aprsofundado sobre a forma como os saláros e o emprego nteragem perante choques adversos sobre a economa é extremamente mportante para uma defnção adequada das polítcas monetára e orçamental. Este artgo contrbu para a lteratura nesta área de nvestgação através da análse do modo como as empresas, num contexto de rgdez nomnal dos saláros, combnam os dversos canas de ajustamento dos custos salaras que têm à sua dsposção. É esperado que a rgdez dos saláros tenha mpacto sobre o desemprego na medda em que, perante um choque negatvo, o ajustamento do emprego tenderá a ser maor quando os saláros revelam rgdez à baxa. Também é de esperar que a rgdez salaral tenha mplcações mportantes sobre a polítca monetára pela forma como poderá condconar a defnção do objetvo operaconal para a taxa de nflação que as autordades pretendam atngr. Se os saláros forem totalmente flexíves, será ótmo defnr como * Os autores agradecem a Nuno Alves, Máro Centeno, Cláuda Duarte, Crstna Leal e Pedro Portugal pelos comentáros e sugestões. As opnões expressas neste artgo são da responsabldade dos autores, não concdndo necessaramente com as do Banco de Portugal ou do Eurosstema. Eventuas erros e omssões são da exclusva responsabldade dos autores. ** Department of Economcs, Unversty of Illnos at Urbana-Champagn and CEMAPRE. *** Banco de Portugal, Departamento de Estudos Económcos.

2 objetvo uma taxa de nflação nula; mas, se os saláros nomnas revelarem rgdez à baxa, uma taxa de nflação postva poderá ser necessára para facltar um ajustamento dos saláros reas BANCO DE PORTUGAL BOLETIM ECONÓMICO Verão 2012 Grande parte da lteratura empírca que analsa o mpacto da rgdez nomnal dos saláros tem focado a sua análse nos saláros base ou nos saláros permanentes (saláros base acrescdos das componentes que são pagas numa base regular ou permanente, como os subsídos de refeção, as duturndades e outros prémos de antgudade, etc.), exclundo outras componentes potencalmente mas flexíves, como os prémos ndexados ao desempenho, comssões ou outros benefícos, que podem atenuar sgnfcatvamente o mpacto sobre o emprego decorrente da rgdez à baxa do saláro base 2. Entre as exceções a esta tendênca, encontram-se os contrbutos de Lebow et al. (2003), Dwyer (2003) e Oyer (2005), que analsam o papel desempenhado pelos bónus e outros benefícos na redução da rgdez nomnal dos saláros. Os resultados mostram que as empresas conseguem em parte contornar as restrções mpostas pela rgdez salaral, com a remuneração total a revelar uma rgdez nferor à do saláro base. Este artgo alarga o âmbto de análse da lteratura empírca exstente, dscutndo as mplcações da rgdez salaral, no contexto em que dversas margens de ajustamento dos custos salaras se encontram dsponíves. Como as empresas estão essencalmente preocupadas com a remuneração total por trabalhador, a avalação da mportânca destas margens alternatvas é crucal para medr o grau de flexbldade dos custos salaras e as suas mplcações numa perspetva mas alargada. Com base num nquérto realzado junto de uma amostra de empresas portuguesas, este artgo analsa em que medda estas margens alternatvas de ajustamento dos custos salaras têm sdo utlzadas como substtutos ou complementos dos saláros base e, mas mportante, se a sua utlzação tem reduzdo sgnfcatvamente o mpacto negatvo da rgdez do saláro base sobre o emprego no mercado de trabalho português. Os resultados sugerem que, perante choques adversos na procura e oferta de trabalho, as empresas com maor flexbldade do saláro base apresentam menor probabldade de reduzr o emprego, sendo que este efeto é anda reforçado pela exstênca de outras margens de ajustamento dos custos salaras. Em partcular, a dsponbldade de componentes da remuneração (bónus, benefícos e promoções) que as empresas podem reduzr ou congelar em períodos dfíces, assm como a possbldade de recrutarem novos trabalhadores com um saláro nferor ao que era auferdo pelos trabalhadores que saíram recentemente, contrbuem também para dmnur a probabldade de uma empresa reduzr o emprego. É mportante notar que todos os resultados obtdos neste artgo dervam dretamente das respostas recolhdas no nquérto, não tendo, deste modo, quasquer objetvos de caráter normatvo. O artgo encontra-se estruturado do segunte modo. A secção 2 apresenta a base de dados utlzada. A secção 3 descreve o enquadramento nsttuconal e teórco do modelo econométrco utlzado na secção empírca do artgo. Na secção 4 é realzada uma análse descrtva prelmnar da nformação relevante. A secção 5 dscute a metodologa econométrca, apresenta os modelos estmados e analsa os prncpas resultados. Na secção 6, são sumaradas as prncpas conclusões do artgo. Fnalmente, em anexo, é descrto o modo como foram construídas as dferentes varáves utlzadas no modelo. 1 Para uma dscussão, ver, entre outros, Akerlof et al. (1996), Gordon (1996), Mankw (1996), Dwyer (2003), Fehr e Goette (2005), Carlsson e Westermark (2007), Elsby (2009), Messna e Sanz-de-Galdeano (2011) e Stuber e Bessnger (2012). 2 Para evdênca empírca sobre a rgdez à baxa dos saláros, ver, por exemplo, Altonj e Devereux (2000), Knoppk e Bessnger (2006), Dckens et al. (2007), Goette et al. (2007), Holden e Wulfsberg (2008, 2009), Behr e Potter (2010) e Messna et al. (2010).

3 2. Bases de dados A maora da nformação utlzada neste artgo resultou de um nquérto sobre prátcas de defnção de preços e saláros realzado pelo Banco de Portugal em 2008 numa amostra de empresas portuguesas. 3 Neste nquérto, foram colocadas duas questões às empresas relaconadas com as dferentes margens de ajustamento dos custos salaras, nclundo o congelamento dos saláros base, a redução ou elmnação de outras componentes da remuneração e a redução do emprego. Em relação ao congelamento dos saláros base, fo colocada às empresas a segunte questão: Nos últmos 5 anos, na sua empresa, o saláro base de alguns empregados alguma vez fo congelado?. Na hpótese de um choque negatvo comum e na mpossbldade de cortes nos saláros nomnas, os congelamentos salaras dentfcam as empresas da amostra que evdencam menor grau de rgdez à baxa dos saláros reas. Assm, neste artgo, os congelamentos salaras serão usados como uma medda de flexbldade à baxa do saláro base 4. Na segunda questão, as empresas foram questonadas se alguma vez usaram formas alternatvas de reduzr os custos salaras que não mplcassem alterações dos saláros base. Em partcular, fo colocada a segunte questão: Alguma vez recorreu a alguma das estratégas abaxo ndcadas para dmnur os custos salaras?. As empresas partcpantes no nquérto tnham a possbldade de escolher todas as alternatvas que consderassem adequadas da lsta abaxo: 41 Artgos 1) Redução ou elmnação do pagamento de bónus e outras regalas monetáras; 2) Redução ou elmnação do pagamento de regalas não monetáras; 3) Redução do rtmo ou congelamento das promoções. 4) Recrutamento de novos trabalhadores com experênca e qualfcação dêntcas com um saláro nferor ao dos que saíram da empresa; 5) Redução do número de trabalhadores. Estas cnco estratégas, juntamente com os congelamentos salaras, sntetzam as prncpas estratégas de redução dos custos salaras à dsposção das empresas portuguesas perante choques adversos. Os congelamentos dos saláros base e as estratégas de 1 a 4 podem ser vstas como nfluencando a remuneração por trabalhador. Mas à frente, para efetos de estmação e de modo a facltar a exposção, as estratégas de 1 a 3 (redução ou elmnação do pagamento de benefícos monetáros e não monetáros e a redução do rtmo/congelamento das promoções) serão tratadas conjuntamente e desgnadas por margens flexíves, na medda em que são componentes tpcamente mas flexíves do que os saláros base. A redução do número de trabalhadores afeta a quantdade de trabalho e será desgnada smplesmente por redução de trabalhadores. Para além das questões sobre os congelamentos dos saláros base e sobre as estratégas de redução dos custos salaras, o nquérto contnha nformação sobre um conjunto alargado de outras característcas das empresas. Entre estas, ncluam-se a nformação sobre a estrutura do emprego (percentagem de trabalhadores lgados dretamente à produção e de trabalhadores não lgados dretamente à produção; percentagem de trabalhadores com elevada qualfcação e de trabalhadores com baxa qualfcação; percentagem de trabalhadores com contrato permanente), a percentagem de trabalhadores cobertos por acordos coletvos, o peso das exportações nas vendas totas de cada empresa e a mportânca de 3 Informação mas detalhada sobre o modo de seleção da amostra e uma cópa ntegral do questonáro podem ser encontrados em Martns (2011). 4 A nformação sobre congelamentos salaras tem sdo usada na lteratura como uma medda do grau de rgdez à baxa do saláro nomnal (ver, por exemplo, Babecky et al. (2009, 2010)). Contudo, do nosso ponto de vsta, os congelamentos salaras apenas podem ser vstos como uma medda de rgdez salaral se a análse for restrngda à população das empresas cujos saláros foram cortados ou congelados (ver, por exemplo, Holden (2004), Dckens et al. (2007) e Holden e Wulfsberg (2008)). Radowsk e Bonn (2008) também usam os congelamentos salaras como uma medda da flexbldade dos saláros na Alemanha.

4 dversos fatores enquanto obstáculos ao corte ou congelamento dos saláros num contexto em que as empresas desejem reduzr os custos salaras, como sejam os constrangmentos mpostos pelos acordos coletvos, o mpacto negatvo sobre a reputação da empresa ou as dfculdades em atrar novos trabalhadores no futuro. 42 BANCO DE PORTUGAL BOLETIM ECONÓMICO Verão 2012 Depos de exclur da amostra as empresas que não responderam à totaldade das duas questões sobre as alternatvas de redução dos custos salaras, obtém-se nformação detalhada sobre 1319 empresas de dferentes setores de atvdade. Mas especfcamente, a nossa amostra nclu empresas com 10 ou mas trabalhadores, cobrndo os setores da ndústra transformadora (38 por cento), energa (3 por cento), construção (11 por cento), comérco por grosso e retalho (17 por cento) e outros servços (31 por cento). No entanto, para efetos de estmação, e por razões que se tornarão evdentes mas adante, restrngmos a análse às empresas que reduzram os custos, ou seja, que utlzaram pelo menos uma das estratégas de redução dos custos salaras. Tal reduz a amostra para 757 empresas. Igualmente para efetos de estmação, os dados do nquérto foram complementados por nformação dos Quadros de Pessoal - uma base de dados admnstratva de grande dmensão, complada pelo Mnstéro da Economa e do Emprego e que, entre outras característcas, nclu nformação sobre todas as empresas portuguesas com pelo menos um assalarado (localzação, dmensão, propredade, etc.). Desta base de dados, fo recolhda nformação sobre a dmensão das empresas (número de trabalhadores) e sobre a antgudade dos trabalhadores. Combnando ambas as bases de dados através do número de dentfcação fscal de cada empresa e exclundo as empresas que não responderam a pelo menos uma das questões usadas como regressores no modelo estmado, a amostra ncal é reduzda para 635 empresas. Esta consttu a amostra fnal para efetos de estmação. 3. Enquadramento nsttuconal e teórco 3.1 Enquadramento nsttuconal Perante choques negatvos sobre a procura ou oferta de trabalho, é esperado que as empresas procurem reduzr os seus custos salaras. Tal pode ser consegudo através da redução do emprego e/ou dos custos médos do trabalho. No entanto, no mundo real, as empresas enfrentam restrções relatvamente aos canas de ajustamento que podem utlzar, pelo que se espera que a forma como dstrbuem o mpacto dos choques sobre as dversas alternatvas de redução dos custos salaras dependa, não só de restrções tecnológcas e de mercado, mas também de restrções nsttuconas e estruturas, nclundo a rgdez salaral e a legslação de proteção ao emprego. Em relação à rgdez à baxa dos saláros nomnas, dversos estudos têm colocado o mercado de trabalho português entre os mas rígdos da Europa (veja-se, Behr e Potter (2010), Messna et al. (2010), Holden e Wulfsberg (2008), Dckens et al. (2007) e Knoppk e Bessnger (2006)). Esta rgdez resulta acma de tudo da legslação do trabalho probr cortes dos saláros nomnas. De acordo com a legslação portuguesa, uma empresa não pode reduzr os saláros contratados, nclundo outras componentes monetáras e não monetáras pagas numa base peródca e regular, a menos que tal esteja prevsto no acordo coletvo de trabalho. Como regra geral, apenas os bónus, comssões e outros pagamentos monetáros e não monetáros ndexados ao desempenho do trabalhador não ncluídos no acordo coletvo podem ser reduzdos do ponto de vsta legal (Códgo do Trabalho, artgos 129, 258 e 260). Por outro lado, as negocações coletvas são conduzdas habtualmente ao nível setoral, com os acordos coletvos a estpularem condções mínmas de trabalho, como o saláro mínmo para cada categora profssonal, o pagamento de horas extraordnáras e a duração normal do horáro de trabalho. Estas negocações coletvas cobrem uma parte substancal dos trabalhadores, quer pela exstênca de sndcatos, quer pela presença de mecansmos de extensão decretados pelo Governo, que alargam o âmbto e cobertura dos contratos aos trabalhadores

5 não sndcalzados. Este quadro nsttuconal fortemente regulado, tal como a exstênca de um saláro mínmo obrgatóro, que estabelece um lmte mínmo para o saláro de mutos trabalhadores, ntroduz uma rgdez adconal sgnfcatva no processo de negocação salaral 5. Em contraste, o mercado de trabalho português é habtualmente consderado como tendo um nível muto baxo de rgdez dos saláros reas. Esta conclusão resulta não só da lteratura que analsa o grau de rgdez dos saláros reas com base em nformação mcroeconómca, que calcula meddas para avalar o grau de rgdez à baxa dos saláros reas baseadas nas dstrbuções das varações salaras (ver Dckens et al. (2007) e Messna et al. (2010)), mas gualmente da lteratura que analsa a curva de oferta de trabalho, usando dados macro e mcroeconómcos, em que os saláros reas surgem como fortemente sensíves à taxa de desemprego (ver OECD (1992), Luz e Pnhero (1993), Gaspar e Luz (1997), Das et al. (2004) e Marques (2008)). No entanto, as estmatvas obtdas com base em nformação mas recente sugerem que este panorama pode ter mudado na últma década. De acordo com Portugal et al. (2010), a sensbldade forte dos saláros reas ao cclo económco, que prevaleceu nas décadas de 1980 e 1990, terá desaparecdo pratcamente no período mas recente Artgos No que dz respeto ao emprego, o mercado de trabalho em Portugal é, por vezes, consderado como tendo um elevado nível de rgdez devdo à legslação que protege o despedmento ndvdual dos trabalhadores com contratos permanentes (ver Venn (2009)). Todava, a exstênca de uma percentagem sgnfcatva de contratos temporáros, bem como a possbldade de recorrer a despedmentos coletvos ou a formas de contornar a dfculdade de despedmentos ndvduas, por exemplo, negocando rescsões por mútuo acordo, dá certamente às empresas portuguesas um maor controlo sobre o nível de emprego do que sobre os saláros contratados. 3.2 Enquadramento teórco Dadas as característcas do mercado de trabalho português, parece razoável enquadrar a reação das empresas aos choques no mercado de trabalho numa abordagem rght to manage, em que os saláros base são negocados no âmbto de acordos coletvos, mas as restantes componentes da remuneração total e o nível de emprego são defndas de forma ótma pelas empresas, sujetas às restrções nsttuconas e aos custos de ajustamento exstentes (em partcular, ndemnzações por despedmento e custos de formação de novos trabalhadores). De modo a dscutr o mpacto de choques negatvos de procura e oferta de trabalho sobre os saláros e o emprego, podemos começar por recorrer a um modelo bastante estlzado, no qual se assume que as empresas não pagam bónus ou outros benefícos monetáros ou não monetáros, pelo que a remuneração total concde com o saláro base. De modo a maxmzar o lucro num quadro de rght to manage, as empresas escolhem o nível de emprego que guale o saláro (prevamente determnado) ao efeto margnal do trabalho sobre as recetas da empresa. Admtamos que a nversa da curva de procura de trabalho de uma empresa pode ser representada por (em logartmos): w l d (1) onde w representa os custos de trabalho, l representa o emprego, d mede os restantes fatores que afetam a procura de trabalho (receta margnal) e é o nverso da elastcdade da procura de trabalho. 5 Nos últmos anos, no entanto, o número de acordos de empresa, que em prncípo permtem uma maor flexbldade salaral, tem aumentado. De acordo com o nosso nquérto, estes acordos estão presentes em 10 por cento das empresas nqurdas. 6 De acordo com as estmatvas dos autores, a sem-elastcdade dos saláros reas a varações da taxa de desemprego cau de -2.46, no período , para cerca de zero, no período , em relação aos trabalhadores que permanecem na empresa, e de para , para os novos recrutamentos.

6 44 BANCO DE PORTUGAL BOLETIM ECONÓMICO Verão 2012 Do mesmo modo, admtamos que a empresa enfrenta a segunte oferta nversa de trabalho (também em logartmos): w l s (2) onde é o nverso da elastcdade da oferta de trabalho e s mede os restantes fatores que afetam a oferta de trabalho. Resolvendo ambas as equações para os saláros e emprego, obtém-se: w s d, (3) 1 l ( d s ) (4) Neste modelo smples, um choque sobre a procura de trabalho pode ser representado por d. Os choques sobre a procura de trabalho podem refletr choques tecnológcos, flutuações nos preços dos fatores para além do trabalho (ex. energa) ou choques sobre a procura drgda à empresa. As reações de equlíbro do emprego e dos saláros são dadas por: w d l d 1 (5) (6) Como a elastcdade da procura de trabalho depende do grau dos rendmentos decrescentes do trabalho, da substtubldade do trabalho com outros fatores de produção e da elastcdade da procura (ver Hamermesh (1987)), todos estes fatores afetam a reação do emprego a choques. A resposta do emprego a choques sobre a procura de trabalho é pequena quando a curva de oferta de trabalho é nelástca, sto é, é grande. Em contraste, se os saláros permanecem nalterados, sto é, é muto pequeno, possvelmente por terem sdo defndos no âmbto de acordos coletvos de trabalho, então o emprego responde acentuadamente aos choques sobre a procura de trabalho. Logo, perante choques sobre a procura de trabalho, podemos ter dferentes tpos de ajustamentos. Se a empresa for ncapaz de congelar os saláros nomnas (a stuação mas provável num contexto de rgdez à baxa dos saláros), provavelmente rá reduzr o emprego e responderá no nquérto que reduzu o emprego sem ter congelado os saláros. Se, negocando com os representantes dos trabalhadores, a empresa consegur congelar os saláros nomnas (o melhor que a empresa poderá almejar, dada a mpossbldade legal de reduzr o saláro base nomnal), a empresa responderá no nquérto que congelou os saláros e reduzu o emprego (se o congelamento dos saláros fo anda assm nsufcente para evtar a redução do emprego) ou, alternatvamente, que congelou os saláros sem ter reduzdo o emprego. Consderemos agora um choque sobre o saláro, representado por resultante desse choque é dado por: 1 l s s. O mpacto sobre o emprego e, portanto, é de esperar que a resposta do emprego seja maor quando é pequeno (.e., a procura de trabalho é mas elástca), o que por seu turno reflete o grau de concorrênca enfrentado pelas empresas, assm como a substtubldade do trabalho por outros fatores de produção. Perante choques negatvos sobre a oferta de trabalho (por exemplo, um aumento nesperado do saláro base acordado no âmbto da negocação coletva), o mpacto mas provável (na ausênca de outros mecansmos de ajustamento) será uma redução do emprego, pelo que uma empresa nestas crcunstâncas responderá no nquérto que reduzu o emprego mas não congelou os saláros. (7)

7 Em suma, os casos em que as empresas reagem através do congelamento dos saláros (reduzndo ou não o emprego em smultâneo) podem ser nterpretados como respostas a choques negatvos sobre a procura de trabalho. Os casos em que as empresas reduzem o emprego mas não congelam os saláros base podem ser uma resposta a um choque negatvo na procura de trabalho ou a um choque negatvo na oferta de trabalho. O papel desempenhado pelos mecansmos alternatvos analsados neste artgo, como as componentes flexíves da remuneração total (bónus e outros benefícos monetáros ou não monetáros e congelamento de promoções) ou a possbldade de recrutar novos trabalhadores com um saláro nferor ao saláro daqueles que saíram da empresa, poderá ser dscutdo notando que estes entram no modelo afetando a remuneração total e, como tal, as curvas de procura e oferta de trabalho. Num contexto de rgdez à baxa do saláro base, o mpacto negatvo sobre o emprego resultante de um choque negatvo sobre a procura de trabalho será nferor se a empresa tver a possbldade de usar outras componentes da remuneração total (como congelar ou reduzr bónus e outros benefícos monetáros e não monetáros, congelar ou abrandar o rtmo das promoções ou recrutar novos trabalhadores com um saláro nferor ao saláro daqueles que saíram da empresa recentemente). Do mesmo modo, perante um choque negatvo sobre a oferta de trabalho, estas margens podem ser usadas para atenuar o aumento da remuneração total, reduzndo o mpacto negatvo sobre o emprego. No caso de um choque negatvo sobre a procura de trabalho, estas margens podem surgr na amostra, quer como complemento do congelamento dos saláros base (se este também ocorrer), quer como substtutas (se este não ocorrer), enquanto, no caso de um choque negatvo sobre a oferta de trabalho, elas surgem como substtutas do aumento (nesperado) dos saláros base. 45 Artgos 4. Análse prelmnar dos dados O quadro 1 sntetza a nformação sobre a forma como as dferentes estratégas de redução dos custos salaras são utlzadas pelas empresas portuguesas. Observa-se que a redução do número de trabalhadores ( redução de trabalhadores ) é de longe a estratéga mas frequentemente utlzada. De facto, de entre as empresas que reduzram custos, 72 por cento responderam que usaram esta margem no passado. As margens flexíves, que agregam a redução ou elmnação de bónus ou outros benefícos monetáros ( redução de bónus ), a redução ou elmnação de benefícos não monetáros ( redução de benefícos ) e o congelamento ou abrandamento do rtmo das promoções ( abrandamento das promoções ), surge Quadro 1 ESTRATÉGIAS DE REDUÇÃO DOS CUSTOS SALARIAIS FRAÇÃO DE EMPRESAS QUE USOU CADA MARGEM PELO MENOS UMA VEZ Setores e dmensão das empresas Congelamento dos saláros base Redução de bónus Margens flexíves Redução de benefícos Abrandamento de promoções Margens flexíves Contratações com saláros mas baxos Redução de trabalhadores Total Indústra transformadora Energa Construção Comérco Outros servços Empresas grandes Empresas pequenas Fonte: Cálculos dos autores. Notas: As margens flexíves resultam da agregação da redução de bónus, redução de benefícos e abrandamento das promoções. São consderadas empresas grandes as que têm um número de trabalhadores gual ou superor a 100, enquanto as que têm um número de trabalhadores nferor a 100 são consderadas pequenas. Número de observações: 757.

8 46 BANCO DE PORTUGAL BOLETIM ECONÓMICO Verão 2012 em segundo lugar, com cerca de 45 por cento das empresas, enquanto a contratação de trabalhadores com saláros mas baxos do que os saláros dos trabalhadores que saíram da empresa ( contratações com saláros mas baxos ) surge em tercero lugar, com 30 por cento das empresas. O quadro1 mostra gualmente que a utlzação das dferentes estratégas pelas empresas portuguesas não dfere sgnfcatvamente entre os dversos setores, excetuando os setores energétco e da construção. No setor energétco, o congelamento dos saláros base e as margens flexíves são relatvamente menos utlzados, enquanto a contratação com saláros mas baxos e a redução de trabalhadores são mas frequentes. Na construção, as empresas recorrem gualmente com maor frequênca à redução de trabalhadores em relação à méda das restantes empresas. Em relação à dstrbução por dmensão das empresas, o quadro 1 não revela grandes assmetras. No entanto, as empresas grandes parecem utlzar mas frequentemente as margens flexíves e as contratações com saláros mas baxos, em contraste com as empresas pequenas, que parecem fazer uma utlzação relatvamente maor do congelamento dos saláros base. De acordo com a dscussão apresentada na secção 3, é de esperar que o mpacto negatvo sobre o emprego resultante da rgdez do saláro base seja parcalmente compensado pela exstênca de outros mecansmos que permtam às empresas reduzr os seus custos salaras, como as margens flexíves e/ou as contratações com saláros mas baxos. De modo a analsar se este efeto é suportado pelos dados, foram calculadas algumas proporções amostras condconadas, assm como os coefcentes de correlação tetracórcos para os dferentes pares de estratégas (Quadros 2 e 3, respetvamente). Do quadro 2, é possível observar que 72 por cento das empresas presentes na amostra reduzram o emprego, mas apenas 26 por cento congelaram os saláros base, o que sugere que uma proporção grande de empresas reduzu o emprego sem congelar os saláros. No entanto, entre as empresas que congelaram os saláros base, apenas 56 por cento reduzram gualmente o emprego. Por outro lado, do quadro 3, observa-se que o coefcente de correlação entre o congelamento dos saláros base e a redução de trabalhadores é sgnfcatvamente negatvo (-0.330). Deste modo, e em termos geras, a evdênca da amostra sugere que o congelamento dos saláros base poderá ter sdo usado como substtuto da redução do número de trabalhadores. Quadro 2 PROPORÇÕES AMOSTRAIS CONDICIONADAS Redução de trabalhadores Contratações com saláros mas baxos Margens flexíves P(.) Congelamento dos saláros base P(. Congelamento de saláros base=1) P(. Margens flexíves=1) P(. Contratações com saláros mas baxos=1) Fonte: Cálculos dos autores. Notas: P(Y X=1) representa a proporção de empresas que usaram a estratéga Y entre as empresas que usaram a estratéga X. Número de observações: 757. Quadro 3 COEFICIENTES DE CORRELAÇÃO TETRACÓRICOS ENTRE OS DIFERENTES PARES DE ESTRATÉGIAS DE REDUÇÃO DE CUSTOS SALARIAIS Redução de trabalhadores Contratações com saláros mas baxos Margens flexíves Congelamento dos saláros base *** *** Margens flexíves *** Contratações com saláros mas baxos Redução de trabalhadores Congelamento dos saláros base Fonte: Cálculos dos autores. Notas: ***, ** e * representa sgnfcânca ao nível de 1, 5, e 10 por cento, respetvamente. Número de observações: 757.

9 Um cenáro dêntco emerge para as contratações com saláros mas baxos. Entre as empresas que congelaram os saláros base, apenas 22 por cento das empresas fzeram contratações com saláros mas baxos, o que compara com 30 por cento para a totaldade da amostra. A correlação entre o congelamento dos saláros base e as contratações com saláros mas baxos é gualmente negatva e sgnfcatva (-0.195). Em contraste, não exste evdênca de que as margens flexíves possam ter sdo utlzadas como substtutas do congelamento dos saláros base. Se alguma evdênca exste, ela aponta no sentdo das empresas que congelam os saláros base tendam a utlzar também as componentes flexíves da remuneração. Por outras palavras, a flexbldade das componentes da remuneração por trabalhador ( congelamento dos saláros base e margens flexíves ) parece estar correlaconada postvamente, embora não seja estatstcamente sgnfcatva (Quadro 3). 47 Artgos Em relação às restantes estratégas, o quadro 2 sugere que as margens flexíves ou as contratações com saláros mas baxos podem ter sdo gualmente utlzadas como substtutos da redução do emprego, mas de acordo com o quadro 3 apenas a correlação entre as margens flexíves e a redução de trabalhadores é estatstcamente dferente de zero. Fnalmente, de acordo com os quadros 2 e 3, parece não haver qualquer tpo de lgação entre as margens flexíves e as contratações com saláros mas baxos. Em termos geras, os quadros 3 e 4 sugerem que na amostra algumas margens foram utlzadas como substtutas de outras, não exstndo evdênca sgnfcatva sobre a presença de complementardades entre margens. Na secção segunte, estas lgações serão analsadas com maor detalhe, usando um modelo econométrco aproprado. 5. Análse empírca 5.1 Um modelo econométrco para as estratégas de redução de custos Perante choques negatvos é de esperar que as empresas façam ajustamentos que afetem dretamente a respetva procura (preço dos produtos) e/ou a oferta (custos de produção). Por razões que se prendem com a dsponbldade de nformação, bem como com o tratamento econométrco, neste artgo a ênfase é colocada nas estratégas de ajustamento dos custos salaras que as empresas utlzam na sequênca de choques negatvos sobre a procura e oferta de trabalho. Deste modo, mplctamente, assume-se que o grau de rgdez dos preços e os custos de ajustamento dos saláros e do emprego determnam a mportânca relatva do canal dos preços em relação ao canal dos custos, mas que a lgação entre as dferentes margens de ajustamento dos custos salaras é fundamentalmente determnada pelos seus custos de ajustamento relatvos. Tal permte uma abordagem em duas etapas, na qual se assume que as empresas decdem prmeramente se reduzem os preços e/ou os custos e, posterormente, na condção de que optaram por reduzr os custos, decdem quas os custos que rão ser cortados, sujeto às restrções de ordem técnca e nsttuconal exstentes 7. Neste contexto, as estratégas de redução dos custos salaras são modeladas assumndo o segunte modelo probt multvarado recursvo: 7 Idealmente, de modo a retrar conclusões sobre os mpactos dos dferentes regressores nos canas alternatvos de ajustamento, sera desejável exstr nformação detalhada sobre a reação das empresas aos dferentes choques. A nossa amostra tem nformação sobre se uma determnada margem fo utlzada, mas é omssa em relação à sua frequênca e ao momento da sua utlzação. Deste modo, é admtda mplctamente a hpótese dentfcadora de que a nformação sobre as estratégas de redução dos custos salaras resulta de uma únca reação da empresa a um choque sobre a procura ou oferta de trabalho (ou a uma reação únca a um conjunto de choques acumulados de procura e oferta de trabalho). Esta hpótese requer, naturalmente, que os parâmetros estmados sejam nterpretados com alguma prudênca.

10 48 ' y x ' y x y (8) (9) BANCO DE PORTUGAL BOLETIM ECONÓMICO Verão 2012 onde y j utlzada pela empresa e x ' j Como j ' y x y y ' y x y y y (=1,..N; j=1,...4) representa uma varável latente que mede a quantdade da margem j (10) (11) é um conjunto de regressores cujos mpactos são meddos pelo vetor j. y : y não é observada, defne-se, como habtualmente, a varável j * * y 1 se y 0; y 0 se y 0, =1,...N; j=1,...,4 j j j j As equações (8)-(11) descrevem o modelo trangular recursvo mas geral que é compatível com a chamada condção de consstênca lógca. A lteratura mostra que este modelo admte uma nterpretação causal (ver Maddala (1983)) e não tem problemas de dentfcação 8. (12) As quatro varáves são defndas do segunte modo: y 1 = congelamento dos saláros base, y 2 = margens flexíves, y 3 = contratações com saláros mas baxos e y 4 = redução de trabalhadores. Ao colocar o congelamento dos saláros base em prmero lugar, estamos a assumr que os saláros base são essencalmente negocados externamente às empresas, através de acordos coletvos de trabalho, pelo que não são sgnfcatvamente afetados pelos ajustamentos nas restantes margens, em lnha com a abordagem rght-to-manage. Pelo contráro, ao colocar a redução dos trabalhadores em últmo lugar, estamos a assumr que a probabldade de redução do emprego pode depender da utlzação das restantes margens de ajustamento. Ceters parbus, é de esperar que o ajustamento do emprego seja menor quando os saláros base são flexíves e as empresas têm possbldade de usar as margens flexíves ou recorrer a contratações com saláros mas baxos. No modelo (8)-(11), é comum assumr que os resíduos das dferentes equações possam estar correlaconados: corr(, ) 0 j, k=1,2,3,4 ( j k) j k jk (13) Na hpótese (13), as varáves dependentes y j (j=1,2,3) no lado dreto das equações (9)-(11) são endógenas para as equações onde surgem como regressores, devendo o modelo completo (8)-(11) ser estmado pelo método da máxma verosmlhança. Mas se 0, jk, ( j k) jk, as varáves dependentes y j no lado dreto das equações (9)-(11) tornam-se exógenas para efetos de estmação, podendo cada equação ser estmada ndvdualmente. Dado que o objetvo é dentfcar as lgações entre as dferentes estratégas de redução de custos, o modelo (8)-(11) é estmado consderando apenas as empresas que reduzram os custos, ou seja, que usaram pelo menos uma das estratégas de redução dos custos salaras. 8 Wlde (2000) mostra que a dentfcação do modelo é alcançada mesmo que o conjunto de regressores exógenos seja comum a todas as equações, desde que estes sejam sufcentemente varáves, evtando-se assm que a dentfcação teórca do modelo exja a nclusão de nstrumentos adconas (ver gualmente Freedman e Sekhom (2010)). Anda assm, as equações (8) e (9) no modelo estmado ncluem três regressores adconas, de modo a assegurar uma dentfcação empírca aproprada do modelo.

11 A restrção da amostra apenas às empresas que reduzram os custos salaras pode levantar problemas de seleção de amostra, na medda em que a amostra restrta é determnada endogenamente. Todava, a seleção de amostra apenas é um problema se os resíduos da equação de seleção se encontrarem correlaconados com os resíduos do modelo estmado com a amostra restrta. Para analsar esta stuação, fo estmado o modelo (8)-(11) conjuntamente com uma equação de seleção, que, no nosso caso, é uma equação para a margem de custos defnda para a amostra total: ' w z v (14) onde w 1 se a empresa reduzu custos (utlzou pelo menos uma das margens de ajustamento), e ' w 0 caso contráro; z é um vetor de regressores exógenos. Com base neste modelo, é possível testar a hpótese conjunta de endogenedade das varáves y j (j=1,2,3) nas equações (9)-(11) e a exstênca de problemas de seleção de amostra: 49 Artgos H 0, j, k, r 1, 2, 3, 4 ( j k) 0 jk r (15) onde corr( v, ), r 1, 2, 3, 4. r r Os testes efetuados sugerem que tanto a endogenedade como a seleção da amostra não são questões relevantes no nosso caso e, por sso, o modelo fo estmado através de métodos de equações ndvduas, tendo em vsta obter ganhos de efcênca Resultados O quadro 4 apresenta os efetos margnas dretos de cada uma das varáves do modelo sobre a probabldade de uma empresa usar cada uma das estratégas de redução dos custos salaras 10. A escolha dos regressores exógenos utlzados no modelo empírco, x, levou em consderação a lteratura sobre a rgdez à baxa dos saláros. Estes regressores procuram medr a mportânca de dversas j característcas, quer das empresas, quer dos trabalhadores, como a antgudade de cada trabalhador na empresa, a proporção de trabalhadores qualfcados e não qualfcados, a proporção de trabalhadores dretamente e não dretamente lgados à produção, a proporção de trabalhadores com contrato permanente e de trabalhadores cobertos por acordos coletvos de trabalho, a mportânca da concorrênca, etc. Em anexo, é apresentado o modo como estas varáves foram construídas. Começaremos por nvestgar de que modo os regressores exógenos afetam a utlzação das dferentes estratégas de redução dos custos salaras, para, posterormente, analsarmos a lgação entre essas mesmas estratégas. 9 Para mas pormenores ver, Das et al. (2012). 10 Os efetos margnas foram calculados com base nas dferenças entre as probabldades condconadas das varações margnas, para as varáves contínuas, e das varações entre 1 e 0, para as varáves dscretas. É de notar que no nosso modelo trangular o efeto margnal total sobre y j de uma varável x k pode ser subdvddo na soma de um efeto dreto (um efeto parcal calculado dretamente da equação para y j ) e um efeto ndreto que resulta do contrbuto das equações que antecedem y j no modelo trangular. Por exemplo, o mpacto de x k na probabldade de redução de trabalhadores nvolve um efeto dreto resultante da equação respetante à redução de trabalhadores e um efeto ndreto que derva da utlzação das outras margens: congelamento dos saláros base, margens flexíves e contratações com saláros mas baxos (admtndo que x k entra nessas equações como regressor). Os valores do quadro 4 referem-se aos efetos dretos, na medda em que no nosso modelo os efetos ndretos não contrbuem sgnfcatvamente para o efeto total.

12 5.2.1 Impacto dos regressores exógenos 50 Para facltar a apresentação dos resultados, os regressores exógenos foram agrupados em quatro categoras: 1) estrutura do emprego; 2) papel dos sndcatos; 3) barreras ao congelamento salaral; e 4) outras característcas. BANCO DE PORTUGAL BOLETIM ECONÓMICO Verão 2012 Estrutura do emprego Este grupo engloba quatro regressores que fornecem um conjunto de nformação acerca da estrutura de emprego das empresas nqurdas: a proporção de trabalhadores com antgudade nferor a 5 anos, a proporção de trabalhadores qualfcados dretamente lgados à produção; a proporção de trabalhadores qualfcados não dretamente lgados à produção e a proporção de trabalhadores permanentes. Os resultados para o regressor que mede a proporção de trabalhadores com antgudade nferor a 5 anos sugerem que a antgudade dos trabalhadores não é relevante para a decsão das empresas em congelar os saláros base ou reduzr as margens flexíves. Todava, as empresas com uma elevada proporção de trabalhadores menos experentes ou mas jovens têm maor probabldade de usar a margem contratações com saláros mas baxos. Tal sugere que as empresas com maor proporção de trabalhadores menos experentes ou mas jovens são aquelas onde as saídas são mas frequentes, permtndo que estas reduzam os custos com pessoal através do pagamento de saláros mas baxos aos novos trabalhadores. Este resultado pode ser justfcado pela exstênca de um mercado de trabalho segmentado em Portugal, que dá elevada proteção aos trabalhadores mas antgos com contrato permanentes e baxa proteção aos trabalhadores mas jovens com contratos a prazo (ver Centeno e Novo (2012)). No entanto, no caso da redução de trabalhadores, o coefcente é negatvo, sugerndo que as empresas com maor proporção de trabalhadores mas antgos têm maor probabldade de reduzr o emprego perante choques negatvos. Este efeto pode resultar do facto da proporção de trabalhadores mas antgos estar a operar no modelo como uma proxy da dade da empresa e os despedmentos coletvos serem mas frequentes em empresas mas antgas. A lteratura sugere que os saláros dos trabalhadores mas qualfcados ou dos trabalhadores não dretamente lgados à produção são os que têm maor probabldade de apresentarem maor rgdez à baxa por comparação com os saláros dos trabalhadores menos qualfcados ou dretamente lgados à produção, quer porque o trabalho dos trabalhadores mas qualfcados é mas valorzado e/ou mas dfícl de montorar, quer porque os custos de contratação e formação são mas altos para os trabalhadores mas qualfcados e/ou não dretamente lgados à produção, fazendo com que as empresas sejam mas relutantes a reduzrem os respetvos saláros (ver, por exemplo, Shapro e Stgltz (1984), Akerlof (1982) e Akerlof e Yellen (1990)). O quadro 4 mostra que, em comparação com os trabalhadores menos qualfcados (lgados dretamente ou não à produção), as empresas com maor proporção de trabalhadores qualfcados apresentam uma menor probabldade de reduzr o número de trabalhadores, em lnha com a teora económca, mas uma maor probabldade de usar as prmeras três margens de ajustamento ( congelamento dos saláros base, margens flexíves e contratações com saláros mas baxos ). Este últmo resultado, que é aparentemente nconsstente com a maora das teoras, reflete provavelmente um maor peso das componentes flexíves dos saláros no caso dos trabalhadores qualfcados Na prátca, o snal e a magntude dos parâmetros de alguns regressores do modelo para uma dada margem dependem provavelmente não só do poder relatvo de negocação dos trabalhadores mas também do grau com que cada margem se encontra dssemnada pelos dferentes tpos de trabalhadores. Por exemplo, é possível que as margens flexíves (bónus, benefícos e promoções) tenham maor mportânca entre os trabalhadores mas qualfcados e/ou não dretamente lgados à produção. Nestas crcunstâncas, as empresas com maor proporção deste tpo de trabalhadores poderão apresentar uma probabldade maor de redução daquelas margens, em contraste com o sugerdo pela teora.

13 Quadro 4 ESTRATÉGIAS DE REDUÇÃO DOS CUSTOS SALARIAIS MODELO PROBIT - EFEITOS MARGINAIS MÉDIOS (EFEITOS DIRETOS) Congelamento dos saláros base Margens flexíves Contratações com saláros mas baxos Redução de trabalhadores Antgudade nferor a 5 anos * *** 51 (0.0718) (0.0802) (0.0719) (0.0663) Qualfcados lgados à produção *** ** * Artgos (0.0006) (0.0007) (0.0006) (0.0006) Qualfcados não lgados à produção ** * *** ** (0.0007) (0.0009) (0.0007) (0.0008) Trabalhadores permanentes * (0.0480) (0.0488) (0.0503) Cobertura *** (0.0361) (0.0411) (0.0375) (0.0359) Legslação (0.0440) (0.0493) Reputação da empresa *** ** - - (0.0372) (0.0429) Atração de novos trabalhadores ** - - (0.0356) (0.0421) Grau de abertura ** * (0.0426) (0.0476) (0.0467) (0.0423) Dmensão (0.0386) (0.0432) (0.0398) (0.0381) Servços (0.0424) (0.0477) (0.0426) (0.0399) Congelamento dos saláros base *** *** (0.0453) (0.0387) (0.0432) Margens flexíves * (0.0362) (0.0342) Contratações com saláros mas baxos * (0.0384) X 2 =31.0 X 2 =26.4 X 2 =36.4 X 2 =61.2 Número de observações = 635 p-value=0.00 p-value=0.00 p-value=0.00 p-value=0.00 R 2 =0.046 R 2 =0.031 R 2 =0.044 R 2 =0.080 Fonte: Cálculos dos autores. Nota: ***, ** e * representa sgnfcânca ao nível de 1, 5, e 10 por cento, respetvamente. Na medda em que os trabalhadores com contratos permanentes têm maor poder negocal do que os trabalhadores com contratos temporáros, os modelos nsder-outsder (Lndbeck e Snower (1988)) antecparam uma maor rgdez salaral para o prmero tpo de trabalhadores. Da Tabela 4, é observável que o mpacto da proporção de trabalhadores permanentes em cada margem tende a ser negatvo (a exceção é o congelamento dos saláros base ), embora não estatstcamente sgnfcatvo para a maora das margens. Em lnha com a teora, este resultado sugere que quanto maor a proporção de trabalhadores permanentes mas dfícl, em geral, é a utlzação das margens de ajustamento salaral.

14 Papel dos sndcatos 52 BANCO DE PORTUGAL BOLETIM ECONÓMICO Verão 2012 O papel desempenhado pelos sndcatos no processo de negocação salaral e o nível de proteção ao emprego têm provavelmente efetos sgnfcatvos sobre a rgdez dos saláros e sobre a sensbldade do emprego aos choques económcos. É esperado que quanto maor o poder negocal dos sndcatos maor seja o nível de rgdez dos saláros e, como tal, maor deverá ser o mpacto sobre as varações do emprego. Por exemplo, no modelo desenvolvdo por Holden (2004), a rgdez dos saláros à baxa é maor quanto maor o grau de cobertura dos contratos coletvos e mas restrta a legslação de proteção ao emprego. A raconaldade subjacente é de que, na presença de contratos coletvos de trabalho, os cortes salaras exgem o consentmento dos trabalhadores, sendo esses cortes mas dfíces de aplcar se a proteção ao emprego for mas elevada. De modo a captar o papel desempenhado pelos sndcatos no processo de negocação salaral, foram ncluídas no modelo as varáves cobertura e legslação. A prmera mede a proporção de trabalhadores cobertos por acordos coletvos de trabalho, enquanto a segunda é uma varável bnára que guala um se a empresa consdera a legslação laboral ou a exstênca de acordos coletvos de trabalho como obstáculos relevantes ou muto relevantes à redução ou congelamento dos saláros. 12 Do quadro 4, observa-se que os dos regressores não são muto relevantes para explcar as dferenças entre as empresas relatvamente à utlzação das dferentes margens de redução de custos laboras, com exceção da cobertura no caso da redução de trabalhadores. Observa-se, todava, que a cobertura aumenta a probabldade de uma empresa reduzr o emprego, sugerndo que a exstênca de sndcatos não lmta a capacdade das empresas de usarem a margem de ajustamento quanttatva. Barreras ao congelamento salaral Algumas teoras dos saláros de efcênca sugerdas na lteratura podem gualmente explcar porque é que algumas empresas não reduzem ou congelam saláros perante um choque negatvo (ver Katz (1986) e Campbell e Kamlam (1997)). De acordo com estes modelos, as empresas podem decdr não cortar os saláros ou outras componentes da remuneração se temerem que tal possa reduzr o esforço dos trabalhadores ou que, eventualmente, os possa levar a sar da empresa, motvando um aumento dos custos de montorzação e/ou de substtução. De modo a captar esta dea, foram ncluídas no modelo as varáves reputação da empresa e atração de novos trabalhadores. Trata-se de varáves bnáras que gualam um se a empresa consdera que as consequêncas negatvas para a reputação da empresa e as dfculdades em atrar novos trabalhadores no futuro são obstáculos relevantes ou muto relevantes à redução ou congelamento dos saláros nomnas. No quadro 4, observa-se que o mpacto destes dos regressores é negatvo para o congelamento dos saláros base e para a utlzação das margens flexíves, o que sugere que estes dos obstáculos à redução ou congelamento dos saláros base são gualmente obstáculos à redução das componentes flexíves Note-se que a legslação laboral, a reputação da empresa e a atração de novos trabalhadores são ncluídas apenas nas duas prmeras equações. Por um lado, acredtamos que estes regressores captam característcas das empresas que são mas relevantes para as componentes lgadas à remuneração por trabalhador e, por outro lado, ao exclu-las das outras duas equações pretendemos assegurar uma dentfcação adequada do modelo. Consultar gualmente a nota Neste artgo, assume-se que os bónus e os outros benefícos monetáros e não monetáros são mas flexíves do que os saláros base. Esta parece ser uma hpótese razoável em países como Portugal, onde a le laboral mpede o corte dos saláros base. No entanto, em termos geras, esta é uma hpótese questonável. Por um lado, pode ser argumentado que os benefícos sobre os quas a empresa possu alguma dscrção são provavelmente menos rígdos do que os saláros na medda em que as empresas têm mas (e mas subts) formas de reduzr os benefícos do que os saláros. Mas, por outro lado, pode ser defenddo que mutas das teoras sugerdas na lteratura para justfcar a exstênca de rgdez à baxa dos saláros nomnas podem ser aplcadas gualmente aos bónus e outros benefícos.

15 Outras característcas A maor ntegração da economa mundal tende a aumentar tanto a concorrênca como a substtubldade entre fatores e, como resultado, aumentar a elastcdade da procura de trabalho e da produtvdade do trabalho (ver Andersen et al. (2000)). É de esperar que as empresas que operam neste tpo de ambentes tendam a enfrentar maor pressão para reduzrem os seus custos, sendo expectável um ajustamento mas sgnfcatvo dos saláros e do emprego em reação a choques. A rgdez salaral pode gualmente varar com a dmensão das empresas, assm como com o setor em que cada empresa se encontra. Se os custos de montorzação e/ou de substtução são superores nas empresas maores (O (1983) e Barron et al. (1987)), estas empresas têm maor probabldade de pagar saláros de efcênca de modo a reduzr a probabldade de comportamentos neglgentes por parte dos trabalhadores ou a evtar aumentos nos custos de formação e contratação, devendo apresentar maor rgdez à baxa dos saláros. 53 Artgos De modo a ncorporar estas possbldades, foram ncluídos no modelo os regressores grau de abertura, dmensão e servços. O grau de abertura mede a mportânca relatva das exportações em cada empresa (é uma varável bnára que guala um, se o peso das exportações nas vendas totas é gual ou superor a 50 por cento). Os resultados do quadro 4 mostram que as empresas em que o peso das exportações é maor são aquelas que recorrem mas frequentemente ao ajustamento das margens flexíves ou aprovetam a possbldade de fazerem contratações com saláros mas baxos, em lnha com o que sera de esperar. Os resultados mostram anda que as empresas maores não recorrem de forma mas ntensva às dferentes estratégas de redução de custos salaras do que as empresas de menor dmensão. Uma conclusão semelhante é obtda para as empresas que operam no setor dos servços Relação entre as dferentes estratégas de redução dos custos salaras Em geral, será de esperar que o ajustamento de uma determnada margem dependa do grau de rgdez das restantes margens. Por exemplo, a probabldade de uma empresa ajustar o número de trabalhadores em reação a um choque negatvo da procura de trabalho deverá ser maor quando a rgdez do saláro base é maor e deverá ser menor quando se encontram dsponíves margens de ajustamento mas flexíves. É possível constatar que as estmatvas do quadro 4 são consstentes com a análse prelmnar da secção 4. Da equação do modelo probt relatva à redução de trabalhadores, observa-se que as empresas portuguesas usaram o congelamento dos saláros base, as margens flexíves e as contratações com saláros mas baxos como substtutos da redução do número de trabalhadores. Em partcular, observa- -se que a probabldade de reduzr o número de trabalhadores é cerca de 21 pontos percentuas nferor para uma empresa que tenha congelado saláros e cerca de 6.5 pontos nferor para uma empresa que tenha recorrdo às margens flexíves ou às contratações com saláros mas baxos. Por seu turno, a probabldade de uma empresa recorrer a contratações com saláros mas baxos é cerca de 12 pontos nferor para uma empresa que tenha congelado saláros. Este resultado sugere que as contratações com saláros mas baxos e o congelamento dos saláros base são usados como substtutos pelas empresas, ou seja, as contratações com saláros mas baxos são sobretudo usadas num contexto em que as empresas não congelam saláros após um choque negatvo sobre a procura de trabalho ou para compensar aumentos anormas ou nesperados dos saláros base. Em contraste, as margens flexíves não parecem funconar como substtutas do congelamento dos saláros base. Esse sera o caso se aquelas fossem usadas prortaramente para compensar aumentos anormas ou nesperados dos saláros base. No entanto, a assocação entre estas duas margens é postva (embora não sgnfcatva), mplcando que as margens flexíves são predomnantemente usadas como complemento ao congelamento dos saláros base em reação a choques negatvos sobre a procura de trabalho.

16 54 BANCO DE PORTUGAL BOLETIM ECONÓMICO Verão 2012 Fnalmente, a probabldade de uma empresa reduzr o emprego se congelou os saláros base e usou as margens flexíves é cerca de 29 pontos percentuas nferor à de uma empresa que lhe seja dêntca nas restantes característcas, enquanto a probabldade de uma empresa reduzr o emprego se congelou os saláros base, usou as margens flexíves e efetuou contratações com saláros mas baxos é cerca de 35 pontos percentuas nferor à de uma empresa que lhe seja dêntca nas restantes característcas. 14 Estes resultados mostram que a flexbldade dos saláros base tem um mpacto negatvo sgnfcatvo sobre a probabldade de uma empresa reduzr emprego e que este efeto é substancalmente reforçado pela dsponbldade de margens alternatvas de ajustamento dos custos salaras, como as margens flexíves ou as contratações com saláros mas baxos. 6. Comentáros fnas A maora dos estudos que têm procurado analsar a mportânca e os efetos da rgdez nomnal dos saláros centram a sua análse no comportamento do saláro base ou do saláro permanente (saláros base acrescdo das componentes que são pagas regularmente numa base mensal, como subsídos de refeção, duturndades ou outras prestações ndexadas à antgudade do trabalhador, etc.), não atendendo a outras componentes do saláro potencalmente mas flexíves, como as prestações ndexadas ao desempenho do trabalhador (bónus e comssões) e outros benefícos monetáros e não monetáros, que poderão atenuar de forma sgnfcatva a rgdez dos custos salaras totas. Partndo da nformação resultante de um nquérto às empresas, este artgo analsa as mplcações para o emprego da rgdez do saláro base e da utlzação de outras estratégas de redução de custos salaras no contexto de choques negatvos sobre a procura e oferta de trabalho. A nformação obtda a partr da amostra mostra que, entre as empresas que reduzram custos de trabalho, a redução de trabalhadores é de longe a estratéga mas utlzada (cerca de 72 por cento das empresas), seguda da estratéga margens flexíves, que nclu a redução ou elmnação de bónus e outros benefícos monetáros, a redução ou elmnação de benefícos não monetáros e o abrandamento do rtmo ou congelamento das promoções (cerca de 45 por cento das empresas). O recrutamento de novos trabalhadores com saláros mas baxos aos saláros daqueles que saíram da empresa ( contratações com saláros mas baxos ) fo utlzada por cerca de 30 por cento das empresas, enquanto 26 por cento recorreram ao congelamento dos saláros base. Os resultados mostram que o recurso a cada margem de ajustamento depende de dversas característcas das empresas e dos trabalhadores, como a antgudade ou a dstrbução por níves de qualfcação, assm como de dversos ndcadores do ambente económco em que as empresas se nserem. Em partcular, as empresas que operam predomnantemente nos mercados nternaconas, com ambentes tpcamente mas compettvos, tendem a usar algumas destas margens mas frequentemente. Os resultados do modelo econométrco sugerem que a estratéga contratações com saláros mas baxos é usada como substtuto do congelamento dos saláros base pelas empresas portuguesas, ou seja, é predomnantemente usada em stuações em que as empresas não congelam os saláros base, após um choque negatvo sobre a procura de trabalho, ou para compensar aumentos nesperados ou anormas 14 Estas probabldades (que não se encontram no quadro 4) são obtdas do segunte modo: Pr ob( y 1 y 1, y 1, y, x ) Pr ob( y 1 y 0, y 0, y, x ) e Pr ob( y 1 y 1, y 1, y 1, x ) Pr ob( y 1 y 0, y 0, y 0, x ), respetvamente, com y 4 =redução de trabalhadores, y =contratações com saláros mas baxos, y 3 2 =margens flexíves, y =congelamento dos saláros base e x 4 1 =vetor de regressores exógenos ntroduzdos na equação para y 4.

17 dos saláros base. Em contraste, a relação entre as estratégas margens flexíves e congelamento dos saláros base é postva (embora não sgnfcatva), sugerndo que as margens flexíves são predomnantemente usadas como complemento do congelamento dos saláros base em reação a choques negatvos sobre a procura de trabalho. Observa-se gualmente uma assocação negatva clara entre a margem congelamento dos saláros base, que fo usada como medda de flexbldade do saláro base, e a estratéga redução de trabalhadores. Em partcular, para uma empresa que tenha congelado os saláros base, a estmatva para a probabldade de reduzr o número de trabalhadores é nferor em cerca de 21 pontos percentuas em comparação com outra empresa que lhe seja dêntca nas restantes característcas. A capacdade de utlzação das margens flexíves e das contratações com saláros mas baxos dmnu gualmente a probabldade de uma empresa reduzr o número de trabalhadores (cerca de 6.5 pontos percentuas em cada caso). Em termos globas, a probabldade de uma empresa reduzr o emprego se usar as estratégas congelamento dos saláros base, margens flexíves e contratações com saláros mas baxos é nferor em 35 pontos percentuas face a uma empresa com característcas dêntcas que não o faça. 55 Artgos Em termos geras, concluímos que a flexbldade dos saláros base dmnu sgnfcatvamente a probabldade de uma empresa reduzr o emprego, sendo que este efeto é anda reforçado pela possbldade das empresas poderem recorrer a margens alternatvas de ajustamento dos custos salaras, como as componentes mas flexíves da remuneração (bónus, benefícos e promoções) e a possbldade de recrutar novos trabalhadores com saláros mas baxos aos saláros daqueles que saíram da empresa recentemente.

18 Anexo - As varáves exógenas 56 Neste anexo, são descrtas as varáves exógenas utlzadas na estmação probt apresentada na secção 4. A lsta e a descrção detalhada é a segunte: Antgudade nferor a 5 anos Proporção de trabalhadores com uma antgudade na empresa nferor a 5 anos. BANCO DE PORTUGAL BOLETIM ECONÓMICO Verão 2012 Qualfcados lgados à produção Proporção de trabalhadores qualfcados dretamente lgados à produção no emprego total. Qualfcados não lgados à produção Proporção de trabalhadores qualfcados não lgados dretamente à produção no emprego total. Trabalhadores permanentes Varável bnára que guala 1 se a proporção de empregados com contrato permanente é gual ou superor a 98 por cento. Cobertura Varável bnára que guala 1 se a proporção de empregados cobertos por acordos coletvos é gual ou superor a 80 por cento. Legslação Varável bnára que guala 1 se a empresa consdera que a legslação ou o acordo coletvo são obstáculos mportantes ou muto mportantes ao congelamento dos saláros num contexto em que necesste de reduzr custos. Reputação da empresa Varável bnára que guala 1 se a empresa consdera que o mpacto negatvo sobre a reputação da empresa é um obstáculo mportante ou muto mportante ao congelamento dos saláros num contexto em que necesste de reduzr custos. Atração de novos trabalhadores Varável bnára que guala 1 se a empresa consdera que as dfculdades em atrar novos empregados no futuro é um obstáculo mportante ou muto mportante ao congelamento dos saláros num contexto em que necesste de reduzr custos. Grau de abertura Varável bnára que guala 1 se a proporção de vendas nos mercados nternaconas é gual ou superor a 50 por cento. Dmensão Varável bnára que guala 1 se o número de empregados é superor a 100. Servços Varável bnára que guala 1 se a empresa pertencer ao setor dos servços.

19 Referêncas Akerlof, G. A. (1982), Labor contracts as partal gft exchange, Quarterly Journal of Economcs 97(4), Akerlof, G. A., Dckens, W. R. e Perry, G. L. (1996), The macroeconomcs of low nflaton, Brookngs Papers on Economc Actvty 27(1), Akerlof, G. A. e Yellen, J. (1990), The far wage-effort hypothess and unemployment, Quarterly Journal of Economcs 105(2), Artgos Altonj, J. G. e Devereux, P. J. (2000), The extent and consequences of downward nomnal wage rgdty, n Worker Well-Beng, 19, , Elsever Scence Inc. Babecký, J., Caju, P. D., Kosma, D., Lawless, M., Messna, J. e Rõõm, T. (2009), The margns of labour cost adjustment: Survey evdence from European frms, Workng Paper 1106, European Central Bank. Babecký, J., Caju, P. D., Kosma, T., Lawless, M., Messna, J., e Rõõm, T., (2010), Downward nomnal and real wage rgdty: Survey evdence from European frms, Scandnavan Journal of Economcs 112(4), Barron, J. M., Black, D. A. e Loewensten, M. A. (1987), Employer sze: The mplcatons for search, tranng, captal nvestment, startng wages, and wage growth, Journal of Labor Economcs 5(1), Behr, A. e Pötter, U. (2010), Downward wage rgdty n Europe: A new flexble parametrc approach and emprcal results, German Economc Revew 11, Campbell, Carl M, I. e Kamlan, K. S. (1997), The reasons for wage rgdty: Evdence from a survey of frms, The Quarterly Journal of Economcs 112(3), Carlsson, M. e Westermark, A. (2007), Optmal monetary polcy under downward nomnal wage rgdty, Workng Paper Seres 206, Sverges Rksbank (Central Bank of Sweden). Centeno, M. e Novo, A. A. (2012), Excess worker turnover and fxed-term contracts: Causal evdence n a two-ter system, Workng Paper 5/2012, Banco de Portugal. Das, D., Marques, C. R. e Martns, F. (2012), Wage rgdty and employment adjustment at the frm level: Evdence from survey data, Workng Paper 12, Banco de Portugal. Das, F., Esteves, P.e Félx, R. (2004), Revstng the NAIRU estmates for the Portuguese economy, Economc Bulletn, Banco de Portugal. Dckens, W. T., Goette, L., Groshen, E. L., Holden, S., Messna, J., Schwetzer, M. E., Turunen, J. e Ward, M. E. (2007), How wages change: Mcro evdence from the Internatonal Wage Flexblty Project, Journal of Economc Perspectves 21(2), Dwyer, J. (2003), Nomnal wage rgdty n Australa, Australan Journal of Labour Economcs (AJLE) 6(1), Elsby, M. W. (2009), Evaluatng the economc sgnfcance of downward nomnal wage rgdty, Journal of Monetary Economcs 56(2), Fehr, E. e Goette, L. (2005), Robustness and real consequences of nomnal wage rgdty, Journal of Monetary Economcs 52(4), Freedman, D. A. e Sekhom, J. S. (2010), Endogenety n probt response models, Poltcal Analyss 18(2),

20 Gaspar, V. e Luz, S. (1997), Wages and unemployment n Portugal, Economc Bulletn, Banco de Portugal. 58 BANCO DE PORTUGAL BOLETIM ECONÓMICO Verão 2012 Goette, L., Sunde, U. e Bauer, T. (2007), Wage rgdty: Measurement, causes and consequences, Economc Journal 117(524), F499-F507. Gordon, R. J. (1996), Comment and dscusson: Akerlof et al.: The macroeconomcs of low nflaton, Brookngs Papers on Economc Actvty 1, Hamermesh, D. S. (1987), The demand for labor n the long run, n O. Ashenfelter R. Layard, eds, Handbook of Labor Economcs, Vol. 1 of Handbook of Labor Economcs, Elsever, chapter 8, pp Holden, S. (2004), The costs of prce stablty: Downward nomnal wage rgdty n Europe, Economca 71, Holden, S. e Wulfsberg, F. (2008), Downward nomnal wage rgdty n the OECD, The B.E. Journal of Macroeconomcs 8(1), (Advances), Artcle 15. Holden, S. e Wulfsberg, F. (2009), How strong s the macroeconomc case for downward real wage rgdty?, Journal of Monetary Economcs 56(4), Katz, L. F. (1986), Effcency wage theores: A partal evaluaton, n NBER Macroeconomcs Annual 1986, pp , S. Fsher (ed.), Cambrdge, Mass: MIT Press. Knoppk, C. e Bessnger, T. (2006), Downward nomnal wage rgdty n Europe: An analyss of European mcro data from the ECHP , Workng Paper 275, Unversät Hohenhem, Stuttgart. Lebow, D. E., Saks, R. E. e Wlson, B. A. (2003), Downward nomnal wage rgdty: Evdence from the employment cost ndex, The B.E. Journal of Macroeconomcs 3(1), (Advances), Artcle 2. Lndbeck, A. e Snower, D. J. (1988), The nsder-outsder theory of employment and unemployment, MIT Press, Cambrdge, MA. Luz, S. e Pnhero, M. (1993), Unemployment, vacances and wage growth, Economc Bulletn, Banco de Portugal. Maddala, G. S. (1983), Lmted-Dependent and Qualtatve Varables, Econometrcs, Cambrdge Unversty Press. Mankw, N. G. (1996), Comment and dscusson: Akerlof et al.: The macroeconomcs of low nflaton, Brookngs Papers on Economc Actvty 1, Marques, C. R. (2008), Wage and prce dynamcs n Portugal, Workng Paper Seres 945, European Central Bank. Martns, F. (2011), Prce and wage settng n Portugal: Learnng by askng, Workng Paper Seres 1314, European Central Bank. Messna, J., Duarte, C. F., Izquerdo, M., Caju, P. D. e Hansen, N. L. (2010), The ncdence of nomnal and real wage rgdty: An ndvdual-based sectoral approach, Journal of the European Economc Assocaton 8(2-3), Messna, J. e Sanz-de Galdeano, A. (2011), Wage rgdty and dsnflaton n emergng countres, IZA Dscusson Papers 5778, Insttute for the Study of Labor (IZA). OECD (1992), OECD Economc Surveys: Portugal 1991/92, Organzaton for Economc Co-operaton and Development, Pars. O, W. Y. (1983), The fxed employment costs of specalzed labor, n The measurement of labor cost, pp , Chap. 2, J. Trplett (ed.), Unversty of Chcago Press, Chcago.

TEORIA DE ERROS * ERRO é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e o valor real ou correto da mesma.

TEORIA DE ERROS * ERRO é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e o valor real ou correto da mesma. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA AV. FERNANDO FERRARI, 514 - GOIABEIRAS 29075-910 VITÓRIA - ES PROF. ANDERSON COSER GAUDIO FONE: 4009.7820 FAX: 4009.2823

Leia mais

NOTA II TABELAS E GRÁFICOS

NOTA II TABELAS E GRÁFICOS Depto de Físca/UFMG Laboratóro de Fundamentos de Físca NOTA II TABELAS E GRÁFICOS II.1 - TABELAS A manera mas adequada na apresentação de uma sére de meddas de um certo epermento é através de tabelas.

Leia mais

Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Cálculo do Conceito Preliminar de Cursos de Graduação

Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Cálculo do Conceito Preliminar de Cursos de Graduação Mnstéro da Educação Insttuto Naconal de Estudos e Pesqusas Educaconas Aníso Texera Cálculo do Conceto Prelmnar de Cursos de Graduação Nota Técnca Nesta nota técnca são descrtos os procedmentos utlzados

Leia mais

Objetivos da aula. Essa aula objetiva fornecer algumas ferramentas descritivas úteis para

Objetivos da aula. Essa aula objetiva fornecer algumas ferramentas descritivas úteis para Objetvos da aula Essa aula objetva fornecer algumas ferramentas descrtvas útes para escolha de uma forma funconal adequada. Por exemplo, qual sera a forma funconal adequada para estudar a relação entre

Leia mais

Sistemas de Filas: Aula 5. Amedeo R. Odoni 22 de outubro de 2001

Sistemas de Filas: Aula 5. Amedeo R. Odoni 22 de outubro de 2001 Sstemas de Flas: Aula 5 Amedeo R. Odon 22 de outubro de 2001 Teste 1: 29 de outubro Com consulta, 85 mnutos (níco 10:30) Tópcos abordados: capítulo 4, tens 4.1 a 4.7; tem 4.9 (uma olhada rápda no tem 4.9.4)

Leia mais

Introdução e Organização de Dados Estatísticos

Introdução e Organização de Dados Estatísticos II INTRODUÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICOS 2.1 Defnção de Estatístca Uma coleção de métodos para planejar expermentos, obter dados e organzá-los, resum-los, analsá-los, nterpretá-los e deles extrar

Leia mais

Despacho Econômico de. Sistemas Termoelétricos e. Hidrotérmicos

Despacho Econômico de. Sistemas Termoelétricos e. Hidrotérmicos Despacho Econômco de Sstemas Termoelétrcos e Hdrotérmcos Apresentação Introdução Despacho econômco de sstemas termoelétrcos Despacho econômco de sstemas hdrotérmcos Despacho do sstema braslero Conclusões

Leia mais

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA - Centro de Ciências Sociais e Aplicadas Curso de Economia

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA - Centro de Ciências Sociais e Aplicadas Curso de Economia CCSA - Centro de Cêncas Socas e Aplcadas Curso de Economa ECONOMIA REGIONAL E URBANA Prof. ladmr Fernandes Macel LISTA DE ESTUDO. Explque a lógca da teora da base econômca. A déa que sustenta a teora da

Leia mais

PARTE 1. 1. Apresente as equações que descrevem o comportamento do preço de venda dos imóveis.

PARTE 1. 1. Apresente as equações que descrevem o comportamento do preço de venda dos imóveis. EXERCICIOS AVALIATIVOS Dscplna: ECONOMETRIA Data lmte para entrega: da da 3ª prova Valor: 7 pontos INSTRUÇÕES: O trabalho é ndvdual. A dscussão das questões pode ser feta em grupo, mas cada aluno deve

Leia mais

5.1 Seleção dos melhores regressores univariados (modelo de Índice de Difusão univariado)

5.1 Seleção dos melhores regressores univariados (modelo de Índice de Difusão univariado) 5 Aplcação Neste capítulo será apresentada a parte empírca do estudo no qual serão avalados os prncpas regressores, um Modelo de Índce de Dfusão com o resultado dos melhores regressores (aqu chamado de

Leia mais

Covariância e Correlação Linear

Covariância e Correlação Linear TLF 00/ Cap. X Covarânca e correlação lnear Capítulo X Covarânca e Correlação Lnear 0.. Valor médo da grandeza (,) 0 0.. Covarânca na propagação de erros 03 0.3. Coecente de correlação lnear 05 Departamento

Leia mais

Análise de Regressão. Profa Alcione Miranda dos Santos Departamento de Saúde Pública UFMA

Análise de Regressão. Profa Alcione Miranda dos Santos Departamento de Saúde Pública UFMA Análse de Regressão Profa Alcone Mranda dos Santos Departamento de Saúde Públca UFMA Introdução Uma das preocupações estatístcas ao analsar dados, é a de crar modelos que explctem estruturas do fenômeno

Leia mais

O COMPORTAMENTO DOS BANCOS DOMÉSTICOS E NÃO DOMÉSTICOS NA CONCESSÃO DE CRÉDITO À HABITAÇÃO: UMA ANÁLISE COM BASE EM DADOS MICROECONÓMICOS*

O COMPORTAMENTO DOS BANCOS DOMÉSTICOS E NÃO DOMÉSTICOS NA CONCESSÃO DE CRÉDITO À HABITAÇÃO: UMA ANÁLISE COM BASE EM DADOS MICROECONÓMICOS* O COMPORTAMENTO DOS BANCOS DOMÉSTICOS E NÃO DOMÉSTICOS NA CONCESSÃO DE CRÉDITO À HABITAÇÃO: UMA ANÁLISE COM BASE EM DADOS MICROECONÓMICOS* Sóna Costa** Luísa Farnha** 173 Artgos Resumo As nsttuções fnanceras

Leia mais

PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS DO CEARÁ

PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS DO CEARÁ GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E GESTÃO - SEPLAG INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO CEARÁ - IPECE NOTA TÉCNICA Nº 29 PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS

Leia mais

Professor Mauricio Lutz CORRELAÇÃO

Professor Mauricio Lutz CORRELAÇÃO Professor Maurco Lutz 1 CORRELAÇÃO Em mutas stuações, torna-se nteressante e útl estabelecer uma relação entre duas ou mas varáves. A matemátca estabelece város tpos de relações entre varáves, por eemplo,

Leia mais

Introdução à Análise de Dados nas medidas de grandezas físicas

Introdução à Análise de Dados nas medidas de grandezas físicas Introdução à Análse de Dados nas meddas de grandezas físcas www.chem.wts.ac.za/chem0/ http://uregna.ca/~peresnep/ www.ph.ed.ac.uk/~td/p3lab/analss/ otas baseadas nos apontamentos Análse de Dados do Prof.

Leia mais

Probabilidade e Estatística. Correlação e Regressão Linear

Probabilidade e Estatística. Correlação e Regressão Linear Probabldade e Estatístca Correlação e Regressão Lnear Correlação Este uma correlação entre duas varáves quando uma delas está, de alguma forma, relaconada com a outra. Gráfco ou Dagrama de Dspersão é o

Leia mais

Regressão e Correlação Linear

Regressão e Correlação Linear Probabldade e Estatístca I Antono Roque Aula 5 Regressão e Correlação Lnear Até o momento, vmos técncas estatístcas em que se estuda uma varável de cada vez, estabelecendo-se sua dstrbução de freqüêncas,

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UnilesteMG

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UnilesteMG 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UnlesteMG Dscplna: Introdução à Intelgênca Artfcal Professor: Luz Carlos Fgueredo GUIA DE LABORATÓRIO LF. 01 Assunto: Lógca Fuzzy Objetvo: Apresentar o

Leia mais

7 - Distribuição de Freqüências

7 - Distribuição de Freqüências 7 - Dstrbução de Freqüêncas 7.1 Introdução Em mutas áreas há uma grande quantdade de nformações numércas que precsam ser dvulgadas de forma resumda. O método mas comum de resumr estes dados numércos consste

Leia mais

7. Resolução Numérica de Equações Diferenciais Ordinárias

7. Resolução Numérica de Equações Diferenciais Ordinárias 7. Resolução Numérca de Equações Dferencas Ordnáras Fenômenos físcos em dversas áreas, tas como: mecânca dos fludos, fluo de calor, vbrações, crcutos elétrcos, reações químcas, dentre váras outras, podem

Leia mais

EFICIÊNCIA DAS ESCOLAS SECUNDÁRIAS PORTUGUESAS: UMA ANÁLISE DE FRONTEIRA DE PRODUÇÃO ESTOCÁSTICA*

EFICIÊNCIA DAS ESCOLAS SECUNDÁRIAS PORTUGUESAS: UMA ANÁLISE DE FRONTEIRA DE PRODUÇÃO ESTOCÁSTICA* Artgos Prmavera 2007 EFICIÊNCIA DAS ESCOLAS SECUNDÁRIAS PORTUGUESAS: UMA ANÁLISE DE FRONTEIRA DE PRODUÇÃO ESTOCÁSTICA* Manuel Coutnho Perera** Sara Morera** 1. INTRODUÇÃO As classfcações obtdas pelos estudantes

Leia mais

Nota Técnica Médias do ENEM 2009 por Escola

Nota Técnica Médias do ENEM 2009 por Escola Nota Técnca Médas do ENEM 2009 por Escola Crado em 1998, o Exame Naconal do Ensno Médo (ENEM) tem o objetvo de avalar o desempenho do estudante ao fm da escolardade básca. O Exame destna-se aos alunos

Leia mais

Y X Baixo Alto Total Baixo 1 (0,025) 7 (0,175) 8 (0,20) Alto 19 (0,475) 13 (0,325) 32 (0,80) Total 20 (0,50) 20 (0,50) 40 (1,00)

Y X Baixo Alto Total Baixo 1 (0,025) 7 (0,175) 8 (0,20) Alto 19 (0,475) 13 (0,325) 32 (0,80) Total 20 (0,50) 20 (0,50) 40 (1,00) Bussab&Morettn Estatístca Básca Capítulo 4 Problema. (b) Grau de Instrução Procedênca º grau º grau Superor Total Interor 3 (,83) 7 (,94) (,) (,33) Captal 4 (,) (,39) (,) (,3) Outra (,39) (,7) (,) 3 (,3)

Leia mais

Sempre que surgir uma dúvida quanto à utilização de um instrumento ou componente, o aluno deverá consultar o professor para esclarecimentos.

Sempre que surgir uma dúvida quanto à utilização de um instrumento ou componente, o aluno deverá consultar o professor para esclarecimentos. Insttuto de Físca de São Carlos Laboratóro de Eletrcdade e Magnetsmo: Transferênca de Potênca em Crcutos de Transferênca de Potênca em Crcutos de Nesse prátca, estudaremos a potênca dsspada numa resstênca

Leia mais

CAPÍTULO VI Introdução ao Método de Elementos Finitos (MEF)

CAPÍTULO VI Introdução ao Método de Elementos Finitos (MEF) PMR 40 - Mecânca Computaconal CAPÍTULO VI Introdução ao Método de Elementos Fntos (MEF). Formulação Teórca - MEF em uma dmensão Consderemos a equação abao que representa a dstrbução de temperatura na barra

Leia mais

CQ110 : Princípios de FQ

CQ110 : Princípios de FQ CQ110 : Prncípos de FQ CQ 110 Prncípos de Físco Químca Curso: Farmáca Prof. Dr. Marco Vdott mvdott@ufpr.br Potencal químco, m potencal químco CQ110 : Prncípos de FQ Propredades termodnâmcas das soluções

Leia mais

Análise Econômica da Aplicação de Motores de Alto Rendimento

Análise Econômica da Aplicação de Motores de Alto Rendimento Análse Econômca da Aplcação de Motores de Alto Rendmento 1. Introdução Nesta apostla são abordados os prncpas aspectos relaconados com a análse econômca da aplcação de motores de alto rendmento. Incalmente

Leia mais

Capítulo 1. Exercício 5. Capítulo 2 Exercício

Capítulo 1. Exercício 5. Capítulo 2 Exercício UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CIÊNCIAS ECONÔMICAS ECONOMETRIA (04-II) PRIMEIRA LISTA DE EXERCÍCIOS Exercícos do Gujarat Exercíco 5 Capítulo Capítulo Exercíco 3 4 5 7 0 5 Capítulo 3 As duas prmeras demonstrações

Leia mais

Expressão da Incerteza de Medição para a Grandeza Energia Elétrica

Expressão da Incerteza de Medição para a Grandeza Energia Elétrica 1 a 5 de Agosto de 006 Belo Horzonte - MG Expressão da ncerteza de Medção para a Grandeza Energa Elétrca Eng. Carlos Alberto Montero Letão CEMG Dstrbução S.A caletao@cemg.com.br Eng. Sérgo Antôno dos Santos

Leia mais

Aula 7: Circuitos. Curso de Física Geral III F-328 1º semestre, 2014

Aula 7: Circuitos. Curso de Física Geral III F-328 1º semestre, 2014 Aula 7: Crcutos Curso de Físca Geral III F-38 º semestre, 04 Ponto essencal Para resolver um crcuto de corrente contínua, é precso entender se as cargas estão ganhando ou perdendo energa potencal elétrca

Leia mais

Variabilidade Espacial do Teor de Água de um Argissolo sob Plantio Convencional de Feijão Irrigado

Variabilidade Espacial do Teor de Água de um Argissolo sob Plantio Convencional de Feijão Irrigado Varabldade Espacal do Teor de Água de um Argssolo sob Planto Convenconal de Fejão Irrgado Elder Sânzo Aguar Cerquera 1 Nerlson Terra Santos 2 Cásso Pnho dos Res 3 1 Introdução O uso da água na rrgação

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA EAE 206 Macroeconoma I 1º Semestre de 2016 Professores: Fernando Rugtsky e Glberto Tadeu Lma Gabarto

Leia mais

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES O Danel Slvera pedu para eu resolver mas questões do concurso da CEF. Vou usar como base a numeração do caderno foxtrot Vamos lá: 9) Se, ao descontar uma promssóra com valor de face de R$ 5.000,00, seu

Leia mais

Impactos dos encargos sociais na economia brasileira

Impactos dos encargos sociais na economia brasileira Impactos dos encargos socas na economa braslera Mayra Batsta Btencourt Professora da Unversdade Federal de Mato Grosso do Sul Erly Cardoso Texera Professor da Unversdade Federal de Vçosa Palavras-chave

Leia mais

CAPÍTULO 1 Exercícios Propostos

CAPÍTULO 1 Exercícios Propostos CAPÍTULO 1 Exercícos Propostos Atenção: Na resolução dos exercícos consderar, salvo menção em contráro, ano comercal de das. 1. Qual é a taxa anual de juros smples obtda em uma aplcação de $1.0 que produz,

Leia mais

ESTATÍSTICA MULTIVARIADA 2º SEMESTRE 2010 / 11. EXERCÍCIOS PRÁTICOS - CADERNO 1 Revisões de Estatística

ESTATÍSTICA MULTIVARIADA 2º SEMESTRE 2010 / 11. EXERCÍCIOS PRÁTICOS - CADERNO 1 Revisões de Estatística ESTATÍSTICA MULTIVARIADA º SEMESTRE 010 / 11 EXERCÍCIOS PRÁTICOS - CADERNO 1 Revsões de Estatístca -0-11 1.1 1.1. (Varáves aleatóras: função de densdade e de dstrbução; Méda e Varânca enquanto expectatvas

Leia mais

MACROECONOMIA I LEC 201

MACROECONOMIA I LEC 201 ACROECONOIA I LEC 20 3.2. odelo IS-L Outubro 2007, sandras@fep.up.pt nesdrum@fep.up.pt 3.2. odelo IS-L odelo Keynesano smples (KS): equlíbro macroeconómco equlíbro no mercado de bens e servços (BS). odelo

Leia mais

Aplicando o método de mínimos quadrados ordinários, você encontrou o seguinte resultado: 1,2

Aplicando o método de mínimos quadrados ordinários, você encontrou o seguinte resultado: 1,2 Econometra - Lsta 3 - Regressão Lnear Múltpla Professores: Hedbert Lopes, Prscla Rbero e Sérgo Martns Montores: Gustavo Amarante e João Marcos Nusdeo QUESTÃO 1. Você trabalha na consultora Fazemos Qualquer

Leia mais

EFEITO SOBRE A EQUIDADE DE UM AUMENTO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO*

EFEITO SOBRE A EQUIDADE DE UM AUMENTO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO* Artgos Prmavera 2007 EFEITO SOBRE A EQUIDADE DE UM AUMENTO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO* Isabel Correa**. INTRODUÇÃO Apesar das reformas fscas serem um fenómeno recorrente nas últmas décadas em

Leia mais

Os modelos de regressão paramétricos vistos anteriormente exigem que se suponha uma distribuição estatística para o tempo de sobrevivência.

Os modelos de regressão paramétricos vistos anteriormente exigem que se suponha uma distribuição estatística para o tempo de sobrevivência. MODELO DE REGRESSÃO DE COX Os modelos de regressão paramétrcos vstos anterormente exgem que se suponha uma dstrbução estatístca para o tempo de sobrevvênca. Contudo esta suposção, caso não sea adequada,

Leia mais

Economia Industrial. Prof. Marcelo Matos. Aula 7

Economia Industrial. Prof. Marcelo Matos. Aula 7 Economa Industral Prof. Marcelo Matos Aula 7 Concentração de Mercado Resende e Boff [cap 5 de K&H, 2013]; Ferguson e Ferguson cap.3; Meddas de Concentração: característcas Possbldade de classfcar meddas

Leia mais

REGRESSÃO LOGÍSTICA. Seja Y uma variável aleatória dummy definida como:

REGRESSÃO LOGÍSTICA. Seja Y uma variável aleatória dummy definida como: REGRESSÃO LOGÍSTCA. ntrodução Defnmos varáves categórcas como aquelas varáves que podem ser mensurados usando apenas um número lmtado de valores ou categoras. Esta defnção dstngue varáves categórcas de

Leia mais

www.obconcursos.com.br/portal/v1/carreirafiscal

www.obconcursos.com.br/portal/v1/carreirafiscal www.obconcursos.com.br/portal/v1/carrerafscal Moda Exercíco: Determne o valor modal em cada um dos conjuntos de dados a segur: X: { 3, 4,, 8, 8, 8, 9, 10, 11, 1, 13 } Mo 8 Y: { 10, 11, 11, 13, 13, 13,

Leia mais

Sinais Luminosos 2- CONCEITOS BÁSICOS PARA DIMENSIONAMENTO DE SINAIS LUMINOSOS.

Sinais Luminosos 2- CONCEITOS BÁSICOS PARA DIMENSIONAMENTO DE SINAIS LUMINOSOS. Snas Lumnosos 1-Os prmeros snas lumnosos Os snas lumnosos em cruzamentos surgem pela prmera vez em Londres (Westmnster), no ano de 1868, com um comando manual e com os semáforos a funconarem a gás. Só

Leia mais

23/8/2010. Bem Estar e Poder de Mercado: 1. Eficiência alocativa; 2. Eficiência produtiva e 3. Eficiência dinâmica (progresso técnico).

23/8/2010. Bem Estar e Poder de Mercado: 1. Eficiência alocativa; 2. Eficiência produtiva e 3. Eficiência dinâmica (progresso técnico). I. Análse de equlíbro geral vs equlíbro parcal; Aula 3 II. Bem Estar e Poder de Mercado:. Efcênca alocatva; 2. Efcênca produtva e 3. Efcênca dnâmca (progresso técnco). III. Defnção de mercado relevante

Leia mais

4 Critérios para Avaliação dos Cenários

4 Critérios para Avaliação dos Cenários Crtéros para Avalação dos Cenáros É desejável que um modelo de geração de séres sntétcas preserve as prncpas característcas da sére hstórca. Isto quer dzer que a utldade de um modelo pode ser verfcada

Leia mais

2 Metodologia de Medição de Riscos para Projetos

2 Metodologia de Medição de Riscos para Projetos 2 Metodologa de Medção de Rscos para Projetos Neste capítulo remos aplcar os concetos apresentados na seção 1.1 ao ambente de projetos. Um projeto, por defnção, é um empreendmento com metas de prazo, margem

Leia mais

Como aposentadorias e pensões afetam a educação e o trabalho de jovens do domicílio 1

Como aposentadorias e pensões afetam a educação e o trabalho de jovens do domicílio 1 Como aposentadoras e pensões afetam a educação e o trabalo de jovens do domcílo 1 Rodolfo Hoffmann 2 Resumo A questão central é saber como o valor da parcela do rendmento domclar formada por aposentadoras

Leia mais

3 Metodologia de Avaliação da Relação entre o Custo Operacional e o Preço do Óleo

3 Metodologia de Avaliação da Relação entre o Custo Operacional e o Preço do Óleo 3 Metodologa de Avalação da Relação entre o Custo Operaconal e o Preço do Óleo Este capítulo tem como objetvo apresentar a metodologa que será empregada nesta pesqusa para avalar a dependênca entre duas

Leia mais

Estatística stica Descritiva

Estatística stica Descritiva AULA1-AULA5 AULA5 Estatístca stca Descrtva Prof. Vctor Hugo Lachos Davla oo que é a estatístca? Para mutos, a estatístca não passa de conjuntos de tabelas de dados numércos. Os estatístcos são pessoas

Leia mais

Metodologia IHFA - Índice de Hedge Funds ANBIMA

Metodologia IHFA - Índice de Hedge Funds ANBIMA Metodologa IHFA - Índce de Hedge Funds ANBIMA Versão Abrl 2011 Metodologa IHFA Índce de Hedge Funds ANBIMA 1. O Que é o IHFA Índce de Hedge Funds ANBIMA? O IHFA é um índce representatvo da ndústra de hedge

Leia mais

Microeconomia II. Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão AULA 5.3. Afectação de Bens Públicos: a Condição de Samuelson

Microeconomia II. Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão AULA 5.3. Afectação de Bens Públicos: a Condição de Samuelson Mcroeconoma II Cursos de Economa e de Matemátca Aplcada à Economa e Gestão AULA 5.3 Afectação de Bens Públcos: a Condção de Isabel Mendes 2007-2008 5/3/2008 Isabel Mendes/MICRO II 5.3 Afectação de Bens

Leia mais

Programa de reforma agrária Cédula da Terra: medindo a eficiência dos beneficiários

Programa de reforma agrária Cédula da Terra: medindo a eficiência dos beneficiários Programa de reforma agrára Cédula da Terra: medndo a efcênca dos benefcáros RESUMO Hldo Merelles de Souza Flho Mguel Rocha de Sousa Antôno Márco Buanan José Mara Slvera Marcelo Marques Magalhães Esse artgo

Leia mais

7.4 Precificação dos Serviços de Transmissão em Ambiente Desregulamentado

7.4 Precificação dos Serviços de Transmissão em Ambiente Desregulamentado 64 Capítulo 7: Introdução ao Estudo de Mercados de Energa Elétrca 7.4 Precfcação dos Servços de Transmssão em Ambente Desregulamentado A re-estruturação da ndústra de energa elétrca que ocorreu nos últmos

Leia mais

Prof. Antônio Carlos Fontes dos Santos. Aula 1: Divisores de tensão e Resistência interna de uma fonte de tensão

Prof. Antônio Carlos Fontes dos Santos. Aula 1: Divisores de tensão e Resistência interna de uma fonte de tensão IF-UFRJ Elementos de Eletrônca Analógca Prof. Antôno Carlos Fontes dos Santos FIW362 Mestrado Profssonal em Ensno de Físca Aula 1: Dvsores de tensão e Resstênca nterna de uma fonte de tensão Este materal

Leia mais

Caderno de Exercícios Resolvidos

Caderno de Exercícios Resolvidos Estatístca Descrtva Exercíco 1. Caderno de Exercícos Resolvdos A fgura segunte representa, através de um polígono ntegral, a dstrbução do rendmento nas famílas dos alunos de duas turmas. 1,,75 Turma B

Leia mais

QUOTAS DE MERCADO DAS EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS: UMA ANÁLISE NOS PRINCIPAIS MERCADOS DE EXPORTAÇÃO*

QUOTAS DE MERCADO DAS EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS: UMA ANÁLISE NOS PRINCIPAIS MERCADOS DE EXPORTAÇÃO* Artgos Verão 2006 QUOTAS DE MERCADO DAS EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS: UMA ANÁLISE NOS PRINCIPAIS MERCADOS DE EXPORTAÇÃO* Sóna Cabral** Paulo Soares Esteves** 1. INTRODUÇÃO As quotas de mercado das exportações

Leia mais

Controlo Metrológico de Contadores de Gás

Controlo Metrológico de Contadores de Gás Controlo Metrológco de Contadores de Gás José Mendonça Das (jad@fct.unl.pt), Zulema Lopes Perera (zlp@fct.unl.pt) Departamento de Engenhara Mecânca e Industral, Faculdade de Cêncas e Tecnologa da Unversdade

Leia mais

1 Princípios da entropia e da energia

1 Princípios da entropia e da energia 1 Prncípos da entropa e da energa Das dscussões anterores vmos como o conceto de entropa fo dervado do conceto de temperatura. E esta últma uma conseqüênca da le zero da termodnâmca. Dentro da nossa descrção

Leia mais

SALÁRIO DE RESERVA E DURAÇÃO DO DESEMPREGO NO BRASIL: UMA ANÁLISE COM DADOS DA PESQUISA DE PADRÃO DE VIDA DO IBGE

SALÁRIO DE RESERVA E DURAÇÃO DO DESEMPREGO NO BRASIL: UMA ANÁLISE COM DADOS DA PESQUISA DE PADRÃO DE VIDA DO IBGE SALÁRIO DE RESERVA E DURAÇÃO DO DESEMPREGO NO BRASIL: UMA ANÁLISE COM DADOS DA PESQUISA DE PADRÃO DE VIDA DO IBGE Vctor Hugo de Olvera José Ramundo Carvalho Resumo O objetvo do presente estudo é o de analsar

Leia mais

REGULAMENTO GERAL (Modalidades 1, 2, 3 e 4)

REGULAMENTO GERAL (Modalidades 1, 2, 3 e 4) REGULAMENTO GERAL (Modaldades 1, 2, 3 e 4) 1. PARTICIPAÇÃO 1.1 Podem concorrer ao 11º Prêmo FIEB de Desempenho Socoambental da Indústra Baana empresas do setor ndustral nas categoras MICRO E PEQUENO, MÉDIO

Leia mais

1 a Lei de Kirchhoff ou Lei dos Nós: Num nó, a soma das intensidades de correntes que chegam é igual à soma das intensidades de correntes que saem.

1 a Lei de Kirchhoff ou Lei dos Nós: Num nó, a soma das intensidades de correntes que chegam é igual à soma das intensidades de correntes que saem. Les de Krchhoff Até aqu você aprendeu técncas para resolver crcutos não muto complexos. Bascamente todos os métodos foram baseados na 1 a Le de Ohm. Agora você va aprender as Les de Krchhoff. As Les de

Leia mais

UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE TAGUCHI NA REDUÇÃO DOS CUSTOS DE PROJETOS. Uma equação simplificada para se determinar o lucro de uma empresa é:

UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE TAGUCHI NA REDUÇÃO DOS CUSTOS DE PROJETOS. Uma equação simplificada para se determinar o lucro de uma empresa é: UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE TAGUCHI A REDUÇÃO DOS CUSTOS DE PROJETOS Ademr José Petenate Departamento de Estatístca - Mestrado em Qualdade Unversdade Estadual de Campnas Brasl 1. Introdução Qualdade é hoje

Leia mais

Aula 2. aula passada. Bibliografia: VVH (1995), cap 4; Motta (2005), Cap 2, 3; 1. Definição, objetivos; 2. Defesa da concorrência no Brasil;

Aula 2. aula passada. Bibliografia: VVH (1995), cap 4; Motta (2005), Cap 2, 3; 1. Definição, objetivos; 2. Defesa da concorrência no Brasil; Aula 2 Bblografa: VVH (1995), cap 4; Motta (2005), Cap 2, 3; aula passada 1. Defnção, objetvos; 2. Defesa da concorrênca no Brasl; 3. Defesa da concorrênca em pases em desenvolvmento. 1 Plano da aula I.

Leia mais

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL.

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL. A FUNÇÃO DE PRODUÇÃO E SUPERMERCADOS NO BRASIL ALEX AIRES CUNHA (1) ; CLEYZER ADRIAN CUNHA (). 1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;.UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL.

Leia mais

Cálculo do Conceito ENADE

Cálculo do Conceito ENADE Insttuto aconal de Estudos e Pesqusas Educaconas Aníso Texera IEP Mnstéro da Educação ME álculo do onceto EADE Para descrever o cálculo do onceto Enade, prmeramente é mportante defnr a undade de observação

Leia mais

3 A técnica de computação intensiva Bootstrap

3 A técnica de computação intensiva Bootstrap A técnca de computação ntensva ootstrap O termo ootstrap tem orgem na expressão de língua nglesa lft oneself by pullng hs/her bootstrap, ou seja, alguém levantar-se puxando seu própro cadarço de bota.

Leia mais

INTRODUÇÃO SISTEMAS. O que é sistema? O que é um sistema de controle? O aspecto importante de um sistema é a relação entre as entradas e a saída

INTRODUÇÃO SISTEMAS. O que é sistema? O que é um sistema de controle? O aspecto importante de um sistema é a relação entre as entradas e a saída INTRODUÇÃO O que é sstema? O que é um sstema de controle? SISTEMAS O aspecto mportante de um sstema é a relação entre as entradas e a saída Entrada Usna (a) Saída combustível eletrcdade Sstemas: a) uma

Leia mais

PROVA DE MATEMÁTICA DO VESTIBULAR 2013 DA UNICAMP-FASE 1. RESOLUÇÃO: PROFA. MARIA ANTÔNIA C. GOUVEIA

PROVA DE MATEMÁTICA DO VESTIBULAR 2013 DA UNICAMP-FASE 1. RESOLUÇÃO: PROFA. MARIA ANTÔNIA C. GOUVEIA PROVA DE MATEMÁTICA DO VESTIBULAR 03 DA UNICAMP-FASE. PROFA. MARIA ANTÔNIA C. GOUVEIA QUESTÃO 37 A fgura abaxo exbe, em porcentagem, a prevsão da oferta de energa no Brasl em 030, segundo o Plano Naconal

Leia mais

RISCO. Investimento inicial $ $ Taxa de retorno anual Pessimista 13% 7% Mais provável 15% 15% Otimista 17% 23% Faixa 4% 16%

RISCO. Investimento inicial $ $ Taxa de retorno anual Pessimista 13% 7% Mais provável 15% 15% Otimista 17% 23% Faixa 4% 16% Análse de Rsco 1 RISCO Rsco possbldade de perda. Quanto maor a possbldade, maor o rsco. Exemplo: Empresa X va receber $ 1.000 de uros em 30 das com títulos do governo. A empresa Y pode receber entre $

Leia mais

É o grau de associação entre duas ou mais variáveis. Pode ser: correlacional ou experimental.

É o grau de associação entre duas ou mais variáveis. Pode ser: correlacional ou experimental. Prof. Lorí Val, Dr. val@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~val/ É o grau de assocação entre duas ou mas varáves. Pode ser: correlaconal ou expermental. Numa relação expermental os valores de uma das

Leia mais

Avaliação da Tendência de Precipitação Pluviométrica Anual no Estado de Sergipe. Evaluation of the Annual Rainfall Trend in the State of Sergipe

Avaliação da Tendência de Precipitação Pluviométrica Anual no Estado de Sergipe. Evaluation of the Annual Rainfall Trend in the State of Sergipe Avalação da Tendênca de Precptação Pluvométrca Anual no Estado de Sergpe Dandara de Olvera Félx, Inaá Francsco de Sousa 2, Pablo Jónata Santana da Slva Nascmento, Davd Noguera dos Santos 3 Graduandos em

Leia mais

Associação entre duas variáveis quantitativas

Associação entre duas variáveis quantitativas Exemplo O departamento de RH de uma empresa deseja avalar a efcáca dos testes aplcados para a seleção de funconáros. Para tanto, fo sorteada uma amostra aleatóra de 50 funconáros que fazem parte da empresa

Leia mais

Apostila de Estatística Curso de Matemática. Volume II 2008. Probabilidades, Distribuição Binomial, Distribuição Normal. Prof. Dr. Celso Eduardo Tuna

Apostila de Estatística Curso de Matemática. Volume II 2008. Probabilidades, Distribuição Binomial, Distribuição Normal. Prof. Dr. Celso Eduardo Tuna Apostla de Estatístca Curso de Matemátca Volume II 008 Probabldades, Dstrbução Bnomal, Dstrbução Normal. Prof. Dr. Celso Eduardo Tuna 1 Capítulo 8 - Probabldade 8.1 Conceto Intutvamente pode-se defnr probabldade

Leia mais

Rastreando Algoritmos

Rastreando Algoritmos Rastreando lgortmos José ugusto aranauskas epartamento de Físca e Matemátca FFCLRP-USP Sala loco P Fone () - Uma vez desenvolvdo um algortmo, como saber se ele faz o que se supõe que faça? esta aula veremos

Leia mais

Escolha do Consumidor sob condições de Risco e de Incerteza

Escolha do Consumidor sob condições de Risco e de Incerteza 9/04/06 Escolha do Consumdor sob condções de Rsco e de Incerteza (Capítulo 7 Snyder/Ncholson e Capítulo Varan) Turma do Prof. Déco Kadota Dstnção entre Rsco e Incerteza Na lteratura econômca, a prmera

Leia mais

AVALIAÇÃO CONTINGENTE DO RIO MEIA PONTE, GOIÂNIA-GO: UMA APLI- CAÇÃO DO REFERENDUM COM FOLLOW-UP

AVALIAÇÃO CONTINGENTE DO RIO MEIA PONTE, GOIÂNIA-GO: UMA APLI- CAÇÃO DO REFERENDUM COM FOLLOW-UP AVALIAÇÃO CONTINGENTE DO RIO MEIA PONTE, GOIÂNIA-GO: UMA APLI- CAÇÃO DO REFERENDUM COM FOLLOW-UP º. Autor Patríca Lopes Rosado: Economsta, Mestre em Economa Rural e Doutoranda em Economa Aplcada pelo Departamento

Leia mais

Elaboração: Fevereiro/2008

Elaboração: Fevereiro/2008 Elaboração: Feverero/2008 Últma atualzação: 19/02/2008 E ste Caderno de Fórmulas tem por objetvo esclarecer aos usuáros a metodologa de cálculo e os crtéros de precsão utlzados na atualzação das Letras

Leia mais

3ª AULA: ESTATÍSTICA DESCRITIVA Medidas Numéricas

3ª AULA: ESTATÍSTICA DESCRITIVA Medidas Numéricas PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EGEHARIA DE TRASPORTES E GESTÃO TERRITORIAL PPGTG DEPARTAMETO DE EGEHARIA CIVIL ECV DISCIPLIA: TGT41006 FUDAMETOS DE ESTATÍSTICA 3ª AULA: ESTATÍSTICA DESCRITIVA Meddas umércas

Leia mais

Sistemas Robóticos. Sumário. Introdução. Introdução. Navegação. Introdução Onde estou? Para onde vou? Como vou lá chegar?

Sistemas Robóticos. Sumário. Introdução. Introdução. Navegação. Introdução Onde estou? Para onde vou? Como vou lá chegar? Sumáro Sstemas Robótcos Navegação Introdução Onde estou? Para onde vou? Como vou lá chegar? Carlos Carreto Curso de Engenhara Informátca Ano lectvo 2003/2004 Escola Superor de Tecnologa e Gestão da Guarda

Leia mais

RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Defnções RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Problemas de Valor Incal PVI) Métodos de passo smples Método de Euler Métodos de sére de Talor Métodos de Runge-Kutta Equações de ordem superor Métodos

Leia mais

LQA - LEFQ - EQ -Química Analítica Complemantos Teóricos 04-05

LQA - LEFQ - EQ -Química Analítica Complemantos Teóricos 04-05 LQA - LEFQ - EQ -Químca Analítca Complemantos Teórcos 04-05 CONCEITO DE ERRO ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS Embora uma análse detalhada do erro em Químca Analítca esteja fora do âmbto desta cadera, sendo abordada

Leia mais

Estimativa da Incerteza de Medição da Viscosidade Cinemática pelo Método Manual em Biodiesel

Estimativa da Incerteza de Medição da Viscosidade Cinemática pelo Método Manual em Biodiesel Estmatva da Incerteza de Medção da Vscosdade Cnemátca pelo Método Manual em Bodesel Roberta Quntno Frnhan Chmn 1, Gesamanda Pedrn Brandão 2, Eustáquo Vncus Rbero de Castro 3 1 LabPetro-DQUI-UFES, Vtóra-ES,

Leia mais

IMPACTO DO FINANCIAMENTO DO BNDES SOBRE A PRODUTIVIDADE DAS EMPRESAS: UMA APLICAÇÃO DO EFEITO QUANTÍLICO DE TRATAMENTO 1

IMPACTO DO FINANCIAMENTO DO BNDES SOBRE A PRODUTIVIDADE DAS EMPRESAS: UMA APLICAÇÃO DO EFEITO QUANTÍLICO DE TRATAMENTO 1 IMPACTO DO FINANCIAMENTO DO BNDES SOBRE A PRODUTIVIDADE DAS EMPRESAS: UMA APLICAÇÃO DO EFEITO QUANTÍLICO DE TRATAMENTO 1 Danlo Coelho Insttuto de Pesqusa Econômca Aplcada João Alberto De Negr (IPEA) Insttuto

Leia mais

TRABALHADORES COM DEFICIÊNCIAS EM LINHAS DE PRODUÇÃO: MODELOS, RESULTADOS E DISCUSSÕES 1

TRABALHADORES COM DEFICIÊNCIAS EM LINHAS DE PRODUÇÃO: MODELOS, RESULTADOS E DISCUSSÕES 1 XIV ELAVIO El Fuerte Snaloa Méxco 9-14 de agosto de 2009 TRABALHADORES COM DEFICIÊNCIAS EM LINHAS DE PRODUÇÃO: MODELOS RESULTADOS E DISCUSSÕES 1 Mayron César de O. Morera Lana Mara R. Santos Alysson M.

Leia mais

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Taxas Equivalentes Rendas

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Taxas Equivalentes Rendas Análse de Projectos ESAPL / IPVC Taxas Equvalentes Rendas Taxas Equvalentes Duas taxas e, referentes a períodos dferentes, dzem-se equvalentes se, aplcadas a um mesmo captal, produzrem durante o mesmo

Leia mais

O MODELO IS/LM: PEQUENA ECONOMIA ABERTA COM MOEDA PRÓPRIA

O MODELO IS/LM: PEQUENA ECONOMIA ABERTA COM MOEDA PRÓPRIA O MODELO IS/LM: PEQUENA ECONOMIA ABERTA COM MOEDA PRÓPRIA Vtor Manuel Carvalho 1G202 Macroeconoma I Ano lectvo 2008/09 Uma pequena economa aberta é uma economa para a qual o mercado externo, tanto a nível

Leia mais

DESEMPENHO COMERCIAL DAS EMPRESAS ESTRANGEIRAS NO BRASIL NA DÉCADA DE 90: UMA ANÁLISE DE DADOS EM PAINEL.

DESEMPENHO COMERCIAL DAS EMPRESAS ESTRANGEIRAS NO BRASIL NA DÉCADA DE 90: UMA ANÁLISE DE DADOS EM PAINEL. DESEMPENHO COMERCIAL DAS EMPRESAS ESTRANGEIRAS NO BRASIL NA DÉCADA DE 90: UMA ANÁLISE DE DADOS EM PAINEL. 1 APRESENTAÇÃO Nos anos 90, o país assstu a vultosas entradas de capal estrangero tanto de curto

Leia mais

Palavras-chave: jovens no mercado de trabalho; modelo de seleção amostral; região Sul do Brasil.

Palavras-chave: jovens no mercado de trabalho; modelo de seleção amostral; região Sul do Brasil. 1 A INSERÇÃO E O RENDIMENTO DOS JOVENS NO MERCADO DE TRABALHO: UMA ANÁLISE PARA A REGIÃO SUL DO BRASIL Prscla Gomes de Castro 1 Felpe de Fgueredo Slva 2 João Eustáquo de Lma 3 Área temátca: 3 -Demografa

Leia mais

Elaboração: Novembro/2005

Elaboração: Novembro/2005 Elaboração: Novembro/2005 Últma atualzação: 18/07/2011 Apresentação E ste Caderno de Fórmulas tem por objetvo nformar aos usuáros a metodologa e os crtéros de precsão dos cálculos referentes às Cédulas

Leia mais

Microeconomia II. Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão AULA 4.3. Decisão Intertemporal do Consumidor O Mercado de Capital

Microeconomia II. Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão AULA 4.3. Decisão Intertemporal do Consumidor O Mercado de Capital Mcroeconoma II Cursos de Economa e de Matemátca Aplcada à Economa e Gestão AULA 4.3 Decsão Intertemporal do Consumdor O Mercado de Captal Isabel Mendes 2007-2008 4/17/2008 Isabel Mendes/MICRO II 1 3. EQUILÍBRIO

Leia mais

Análise Fatorial F 1 F 2

Análise Fatorial F 1 F 2 Análse Fatoral Análse Fatoral: A Análse Fatoral tem como prncpal objetvo descrever um conjunto de varáves orgnas através da cração de um número menor de varáves (fatores). Os fatores são varáves hpotétcas

Leia mais

Redução do Tempo de Trabalho e Emprego - Lições da Lei das 40 horas

Redução do Tempo de Trabalho e Emprego - Lições da Lei das 40 horas Desenvolvmento Económco Português no Espaço Europeu Lsboa, 11-12 de Março de 2004 Redução do Tempo de Trabalho e Emprego - Lções da Le das 40 horas José M. Varejão Faculdade de Economa do Porto e CETE

Leia mais

Lista de Exercícios de Recuperação do 2 Bimestre. Lista de exercícios de Recuperação de Matemática 3º E.M.

Lista de Exercícios de Recuperação do 2 Bimestre. Lista de exercícios de Recuperação de Matemática 3º E.M. Lsta de Exercícos de Recuperação do Bmestre Instruções geras: Resolver os exercícos à caneta e em folha de papel almaço ou monobloco (folha de fcháro). Copar os enuncados das questões. Entregar a lsta

Leia mais

I. Introdução. inatividade. 1 Dividiremos a categoria dos jovens em dois segmentos: os jovens que estão em busca do primeiro emprego, e os jovens que

I. Introdução. inatividade. 1 Dividiremos a categoria dos jovens em dois segmentos: os jovens que estão em busca do primeiro emprego, e os jovens que DESEMPREGO DE JOVENS NO BRASIL I. Introdução O desemprego é vsto por mutos como um grave problema socal que vem afetando tanto economas desenvolvdas como em desenvolvmento. Podemos dzer que os índces de

Leia mais

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Econômica e Métodos Quantitativos

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Econômica e Métodos Quantitativos INFORMAÇÕES ASSIMÉTRICAS NO MERCADO DE CRÉDITO: UMA ABORDAGEM SOBRE O COMPORTAMENTO DOS BANCOS BRUNO FERREIRA FRASCAROLI Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Economa Unversdade Federal da Paraíba

Leia mais

III. Consequências de um novo padrão de inserção das mulheres no mercado de trabalho sobre o bem-estar na região metropolitana de São Paulo

III. Consequências de um novo padrão de inserção das mulheres no mercado de trabalho sobre o bem-estar na região metropolitana de São Paulo CEPAL - SERIE Polítcas socales N 60 III. Consequêncas de um novo padrão de nserção das mulheres no mercado de trabalho sobre o bem-estar na regão metropoltana de São Paulo A. Introdução Rcardo Paes de

Leia mais

O migrante de retorno na Região Norte do Brasil: Uma aplicação de Regressão Logística Multinomial

O migrante de retorno na Região Norte do Brasil: Uma aplicação de Regressão Logística Multinomial O mgrante de retorno na Regão Norte do Brasl: Uma aplcação de Regressão Logístca Multnomal 1. Introdução Olavo da Gama Santos 1 Marnalva Cardoso Macel 2 Obede Rodrgues Cardoso 3 Por mgrante de retorno,

Leia mais