O Relacionamento entre a Governança das Empresas e a Qualidade das suas Informações Financeiras

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O Relacionamento entre a Governança das Empresas e a Qualidade das suas Informações Financeiras"

Transcrição

1 RESUMO O Relaconamento entre a Governança das Empresas e a Qualdade das suas Informações Fnanceras Autora: Lase Ferraz Correa, Pascal Louvet O objetvo deste artgo fo dentfcar os mecansmos de governança e as característcas específcas das frmas que determnam a qualdade das nformações publcadas e a comuncação espontânea ao mercado. Bushman e Smh (2003) argumentam que a transparênca corporatva consste na ampla dsponbldade de nformações relevantes e confáves sobre o desempenho peródco, a posção fnancera, as oportundades de nvestmento, os nstrumentos de governança, o valor e o rsco de frmas negocadas publcamente. Eles dscutem, anda, que as meddas para estmar o nível de transparênca geralmente se enquadram em três categoras: a) meddas da qualdade dos relatóros corporatvos; b) meddas de ntensdade de aqusção de nformação prvada por analstas, nvestdores nstuconas ou nsders; e c) meddas da qualdade da dssemnação de nformação. Neste trabalho, a argumentação fo construída, essencalmente, a partr da hpótese de custos de comprometmento de Jensen e Mecklng (1976), do conceo de transparênca de Bushman e Smh (2003) e das evdêncas empírcas, tas como Leuz, Nanda e Wysock (2003), Lang, Raedy e Yetman (2003), Skafe, Collns e LaFond (2004) e Fernandes e Ferrera (2007). Os resultados revelaram uma assocação negatva entre o ndcador de transparênca (earnngs management) e a varação na recea bruta, sugerndo que quanto maores são as oportundades de crescmento da frma menor é o nível de earnngs management. Verfcou-se, também, um relaconamento nverso desse ndcador com a dependênca de recursos externos. Os resultados da análse dos determnantes da transparênca dos lucros publcados, representada pela varável TRANSP4, sugerram que as nformações são de melhor qualdade nas empresas maores. Além dsso, eles revelaram um relaconamento posvo e sgnfcatvo com a propredade dos três maores aconstas. Dessa forma, quanto maor a concentração de propredade nas mãos dos maores aconstas, menor o nível de transparênca dos lucros publcados. Os demas resultados sugerram que não há uma assocação sgnfcatva entre o nível de transparênca dos lucros publcados e os ndcadores do Conselho de Admnstração e o peso da partcpação de nstuções no capal das empresas. Na análse dos determnantes da quantdade de nformações dvulgadas, observaram-se assocações posvas e sgnfcatvas com ADR, tamanho da empresa, dependênca de recursos externos, dsponível (caxa) e oportundades de crescmento. A freqüênca de dvulgação é maor nas empresas de tamanho grande, com elevados valores do índce book-to-market e com folga de caxa. Não se observou nfluênca das varáves do Conselho e da estrutura de propredade sobre a freqüênca da comuncação fnancera. No total, este estudo fornece maores ndcações quanto aos efeos das característcas de governança das empresas sobre a transparênca das suas nformações publcadas.

2 1 INTRODUÇÃO A qualdade das nformações fnanceras publcadas pela companha, ou a transparênca dos seus resultados, constu um dos mecansmos de governança corporatva, porque possbla a redução da assmetra de nformações entre os nvestdores nternos e os externos e, por conseqüênca, dmnu os conflos de nteresse. Conforme ressaltam Bushman e Smh (2003), uma das fnaldades das estruturas de governança é assegurar que os aconstas mnoráros recebam nformações confáves sobre o valor da frma. Os nvestdores se valem das nformações publcadas pela empresa para efetuar suas prevsões, por exemplo, a estmação dos fluxos de caxa futuros, que são a base para que efetuem as suas escolhas de nvestmento. Assm sendo, a falta de transparênca nas nformações fnanceras mpõe maor rsco aos aconstas externos, o que os leva a aumentar seus esforços de monoramento e, como resultado, o retorno exgdo. Interpretada na perspectva dos custos de comprometmento de Jensen e Mecklng (1976), maor nível de transparênca nas nformações publcadas representa uma estratéga dos drgentes ou aconstas controladores para reduzr os conflos de nteresse com os aconstas externos. Isto é, eles escolhem dvulgar resultados fnanceros com conteúdo mas precso para se benefcar dos seus efeos sobre a redução dos custos de agênca. O argumento de autores, tas como, Leuz, Nanda e Wysock (2003), Lang, Raedy e Yetman (2003) e Leuz (2006) é de que os drgentes/aconstas controladores das companhas negocadas em mercados com alto nível de transparênca e de proteção dos dreos dos aconstas mnoráros manpulam menos as nformações de lucro publcadas, fornecendo, então, nformações fnanceras de maor qualdade aos nvestdores externos. Leuz, Nanda e Wysock (2003) desenvolveram um conjunto de meddas que servem como proxes da manpulação dos lucros (earnngs management proxes), as quas vsam a capturar a extensão pela qual os nvestdores nternos utlzam-se da sua lberdade contábl para alterar a performance econômca da frma. Nessa perspectva, a qualdade da governança de uma companha está dretamente assocada ao grau de transparênca das suas nformações prestadas. A maor qualdade nos fluxos de nformações de lucros das companhas oferece aos nvestdores externos um suporte maor para a tomada da decsão de nvestmento, sendo, portanto, nversamente relaconada aos seus conflos de agênca. Posto sso, o objetvo deste artgo fo dentfcar os mecansmos de governança e as característcas específcas das frmas que determnam a qualdade das nformações publcadas e a comuncação espontânea ao mercado. A argumentação fo construída, essencalmente, a partr da hpótese de custos de comprometmento de Jensen e Mecklng (1976), do conceo de transparênca de Bushman e Smh (2003) e das evdêncas empírcas, tas como Leuz, Nanda e Wysock (2003), Lang, Raedy e Yetman (2003), Skafe, Collns e LaFond (2004) e Fernandes e Ferrera (2007). 2 A QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES PUBLICADAS (TRANSPARÊNCIA) A transparênca dos resultados possbla a redução da assmetra de nformações entre os nvestdores nternos e os externos e, por conseqüênca, dmnu os conflos de nteresse, os quas afetam o valor de mercado da empresa. Conforme ressaltam Bushman e Smh (2003), as estruturas de governança têm por fnaldade: assegurar que os aconstas mnoráros recebam nformações confáves sobre o valor da frma; mpedr a apropração ndevda dos rendmentos da companha pelos seus drgentes/aconstas controladores; e ncentvar os admnstradores a maxmzar o valor da frma. Esses autores argumentam que a transparênca corporatva consste na ampla dsponbldade de nformações relevantes e confáves sobre o desempenho peródco, a posção fnancera, as oportundades de nvestmento, os nstrumentos de governança, o valor e o rsco de frmas negocadas publcamente. Eles dscutem, anda, que as meddas para 2

3 estmar o nível de transparênca geralmente se enquadram em três categoras: a) meddas da qualdade dos relatóros corporatvos; b) meddas de ntensdade de aqusção de nformação prvada por analstas, nvestdores nstuconas ou nsders; e c) meddas da qualdade da dssemnação de nformação. A dvulgação de nformações é um dos componentes do ratng Demnor, que avala a qualdade da governança de companhas européas. A categora dsclosure desse ndcador vsa mensurar se os aconstas são capazes de obter nformações tanto sobre os assuntos fnanceros quanto sobre as característcas de governança. Ou seja, as frmas devem fornecer nformações concernentes, por exemplo, aos membros, à compensação e à estrutura do conselho de admnstração (BAUER; GUENSTR; OTTEN, 2004). A transparênca refere-se, assm, a todas as nformações necessáras aos aconstas externos para que exerçam os seus dreos, estando, portanto, relaconada à proteção dos nvestdores. Autores como Leuz, Nanda e Wysock (2003), Lang, Raedy e Yetman (2003) e Leuz (2006) argumentam que os drgentes/aconstas controladores das companhas negocadas em mercados com alto nível de transparênca e de proteção dos dreos dos aconstas mnoráros manpulam menos as nformações de lucro publcadas, fornecendo, então, nformações fnanceras de maor qualdade aos nvestdores externos. O estudo de Leuz, Nanda e Wysock (2003) focalza a proteção dos nvestdores como um fator sgnfcatvo da manpulação dos lucros da companha pelos nvestdores nternos. O argumento é que o nível de proteção dos nvestdores determna a qualdade das nformações fnanceras publcadas. Nessa perspectva, os ncentvos para uma apresentação mprecsa da performance da frma, medante a manpulação dos lucros, surgem, em parte, devdo ao conflo de nteresses entre nvestdores nternos e externos. Esses autores sugerem que os nvestdores nternos, aconstas controladores ou drgentes, podem trar proveo do seu controle sobre a frma para se benefcarem em detrmento dos aconstas mnoráros. Como os benefícos prvados do controle são mas acentuados em países com baxa proteção dos dreos dos nvestdores, supõe-se que o nível de manpulação dos lucros nesses países seja, também, mas elevado. Esses autores desenvolveram quatro meddas, proxes para manpulação dos lucros (earnngs management proxes), para capturar a extensão pela qual os nvestdores nternos utlzam-se da sua lberdade contábl para alterar a performance econômca da frma. Segundo Leuz, Nanda e Wysock (2003), como é dfícl especfcar quas técncas são empregadas para ofuscar a performance, suas proxes se destnam a capturar uma varedade de prátcas possíves, tas como a suavzação dos lucros (duas prmeras varáves descras abaxo) e a manpulação de ens contábes (duas últmas varáves). As quatro meddas são: a) Earnngs Management 1 (EM1) suavzação dos lucros operaconas (earnngs smoothng), representada pela razão entre o desvo padrão da recea operaconal líquda da companha e o desvo padrão do seu fluxo de caxa operaconal. Esta proxy tenta medr o grau pelo qual os nsders reduzem a varabldade dos lucros publcados medante a alteração dos seus componentes contábes (accruals). Consdera-se que os nsders podem exercer a sua lberdade contábl para suavzar os lucros publcados, por exemplo, transferndo ens de um ano para o outro. b) Earnngs Management 2 (EM2) suavzação e correlação entre alterações nos ens contábes (accruals) e no fluxo de caxa das operações. Esta proxy tenta dentfcar se os nsders utlzam sua lberdade contábl para conclar os choques econômcos com os fluxos de caxa operaconas da frma. Consdera-se que os nsders podem acelerar a publcação de receas futuras ou atrasar a publcação de custos atuas para esconder uma performance rum. Além dsso, eles podem publcar uma performance nferor para crar reservas para o futuro, sto é, esconder uma elevada performance atual. c) Earnngs Management 3 (EM3) magnude dos componentes contábes (accruals), 3

4 representada pela razão entre o valor absoluto dos ens contábes (accruals) e o valor absoluto dos fluxos de caxa operaconas. Esta proxy tenta medr a extensão pela qual os nsders exercem sua lberdade contábl para publcar ncorretamente a performance econômca da frma. Consdera-se que os nsders podem, por exemplo, exagerar os lucros publcados para alcançar certas metas ou publcar performance extraordnára em determnados momentos como na ocasão de uma emssão de novas ações. d) Earnngs Management 4 (EM4) publcação de pequenas perdas, que mede se os nsders utlzam sua lberdade contábl para evar a publcação de pequenas perdas. A análse fo, então, baseada em dados contábes de frmas não-fnanceras de 31 países, entre 1990 e Incalmente, Leuz, Nanda e Wysock (2003) formaram clusters dos países em função de algumas das varáves de La Porta et al. (1998), tas como proteção dos nvestdores e concentração de propredade. Em seguda, analsaram se a manpulação dos lucros vara entre os clusters, sendo observada uma menor ntensdade dessa prátca nas frmas de países com elevada proteção dos nvestdores e com propredade mas dfusa. Fnalmente, estmaram um modelo de regressão, cujos resultados sugerram uma assocação negatva e sgnfcatva entre a manpulação dos lucros e a proteção dos nvestdores, conforme se esperava. Lang, Raedy e Yetman (2003) utlzaram um enfoque semelhante ao de Leuz, Nanda e Wysock (2003) para verfcar se a qualdade das nformações publcadas é superor nas companhas cujas ações são negocadas nas bolsas norte-amercanas. Supôs-se que com a lstagem no mercado norte-amercano as frmas aumentaram o seu nível de transparênca no mercado doméstco, haja vsta a obrgatoredade de publcar suas demonstrações fnanceras em conformdade com os US GAAP prncípos contábes geralmente aceos dos Estados Undos e de submeter às normas da SEC e das bolsas norte-amercanas. Nesse estudo, Lang, Raedy e Yetman (2003) também empregaram um conjunto de proxes de manpulação dos lucros, smlares às proxes EM1 e EM2 de Leuz, Nanda e Wysock (2003), porque, conforme suas argumentações, a mpossbldade de observar dretamente esse constructo pode conduzr a erros de medda. Dessa forma, se os resultados forem consstentes para todas as proxes de earnngs management, tem-se maor segurança de que as escolhas contábes estão sendo capturadas pelo constructo, embora não se possa descartar totalmente o efeo de outros fatores. Os resultados de Lang, Raedy e Yetman (2003) sugerram que as companhas lstadas nas bolsas norte-amercanas apresentam uma maor qualdade das nformações publcadas, medda pelas váras proxes de suavzação dos lucros, em comparação às outras companhas que não estão lstadas nesse mercado. Fernandes e Ferrera (2007) empregaram as proxes de transparênca (earnngs management EM1, EM2 e EM3) de Leuz, Nanda e Wysock (2003) para examnar a nfluênca das característcas da frma, do setor de atvdade e do país sobre a qualdade da transparênca ao nível das companhas. Supôs-se que as frmas suadas em países com baxa proteção dos nvestdores podem se comprometer com melhores padrões de transparênca, havendo, portanto, varabldade entre elas quanto à qualdade das nformações prestadas. Utlzando uma amostra de frmas de 31 países emergentes e desenvolvdos no período de 1990 a 2003, Fernandes e Ferrera (2007) observaram que as característcas da frma são determnantes sgnfcatvos do seu nível de transparênca. Isto é, dentro de um mesmo país há varação entre os níves de transparênca, o que se explca, em parte, por fatores específcos das companhas. Oportundades de nvestmento, dependênca de fnancamento externo e valor dos atvos crculantes dsponíves revelaram-se posvamente assocados à qualdade da transparênca. Concentração de propredade e tamanho da frma mostraram-se nversamente relaconados. Ademas, verfcou-se que o setor de atvdade exerce nfluênca sgnfcatva na determnação da qualdade das nformações prestadas. 4

5 Esses autores observaram, também, que as frmas de países com baxa proteção dos nvestdores, refletda pelas varáves de La Porta et al. (1998), apresentam, em méda, menores escores de transparênca. No entanto, observou-se que mesmo nesses países há frmas com elevada qualdade de transparênca, o que se explca pela presença de fatores específcos da frma e do setor de atvdade no modelo estmado. Fernandes e Ferrera (2007) efetuaram, anda, uma regressão em que a lstagem de ações nas bolsas norte-amercanas fo ntroduzda como varável determnante da qualdade da transparênca. A exemplo de Lang, Raedy e Yetman (2003), observou-se que as companhas com ADRs 2 e 3 apresentaram maores níves de qualdade das nformações publcadas. Leuz (2006) também empregaram as proxes de transparênca (earnngs management EM1, EM2 e EM3) de Leuz, Nanda e Wysock (2003) para comparar a qualdade das nformações publcadas entre três grupos: frmas estrangeras lstadas nas bolsas norteamercanas; frmas estrangeras não-lstadas; e frmas norte-amercanas negocadas na bolsa. Os seus resultados mostraram que as frmas estrangeras lstadas nas bolsas norteamercanas efetuam menos a manpulação dos lucros quando comparadas com as frmas que não estão lstadas, mas em nível superor às frmas norte-amercanas. Assm, embora contrbua para o aumento da qualdade das nformações publcadas pelas frmas estrangeras, a lstagem não proporcona o mesmo nível de transparênca das frmas dos Estados Undos. Leuz (2006) verfcou, anda, se essas dferenças entre os três grupos analsados persstem após controlar o efeo da estrutura de propredade das frmas e do nível de proteção dos nvestdores (índce antdrector rghts de La Porta et al. (1998)), além de outras varáves de controle que eles já havam consderado. Observou-se que a concentração de propredade contrbu para o ofuscamento das nformações publcadas e a proteção dos nvestdores exerce um efeo contráro, sto é, conduz à maor transparênca. Em suma, após a nclusão dos fatores de controle, os grupos de companhas com ADRs 2 e 3 e de frmas norte-amercanas contnuam a apresentar níves de manpulação dos lucros sgnfcatvamente menores em comparação ao grupo de frmas que não estão lstadas. Skafe, Collns e LaFond (2004) utlzaram um enfoque mas geral para examnar o efeo de um conjunto de mecansmos de governança sobre o custo de capal das frmas. Fundamentando-se na teora da agênca, analsaram o efeo da qualdade das nformações contábes, da estrutura de propredade, da proteção dos dreos dos aconstas e da estrutura do Conselho de Admnstração sobre o retorno esperado de mercado, controlando a nfluênca de varáves fundamentalstas. Para representar a qualdade da transparênca das frmas, Skafe, Collns e LaFond (2004) empregaram as seguntes proxes: a) transparênca dos lucros, medda pelo resíduo quadrado da regressão do retorno de mercado sobre o lucro da companha supõe-se que uma elevada correlação entre os lucros e os retornos de mercado seja um ndcatvo de um maor nível de transparênca e, por consegunte, elevados resíduos ndcaram baxa transparênca; b) magnude dos ens contábes anormas (abnormal accruals) supõe-se que a elevada magnude dos ens anormas dos accruals (dferença entre accruals totas e accruals esperados) seja um ndcatvo de uma menor transparênca dos lucros; c) percentual de membros ndependentes no comê de audora, o que reflete o monoramento do processo de elaboração dos demonstratvos fnanceros supõe-se que um maor número de membros externos possble um maor grau de transparênca nas nformações publcadas. Em geral, os resultados da análse confrmaram as suposções desses autores, haja vsta a relação nversa e sgnfcatva entre a qualdade das nformações publcadas e o custo de capal. Ou seja, quando há menos assmetra de nformação, os nvestdores demandam um retorno menor. Bhattacharya, Daouk e Welker (2003) também utlzaram um conjunto de proxes da opacdade dos lucros publcados para testar o seu efeo sobre o custo de capal da empresa. 5

6 Segundo esses autores, os motvos para a falta de transparênca nos lucros podem ser, dentre outros: motvação dos drgentes, padrões contábes e grau de aplcabldade dos padrões contábes. Eles empregaram três meddas para tentar capturar a opacdade dos lucros: a) agressvdade dos lucros consste em atrasar o reconhecmento de perdas e adantar os ganhos medante alterações dos ens contábes totas. Os accruals totas foram calculados como em Leuz, Nanda e Wysock (2003); b) manpulação para evar pequenas perdas refletda por reduzdos valores de lucro; c) suavzação dos lucros refletda pela proxy EM2 de Leuz, Nanda e Wysock (2003). Os resultados da análse não se mostraram unformes para todas as meddas, sendo verfcada a sgnfcânca estatístca somente para uma das varáves em cada um dos modelos estmados. Especfcamente, quando o custo do capal fo obtdo por meo do modelo de desconto de dvdendos apenas a proxy agressvdade dos lucros mostrou-se sgnfcatva, ao passo que nas estmatvas em que o custo de capal fo obtdo medante o modelo CAPM Capal Asset Prcng Model somente a varável manpulação para evar pequenas perdas revelou-se sgnfcatva. Sob um ângulo de análse dferente, Nu (2006) examnou a relação entre a qualdade dos lucros publcados e alguns mecansmos de governança, tas como: composção do Conselho de Admnstração; compensação e partcpação dos drgentes na propredade; proteção dos dreos dos aconstas; e dvulgação das prátcas de governança de frmas canadenses no período de 2000 a Os escores dos atrbutos de governança foram obtdos a partr de um survey sobre as prátcas de governança das frmas canadenses, que vem sendo publcado anualmente pelo jornal Report on Busness n the Globe and Mal desde A qualdade dos lucros fo representada pela magnude dos ens contábes totas e pela assocação entre o retorno de mercado e os lucros, tal como em Skafe, Collns e LaFond (2004). Nessa análse, observou-se que a qualdade da governança está negatvamente assocada à magnude dos ens contábes (accruals). Além dsso, verfcou-se que quanto maores os escores de governança maor a correlação entre os retornos de mercado e os lucros, sto é, maor o nível de nformação dos lucros publcados. Assm, os resultados de Nu (2006) sugerem, em geral, uma assocação posva entre a qualdade da governança corporatva, no que se refere ao seu papel na redução dos custos de agênca, e a qualdade das nformações fnanceras prestadas. No Brasl, Lanzana (2004) analsou se exste assocação entre o nível de dsclosure de empresas brasleras lstadas na Bovespa no ano 2002 e a governança corporatva, representada pelas varáves estrutura de propredade e de controle e composção do Conselho de Admnstração. Fo construído um índce de dsclosure a partr de nformações constantes nos relatóro anuas, sendo composto por 33 ens, sto é, varáves bnáras. Os resultados não foram conclusvos, mas, de modo geral, observou-se maor nível de dsclosure nas empresas em que há maor dscrepânca entre os dreos de controle e os dreos de fluxos de caxa do aconsta controlador (dferença entre essas meddas) e nas companhas com maor percentual de membros externos no Conselho de Admnstração. Em geral, a leratura analsada nesta seção sugere que a maor qualdade das nformações dvulgadas, sto é, maor nível de transparênca da companha, está assocada a menores conflos de agênca, o que contrbura para a geração de valor na empresa. 3 METODOLOGIA 3.1 Amostra e dados A amostra constuu-se de companhas não-fnanceras negocadas na Bovespa entre 1997 e Na base de dados Economátca, obteve-se a relação de empresas lstadas durante esse período. Elmnaram-se, a cada ano, as empresas cujas ações fcaram mas de três meses consecutvos sem nenhuma negocação. Constuída a amostra, foram coletados os dados para 6

7 o cálculo das varáves analsadas. No relatóro Informações Anuas (IAN) das empresas, obtveram-se os dados relatvos às varáves de proteção dos mnoráros, assm como a nformação quanto à partcpação dos nvestdores nstuconas no capal. Na Economátca obtveram-se, também: os dados contábes das varáves de transparênca; as nformações sobre a negocação de ADRs nas bolsas NASDAQ, AMEX e NYSE; e as nformações quanto à composção aconára dreta das empresas. 3.2 Varáves analsadas Varáves dependentes Para representar a qualdade das nformações fnanceras publcadas pelas companhas e a comuncação espontânea ao mercado, utlzaram-se as meddas de: a) transparênca contábl, representada por TRANSP1, TRANSP2, TRANSP3 e INDICE_TRANSP, que é uma medda sntétca de earnngs management; b) transparênca de mercado, refletda por TRANSP4; e c) freqüênca de comuncação ao mercado, mensurada por TRANSP5. Para medr a qualdade das nformações publcadas, refletda pela transparênca dos lucros contábes, utlzaram-se as proxes de manpulação dos lucros (earnngs management EM1, EM2 e EM3) propostas por Leuz, Nanda e Wysock (2003). Essa escolha deve-se ao fato de que essas proxes podem capturar dversas dmensões de manpulação dos lucros (suavzação e magnude da utlzação de ens contábes), sto é, de uma representação mprecsa dos resultados operaconas reas da companha. Conforme argumentações de Lang, Raedy e Yetman (2003), não exste na leratura um reconhecmento de qual seja a melhor proxy para capturar a qualdade dos lucros publcados. Contudo, a utlzação de um conjunto de meddas perme reduzr as chances de erro de medda. A exstênca de ens contábes (accruals) nos resultados das companhas deve-se ao prncípo da competênca, receas anda não recebdas e custos anda não pagos. Esse créro oferece certa lberdade aos drgentes de alterar alguns dos ens que formam os resultados operaconas da companha, por exemplo, medante a transferênca de contas a receber e de ens a pagar de um ano para outro. Assm, conforme argumentam Leuz, Nanda e Wysock (2003), se os lucros são artfcalmente suavzados, eles não refletem as verdaderas varações na performance subjacente da frma, perdendo, portanto, o seu poder nformatvo. Para expressar a qualdade da transparênca, utlzaram-se as varáves TRANSP1, TRANSP2, TRANSP3, TRANSP4 e TRANSP5, descras a segur. TRANSP1 Suavzação dos lucros operaconas publcados medante a alteração de componentes contábes (accruals). σ ( LDIR ) TRANSP1 = (1) σ CFO ( ) Relação entre o desvo padrão do lucro depos do mposto de renda (LDIR) e o desvo padrão do fluxo de caxa das operações (CFO). O LDIR fo obtdo no demonstratvo de resultado das companhas. Para calcular a proxy do CFO, utlzou-se de nformações do balanço patrmonal e da DOAR, sendo obtdo da mesma forma que nos estudos de Leuz, Nanda e Wysock (2003) e Fernandes e Ferrera (2007). Ambas as varáves foram calculadas em relação ao atvo total do período anteror. O cálculo do CFO fo feo da segunte manera: CFO = LDIR ACC Em que: LDIR é o lucro após o mposto de renda; e ACC são os accruals, ens contábes, que não representam entradas e saídas efetvas de caxa. 7

8 ACC Os accruals ACC foram calculados como em Leuz, Nanda e Wysock (2003). Tem-se: ( ΔCA ΔCASH ) ( ΔCL ΔDC ΔTP ) DEP = (2) Em que: ΔAC é a varação nos atvos crculantes totas; Δ CASH é a varação no dsponível e nvestmentos de curto prazo; Δ CL é a varação nos passvos crculantes totas; Δ DC é a varação na dívda de curto prazo ncluída nos passvos crculantes; Δ TP é a varação no mposto de renda a pagar; e DEP é a despesa de deprecação e amortzação. Logo, CFO [( ΔCA ΔCASH ) ( ΔCL ΔDC ΔTP ) DEP ] = LDIR (3) TRANSP1 ndca se os nsders reduzem a varabldade dos lucros publcados medante a alteração dos seus componentes contábes. Baxos valores dessa varável sugerem que os nsders exercem a sua lberdade contábl para suavzar os lucros publcados (alterando os componentes contábes). Ou seja, se a varabldade dos lucros é muo menor do que a varabldade dos fluxos de caxa tem-se um ndíco de que eles foram suavzados. TRANSP2 Suavzação e correlação entre mudança em ens contábes (accountng accruals) e fluxos de caxa operaconas (operatng cash flows). TRANSP = ( ΔACC; ΔCFO) 2 ρ (4) Segundo Leuz, Nanda e Wysock (2003), os nsders podem também usar a sua lberdade contábl para conclar os choques econômcos aos fluxos de caxa operaconas da frma. Eles podem acelerar a publcação de receas futuras ou atrasar a publcação de custos atuas para esconder uma performance rum ou, ao contráro, publcar uma performance nferor para crar reservas para o futuro. Em ambos os casos, os ens contábes amortzam os choques nos fluxos de caxa, resultando em correlações negatvas entre esses dos componentes do lucro. Todava, esses autores ressaltam que uma correlação negatva é um resultado natural da contabldade baseada na competênca e que, ceters parbus, são as grandes magnudes dessa correlação, em termos negatvos, que sugerem a suavzação dos lucros publcados. TRANSP3 Magnude dos componentes contábes (accruals) Segundo Leuz, Nanda e Wysock (2003), os nsders podem usar sua lberdade contábl, por exemplo, para exagerar os lucros publcados de modo a alcançar certas metas ou, anda, para mostrar uma performance extraordnára em determnados momentos, por exemplo, quando da emssão de novas ações. A varável que representou essa tercera dmensão de earnngs management é calculada da segunte forma: ACC TRANSP 3 = (5) CFO A magnude dos componentes contábes (accruals) é uma proxy para a extensão pela qual os nsders podem exercer sua lberdade na publcação dos lucros. As varáves TRANSP1 e TRANSP2 possuem apenas uma observação ao longo do período analsado, vsto que são, respectvamente, os resultados da razão entre os desvospadrão e da correlação entre o lucro após mposto de renda e o fluxo de caxa. Posto sso, foram efetuadas regressões cross-secton. TRANSP3, que era uma varável em panel, fo, então, calculada por meo da dvsão entre as medanas de accruals e dos fluxos de caxa dos dados anuas. Além dsso, TRANSP1 e TRANSP2 foram multplcadas por (-1) de modo que elevados valores fossem representatvos de maor earnngs management. Dessa forma, todas 8

9 as três varáves foram colocadas em um mesmo sentdo. Os valores ndvduas das varáves TRANSP1, TRANSP2 e TRANSP3 foram transformados em ranks percentuas, varando de 0 a 100 (padronzação em que se atrbu o valor 0 ao menor score ndvdual e o valor 100 ao maor). Em seguda, obteve-se o INDICE_TRANSP, que consste em uma medda sntétca de earnngs management, sto é: INDICE_TRANSP méda armétca smples de TRANSP1, TRANSP2 e TRANSP3 padronzadas. Além das varáves de earnngs management, empregou-se a proxy de transparênca dos lucros baseada em nformações de mercado utlzada por Skafe, Collns e LaFond (2004), que reflete a qualdade da nformação contda nos lucros contábes. Quanto maor a transparênca nos lucros, menor a assmetra de nformações entre admnstradores e nvestdores externos. Dessa forma, quando os lucros contábes são fortemente correlaconados com o retorno de mercado, entende-se que eles sejam mas transparentes, porque refletem os eventos econômcos que são precfcados pelo mercado. TRANSP4 resíduo quadrado da regressão do retorno de mercado das ações sobre a recea operaconal líquda. Supõe-se, então, que quanto mas transparentes forem os lucros, maor será a sua correlação com os retornos de mercado das ações. Elevados resíduos ndcam, portanto, baxa transparênca. A varável empregada para representar essa dmensão é o resíduo quadrado da segunte equação de regressão: RET = β 0 + β1ldir + β2perda + β3ldir * PERDA + β4δldir + ε (6) Em que: RET é o retorno da ação ajustado ao mercado, representado pelo retorno do índce Ibovespa, para frma no ano fscal t ; LDIR é o lucro após o mposto de renda da frma no ano fscal t, dvddo pelo valor de mercado da frma no período anteror; PERDA é uma varável bnára, assumndo o valor (1) quando o LDIR é negatvo e (0) em caso contráro; Δ LDIR é a varação no lucro líqudo após mposto de renda da frma no ano t, dvddo pelo valor de mercado no período anteror; e LDIR * PERDA é o termo de nteração; e ε é o termo de erro dossncrátco. Assm, a transparênca dos lucros contábes é medda por: TRANSP ( ε ) 2 4 = (7) 2 Em que: ε é o resíduo ao quadrado obtdo da regressão da equação (6). Enfm, na caracterzação da transparênca consderou-se uma dmensão de quantdade de nformações publcadas pelas companhas, ou seja, de freqüênca de comuncação ao mercado. TRANSP5 representa a quantdade de nformações dvulgadas pela companha como fatos relevantes e comuncados ao mercado. Assm: TRANSP 5 = fatos relevantes + comuncados ao mercado (8) Varáves Independentes A leratura de fnanças ndca dversos fatores que poderam explcar a transparênca das nformações publcadas. Na análse cross-secton, utlzaram-se as médas das seguntes varáves explcatvas: recbruta (%): varação percentual da recea bruta anual. extfn: nível de dependênca de recursos externos, sendo calculado pela equação: 9

10 Aplcação em atvo permanente- CFO extfn = Aplcação em atvo permanente (9) logat: logarmo neperano do atvo total, que representou o tamanho da empresa. logdsp: logarmo neperano do dsponível e nvestmento de curto prazo em relação ao atvo total. setor: varáves bnáras ndcatvas dos setores de atvdade, conforme classfcação da base de dados Economátca. F_FLOAT_TOT: percentual total de ações da empresa mantdas em crculação, ou seja, que estão nas mãos do públco. Além das varáves de governança empregadas nas regressões cross-secton da transparênca contábl, na análse de TRANSP4 e TRANSP5 empregaram-se varáves que representam característcas do Conselho de Admnstração e da estrutura de propredade e de controle, descras abaxo. Os ndcadores do Conselho de Admnstração foram seleconados com base nas argumentações de Fama e Jensen (1983), Lpton e Lorsh (1992) e Jensen (1993). Seguu-se a metodologa de Dutra e Sao (2002) para classfcar os conselheros no contexto braslero. Os argumentos de Jensen e Mecklng (1976), Jensen (1993) e Shlefer e Vshny (1997) e as evdêncas empírcas, tas como Leal, Carvalhal-da-Slva e Valadares (2002) e Aldrgh e Neto (2005) foram as prncpas bases para a construção dos ndcadores de estrutura de propredade. As varáves são: TAM_CA: Número de membros no Conselho de Admnstração. INDEP: Percentual de conselheros ndependentes no Conselho, conforme metodologa de Dutra e Sao (2002). SEPAR: Varável bnára assumndo o valor (1) se as funções de CEO e de presdente do Conselho são exercdas por pessoas dferentes; e (0) em caso contráro. AC1_TOT: Percentual do capal total mantdo pelo maor aconsta. AC_S3_TOT: Percentual do capal total mantdo pelos três maores aconstas. AC_S5_TOT: Percentual do capal total mantdo pelos cnco maores aconstas. AC_INST_TOT: Percentual do capal total mantdo por nvestdores nstuconas (nstuções em geral, nclundo bancos e seguradoras) Varáves de controle Os fatores de controle ncluídos na análse cross-secton foram: índce valor patrmonal por ação/preço (logvpap): logarmo neperano do índce valor patrmonal por ação/preço, obtdo pela dvsão entre o patrmôno líqudo por ação, nformados no últmo balanço, e o seu preço. alavfn: Alavancagem fnancera calculada medante a segunte equação: alavfn = LL PL AT LL res fn _ (10) Em que: LL é o lucro líqudo; PL é o patrmôno líqudo; res_fn é o resultado fnancero (receas fnanceras - despesas fnanceras); e AT é o atvo total. ROI: relação entre o lucro líqudo do exercíco socal e o valor do atvo total; e ADR: (1), se a companha mantém um programa de ADRs nível 2 ou 3 em uma bolsa norte-amercana; (0), em caso contráro. Na análse de TRANSP4 e TRANSP5, foram ncluídos os seguntes fatores de controle: a) recbruta; b) extfn; c) logdsp; d) logdbrpl, que representa o logarmo neperano da dívda bruta total em relação ao patrmôno líqudo; e) logvm, que representa o logarmo neperano do valor de mercado das ações obtdo medante a multplcação do preço de fechamento da ação no ano t pela quantdade de ações da companha em crculação; e f) logvpap. 10

11 3.3 Método de análse dos dados Para efetuar a análse dos dados, utlzou-se se análse de regressão cross-secton quando a transparênca fo refletda pelo índce de transparênca, composto a partr das varáves de earnngs management EM1, EM2 e EM3 de Leuz, Nanda e Wysock (2003); e a regressão de dados em panel, quando a transparênca fo representada pelas meddas TRANSP4 de Skafe, Collns e LaFond (2004) e TRANSP Modelos estmados Na análse cross-secton, empregaram-se as seguntes especfcações: Modelo com apenas as varáves ndependentes: INDICE _ TRANSP = β + β recbruta + β extfn + β log at + β log dsp β F_FLOAT _TOT + β setor + ε 2 6 Modelo com fatores de controle característcas específcas das empresas: INDICE _ TRANSP = β0 + β1 recbruta + β 2 extfn + β 3 log at + β 4 log dsp + β 5 F _ FLOAT _ TOT (12) + β setor + β log vpap + β alavfn + β ro + ε 6? Modelo com o feo do ndcador ADR: INDICE _ TRANSP = β + β recbruta + β extfn + β log at + β log dsp β F _ FLOAT _ TOT + β setor + β ADR + ε 6 8? Em que: INDICE_TRANSP é o índce de transparênca contábl; recbruta é a varação na recea bruta anual; extfn é o nível de dependênca de recursos externos; logat é o tamanho da empresa representado pelo logarmo neperano do atvo total; logdsp é o logarmo neperano do dsponível e nvestmento de curto prazo em relação ao atvo total; F_FLOAT_TOT é o percentual total de ações da companha que estão nas mãos do públco; setor é uma varável bnára, ndcando o ramo de atvdade da empresa; ADR é uma varável bnára, ndcando se a empresa mantém um programa de ADRs nível 2 ou 3; logvpap ndca o estágo de crescmento da companha; alavfn é a medda de alavancagem fnancera; ro é o retorno sobre o nvestmento; e ε é o termo de erro dossncrátco. Na análse de TRANSP4 e TRANSP5, estmou-se o segunte modelo: + + TRANSP 4 = β0 + β1 AC _ INST _TOT + β 2 AC1_TOT + β3 INDEP + β4 SEPAR + β5 TAM _ CA + β6 ADR +? + + β7 recbruta + β8 extfn + β9 log dsp + β10 log dbrpl + β11 log vm + β12 log vpap + ε Em que: TRANSP4 é um ndcador da qualdade dos lucros publcados; AC_INST_TOT é a porcentagem total de ações dos nvestdores nstuconas; AC1_TOT é a porcentagem total de ações do prmero aconsta; INDEP é a porcentagem de membros ndependentes no Conselho de Admnstração; SEPAR é uma varável bnára, ndcando que as funções de CEO e de presdente do Conselho são exercdas por pessoas dferentes; TAM_CA é o número total de membros do Conselho; ADR é uma varável bnára, ndcando se a empresa mantém um programa de ADRs nível 2 ou 3; recbruta, extfn, logdsp, logdbrpl, logvm e logvpap são as varáves de controle; β 0 é o ntercepto; β 1, β 2, β 3, β 4, β 5 e β 6 são os coefcentes estmados das varáves ndependentes; β 7, β 8, β 9, β 10, β 11 e β 12 são os coefcentes estmados das varáves de controle; e ε é o termo de erro. Este modelo fo estmado com varáves alternatvas para a estrutura de propredade. Para análse de TRANSP5, utlzou-se uma especfcação gual a (14), exceto pela varável explcada que, neste caso, representou a quantdade de nformações publcadas.? 3 3?? 7? (11) (13) (14) 11

12 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.1 Determnantes da transparênca das nformações contábes Pretendeu-se neste estudo dentfcar as característcas específcas das frmas que determnam o nível de transparênca das nformações publcadas. As estatístcas descrvas do ndcador de transparênca contábl (earnngs management) e das varáves que o compõem, consderadas soladamente, estão apresentadas na tabela 1. A méda do índce de transparênca encontrada fo 58,69%, valor próxmo ao observado por Fernandes e Ferrera (2007) para o Brasl (51,54%). Verfcou-se um extenso ntervalo entre os valores mínmo e máxmo dessa medda, o que pode ser um ndíco de que o nível de earnngs management dvrja consderavelmente entre as companhas analsadas (TAB. 1). Tabela 1: Estatístcas descrvas das varáves de transparênca contábl Varável N Méda Desvo padrão Medana Mn. Máx. INDICE_TRANSP ,69 9,93 60,85 9,82 96,20 TRANSP ,87 0,49 0,83 0,05 5,59 TRANSP ,60 0,42-0,72-0,99 0,99 TRANSP ,66 0,59 0,50 0,05 5,76 As estmatvas do modelo (1) da TAB. 2 mostram que somente a varação percentual na recea bruta anual e a dependênca em relação a recursos externos apresentam coefcentes estatstcamente sgnfcatvos. Conforme esperado, a assocação entre o índce de transparênca (earnngs management) e a varação na recea bruta revelou-se negatva, sugerndo que quanto maores são as oportundades de crescmento da frma menor é o nível de earnngs management. Não obstante, a magnude do coefcente dessa varável é bastante reduzda e, por conseqüênca, a sua nfluênca é pratcamente nula. Verfcou-se, também, um relaconamento nverso entre a dependênca de recursos externos e o índce de earnngs management, conforme esperado. Esses resultados são conformes aos de Fernandes e Ferrera (2007), em termos tanto de sgnfcânca quanto do sentdo do efeo. Dferentemente desse estudo, as varáves de concentração da propredade (free-float), tamanho da empresa e dsponível não se mostraram estatstcamente dferentes de zero (TAB. 2). Os testes das hpóteses do modelo de regressão lnear múltpla ndcaram alguns problemas. As estmatvas apresentadas na tabela 2 foram, então, obtdas com a correção da heteroscedastcdade pelo método cluster-robust, em que os clusters são os setores de atvdade. O teste de especfcação RESET de Ramsey mostrou que os modelos (1) a (5) não estão corretamente especfcados. O teste de colneardade entre as varáves ndependentes sugeru que não há ndícos de correlação entre elas. Enfm, o teste de endogenedade das varáves F_FLOAT_TOT e ADR não permu rejear a hpótese nula de que sejam exógenas. A ntrodução dos ndcadores valor patrmonal por ação/preço, alavancagem fnancera e retorno sobre o nvestmento como fatores de controle, os quas estão representados pelo modelo (2), mostrou que apenas a alavancagem fnancera é estatstcamente sgnfcatva. Não obstante, o teste de especfcação RESET de Ramsey sugeru a ncorreta especfcação deste modelo. Introduzu-se, então, a varável retorno sobre o nvestmento elevado ao expoente 2. Os resultados desse teste ndcaram correta especfcação. Conseqüentemente, o relaconamento entre o ndcador de earnngs management e o retorno sobre o nvestmento parece ser não-lnear. Enfm, a ntrodução da varável ADR como fator explcatvo da transparênca no modelo orgnal (1) e a conseqüente estmação do modelo (3) mostraram que essa varável não é estatstcamente dferente de zero. Estmou-se, então, o modelo (4) com a ntrodução da varável ADR, porém não fo observada assocação sgnfca com o índce de transparênca. Este modelo mostrou-se corretamente especfcado, segundo teste RESET de Ramsey (TAB. 2). 12

13 Tabela 2: Determnantes do ndcador de transparênca contábl (earnngs management) (1) (2) (3) (4) (5) Varável ndce_transp ndce_transp ndce_transp ndce_transp ndce_transp recbruta -0, *** -0, *** -0, *** -0, *** -0, *** (-14,80) (-30,17) (-34,97) (-16,99) (-29,50) extfn -0,00128* -0,00100** -0,00107** -0,00130* -0,00112** (-2,77) (-3,09) (-3,52) (-2,78) (-3,28) logat 0,559 0,521 0,275 0,484 0,197 (0,93) (0,56) (0,34) (0,70) (0,21) logdsp -0,403-0,905-0,651-0,426-0,655 (-0,34) (-0,83) (-0,60) (-0,36) (-0,60) F_FLOAT_TOT 0, , , , ,00796 (0,08) (-0,19) (-0,16) (-0,02) (-0,27) logvpap -0,785-1,536-1,410 (-0,64) (-1,26) (-1,12) alavfn 0,00295*** 0,00259*** 0,00260*** (4,97) (4,81) (4,77) ro 0,0171-0,154-0,153 (0,19) (-1,62) (-1,58) ro2-0,0121* -0,0120 (-2,14) (-2,10) ADR 0,873 0,935 (0,52) (0,51) constante 51,69*** 53,06** 57,19*** 52,85*** 58,34*** (5,53) (3,67) (4,59) (4,93) (4,08) Dummes setoras sm sm sm sm sm r2_a 0,103 0,143 0,174 0,0994 0,170 N Teste Het. Breusch-Pagan p 0,0013 0,0002 0,0000 0,0008 0,0000 Teste RESET de Ramsey p 0,0003 0,0010 0,0907 0,0028 0,1548 Teste de endogenedade - p 0,3901 0,8174 0,6506 0,6334 0,3650 Notas: Os valores em parênteses são as estatístcas t. Os asterscos ndcam os níves de sgnfcânca: * p < 0,05, ** p < 0,01, *** p < 0,001. Os modelos estmados são OLS cross-secton. Os valores p do teste de Breusch-Pagan rejeam a hpótese nula de varâncas homoscedástcas. Os valores p do teste de endogenedade não permem rejear a hpótese nula de que as varáves de governança, F_FLOAT_TOT e ADR, sejam exógenas. Os coefcentes das varáves bnáras ndcatvas dos setores de atvdade são conjuntamente sgnfcatvos. Eles foram omdos desta tabela. Os erros-padrão são cluster-robust, sendo os clusters setores. 4.2 Determnantes da transparênca dos lucros publcados Os testes de médas mostraram que a varável TRANSP4 é sgnfcatvamente menor no grupo de empresas que possuem ADRs em bolsas norte-amercanas (estatístca t gual a 5,65 com valor p 0,000). Esses resultados sugerem, assm, uma assocação posva entre a proteção dos aconstas mnoráros e o nível de transparênca dos lucros publcados. Ou seja, tem-se um ndíco de menor assmetra de nformações entre nvestdores nternos e externos nas empresas que oferecem proteção mas ampla aos mnoráros. Os resultados da análse dos determnantes da transparênca dos lucros publcados, representada por TRANSP4, sugerem que as nformações são de melhor qualdade nas empresas maores. As estmatvas dos modelos (1) e (2) da TAB. 3 revelaram, anda, um relaconamento posvo e sgnfcatvo com a propredade dos três maores aconstas. Dessa forma, quanto maor a concentração de propredade nas mãos dos maores aconstas, menor o nível de transparênca dos lucros publcados, posto que elevados valores de TRANSP4 são ndcatvos de menor correlação entre os lucros contábes e a rentabldade de mercado das ações. Entretanto, a magnude dos coefcentes das varáves de estrutura de propredade é bastante reduzda e, por conseqüênca, a sua nfluênca sobre a transparênca não é expressva. Esperava-se que a partcpação de nstuções nas empresas ncentvasse a melhora das nformações publcadas, mas os modelos (1) a (3) da TAB. 3 sugerem que não há um efeo dessa varável sobre TRANSP4. Esperava-se, também, que, sendo o Conselho melhor 13

14 qualdade, o controle sobre as nformações dvulgadas fosse mas estreo e, por consegunte, maor a transparênca. Porém, os relaconamentos entre as varáves não se mostraram sgnfcatvos. Em suma, os dados sugerem que não há uma assocação sgnfcatva entre o nível de transparênca dos lucros publcados e os ndcadores de efcênca do Conselho e o peso da partcpação de nstuções no capal das empresas (TAB. 3). Tabela 3: Determnantes da transparênca dos lucros publcados TRANSP4 (1) (2) (3) Varável TRANSP4 TRANSP4 TRANSP4 AC_INST_TOT 0, , , (0,73) (0,25) (-0,00) AC1_TOT 0, ** (2,94) INDEP 0, , , (0,77) (0,84) (0,81) SEPAR -0,0214-0,0222-0,0225 (-1,44) (-1,53) (-1,58) TAM_CA -0, , ,00355 (-0,81) (-1,06) (-1,12) ADR 0, , ,00151 (0,24) (0,34) (0,12) Recbruta 0, , , (0,25) (0,34) (0,34) Extfn -0, , , (-0,75) (-0,86) (-0,87) Logdsp -0, , ,00538 (-1,33) (-1,13) (-1,17) Logdbrpl -0, , ,00594 (-1,70) (-1,71) (-1,78) Logvm -0,0106 ** -0,00997 * -0,00932 * (-2,63) (-2,52) (-2,35) Logvpap -0, , ,00774 (-0,96) (-0,95) (-0,90) AC_S3_TOT 0, * (2,29) AC_S5_TOT 0, (1,78) Constante 0,340 *** 0,331 *** 0,330 *** (6,01) (5,63) (5,40) r2 0,0798 0,0788 0,0777 r2_a 0,0647 0,0637 0,0626 F 14,90 15,02 14,58 N Dummes temporas sm sm sm Teste de Heterosc. de Breusch-Pagan 0,000 0,000 0,000 Teste de autocor. Arellano-Bond p 0,1658 0,1703 0,1597 Teste RESET de Ramsey 0,3678 0,4197 0,5007 Teste de endogenedade (p value) 0,5761 0,2612 0,1904 Notas: Os valores em parênteses são as estatístcas t. Os asterscos ndcam os níves de sgnfcânca: * p < 0,05, ** p < 0,01, *** p < 0,001. Os modelos estmados são pooled OLS, porque os efeos específcos não se mostraram sgnfcatvos. Os valores p do teste de autocorrelação de Arrelano e Bond (1991) não rejeam a hpótese nula de ausênca de autocorrelação; os do teste de heteroscedastcdade de Breusch-Pagan rejeam a hpótese nula de varâncas homoscedástcas; os do de endogenedade de Baum, Schaffer e Stllman (2007) não rejeam a hpótese de exogenedade das varáves do Conselho de Admnstração e da estrutura de propredade. As varáves bnáras temporas são sgnfcatvas e foram omdas desta tabela. Os erros-padrão são cluster-robust, sendo as undades cross-secton (as empresas) os clusters. 4.3 Determnantes da comuncação fnancera: freqüênca de dvulgação Os resultados dos testes de méda revelaram que TRANSP5 é sgnfcatvamente maor no grupo de empresas que negocam ADRs em bolsas norte-amercanas (estatístca t 14

15 gual a -8,63, com valor p 0,000). Dessa forma, têm-se ndícos de que as empresas que dvulgam nformações com maor freqüênca são aquelas que oferecem, voluntaramente, maor proteção aos aconstas mnoráros. Isto é, os nvestdores das empresas com essas característcas têm acesso a mas nformações. Na análse do relaconamento entre a quantdade de nformações dvulgadas e as varáves de estrutura de propredade, do Conselho de Admnstração e característcas específcas das empresas, observaram-se assocações posvas e sgnfcatvas com ADR, tamanho da empresa, dependênca de recursos externos, dsponível (caxa) e oportundades de crescmento. Não se observou nfluênca das varáves do Conselho e da estrutura de propredade sobre a freqüênca da comuncação fnancera (TAB. 4). Essas evdêncas sugerem que a freqüênca com que a empresa se reporta ao mercado por meo da dvulgação de fatos relevantes e comuncações ao mercado que são, geralmente, nformações acerca de negocações com as ações da companha e avsos aos nvestdores é maor quando mantém um programa de ADR em bolsas norte-amercanas, o que era de se esperar, haja vsta o maor nível de nformações requerdo dessas empresas. Igualmente, a freqüênca de dvulgação é maor nas empresas de tamanho grande, com elevados valores do índce book-to-market e com folga de caxa. Tabela 4: Determnantes da freqüênca de comuncação ao mercado (1) (2) (3) Varável TRANSP5 TRANSP5 TRANSP5 AC_INST_TOT -0,0173-0,0165-0,0119 (-0,33) (-0,32) (-0,23) AC1_TOT -0,0675 (-1,91) INDEP 0,0190 0,0168 0,0167 (0,50) (0,43) (0,43) SEPAR -1,619-1,541-1,506 (-1,62) (-1,59) (-1,58) TAM_CA -0,339-0,340-0,343 (-1,11) (-1,09) (-1,12) ADR 64,02 *** 63,35 *** 63,57 *** (19,02) (17,30) (17,74) recbruta -0, , ,00111 (-0,21) (-0,12) (-0,14) extfn 0, *** 0, ** 0, *** (3,40) (3,15) (3,46) logdsp 0,868 * 0,775 * 0,816 * (2,28) (2,07) (2,17) logdbrpl 0,314 0,290 0,279 (0,56) (0,52) (0,50) logvm 3,447 * 3,487 * 3,489 * (2,53) (2,57) (2,55) logvpap 3,397 * 3,403 * 3,408 * (2,24) (2,28) (2,28) AC_S3_TOT -0,0585 (-1,58) AC_S5_TOT -0,0448 (-1,43) constante -49,27 ** -48,93 ** -49,65 ** (-2,70) (-2,72) (-2,71) Dummes temporas sm sm sm r2_w 0,434 0,435 0,433 r2_b 0,348 0,350 0,349 F 1231,5 442,2 396,1 N Teste de Hausman (p values ) 0,000 0,000 0,000 15

16 Teste de Heteroscedastcdade de Baum (2001) 0,000 0,000 0,000 Teste de autocorrelação de Wooldrdge (2002) 0,0105 0,0104 0,014 Teste de endogenedade (p value) 0,8275 0,2647 0,2269 Notas: Os valores em parênteses são as estatístcas t. Os asterscos ndcam os níves de sgnfcânca: * p < 0,05, ** p<0,01, *** p < 0,001. Os modelos estmados são de efeos fxos. Os valores p do teste de Hausman ndcam a preferênca do modelo de efeos fxos. Os valores p do teste de Wooldrdge (2002) rejeam a hpótese nula de ausênca de autocorrelação; os do teste de Baum (2001) rejeam a hpótese nula de varâncas homoscedástcas; e os do teste de endogenedade de Baum, Schaffer e Stllman (2007) não permem rejear a hpótese de que as varáves do Conselho de Admnstração e da estrutura de propredade sejam exógenas. Os coefcentes das varáves bnáras temporas são sgnfcatvos e foram omdos desta tabela. Os erros-padrão são cluster-robust, sendo as undades cross-secton (empresas) os clusters. 5 CONCLUSÃO Argumentou-se neste artgo que a qualdade das nformações contábes publcadas pela empresa constu mportante mecansmo de redução dos problemas de agênca entre os drgentes, ou os aconstas controladores, e os nvestdores externos, uma vez que possbla a redução da assmetra de nformações entre esses atores. Ele teve como objetvo examnar o relaconamento entre a transparênca das nformações da empresa e outros nstrumentos de governança, representados por característcas de estrutura e composção do Conselho de Admnstração, da estrutura de propredade e de controle e da proteção dos nvestdores mnoráros. Especfcamente, a ntenção fo dentfcar os mecansmos de governança e as característcas específcas das frmas que determnam a qualdade das nformações publcadas e a comuncação espontânea ao mercado. A análse da transparênca das nformações contábes mostrou que esta varável está assocada, prncpalmente, às característcas específcas das frmas e dos seus setores de atvdade, sendo dretamente relaconada às oportundades de crescmento e à dependênca de recursos externos para fnancamento. Além dsso, quando se empregou uma medda de mercado para representar a transparênca, constatou-se que as nformações de lucros são de melhor qualdade nas empresas de maor tamanho e naquelas em que o percentual de capal nas mãos dos três maores aconsta é menor, embora a magnude desse efeo tenha se revelado pequena. A análse unvarada sugeru, anda, uma assocação entre a transparênca e a proteção dos aconstas mnoráros, proporconada pela negocação de ações em um mercado em que os nteresses dessa classe de nvestdores são mas fortemente assegurados. São poucos os estudos que buscaram examnar a assocação entre os mecansmos de governança, especalmente das característcas do conselho e da estrutura de propredade, e a qualdade da nformação fnancera no mercado braslero, que busca aprmorar o seu padrão de dvulgação de nformações. Nesse sentdo, este estudo representa uma contrbução, uma vez que fornece maores ndcações quanto aos efeos das característcas de governança das empresas sobre a transparênca das nformações. 6 REFERÊNCIAS ALDRIGHI, D. M; NETO, R. M. Estrutura de propredade e de controle das empresas de capal aberto no Brasl. Revsta de Economa Polítca, v. 25, n. 2, p , ARELLANO, M.; BOND, S. Some tests of specfcaton for panel data: Monte Carlo evdence and an applcaton to employment equatons. The Revew of Economc Studes, v. 58, n. 2, p , BATTACHARYA, U.; DAOUK, H.; WELKER, M. The world prce of earnngs opacy. Accountng Revew, vol. 78, n. 3, p , BAUER, R.; GUENSTER, N.; OTTEN, R. Emprcal evdence on corporate governance n Europe: the effect on stock returns, frm value and performance. Journal of Asset Management, v. 5, n. 2, p , BAUM, C. F. Resdual dagnostcs for cross-secton tme seres regresson models. Stata Journal, v. 1, n.1, p ,

17 BAUM, C. F.; SCHAFFER, M. E.; STILLMAN, S. Enhanced routnes for nstrumental varables/gmm estmaton and testng. Stata Journal, v. 7, n.4, p , BUSHMAN, R. M.; SMITH, A. J. Transparency, fnancal accountng nformaton, and corporate governance. Economc Polcy Revew, v. 9, n. 1, p , DUTRA, M. G. L.; SAITO, R. Conselhos de Admnstração: análse de sua composção em um conjunto de companhas abertas brasleras. RAC, v. 6, n. 2, p , FAMA, E. F.; JENSEN, M. C. Separaton of Ownershp and Control. Journal of Law and Economcs, v. 26, n. 2, p , FERNANDES, N. G.; FERREIRA, M. A. The evoluton of earnngs management and frm valuaton: a cross-country analyss. Workng Paper, outubro, EFA 2007 Ljubljana Meetngs Paper. JENSEN, M. The modern ndustral revoluton, ex, and the falure of nternal control systems. Journal of Fnance, v. 48, n. 3, p , JENSEN, M.; MECKLING, W. The theory of the frm: manageral behavor, agency costs, and capal structure. Journal of Fnancal Economcs, v. 3, n. 4, p , LA PORTA, R.; LOPEZ-DE-SILANES, F.; SHLEIFER, A.; VISHNY, R. Law and fnance. Journal of Polcal Economy, vol. 106, n. 6, p , LANG, M. H.; LINS, K. V.; MILLER, D. P. ADRs, analysts, and accuracy: does cross lstng n the Uned States mprove a frm s nformaton envronment and ncrease and ncrease market value? Journal of Accountng Research, v. 41, n.2, p , LANG, M.; RAEDY, J. S.; YETMAN, M. How representatve are frms that are cross-lsted n the Uned States? An analyss of accountng qualy. Journal of Accountng Research, v. 41, n.2, p , LANG, M. H.; RAEDY, J. S.; WILSON, W. Earnngs management and cross lstng: are reconcled earnngs comparable to US earnngs? Journal of Accountng and Economcs, v. 42, n.1-2, p , LANZANA, A. P. Relação entre dsclosure e governança corporatva das empresas brasleras. Dssertação de Mestrado. Faculdade de Economa, Admnstração e Contabldade da Unversdade de São Paulo, Acesso em 5 de junho de LEAL, R. P.C.; CARVALHAL-DA-SILVA, A. L; VALADARES, S. M. Estrutura de controle das companhas brasleras de capal aberto. Revsta de Admnstração Contemporânea, v. 6, n. 1, p. 7-18, LEUZ, C.; NANDA, D.; WYSOCKI, P. D. Earnngs management and nvestor protecton: an nternatonal comparson. Journal of Fnancal Economcs, v. 69, n.3, p , LEUZ, C. Cross lstng, bondng and frm`s reportng ncentves: a dscusson of Lang, Raedy and Wlson (2006). Journal of Accountng and Economcs, v. 42, n.1-2, p , LIPTON, M., LORSCH, J. A modest proposal for mproved corporate governance. Busness Lawyer, v. 48, n. 1, p , NIU, F. F. Corporate governance and the qualy of accountng earnngs: a canadan perspectve. Internatonal Journal of Manageral Fnance, vol. 2, n. 4, p , SCHIPPER, K. Earnngs management. Accountng Horzons, v. 3, no. 4, p , SHLEIFER, A.; VISHNY. R. W. A survey of corporate governance. Journal of Fnance, v. 22, n. 2, p , SKAIFE, Holls Ashbaugh; COLLINS, Danel. W.; LAFOND, Ryan. Corporate Governance and the Cost of Equy Capal. Workng Paper, Dezembro, WOOLDRIDGE, J. M. Econometrc analyss of cross secton and panel data. 1 ed. Cambrdge, Shpper (1989) entende que a manpulação dos lucros consste na ntervenção ntenconal nas nformações fnanceras dvulgadas com o propóso de obter ganhos prvados. 17

5.1 Seleção dos melhores regressores univariados (modelo de Índice de Difusão univariado)

5.1 Seleção dos melhores regressores univariados (modelo de Índice de Difusão univariado) 5 Aplcação Neste capítulo será apresentada a parte empírca do estudo no qual serão avalados os prncpas regressores, um Modelo de Índce de Dfusão com o resultado dos melhores regressores (aqu chamado de

Leia mais

TEORIA DE ERROS * ERRO é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e o valor real ou correto da mesma.

TEORIA DE ERROS * ERRO é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e o valor real ou correto da mesma. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA AV. FERNANDO FERRARI, 514 - GOIABEIRAS 29075-910 VITÓRIA - ES PROF. ANDERSON COSER GAUDIO FONE: 4009.7820 FAX: 4009.2823

Leia mais

Análise de Regressão. Profa Alcione Miranda dos Santos Departamento de Saúde Pública UFMA

Análise de Regressão. Profa Alcione Miranda dos Santos Departamento de Saúde Pública UFMA Análse de Regressão Profa Alcone Mranda dos Santos Departamento de Saúde Públca UFMA Introdução Uma das preocupações estatístcas ao analsar dados, é a de crar modelos que explctem estruturas do fenômeno

Leia mais

NOTA II TABELAS E GRÁFICOS

NOTA II TABELAS E GRÁFICOS Depto de Físca/UFMG Laboratóro de Fundamentos de Físca NOTA II TABELAS E GRÁFICOS II.1 - TABELAS A manera mas adequada na apresentação de uma sére de meddas de um certo epermento é através de tabelas.

Leia mais

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA - Centro de Ciências Sociais e Aplicadas Curso de Economia

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA - Centro de Ciências Sociais e Aplicadas Curso de Economia CCSA - Centro de Cêncas Socas e Aplcadas Curso de Economa ECONOMIA REGIONAL E URBANA Prof. ladmr Fernandes Macel LISTA DE ESTUDO. Explque a lógca da teora da base econômca. A déa que sustenta a teora da

Leia mais

PARTE 1. 1. Apresente as equações que descrevem o comportamento do preço de venda dos imóveis.

PARTE 1. 1. Apresente as equações que descrevem o comportamento do preço de venda dos imóveis. EXERCICIOS AVALIATIVOS Dscplna: ECONOMETRIA Data lmte para entrega: da da 3ª prova Valor: 7 pontos INSTRUÇÕES: O trabalho é ndvdual. A dscussão das questões pode ser feta em grupo, mas cada aluno deve

Leia mais

Probabilidade e Estatística. Correlação e Regressão Linear

Probabilidade e Estatística. Correlação e Regressão Linear Probabldade e Estatístca Correlação e Regressão Lnear Correlação Este uma correlação entre duas varáves quando uma delas está, de alguma forma, relaconada com a outra. Gráfco ou Dagrama de Dspersão é o

Leia mais

Metodologia IHFA - Índice de Hedge Funds ANBIMA

Metodologia IHFA - Índice de Hedge Funds ANBIMA Metodologa IHFA - Índce de Hedge Funds ANBIMA Versão Abrl 2011 Metodologa IHFA Índce de Hedge Funds ANBIMA 1. O Que é o IHFA Índce de Hedge Funds ANBIMA? O IHFA é um índce representatvo da ndústra de hedge

Leia mais

Sistemas de Filas: Aula 5. Amedeo R. Odoni 22 de outubro de 2001

Sistemas de Filas: Aula 5. Amedeo R. Odoni 22 de outubro de 2001 Sstemas de Flas: Aula 5 Amedeo R. Odon 22 de outubro de 2001 Teste 1: 29 de outubro Com consulta, 85 mnutos (níco 10:30) Tópcos abordados: capítulo 4, tens 4.1 a 4.7; tem 4.9 (uma olhada rápda no tem 4.9.4)

Leia mais

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL.

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL. A FUNÇÃO DE PRODUÇÃO E SUPERMERCADOS NO BRASIL ALEX AIRES CUNHA (1) ; CLEYZER ADRIAN CUNHA (). 1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;.UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL.

Leia mais

Custo de Capital. O enfoque principal refere-se ao capital de longo prazo, pois este dá suporte aos investimentos nos ativos permanentes da empresa.

Custo de Capital. O enfoque principal refere-se ao capital de longo prazo, pois este dá suporte aos investimentos nos ativos permanentes da empresa. Custo e Captal 1 Custo e Captal Seguno Gtman (2010, p. 432) o custo e Captal é a taxa e retorno que uma empresa precsa obter sobre seus nvestmentos para manter o valor a ação nalterao. Ele também poe ser

Leia mais

Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Cálculo do Conceito Preliminar de Cursos de Graduação

Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Cálculo do Conceito Preliminar de Cursos de Graduação Mnstéro da Educação Insttuto Naconal de Estudos e Pesqusas Educaconas Aníso Texera Cálculo do Conceto Prelmnar de Cursos de Graduação Nota Técnca Nesta nota técnca são descrtos os procedmentos utlzados

Leia mais

INVESTIMENTO EM EMPRESAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO: UM ESTUDO QUANTITATIVO DAS OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO PÓS- PLANO REAL

INVESTIMENTO EM EMPRESAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO: UM ESTUDO QUANTITATIVO DAS OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO PÓS- PLANO REAL INVESTIMENTO EM EMPRESAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO: UM ESTUDO QUANTITATIVO DAS OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO PÓS- ANO REAL Igor Vasconcelos Noguera Mestre Dscente CEPEAD/UFMG Rua Dona Lbâna, 15. Ap.

Leia mais

DESEMPENHO COMERCIAL DAS EMPRESAS ESTRANGEIRAS NO BRASIL NA DÉCADA DE 90: UMA ANÁLISE DE DADOS EM PAINEL.

DESEMPENHO COMERCIAL DAS EMPRESAS ESTRANGEIRAS NO BRASIL NA DÉCADA DE 90: UMA ANÁLISE DE DADOS EM PAINEL. DESEMPENHO COMERCIAL DAS EMPRESAS ESTRANGEIRAS NO BRASIL NA DÉCADA DE 90: UMA ANÁLISE DE DADOS EM PAINEL. 1 APRESENTAÇÃO Nos anos 90, o país assstu a vultosas entradas de capal estrangero tanto de curto

Leia mais

Decisão de Recompra de Ações: Intenção de Blindagem em Período de Turbulência Financeira?

Decisão de Recompra de Ações: Intenção de Blindagem em Período de Turbulência Financeira? Decsão de Recompra de Ações: Intenção de Blndagem em Período de Turbulênca Fnancera? Resumo Autora: Llam Sanchez Carrete Este trabalho tem como objetvo avalar se o anúnco de programas de recompra de ações

Leia mais

Nota Técnica Médias do ENEM 2009 por Escola

Nota Técnica Médias do ENEM 2009 por Escola Nota Técnca Médas do ENEM 2009 por Escola Crado em 1998, o Exame Naconal do Ensno Médo (ENEM) tem o objetvo de avalar o desempenho do estudante ao fm da escolardade básca. O Exame destna-se aos alunos

Leia mais

Governança Corporativa e Estrutura de Propriedade no Brasil: Causas e Conseqüências

Governança Corporativa e Estrutura de Propriedade no Brasil: Causas e Conseqüências Governança Corporatva e Estrutura de Propredade no Brasl: Causas e Conseqüêncas Anaméla Borges Tannús Dam (UFU - Unversdade Federal de Uberlânda) Pablo Rogers (UFU - Unversdade Federal de Uberlânda) Kárem

Leia mais

GOVERNANÇA CORPORATIVA E DESEMPENHO: UM ESTUDO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS NÃO LISTADAS NA BOVESPA

GOVERNANÇA CORPORATIVA E DESEMPENHO: UM ESTUDO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS NÃO LISTADAS NA BOVESPA GOVERNANÇA CORPORATIVA E DESEMPENHO: UM ESTUDO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS NÃO LISTADAS NA BOVESPA MOISÉS ARAÚJO ALMEIDA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO JOSÉTE FLORENCIO DOS SANTOS UNIVERSIDADE FEDERAL

Leia mais

Objetivos da aula. Essa aula objetiva fornecer algumas ferramentas descritivas úteis para

Objetivos da aula. Essa aula objetiva fornecer algumas ferramentas descritivas úteis para Objetvos da aula Essa aula objetva fornecer algumas ferramentas descrtvas útes para escolha de uma forma funconal adequada. Por exemplo, qual sera a forma funconal adequada para estudar a relação entre

Leia mais

PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS DO CEARÁ

PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS DO CEARÁ GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E GESTÃO - SEPLAG INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO CEARÁ - IPECE NOTA TÉCNICA Nº 29 PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS

Leia mais

Palavras-chave: Governança corporativa. Desempenho. Empresas de capital aberto.

Palavras-chave: Governança corporativa. Desempenho. Empresas de capital aberto. AS EMPRESAS QUE ADOTAM AS MELHORES PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA POSSUEM MELHOR DESEMPENHO? UM ESTUDO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO NÃO LISTADAS EM BOLSA Mosés Araújo Almeda Doutorando

Leia mais

CAPÍTULO 1 Exercícios Propostos

CAPÍTULO 1 Exercícios Propostos CAPÍTULO 1 Exercícos Propostos Atenção: Na resolução dos exercícos consderar, salvo menção em contráro, ano comercal de das. 1. Qual é a taxa anual de juros smples obtda em uma aplcação de $1.0 que produz,

Leia mais

Despacho Econômico de. Sistemas Termoelétricos e. Hidrotérmicos

Despacho Econômico de. Sistemas Termoelétricos e. Hidrotérmicos Despacho Econômco de Sstemas Termoelétrcos e Hdrotérmcos Apresentação Introdução Despacho econômco de sstemas termoelétrcos Despacho econômco de sstemas hdrotérmcos Despacho do sstema braslero Conclusões

Leia mais

ANEXO II METODOLOGIA E CÁLCULO DO FATOR X

ANEXO II METODOLOGIA E CÁLCULO DO FATOR X ANEXO II Nota Técnca nº 256/2009-SRE/ANEEL Brasíla, 29 de julho de 2009 METODOLOGIA E ÁLULO DO FATOR X ANEXO II Nota Técnca n o 256/2009 SRE/ANEEL Em 29 de julho de 2009. Processo nº 48500.004295/2006-48

Leia mais

Testando um Mito de Investimento : Eficácia da Estratégia de Investimento em Ações de Crescimento.

Testando um Mito de Investimento : Eficácia da Estratégia de Investimento em Ações de Crescimento. Testando um Mto de Investmento : Efcáca da Estratéga de Investmento em Ações de Crescmento. Autora: Perre Lucena Rabon, Odlon Saturnno Slva Neto, Valera Louse de Araújo Maranhão, Luz Fernando Correa de

Leia mais

Y X Baixo Alto Total Baixo 1 (0,025) 7 (0,175) 8 (0,20) Alto 19 (0,475) 13 (0,325) 32 (0,80) Total 20 (0,50) 20 (0,50) 40 (1,00)

Y X Baixo Alto Total Baixo 1 (0,025) 7 (0,175) 8 (0,20) Alto 19 (0,475) 13 (0,325) 32 (0,80) Total 20 (0,50) 20 (0,50) 40 (1,00) Bussab&Morettn Estatístca Básca Capítulo 4 Problema. (b) Grau de Instrução Procedênca º grau º grau Superor Total Interor 3 (,83) 7 (,94) (,) (,33) Captal 4 (,) (,39) (,) (,3) Outra (,39) (,7) (,) 3 (,3)

Leia mais

Os modelos de regressão paramétricos vistos anteriormente exigem que se suponha uma distribuição estatística para o tempo de sobrevivência.

Os modelos de regressão paramétricos vistos anteriormente exigem que se suponha uma distribuição estatística para o tempo de sobrevivência. MODELO DE REGRESSÃO DE COX Os modelos de regressão paramétrcos vstos anterormente exgem que se suponha uma dstrbução estatístca para o tempo de sobrevvênca. Contudo esta suposção, caso não sea adequada,

Leia mais

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES O Danel Slvera pedu para eu resolver mas questões do concurso da CEF. Vou usar como base a numeração do caderno foxtrot Vamos lá: 9) Se, ao descontar uma promssóra com valor de face de R$ 5.000,00, seu

Leia mais

RISCO. Investimento inicial $ $ Taxa de retorno anual Pessimista 13% 7% Mais provável 15% 15% Otimista 17% 23% Faixa 4% 16%

RISCO. Investimento inicial $ $ Taxa de retorno anual Pessimista 13% 7% Mais provável 15% 15% Otimista 17% 23% Faixa 4% 16% Análse de Rsco 1 RISCO Rsco possbldade de perda. Quanto maor a possbldade, maor o rsco. Exemplo: Empresa X va receber $ 1.000 de uros em 30 das com títulos do governo. A empresa Y pode receber entre $

Leia mais

Introdução à Análise de Dados nas medidas de grandezas físicas

Introdução à Análise de Dados nas medidas de grandezas físicas Introdução à Análse de Dados nas meddas de grandezas físcas www.chem.wts.ac.za/chem0/ http://uregna.ca/~peresnep/ www.ph.ed.ac.uk/~td/p3lab/analss/ otas baseadas nos apontamentos Análse de Dados do Prof.

Leia mais

Análise multivariada do risco sistemático dos principais mercados de ações da América Latina: um enfoque Bayesiano

Análise multivariada do risco sistemático dos principais mercados de ações da América Latina: um enfoque Bayesiano XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasl, 9 a 11 de Outubro de 006 Análse multvarada do rsco sstemátco dos prncpas mercados de ações da Amérca Latna: um enfoque Bayesano André Asss de Salles (UFRJ) asalles@nd.ufrj.br

Leia mais

Assimetria de Informações e Pagamento de Proventos em Dinheiro na Bovespa.

Assimetria de Informações e Pagamento de Proventos em Dinheiro na Bovespa. Assmetra de Informações e Pagamento de Proventos em Dnhero na Bovespa. Autora: Robert Aldo Iquapaza, Wagner Moura Lamouner, Hudson Fernandes Amaral Resumo: Nesta pesqusa avala-se o efeto da assmetra de

Leia mais

Professor Mauricio Lutz CORRELAÇÃO

Professor Mauricio Lutz CORRELAÇÃO Professor Maurco Lutz 1 CORRELAÇÃO Em mutas stuações, torna-se nteressante e útl estabelecer uma relação entre duas ou mas varáves. A matemátca estabelece város tpos de relações entre varáves, por eemplo,

Leia mais

3 Metodologia de Avaliação da Relação entre o Custo Operacional e o Preço do Óleo

3 Metodologia de Avaliação da Relação entre o Custo Operacional e o Preço do Óleo 3 Metodologa de Avalação da Relação entre o Custo Operaconal e o Preço do Óleo Este capítulo tem como objetvo apresentar a metodologa que será empregada nesta pesqusa para avalar a dependênca entre duas

Leia mais

4 Critérios para Avaliação dos Cenários

4 Critérios para Avaliação dos Cenários Crtéros para Avalação dos Cenáros É desejável que um modelo de geração de séres sntétcas preserve as prncpas característcas da sére hstórca. Isto quer dzer que a utldade de um modelo pode ser verfcada

Leia mais

7 - Distribuição de Freqüências

7 - Distribuição de Freqüências 7 - Dstrbução de Freqüêncas 7.1 Introdução Em mutas áreas há uma grande quantdade de nformações numércas que precsam ser dvulgadas de forma resumda. O método mas comum de resumr estes dados numércos consste

Leia mais

Estatística stica Descritiva

Estatística stica Descritiva AULA1-AULA5 AULA5 Estatístca stca Descrtva Prof. Vctor Hugo Lachos Davla oo que é a estatístca? Para mutos, a estatístca não passa de conjuntos de tabelas de dados numércos. Os estatístcos são pessoas

Leia mais

Estimativa da Incerteza de Medição da Viscosidade Cinemática pelo Método Manual em Biodiesel

Estimativa da Incerteza de Medição da Viscosidade Cinemática pelo Método Manual em Biodiesel Estmatva da Incerteza de Medção da Vscosdade Cnemátca pelo Método Manual em Bodesel Roberta Quntno Frnhan Chmn 1, Gesamanda Pedrn Brandão 2, Eustáquo Vncus Rbero de Castro 3 1 LabPetro-DQUI-UFES, Vtóra-ES,

Leia mais

www.obconcursos.com.br/portal/v1/carreirafiscal

www.obconcursos.com.br/portal/v1/carreirafiscal www.obconcursos.com.br/portal/v1/carrerafscal Moda Exercíco: Determne o valor modal em cada um dos conjuntos de dados a segur: X: { 3, 4,, 8, 8, 8, 9, 10, 11, 1, 13 } Mo 8 Y: { 10, 11, 11, 13, 13, 13,

Leia mais

Variabilidade Espacial do Teor de Água de um Argissolo sob Plantio Convencional de Feijão Irrigado

Variabilidade Espacial do Teor de Água de um Argissolo sob Plantio Convencional de Feijão Irrigado Varabldade Espacal do Teor de Água de um Argssolo sob Planto Convenconal de Fejão Irrgado Elder Sânzo Aguar Cerquera 1 Nerlson Terra Santos 2 Cásso Pnho dos Res 3 1 Introdução O uso da água na rrgação

Leia mais

Associação entre duas variáveis quantitativas

Associação entre duas variáveis quantitativas Exemplo O departamento de RH de uma empresa deseja avalar a efcáca dos testes aplcados para a seleção de funconáros. Para tanto, fo sorteada uma amostra aleatóra de 50 funconáros que fazem parte da empresa

Leia mais

Introdução e Organização de Dados Estatísticos

Introdução e Organização de Dados Estatísticos II INTRODUÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICOS 2.1 Defnção de Estatístca Uma coleção de métodos para planejar expermentos, obter dados e organzá-los, resum-los, analsá-los, nterpretá-los e deles extrar

Leia mais

Determinantes da Gestão de Risco em Empresas de Capital Aberto no Brasil. Autoria: Rafael Felipe Schiozer, Richard Saito

Determinantes da Gestão de Risco em Empresas de Capital Aberto no Brasil. Autoria: Rafael Felipe Schiozer, Richard Saito Determnantes da Gestão de Rsco em Empresas de Captal Aberto no Brasl Autora: Rafael Felpe Schozer, Rchard Sato Resumo: Esse artgo traz evdêncas empírcas sobre os fatores determnantes para a decsão de gerencar

Leia mais

FLÁVIA Z. DALMÁCIO - flavia@fucape.br Doutoranda em Contabilidade pela Usp e Professora. da FUCAPE

FLÁVIA Z. DALMÁCIO - flavia@fucape.br Doutoranda em Contabilidade pela Usp e Professora. da FUCAPE 1 UM ESTUDO DO IMPACTO DA GOVERNANÇA CORPORATIVA NA RENTABILIDADE E PERFORMANCE DO ÍNDICE BRASIL (IBrX) CARLOS BOLÍVAR DE ASSUMPÇÃO JÚNIOR - bolvar.vx@terra.com.br Mestrado Profssonal em Cêncas Contábes

Leia mais

ISEP - ÍNDICE DE SHARPE ESCOLAR A PARTIR DA PROVA BRASIL: CRIAÇÃO E ESTUDO

ISEP - ÍNDICE DE SHARPE ESCOLAR A PARTIR DA PROVA BRASIL: CRIAÇÃO E ESTUDO ISEP - ÍNDICE DE SHARPE ESCOLAR A PARTIR DA PROVA BRASIL: CRIAÇÃO E ESTUDO Roberta Montello Amaral (UNIFESO) amaralroberta@yahoo.com.br Crado em 1990, o Saeb é um sstema de avalação do MEC que, junto à

Leia mais

UM EXAME DA RELAÇÃO ENTRE A INDÚSTRIA DA MODA E VARIÁVEIS SÓCIO-ECONOMICAS NO ESTADO DE PERNAMBUCO

UM EXAME DA RELAÇÃO ENTRE A INDÚSTRIA DA MODA E VARIÁVEIS SÓCIO-ECONOMICAS NO ESTADO DE PERNAMBUCO UM EXAME DA RELAÇÃO ENTRE A INDÚSTRIA DA MODA E VARIÁVEIS SÓCIO-ECONOMICAS NO ESTADO DE PERNAMBUCO MARIANA CAVALCANTI PINCOVSKY DE LIMA; ANDRÉ DE SOUZA MELO; RICARDO CHAVES LIMA; UFPE/PIMES RECIFE - PE

Leia mais

Regressão e Correlação Linear

Regressão e Correlação Linear Probabldade e Estatístca I Antono Roque Aula 5 Regressão e Correlação Lnear Até o momento, vmos técncas estatístcas em que se estuda uma varável de cada vez, estabelecendo-se sua dstrbução de freqüêncas,

Leia mais

Elaboração: Fevereiro/2008

Elaboração: Fevereiro/2008 Elaboração: Feverero/2008 Últma atualzação: 19/02/2008 E ste Caderno de Fórmulas tem por objetvo esclarecer aos usuáros a metodologa de cálculo e os crtéros de precsão utlzados na atualzação das Letras

Leia mais

Covariância e Correlação Linear

Covariância e Correlação Linear TLF 00/ Cap. X Covarânca e correlação lnear Capítulo X Covarânca e Correlação Lnear 0.. Valor médo da grandeza (,) 0 0.. Covarânca na propagação de erros 03 0.3. Coecente de correlação lnear 05 Departamento

Leia mais

CQ110 : Princípios de FQ

CQ110 : Princípios de FQ CQ110 : Prncípos de FQ CQ 110 Prncípos de Físco Químca Curso: Farmáca Prof. Dr. Marco Vdott mvdott@ufpr.br Potencal químco, m potencal químco CQ110 : Prncípos de FQ Propredades termodnâmcas das soluções

Leia mais

3ª AULA: ESTATÍSTICA DESCRITIVA Medidas Numéricas

3ª AULA: ESTATÍSTICA DESCRITIVA Medidas Numéricas PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EGEHARIA DE TRASPORTES E GESTÃO TERRITORIAL PPGTG DEPARTAMETO DE EGEHARIA CIVIL ECV DISCIPLIA: TGT41006 FUDAMETOS DE ESTATÍSTICA 3ª AULA: ESTATÍSTICA DESCRITIVA Meddas umércas

Leia mais

Análise Econômica da Aplicação de Motores de Alto Rendimento

Análise Econômica da Aplicação de Motores de Alto Rendimento Análse Econômca da Aplcação de Motores de Alto Rendmento 1. Introdução Nesta apostla são abordados os prncpas aspectos relaconados com a análse econômca da aplcação de motores de alto rendmento. Incalmente

Leia mais

Avaliação da Tendência de Precipitação Pluviométrica Anual no Estado de Sergipe. Evaluation of the Annual Rainfall Trend in the State of Sergipe

Avaliação da Tendência de Precipitação Pluviométrica Anual no Estado de Sergipe. Evaluation of the Annual Rainfall Trend in the State of Sergipe Avalação da Tendênca de Precptação Pluvométrca Anual no Estado de Sergpe Dandara de Olvera Félx, Inaá Francsco de Sousa 2, Pablo Jónata Santana da Slva Nascmento, Davd Noguera dos Santos 3 Graduandos em

Leia mais

Elaboração: Novembro/2005

Elaboração: Novembro/2005 Elaboração: Novembro/2005 Últma atualzação: 18/07/2011 Apresentação E ste Caderno de Fórmulas tem por objetvo nformar aos usuáros a metodologa e os crtéros de precsão dos cálculos referentes às Cédulas

Leia mais

O COMPORTAMENTO DOS BANCOS DOMÉSTICOS E NÃO DOMÉSTICOS NA CONCESSÃO DE CRÉDITO À HABITAÇÃO: UMA ANÁLISE COM BASE EM DADOS MICROECONÓMICOS*

O COMPORTAMENTO DOS BANCOS DOMÉSTICOS E NÃO DOMÉSTICOS NA CONCESSÃO DE CRÉDITO À HABITAÇÃO: UMA ANÁLISE COM BASE EM DADOS MICROECONÓMICOS* O COMPORTAMENTO DOS BANCOS DOMÉSTICOS E NÃO DOMÉSTICOS NA CONCESSÃO DE CRÉDITO À HABITAÇÃO: UMA ANÁLISE COM BASE EM DADOS MICROECONÓMICOS* Sóna Costa** Luísa Farnha** 173 Artgos Resumo As nsttuções fnanceras

Leia mais

Organização da Aula. Gestão de Obras Públicas. Aula 2. Projeto de Gestão de Obras Públicas Municipais. Contextualização

Organização da Aula. Gestão de Obras Públicas. Aula 2. Projeto de Gestão de Obras Públicas Municipais. Contextualização Gestão de Obras Públcas Aula 2 Profa. Elsamara Godoy Montalvão Organzação da Aula Tópcos que serão abordados na aula Admnstração e Gestão Muncpal Problemas Admnstração e Gestão Muncpal Gestão do Conhecmento

Leia mais

Programa do Curso. Sistemas Inteligentes Aplicados. Análise e Seleção de Variáveis. Análise e Seleção de Variáveis. Carlos Hall

Programa do Curso. Sistemas Inteligentes Aplicados. Análise e Seleção de Variáveis. Análise e Seleção de Variáveis. Carlos Hall Sstemas Intelgentes Aplcados Carlos Hall Programa do Curso Lmpeza/Integração de Dados Transformação de Dados Dscretzação de Varáves Contínuas Transformação de Varáves Dscretas em Contínuas Transformação

Leia mais

O migrante de retorno na Região Norte do Brasil: Uma aplicação de Regressão Logística Multinomial

O migrante de retorno na Região Norte do Brasil: Uma aplicação de Regressão Logística Multinomial O mgrante de retorno na Regão Norte do Brasl: Uma aplcação de Regressão Logístca Multnomal 1. Introdução Olavo da Gama Santos 1 Marnalva Cardoso Macel 2 Obede Rodrgues Cardoso 3 Por mgrante de retorno,

Leia mais

Palavras-chave: jovens no mercado de trabalho; modelo de seleção amostral; região Sul do Brasil.

Palavras-chave: jovens no mercado de trabalho; modelo de seleção amostral; região Sul do Brasil. 1 A INSERÇÃO E O RENDIMENTO DOS JOVENS NO MERCADO DE TRABALHO: UMA ANÁLISE PARA A REGIÃO SUL DO BRASIL Prscla Gomes de Castro 1 Felpe de Fgueredo Slva 2 João Eustáquo de Lma 3 Área temátca: 3 -Demografa

Leia mais

PROPOSIÇÃO, VALIDAÇÃO E ANÁLISE DOS MODELOS QUE CORRELACIONAM ESTRUTURA QUÍMICA E ATIVIDADE BIOLÓGICA

PROPOSIÇÃO, VALIDAÇÃO E ANÁLISE DOS MODELOS QUE CORRELACIONAM ESTRUTURA QUÍMICA E ATIVIDADE BIOLÓGICA 658 Gaudo & Zandonade Qum. Nova Qum. Nova, Vol. 4, No. 5, 658-671, 001. Dvulgação PROPOSIÇÃO, VALIDAÇÃO E ANÁLISE DOS MODELOS QUE CORRELACIONAM ESTRUTURA QUÍMICA E ATIVIDADE BIOLÓGICA Anderson Coser Gaudo

Leia mais

UNIDADE IV DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO (DIC)

UNIDADE IV DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO (DIC) UNDADE V DELNEAMENTO NTERAMENTE CASUALZADO (DC) CUABÁ, MT 015/ PROF.: RÔMULO MÔRA romulomora.webnode.com 1. NTRODUÇÃO Este delneamento apresenta como característca prncpal a necessdade de homogenedade

Leia mais

Danilo Luís Damasceno DETERMINAÇÃO DE RATING DE CRÉDITO PARA EMPRESAS BRASILEIRAS ATRAVÉS DE INDICADORES CONTÁBEIS

Danilo Luís Damasceno DETERMINAÇÃO DE RATING DE CRÉDITO PARA EMPRESAS BRASILEIRAS ATRAVÉS DE INDICADORES CONTÁBEIS FACULDADE IBMEC SÃO PAULO Programa de Mestrado Profssonal em Economa Danlo Luís Damasceno DETERMINAÇÃO DE RATING DE CRÉDITO PARA EMPRESAS BRASILEIRAS ATRAVÉS DE INDICADORES CONTÁBEIS São Paulo 2007 Danlo

Leia mais

CIRCULAR Nº 3.641, DE 4 DE MARÇO DE I - F = fator estabelecido no art. 4º da Resolução nº 4.193, de 2013;

CIRCULAR Nº 3.641, DE 4 DE MARÇO DE I - F = fator estabelecido no art. 4º da Resolução nº 4.193, de 2013; CIRCULAR Nº 3.64, DE 4 DE MARÇO DE 203 Estabelece os procedmentos para o cálculo da parcela dos atvos ponderados pelo rsco (RWA) referente às exposções em ouro, em moeda estrangera e em atvos sujetos à

Leia mais

Variação ao acaso. É toda variação devida a fatores não controláveis, denominadas erro.

Variação ao acaso. É toda variação devida a fatores não controláveis, denominadas erro. Aplcação Por exemplo, se prepararmos uma área expermental com todo cudado possível e fzermos, manualmente, o planto de 100 sementes seleconadas de um mlho híbrdo, cudando para que as sementes fquem na

Leia mais

NOÇÕES SOBRE CORRELAÇÃO E REGRESSÃO LINEAR SIMPLES

NOÇÕES SOBRE CORRELAÇÃO E REGRESSÃO LINEAR SIMPLES NOÇÕES SOBRE CORRELAÇÃO E REGRESSÃO LINEAR SIMPLES 1 O nosso objetvo é estudar a relação entre duas varáves quanttatvas. Eemplos:. Idade e altura das cranças.. v. Tempo de prátca de esportes e rtmo cardíaco

Leia mais

PLANILHAS EXCEL/VBA PARA PROBLEMAS ENVOLVENDO EQUILÍBRIO LÍQUIDO-VAPOR EM SISTEMAS BINÁRIOS

PLANILHAS EXCEL/VBA PARA PROBLEMAS ENVOLVENDO EQUILÍBRIO LÍQUIDO-VAPOR EM SISTEMAS BINÁRIOS PLANILHAS EXCEL/VBA PARA PROBLEMAS ENVOLVENDO EQUILÍBRIO LÍQUIDO-VAPOR EM SISTEMAS BINÁRIOS L. G. Olvera, J. K. S. Negreros, S. P. Nascmento, J. A. Cavalcante, N. A. Costa Unversdade Federal da Paraíba,

Leia mais

Análise do Retorno da Educação na Região Norte em 2007: Um Estudo à Luz da Regressão Quantílica.

Análise do Retorno da Educação na Região Norte em 2007: Um Estudo à Luz da Regressão Quantílica. Análse do Retorno da Edcação na Regão Norte em 2007: Um Estdo à Lz da Regressão Qantílca. 1 Introdcão Almr Rogéro A. de Soza 1 Jâno Macel da Slva 2 Marnalva Cardoso Macel 3 O debate sobre o relaconamento

Leia mais

Caderno de Exercícios Resolvidos

Caderno de Exercícios Resolvidos Estatístca Descrtva Exercíco 1. Caderno de Exercícos Resolvdos A fgura segunte representa, através de um polígono ntegral, a dstrbução do rendmento nas famílas dos alunos de duas turmas. 1,,75 Turma B

Leia mais

* Economista do Instituto Federal do Sertão Pernambucano na Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional PRODI.

* Economista do Instituto Federal do Sertão Pernambucano na Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional PRODI. O desempenho setoral dos muncípos que compõem o Sertão Pernambucano: uma análse regonal sob a ótca energétca. Carlos Fabano da Slva * Introdução Entre a publcação de Methods of Regonal Analyss de Walter

Leia mais

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc.

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc. ECONOMETRIA Prof. Parca Mara Borolon. Sc. Modelos de ados em Panel Fone: GUJARATI;. N. Economera Básca: 4ª Edção. Ro de Janero. Elsever- Campus 006 efnções Geras Nos dados em panel a mesma undade de core

Leia mais

Aplicando o método de mínimos quadrados ordinários, você encontrou o seguinte resultado: 1,2

Aplicando o método de mínimos quadrados ordinários, você encontrou o seguinte resultado: 1,2 Econometra - Lsta 3 - Regressão Lnear Múltpla Professores: Hedbert Lopes, Prscla Rbero e Sérgo Martns Montores: Gustavo Amarante e João Marcos Nusdeo QUESTÃO 1. Você trabalha na consultora Fazemos Qualquer

Leia mais

1. CORRELAÇÃO E REGRESSÃO LINEAR

1. CORRELAÇÃO E REGRESSÃO LINEAR 1 CORRELAÇÃO E REGREÃO LINEAR Quando deseja-se estudar se exste relação entre duas varáves quanttatvas, pode-se utlzar a ferramenta estatístca da Correlação Lnear mples de Pearson Quando essa correlação

Leia mais

O RISCO IDIOSSINCRÁTICO E O RISCO SISTEMÁTICO DE MERCADOS EMERGENTES: EVIDÊNCIAS ACERCA DO BLOCO BRIC

O RISCO IDIOSSINCRÁTICO E O RISCO SISTEMÁTICO DE MERCADOS EMERGENTES: EVIDÊNCIAS ACERCA DO BLOCO BRIC XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A Engenhara de Produção e o Desenvolvmento Sustentável: Integrando Tecnologa e Gestão. Salvador, BA, Brasl, 06 a 09 de outubro de 009 O RISCO IDIOSSINCRÁTICO

Leia mais

Universidade Estadual de Ponta Grossa/Departamento de Economia/Ponta Grossa, PR. Palavras-chave: CAPM, Otimização de carteiras, ações.

Universidade Estadual de Ponta Grossa/Departamento de Economia/Ponta Grossa, PR. Palavras-chave: CAPM, Otimização de carteiras, ações. A CONSTRUÇÃO DE CARTEIRAS EFICIENTES POR INTERMÉDIO DO CAPM NO MERCADO ACIONÁRIO BRASILEIRO: UM ESTUDO DE CASO PARA O PERÍODO 006-010 Rodrgo Augusto Vera (PROVIC/UEPG), Emerson Martns Hlgemberg (Orentador),

Leia mais

LQA - LEFQ - EQ -Química Analítica Complemantos Teóricos 04-05

LQA - LEFQ - EQ -Química Analítica Complemantos Teóricos 04-05 LQA - LEFQ - EQ -Químca Analítca Complemantos Teórcos 04-05 CONCEITO DE ERRO ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS Embora uma análse detalhada do erro em Químca Analítca esteja fora do âmbto desta cadera, sendo abordada

Leia mais

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM FINANÇAS E ECONOMIA EMPRESARIAL FELIPE ABAD HENRIQUES

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM FINANÇAS E ECONOMIA EMPRESARIAL FELIPE ABAD HENRIQUES FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM FINANÇAS E ECONOMIA EMPRESARIAL FELIPE ABAD HENRIQUES ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO RETORNO DAS AÇÕES AO REDOR DA DATA EX-DISTRIBUIÇÃO

Leia mais

CAP RATES, YIELDS E AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS pelo método do rendimento

CAP RATES, YIELDS E AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS pelo método do rendimento CAP RATES, YIELDS E AALIAÇÃO DE IMÓEIS pelo étodo do rendento Publcado no Confdencal Iobláro, Março de 2007 AMARO NAES LAIA Drector da Pós-Graduação de Gestão e Avalação Ioblára do ISEG. Docente das caderas

Leia mais

O problema da superdispersão na análise de dados de contagens

O problema da superdispersão na análise de dados de contagens O problema da superdspersão na análse de dados de contagens 1 Uma das restrções mpostas pelas dstrbuções bnomal e Posson, aplcadas usualmente na análse de dados dscretos, é que o parâmetro de dspersão

Leia mais

ANÁLISE COMPARATIVA DA PRODUTIVIDADE SETORIAL DO TRABALHO ENTRE OS ESTADOS BRASILEIROS: DECOMPOSIÇÕES USANDO O MÉTODO ESTRUTURAL- DIFERENCIAL,

ANÁLISE COMPARATIVA DA PRODUTIVIDADE SETORIAL DO TRABALHO ENTRE OS ESTADOS BRASILEIROS: DECOMPOSIÇÕES USANDO O MÉTODO ESTRUTURAL- DIFERENCIAL, ANÁLISE COMPARATIVA DA PRODUTIVIDADE SETORIAL DO TRABALHO ENTRE OS ESTADOS BRASILEIROS: DECOMPOSIÇÕES USANDO O MÉTODO ESTRUTURAL- DIFERENCIAL, 1980/2000 2 1. INTRODUÇÃO 2 2. METODOLOGIA 3 3. ANÁLISE COMPARATIVA

Leia mais

Capítulo 1. Exercício 5. Capítulo 2 Exercício

Capítulo 1. Exercício 5. Capítulo 2 Exercício UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CIÊNCIAS ECONÔMICAS ECONOMETRIA (04-II) PRIMEIRA LISTA DE EXERCÍCIOS Exercícos do Gujarat Exercíco 5 Capítulo Capítulo Exercíco 3 4 5 7 0 5 Capítulo 3 As duas prmeras demonstrações

Leia mais

É o grau de associação entre duas ou mais variáveis. Pode ser: correlacional ou experimental.

É o grau de associação entre duas ou mais variáveis. Pode ser: correlacional ou experimental. Prof. Lorí Val, Dr. val@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~val/ É o grau de assocação entre duas ou mas varáves. Pode ser: correlaconal ou expermental. Numa relação expermental os valores de uma das

Leia mais

Contabilometria. Aula 8 Regressão Linear Simples

Contabilometria. Aula 8 Regressão Linear Simples Contalometra Aula 8 Regressão Lnear Smples Orgem hstórca do termo Regressão Le da Regressão Unversal de Galton 1885 Galton verfcou que, apesar da tendênca de que pas altos tvessem flhos altos e pas axos

Leia mais

MIGRAÇÃO INTERNA E SELETIVIDADE: UMA APLICAÇÃO PARA O BRASIL

MIGRAÇÃO INTERNA E SELETIVIDADE: UMA APLICAÇÃO PARA O BRASIL MIGRAÇÃO INTERNA E SELETIVIDADE: UMA APLICAÇÃO PARA O BRASIL RESUMO Francel Tonet Macel 1 Ana Mara Hermeto Camlo de Olvera 2 O objetvo deste trabalho fo verfcar possíves fatores determnantes da decsão

Leia mais

Regressão Múltipla. Parte I: Modelo Geral e Estimação

Regressão Múltipla. Parte I: Modelo Geral e Estimação Regressão Múltpla Parte I: Modelo Geral e Estmação Regressão lnear múltpla Exemplos: Num estudo sobre a produtvdade de trabalhadores ( em aeronave, navos) o pesqusador deseja controlar o número desses

Leia mais

Gabarito da Lista de Exercícios de Econometria I

Gabarito da Lista de Exercícios de Econometria I Gabarto da sta de Exercícos de Econometra I Professor: Rogéro lva Mattos Montor: eonardo enrque A. lva Questão Y X y x xy x ŷ ˆ ˆ y ŷ (Y - Y ) (X - X ) (Ŷ - Y ) 360 00-76 -00 35.00 40.000 36-4 30.976 3076

Leia mais

reducing income disparities in Brazil and the Northeast and Southeast regions of the country, showing that the fight against social inequalities

reducing income disparities in Brazil and the Northeast and Southeast regions of the country, showing that the fight against social inequalities A Importânca da Educação para a Recente Queda da Desgualdade de Renda Salaral no Brasl: Uma análse de decomposção para as regões Nordeste e Sudeste Valdemar Rodrgues de Pnho Neto Técnco de pesqusa do Insttuto

Leia mais

Hansard OnLine. Guia Unit Fund Centre

Hansard OnLine. Guia Unit Fund Centre Hansard OnLne Gua Unt Fund Centre Índce Págna Introdução ao Unt Fund Centre (UFC) 3 Usando fltros do fundo 4-5 Trabalhando com os resultados do fltro 6 Trabalhando com os resultados do fltro Preços 7 Trabalhando

Leia mais

Bruno Flora Sales. Dissertação de Mestrado 2006 FGV /EPGE - RJ

Bruno Flora Sales. Dissertação de Mestrado 2006 FGV /EPGE - RJ Bruno Flora Sales Dssertação de Mestrado 2006 FGV /EPGE - RJ DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA DE RATING BASEADO NO MODELO ORDERED PROBIT Bruno Flora Sales Dssertação apresentada à Banca Examnadora da Escola

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA CE 071 ANÁLISE DE REGRESSÃO LINEAR. Cesar Augusto Taconeli

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA CE 071 ANÁLISE DE REGRESSÃO LINEAR. Cesar Augusto Taconeli UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA CE 7 ANÁLISE DE REGRESSÃO LINEAR Cesar Augusto Taconel Curtba-PR . INTRODUÇÃO Taconel, C.A. Análse de Regressão Lnear Ao se tratar da relação

Leia mais

Cálculo do Conceito ENADE

Cálculo do Conceito ENADE Insttuto aconal de Estudos e Pesqusas Educaconas Aníso Texera IEP Mnstéro da Educação ME álculo do onceto EADE Para descrever o cálculo do onceto Enade, prmeramente é mportante defnr a undade de observação

Leia mais

GOVERNANÇA CORPORATIVA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO DA GESTÃO DE SUPRIMENTOS: UMA ANÁLISE EMPÍRICA COM INDÚSTRIAS LISTADAS NA BOVESPA

GOVERNANÇA CORPORATIVA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO DA GESTÃO DE SUPRIMENTOS: UMA ANÁLISE EMPÍRICA COM INDÚSTRIAS LISTADAS NA BOVESPA GOVERNANÇA CORPORATIVA, ESTRATÉGIA E DESEMPENHO DA GESTÃO DE SUPRIMENTOS: UMA ANÁLISE EMPÍRICA COM INDÚSTRIAS LISTADAS NA BOVESPA Wesley Mendes-da-Slva 1 I. RESUMO Cada vez mas, o entorno concorrente tem

Leia mais

MOQ-14 PROJETO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS LISTA DE EXERCÍCIOS 1 REGRESSÃO LINEAR SIMPLES

MOQ-14 PROJETO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS LISTA DE EXERCÍCIOS 1 REGRESSÃO LINEAR SIMPLES MOQ-14 PROJETO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS LISTA DE EXERCÍCIOS 1 REGRESSÃO LINEAR SIMPLES 1. Obtenha os estmadores dos coefcentes lnear e angular de um modelo de regressão lnear smples utlzando o método

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UnilesteMG

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UnilesteMG 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UnlesteMG Dscplna: Introdução à Intelgênca Artfcal Professor: Luz Carlos Fgueredo GUIA DE LABORATÓRIO LF. 01 Assunto: Lógca Fuzzy Objetvo: Apresentar o

Leia mais

MAPEAMENTO DA VARIABILIDADE ESPACIAL

MAPEAMENTO DA VARIABILIDADE ESPACIAL IT 90 Prncípos em Agrcultura de Precsão IT Departamento de Engenhara ÁREA DE MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA MAPEAMENTO DA VARIABILIDADE ESPACIAL Carlos Alberto Alves Varella Para o mapeamento da varabldade espacal

Leia mais

Palavras-chave: Índice de Sustentabilidade Empresarial, Q-Tobin e Valor de Mercado.

Palavras-chave: Índice de Sustentabilidade Empresarial, Q-Tobin e Valor de Mercado. ÁREA TEMÀTICA: Gestão Socoambental TÍTULO DO TRABALHO: Sustentabldade Empresaral versus Valor de Mercado: Uma Analse Empírca no Mercado de Captas Braslero AUTORES RONALD MARCELINO ABASTO MONTEIRO Faculdade

Leia mais

Modelo de Mensuração da Rentabilidade do Crédito Comercial

Modelo de Mensuração da Rentabilidade do Crédito Comercial Modelo de Mensuração da Rentabldade do Crédto Comercal Autora: Dany Rogers, Pablo Rogers, Karem Crstna de Sousa Rbero Resumo A avalação para concessão de crédto, prncpalmente em empresas comercas, é tradconalmente

Leia mais

ESTRUTURA DE CAPITAL E DETERMINANTES DO DESEMPENHO FINANCEIRO DAS EMPRESAS SUSTENTÃ VEIS DA BM&FBOVESPA

ESTRUTURA DE CAPITAL E DETERMINANTES DO DESEMPENHO FINANCEIRO DAS EMPRESAS SUSTENTÃ VEIS DA BM&FBOVESPA ISSN 1984-9354 ESTRUTURA DE CAPITAL E DETERMINANTES DO DESEMPENHO FINANCEIRO DAS EMPRESAS SUSTENTÃ VEIS DA BM&FBOVESPA Davd Ferrera Lopes Santos (Unversdade Estadual Paulsta) Santago Valcacer Rodrgues

Leia mais

DIAGNÓSTICO EM MODELOS LINEARES GENERALIZADOS

DIAGNÓSTICO EM MODELOS LINEARES GENERALIZADOS DIAGNÓSTICO EM MODELOS LINEARES GENERALIZADOS 1 A análse de dagnóstco (ou dagnóstco do ajuste) confgura uma etapa fundamental no ajuste de modelos de regressão. O objetvo prncpal da análse de dagnóstco

Leia mais

3.6. Análise descritiva com dados agrupados Dados agrupados com variáveis discretas

3.6. Análise descritiva com dados agrupados Dados agrupados com variáveis discretas 3.6. Análse descrtva com dados agrupados Em algumas stuações, os dados podem ser apresentados dretamente nas tabelas de frequêncas. Netas stuações devemos utlzar estratégas específcas para obter as meddas

Leia mais