O MODELO IS/LM: PEQUENA ECONOMIA ABERTA COM MOEDA PRÓPRIA

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1 O MODELO IS/LM: PEQUENA ECONOMIA ABERTA COM MOEDA PRÓPRIA Vtor Manuel Carvalho 1G202 Macroeconoma I Ano lectvo 2008/09

2 Uma pequena economa aberta é uma economa para a qual o mercado externo, tanto a nível de relações económcas como fnanceras, desempenha um papel muto relevante. Como tal, o equlíbro geral nestas economas tende a pressupor, smultaneamente, os equlíbros nterno (mercados de bens e servços, monetáro e de títulos) e externo (mercado externo). Um estudo mas aprofundado do mercado externo leva-nos a consderar uma nova varável, a taxa de câmbo, cujo comportamento está drectamente relaconado com o regme cambal. Na exposção que se segue consderaremos, apenas, uma pequena economa aberta que emte a sua própra moeda e dos sstemas cambas: câmbos flexíves ou flutuantes puros e câmbos fxos com pardades poltcamente ajustáves (polítca cambal), AS ALTERAÇÕES NOS MERCADOS DOMÉSTICOS Dada a defnção do modelo IS/LM para uma economa fechada (ou para uma grande economa aberta), o equlíbro nos mercados monetáro e de títulos não sofre qualquer alteração relaconada com a abertura da economa ao exteror, ou seja, dadas as característcas da oferta e da procura de moeda, a curva LM será a mesma quer a economa em causa seja fechada ou aberta ao exteror. O mesmo não se pode afrmar relatvamente ao mercado de bens e servços e à curva IS, onde a ntrodução do agente Resto do Mundo altera quer o equlíbro do mercado, quer a forma da própra IS. A Nova Procura de Bens e Servços a Procura Externa (X-Q) Como já vmos no caso de uma grande economa, numa economa aberta, a procura de bens e servços passará a reflectr o facto do país transacconar bens e servços com o exteror, va exportações e mportações. Assm, D = C + G + I + X Q 2

3 onde X representa o valor dos bens e servços exportados e Q dos mportados, sendo X e Q vulgarmente representados pelas seguntes funções: _ X = X x θ, x > 0 _ Q = Q + q 1 + q 2 θ, q 1 > 0; q 2 > 0 onde X e Q representam a parte autónoma das exportações e das mportações, x e q 2 representam, respectvamente, a sensbldade das exportações e das mportações à taxa de câmbo real (θ, que se apresenta defnda pelo certo ou ndrecto) e q 1 representa a sensbldade das mportações ao produto, mutas vezes desgnada por propensão margnal à mportação. Da análse das expressões acma expostas resulta uma prmera conclusão que se prende com o facto das mportações dependerem drecta e postvamente do volume de produção (). Uma explcação smples para este facto passa por admtrmos que o aumento da produção exge o aumento das mportações, nomeadamente de matéras prmas utlzadas nos processos produtvos. Outra explcação plausível, que pode ser adconada à anteror, mplca consderarmos que um aumento do rendmento dsponível (d), que no modelo resulta drectamente de um aumento do rendmento/produto (), mplcará um aumento da despesa prvada, a qual tenderá a repartr-se entre bens produzdos nternamente e bens mportados. Uma outra conclusão resulta da relação entre as duas varáves externas (X e Q) e a taxa de câmbo real (θ), a qual, segundo a formulação proposta nas relações acma expressas, traduz-se numa lgação negatva entre as exportações e a taxa de câmbo real e numa relação postva entre as mportações e aquela varável, ou seja numa relação negatva entre a taxa de câmbo real e a balança corrente, defnndo balança corrente como a dferença entre o valor das exportações e o valor das mportações, sto é, (X Q). 3

4 A Taxa de Câmbo Real (θ) e a Balança Corrente (X-Q) Defnndo a balança corrente (BC) como a dferença entre o valor das exportações e o valor das mportações, teremos: BC = X Q BC = X Q q 1 (x + q 2 ) θ θ será o valor da taxa de câmbo real, defndo pelo certo (ou ndrecto), sto é, θ = (E P) / P* onde E representa a taxa de câmbo nomnal, defnda pelo certo/ndrecto, e P e P* representam, respectvamente, os níves de preços nterno e externo. Nesta stuação, um aumento (dmnução) de θ sgnfca que, em termos reas, a moeda naconal ganhou (perdeu) poder de compra relatvamente a uma moeda externa (ou a um cabaz de moedas, falando-se então em índce de taxa de câmbo real), ou seja a moeda naconal aprecou (deprecou) em termos reas. A lógca subjacente à expressão da BC ndca que exstrá uma resposta postva (negatva) daquela balança a uma deprecação (aprecação) real da moeda naconal. Uma deprecação (aprecação) real está relaconada com mportações relatvamente mas caras (baratas) e exportações relatvamente mas baratas (caras), sendo um ncentvo para a dmnução (aumento) das prmeras e o aumento (dmnução) das segundas, gerando-se um aumento (dmnução) do saldo da BC. Embora esta seja a lógca que remos assumr em qualquer stuação, queremos apenas efectuar uma chamada de atenção para o facto de a mesma nem sempre concdr com o que se passa na realdade onde, sob determnadas crcunstâncas, uma deprecação pode estar relaconada com a deteroração da BC. Assm, alterações de θ são fundamentas na condução do modelo em economa aberta. Partndo de um pressuposto básco do modelo IS/LM os preços serem fxos, e assumndo que, para uma pequena economa aberta, todas as varáves externas, nclundo o nível de preços (P*), são um dado (são exógenas), podemos conclur que as varações reas 4

5 da taxa de câmbo correspondem às varações da taxa de câmbo nomnal. Falar de alterações da taxa de câmbo nomnal mplca falar de regmes cambas, algo que, como veremos adante, terá uma mportânca decsva no desenvolvmento do modelo IS/LM para uma pequena economa aberta. O Equlíbro no Mercado de Bens e Servços Retomando o comportamento dos agentes económcos relatvamente à procura de bens e servços defndos no modelo para uma economa fechada, _ C = C + c d, 0 < c < 1 _ G = G _ I = I b, b > 0 _ T = T + t, 0 < t < 1 Tr = Tr e acrescentando a nova realdade externa, a nova estrutura da procura de bens e servços será descrta por: D = C + G + I + X Q _ D = C + c ( T t + Tr) + G + I b + X x θ Q q 1 q 2 θ Em equlíbro, = D, _ = C + c ( T t + Tr) + G + I b + X (x + q 2 ) θ Q q 1 _ = [(C c T + c Tr + G + I + X Q) b (x + q 2 ) θ]/ [1 c(1 t)+q 1 ] Fazendo, 1/(1 c(1 t)+q 1 ) = α a e C c T + c Tr + G + I + X Q = A a Podemos conclur que: _ = α a [A a (x+q 2 )θ b ] 5

6 Isto é: _ = A a /b (x+q 2 )θ/b /(α a b) Alterações na Inclnação e na Posção da Curva IS Por um lado, a nclnação da curva IS passa agora a depender de mas um factor, comparatvamente à stuação de uma economa fechada. Esse factor é a propensão margnal à mportação (q 1 ), a qual acaba por funconar como uma nova fuga ao efeto do multplcador. Quanto mas elevada for essa propensão, mas nclnada tende a ser a IS. Por outro lado, a posção da IS é agora afectada por um conjunto muto mas alargado de varáves e parâmetros, passando a depender das componentes autónomas das exportações e mportações, das sensbldades das exportações e das mportações à taxa de câmbo real e da própra taxa de câmbo real. Esta relação entre a taxa de câmbo real e a posção da IS revela-se, alás, fundamental para toda a percepção gráfca do modelo IS/LM numa economa aberta. Fgura nº 1: A taxa de câmbo real e as deslocações da IS Δ θ Δ + θ IS' IS IS IS' Conjugando tudo o que acabámos de referr com o que afrmámos na versão do modelo para uma economa fechada, podemos conclur que: 6

7 - uma alteração numa qualquer componente da procura autónoma e/ou na sensbldade das exportações à taxa de câmbo real (x) e/ou na sensbldade das mportações à taxa de câmbo real (q 2 ) e/ou na taxa de câmbo real (θ) mplca uma deslocação paralela da IS; - uma alteração na taxa margnal de mposto (t) e/ou na propensão margnal à mportação (q 1 ) mplca uma alteração da nclnação da IS, mantendo-se a ordenada na orgem; - uma alteração na propensão margnal ao consumo (c) e/ou na sensbldade do nvestmento à taxa de juro (b) mplca uma alteração quer da nclnação, quer da posção da IS. O MERCADO EXTERNO O mercado externo deve reflectr todo um conjunto de relações entre o país e o exteror. Estas relações, tal como são abordadas pelo modelo, são essencalmente de dos tpos: trocas de bens e servços e crculação nternaconal de captas. As relações entre a nação e o exteror em termos de bens e servços são representadas por algo que já refermos no ponto anteror, desgnado por balança corrente, BC = X Q BC = X Q q 1 (x + q 2 ) θ por seu lado, a crculação de captas entre a nação e o exteror é medda pela balança de captas (BK), sendo que estes movmentos de captas acompanham, segundo o modelo, qualquer alteração exstente ao nível da sua remuneração, sto é, da taxa de juro: quanto maor a remuneração nterna dos captas (), maor tenderá a ser o afluxo dos mesmos ao país e vce-versa, BK = K + j representando K a parte autónoma, não nduzda pela taxa de juro, da crculação nternaconal de captas, e j a sensbldade dos movmentos de captas a alterações da 7

8 taxa de juro nterna. Geralmente o modelo dentfca j com o grau de mobldade nternaconal de captas, o qual está compreenddo entre zero (mobldade) e nfnto (perfeta mobldade de captas) 1. O total das relações entre a nação e o exteror é representado neste modelo pela balança de pagamentos (BP), defnda por: BP = BC + BK BP = X Q + K (x + q 2 )θ q 1 + j O Equlíbro no Mercado Externo e a curva O equlíbro no mercado externo, tal como é proposto pelo modelo IS/LM, representa-se por um saldo nulo da balança de pagamentos, resolvendo em ordem a, BP = BC + BK = 0 BP = X Q + K (x + q 2 )θ q 1 + j = 0 = [Q X K + (x + q 2 )θ]/j + (q 1 /j) Esta expressão representa o conjunto de combnações entre rendmento e taxa de juro que garantem o equlíbro do mercado externo, desgnando-se geometrcamente por curva (fgura nº 2). 1 Mas correctamente, e como veremos mas à frente, a mobldade nternaconal de captas é fundamentalmente sensível não às varações smples da taxa de juro nterna (), mas sm a alterações no dferencal entre as taxas de juro nterna e externa. 8

9 A Forma da Curva Fgura nº 2: A curva Tal como podemos verfcar pela expressão analítca, a curva tem uma nclnação postva e equvalente a (q 1 /j). Como se explca, à luz da teora nerente ao modelo, este declve postvo da? Imagnemos que o mercado externo está em equlíbro consdere-se um aumento do produto () sso mplcara um aumento das mportações, que dmnura o saldo da balança corrente passara a exstr um défce na balança de pagamentos o reequlíbro da BP exge um aumento da taxa de juro (), por forma a garantr uma melhora do saldo da balança de captas a tem nclnação postva. De que depende a nclnação da? - da propensão margnal à mportação, q 1 ; - do grau de mobldade nternaconal de captas, j. Quanto maor o valor de q 1 e menor o de j, maor a nclnação da. No lmte, tendemos a consderar dos casos extremos: j=0, que orgna uma vertcal (nclnação máxma) e j= que orgna uma horzontal. 9

10 Fgura nº 3: Inclnações extremas da j = 0 j = E a posção da? - das componentes autónomas, (Q X Κ) ; - da sensbldade das exportações e das mportações à taxa de câmbo real, (x+q 2 ); - do grau de mobldade nternaconal de captas, j; - da taxa de câmbo real, θ. Conjugando tudo o que acabámos de referr podemos conclur que: - uma alteração numa qualquer componente autónoma e/ou na sensbldade das exportações e das mportações à taxa de câmbo real e/ou na própra taxa de câmbo real mplca uma deslocação paralela da ; - uma alteração na propensão margnal à mportação mplca uma alteração da nclnação da, mantendo-se a ordenada na orgem; - uma alteração no grau de mobldade nternaconal de captas mplca uma alteração quer da nclnação, quer da posção da. 10

11 Fgura nº 4: A taxa de câmbo real e as deslocações da Δ θ Δ + θ BP'=0 BP'=0 Note-se que não devemos confundr deslocações da curva com deslocações ao longo da curva. Estas últmas acontecem quando consderamos alterações apenas nas varáves endógenas do modelo, sto é, em e. O Desequlíbro no Mercado Externo Representando a o conjunto de pontos de equlíbro no mercado externo, qualquer ponto stuado fora da será um ponto onde mercado está desequlbrado, ou seja, será um ponto onde exstrá um défce ou um excedente (superávte) ao nível das contas externas. Vamos verfcar grafcamente (fgura nº 5) estas stuações e explcá-las à luz do modelo: 11

12 Fgura nº 5: Desequlíbros no mercado externo A E B Nos pontos A e B da fgura nº 5 o mercado externo não está em equlíbro, contraramente ao que acontece no ponto E. Mas que tpo de desequlíbro exste em A e B? - Ponto A: apresenta um nível de rendmento semelhante ao do ponto E (equlíbro), mas a taxa de juro é superor sto mplca que, relatvamente a E, entrem mas captas no país, o que tende a gerar uma melhora do saldo da balança de captas logo, mantendo-se o saldo da balança corrente, passa a exstr um excedente da balança de pagamentos, tal como em todos os pontos à esquerda/acma da ; - Ponto B: apresenta um nível de rendmento semelhante ao do ponto E (equlíbro), mas a taxa de juro é nferor sto mplca que, relatvamente a E, saam mas captas do país, o que tende a gerar uma deteroração do saldo da balança de captas logo, mantendo-se o saldo da balança corrente, passa a exstr um défce da balança de pagamentos, tal como em todos os pontos à dreta/abaxo da. O EQUILÍBRIO GERAL, O REGIME CAMBIAL E O GRAU DE MOBILIDADE DOS CAPITAIS A dervação do equlíbro geral no modelo IS/LM para uma pequena economa aberta depende de duas característcas funconas das economas em estudo: o regme cambal adoptado e o grau de mobldade nternaconal dos captas. Para melhor expormos essa dervação, vamos assumr o caso de uma economa que pode optar, por um lado, entre um 12

13 regme de câmbos flexíves puro, onde não exste qualquer ntervenção das autordades sobre o mercado cambal, ou um regme de câmbos fxos, onde cabe às autordades a defesa da pardade acordada para a taxa de câmbo embora, esporadcamente e de forma devdamente justfcada, esta possa ser poltcamente alterada, va actuações de polítca cambal; e, por outro lado, entre uma mobldade perfeta/nfnta dos captas a nível nternaconal, ou na mposção de algumas restrções a essa crculação de captas. Assumndo, numa prmera fase, a exstênca de algumas restrções aos fluxos nternaconas de captas, o que no modelo IS/LM sgnfca um valor de j elevado mas não nfnto, vamos procurar expor os efetos dos dos regmes cambas acma referdos sobre a dervação do equlíbro no modelo. O equlíbro geral num regme de câmbos flexíves puro Num regme de câmbos flexíves puro a varação da taxa de câmbo depende, exclusvamente, de pressões sobre a oferta e/ou a procura de dvsas no mercado cambal, as quas são nduzdas por movmentações ao nível do mercado externo. Exemplfcando, tudo o resto constante, um aumento das exportações do país em estudo gera um acréscmo na oferta de dvsas (de forma medata ou a prazo, consoante a forma de lqudação acordada), o que cra pressões sobre o preço dessas dvsas no sentdo da sua dmnução, ou seja, passam a exstr pressões para a aprecação da moeda naconal, a qual, neste regme de câmbos flexíves puro, acabará por suceder. Isto sgnfca que, neste regme cambal, o modelo IS/LM passa a dspor de mas uma varável endógena: a taxa de câmbo real 2. Matematcamente, o modelo num regme de câmbos flexíves puro apresenta-se com três varáves endógenas o rendmento (), a taxa de juro () e a taxa de câmbo real (θ), o que sgnfca que a dervação do equlíbro necessta de três equações. Essas equações terão 2 Note-se que a verdadera varável subjacente ao mercado cambal é a taxa de câmbo nomnal. No entanto, o facto dos níves de preços nterno e externo serem, neste modelo, fxos orgna que a taxa de câmbo real dependa únca e drectamente da nomnal, o que, conjugado com a mportânca da taxa real para a evolução do mercado externo, leva o modelo a trabalhar essencalmente com esta defnção da taxa de câmbo, sendo esta a verdadera varável endógena. 13

14 de ser, necessaramente, as três que conhecemos, sto é, a IS, a LM e a, ou seja, o equlíbro geral num regme de câmbos flexíves puro exge o equlíbro smultâneo dos mercados de bens e servços, monetáro, títulos e externo. Como remos perceber melhor mas à frente, neste tpo de regme cambal não é possível dssocar o equlíbro nterno do externo, sendo ambos exgdos para que seja atngdo o equlíbro global do modelo, o qual está representado na fgura nº 6. Fgura nº 6: O equlíbro geral em câmbos flexíves puros LM e e IS Segundo o modelo IS/LM, será possível, num regme de câmbos flexíves puro, manter o equlíbro nterno conjugado com um mercado externo desequlbrado? Matematcamente já vmos que não. Como é que podemos explcar este facto à luz do nosso modelo? Vamos fazê-lo tomando como ponto de partda uma economa nternamente equlbrada, mas que apresenta um excedente nas suas contas externas, sto é, na balança de pagamentos (fgura nº 7). 14

15 Fgura nº 7: Excedente da BP em câmbos flexíves LM e e IS BP>0 Excesso de oferta de dvsas no mercado cambal (atente-se no exemplo acma enuncado) Pressão para a dmnução do preço das dvsas, ou seja para a aprecação da moeda naconal Em câmbos flexíves essa aprecação ocorre Dados os níves de preços nterno e externo, a aprecação nomnal transforma-se numa aprecação real As exportações tendem a dmnur e as mportações a aumentar Deteroração da balança de pagamentos, que culmna na elmnação do excedente Equlíbro no mercado externo Como podemos ver na fgura nº 8, a alteração da taxa de câmbo real leva a deslocações paralelas para a esquerda da IS e da, sendo o ponto fnal aquele em que estas duas rectas ntersectam a LM Equlíbros nterno e externo smultâneos. Fgura nº 8: Correcção de um desequlíbro da BP em câmbos flexíves LM e BP'=0 ' e ' e e IS' IS 15

16 O equlíbro geral num regme de câmbos fxos Num regme de câmbos fxos, tal como o nome ndca, a taxa de câmbo não vara, excepto se as autordades enveredarem pela aplcação de uma polítca cambal. Neste regme cambal, onde a taxa de câmbo é admnstratvamente fxada, cabe à autordade monetára manter a pardade constante, defendendo-a no mercado cambal quando exstem pressões sobre a oferta ou a procura de dvsas. Exemplfcando, tudo o resto constante, um aumento das mportações do país em estudo gera um acréscmo na procura de dvsas (de forma medata ou a prazo, consoante a forma de lqudação acordada), o que cra pressões sobre o preço dessas dvsas no sentdo do seu aumento, ou seja, passam a exstr pressões para a deprecação da moeda naconal, a qual, neste regme de câmbos fxos, não pode suceder. A autordade monetára desta economa terá que ntervr sobre o mercado cambal, de forma a evtar a referda deprecação, anulando o excesso de procura exstente, ou seja fornecendo ao mercado as dvsas procuradas por contrapartda de moeda naconal. Isto sgnfca que, em câmbos fxos, o modelo contnua a dspor de três varáves endógenas, embora dferentes das do modelo num sstema de câmbos flexíves: o rendmento (), a taxa de juro () e a oferta nomnal de moeda (M S ). A taxa de câmbo nomnal, e por consequênca a real, é constante (exógena), podendo eventualmente ser utlzada como nstrumento de polítca, va valorzação ou desvalorzação da moeda naconal. Matematcamente, o modelo num regme de câmbos fxos apresenta-se com três varáves endógenas o rendmento (), a taxa de juro () e a oferta nomnal de moeda (M S ), o que sgnfca que a dervação do equlíbro necessta de três equações IS, LM e, ou seja, o equlíbro geral num regme de câmbos fxos parece exgr, também, o equlíbro smultâneo dos mercados de bens e servços, monetáro, títulos e externo (semelhante ao da fgura nº 6). Mas será possível, em câmbos fxos, dssocar o equlíbro nterno do externo? Ou seja, poderá uma stuação de equlíbro ser caracterzada por um défce ou um excedente da 16

17 balança de pagamentos? A fgura nº 9 lustra uma stuação de equlíbro nterno com uma balança de pagamentos defctára. Fgura nº 9: Défce da BP num regme de câmbos fxos LM e e IS Segundo o modelo IS/LM é possível, num regme de câmbos fxos, manter o equlíbro nterno conjugado com um mercado externo desequlbrado. Como é que podemos explcar este facto à luz do nosso modelo? Vamos fazê-lo tomando como ponto de partda a fgura anteror. BP<0 Excesso de procura de dvsas no mercado cambal (atente-se no exemplo acma enuncado) Pressão para o aumento do preço das dvsas, ou seja, para a deprecação da moeda naconal Em câmbos fxos essa deprecação não pode ocorrer A autordade monetára é obrgada a ntervr no mercado cambal para elmnar as pressões sobre o valor da taxa de câmbo A autordade monetára oferece as dvsas que são procuradas, recebendo em troca moeda naconal, até garantr um equlíbro sustentado do mercado cambal Dmnução da moeda naconal em crculação Como podemos ver na fgura nº 10 exste uma deslocação paralela para a esquerda da LM, sendo o ponto fnal aquele em que as três rectas se ntersectam Equlíbros nterno e externo smultâneos, 17

18 ' e e Fgura nº 10: Correcção de um défce da BP em câmbos fxos LM' LM ' e IS Neste ponto parece que o regme de câmbos fxos também obrga a equlíbros nterno e externo smultâneos. No entanto sso pode não acontecer. A autordade monetára tem a possbldade de anular os efetos sobre o mercado monetáro da ntervenção que fo obrgada a fazer no mercado cambal para manter a pardade da taxa de câmbo. Este tpo de actuação desgna-se por esterlzação e basea-se numa operação da autordade monetára no mercado aberto que, no exemplo anteror, consstra numa compra de títulos às outras nsttuções monetáras por forma a repor o valor orgnal (ou qualquer outro valor ntermédo) da massa monetára. A aplcação de polítcas de esterlzação permtra, no exemplo apresentado, conjugar um equlíbro nterno com um défce da balança de pagamentos (fgura nº 11). Fgura nº 11: Aplcação de polítcas de esterlzação LM' LM = LM'' ' e e ='' e ' e e ='' e IS 18

19 Claro que nesta altura exste uma questão pertnente que deve ser colocada: será este tpo de equlíbro sustentável no tempo? Note-se que, após a ntervenção de esterlzação, voltamos a ter uma balança de pagamentos defctára, o que obrga a nova ntervenção da autordade monetára no mercado cambal para manter a pardade da taxa de câmbo: o desequlíbro externo só é sustentável através de uma contínua utlzação de polítcas de esterlzação. No entanto, tomando como referênca o caso em análse, este tpo de actuação não pode ser mantda por períodos de tempo muto longos pos mplca uma perda contínua de reservas em dvsas cambas. Outra questão mportante quando falamos em esterlzação tem ver com o grau de mobldade nternaconal de captas. Por motvos relaconados com o dferencal entre as taxas de juro nterna e externa, as polítcas de esterlzação tendem a apresentar uma efcáca menor à medda que a mobldade nternaconal de captas é maor, o que no lmte mplcará a sua nefcáca quando estamos na presença de uma crculação perfeta dos captas a nível nternaconal. O equlíbro geral e a mobldade nternaconal dos captas A presença de uma mobldade perfeta dos captas a nível nternaconal sgnfca que o parâmetro j da curva se torna. Matematcamente, se observarmos a equação da apresentada atrás, verfcamos que perante este novo facto a recta torna-se horzontal, o que economcamente sgnfca que a balança de pagamentos passa a responder a qualquer varação nfntesmal da taxa de juro, assumndo a balança de captas um papel preponderante na defnção do saldo fnal da balança de pagamentos. Uma questão mportante nesta nova recta representatva do equlíbro externo tem a ver com a sua ordenada na orgem, a qual lustra o valor concreto que a taxa de juro nterna terá que assumr de forma a garantr o equlíbro da balança de pagamentos. A resposta a esta questão está drectamente lgada à chamada pardade das taxas de juro, que dz, na sua versão mas smples, que na presença de uma mobldade dos captas perfeta, a ntervenção dos arbtragstas no mercado nternaconal de captas levará a que, gnorando qualquer espéce de prémo de rsco eventualmente assocado às economas, a taxa de juro 19

20 nterna () se torne equvalente à taxa de juro externa (*), corrgda por eventuas expectatvas de varação da taxa de câmbo nomnal (ε): = * ε Note-se que o que acabámos de afrmar, analsado no contexto de um regme de câmbos fxos (credível), leva-nos a conclur que neste regme cambal a taxa de juro nterna tem que ser necessaramente gual à externa quando estamos na presença de perfeta mobldade nternaconal dos captas: = * Esta nova recta, horzontal, que representa o conjunto de pontos que garantem o equlíbro externo de uma economa nserda num contexto de perfeta mobldade nternaconal de captas, desgna-se por Lnha de Integração Fnancera LIF. Por forma a ser respetada a pardade das taxas de juro, o equlíbro geral de uma economa nestas crcunstâncas será sempre sobre a LIF, o que mplca que, qualquer que seja o regme cambal, o ponto de equlíbro geral estará sempre na ntersecção das três curvas: IS, LM e LIF. Assumndo que não exstem expectatvas de alteração da taxa de câmbo nomnal, o equlíbro geral será representado pela fgura nº 12. Fgura nº 12: Equlíbro geral com perfeta mobldade nternaconal de captas LM e =* LIF e IS 20

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