Redução do Tempo de Trabalho e Emprego - Lições da Lei das 40 horas

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1 Desenvolvmento Económco Português no Espaço Europeu Lsboa, de Março de 2004 Redução do Tempo de Trabalho e Emprego - Lções da Le das 40 horas José M. Varejão Faculdade de Economa do Porto e CETE

2 José M. Varejão Resumo Em 1996, o Parlamento português aprovou a Le 21/96 que tornou obrgatóra a semana de trabalho de 40 horas. Pretenda-se aproxmar os horáros de trabalho portugueses aos europeus. Benefcando de dados ndvduas relatvos a trabalhadores e empregadores, procede-se aqu a uma avalação dos efetos da le enquanto quase-experênca. Os resultados ndcam que a redução do tempo de trabalho orgnou uma dmmução da procura de trabalho e um aumento do trabalho suplementar. Os saláros horáros também aumentaram, mas menos do que no resto da economa. Verfca-se, porém, uma dmnução do emprego que é partcularmente sgnfcatva no caso dos estabelecmentos atngdos pela le com mas ntensdade. 2 IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português

3 Redução do Tempo de Trabalho e Emprego - Lções da Le das 40 Horas 1. Introdução A tendênca de dmnução da duração anual do trabalho que se verfca nos países ndustralzados tem sdo, na Europa, pontualmente reforçada pela adopção de meddas de redução do lmte máxmo da duração do trabalho semanal. Tpcamente, estas meddas são mplementadas centralzadamente, por ncatva dos governos, em contextos de desemprego elevado. A populardade que estas meddas - habtualmente desgnadas como de ''partlha de trabalho'' - conheceram em alguns países parece, porém, resultar mas de uma crença polítca nos efetos postvos de uma redução do tempo de trabalho sobre o emprego do que de argumentos teórcos sóldos. 1 Apesar das dúvdas teórcas, város países europeus, entre os quas a França, a Alemanha e a Itála, adoptaram nas décadas de 80 e 90, polítcas destnadas a reduzr a duração máxma do trabalho semanal. Anda que sem a motvação que resulta dos elevados níves de desemprego, Portugal também não fo excepção. Na década de 90, por duas vezes os governos tornaram obrgatóra a redução da duração normal do trabalho semanal, prmero, em 1991, para as 44 horas e depos, em 1996, para as 40 horas. O objectvo deste artgo é, precsamente, o de avalar as consequêncas da le de 1996 em matéra de emprego, saláros e horas efectvamente trabalhadas. Na lteratura não abundam os trabalhos de avalação de meddas públcas de redução do tempo de trabalho, consttundo os trabalhos de Hunt (1999), Costa (2000) e Crépon e Kramarz (2002) as excepções mas notóras. 2 Em regra, estes estudos procedem à avalação dos efetos de reduções do tempo de trabalho num contexto de ''quase-experênca '', sto é, admtndo que tas meddas podem ser legtmamente consderadas exógenas. Crucal é o facto de a medda afectar apenas um sub-grupo de ndvíduos de entre o conjunto dos seus destnatáros potencas. Todos estes estudos assumem como undade de observação o trabalhador, avalando os efetos das meddas de redução do tempo de trabalho sobre as transções entre emprego e desemprego, as horas trabalhadas e as remunerações. O método das dferenças-nas-dferenças é utlzado no trabalho empírco (e.g., Meyer, 1995). Neste estudo utlza-se a mesma metodologa, mas recorre-se a dados sobre estabelecmentos que são, de facto, o local de reacção à perturbação que a medda representa. O artgo está organzado da segunte forma. Na secção 2 apresentam-se os prncpas resultados da Teora da Procura de Trabalho sobre as horas de trabalho. A secção 3 apresenta as prncpas dsposções da le das 40 horas e a sua ncdênca. Na secção 4 descrevem-se os dados. Na secção 5 descreve-se a metodologa utlzada no trabalho empírco e na secção 6 apresentam-se os resultados. A secção 7 conclu. 1 Para uma descrção da evolução do tempo de trabalho na segunda metade do século XX em város países e uma análse de váras experêncas de partlha de trabalho, veja-se Hunt (1998). Para uma revsão da lteratura sobre a teora estátca da procura de trabalho, veja-se Hart (1987). 2 Outros trabalhos (Trejo, 1991; Hamermesh e Trejo, 2000) ocupam-se de uma questão específca - a exstênca e aumento de um prémo obrgatóro devdo por horas de trabalho suplementar. IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português 3

4 José M. Varejão 2. A Economa das Horas de Trabalho Os efetos de uma redução exógena das horas de trabalho sobre o emprego e as horas efectvamente trabalhadas são teorcamente conhecdos anda que, por vezes, ambíguos. O mpacto de uma redução exógena da duração normal do trabalho semanal será dferente consoante na stuação de partda a duração efectva do trabalho for menor, gual ou maor do que a duração normal. No caso em que, à partda, a duração efectva do trabalho é nferor à duração normal, a redução da duração normal (desde que nferor, em valor absoluto, à dferença ncal entre aquelas duas durações), não produzrá quasquer efetos sobre o custo do factor trabalho, pelo que a combnação óptma de número de trabalhadores e duração ndvdual efectva do trabalho se manterá nalterada. A stuação oposta ocorre quando, à partda, a duração efectva do trabalho excede a duração normal fxada por le, sto é, quando há recurso a trabalho suplementar. Neste caso, uma redução da duração normal do trabalho dá orgem a um aumento do custo de cada trabalhador sem que se altere o custo margnal das horas de trabalho. Assstr-se-á, por sso, a uma substtução de trabalhadores por horas de trabalho, sto é, a uma dmnução do emprego e a uma maor utlzação de horas de trabalho suplementar. Fnalmente, no caso em que, na stuação de partda, são guas as durações normal e efectva do trabalho semanal, o mpacte dependerá da magntude do choque. Para reduções da duração do trabalho normal relatvamente pequenas, a empresa deslocar-se-á de uma solução de canto para outra, ocorrendo uma redução da duração efectva do trabalho gual à da duração normal e um aumento do nível de emprego; neste caso, mantém-se a opção pela não utlzação de trabalho suplementar. 3 No entanto, perante choques de maor magntude, a empresa passará de uma solução de canto para uma solução nteror com recurso a trabalho suplementar. Neste caso, os efetos sobre o emprego serão ambíguos. Aos efetos de substtução entre número de trabalhadores e horas trabalhadas por ndvíduo, haverá anda que somar um efeto de escala que resulta do ajustamento da empresa ao aumento dos custos salaras que ocorre em todos os casos menos no prmero devdo quer à exstênca de custos fxos por trabalhador, quer à alteração na taxa de saláro horáro. Este efeto de escala orgnará, quasquer que sejam os modelos de determnação salaral consderados, nequvocamente uma redução da quantdade de trabalho procurada. 4 Em resumo, sabemos que de uma redução da duração normal do trabalho semanal resultará nequvocamente uma dmnução do número total de horas trabalhadas (procura de trabalho) e que os seus efetos sobre o emprego serão ambíguos dependendo da proporção de empregadores que, antes da adopção da medda, utlzam ou não trabalho suplementar - o emprego aumentará no caso dos que não recorrem a trabalho suplementar e dmnurá no outro caso, sendo substtuído pela utlzação de trabalho suplementar adconal. 3 Uma redução da duração normal do trabalho será consderada pequena se não for sufcente para nduzr uma alteração na decsão ncal de não utlzar trabalho suplementar. 4 Calmfors (1985) analsa a questão no contexto de um modelo de monopólo sndcal, Booth e Schantarell (1987) fazem-no com modelos de negocação efcente e Hoel e Vale (1986) usando modelos de turnover efcente. 4 IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português

5 Redução do Tempo de Trabalho e Emprego - Lções da Le das 40 Horas 3. A Le das 40 Horas Em Portugal, compete à le estabelecer os lmtes máxmos dos períodos normas de trabalho. No entanto, relatvamente aos máxmos legas, podem os nstrumentos de regulamentação colectva de trabalho ntroduzr reduções dos períodos normas de trabalho, dentro dos lmtes consentdos pelos aumento da produtvdade e sem que daí resultem nconvenentes de ordem económca ou socal (DL. 409/71 de 27.9, art. 7º, nº 1). A le mpõe anda que da redução dos lmtes máxmos dos períodos normas de trabalho não resulte prejuízo para a stuação económca dos trabalhadores, nem qualquer alteração nas condções de trabalho que lhes seja desfavorável (DL. 409/71 de 27.9, art. 8º, nº2). Basta analsar a dstrbução do período normal de trabalho dos trabalhadores por conta de outrém em Outubro de 1995 (Fgura 1) quando o máxmo legal estava fxado em 44 horas semanas (42 horas para os empregados de escrtóro) para se verfcar que a negocação colectva é uma va efectvamente utlzada para fxar (reduzr) a duração normal do trabalho semanal: nesta altura, o período normal de trabalho era, para 53,9 por cento dos trabalhadores, nferor a 42 horas por semana e para 17.7 por cento nferor a 40 horas (fonte: Quadros de Pessoal). É, no entanto, mportante reconhecer que o período normal de trabalho a que cada trabalhador se encontra obrgado (e, em partcular, o facto de ele ser gual ou nferor ao máxmo legal) é, em larga medda, determnado a um nível superor ao do estabelecmento/empresa, sendo comum coexstrem num mesmo estabelecmento trabalhadores com dferentes períodos normas de trabalho e abrangdos por dferentes nstrumentos de regulamentação colectva. 5 Assm, quando em Julho de 1996, o governo fez aprovar na Assemblea da Repúblca uma le (Le 21/96 de 23.7) que nsttuía a semana de trabalho normal de 40 horas, a dentfcação das undades abrangdas e não abrangdas pela medda escapava à decsão das própras empresas. Uma empresa/estabelecmento sera abrangda pela medda se os seus trabalhadores (algum dos seus trabalhadores) estvessem eles própros abrangdos por uma convenção colectva que estabelecesse para a sua ndústra e/ou profssão um período normal de trabalho superor a 40 horas por semana. Apenas negocando um Acordo de Empresa podera uma empresa solada alterar o seu estatuto perante a Le das 40 horas. De acordo com os Quadros de Pessoal relatvos ao ano de 1995, , seja 58 por cento do total dos trabalhadores por conta de outrém, tnham períodos normas de trabalho superores a 40 horas semanas, sendo, por sso, abrangdos pela Le 21/96 (Quadro 1). 6 Estes trabalhadores trabalhavam em estabelecmentos (68.5 por cento do total de estabelecmentos com trabalhadores por conta de outrém ao servço recenseados nesse ano). Estes trabalhadores e estes estabelecmentos consttuem os grupos abrangdos pelo mandato legal. 5 De acordo com a le, as convenções colectvas podem assumr três formas: () contratos colectvos, quando celebrados entre assocações sndcas e assocações patronas, () acordos colectvos, quando outorgados por assocações sndcas e uma pluraldade de entdades patronas para uma pluraldade de empresas e () acordos de empresa, quando subscrtas por assocações sndcas e uma só entdade patronal para uma só empresa (DL 519-C1/79 de 29.12, art. 2º). Os acordos de empresa são formas raras de convenção colectva, não abrangendo mas do que 5% do total de trabalhadores por conta de outrém. Os nstrumentos domnantes, as convenções colectvas e os acordos colectvos, têm um âmbto predomnantemente sectoral e/ou profssonal. 6 Para uma descrção dos Quadros de Pessoal, veja-se a Secção 4. IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português 5

6 José M. Varejão De acordo com a Le, estes trabalhadores e os respectvos empregadores fcavam obrgados a adoptar, de forma faseada, segundo o calendáro segunte, a semana normal de trabalho de 40 horas: - Até um de Dezembro de 1996 todos os horáros superores a 42 horas por semana deveram ser reduzdos em duas horas semanas; os horáros entre 40 e 42 horas por semana deveram ser reduzdos para 40 horas semanas; - Até um de Dezembro de 1997 todos os horáros de trabalho anda acma das 40 horas semanas deveram cumprr o novo máxmo legal. A le não alterou as dsposções em vgor sobre o trabalho suplementar que está, desde 1991, sujeto a um máxmo de 200 horas anuas e duas horas por da de trabalho normal (DL. 398/92 de 16.10). 7 A mportânca da obrgação de redução dos horáros mas longos não deve ser subestmada - a duração méda da duração normal do trabalho semanal nas undades abrangdas era, em Outubro de 1995, de 41.9 horas, pelo que o esforço exgdo corresponde a cerca de 4.5 por cento da duração méda ncal (cerca de 6.5 por cento se nos referrmos apenas ao conjunto dos trabalhadores abrangdos nas undades abrangdas). Da comparação da dstrbução do período normal do trabalho dos trabalhadores por conta de outrém antes e depos de ter entrado em vgor a Le 21/96 - Fgura 1 - verfca-se que esta produzu efectvamente o efeto pretenddo - em 1995, 34.3 por cento do total pratcava anda horáros superores a 42 horas semanas (58.0 por cento acma de 40 horas); em 1997, após a conclusão da prmera fase, aquela percentagem tnha-se reduzdo para 2.5 por cento (25.4 por cento acma das 40 horas); em 1998, era vrtualmente nula a percentagem de trabalhadores com horáros superores a 40 horas semanas (0.8 por cento). Deve notar-se que, na sequênca da aplcação da le das 40 horas, a dstrbução do Período Normal de Trabalho passou a apresentar um pco marcado para a duração 40 horas (correspondente a 80 por cento do total de trabalhadores por conta de outrém), mas que não se verfcou qualquer alteração à esquerda das 40 horas. Conclu-se, por sso, que a obrgação de redução dos horáros mas longos fo, efectvamente, cumprda pelas undades abrangdas, não se colocando questões de não cumprmento da le, mas também que a duração do trabalho normal dos trabalhadores não abrangdos pela le não fo afectada pela le. 4. Os Dados Os dados utlzados são provenentes de cnco vagas anuas ( ) dos Quadros de Pessoal, uma fonte admnstratva gerda pelo Departamento de Estatístca do Trabalho, Emprego e Formação Profssonal. Os Quadros de Pessoal são de preenchmento obrgatóro para todas as empresas e estabelecmentos com pelo menos um trabalhador assalarado. Anualmente, é recolhda nformação, referda ao fnal do mês de Outubro, sobre cerca de 250 ml estabelecmentos e 2.5 mlhões de trabalhadores. Cada empresa reporta um vasto 7 De acordo com a le (DL. 421/83 de 2.12, art. 7º, o trabalho suplementar prestado em da normal de trabalho será remunerado com um acréscmo mínmo de 50% da retrbução normal na prmera hora e de 75% nas horas e fracções seguntes.o trabalho suplementar prestado em da de descanso semanal, obrgatóro ou complementar e em da ferado será remunerado com o acréscmo mínmo de 100% da retrbução normal. 6 IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português

7 Redução do Tempo de Trabalho e Emprego - Lções da Le das 40 Horas conjunto de nformação sobre s própra, cada um dos seus estabelecmentos e dos respectvos trabalhadores. Para o trabalho empírco aqu apresentado, partu-se do fchero de trabalhadores do ano de Foram apagados os regstos relatvamente aos quas o saláro era nulo ou o período normal de trabalho não estava dsponível. Apenas os trabalhadores por conta de outrém foram ncluídos na amostra. Da nformação contda no fchero retveram-se as varáves relatvas ao nível de qualfcação (agrupadas em três categoras - qualfcados, não qualfcados e aprendzes), saláro mensal, período normal de trabalho semanal e número de horas de trabalho suplementar prestado. Com base na nformação dsponível, cada trabalhador fo classfcado como trabalhador a tempo ntero ou a tempo parcal (dependendo de o seu período normal de trabalho ser ou não superor a 35 horas semanas). Fo crada uma varável dummy que dentfca os trabalhadores que prestaram trabalho suplementar. Usou-se o mesmo procedmento para dentfcar os trabalhadores cujo saláro mensal corresponde ao valor mínmo estabelecdo por le e para dentfcar os trabalhadores com antgudade no estabelecmento nferor a três anos. Fnalmente, cada trabalhador fo classfcado em função dos crtéros estabelecdos pela Le das 40 horas para efetos da sua aplcação. Foram, assm, dentfcados os trabalhadores com horáros semanas superores a 40 horas e os restantes, defnndo-se, assm, ao nível do trabalhador, os grupos submetdo ao tratamento e de controlo. De seguda, utlzando o códgo de dentfcação dos estabelecmentos, agregou-se a nformação presente no fchero de trabalhadores para o nível do estabelecmento. Obteve-se, assm, um segundo fchero com nformação relatva a estabelecmentos (e trabalhadores por conta de outrém). Dependendo de, em Outubro de 1995, empregar ou não trabalhadores com horáros superores a 40 horas semanas, cada estabelecmento fo classfcado como tendo sdo (ou não) abrangdo pela le, defnndo-se, agora ao nível do estabelecmento, dos novos grupos de tratamento e de controlo. Deste modo, o fchero de estabelecmentos contém nformação sobre o sector de actvdade (a um dígto), classe de dmensão, estrutura de qualfcações e escolardade dos seus trabalhadores, proporção de trabalhadores de cada sexo, a proporção no total dos trabalhadores com saláro mínmo, a tempo parcal e com antgudade nferor a três anos. Está gualmente dsponível nformação sobre o total de trabalhadores por conta de outrém no estabelecmento, o total de horas de trabalho suplementar utlzadas no mês de Outubro e o saláro médo por trabalhador (em escudos correntes). Conhece-se o estatuto de cada estabelecmento relatvamente à le das 40 horas (abrangdo ou não) e se o estabelecmento utlza trabalho suplementar. Para além de ser teorcamente a solução mas adequada, o recurso a dados de empregadores tem a vantagem de permtr comparar os efetos produzdos pela medda em estabelecmentos que são por ela atngdos com dferentes ntensdades. Para tal, calculou-se o ráco entre o número de horas que cada estabelecmento é, por força da le, obrgado a reduzr (gual à dferença entre o somatóro das horas normas de trabalho semanal antes da aplcação da medda e o produto entre o número de trabalhadores do estabelecmento e o novo máxmo legal) e o número total de horas trabalhadas antes da aplcação da le. O fchero de estabelecmentos de 1995 assm obtdo fo, posterormente, utlzado como fchero mestre para selecconar dos fcheros correspondentes relatvos a cada um dos anos seguntes (os estabelecmentos que, estando presentes, em 1995 sobrevvam em cada um dos anos de 1996, 1997, 1998 e 1999). Obteve-se, assm, um panel equlbrado de estabelecmentos (a que correspondem IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português 7

8 José M. Varejão , em 1995 trabalhadores) que estavam contnuamente presentes na base de dados entre 1995 e Dos estabelecmentos presentes na amostra, foram abrangdos pela le das 40 horas. 5. Identfcação dos efetos da Le Conforme fo descrto, a redução da duração do trabalho para um máxmo de 40 horas fo súbta e nesperada. A sua motvação fo, sobretudo, polítca e determnada por um desejo de aproxmação à legslação europea, devendo ser consderada exógena relatvamente ao nível de emprego. No momento em que a le fo aprovada, a taxa de desemprego era de cerca de 7 por cento e estava a descer. A medda, tendo como alvo os trabalhadores, atnga as empresas. No momento em que a le entrou em vgor, era possível dentfcar trabalhadores que já trabalhavam 40 horas semanas ou menos (trabalhadores não abrangdos) e outros que anda se encontravam acma daquele lmte (trabalhadores abrangdos). Dadas as característcas do sstema de negocação colectva, exstam também empresas/estabelecmentos que apenas empregavam trabalhadores não abrangdos pela le (empresas não abrangdas) e empresas em que pelo menos um trabalhador fo abrangdo (empresas abrangdas). Dentro do grupo das empresas abrangdas, é muto varável a ntensdade da exposção à obrgação de reduzr o tempo de trabalho - desde um só trabalhador abrangdo (num unverso também ele varável) até à totaldade dos trabalhadores abrangdos. Estas duas característcas do processo de redução do tempo de trabalho consttuem as duas fontes de dentfcação dos efetos da le - a medda pode, legtmamente, ser consderada exógena e exste um grupo submetdo e outro não submetdo à medda. A le das 40 horas reúne, pos, as característcas necessáras para poder ser consderada uma ''quase-experênca''. É nesse contexto, que os seus efetos serão avalados. Segundo a lteratura teórca avalar-se-ão os efetos da obrgação da redução do tempo de trabalho sobre o emprego, o saláro mensal e a duração do trabalho suplementar. Vmos já que o efeto negatvo sobre o emprego será tanto menos provável quanto maor for a contenção salaral e menor a substtução de horas normas de trabalho por horas suplementares. A condção de dentfcação dos efetos da le é, então, que na ausênca da medda a evolução das varáves ''resultado'' - horas totas, emprego, horas suplementares e saláros - sera a mesma para os estabelecmentos abrangdos pela obrgação de reduzr os horáros de trabalho (grupo de tratamento) e os não abrangdos por aquela obrgação (grupo de controlo). A estratéga de estmação consste em comparar os resultados observados para as varáves de nteresse entre o grupo submetdo ao tratamento e o grupo de controlo, utlzando o estmador de ''dferenças-nas-dferenças'' (Card e Sullvan, 1988): + A A NA NA = (Yt + 1 Yt ) (Yt 1 Yt ) (1) em que Y é a varável de nteresse, A desgna o grupo abrangdo pelo tratamento e NA o grupo de controlo, t refere-se ao período antes da medda e t+1 a um período após a mplementação da medda. As estmatvas de podem ser obtdas a partr da segunte equação: Y = α + β T + β A + β T A + ε (2) IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português

9 Redução do Tempo de Trabalho e Emprego - Lções da Le das 40 Horas em que T é uma varável dummy que assume o valor um no período póstratamento e A é uma varável dummy gual a um se o ndvíduo fo abrangdo pela medda e zero no caso contráro e ε é uma perturbação aleatóra. O coefcente β mede a dupla dferença defnda em (1). A equação (2) é estmada em prmeras dferenças, escrevendo-se a equação de regressão na forma: Y = γ + γ A + ν (3) 1 2 onde representa a varação observada na varável Y entre t e t+1. γ é agora o parâmetro cuja estmatva corresponde à dferença-nas-dferenças defndo em (1). O estmador ''dferenças-nas-dferenças'' será cêntrco e consstente se for legítmo admtr que a selecção dos partcpantes no programa é aleatóra, sto é, que a varável ndcatva de exposção à medda (A) é estatstcamente ndependente dos resultados que seram produzdos com e sem exposção à medda (Y 1 e Y 0 ). Na presença de selectvdade, será anda possível obter uma estmatva consstente do efeto médo do programa. Para tal, bastará garantr que, a hpótese de ndependênca entre A e (Y 1 e Y 0 ) se verfque mas condconada a um vector de caraterístcas ndvduas observáves (hpótese de desconhecmento do tratamento ou de selecção com base em varáves observáves). Se o vector X nclur o controlo de um conjunto sufcente de característcas será possível garantr a valdade da hpótese de ndependênca entre A e (Y 1 e Y 0 ), o que será sufcente para garantr a consstênca do estmador dos efetos da partcpação no programa na presença de selectvdade. O controlo das característcas ndvduas pode ser efectuado a partr da equação (3) pela adção de um vector X que nclu as varáves relevantes, ou seja: Y = γ + γ A + γ X + ν (4) j 6. Resultados 6.1. Dferenças entre as médas amostras Como se vu, espera-se que as consequêncas de uma redução exógena da duração do trabalho normal se manfestem em termos do volume total de trabalho utlzado (sto é, o produto entre o número de trabalhadores empregados e a duração méda ndvdual do trabalho efectvo, aqu desgnado por Horas Totas) e o volume de emprego. Vmos também que a possbldade de substtução de trabalhadores por horas de trabalho suplementar e a evolução dos saláros nfluencam a magntude dos efetos sobre o emprego e o volume de trabalho. Nesta secção apresentam-se os resultados da estmação da equação de regressão (3), tendo-se selecconado como varáves dependentes - varáves ''resultado'' - o total de horas trabalhadas (Horas Totas), o total de horas de trabalho suplementar (Horas Suplementares), o emprego (Número de Trabalhadores), o saláro horáro e o saláro mensal. Todas as varáves dependentes surgem na forma de prmeras dferenças (entre os respectvos logartmos, no caso das varáves saláro). 8 8 Nesta secção, como nas restantes, as equações em que a varável dependente corresponde às varações do logartmo dos saláros (horáros ou mensas) foram IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português 9

10 José M. Varejão Todas as dferenças são calculadas relatvamente ao ano de Os resultados reportados no Quadro 2. são as estmatvas obtdas para o coefcente da varável bnára ndcadora do estatuto de cada estabelecmento relatvamente à le das 40 horas (gual a um se abrangda), nas equações em que a varável dependente é a varação da varável ''resultado'' ndcada em cada lnha. Relatvamente à varável Horas Totas, os resultados ndcam que a procura de trabalho aumentou menos nas undades abrangdas pela le do que nas que o não foram, sendo essa dferença no prmero ano após a adopção da medda de horas por estabelecmento. As estmatvas obtdas para as restantes equações ndcam que a obrgação de reduzr a duração do trabalho semanal para 40 horas teve como consequêncas adconas uma maor utlzação de trabalho suplementar e um aumento do volume de emprego. Como se esperara, o crescmento dos saláro horáros pagos pelas undades abrangdas fo superor ao verfcado no grupo de controlo, o que sgnfca que a redução do número de horas de trabalho normal não fo acompanhada por uma redução proporconal dos saláros mensas. Verfca-se, porém, que relatvamente aos saláros mensas, as undades abrangdas exerceram alguma contenção que se traduzu num crescmento menor dos saláro mensas. Os resultados obtdos - todos eles consstentes com a teora - ndcam a ocorrênca de um efeto de escala negatvo potencado pelo aumento dos custos salaras (horáros). No entanto, as estmatvas obtdas, com excepção das que se referem às dferenças no crescmento dos saláros, são, geralmente, não sgnfcatvas ao nível de 10%. Este facto não deve, porém, ser nterpretado como não sendo estatstcamente dferentes os resultados observados para os dos grupos - abrangdos e não abrangdos pela medda. Recorde-se que o estatuto de cada estabelecmento perante a medda depende de o estabelecmento empregar pelo menos um trabalhador cujo período normal de trabalho exceda, em 1995, o novo máxmo legal. Ora, entre as undades classfcadas como abrangdas pela medda com base nesse crtéro, a ntensdade da exposção à medda é muto varável, esperando-se, naturalmente, que a sua reacção vare com essa mesma ntensdade. A possbldade de controlar para a ntensdade da exposção à medda é, precsamente, uma das vantagens da utlzação de dados relatvos aos empregadores para analsar o efeto da redução das durações máxmas do tempo de trabalho pos que, só neste caso, a medda é admnstrada com ntensdades varáves, oferecendo uma fonte adconal de dentfcação dos seus efetos. Para este efeto, fo construída a varável Intensdade do Tratamento - uma varável contínua que mede a proporção entre o número total de horas que cada estabelecmento é obrgado a suprmr e o total de horas utlzadas em 1995 (cf. Secção 3). 9 A equação (3) fo reestmada usando esta varável como alternatva à varável bnára ndcadora de tratamento. Os resultados são apresentados no Quadro 3. Globalmente, estes resultados são consstentes com os do Quadro 2 ndcando o mesmo padrão de resposta à aplcação da medda. Conforme prevsto, o coefcente da varável relatva à exposção e ntensdade do tratamento é agora sgnfcatvo, nomeadamente nas equações relatvas às horas totas e número de trabalhadores. Deve, porém, salentar-se que a estmatva do coefcente da varável de tratamento na equação relatva ao número de trabalhadores é agora ponderadas pelo emprego. Em qualquer caso, os saláros estão meddos em escudos correntes. 9 O valor médo amostral da varável Intensdade de Tratamento é 4,6%, varando entre o valor mínmo de 0% (undades não submetdas a tratamento) e o valor máxmo de 18,4%. 10 IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português

11 Redução do Tempo de Trabalho e Emprego - Lções da Le das 40 Horas negatva, ndcando que quanto maor é a ntensdade da exposção à medda mas negatvo é o resultado sobre o emprego, sendo também negatvo o efeto sobre as horas totas. Isto é, o padrão de resposta que emerge é que nas undades atngdas mas fortemente o efeto de escala é partcularmente negatvo, assstndo-se também a uma substtução de trabalhadores por horas de trabalho suplementar. Porque a exstênca de dferentes grupos expostos, com ntensdades varáves, ao tratamento oferece uma possbldade adconal de fortalecmento dos resultados obtdos com quase-experêncas baseadas em dferenças-nas-dferenças, estmouse anda um modelo que, mantendo as varáves dependentes anterores, ncluía como varáves ndependentes três varáves bnáras que o percentl de ntensdade de exposção à le a que cada estabelecmento pertence (a categora omtda corresponde às undades não abrangdas pela le). Os resultados são apresentados no Quadro 4. Os resultados obtdos não apenas confrmam a valdade do exercíco anteror - as respostas relatvas dos dferentes grupos são consstentes com o que a teora prevê - como ndcam um padrão de resposta à le nteressante: quando aumenta o grau de exposção à medda, o efeto de escala torna-se cada vez mas negatvo, passando-se de uma stuação em que tal efeto se esgota numa redução das horas normas de trabalho para stuações em que o própro nível de emprego é atngdo negatvamente Resultados com controlo das característcas dos estabelecmentos O estmador ''dferenças-nas-dferenças'' mantém, como se vu, a sua valdade na presença de selectvdade se for possível nclur na equação de regressão um conjunto de varáves que controlando para a heterogenedade observada reponham a hpótese de ndependênca entre a exposção ao tratamento e os respectvos resultados (com e sem exposção). O que se pretende é, essencalmente, elmnar a nfluênca de todos os factores para além da exposção à le que possam nfluencar o comportamento das varáves resultado. Nesta secção apresenta-se o resultado da estmação da equação (4) que nclu um vector X de característcas das undades ncluídas na amostra. Pretendeu-se controlar o efeto de característcas que nfluencam a capacdade de ajustamento dos estabelecmentos a choques sobre a procura de trabalho e, em partcular, sobre a duração normal do trabalho. O vector X nclu, por sso, a proporção dos trabalhadores do estabelecmento com um horáro semanal normal nferor a 35 horas (Tempo Parcal), a proporção dos trabalhadores do estabelecmento cuja remuneração concde com o saláro mínmo naconal (Saláro Mínmo) e a proporção de trabalhadores do estabelecmento com uma antgudade nferor a três anos (Antgudade Reduzda) que funcona como uma proxy para a proporção de trabalhadores com contratos a termo, mas que também pode captar, dada a ausênca do controlo correspondente, o efeto da dade do estabelecmento. Fo anda ncluída uma varável dummy - Trabalho Suplementar - que ndca se, em 1995, os estabelecmentos utlzavam (valor um) ou não trabalho suplementar. Os resultados, apresentados nos Quadros 5 e seguntes, são, no que se refere ao efeto da exposção ao tratamento sobre as varáves ''resultado'' consstentes com os da secção anteror: ser abrangdo pela le está assocado a um efeto de escala negatvo que se traduz, por comparação com o que ocorrera na ausênca da medda, numa dmnução do número total de horas trabalhadas e de trabalhadores e num aumento do saláro horáro. A presença de trabalhadores pagos ao nível do saláro mínmo acentua a magntude do efeto de escala e a evolução desfavorável do emprego. Este resultado é o esperado uma vez que para este conjunto de trabalhadores a IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português 11

12 José M. Varejão redução da duração do trabalho orgna, rremedavelmente, um aumento da remuneração horára, sem que seja possível contratar qualquer compensação. O trabalho a tempo parcal nfluenca postvamente o desempenho das varáves Horas Totas e Número de Trabalhadores e surge assocada a menores aumentos do saláro horáro. Isto é, o trabalho a tempo parcal surge, efectvamente, como uma forma de trabalho flexível (sobretudo em termos de horáros, mas também de custos salaras) que permte um melhor desempenho em termos de procura de trabalho e emprego. Ao contráro do que se podera esperar, dados os menores custos de despedmento de trabalhadores contratados mas recentemente e possvelmente com contratos a termo, a presença de trabalhadores com baxa antgudade não surge assocada a evoluções mas negatvas das horas totas trabalhadas ou do emprego. O que pode acontecer é que esta varável esteja a captar o efeto da dade dos própros estabelecmentos e que as estmatvas correspondentes apenas reflctam o facto de estabelecmentos jovens, desde que sobrevvam, tenderem a crescer rapdamente. Fnalmente, é partcularmente nteressante o snal da estmatva obtda para o coefcente da varável Trabalho Suplementar na equação correspondente ao número de trabalhadores. Como se vu, nas undades que já utlzam trabalho suplementar, a redução da duração normal do trabalho orgna um aumento do custo dos trabalhadores relatvamente ao custo das horas de trabalho. É este o únco caso em que o efeto sobre o número de trabalhadores eé nequvocamente negatvo. É também sso que ndca o resultado obtdo para esta varável na equação relatva ao número de trabalhadores. 7. Conclusões Pelas suas característcas, a le das 40 horas reúne as condções para ser consderada uma quase-experênca. A medda fo nesperada e motvada, sobretudo, por razões extra-económcas. No momento em que a le fo aprovada, exstam trabalhadores com horáros nferores e superores ao novo máxmo pelo que apenas alguns foram abrangdos pela le. De gual modo, alguns estabelecmentos (a undade de análse que aqu se adopta) apenas empregavam trabalhadores com horáros guas ou nferores a 40 horas semanas não sendo, por sso, abrangdos pela le. Acresce que a dmensão dos grupos (de trabalhadores e de estabelecmento) submetdos e não submetdos ao tratamento é grande. Benefcando da exstênca de dados recolhdos junto dos empregadores (provenentes dos Quadros de Pessoal), procedeu-se a uma avalação dos efetos da le, recorrendo-se ao estmador "dferenças-nas dferenças". Os resultados obtdos ndcam que a redução da duração máxma do trabalho semanal por va legal produzu um efeto de escala negatvo que se traduzu numa redução do volume total de trabalho utlzado pela economa acompanhada por um aumento da utlzação de trabalho suplementar e por uma dmnução do emprego total. Embora se asssta a um aumento dos saláros horáros, a exposção aos efetos da le é muto claramente acompanhada por uma contenção salaral que se traduz num menor crescmento dos saláros pagos pelas undades expostas à medda do que dos pagos pelas undades que ntegram o grupo de controlo. Salenta-se que o efeto adverso sobre o emprego é muto lgero e ocorre apenas no sub-grupo dos estabelecmentos atngdos com mas ntensdade pela medda. A exploração das múltplas fontes de dentfcação dos efetos da le, nomeadamente, a exstênca de grupos que recebem o tratamento com dferentes ntensdades e de múltplos grupos de controlo (resultados não reportados) reforça a nossa confança nos resultados aqu apresentados. 12 IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português

13 Redução do Tempo de Trabalho e Emprego - Lções da Le das 40 Horas Referêncas Booth, Alson e Fabo Schantarell (1987), ''The Employment Effects of a Shorter Workng Week'', Economca, 54: Calmfors, Lars (1985), ''Work Sharng, Employment and Wages'', European Economc Revew, 27: Card, Davd e Danel Sullvan (1988), ''Measurng the Effect of Subsdzed Tranng In and Out of Employment'', Econometrca, 56: Costa, Dora L. (2000), ''Hours of Work and the Far Labor Standards Act: A Study of Retal and Wholesale Trade'', Industral and Labor Relatons Revew, 53: Crépon, Bruno e Francs Kramarz (2002), ''Employed 40 Hours or Not-employed 39: Lessons from the 1982 Mandatory Reducton of the Workweek'', Journal of Poltcal Economy, 110: Hamermesh, Danel S. e Stephen J. Trejo (2000), ''The Demand for Hours of Labour: Drect Evdence from Calforna'', Revew of Economcs and Statstcs, 82: Hart, Robert (1987), Workng Tme and Employment, Boston: Allen and Unwn. Hoel, Mchael and Bent Vale (1986), ''Effects on Unemployment of Reduced Workng Tme n an Economy Where Frms Set Wages'', European Economc Revew, 30: Hunt, Jennfer (1998), ''Hours Reductons as Work-sharng'', Brookngs Papers on Economc Actvty, 1: Hunt, Jennfer (1999), ''Has Work-sharng Worked n Germany'', Quarterly Journal of Economcs, 114: Meyer, Bruce D. (1995), ''Natural and Quas-experments n Economcs'', Journal of Busness and Economc Statstcs, 13: Trejo, Stephen (1991), ''The Effects of Overtme Pay Regulaton on Worker Compensaton'', Amercan Economc Revew, 81: IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português 13

14 José M. Varejão Quadro 1 COBERTURA DA LEI DAS 40 HORAS (1995) Trabalhadores % Estabelecmentos % Abrangdos Não abrangdos Total IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português

15 Redução do Tempo de Trabalho e Emprego - Lções da Le das 40 Horas Quadro 2 IMPACTO DA LEI DAS 40 HORAS - VARIÁVEL DE TRATAMENTO BINÁRIA (SEM REGRESSORES) Horas totas (8.64) (9.63) (10.11) Horas suplementares * (2.55) 4.991*** (2.66) * (2.85) Nº trabalhadores (0.19) (0.22) (0.00) Saláro horáro (log) * (0.00) * (0.00) * (0.00) Saláro mensal (log) * (0.00) (0.00) * (0.00) Desvos padrões entre parênteses; valores guas a (0.00) sgnfcam que a estmatva do desvo-padrão é nferor a 0.001; *, ** e *** ndcam estmatvas sgnfcatvas a 1, 5 e 10 por cento. IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português 15

16 José M. Varejão Quadro 3 IMPACTO DA LEI DAS 40 HORAS - VARIÁVEL DE TRATAMENTO CONTÍNUA (SEM REGRESSORES) Horas totas * (105.03) * (116.99) * (122.79) Horas suplementares (30.93) (32.29) ** (34.65) Nº trabalhadores ** (2.33) ** (2.72) (2.81) Saláro horáro (log) * (0.01) * (0.01) * (0.01) Saláro mensal (log) * (0.00) * (0.01) * (0.01) Desvos padrões entre parênteses; valores guas a (0.00) sgnfcam que a estmatva do desvo-padrão é nferor a 0.001; *, ** e *** ndcam estmatvas sgnfcatvas a 1, 5 e 10 por cento. 16 IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português

17 Redução do Tempo de Trabalho e Emprego - Lções da Le das 40 Horas Quadro 4 IMPACTO DA LEI DAS 40 HORAS (POR PERCENTIL DE INTENSIDADE DE TRATAMENTO) Horas totas Percentl (11.15) (12.42) * (13.04) Percentl (12.80) (14.26) (14.97) Percentl (10.06) (11.20) *** (11.78) Nº trabalhadores Percentl ** (0.25) 0.746* (0.29) 1.064* (0.30) Percentl (0.29) (0.33) (0.34) Percentl (0.22) (0.26) (0.27) Saláro horáro (log) Percentl * (0.00) 0.036* (0.00) 0.041* (0.00) Percentl * (0.00) 0.066* (0.00) 0.068* (0.00) Percentl * (0.00) 0.097* (0.00) 0.097* (0.00) Desvos padrões entre parênteses; valores guas a (0.00) sgnfcam que a estmatva do desvo-padrão é nferor a 0.001; *, ** e *** ndcam estmatvas sgnfcatvas a 1, 5 e 10 por cento. IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português 17

18 José M. Varejão Quadro 5 IMPACTO DA LEI DAS 40 HORAS - HORAS TOTAIS (COM REGRESSORES) Indcador de tratamento ** (8.92) * (9.93) ** (10.40) Tempo parcal (31.36) (34.90) ** (36.55) Saláro mínmo (12.09) (13.46) (14.09) Antgudade reduzda * (10.61) (11.81) * (12.36) Trabalho suplementar (19.20) * (21.37) * (22.38) Constante ** (9.46) * (10.53) * (11.03) Intensdade de tratamento * (109.54) * (121.92) * (127.70) Tempo parcal (31.34) (34.88) *** (36.53) Saláro mínmo (12.20) (13.58) (14.22) Antgudade reduzda * (10.60) * (11.80) * (12.36) Trabalho suplementar * (19.26) * (21.44) * (22.45) Constante * (8.77) -18,284*** (9.75) * (10.22) Desvos padrões entre parênteses; valores guas a (0.00) sgnfcam que a estmatva do desvo-padrão é nferor a 0.001; *, ** e *** ndcam estmatvas sgnfcatvas a 1, 5 e 10 por cento. 18 IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português

19 Redução do Tempo de Trabalho e Emprego - Lções da Le das 40 Horas Quadro 6 IMPACTO DA LEI DAS 40 HORAS - NÚMERO DE TRABALHADORES (COM REGRESSORES) Indcador de tratamento (0.20) (0.23) (0.24) Tempo parcal (0.70) 1.589** (0.81) 2.081** (0.84) Saláro mínmo ** (0.27) * (0.31) ** (0.32) Antgudade reduzda 1.872* (0.24) 2.722* (0.27) 3.289* (0.28) Trabalho suplementar * (0.43) * (0.50) * (0.51) Constante (0.21) ** (0.25) * (0.25) Intensdade de tratamento ** (2.44) * (2.83) *** (2.93) Tempo parcal (0.70) (0.81) 1.646** (0.84) Saláro mínmo ** (0.27) * (0.32) ** (0.33) Antgudade reduzda 1.895* (0.24) 2.751* (0.27) 3.319* (0.28) Trabalho suplementar * (0.43) * (0.50) * (0.52) Constante (0.20) (0.23) * (0.23) Desvos padrões entre parênteses; valores guas a (0.00) sgnfcam que a estmatva do desvo-padrão é nferor a 0.001; *, ** e *** ndcam estmatvas sgnfcatvas a 1, 5 e 10 por cento. IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português 19

20 José M. Varejão Quadro 7 IMPACTO DA LEI DAS 40 HORAS - SALÃRIO HORÁRIO (COM REGRESSORES) Indcador de tratamento 0.040* (0.00) 0.057* (0.00) 0.057* (0.00) Tempo parcal * (0.01) * (0.01) * (0.01) Saláro mínmo 0.069* (0.00) 0.091* (0.00) 0.103* (0.00) Antgudade reduzda 0.016* (0.00) 0.023* (0.00) 0.030* (0.00) Trabalho suplementar 0.012* (0.00) 0.009* (0.01) 0.018* (0.01) Constante 0.079* (0.00) 0.130* (0.00) 0.170* (0.00) Intensdade de tratamento 0.591* (0.03) 0.879* (0.03) 0.845* (0.03) Tempo parcal * (0.01) * (0.01) * (0.01) Saláro mínmo 0.064* (0.00) 0.083* (0.00) 0.095* (0.00) Antgudade reduzda 0.015* (0.00) 0.023* (0.00) 0.029* (0.00) Trabalho suplementar 0.017* (0.00) 0.017* (0.01) 0.026* (0.01) Constante 0.080* (0.00) 0.130* (0.00) 0.172* (0.00) Desvos padrões entre parênteses; valores guas a (0.00) sgnfcam que a estmatva do desvo-padrão é nferor a 0.001; *, ** e *** ndcam estmatvas sgnfcatvas a 1, 5 e 10 por cento. 20 IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português

21 < >=45 < >=45 < >=45 < >=45 < >=45 Redução do Tempo de Trabalho e Emprego - Lções da Le das 40 Horas Fgura 1 DISTRIBUIÇÃO DO PERÍODO NORMAL DE TRABALHO h/sem h/sem h/sem h/sem h/sem IIª Conferênca sobre o Desenvolvmento Económco Português 21

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