III. Consequências de um novo padrão de inserção das mulheres no mercado de trabalho sobre o bem-estar na região metropolitana de São Paulo

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "III. Consequências de um novo padrão de inserção das mulheres no mercado de trabalho sobre o bem-estar na região metropolitana de São Paulo"

Transcrição

1 CEPAL - SERIE Polítcas socales N 60 III. Consequêncas de um novo padrão de nserção das mulheres no mercado de trabalho sobre o bem-estar na regão metropoltana de São Paulo A. Introdução Rcardo Paes de Barros (IPEA) Carlos Henrque Corseul (IPEA) Danel Domngues dos Santos (IPEA e PUC/RJ) Os países latno-amercanos estão passando por profundas transformações econômcas ao longo das últmas duas décadas. Em grande parte do contnente, tem-se tentado mplementar um novo padrão de desenvolvmento cuja característca prncpal é a abertura das economas vnculada a esforços que vsam a establdade econômca e aumento de produtvdade dos fatores de produção, em partcular do trabalho. Paralelamente, a regão também testemunha um processo de mudança cultural, em que as socedades têm aprenddo cada vez mas a convver com uma crescente partcpação das mulheres na força de trabalho. 55

2 Emprego femnno no Brasl: mudanças nsttuconas e novas nserções no mercado de trabalho É de se esperar, portanto, que a relação das mulheres com o mercado de trabalho esteja sendo profunda e sstematcamente modfcada nos últmos tempos. Partndo do pressuposto de que as mulheres podem trar proveto destas transformações para ntensfcar sua partcpação na força de trabalho, é provável que em pouco tempo tenham um papel semelhante ao dos homens. A análse de uma regão do Brasl pode ser bastante lustratva vsto que o país encontra-se em uma fase ntermedára de um ntenso programa de reformas. É fato que a partcpação das mulheres na força de trabalho vem apresentando uma tendênca ascendente no período menconado. Barros et all (1999) mostram que a partcpação tem aumentado cerca de 15 pontos percentuas por década no Brasl 69. Além dsso Melo (1999) mostra que as mulheres têm passado a ocupar postos até então predomnantemente masculnos. A partcpação das mulheres e o tratamento dferencado de homens e mulheres no mercado de trabalho tem mplcações tanto sobre a dstrbução de bem-estar como sobre a dstrbução da capacdade de geração de renda da força de trabalho. Embora estejam relaconados, os mpactos da nserção femnna no mercado de trabalho sobre a dstrbução de bem-estar e sobre a dstrbução da capacdade de geração de renda podem ser bastante dstntos. Na medda em que os membros de uma famíla repartam seus recursos de forma equtatva, o bem estar de um membro qualquer da famíla depende apenas da renda per capta famlar. Assm, a mportânca de sua própra renda sobre o bem estar lmta-se à nfluênca desta renda sobre a renda total da famíla. Como em geral homens e mulheres tendem a convver em famílas, o tratamento desgual de homens e mulheres no mercado de trabalho, que tanto mpacto tem sobre a dstrbução da capacdade de geração de renda, pode ter pouco mpacto sobre a dstrbução de bem-estar. Neste trabalho nvestgamos o mpacto da forma de nserção das mulheres no mercado de trabalho tanto sobre a dstrbução da capacdade de geração de renda como sobre a dstrbução de bem-estar. Em ambos os casos nvestgamos tanto o mpacto sobre a dstrbução entre as mulheres em dade atva ou ocupadas, como também sobre a dstrbução entre todas as pessoas ou todos os trabalhadores. A próxma seção descreve a natureza da nserção femnna no mercado de trabalho na regão metropoltana de São Paulo. A metodologa empregada para estmarmos os efetos de transformações na nserção da mulher no mercado de trabalho sobre sua capacdade de gerar renda e sobre o nível de bem estar da socedade está descrta na tercera seção. A quarta seção consste em uma apresentação dos resultados. A últma seção resume as prncpas conclusões do estudo. B. Uma breve descrção da natureza da nserção femnna e dos dferencas por gênero na regão metropoltana de São Paulo Apesar da crescente partcpação femnna no mercado de trabalho, a proporção das mulheres em dade atva engajadas ou buscando engajar-se em atvdades econômcas é anda bem nferor a masculna. De fato, conforme lustra a Tabela 1, a taxa de partcpação femnna em São Paulo permaneca, no trêno , em méda 28 pontos percentuas abaxo da masculna. 69 Este resultado se refere a comparação da partcpação de mulheres de mesma dade em dferentes coortes de nascmento. 56

3 CEPAL - SERIE Polítcas socales N 60 Tabela 1 ESTATÍSTICAS BÁSICAS DE MERCADO DE TRABALHO Estatístcas Homem Mulher Taxa de partcpação Taxa de desemprego Duração méda do desemprego em meses Jornada semanal méda do trabalho Proporção da população ocupada por jornada semanal Menor que 30 horas semanas Menor que 32 horas semanas Menor que 36 horas semanas Menor que 40 horas semanas Fonte: Construída com base nas nformações contdas na Pesqusa Mensal de Emprego (PME) de 1996, 1997 e Razão entre a população economcamente atva e a população em dade atva (maores de 10 anos). Alguns autores denomnam esta mesma razão taxa de partcpação refnada. Entre as pessoas economcamente atvas não parece exstr grandes dferenças quanto ao acesso a postos de trabalho. As dferenças na taxa de desemprego por gênero são lmtadas (6,7% entre as mulheres e 8,0% entre os homens), embora a duração méda do desemprego seja bem superor entre as mulheres (10,5 meses) que entre os homens (6,9 meses). No entanto, como a duração do desemprego de um grupo é função não apenas da oferta de postos de trabalho mas também do nível de exgênca deste grupo para acetar as ofertas dsponíves, é dfícl nterpretar uma maor duração do período de desemprego como evdênca de uma maor defcênca na oferta de postos de trabalho. Uma dmensão em que as dferenças por gênero são acentuadas no mercado de trabalho é a duração da jornada de trabalho. Enquanto cerca de 30% das mulheres trabalham efetvamente menos de 40 horas por semana, entre os homens apenas 15% trabalham menos de 40 horas, fazendo com que a jornada semanal méda de trabalho das mulheres ocupadas seja cerca de 5 horas nferor a dos homens. Esta dferença tem um mportante mpacto sobre o potencal de geração de renda das mulheres, mas é dfícl saber se é resultado de uma escolha das mulheres por uma menor jornada de trabalho ou um mpedmento mposto pelo mercado de trabalho ou outros fatores além do seu controle. As dferenças por gênero são também mportantes no que se refere a estrutura ocupaconal por setor de atvdade. Na grande maora dos setores de atvdade, a partcpação das mulheres é muto acma ou muto abaxo da sua representatvdade na população ocupada. Dentre os 20 setores utlzados neste estudo, em apenas 5 a representação das mulheres dfere da sua representação na população ocupada em menos de 10 pontos percentuas, como mostra a Tabela 2. As estmatvas apresentadas nesta tabela revelam um elevado grau de segregação ocupaconal por gênero. Este elevado grau de segregação pode ser também evdencado verfcando-se que as 10 ocupações mas femnnas (onde a percentagem de mulheres no total de pessoal ocupado é maor) representam mas de 80% do emprego femnno mas apenas pouco mas de 40% do emprego masculno. De forma smlar, tem-se que as 10 ocupações mas masculnas representam menos de 20% do emprego femnno e quase 60% do emprego masculno (veja Gráfco 1). 57

4 Emprego femnno no Brasl: mudanças nsttuconas e novas nserções no mercado de trabalho Tabela 2 PROPORÇÃO DE HOMENS E MULHERES POR GRUPO OCUPACIONAL Dferença Grupo Homem Mulher em relação à méda (módulo) Comercante ambulante Comérco varejo e atacadsta Construção cvl Servços fnanceros, corretagem e seguros Servços de barbeara e beleza Servços doméstcos Servços de hotel, bares e restaurantes Servços públcos Esporte e cultura Confecção de vestuáro e calçados Extratvsmo Indústra de almentação e fumo Ind. de cerâmca, artgos de borracha, cmento e madera Ind. elétrco e eletrônco Ind. gráfca e papel Indústra metalúrgca Indústra textl Ocupações genércas de produção Trabalhadores braças Outros Total Fonte: Construída com base nas nformações contdas na Pesqusa Mensal de Emprego (PME) de 1996, 1997 e PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO OCUPADA POR JORNADA DE TRABALHO Jornada Homem Mulher Menor que 30 horas semanas Menor que 32 horas semanas Menor que 36 horas semanas Menor que 40 horas semanas Méda da jornada de trabalho semanal Fonte: Construída com base nas nformações contdas na Pesqusa Mensal de Emprego (PME) de 1996, 1997 e

5 CEPAL - SERIE Polítcas socales N 60 Gráfco 1 DISTRIBUIÇÃO ACUMULADA DOS OCUPADOS POR GRUPOS OCUPACIONAIS, ORDENADOS SEGUNDO GRAU DE MASCULINIZAÇÃO Serv. Beleza Serv. Hotel Ambulante Esp. e cultura Outros Extrat. Ind. Metalur. Const. Cvl Homens Mulheres maor masculnzação -> Fonte: Construída com base nas nformações contdas na Pesqusa Mensal de Emprego (PME) de 1996, 1997 e Nota: 1- Proporção de homens dentre o total de ocupados no setor. É precso dzer, entretanto, que a partr apenas da nformação apresentada na Tabela 2 é dfícl nferr em que medda estas dferenças em nserção ocupaconal são o resultado de dferenças em preferêncas ou resultam de mpedmentos mpostos pelo mercado de trabalho. Uma forma de aprofundar esta dscussão é verfcar em que medda as ocupações femnnas são pores ou apenas dferentes. Com vstas a nvestgar esta questão, ordenamos as ocupações segundo a renda méda dos homens com nível educaconal medano (5 a 8 anos de estudo) em cada ocupação 70. Com base nesta ordenação, estmamos a proporção de homens e mulheres em ocupações de baxa renda (veja Gráfco 2). Os resultados obtdos ndcam que exceto pela alta ncdênca de mulheres no trabalho doméstco, exste pouca evdênca de que as ocupações predomnantemente femnnas sejam salaralmente nferores àquelas predomnantemente masculnas. De fato, conforme revela o Gráfco 3, a proporção das mulheres e homens em ocupações com saláro abaxo da medana masculna é muto próxma, com a dferença sendo nferor a 10 pontos percentuas. Além dsso, tem-se que 22% das mulheres e dos homens encontram-se em ocupações com renda méda acma de R$ como servços públcos, esporte, cultura e servços fnanceros. Em suma, os números apresentados ndcam que, embora exsta forte evdênca de que a estrutura ocupaconal das mulheres é muto dferente da dos homens, não há grandes ndícos de que a as ocupações predomnantemente femnnas sejam salaralmente nferores. Assm, a hpótese de que a dstrbução das mulheres entre ocupações deve refletr fundamentalmente restrções de acesso a oportundades de trabalho em setores que remuneram melhor não encontra um claro respaldo empírco Os setores predomnantemente masculnos foram: extratvsmo; trabalho braçal; ndústra metalúrgca; ndústra gráfca e de papel; ndústra de almentação e fumo; ndústra de cerâmca, artgos de borracha, madera e cmento; comérco varejo e atacadsta; servços fnanceros, corretagem e seguros; e construção cvl. Já os setores mas femnnos foram: ndústra elétrco-eletrônca; ndústra têxtl; confecção de vestuáro e calçados; ocupações genércas de produção; comérco ambulante; servços de barbeara e beleza; servços doméstcos; servços de hotés, bares e restaurantes; servços públcos; e esporte e cultura. Valores de julho de

6 Emprego femnno no Brasl: mudanças nsttuconas e novas nserções no mercado de trabalho Grafco 2 PROPORÇÃO DE HOMENS E MULHERES POR GRUPOS OCUPACIONAIS, ordenados segundo a remuneração méda dos homens com 5 a 8 anos de estudo Serv. Hotel Const. Cvl Extrat. Representatvdade femnna na população ocupada = 39,35% Ambulante Ind. Metalur. Serv. Beleza Esp. e cultura Outros Homens Mulheres Fonte: Construída com base nas nformaçõescontdas na Pesusa Mensal de Emprego (PME) de 1996, 1997 e Uma forma de resumr o grau de nferordade da estrutura salaral femnna consste em contrastar qual sera o saláro médo femnno e masculno caso o saláro médo em cada ocupação fosse o saláro masculno para trabalhadores medanamente escolarzados. Quando estmada esta dferença, o resultado ndca uma superordade masculna de apenas 0,5% quando o emprego doméstco é excluído e de 5%, quando o emprego doméstco é ncluído. Fnalmente, resta documentar as dferenças salaras por gênero. Com este objetvo a Tabela 3 apresenta o saláro médo dos homens e mulheres por ocupação e nível educaconal 72. Esta tabela revela que na grande maora dos casos os saláros masculnos são bem superores aos femnnos. De fato, em apenas 5% dos casos consderados o saláro médo femnno apresentou-se mas de 10% superor ao masculno ao passo que em 81% dos casos o oposto ocorreu. Com vstas a obter uma estatístca sumára da magntude destas dferenças salaras, calculamos a méda destas dferenças utlzando a composção ocupaconal-educaconal masculna e femnna. Em ambos os casos os resultados ndcam que a dferença salaral méda entre homens e mulheres na mesma ocupação e com a mesma escolardade é próxma a 50%. 72 Apresentar nesta tabela, também o erro padrão da estmatva para a méda, talvez valha a pena nclur também, ou ao nvés de, o ntervalo de confança de 90%. 60

7 CEPAL - SERIE Polítcas socales N 60 Tabela 3 SALÁRIO HORÁRIO DA POPULAÇÃO OCUPADA POR GRUPO OCUPACIONAL E NÍVEL DE EDUCAÇÃO Grupo 0 a 4 anos de estudo 5 a 8 anos de estudo 9 a 11 anos de estudo mas de 11 anos de estudo Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Comercante ambulante Comérco varejo e atacadsta Construção cvl Servços fnanceros, corretagem e seguros Servços de barbeara e beleza Servços doméstcos Servços de hotel, bares e restaurantes Servços públcos Esporte e cultura Confecção de vestuáro e calçados Extratvsmo Indústra de almentação e fumo Ind. de cerâmca, artgos de borracha, cmento e madera Ind. elétrco e eletrônco Ind. gráfca e papel Indústra metalúrgca Indústra textl Ocupações genércas de produção Trabalhadores braças Outros Fonte: Construída com base nas nformações contdas na Pesqusa Mensal de Emprego (PME) de 1996, 1997 e Valores em R$ de dez/ 1998 Além de sgnfcatvas estas dferenças salaras por gênero seguem alguns padrões bem defndos. O Gráfco 3, por exemplo, revela que os dferencas crescem com o nível educaconal. Já o Gráfco 4 mostra que, embora exsta uma tendênca para uma relação postva entre o grau de masculnzação das ocupações de um setor de atvdade e o hato salaral entre homens e mulheres, sto é, embora exsta uma tendênca para a nferordade salaral das mulheres ser menor nas ocupações mas femnnas, esta relação é relatvamente fraca. C. Metodologa A metodologa empregada para captar o efeto da mudança da nserção da mulher no mercado de trabalho consste em exercícos de contra-factual. Nestes exercícos, comparamos as dstrbuções do bem-estar e da capacdade de geração da renda da socedade, estmados quando smulamos uma alteração na nserção da mulher no mercado de trabalho, com os níves orgnas. Este procedmento demanda três tpos de nformação para ser mplementado. Em prmero lugar defnr bem-estar e capacdade de geração de renda é essencal para nossa análse. Segundo, é necessáro saber quão dferente se espera que seja a nserção da mulher no futuro próxmo. Por fm é necessáro dspor de varáves que permtam mensurar a evolução da nserção femnna no mercado de trabalho. 61

8 Emprego femnno no Brasl: mudanças nsttuconas e novas nserções no mercado de trabalho Gráfco 3 DISTRIBUIÇÃO ACUMULADA DE OCUPADOS POR GRUPOS OCUPACIONAIS, ordenados segundo a remuneração méda dos homens com 5 a 8 anos de estudo Serv. Hotel Const. Cvl Extrat. Ambulante Ind. Metalur. Serv. Beleza Esp. e cultura Outros Homens Mulheres Fonte: Construída com base nas nformações contdas na Pesqusa Mensal de Emprego (PME) de 1996, 1997 e Gráfco 4 HIATO SALARIAL ENTRE HOMENS E MULHERES POR GRUPOS OCUPACIONAIS, ordenados segundo o grau de masculnzação Serv. Beleza Serv. Hotel Ambulante Esp. e cultura Outros Extrat. Ind. Metalur. Const. Cvl Fonte: Construída com base nas nformações contdas na Pesqusa Mensal de Emprego (PME) de 1996, 197 e Nota: 1- Proporção de homens dentre o total de ocupados no setor. Para efetos deste trabalho o bem-estar de um ndvíduo estará sempre assocado à renda famlar per capta provenente de todos os trabalhos de todos os membros da famíla 73 a que este ndvíduo pertence. Já a capacdade de geração de renda deste mesmo ndvíduo será representada pela renda do seu trabalho prncpal. Índces de nsufcênca e desgualdade obtdos a partr da 73 Por lmtação da base de dados utlzada neste trabalho não podemos consderar renda provenente de outras fontes que não seja o trabalho. Também não é consderada a renda do trabalho de ndvíduos com dade nferor a dez anos. 62

9 CEPAL - SERIE Polítcas socales N 60 dstrbução destes atrbutos serão usados como ndcadores de capacdade de renda e do bem estar de uma socedade. De forma complementar assumremos que as condções que prevalecem atualmente para os homens consttu uma aproxmação adequada em termos de padrões de nserção das mulheres no mercado de trabalho que deve prevalecer em um futuro próxmo. A nserção da mulher no mercado de trabalho será representada neste artgo pelo número de horas trabalhadas em uma semana. Já a qualdade da nserção da mulher no mercado de trabalho será representada em suas duas dmensões neste trabalho. Trabalharemos tanto com a estrutura ocupaconal como com o nível de saláro para smular o acesso a melhores postos de trabalho. Portanto estmaremos resultados para nsufcênca e desgualdade de renda relaconados a stuações smuladas onde as mulheres expermentam jornadas de trabalho, estrutura ocupaconal e níves de saláro próxmos ao dos homens. Para solar o efeto sobre o nível de rendmento de alterações no padrão de nserção da mulher no mercado de trabalho trabalharemos com o nível de renda controlado pelo nível de escolardade do ndvíduo. Outras característcas são freqüentemente analsadas em estudos sobre determnação de saláro, porém esta tem sdo apontada como sendo a mas relevante 74. Neste caso estaremos estmando qual o mpacto em termos de bem-estar para a socedade paulstana de um novo padrão de nserção da mulher no mercado de trabalho mantdo constantes seus dferencas em relação ao homem em termos educaconas. 1. Smulações Foram fetas 4 smulações de como se comportaram ndcadores de desgualdade e pobreza 75 no caso em que: a) a renda padronzada das mulheres se aproxmasse à dos homens; b) a renda padronzada e a jornada de trabalho das mulheres se aproxmasse à dos homens; c) a renda méda das mulheres se aproxmasse à dos homens; d) a renda méda e a estrutura ocupaconal das mulheres se aproxmasse da dos homens. Note que estas smulações são fetas de forma acumulatva em dos blocos, ou seja, a dstrbução de renda resultante da smulação (a) serve como ponto de partda para a (b), e a resultante da smulação (c) como ponto de partda da smulação (d). Na smulação (a) estma-se qual sera o saláro horáro de uma mulher que trabalha em um certo setor de atvdade e com um determnado nível de escolardade, caso as mulheres de tal grupo tvessem, em méda, o mesmo saláro horáro dos homens desse grupo. O saláro padronzado de cada mulher é representado pela expressão: W * W = W W H / j, M / j, Ver Ramos e Vera (1996), Fernandes (1996), Barros e Ferrera (1999), Cavaler e Fernandes (1998), Barros e Res (1989), entre outros. O termo pobreza é usado aqu por smplcdade, apesar de ser pouco rgoroso. Mas adante dscutremos este ponto em detalhe (ver rodapé nº 9). 63

10 Emprego femnno no Brasl: mudanças nsttuconas e novas nserções no mercado de trabalho onde W é o saláro horáro da mulher, W H é o saláro médo entre os homens, W M é o saláro médo entre as mulheres, e os subscrtos j e ndcam, respectvamente, o setor de atvdade e o nível educaconal da mulher em questão. Uma hpótese mplícta nesta smulação é que a mudança no saláro horáro de um determnado grupo sóco-econômco (defndo como um grupo homogêneo no que dz respeto a gênero, nível educaconal e setor de atvdade) não afeta o saláro dos demas grupos. Pode-se, então, obter qual sera a renda do trabalho de cada mulher com esse novo saláro horáro: R = H W a * / j, Na smulação (b) estma-se qual sera a jornada de uma mulher com um certo nível educaconal, que trabalha em um dado setor de atvdade, caso as mulheres de tal grupo tvessem, em méda, a mesma jornada de trabalho dos homens desse grupo. De modo semelhante ao cálculo do saláro horáro padronzado, a jornada padronzada pode ser descrta por: H * = H onde H é a jornada de trabalho da mulher, H H é a jornada de trabalho méda dos homens, H M é a jornada méda das mulheres, e os subscrtos j e caracterzam o setor de atvdade e o nível educaconal da referda mulher. Pode-se, então, obter qual sera a renda do trabalho de cada mulher com essa nova jornada de trabalho: H H H j, M j, R b = H * W * Na smulação (c) estma-se dretamente qual sera a renda do trabalho (produto do saláro horáro com a jornada) de uma mulher com um certo nível educaconal e que trabalha em um determnado setor de atvdade, caso as mulheres de tal grupo tvessem, em méda, a mesma renda do trabalho dos homens desse grupo. Procedemos portanto da segunte manera. R c H / j, R = W H RM / j, onde R é a renda do trabalho da mulher, R H e R M são as rendas médas de homens e mulheres, respectvamente; e j e têm a mesma nterpretação das smulações anterores. Vale ressaltar que este procedmento, embora seja muto smlar ao descrto na smulação (b), não necessaramente deve produzr resultados guas. Isto porque o produto das médas de duas varáves não necessaramente é gual à méda do produto destas varáves 76. Por fm, na smulação (d) estma-se qual sera a renda do trabalho obtda por cada mulher se a estrutura ocupaconal (dstrbução das mulheres por setor de atvdade) fosse gual a dos homens, mas supondo que a dstrbução de renda do trabalho no nteror de cada setor se mantvesse 76 É fácl mostrar que R c = R b R R H / j, M / j, W W M / j, H / j, H H M / j, H / j, ; e portanto R c R b. 64

11 CEPAL - SERIE Polítcas socales N 60 nalterada. Para descrever esse procedmento de forma mas clara faz-se necessáro uma notação um pouco mas sofstcada do que a empregada na descrção das smulações anterores. Podemos escrever a dstrbução conjunta da população de mulheres ocupadas por renda do trabalho e setor de atvdade pela expressão F M (s,r c ) = F M (R c s)f M (s); onde F M (R c s) representa a dstrbução das mulheres por renda do trabalho condconal ao setor de atvdade, e F M (s) representa a dstrbução margnal das mulheres por setor de atvdade. A smulação consste em redstrbur as mulheres dentre os setores de atvdade de modo a que tenham a mesma dstrbução dos homens, sem contudo alterar a dstrbução de renda do trabalho das mulheres dentro de cada setor. Em outras palavras, teremos: F M (s,r c )* = F M (R c s)f H (s); onde F H (s) representa a dstrbução margnal dos homens por setor de atvdade. Idealmente, sera nteressante saber como a redstrbução de mulheres entre setores afetara também a dstrbução de mulheres segundo a renda do trabalho condconal ao setor de atvdade e nclur este efeto na smulação. Entretanto, em geral sabe-se apenas o mpacto sobre a renda méda em cada setor. Assm, é necessáro supor que a dstrbução de renda dentro de cada setor permanece nalterada a despeto do tamanho do setor e da renda méda no setor terem sdo alteradas. Uma forma de garantr a valdade desta hpótese é fazer com que os trabalhadores que saem do setor sejam seleconados de forma ndependente do seu nível de renda e que aqueles que entram no setor passem a ter um nível de renda escolhdo aleatoramente de acordo com a dstrbução de renda no setor de destno. Operaconalmente o que fzemos neste estudo fo segur duas etapas:. Selecona-se de forma aleatóra as trabalhadoras a serem removdas de cada setor.. Cada trabalhador realocado a uma novo setor recebe a renda necessára para preservar a posção relatva que tnha na dstrbução de renda do seu setor de orgem. Como os trabalhadores realocados são escolhdos aleatoramente na orgem, este procedmento garante que o saláro escolhdo no destno é também aleatóro e portanto não altera a dstrbução de renda nem na orgem nem no destno. Para efeto de análse dos resultados destas smulações supomos que as alterações mpostas no padrão de nserção da mulher não tera efeto sobre o padrão de nserção dos homens. Todas as smulações afetam a dstrbução de renda provenente do trabalho entre os ndvíduos ocupados. Além de reportar resultados referentes a esta dstrbução de renda também será reportado os resultados referentes a dstrbução de renda famlar. Para esta segunda dstrbução é assumdo que o status de empregado, desempregado ou natvo dos membros da famíla não é afetado pela mudança no processo de nserção expermentado pelas mulheres. D. Resultados Toda a análse desta seção será baseada em resultados gerados a partr da Pesqusa Mensal de Emprego do IBGE (PME/ IBGE). Nosso unverso de análse corresponde aos trabalhadores da regão metropoltana de São Paulo que estveram empregados em algum mês compreenddo entre Janero de 1996 e Dezembro de Note que ao restrngrmos nosso unverso à regão 65

12 Emprego femnno no Brasl: mudanças nsttuconas e novas nserções no mercado de trabalho metropoltana de São Paulo estamos naturalmente sentando nossos resultados de efetos advndos de dferencas relaconados à localzação. Os resultados serão expressos através de três meddas de desgualdade de renda e três de pobreza ou nsufcênca na capacdade de geração de renda 77. As meddas de desgualdade analsadas são o Coefcente de Varação e os índces de Thel e Gn. As meddas de pobreza ou nsufcênca são os índces P0, P1 e P2; propostos por Foster, Greer e Thorbece 78. P0 é smplesmente a proporção de pobres (ou de pessoas que não conseguem gerar um patamar mínmo de renda) em uma dada população. P1 é o hato médo de renda, e P2 é o hato quadrátco médo de renda. Os ndcadores da classe P(n) propostos por Foster, Greer e Thorbece podem ser nterpretados como meddas de ntensdade de pobreza numa população, que dferem entre s por atrbur dferentes pesos à carênca de cada pessoa pobre em seu cálculo. P0 dá o mesmo peso a cada pessoa pobre, ndependentemente da dstânca entre os ganhos desta pessoa e a lnha de pobreza. Os demas ndcadores desta classe estabelecem uma relação dreta entre o peso que cada pessoa terá e a dstânca entre a renda desta pessoa e a lnha de pobreza. Quanto maor n, maor a convexdade da relação peso versus dstânca renda-lnha de pobreza, e mas sensível o ndcador é à ntensdade da pobreza 79. Os ndcadores P1 e P2 são, portanto, mas sensíves à ntensdade da pobreza/ nsufcênca do que P0, e por sto são utlzados como meddas alternatvas. Para o cálculo dos índces de pobreza/ ncapacdade de geração de renda, foram utlzadas três lnhas de nsufcênca alternatvas. No caso da dstrbução de bem estar as lnhas de pobreza usadas foram de 0,5; 1 e 2 saláros mínmos de Julho de 1997, ou seja, R$60,00; R$120,00 e R$240,00 de Julho de 1997 respectvamente 80. No caso da dstrbução da capacdade de geração de renda os níves de nsufcênca consderados foram de 2, 3 e 5 saláros mínmos de Julho de 1997, ou seja, R$240,00; R$360,00 e R$600,00 de Julho de 1997 respectvamente. Estes valores devem ser mas altos justamente por não consderar a dstrbução de recursos entre os membros da famíla Orgnalmente, P0, P1 e P2 foram concebdos para ser ndcadores de pobreza. De fato, quando estvermos analsando mpactos sobre o rendmento famlar per capta, nos referremos a estes índces como ndcadores de pobreza. No entanto, a nterpretação torna-se um pouco dferente quando analsamos mpactos sobre rendmento pessoal, pos as pessoas que recebem menos do que a lnha de pobreza não são necessaramente pobres. Para estes casos, chamaremos os mesmos índces de ndcadores de nsufcênca. À exceção dos comentáros sobre os resultados, contudo, nos referremos a estes ndcadores smplesmente como ndcadores de pobreza, para facltar a letura. Foster, Greer e Thorbece (1984) Para uma dscussão sobre o uso destes índces, ver Hoffmann (1998). Estes valores foram deflaconados pelo INPC-R para os demas meses do período analsado. 66

13 CEPAL - SERIE Polítcas socales N Dstrbução da capacdade de geração de renda As tabelas 4a e 4b mostram os resultados das smulações descrtas na seção 3 sobre as meddas de nsufcênca e desgualdade relatvas à dstrbução da capacdade de geração da renda. A tabela 4a reporta os efetos sobre todos os ocupados enquanto a tabela 4b se restrnge às mulheres ocupadas. Tabela 4a MEDIDA DE DESIGUALDADE E POBREZA OBSERVADAS E CONTRAFACTUAIS Dstrbução da renda do trabalho prncpal entre os ndvíduos ocupados Orgnal (a) Saláro horáro (b) Saláro horáro + Jornada de trabalho (c) Renda méda (d) Renda méda + Estrutura ocupaconal Desgualdade Índce de Thel Coefcente de Gn Coefcente de varação Pobreza 2 Saláros Mínmos (julho de 1997) P P P Saláros Mínmos (julho de 1997) P P P Saláros Mínmos (julho de 1997) P P P Fonte: Construída com base nas nformações contdas na Pesqusa Mensal de emprego (PME) 1996/97/98. O efeto assocado ao saláro horáro é pratcamente nulo em termos de desgualdade, uma vez que os ndcadores alteram em apenas um ponto percentual (exceto o coefcente de varação que dmnu dos pontos percentuas). No caso das meddas de nsufcênca na capacdade de geração de renda os valores apresentam alguma tendênca à redução, sendo que este padrão é mas acentuado para as lnhas de nsufcênca maores. Além dsso, o ndcador que sofre maores quedas é P0, que não consdera varações na ntensdade da ncapacdade de geração de renda. Quando utlzamos outros ndcadores (P1 e P2) que ponderam os ndvíduos pela dstânca entre sua renda e a lnha de nsufcênca, sendo portanto mas sensíves à ntensdade da nsufcênca da geração de renda, observamos que a redução não é tão sgnfcatva. Este fato pode estar ndcando que o grau de dscrmnação por gênero nas ocupações extremamente mal remuneradas é baxo ou que a proporção de mulheres neste tpo de ocupação é pequeno, de modo que por maores que sejam as mudanças na forma de nserção femnna no mercado de trabalho os ndcadores de nsufcênca para a população como um todo serão pouco afetados. Quando analsarmos as varações nestes ndcadores levando em conta somente a população femnna, poderemos ser mas precsos em nossa nterpretação. O efeto assocado a jornada de trabalho, por sua vez, é pratcamente nexstente. Dos doze ndcadores analsados para a dstrbução em questão ses deles não tem seus valores alterados enquanto os demas dmnuem um ou dos pontos percentuas. 67

14 Emprego femnno no Brasl: mudanças nsttuconas e novas nserções no mercado de trabalho Tabela 4b MEDIDA DE DESIGUALDADE E POBREZA OBSERVADAS E CONTRAFACTUAIS Dstrbução da renda do trabalho prncpal entre as mulheres ocupadas Orgnal (a) Saláro horáro (b) Saláro horáro + Jornada de trabalho (c) Renda méda (d) Renda méda + Estrutura ocupaconal Desgualdade Índce de Thel Coefcente de Gn Coefcente de varação Pobreza 2 Saláros Mínmos (julho de 1997) P P P Saláros Mínmos (julho de 1997) P P P Saláros Mínmos (julho de 1997) P P P Fonte: Construída com base nas nformações contdas na Pesqusa Mensal de emprego (PME) 1996/97/98. A tabela 4b mostra que os efetos são mas acentuados se consderarmos apenas o subunverso das mulheres, como era de se esperar dado que é o grupo dretamente afetado pelas alterações smuladas. Vale destacar o aumento na desgualdade entre as mulheres ocupadas quando se altera o saláro horáro deste grupo, ou seja, quando estas passam a ganhar o equvalente a que os homens do mesmo nível educaconal e na mesma ocupação ganham passa a haver uma dspersão maor nos rendmentos consderados. Vemos também que a ncapacdade de geração de renda se reduz sensvelmente, prncpalmente quando a lnha de nsufcênca consderada é a de 3 saláros mínmos, apontando para a exstênca de forte dscrmnação por gênero dentre as ocupações com baxa remuneração. No entanto o mesmo fenômeno deve ser observado com maor ntensdade nas posções prvlegadas do mercado de trabalho a ponto de fazer com que a desgualdade suba. Os efetos de alterações na estrutura ocupaconal sobre a dstrbução de renda consderada estão lustrados nas duas últmas colunas das Tabelas 4a e 4b. Os resultados mostram que a alteração da estrutura ocupaconal pratcamente não afeta os ndcadores de desgualdade da população como um todo, mas melhoram sgnfcatvamente a dstrbução de renda pessoal entre as mulheres. Por outro lado, esta mudança tem efeto lmtadíssmo em termos de nsufcênca na capacdade de geração de renda. Este resultado é observado tanto para a totaldade dos ocupados como para somente as mulheres ocupadas. 2. Dstrbução de bem-estar As tabelas 5a a 5b mostram as meddas de pobreza e desgualdade quando empregadas para a dstrbução de bem-estar assocadas as alterações do saláro horáro, jornada de trabalho e estrutura 68

15 CEPAL - SERIE Polítcas socales N 60 ocupaconal, bem como para as dstrbuções orgnas para efetos de comparação. A tabela 5a reporta os efetos sobre a população total e a tabela 5b para o unverso da população femnna. Tabela 5a MEDIDA DE DESIGUALDADE E POBREZA OBSERVADAS E CONTRAFACTUAIS (Dstrbução da renda famlar per capta entre toda a população) Orgnal (a) Saláro horáro (b) Saláro horáro + Jornada de trabalho (c) Renda méda (d) Renda méda + Estrutura ocupaconal Desgualdade Índce de Thel Coefcente de Gn Coefcente de varação Pobreza 2 Saláros Mínmos (julho de 1997) P P P Saláros Mínmos (julho de 1997) P P P Saláros Mínmos (julho de 1997) P P P Fonte: Construída com base nas nformações contdas na Pesqusa Mensal de emprego (PME) 1996/97/98 O efeto assocado ao saláro horáro sobre a dstrbução de bem-estar é de aumento da desgualdade e queda moderada da pobreza. As meddas de desgualdade na população total apresentam aumentos de um (Gn) a três (Thel) pontos percentuas. As meddas de pobreza tendem a apresentar varações da mesma magntude. Vale ressaltar que no nível de nsufcênca mas baxo a varação é desprezível, o que quer dzer que o bem-estar das famílas extremamente carentes não é afetado pela smulação consderada. O efeto assocado à jornada de trabalho, por sua vez, é totalmente nsgnfcante. Os ndcadores de desgualdade mantém-se constantes bem como a maora dos índces de nsufcênca. Somente os ndcadores relaconados à lnha de pobreza mas alta dmnuem um ponto percentual. Os resultados da Tabela 5b referente ao unverso das mulheres são bascamente os menconados acma para a população total. Em relação ao efeto da alteração do saláro horáro a desgualdade aumenta em magntude lgeramente superor e a nsufcênca apresenta quedas um pouco maores nos ndcadores, mas os movmentos são bastante semelhantes aos verfcados na população total. Em relação ao efeto da jornada a Tabela 5b confrma que mesmo entre as mulheres os ndcadores não se alteram sgnfcatvamente. 69

16 Emprego femnno no Brasl: mudanças nsttuconas e novas nserções no mercado de trabalho Tabela 5b MEDIDA DE DESIGUALDADE E POBREZA OBSERVADAS E CONTRAFACTUAIS Dstrbução da renda famlar per capta na população femnna Orgnal (a) Saláro horáro (b) Saláro horáro + Jornada de trabalho (c) Renda méda (d) Renda méda + Estrutura ocupaconal Desgualdade Índce de Thel Coefcente de Gn Coefcente de varação Pobreza 2 Saláros Mínmos (julho de 1997) P P P Saláros Mínmos (julho de 1997) P P P Saláros Mínmos (julho de 1997) P P P Fonte: Construída com base nas nformações contdas na Pesqusa Mensal de emprego (PME) 1996/97/98. Quanto às smulações envolvendo alteração da estrutura ocupaconal das mulheres, surgem dos fatos nteressantes. Em prmero lugar o efeto da alteração na renda méda é de fato bastante próxmo ao efeto agregado da alteração no saláro horáro e na jornada de trabalho (ou seja, a méda das covarâncas entre saláro horáro e duração da jornada de trabalho no nteror de grupos sóco-econômcos homogêneos é próxma de zero). Comparando ambos os resultados podemos verfcar que nenhum ndcador dfere em mas de um ponto percentual. O segundo fato a ser apontado se refere ao efeto da alteração na estrutura ocupaconal. Esta alteração produz uma queda na desgualdade mas do que sufcente para compensar o aumento devdo a alteração da renda méda. Os índces de nsufcênca também apontam uma queda porém menos expressva do que os de desgualdade. A Tabela 5b mostra anda que os resultados para a população femnna são bascamente os mesmos, apesar de estarmos ldando somente com o unverso de pessoas dretamente atngdas pelas mudanças. A explcação para sso é que, ao ldarmos com a renda famlar per capta, estamos dlundo as alterações no rendmento das mulheres por todos os membros da famíla. E. Conclusão Neste estudo procurou-se estmar o mpacto sobre meddas de bem estar e de capacdade de geração de renda de uma provável mudança no padrão de nserção das mulheres no mercado de trabalho. A alteração proposta fo atrbur às mulheres um papel equvalente ao dos homens, compatblzando saláros, jornada de trabalho e estrutura ocupaconal. A pertnênca deste tpo de smulação deve-se à ntensfcação da partcpação femnna na força de trabalho verfcada nos últmos anos, acompanhada de um acesso cada vez maor das mulheres aos postos de trabalho melhor remunerados. 70

17 CEPAL - SERIE Polítcas socales N 60 No que dz respeto ao mpacto sobre a capacdade de geração de renda, os resultados mostraram que mudanças no padrão de nserção das mulheres no mercado de trabalho não apresentam efetos muto sgnfcantes sobre a desgualdade e nsufcênca na capacdade de geração de renda da população como um todo. Uma explcação para sso é que a proporção de mulheres dentre o total de pessoas ocupadas anda é relatvamente pequeno. Quando observamos somente o unverso de mulheres, verfca-se que as mudanças expermentadas no saláro horáro reduzem os ndcadores de nsufcênca e elevam o grau de desgualdade. Já alterações na duração da jornada de trabalho não afetam a desgualdade e causam dmnução nos ndcadores de nsufcênca, e mudanças na estrutura ocupaconal são pratcamente neutras no que dz respeto à nsufcênca mas melhoram sensvelmente os índces de desgualdade. Por outro lado, os efetos sobre a dstrbução de bem-estar são menores anda do que os efetos sobre a dstrbução da capacdade de geração de renda. Este resultado era de certa forma esperado dado que os benefícos em termos de capacdade de geração de renda deve ser repartdo no âmbto da famíla tornando-se um benefíco menos sgnfcante em termos de bem-estar. Os ndcadores de pobreza pratcamente não se alteraram, nem quando fo consderado somente o unverso das mulheres. Quanto aos ndcadores de desgualdade, verfcou-se que a compatblzação do saláro horáro de homens e mulheres eleva a dspersão de bem estar, ao passo que a compatblzação das respectvas estruturas ocupaconas reduz esta dspersão. 71

18

A natureza da inserção feminina e dos diferenciais por gênero no mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo

A natureza da inserção feminina e dos diferenciais por gênero no mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo NOTAS TÉCNICAS A natureza da inserção feminina e dos diferenciais por gênero no mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo Ricardo Paes de Barros*, Carlos H. Corseuil e Daniel D. Santos**

Leia mais

NOTA II TABELAS E GRÁFICOS

NOTA II TABELAS E GRÁFICOS Depto de Físca/UFMG Laboratóro de Fundamentos de Físca NOTA II TABELAS E GRÁFICOS II.1 - TABELAS A manera mas adequada na apresentação de uma sére de meddas de um certo epermento é através de tabelas.

Leia mais

TEORIA DE ERROS * ERRO é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e o valor real ou correto da mesma.

TEORIA DE ERROS * ERRO é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e o valor real ou correto da mesma. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA AV. FERNANDO FERRARI, 514 - GOIABEIRAS 29075-910 VITÓRIA - ES PROF. ANDERSON COSER GAUDIO FONE: 4009.7820 FAX: 4009.2823

Leia mais

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA - Centro de Ciências Sociais e Aplicadas Curso de Economia

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA - Centro de Ciências Sociais e Aplicadas Curso de Economia CCSA - Centro de Cêncas Socas e Aplcadas Curso de Economa ECONOMIA REGIONAL E URBANA Prof. ladmr Fernandes Macel LISTA DE ESTUDO. Explque a lógca da teora da base econômca. A déa que sustenta a teora da

Leia mais

5.1 Seleção dos melhores regressores univariados (modelo de Índice de Difusão univariado)

5.1 Seleção dos melhores regressores univariados (modelo de Índice de Difusão univariado) 5 Aplcação Neste capítulo será apresentada a parte empírca do estudo no qual serão avalados os prncpas regressores, um Modelo de Índce de Dfusão com o resultado dos melhores regressores (aqu chamado de

Leia mais

Y X Baixo Alto Total Baixo 1 (0,025) 7 (0,175) 8 (0,20) Alto 19 (0,475) 13 (0,325) 32 (0,80) Total 20 (0,50) 20 (0,50) 40 (1,00)

Y X Baixo Alto Total Baixo 1 (0,025) 7 (0,175) 8 (0,20) Alto 19 (0,475) 13 (0,325) 32 (0,80) Total 20 (0,50) 20 (0,50) 40 (1,00) Bussab&Morettn Estatístca Básca Capítulo 4 Problema. (b) Grau de Instrução Procedênca º grau º grau Superor Total Interor 3 (,83) 7 (,94) (,) (,33) Captal 4 (,) (,39) (,) (,3) Outra (,39) (,7) (,) 3 (,3)

Leia mais

Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Cálculo do Conceito Preliminar de Cursos de Graduação

Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Cálculo do Conceito Preliminar de Cursos de Graduação Mnstéro da Educação Insttuto Naconal de Estudos e Pesqusas Educaconas Aníso Texera Cálculo do Conceto Prelmnar de Cursos de Graduação Nota Técnca Nesta nota técnca são descrtos os procedmentos utlzados

Leia mais

Objetivos da aula. Essa aula objetiva fornecer algumas ferramentas descritivas úteis para

Objetivos da aula. Essa aula objetiva fornecer algumas ferramentas descritivas úteis para Objetvos da aula Essa aula objetva fornecer algumas ferramentas descrtvas útes para escolha de uma forma funconal adequada. Por exemplo, qual sera a forma funconal adequada para estudar a relação entre

Leia mais

Sistemas de Filas: Aula 5. Amedeo R. Odoni 22 de outubro de 2001

Sistemas de Filas: Aula 5. Amedeo R. Odoni 22 de outubro de 2001 Sstemas de Flas: Aula 5 Amedeo R. Odon 22 de outubro de 2001 Teste 1: 29 de outubro Com consulta, 85 mnutos (níco 10:30) Tópcos abordados: capítulo 4, tens 4.1 a 4.7; tem 4.9 (uma olhada rápda no tem 4.9.4)

Leia mais

Probabilidade e Estatística. Correlação e Regressão Linear

Probabilidade e Estatística. Correlação e Regressão Linear Probabldade e Estatístca Correlação e Regressão Lnear Correlação Este uma correlação entre duas varáves quando uma delas está, de alguma forma, relaconada com a outra. Gráfco ou Dagrama de Dspersão é o

Leia mais

Despacho Econômico de. Sistemas Termoelétricos e. Hidrotérmicos

Despacho Econômico de. Sistemas Termoelétricos e. Hidrotérmicos Despacho Econômco de Sstemas Termoelétrcos e Hdrotérmcos Apresentação Introdução Despacho econômco de sstemas termoelétrcos Despacho econômco de sstemas hdrotérmcos Despacho do sstema braslero Conclusões

Leia mais

Regressão e Correlação Linear

Regressão e Correlação Linear Probabldade e Estatístca I Antono Roque Aula 5 Regressão e Correlação Lnear Até o momento, vmos técncas estatístcas em que se estuda uma varável de cada vez, estabelecendo-se sua dstrbução de freqüêncas,

Leia mais

Estatística stica Descritiva

Estatística stica Descritiva AULA1-AULA5 AULA5 Estatístca stca Descrtva Prof. Vctor Hugo Lachos Davla oo que é a estatístca? Para mutos, a estatístca não passa de conjuntos de tabelas de dados numércos. Os estatístcos são pessoas

Leia mais

PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS DO CEARÁ

PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS DO CEARÁ GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E GESTÃO - SEPLAG INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO CEARÁ - IPECE NOTA TÉCNICA Nº 29 PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS

Leia mais

Introdução e Organização de Dados Estatísticos

Introdução e Organização de Dados Estatísticos II INTRODUÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICOS 2.1 Defnção de Estatístca Uma coleção de métodos para planejar expermentos, obter dados e organzá-los, resum-los, analsá-los, nterpretá-los e deles extrar

Leia mais

ESTATÍSTICA MULTIVARIADA 2º SEMESTRE 2010 / 11. EXERCÍCIOS PRÁTICOS - CADERNO 1 Revisões de Estatística

ESTATÍSTICA MULTIVARIADA 2º SEMESTRE 2010 / 11. EXERCÍCIOS PRÁTICOS - CADERNO 1 Revisões de Estatística ESTATÍSTICA MULTIVARIADA º SEMESTRE 010 / 11 EXERCÍCIOS PRÁTICOS - CADERNO 1 Revsões de Estatístca -0-11 1.1 1.1. (Varáves aleatóras: função de densdade e de dstrbução; Méda e Varânca enquanto expectatvas

Leia mais

Caderno de Exercícios Resolvidos

Caderno de Exercícios Resolvidos Estatístca Descrtva Exercíco 1. Caderno de Exercícos Resolvdos A fgura segunte representa, através de um polígono ntegral, a dstrbução do rendmento nas famílas dos alunos de duas turmas. 1,,75 Turma B

Leia mais

www.obconcursos.com.br/portal/v1/carreirafiscal

www.obconcursos.com.br/portal/v1/carreirafiscal www.obconcursos.com.br/portal/v1/carrerafscal Moda Exercíco: Determne o valor modal em cada um dos conjuntos de dados a segur: X: { 3, 4,, 8, 8, 8, 9, 10, 11, 1, 13 } Mo 8 Y: { 10, 11, 11, 13, 13, 13,

Leia mais

REGRESSÃO LOGÍSTICA. Seja Y uma variável aleatória dummy definida como:

REGRESSÃO LOGÍSTICA. Seja Y uma variável aleatória dummy definida como: REGRESSÃO LOGÍSTCA. ntrodução Defnmos varáves categórcas como aquelas varáves que podem ser mensurados usando apenas um número lmtado de valores ou categoras. Esta defnção dstngue varáves categórcas de

Leia mais

Professor Mauricio Lutz CORRELAÇÃO

Professor Mauricio Lutz CORRELAÇÃO Professor Maurco Lutz 1 CORRELAÇÃO Em mutas stuações, torna-se nteressante e útl estabelecer uma relação entre duas ou mas varáves. A matemátca estabelece város tpos de relações entre varáves, por eemplo,

Leia mais

I. Introdução. inatividade. 1 Dividiremos a categoria dos jovens em dois segmentos: os jovens que estão em busca do primeiro emprego, e os jovens que

I. Introdução. inatividade. 1 Dividiremos a categoria dos jovens em dois segmentos: os jovens que estão em busca do primeiro emprego, e os jovens que DESEMPREGO DE JOVENS NO BRASIL I. Introdução O desemprego é vsto por mutos como um grave problema socal que vem afetando tanto economas desenvolvdas como em desenvolvmento. Podemos dzer que os índces de

Leia mais

Nota Técnica Médias do ENEM 2009 por Escola

Nota Técnica Médias do ENEM 2009 por Escola Nota Técnca Médas do ENEM 2009 por Escola Crado em 1998, o Exame Naconal do Ensno Médo (ENEM) tem o objetvo de avalar o desempenho do estudante ao fm da escolardade básca. O Exame destna-se aos alunos

Leia mais

Análise de Regressão. Profa Alcione Miranda dos Santos Departamento de Saúde Pública UFMA

Análise de Regressão. Profa Alcione Miranda dos Santos Departamento de Saúde Pública UFMA Análse de Regressão Profa Alcone Mranda dos Santos Departamento de Saúde Públca UFMA Introdução Uma das preocupações estatístcas ao analsar dados, é a de crar modelos que explctem estruturas do fenômeno

Leia mais

7.4 Precificação dos Serviços de Transmissão em Ambiente Desregulamentado

7.4 Precificação dos Serviços de Transmissão em Ambiente Desregulamentado 64 Capítulo 7: Introdução ao Estudo de Mercados de Energa Elétrca 7.4 Precfcação dos Servços de Transmssão em Ambente Desregulamentado A re-estruturação da ndústra de energa elétrca que ocorreu nos últmos

Leia mais

Aplicando o método de mínimos quadrados ordinários, você encontrou o seguinte resultado: 1,2

Aplicando o método de mínimos quadrados ordinários, você encontrou o seguinte resultado: 1,2 Econometra - Lsta 3 - Regressão Lnear Múltpla Professores: Hedbert Lopes, Prscla Rbero e Sérgo Martns Montores: Gustavo Amarante e João Marcos Nusdeo QUESTÃO 1. Você trabalha na consultora Fazemos Qualquer

Leia mais

Os modelos de regressão paramétricos vistos anteriormente exigem que se suponha uma distribuição estatística para o tempo de sobrevivência.

Os modelos de regressão paramétricos vistos anteriormente exigem que se suponha uma distribuição estatística para o tempo de sobrevivência. MODELO DE REGRESSÃO DE COX Os modelos de regressão paramétrcos vstos anterormente exgem que se suponha uma dstrbução estatístca para o tempo de sobrevvênca. Contudo esta suposção, caso não sea adequada,

Leia mais

PARTE 1. 1. Apresente as equações que descrevem o comportamento do preço de venda dos imóveis.

PARTE 1. 1. Apresente as equações que descrevem o comportamento do preço de venda dos imóveis. EXERCICIOS AVALIATIVOS Dscplna: ECONOMETRIA Data lmte para entrega: da da 3ª prova Valor: 7 pontos INSTRUÇÕES: O trabalho é ndvdual. A dscussão das questões pode ser feta em grupo, mas cada aluno deve

Leia mais

Cálculo do Conceito ENADE

Cálculo do Conceito ENADE Insttuto aconal de Estudos e Pesqusas Educaconas Aníso Texera IEP Mnstéro da Educação ME álculo do onceto EADE Para descrever o cálculo do onceto Enade, prmeramente é mportante defnr a undade de observação

Leia mais

O migrante de retorno na Região Norte do Brasil: Uma aplicação de Regressão Logística Multinomial

O migrante de retorno na Região Norte do Brasil: Uma aplicação de Regressão Logística Multinomial O mgrante de retorno na Regão Norte do Brasl: Uma aplcação de Regressão Logístca Multnomal 1. Introdução Olavo da Gama Santos 1 Marnalva Cardoso Macel 2 Obede Rodrgues Cardoso 3 Por mgrante de retorno,

Leia mais

Covariância e Correlação Linear

Covariância e Correlação Linear TLF 00/ Cap. X Covarânca e correlação lnear Capítulo X Covarânca e Correlação Lnear 0.. Valor médo da grandeza (,) 0 0.. Covarânca na propagação de erros 03 0.3. Coecente de correlação lnear 05 Departamento

Leia mais

Sinais Luminosos 2- CONCEITOS BÁSICOS PARA DIMENSIONAMENTO DE SINAIS LUMINOSOS.

Sinais Luminosos 2- CONCEITOS BÁSICOS PARA DIMENSIONAMENTO DE SINAIS LUMINOSOS. Snas Lumnosos 1-Os prmeros snas lumnosos Os snas lumnosos em cruzamentos surgem pela prmera vez em Londres (Westmnster), no ano de 1868, com um comando manual e com os semáforos a funconarem a gás. Só

Leia mais

Situação Ocupacional dos Jovens das Comunidades de Baixa Renda da Cidade do Rio de Janeiro *

Situação Ocupacional dos Jovens das Comunidades de Baixa Renda da Cidade do Rio de Janeiro * Stuação Ocupaconal dos Jovens das Comundades de Baxa Renda da Cdade do Ro de Janero * Alessandra da Rocha Santos Cínta C. M. Damasceno Dense Brtz do Nascmento Slva ' Mara Beatrz A. M. da Cunha Palavras-chave:

Leia mais

3 Metodologia de Avaliação da Relação entre o Custo Operacional e o Preço do Óleo

3 Metodologia de Avaliação da Relação entre o Custo Operacional e o Preço do Óleo 3 Metodologa de Avalação da Relação entre o Custo Operaconal e o Preço do Óleo Este capítulo tem como objetvo apresentar a metodologa que será empregada nesta pesqusa para avalar a dependênca entre duas

Leia mais

7 - Distribuição de Freqüências

7 - Distribuição de Freqüências 7 - Dstrbução de Freqüêncas 7.1 Introdução Em mutas áreas há uma grande quantdade de nformações numércas que precsam ser dvulgadas de forma resumda. O método mas comum de resumr estes dados numércos consste

Leia mais

Metodologia IHFA - Índice de Hedge Funds ANBIMA

Metodologia IHFA - Índice de Hedge Funds ANBIMA Metodologa IHFA - Índce de Hedge Funds ANBIMA Versão Abrl 2011 Metodologa IHFA Índce de Hedge Funds ANBIMA 1. O Que é o IHFA Índce de Hedge Funds ANBIMA? O IHFA é um índce representatvo da ndústra de hedge

Leia mais

Associação de resistores em série

Associação de resistores em série Assocação de resstores em sére Fg.... Na Fg.. está representada uma assocação de resstores. Chamemos de I, B, C e D. as correntes que, num mesmo nstante, passam, respectvamente pelos pontos A, B, C e D.

Leia mais

CAPÍTULO VI Introdução ao Método de Elementos Finitos (MEF)

CAPÍTULO VI Introdução ao Método de Elementos Finitos (MEF) PMR 40 - Mecânca Computaconal CAPÍTULO VI Introdução ao Método de Elementos Fntos (MEF). Formulação Teórca - MEF em uma dmensão Consderemos a equação abao que representa a dstrbução de temperatura na barra

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UnilesteMG

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UnilesteMG 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UnlesteMG Dscplna: Introdução à Intelgênca Artfcal Professor: Luz Carlos Fgueredo GUIA DE LABORATÓRIO LF. 01 Assunto: Lógca Fuzzy Objetvo: Apresentar o

Leia mais

ipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações

ipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL Ricardo Paes de Barros Mirela de Carvalho Samuel Franco 1 INTRODUÇÃO O objetivo desta nota é apresentar uma avaliação

Leia mais

Determinantes da Desigualdade de Renda em Áreas Rurais do Nordeste.

Determinantes da Desigualdade de Renda em Áreas Rurais do Nordeste. Determnantes da Desgualdade de Renda em Áreas Ruras do Nordeste. Autores FLÁVIO ATALIBA BARRETO DÉBORA GASPAR JAIR ANDRADE ARAÚJO Ensao Sobre Pobreza Nº 18 Março de 2009 CAEN - UFC Determnantes da Desgualdade

Leia mais

IV - Descrição e Apresentação dos Dados. Prof. Herondino

IV - Descrição e Apresentação dos Dados. Prof. Herondino IV - Descrção e Apresentação dos Dados Prof. Herondno Dados A palavra "dados" é um termo relatvo, tratamento de dados comumente ocorre por etapas, e os "dados processados" a partr de uma etapa podem ser

Leia mais

reducing income disparities in Brazil and the Northeast and Southeast regions of the country, showing that the fight against social inequalities

reducing income disparities in Brazil and the Northeast and Southeast regions of the country, showing that the fight against social inequalities A Importânca da Educação para a Recente Queda da Desgualdade de Renda Salaral no Brasl: Uma análse de decomposção para as regões Nordeste e Sudeste Valdemar Rodrgues de Pnho Neto Técnco de pesqusa do Insttuto

Leia mais

3ª AULA: ESTATÍSTICA DESCRITIVA Medidas Numéricas

3ª AULA: ESTATÍSTICA DESCRITIVA Medidas Numéricas PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EGEHARIA DE TRASPORTES E GESTÃO TERRITORIAL PPGTG DEPARTAMETO DE EGEHARIA CIVIL ECV DISCIPLIA: TGT41006 FUDAMETOS DE ESTATÍSTICA 3ª AULA: ESTATÍSTICA DESCRITIVA Meddas umércas

Leia mais

Como aposentadorias e pensões afetam a educação e o trabalho de jovens do domicílio 1

Como aposentadorias e pensões afetam a educação e o trabalho de jovens do domicílio 1 Como aposentadoras e pensões afetam a educação e o trabalo de jovens do domcílo 1 Rodolfo Hoffmann 2 Resumo A questão central é saber como o valor da parcela do rendmento domclar formada por aposentadoras

Leia mais

Avaliação da Tendência de Precipitação Pluviométrica Anual no Estado de Sergipe. Evaluation of the Annual Rainfall Trend in the State of Sergipe

Avaliação da Tendência de Precipitação Pluviométrica Anual no Estado de Sergipe. Evaluation of the Annual Rainfall Trend in the State of Sergipe Avalação da Tendênca de Precptação Pluvométrca Anual no Estado de Sergpe Dandara de Olvera Félx, Inaá Francsco de Sousa 2, Pablo Jónata Santana da Slva Nascmento, Davd Noguera dos Santos 3 Graduandos em

Leia mais

Aula 7: Circuitos. Curso de Física Geral III F-328 1º semestre, 2014

Aula 7: Circuitos. Curso de Física Geral III F-328 1º semestre, 2014 Aula 7: Crcutos Curso de Físca Geral III F-38 º semestre, 04 Ponto essencal Para resolver um crcuto de corrente contínua, é precso entender se as cargas estão ganhando ou perdendo energa potencal elétrca

Leia mais

Fast Multiresolution Image Querying

Fast Multiresolution Image Querying Fast Multresoluton Image Queryng Baseado no artgo proposto por: Charles E. Jacobs Adan Fnkelsten Davd H. Salesn Propõe um método para busca em um banco de dados de magem utlzando uma magem de consulta

Leia mais

1 a Lei de Kirchhoff ou Lei dos Nós: Num nó, a soma das intensidades de correntes que chegam é igual à soma das intensidades de correntes que saem.

1 a Lei de Kirchhoff ou Lei dos Nós: Num nó, a soma das intensidades de correntes que chegam é igual à soma das intensidades de correntes que saem. Les de Krchhoff Até aqu você aprendeu técncas para resolver crcutos não muto complexos. Bascamente todos os métodos foram baseados na 1 a Le de Ohm. Agora você va aprender as Les de Krchhoff. As Les de

Leia mais

Rastreando Algoritmos

Rastreando Algoritmos Rastreando lgortmos José ugusto aranauskas epartamento de Físca e Matemátca FFCLRP-USP Sala loco P Fone () - Uma vez desenvolvdo um algortmo, como saber se ele faz o que se supõe que faça? esta aula veremos

Leia mais

7. Resolução Numérica de Equações Diferenciais Ordinárias

7. Resolução Numérica de Equações Diferenciais Ordinárias 7. Resolução Numérca de Equações Dferencas Ordnáras Fenômenos físcos em dversas áreas, tas como: mecânca dos fludos, fluo de calor, vbrações, crcutos elétrcos, reações químcas, dentre váras outras, podem

Leia mais

4 Critérios para Avaliação dos Cenários

4 Critérios para Avaliação dos Cenários Crtéros para Avalação dos Cenáros É desejável que um modelo de geração de séres sntétcas preserve as prncpas característcas da sére hstórca. Isto quer dzer que a utldade de um modelo pode ser verfcada

Leia mais

ANÁLISE COMPARATIVA DA PRODUTIVIDADE SETORIAL DO TRABALHO ENTRE OS ESTADOS BRASILEIROS: DECOMPOSIÇÕES USANDO O MÉTODO ESTRUTURAL- DIFERENCIAL,

ANÁLISE COMPARATIVA DA PRODUTIVIDADE SETORIAL DO TRABALHO ENTRE OS ESTADOS BRASILEIROS: DECOMPOSIÇÕES USANDO O MÉTODO ESTRUTURAL- DIFERENCIAL, ANÁLISE COMPARATIVA DA PRODUTIVIDADE SETORIAL DO TRABALHO ENTRE OS ESTADOS BRASILEIROS: DECOMPOSIÇÕES USANDO O MÉTODO ESTRUTURAL- DIFERENCIAL, 1980/2000 2 1. INTRODUÇÃO 2 2. METODOLOGIA 3 3. ANÁLISE COMPARATIVA

Leia mais

Capítulo 1. Exercício 5. Capítulo 2 Exercício

Capítulo 1. Exercício 5. Capítulo 2 Exercício UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CIÊNCIAS ECONÔMICAS ECONOMETRIA (04-II) PRIMEIRA LISTA DE EXERCÍCIOS Exercícos do Gujarat Exercíco 5 Capítulo Capítulo Exercíco 3 4 5 7 0 5 Capítulo 3 As duas prmeras demonstrações

Leia mais

Ao se calcular a média, moda e mediana, temos: Quanto mais os dados variam, menos representativa é a média.

Ao se calcular a média, moda e mediana, temos: Quanto mais os dados variam, menos representativa é a média. Estatístca Dscplna de Estatístca 0/ Curso de Admnstração em Gestão Públca Profª. Me. Valéra Espíndola Lessa e-mal: lessavalera@gmal.com Meddas de Dspersão Indcam se os dados estão, ou não, prómos uns dos

Leia mais

RICOS? POBRES? UMA ANÁLISE DA POLARIZAÇÃO DA RENDA PARA O CASO BRASILEIRO

RICOS? POBRES? UMA ANÁLISE DA POLARIZAÇÃO DA RENDA PARA O CASO BRASILEIRO RICOS? POBRES? UMA ANÁLISE DA POLARIZAÇÃO DA RENDA PARA O CASO BRASILEIRO 1. Introdução Suel Aparecda Correa e Castro UEM Luz Gulherme Scorzafave FEA-RP/USP Na década de 80, dversos trabalhos analsaram

Leia mais

MIGRAÇÃO INTERNA E SELETIVIDADE: UMA APLICAÇÃO PARA O BRASIL

MIGRAÇÃO INTERNA E SELETIVIDADE: UMA APLICAÇÃO PARA O BRASIL MIGRAÇÃO INTERNA E SELETIVIDADE: UMA APLICAÇÃO PARA O BRASIL RESUMO Francel Tonet Macel 1 Ana Mara Hermeto Camlo de Olvera 2 O objetvo deste trabalho fo verfcar possíves fatores determnantes da decsão

Leia mais

DETERMINANTES SOCIODEMOGRÁFICOS E ECONÔMICOS DAS ATIVIDADES DOS IDOSOS NO NORDESTE BRASILEIRO RESUMO

DETERMINANTES SOCIODEMOGRÁFICOS E ECONÔMICOS DAS ATIVIDADES DOS IDOSOS NO NORDESTE BRASILEIRO RESUMO Revsta Economa e Desenvolvmento, n. 21, 2009 DETERMINANTES SOCIODEMOGRÁFICOS E ECONÔMICOS DAS ATIVIDADES DOS IDOSOS NO NORDESTE BRASILEIRO Elane Pnhero de Sousa 1 João Eustáquo de Lma 2 RESUMO As mudanças

Leia mais

Apostila de Estatística Curso de Matemática. Volume II 2008. Probabilidades, Distribuição Binomial, Distribuição Normal. Prof. Dr. Celso Eduardo Tuna

Apostila de Estatística Curso de Matemática. Volume II 2008. Probabilidades, Distribuição Binomial, Distribuição Normal. Prof. Dr. Celso Eduardo Tuna Apostla de Estatístca Curso de Matemátca Volume II 008 Probabldades, Dstrbução Bnomal, Dstrbução Normal. Prof. Dr. Celso Eduardo Tuna 1 Capítulo 8 - Probabldade 8.1 Conceto Intutvamente pode-se defnr probabldade

Leia mais

Análise da Situação Ocupacional de Crianças e Adolescentes nas Regiões Sudeste e Nordeste do Brasil Utilizando Informações da PNAD 1999 *

Análise da Situação Ocupacional de Crianças e Adolescentes nas Regiões Sudeste e Nordeste do Brasil Utilizando Informações da PNAD 1999 * Análse da Stuação Ocupaconal de Cranças e Adolescentes nas Regões Sudeste e Nordeste do Brasl Utlzando Informações da PNAD 1999 * Phllppe George Perera Gumarães Lete PUC Ro/Depto. De Economa IBGE/ENCE

Leia mais

Palavras-chave: jovens no mercado de trabalho; modelo de seleção amostral; região Sul do Brasil.

Palavras-chave: jovens no mercado de trabalho; modelo de seleção amostral; região Sul do Brasil. 1 A INSERÇÃO E O RENDIMENTO DOS JOVENS NO MERCADO DE TRABALHO: UMA ANÁLISE PARA A REGIÃO SUL DO BRASIL Prscla Gomes de Castro 1 Felpe de Fgueredo Slva 2 João Eustáquo de Lma 3 Área temátca: 3 -Demografa

Leia mais

CÁLCULO DO ALUNO EQUIVALENTE PARA FINS DE ANÁLISE DE CUSTOS DE MANUTENÇÃO DAS IFES

CÁLCULO DO ALUNO EQUIVALENTE PARA FINS DE ANÁLISE DE CUSTOS DE MANUTENÇÃO DAS IFES MIISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DEPARTAMETO DE DESEVOLVIMETO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR TECOLOGIA DA IFORMAÇÃO CÁLCULO DO ALUO EQUIVALETE PARA FIS DE AÁLISE DE CUSTOS DE MAUTEÇÃO DAS IFES

Leia mais

1 Princípios da entropia e da energia

1 Princípios da entropia e da energia 1 Prncípos da entropa e da energa Das dscussões anterores vmos como o conceto de entropa fo dervado do conceto de temperatura. E esta últma uma conseqüênca da le zero da termodnâmca. Dentro da nossa descrção

Leia mais

ESTATÍSTICAS E INDICADORES DE COMÉRCIO EXTERNO

ESTATÍSTICAS E INDICADORES DE COMÉRCIO EXTERNO ESTATÍSTICAS E INDICADORES DE COÉRCIO ETERNO Nota préva: O texto que se segue tem por únco obectvo servr de apoo às aulas das dscplnas de Economa Internaconal na Faculdade de Economa da Unversdade do Porto.

Leia mais

1. ANÁLISE EXPLORATÓRIA E ESTATÍSTICA DESCRITIVA

1. ANÁLISE EXPLORATÓRIA E ESTATÍSTICA DESCRITIVA 1. ANÁLISE EXPLORATÓRIA E ESTATÍSTICA DESCRITIVA 014 Estatístca Descrtva e Análse Exploratóra Etapas ncas. Utlzadas para descrever e resumr os dados. A dsponbldade de uma grande quantdade de dados e de

Leia mais

Abstract. Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN, e-mail: fabriciopleite@ufrnet.br. 1

Abstract. Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN, e-mail: fabriciopleite@ufrnet.br. 1 COMO O GRAU DE DESIGUALDADE AFETA A PROPENSÃO MARGINAL A CONSUMIR? DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E CONSUMO DAS FAMÍLIAS NO BRASIL A PARTIR DOS DADOS DAS POF 2002-2003 E 2008-2009 ÁREA: CRESCIMENTO E DISTRIBUIÇÃO

Leia mais

CAPÍTULO 2 DESCRIÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICA DESCRITIVA

CAPÍTULO 2 DESCRIÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICA DESCRITIVA CAPÍTULO DESCRIÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICA DESCRITIVA. A MÉDIA ARITMÉTICA OU PROMÉDIO Defnção: é gual a soma dos valores do grupo de dados dvdda pelo número de valores. X x Soma dos valores de x número de

Leia mais

Empreendimentos de economia solidária e discriminação de gênero: uma abordagem econométrica

Empreendimentos de economia solidária e discriminação de gênero: uma abordagem econométrica Empreendmentos de economa soldára e dscrmnação de gênero: uma abordagem econométrca Grazelle Isabele Crstna Slva Sucupra Marcelo José Braga RESUMO A realdade vvencada por mutas mulheres no mundo atual

Leia mais

Análise Econômica da Aplicação de Motores de Alto Rendimento

Análise Econômica da Aplicação de Motores de Alto Rendimento Análse Econômca da Aplcação de Motores de Alto Rendmento 1. Introdução Nesta apostla são abordados os prncpas aspectos relaconados com a análse econômca da aplcação de motores de alto rendmento. Incalmente

Leia mais

Introdução à Análise de Dados nas medidas de grandezas físicas

Introdução à Análise de Dados nas medidas de grandezas físicas Introdução à Análse de Dados nas meddas de grandezas físcas www.chem.wts.ac.za/chem0/ http://uregna.ca/~peresnep/ www.ph.ed.ac.uk/~td/p3lab/analss/ otas baseadas nos apontamentos Análse de Dados do Prof.

Leia mais

Ao se calcular a média, moda e mediana, temos: Quanto mais os dados variam, menos representativa é a média.

Ao se calcular a média, moda e mediana, temos: Quanto mais os dados variam, menos representativa é a média. Estatístca Dscplna de Estatístca 0/ Curso Superor de tecnólogo em Gestão Ambental Profª. Me. Valéra Espíndola Lessa e-mal: lessavalera@gmal.com Meddas de Dspersão Indcam se os dados estão, ou não, prómos

Leia mais

UMA AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE COMBATE AO ANALFABETISMO NO BRASIL

UMA AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE COMBATE AO ANALFABETISMO NO BRASIL UMA AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE COMBATE AO ANALFABETISMO NO BRASIL Área 11 - Economa Socal e Demografa Econômca Classfcação JEL: I28, H52, C35. André Olvera Ferrera Lourero Insttuto de Pesqusa

Leia mais

Keywords: regional economics, cross-section econometrics and multivariate analysis.

Keywords: regional economics, cross-section econometrics and multivariate analysis. Julho/04 A Localzação da Indústra de Transformação Braslera nas Últmas Três Décadas Autor: Flpe Lage de Sousa (BNDES) Resumo O propósto desse artgo é avalar, numa perspectva geográfca, os setores ndustras

Leia mais

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES O Danel Slvera pedu para eu resolver mas questões do concurso da CEF. Vou usar como base a numeração do caderno foxtrot Vamos lá: 9) Se, ao descontar uma promssóra com valor de face de R$ 5.000,00, seu

Leia mais

CQ110 : Princípios de FQ

CQ110 : Princípios de FQ CQ110 : Prncípos de FQ CQ 110 Prncípos de Físco Químca Curso: Farmáca Prof. Dr. Marco Vdott mvdott@ufpr.br Potencal químco, m potencal químco CQ110 : Prncípos de FQ Propredades termodnâmcas das soluções

Leia mais

Desemprego de Jovens no Brasil *

Desemprego de Jovens no Brasil * Desemprego de Jovens no Brasl * Prsclla Matas Flor Palavras-chave: desemprego; jovens; prmero emprego; Brasl. Resumo Este trabalho tem como objetvo analsar a estrutura do desemprego dos jovens no Brasl,

Leia mais

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL.

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL. A FUNÇÃO DE PRODUÇÃO E SUPERMERCADOS NO BRASIL ALEX AIRES CUNHA (1) ; CLEYZER ADRIAN CUNHA (). 1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;.UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL.

Leia mais

Hansard OnLine. Guia Unit Fund Centre

Hansard OnLine. Guia Unit Fund Centre Hansard OnLne Gua Unt Fund Centre Índce Págna Introdução ao Unt Fund Centre (UFC) 3 Usando fltros do fundo 4-5 Trabalhando com os resultados do fltro 6 Trabalhando com os resultados do fltro Preços 7 Trabalhando

Leia mais

1. CORRELAÇÃO E REGRESSÃO LINEAR

1. CORRELAÇÃO E REGRESSÃO LINEAR 1 CORRELAÇÃO E REGREÃO LINEAR Quando deseja-se estudar se exste relação entre duas varáves quanttatvas, pode-se utlzar a ferramenta estatístca da Correlação Lnear mples de Pearson Quando essa correlação

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E GESTÃO (SEPLAG) INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO CEARÁ (IPECE)

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E GESTÃO (SEPLAG) INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO CEARÁ (IPECE) IPECE ota Técnca GOVERO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DO PLAEJAMETO E GESTÃO (SEPLAG) ISTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECOÔMICA DO CEARÁ (IPECE) OTA TÉCICA º 33 METODOLOGIA DE CÁLCULO DA OVA LEI DO ICMS

Leia mais

DECOMPOSIÇÃO HIERÁRQUICA DA DESIGUALDADE DE RENDA BRASILEIRA 1

DECOMPOSIÇÃO HIERÁRQUICA DA DESIGUALDADE DE RENDA BRASILEIRA 1 DECOMPOSIÇÃO HIERÁRQUICA DA DESIGUALDADE DE RENDA BRASILEIRA 1 ópco: Dspardades regonas - estudos comparados de desenvolvmento e gestão terrtoral Márco Antôno Salvato 2 Paola Fara Lucas de Souza 3 Resumo:

Leia mais

* Economista do Instituto Federal do Sertão Pernambucano na Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional PRODI.

* Economista do Instituto Federal do Sertão Pernambucano na Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional PRODI. O desempenho setoral dos muncípos que compõem o Sertão Pernambucano: uma análse regonal sob a ótca energétca. Carlos Fabano da Slva * Introdução Entre a publcação de Methods of Regonal Analyss de Walter

Leia mais

Exercícios de Física. Prof. Panosso. Fontes de campo magnético

Exercícios de Física. Prof. Panosso. Fontes de campo magnético 1) A fgura mostra um prego de ferro envolto por um fo fno de cobre esmaltado, enrolado mutas vezes ao seu redor. O conjunto pode ser consderado um eletroímã quando as extremdades do fo são conectadas aos

Leia mais

Elaboração: Fevereiro/2008

Elaboração: Fevereiro/2008 Elaboração: Feverero/2008 Últma atualzação: 19/02/2008 E ste Caderno de Fórmulas tem por objetvo esclarecer aos usuáros a metodologa de cálculo e os crtéros de precsão utlzados na atualzação das Letras

Leia mais

Figura 8.1: Distribuição uniforme de pontos em uma malha uni-dimensional. A notação empregada neste capítulo para avaliação da derivada de uma

Figura 8.1: Distribuição uniforme de pontos em uma malha uni-dimensional. A notação empregada neste capítulo para avaliação da derivada de uma Capítulo 8 Dferencação Numérca Quase todos os métodos numércos utlzados atualmente para obtenção de soluções de equações erencas ordnáras e parcas utlzam algum tpo de aproxmação para as dervadas contínuas

Leia mais

CAPÍTULO 1 Exercícios Propostos

CAPÍTULO 1 Exercícios Propostos CAPÍTULO 1 Exercícos Propostos Atenção: Na resolução dos exercícos consderar, salvo menção em contráro, ano comercal de das. 1. Qual é a taxa anual de juros smples obtda em uma aplcação de $1.0 que produz,

Leia mais

Associação entre duas variáveis quantitativas

Associação entre duas variáveis quantitativas Exemplo O departamento de RH de uma empresa deseja avalar a efcáca dos testes aplcados para a seleção de funconáros. Para tanto, fo sorteada uma amostra aleatóra de 50 funconáros que fazem parte da empresa

Leia mais

Curso de extensão, MMQ IFUSP, fevereiro/2014. Alguns exercício básicos

Curso de extensão, MMQ IFUSP, fevereiro/2014. Alguns exercício básicos Curso de extensão, MMQ IFUSP, feverero/4 Alguns exercíco báscos I Exercícos (MMQ) Uma grandeza cujo valor verdadero x é desconhecdo, fo medda três vezes, com procedmentos expermentas dêntcos e, portanto,

Leia mais

Influência dos Procedimentos de Ensaios e Tratamento de Dados em Análise Probabilística de Estrutura de Contenção

Influência dos Procedimentos de Ensaios e Tratamento de Dados em Análise Probabilística de Estrutura de Contenção Influênca dos Procedmentos de Ensaos e Tratamento de Dados em Análse Probablístca de Estrutura de Contenção Mara Fatma Mranda UENF, Campos dos Goytacazes, RJ, Brasl. Paulo César de Almeda Maa UENF, Campos

Leia mais

SALÁRIO DE RESERVA E DURAÇÃO DO DESEMPREGO NO BRASIL: UMA ANÁLISE COM DADOS DA PESQUISA DE PADRÃO DE VIDA DO IBGE

SALÁRIO DE RESERVA E DURAÇÃO DO DESEMPREGO NO BRASIL: UMA ANÁLISE COM DADOS DA PESQUISA DE PADRÃO DE VIDA DO IBGE SALÁRIO DE RESERVA E DURAÇÃO DO DESEMPREGO NO BRASIL: UMA ANÁLISE COM DADOS DA PESQUISA DE PADRÃO DE VIDA DO IBGE Vctor Hugo de Olvera José Ramundo Carvalho Resumo O objetvo do presente estudo é o de analsar

Leia mais

O COMPORTAMENTO DOS BANCOS DOMÉSTICOS E NÃO DOMÉSTICOS NA CONCESSÃO DE CRÉDITO À HABITAÇÃO: UMA ANÁLISE COM BASE EM DADOS MICROECONÓMICOS*

O COMPORTAMENTO DOS BANCOS DOMÉSTICOS E NÃO DOMÉSTICOS NA CONCESSÃO DE CRÉDITO À HABITAÇÃO: UMA ANÁLISE COM BASE EM DADOS MICROECONÓMICOS* O COMPORTAMENTO DOS BANCOS DOMÉSTICOS E NÃO DOMÉSTICOS NA CONCESSÃO DE CRÉDITO À HABITAÇÃO: UMA ANÁLISE COM BASE EM DADOS MICROECONÓMICOS* Sóna Costa** Luísa Farnha** 173 Artgos Resumo As nsttuções fnanceras

Leia mais

Estatística Experimental Medicina Veterinária. Faculadade de Ciências Agrárias e Veterinárias. Campus de Jaboticabal SP. Gener Tadeu Pereira

Estatística Experimental Medicina Veterinária. Faculadade de Ciências Agrárias e Veterinárias. Campus de Jaboticabal SP. Gener Tadeu Pereira MATERIAL DIDÁTICO Medcna Veternára Faculadade de Cêncas Agráras e Veternáras Campus de Jabotcabal SP Gener Tadeu Perera º SEMESTRE DE 04 ÍNDICE INTRODUÇÃO AO R AULA ESTATÍSTICA DESCRITIVA 3 º EXERCÍCIO

Leia mais

EFEITO SOBRE A EQUIDADE DE UM AUMENTO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO*

EFEITO SOBRE A EQUIDADE DE UM AUMENTO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO* Artgos Prmavera 2007 EFEITO SOBRE A EQUIDADE DE UM AUMENTO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO* Isabel Correa**. INTRODUÇÃO Apesar das reformas fscas serem um fenómeno recorrente nas últmas décadas em

Leia mais

ANÁLISE EXPLORATÓRIA E ESTATÍSTICA DESCRITIVA

ANÁLISE EXPLORATÓRIA E ESTATÍSTICA DESCRITIVA ANÁLISE EXPLORATÓRIA E ESTATÍSTICA DESCRITIVA 014 Estatístca Descrtva e Análse Exploratóra Etapas ncas. Utlzadas para descrever e resumr os dados. A dsponbldade de uma grande quantdade de dados e de métodos

Leia mais

2 ANÁLISE ESPACIAL DE EVENTOS

2 ANÁLISE ESPACIAL DE EVENTOS ANÁLISE ESPACIAL DE EVENTOS Glberto Câmara Marla Sá Carvalho.1 INTRODUÇÃO Neste capítulo serão estudados os fenômenos expressos através de ocorrêncas dentfcadas como pontos localzados no espaço, denomnados

Leia mais

Análise do Retorno da Educação na Região Norte em 2007: Um Estudo à Luz da Regressão Quantílica.

Análise do Retorno da Educação na Região Norte em 2007: Um Estudo à Luz da Regressão Quantílica. Análse do Retorno da Edcação na Regão Norte em 2007: Um Estdo à Lz da Regressão Qantílca. 1 Introdcão Almr Rogéro A. de Soza 1 Jâno Macel da Slva 2 Marnalva Cardoso Macel 3 O debate sobre o relaconamento

Leia mais

É o grau de associação entre duas ou mais variáveis. Pode ser: correlacional ou experimental.

É o grau de associação entre duas ou mais variáveis. Pode ser: correlacional ou experimental. Prof. Lorí Val, Dr. val@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~val/ É o grau de assocação entre duas ou mas varáves. Pode ser: correlaconal ou expermental. Numa relação expermental os valores de uma das

Leia mais

Desempenho dos microempreendedores no Brasil Adriana Fontes 1 Valéria Pero 2. Resumo

Desempenho dos microempreendedores no Brasil Adriana Fontes 1 Valéria Pero 2. Resumo Resumo Desempenho dos mcroempreendedores no Brasl Adrana Fontes 1 Valéra Pero 2 Os mcroempreendedores formam um grupo muto heterogêneo no Brasl, mas sobre-representados na pobreza. Este artgo examna, com

Leia mais

ANÁLISE EXPLORATÓRIA DE DADOS

ANÁLISE EXPLORATÓRIA DE DADOS CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS CCE DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA Curso de Especalzação Lato Sensu em Estatístca ANÁLISE EXPLORATÓRIA DE DADOS Professor: Dr. Waldr Medr medr@uel.br Londrna/Pr Março de 011 ÍNDICE

Leia mais

3.6. Análise descritiva com dados agrupados Dados agrupados com variáveis discretas

3.6. Análise descritiva com dados agrupados Dados agrupados com variáveis discretas 3.6. Análse descrtva com dados agrupados Em algumas stuações, os dados podem ser apresentados dretamente nas tabelas de frequêncas. Netas stuações devemos utlzar estratégas específcas para obter as meddas

Leia mais

UM EXAME DA RELAÇÃO ENTRE A INDÚSTRIA DA MODA E VARIÁVEIS SÓCIO-ECONOMICAS NO ESTADO DE PERNAMBUCO

UM EXAME DA RELAÇÃO ENTRE A INDÚSTRIA DA MODA E VARIÁVEIS SÓCIO-ECONOMICAS NO ESTADO DE PERNAMBUCO UM EXAME DA RELAÇÃO ENTRE A INDÚSTRIA DA MODA E VARIÁVEIS SÓCIO-ECONOMICAS NO ESTADO DE PERNAMBUCO MARIANA CAVALCANTI PINCOVSKY DE LIMA; ANDRÉ DE SOUZA MELO; RICARDO CHAVES LIMA; UFPE/PIMES RECIFE - PE

Leia mais