IX PRÊMIO SEAE 2014 CLASSIFICAÇÃO: 1º LUGAR

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1 IX PRÊMIO SEAE 2014 Tema 2. Regulação da Atvdade Econômca Inscrção: 17 CLASSIFICAÇÃO: 1º LUGAR Título da Monografa: A Estrutura Concorrencal do Mercado de Redes de Transporte de Telecomuncações e os Impactos de Polítcas de Massfcação da Banda Larga no Brasl Carlos Manuel Bagorr (30 anos) Brasíla - DF Doutor em Economa UCB Superntendente de Competção Agênca Naconal de Telecomuncações - Anatel

2 RESUMO A estrutura concorrencal do mercado de redes de transporte de telecomuncações e os mpactos de polítcas de massfcação da banda larga no Brasl O presente trabalho tem o obetvo de analsar a estrutura concorrencal do mercado de redes de transporte de telecomuncações, consderando a oferta de Exploração Industral de Lnhas Dedcadas (EILD) e utlzar os resultados para modelagem dos mpactos econômcos e socas decorrentes de polítcas de promoção da massfcação do acesso à nternet em banda larga fxa no Brasl. Para tal, são utlzadas nformações muncpas referentes à oferta de EILD e então é proposto um modelo estlzado de defnção da penetração do servço com base em nformações relatvas ao preço desse prncpal nsumo para prestação do servço, à dstrbução de renda e ao número de domcílos atenddos pelo servço. São utlzados resultados recentes da lteratura para avalar mpactos econômcos decorrentes do aumento da produtvdade em função do maor uso da banda larga. Os resultados ndcam que polítcas de redução de custos são mas efcentes do que meddas de promoção da competção por meo da ntrodução de empresas estatas no mercado de nsumos para o servço de banda larga. Por outro lado, os resultados também ndcam que os governos federal e estadual enfrentam um dlema entre a polítca de massfcação de banda larga e a polítca trbutára. Palavras-chave: Banda larga. Polítcas públcas. Inclusão dgtal.

3 A ESTRUTURA CONCORRENCIAL DO MERCADO DE REDES DE TRANSPORTE DE TELECOMUNICAÇÕES E OS IMPACTOS DE POLÍTICAS DE MASSIFICAÇÃO DA BANDA LARGA NO BRASIL SUMÁRIO CAPÍTULO I Introdução...2 CAPÍTULO II - Revsão da lteratura Impactos do uso da banda larga na economa Teora do fechamento de mercado Regulação de nsumos essencas...11 CAPÍTULO III ESTRUTURA DO MERCADO DE REDES DE TRANSPORTE DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL O produto EILD Ofertantes de EILD Estrutura de mercado Evdêncas e mpactos do fechamento vertcal...28 CAPÍTULO IV AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS DE MASSIFICAÇÃO DE BANDA LARGA Modelagem Exstênca de ~ δ Funconamento do modelo Dados utlzados Dmensonamento das redes Consderações sobre produtvdade Parâmetros para avalação de cenáros Smulação de cenáros Entrada de novo competdor no mercado de EILD Redução da carga trbutára Análse de sensbldade Um modelo teórco de entrada de frma reguladora...63 CAPÍTULO V DISCUSSÃO...68 CAPÍTULO VI CONCLUSÕES...74 REFERÊNCIAS

4 1 - INTRODUÇÃO O Brasl tem observado nos últmos anos um crescmento da partcpação do acesso à nternet em banda larga na vda dos seus cdadãos. Atualmente, por meo da rede mundal de computadores, as famílas brasleras têm acesso a notícas, entretenmento, servços de telecomuncações, entre outras facldades. Podemos constatar o crescmento da mportânca do acesso à nternet em banda larga para as famílas brasleras por meo de dados relatvos à penetração desse servço. No Gráfco 1 observamos que entre 2000 e 2012 o crescmento médo do número de acessos em banda larga fxa no Brasl fo de 53% ao ano nos últmos 12 anos. Tendo em vsta o rápdo crescmento do uso da nternet não só no Brasl, a lteratura econômca passou a buscar evdêncas para avalar os mpactos do aumento do uso dessa tecnologa na produtvdade dos países. Nesse sentdo, dversos estudos foram realzados mundalmente, alguns focados no mpacto do uso da banda larga sobre crescmento do PIB (Crandall et al, 2007; Thompson e Garbacz, 2008; Czernch et al, 2009; Koutroumps, 2009; Qang et al 2009), outros focados nos mpactos do uso da nternet sobre a produtvdade dos fatores da economa (Waverman et al, 2009), e também alguns estudos focados no mpacto da adoção da nternet na geração de emprego (Crandall et al, 2003; Atknson et al, 2009; Lebenau et al, 2009). Dante das evdêncas desses estudos quanto aos benefícos assocados ao aumento de produtvdade das economas em decorrênca do maor acesso à nternet, Governos de dversos países passaram a promover polítcas públcas de massfcação do acesso à nternet. Segundo OCDE (2011), 37 países estabeleceram planos naconas de banda larga desde Dentre esses países encontram-se os prncpas países desenvolvdos, bem como todos grandes países em desenvolvmento, como Rússa, Índa e Chna. Em geral, os planos naconas de banda larga estabelecem metas de aumento da velocdade da nternet levada aos consumdores e empresas. Entretanto, as formas como essas metas pretendem ser atngdas varam desde ncentvos econômcos e trbutáros para a construção de redes, até a cração de empresas estatas para construção das redes. 2

5 Segundo a tendênca mundal, em 12 de mao de 2010 o Governo Federal braslero publcou o Decreto nº 7.175, que nsttu o Programa Naconal de Banda Larga (PNBL) 1. Conforme se pode observar no referdo Decreto, o PNBL é focado em dversas meddas, nclundo desenvolvmento tecnológco, atendmento de comundades ruras, promoção da competção, entre outros. Dentre as dversas ações contdas no PNBL, destacamos a proposta de atuação do Governo por meo de uma empresa estatal (Telebrás) na oferta de nfraestrutura transporte (transmssão) para a promoção da democratzação do acesso à banda larga no Brasl. Nesse contexto, um dos plares a proposta governamental consste na oferta, pela Telebrás, de capacdade de transmssão. A oferta da capacdade de transmssão de dados no atacado, conhecda no mercado como Exploração Industral de Lnhas Dedcadas (EILD), é caracterzada como servço no qual uma empresa fornece nsumos (lnhas dedcadas) para consttução da rede de servços desta últma. Nesse sentdo, a EILD pode ser entendda como a venda de acesso à rede de transporte de uma empresa, sendo assm um dos prncpas nsumos necessáros para levar o servço até o usuáro fnal (redes de acesso), conforme lustramos na Fgura 1. Fgura 1 Dgrama de funconamento das redes de banda larga Fonte: Elaboração própra Vale destacar que essa medda de cração de uma empresa estatal para construção de redes naconas de transmssão não é uma exclusvdade braslera. Outros países 1 Dsponível em 3

6 também fundamentaram seus planos naconas de banda larga nesse tpo de medda, com destaque para a Austrála, que crou a Natonal Broadband Network Company Lmted; Luxemburgo, com a Luxconnect; Nova Zelânda, com a Crown Fbre Holdngs; e a Áfrca do Sul, com a Infraco. Um dos fundamentos para ustfcar a atuação governamental na oferta de capacdade de transmssão é a alta concentração desse mercado e a ntegração vertcal entre as ofertantes de EILD e as ofertantes de banda larga para o consumdor fnal. Nesse sentdo, a atuação da Telebrás tera o obetvo de reduzr a possbldade de abuso do poder de mercado das empresas vertcalmente ntegradas. Esse tpo de prátca antcompettva é conhecda na lteratura como fechamento vertcal (Rey e Trole, 2006). Assm, é com base nessa perspectva de exercíco de poder de mercado que o Governo braslero propôs a cração de uma empresa estatal para atuar no mercado de acesso à rede de transporte (EILD), reduzndo assm a capacdade das empresas estabelecdas em realzar o fechamento vertcal. Nessa proposta, a estratéga anuncada para atuação da Telebrás consste bascamente em ofertar EILD a um preço muto abaxo do pratcado no mercado em uma grande quantdade de muncípos. Para avalar os efetos da entrada de uma frma reguladora com obetvos de controle de preços, apresentamos uma modelagem, onde consderamos ncalmente uma stuação de concorrênca do tpo Cournot e depos avalamos o equlíbro com a entrada de uma frma reguladora. O presente trabalho está estruturado da segunte forma: no Capítulo 1 apresentamos a revsão da lteratura quanto aos efetos da utlzação da banda larga na produtvdade da economa, bem como a teora referente ao fechamento vertcal e à regulação de gargalos na cadea produtva. Já no Capítulo 2 apresentamos as condções da oferta de EILD no Brasl e dentfcamos emprcamente qual a estrutura de concorrênca mperfeta mas aderente aos dados dsponíves, bem como nvestgamos evdêncas econométrcas de fechamento vertcal. No Capítulo 3, por sua vez, apresentamos auste utlzado para estmar a contratação de servço de acesso à nternet em banda larga pelas famílas. Anda, apresentamos smulações para dversas polítcas de promoção da nclusão dgtal, consderando os resultados da estrutura do mercado e avalando seus mpactos econômcos e socas. Essas smulações são segudas de resultados de um contínuo de cenáros, de forma a avalar a elastcdade-preço da demanda de forma desagregada, 4

7 bem como para dentfcar os ncentvos de empresas e de governos. Anda no Capítulo 3 é apresentado modelo teórco consderando a entrada de uma frma reguladora. O Capítulo 4 é dedcado à dscussão dos resultados das smulações e da adequação das dversas meddas governamentas aos obetvos da polítca públca. Por fm, no Capítulo 5 apresentamos nossas consderações fnas. 2 REVISÃO DA LITERATURA Nesse Capítulo remos rever a lteratura recente que trata dos mpactos do uso da banda larga na economa, bem como a dscussão sobre os problemas concorrencas do mercado de telecomuncações, especalmente no que se refere ao fechamento vertcal. Incaremos abordando os trabalhos que tratam dos dferentes mpactos do uso de banda larga na produção de um país. Logo em seguda abordaremos os trabalhos que abordam a questão dos problemas compettvos do mercado de telecomuncações, em especal no que dz respeto ao fechamento vertcal. Por fm, apresentaremos as dscussões recentes sobre e a forma ótma de regular o acesso a nsumos essencas e os dlemas envolvdos nessa regulação, fazendo referênca aos fundamentos da economa da novação. 2.1 IMPACTOS DO USO DA BANDA LARGA NA ECONOMIA A regulação econômca do setor de telecomuncações, assm como polítcas públcas para massfcação da banda larga, tem ganhado destaque com o desenvolvmento das tecnologas de nformação e comuncação, especalmente com o rápdo crescmento da Internet. Esse destaque tem aumentado nos últmos anos à medda que as socedades modernas percebem a mportânca e o valor agregado por essas tecnologas no da-a-da da população. Nesse sentdo, estudos recentes (Crandall et al 2003; Qang et al 2009; Koutroumps 2009; Lebenau et al 2009; Macedo e Carvalho 2010a) buscam mensurar os efetos econômcos e socas decorrentes do aumento da utlzação dos servços de acesso à nternet em dversos países. De forma geral, a lteratura aponta no sentdo de que o mpacto econômco da adoção da banda larga se manfesta através de quatro tpos de efetos. 5

8 O prmero efeto resulta a construção de redes de banda larga. De forma semelhante a toda obra de nfraestrutura, a mplantação de redes de banda larga gera empregos e tem consequêncas sobre a economa por meo de efetos multplcadores. Já o segundo efeto resulta das externaldades postvas que têm mpacto sobre as empresas e os consumdores. A adoção da banda larga nas empresas leva a um ganho de produtvdade dos fatores de produção, que por sua vez contrbu para o crescmento do PIB. Por outro lado, o uso resdencal gera um aumento da produtvdade do trabalho que tem reflexos sobre a renda das famílas. Além desses benefícos dretos, que contrbuem para o crescmento do PIB, os usuáros resdencas se benefcam com o excedente do consumdor. Nesse sentdo, podemos destacar que o crescmento da penetração da banda larga aumenta a demanda por bens e servços dvulgados e venddos por meo da Internet. Este últmo efeto, apesar de não ser capturado nas estatístcas do PIB, pode ser sgnfcatvo, na medda em que representa benefícos em termos de maor acesso à nformação, entretenmento e servços públcos. Nesta seção apresentaremos a pesqusa realzada até o momento sobre a contrbução da banda larga para o crescmento econômco. Nesse sentdo, não remos nos aprofundar na revsão da lteratura referente aos demas efetos da banda larga sobre a economa. Ao revermos a lteratura, fca evdente que não há uma abordagem únca para avalar a contrbução econômca da banda larga. A banda larga contrbu para o crescmento econômco em város níves. Em prmero lugar, a adoção da banda larga pelo setor produtvo aumenta sua produtvdade, facltando a adoção de processos de negóco mas efcentes. Em segundo lugar, a extensa mplantação da banda larga acelera a novação através da ntrodução de novas aplcações e servços. Em tercero lugar, a banda larga leva a uma mplementação funconal mas efcente das empresas, maxmzando seu alcance ao mercado de trabalho, seu acesso a matérasprmas e aos consumdores. O estudo do mpacto da banda larga no crescmento econômco abrange város aspectos, que vão desde o seu mpacto total no crescmento do PIB, o mpacto dferencal da banda larga pelo setor ndustral, o aumento das exportações, até as mudanças na 6

9 demanda ntermedára e substtução de mportações. Embora a pesqusa sobre a contrbução da banda larga para o crescmento do PIB ndque um mpacto postvo, ela também produzu resultados com alta varabldade. Consderando a lmtada dsponbldade de dados, as análses têm se centrado prncpalmente em países da OCDE (geralmente Europa Ocdental e Amérca do Norte) e os estados nos Estados Undos, conforme podemos ver na Tabela abaxo. Tabela 1 Complação de resultados da lteratura Autores Resultados Dados utlzados Macedo e Carvalho (2010a) Aumento de 1 ponto percentual da penetração de banda larga gera um crescmento do PIB entre 0,037 e 0,178 pontos percentuas Dados de 27 estados brasleros entre 2000 e 2006 Qang et al (2009) Aumento de 10 pontos percentuas da penetração gera um aumento do crescmento do PIB de 1,21 pontos percentuas nos países desenvolvdos e 1,38 pontos percentuas nos países em desenvolvmento Dados naconas entre 1980 e 2002, utlzando 66 países desenvolvdos e 120 países em desenvolvmento Koutroumps (2009) Aumento de 10 pontos percentuas da penetração gera um crescmento do PIB de 0,25% 22 países da OCDE entre 2002 e 2007 Czernch et al (2009) Aumento de 10 pontos percentuas da penetração gera um aumento do crescmento do PIB per capta entre 0,9 e 1,5 pontos percentuas 25 países da OCDE entre 1996 e 2007 Thompson e Garbacz (2008) Aumento de 10 pontos percentuas da penetração gera um aumento de 3,6% do PIB Dados de 46 estados amercanos no período de 2001 a 2005 Crandall et al (2007) Resultados sem sgnfcânca estatístca Dados de 48 estados amercanos no período de 2003 a 2005 Fonte: Elaboração própra Conforme os dados apresentados acma, os estudos concluem que a penetração da banda larga tem um mpacto postvo sobre o crescmento do PIB. No entanto, observa-se que 7

10 tal contrbução parece varar amplamente, com resultados que ndcam entre 0,25 e 1,38 por cento de aumento do PIB para cada 10 por cento de aumento da penetração da banda larga. No caso específco do Brasl, Macedo e Carvalho (2010a) utlzam dados referentes aos estados brasleros entre 2000 e 2006 para apresentar resultados alnhados com o restante da lteratura econômca, dentfcando uma relação dretamente proporconal entre o aumento da penetração da banda larga e ndcadores econômcos relatvos ao PIB e ao PIB per capta. Segundo os autores, os resultados ndcam que o aumento de 1 ponto percentual da penetração de banda larga gera um crescmento do PIB entre 0,037 e 0,178 pontos percentuas. Claramente as dferenças entre os resultados acma apresentados provêm da utlzação de conuntos de dados dferentes, bem como dferentes especfcações dos modelos. Um ponto que vale destaque dz respeto à dferença entre os resultados quando os modelos econométrcos controlam para dscrepâncas entre as regões. Por exemplo, grande parte da varânca no estudo de Qang et al (2009) é explcado por varáves dummy para Áfrca e Amérca Latna. Entretanto, ndependentemente da dscrepânca nos resultados, a lteratura econômca conclu de forma consstente que a banda larga tem um efeto postvo sgnfcatvo sobre o crescmento do PIB. Assm, temos que dversos estudos recentes apontam para efetos postvos da adoção da banda larga sobre a economa, o que tem fundamentado a adoção de polítcas naconas de massfcação da banda larga. Essa dscussão sobre os efetos da banda larga é fundamental para avalarmos as polítcas de massfcação da banda larga no Brasl. 2.2 TEORIA DO FECHAMENTO DE MERCADO Os pontos fundamentas sobre teora do fechamento do mercado por meo da ntegração vertcal podem ser encontrados no trabalho semnal de Rey e Trole (2006). Os autores fazem uma ampla revsão da lteratura sobre as formas e os efetos do fechamento (foreclosure) de mercados de produtos fnas. A teora do fechamento vertcal fo muto dfundda no dreto da concorrênca no fnal dos anos 70, mas sem uma fundamentação teórca consstente. Nesse sentdo, as 8

11 possíves condutas que a referda teora apresentou não foram plenamente acetas na lteratura econômca, uma vez que carecam de formalzação teórca. A Escola de Chcago fo uma das prncpas crítcas da teora do fechamento (Posner 1976 e Bork 1978). Segundo a crítca de Chcago, o monopolsta em um mercado de nsumo essencal a montante de um mercado de produto fnal não tem ncentvos em amplar seu poder de mercado para o mercado a usante, uma vez que á é capaz de extrar todos os lucros de monopólo ao atuar somente no mercado a montante. Por outro lado, a teora do fechamento dentfca que o ncentvo para a ntegração vertcal decorre de um problema de comprometmento por parte do monopolsta. Nesse sentdo, afrma-se que o problema de comprometmento do monopolsta é bascamente o mesmo enfrentado por um monopolsta de bens duráves (Orbach 2004) conforme a conectura de Coase (1972). Segundo essa conectura, um monopolsta de bens duráves não consegue exercer plenamente seu poder de mercado, pos cra sua própra competção. Essa mpossbldade de exercer o poder de mercado decorre do problema de comprometmento do monopolsta. O problema de comprometmento também é conhecdo como a conectura de Coase e pode ser resumdo da segunte forma. Consdere que há um monopolsta de bens duráves que defne ex ante a quantdade a ser dsponblzada no mercado de forma a maxmzar seu lucro. Uma vez que essa quantdade prevamente estabelecda é de fato comercalzada, o monopolsta tem ncentvos para colocar mas bens duráves no mercado, uma vez que qualquer venda ncremental rá aumentar sua receta. Os compradores desses bens duráves podem então antecpar essa redução de preços e não adqurrem o bem quando esse estver com os preços de monopólo. Assm, afrma Coase que esse problema de comprometmento por parte do monopolsta, ou sea, essa mpossbldade do monopolsta garantr aos demandantes que não rá colocar mas bens no mercado após vender a quantdade ótma de monopólo, mpede que o monopolsta de bens duráves exerça plenamente seu poder de mercado. Assm, afrma-se que esse problema de comprometmento faz com que o monopolsta gere sua própra concorrênca. 9

12 Assm, tendo em vsta o problema de comprometmento enfrentado pelo monopolsta, Rey e Trole (2006) demonstram que há ncentvo em expandr o poder de mercado, de forma a efetvar o fechamento do mercado do produto fnal, uma vez que essa estratéga resolve o problema do comprometmento do monopolsta. Além desse ncentvo, destacam os autores que em geral nenhum gargalo no mercado de nsumos é um gargalo perfeto, ou sea, é possível que exstam outros nsumos, geralmente de por qualdade, para a produção do bem fnal. Na exstênca de outros nsumos que possam substtur, mesmo que de forma mperfeta, o nsumo ofertado pelo monopolsta, dz-se que há oportundades de bypass. Superada essa crítca ncal, Rey e Trole (2006) destacam que o fechamento do mercado se refere ao comportamento de uma frma com poder de mercado no provmento de um nsumo essencal (essental faclty) quando esta mpõe condções mpedtvas de acesso ao nsumo essencal para produção de um bem ou servço fnal, de forma a estender seu poder de mercado ao segmento do produto fnal. De forma mas smplfcada, o fechamento do mercado de produto fnal é uma forma de comportamento estratégco utlzado por uma empresa com poder de mercado de forma a manter seu poder sobre etapas à usante (downstream) da cadea produtva. Além do fechamento de mercados à usante, os autores também trazem uma análse sobre o fechamento de mercados adacentes, ou sea, uma análse sobre o comportamento estratégco de uma frma de forma a estender seu poder para mercados adacentes, substtutos ou complementares. Assm, temos quando a atuação da frma com poder de mercado vsa o fechamento de mercados à usante, essa estratéga é conhecda como fechamento ou alavancagem vertcal (vertcal foreclosure ou vertcal leverage). Por outro lado, quando a estratéga tem o obetvo de fechar mercados adacentes, esta é conhecda como fechamento horzontal (horzontal foreclosure ou horzontal leverage). Conforme destacam os autores, exstem condções necessáras para que a estratéga de fechamento dos mercados à usante (vertcal) sea factível. Essas condções são bascamente que o produto ofertado pelo monopolsta no mercado à montante (upstream) sea um nsumo essencal para a produção do bem ou servço fnal; e que a produção do nsumo essencal não sea faclmente duplcável. 10

13 Exstem números mercados em que essas condções são observadas. De forma meramente exemplfcatva, os autores destacam as redes ferrováras, redes de telecomuncações, portos e redes de transmssão e dstrbução de energa. Como podemos ver, se tratam de mercados em que se observa um elevado custo fxo, mas especfcamente um custo afundado, de tal forma que a escala de efcênca mínma de produção é consderavelmente alta em relação à quantdade demandada, gerando assm o problema do monopólo natural. Essa condção também é chamada na lteratura como um gargalo no mercado (bottleneck). Assm, é a exstênca desse monopólo natural no provmento de um nsumo essencal que gera as condções elencadas acma. Evdentemente, como a condção de monopólo natural está ntmamente relaconada com as condções de demanda, temos que essa condção não é necessaramente verfcada em um mercado específco per se. 2.3 REGULAÇÃO DE INSUMOS ESSENCIAIS Vale destacar que a dscussão relatva aos custos e benefícos assocados à regulação de preços dos nsumos essencas para provmento de servços de banda larga, especfcamente no que dz respeto às redes de telecomuncações, anda não está pacfcada nternaconalmente. Conforme podemos observar em documentos da Unão Internaconal de Telecomuncações (ITU, 2011), anda não estão claros quas os efetos adversos decorrentes da regulação do acesso ao nsumo essencal. Entende-se que se por um lado a não regulação dos preços de acesso permte o fechamento do mercado de produto fnal (banda larga), por outro lado a obrgatoredade de mpor obrgações de acesso e compartlhamento do nsumo essencal reduz os ncentvos do monopolsta do mercado gargalo em expandr e modernzar suas redes. No caso específco do mercado de telecomuncações, especalmente no mercado de oferta de banda larga, temos que o desenvolvmento tecnológco dos últmos anos tem do na dreção da evolução das redes de acesso, mgrando de redes de par trançado (redes telefôncas convenconas), para redes de fbra ótca. Tendo em vsta a caplardade das atuas redes de par trançado, estma-se que a modernzação exge nvestmentos com um payback de pelo menos 8 anos (Havc, 2010). 11

14 Tendo em vsta a necessdade e o tempo de maturação dos nvestmentos para modernzação das redes de acesso, tem-se argumentado que a prevsão de obrgações de compartlhamento e de regulação de preços dessas novas redes reduz o ncentvo aos nvestmentos nessa modernzação. Assm, afrma-se a própra prevsão de compartlhamento faz com que seam realzados de forma nefcente os nvestmentos em redes de fbra ótca. A forma sobre como defnr o preço de um nsumo essencal ofertado em um mercado gargalo fo ncalmente abordada por Wllg (1979) e depos desenvolvda por Baumol et al (1996). Nesses artgos os autores sugerem o que chamam de regra de pardade de preços ou de regra de precfcação dos componentes efcentes, ou ECPR. Após uma longa dscussão na lteratura econômca (Economdes e Whte, 1995; Laffont e Trole, 1996; Armstrong et al, 1996 e Tye e Lapuerta, 1996), a ECPR fcou conhecda como Regra Baumol-Wllg. Durante mutos anos a ECPR fo utlzada por órgãos reguladores do setor de telecomuncações para defnr os preços de produtos de atacado, entre eles o compartlhamento da rede de acesso e o aluguel de lnhas dedcadas (EILD). Entretanto, a ECPR gerou uma grande controvérsa quanto à sua efcênca (Sbley et al, 2004; Wesman, 2001; Sbley et al, 1999; Baumol, 1999; Economdes e Whte, 1995, 1998; Larson, 1998; Larson e Lehman, 1997; Baumol, et al, 1996; Armstrong et al, 1996; Laffont e Trole, 1994, 1996; Wllg, 1979). Um dos pontos mas controversos dz respeto ao fato da ECPR não evtar o abuso de poder de mercado na oferta de produtos de atacado. Essa crítca basea-se na argumentação de que ao vncular o preço de atacado ao preço de vareo, mantêm-se o mark-up do mercado fnal no mercado de nsumos. Nesse sentdo, os órgãos reguladores de telecomuncações passaram a buscar uma alternatva para regular de forma mas adequada os preços dos nsumos essencas. Partndo do pressuposto que em um cenáro sem poder de mercado o preço de equlíbro sera dêntco ao custo margnal, passaram a ser desenvolvdos dferentes abordagens para modelagem dos custos de provmento desses nsumos. Apesar de estes modelos de precfcação serem amplamente utlzados em outros países, prncpalmente nos países da Comundade Europea, nos últmos anos ncou-se um amplo debate quanto aos efetos dessa regulação orentada a custos nos ncentvos ao 12

15 nvestmento em modernzação das redes. Nesse contexto, o prncpal argumento é que a regulação dos preços dos nsumos de telecomuncações, que são bascamente redes de alta capacdade, reduz o ncentvo à construção e modernzação dessas redes. Esse suposto efeto da regulação de preços sobre o nível de nvestmento é conhecdo na lteratura de economa da novação como as hpóteses Schumpteranas. Essas hpóteses dzem respeto à relação entre estrutura de mercado e a dnâmca do progresso tecnológco, atualmente utlzado no contexto mas amplo da novação. As hpóteses foram apresentadas ncalmente por Schumpeter na elaboração da sua Teora do Desenvolvmento Econômco (1985). Segundo a teora de Schumpeter, o nvestmento no progresso tecnológco é feto pelos chamados empresáros novadores com o obetvo de desenvolver um novo processo produtvo, mas efcente, que permta que a empresa consga ter algum nível de poder de mercado, de forma a obter lucros econômcos postvos e remunerar o rsco assumdo quando do nvestmento na novação. Nesse sentdo, afrma Schumpeter que é esse obetvo de ter poder de mercado que move as empresas a nvestrem em desenvolvmento tecnológco. Anda nesse contexto, afrma Schumpeter que caso não houvesse essa perspectva de detenção de poder de mercado, o nvestmento em desenvolvmento tecnológco não surgra. Assm, caso a empresa soubesse a pror que qualquer descoberta de um processo produtvo mas efcente tem que ser compartlhado com os demas concorrentes, então essa empresa não tera nenhum ncentvo a fazer tal nvestmento, mas sm, tera o ncentvo a aguardar que algum concorrente assumsse esse rsco e compartlhasse a descoberta. Quando comparamos esse cenáro desenvolvdo por Schumpeter, percebemos que esse é também o caso quando se trata de nvestmentos em redes de telecomuncações. Caso as empresas sabam a pror que a rede construída terá que ser compartlhada em nível de custo margnal com os demas concorrentes, então nenhuma empresa terá ncentvo em assumr esse rsco de construção. Esse efeto do preço do compartlhamento da rede sobre o nível de nvestmento em novas redes fo avalado emprcamente por Crandall et al (2004). Utlzando dados de 50 estados amercanos entre 2000 e 2001 os autores demonstram que a redução dos 13

16 preços de compartlhamento das redes tem um efeto negatvo sobre os nvestmentos em redes, reduzndo assm o nível de competção entre dferentes plataformas tecnológcas. Por outro lado, Dstaso et al (2006) utlzam dados trmestras de 14 países europeus entre 2000 e 2004 para avalar qual tpo de competção é mas efcaz para o aumento da adoção da banda larga. Os dos tpos de competção consderados são a competção ntra-plataforma, que é a competção entre empresas utlzando uma mesma rede compartlhada, e a competção nter-plataforma, que é a competção entre dferentes redes de banda larga, em especal a rede DSL 2 e a rede HFC 3. Segundo os resultados de Dstaso et al (2006), a competção nter-plataformas é mas efcente do que a competção ntra-plataforma. De fato, os resultados ndcam que a competção ntra-plataforma não tem efetos estatstcamente sgnfcantes sobre a penetração da banda larga. Por outro lado, os resultados dos autores também ndcam que a redução dos preços de compartlhamento de redes tem um efeto postvo sobre a penetração da b anda larga. Assm, ao comparar os resultados de Crandall et al (2004) e Dstaso et al (2006) fca evdente o trade-off prevsto na teora do desenvolvmento econômco de Schumpeter. Se por um lado as obrgações de compartlhamento de redes tem um efeto postvo sobre a competção e sobre o uso da banda larga, por outro, tem um efeto negatvo sobre os ncentvos de construção de novas redes. Toda a lteratura aqu revsta tem o obetvo de consoldar o entendmento de que as redes de telecomuncações são fundamentas para promover o acesso à banda larga e que a regulação do acesso a essas redes pelas empresas ofertantes no mercado gera um trade-off entre a concorrênca no mercado e a construção de novas redes. Posto sso, no próxmo Capítulo apresentaremos um auste para avalar os mpactos de dferentes polítcas de massfcação da banda larga. 2 As redes DSL são aquelas utlzadas para provmento de banda larga por meo da rede de telefona convenconal. Ou sea, é a oferta de conectvdade por meo da rede de pares trançados de cobre. 3 As redes HFC são aquelas para provmento de banda larga por meo de redes de TV a cabo, utlzando uma estrutura híbrda entre fbras ótcas e cabos coaxas. 14

17 3 ESTRUTURA DO MERCADO DE REDES DE TRANSPORTE DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL A exploração das redes de transporte de telecomuncações no Brasl é feta prncpalmente por meo da oferta de Exploração Industral de Lnhas Dedcadas (EILD). Para entendermos melhor esse mercado, abordaremos a segur o produto EILD, caracterzando suas funconaldades, os ofertantes de EILD, e utlzaremos um teste orgnal de estrutura de mercado para dentfcarmos qual a estrutura concorrencal dessa oferta O PRODUTO EILD A Exploração Industral de Lnhas Dedcadas (EILD) consste bascamente em um nsumo para prestação de servços de telecomuncações. Esse nsumo nada mas é que uma conexão de dados com característcas técncas de garanta taxas de transmssão dferencadas em relação ao consumdor fnal. Tendo em vsta que a ndústra de banda larga é organzada por meo de redes, temos que essas redes são dmensonadas de forma a garantr uma entrega estatístca de conexão. Em outros termos, as redes de telecomuncações são dmensonadas tendo em vsta o uso não smultâneo do servço por todos os usuáros. Nesse sentdo, os consumdores fnas não recebem uma conexão de dados com garantas de velocdade de transmssão contínua. Dessa forma, temos que a conexão dos consumdores é dta uma conexão compartlhada. Por outro lado, quando é necessáro fazer uma conexão entre redes exstentes, é necessáro que essa conexão tenha característcas técncas de garanta contínua de conectvdade. Esse tpo de conexão é chamado de lnha dedcada, uma vez que não é compartlhada e está ntegralmente dsponível a ambas as redes. O consumo de lnhas dedcadas é muto comum no mercado corporatvo e é adqurda por grandes empresas de forma a aumentar a qualdade da banda larga contratada. Por outro lado, a lnha dedcada também é muto demandada para fns de construção de redes. Nesse sentdo, uma prestadora que precsa lgar sua rede a outra rede mutas vezes opta por contratar esse nsumo. Quando há uma relação comercal de lnhas 15

18 dedcadas entre prestadoras de servço de telecomuncações, dz-se então que há uma relação comercal de Exploração Industral de Lnhas Dedcadas (EILD). Assm, temos que a EILD nada mas é que um dos prncpas nsumos para oferta do servço de acesso à nternet em banda larga. Dessa forma, é evdente que os preços pratcados na oferta de acesso à rede de transporte estão ntmamente relaconados com os preços pratcados na oferta de acesso banda larga (vareo), uma vez que aquele é mportante componente no custo deste. No mercado braslero tem exstdo demanda, por parte dos operadores do Servço Telefônco Fxo Comutado (STFC), Servço Móvel Pessoal (SMP) e Servço de Comuncação Multmída (SCM), de elementos de rede de transporte para suporte às redes própras e também a outros servços prestados por estes operadores no vareo. Nesse sentdo, as empresas de telecomuncações que não detém uma rede com alta caplardade e cobertura regonal optam por comprar capacdade de transporte, ao nvés de terem que construr redes própras. Atualmente, a oferta de EILD é feta na maor parte pelas concessonáras da telefona fxa. Essas empresas são monopolstas na oferta de EILD na maora das cdades brasleras (87%), segundo nformações da Anatel relatvas a aproxmadamente 100 ml contratos de EILD. A caracterzação das redes de acesso como monopólos naturas á está consderavelmente consoldada na lteratura econômca (Laffont & Trole, 1994 e 2001). Entretanto, quanto às redes de transmssão, a caracterzação de monopólo natural não é tão evdente. Assm como as redes de acesso, a construção das redes de transmssão envolve elevados nvestmentose custos afundados, prncpalmente no que dz respeto às obras de engenhara cvl e no lançamento de fbras ótcas. Os custos fxos assocados às redes de transmssão são dretamente proporconas ao comprmento dessas redes. Nesse sentdo, a exploração de redes de transmssão com ampla cobertura regonal geralmente é feta em regme de monopólo. De fato, no Brasl, as redes de transmssão de longa dstânca são exploradas em monopólo ou duopólo, sendo que a construção de tas redes fo feta na época em que a exploração do servço era feta pelo Estado. 16

19 Outro fator que eleva os custos fxos assocados à exploração de tas redes dz respeto à caplardade da rede. A necessdade de extensão da rede para dversos pontos aumenta a necessdade de nvestmentos na construção de pontos de agregação de redes, assm como eleva os custos fxos assocados à manutenção desses pontos. Essa stuação é especalmente delcada no Brasl, uma vez que as redes de transmssão chegam a todos os muncípos brasleros. Novamente, a construção de tas redes fo feta na época em que a exploração do servço era feta pelo Estado. Ambas as característcas, a necessdade de cobrr grandes dstâncas e de atender dversos pontos, fazem com que as redes de transmssão possuam característcas de monopólo natural no Brasl. Assm, tendo em vsta que a rede de transporte é um nsumo essencal para a oferta de banda larga ao consumdor fnal, e que esse nsumo essencal é explorado, em geral, em regme de monopólo, temos assm uma stuação típca de potencal fechamento vertcal. Como evdêncas da realzação do fechamento vertcal por parte das empresas monopolstas da rede de transporte observa-se stuação de monopólo na oferta varesta de banda larga em mas de muncípos brasleros, o que representa aproxmadamente de 33% da população braslera. O efeto negatvo dessa stuação concorrencal pode ser observado no gráfco abaxo, onde apresentamos a stuação de cada um dos brasleros em termos de concentração de mercado e penetração do servço de banda larga. Como podemos observar, há uma grande quantdade de muncípos na regão do Gráfco assocada a uma grande concentração de mercado e uma baxa penetração do servço. Essa evdênca pode estar assocada com o fato de haver uma lmtada oferta de EILD no mercado, conforme veremos a segur, e com o fato desses ofertantes estarem vertcalmente ntegrados com os ofertantes de servços varestas de banda larga. Esse dos fatos combnados são exatamente as condções propícas para a prátca do fechamento vertcal. 17

20 Gráfco 2 Dspersão de muncípos entre concentração de mercado e penetração de banda larga Fonte: ANATEL OFERTANTES DE EILD Por questões hstórcas, em especal o processo de prvatzação, a demanda tem sdo suprda, prncpalmente, pelas concessonáras do STFC. Contudo, exstem outros grupos que ofertam de forma ntegrada com operações de vareo (ex. GVT, Net Servços, etc.), e também empresas especalzadas na venda desse nsumo em relações de atacado (ex. Level 3, Copel Telecomuncações, etc.). Os preços de EILD varam em função da velocdade contratada, tada, sendo que essas taxas ncam-se em 64 Kbps e chegam a até 10 Gbps. Outra varável para defnção do preço da EILD é a dstânca entre as redes que se busca conectar. Nesse sentdo, o mercado opera com 9 degraus de preço (D0 a D8) 4. Abaxo apresentamos hstogramas sobre a quantdade de EILD contratadas no mercado braslero em função da velocdade e da dstânca. 4 Os degraus são defndos em função da dstânca geográfca entre as redes de telecomuncações que a EILD rá conectar. Assm, o Degrau 0 (D0) corresponde a lnks com dstânca até 5 km, e o Degrau 8 (D8) corresponde a lnks com dstânca superor a km. 18

21 Gráfco 3 Dstrbução dos contratos de EILD em taxas de transmssão Fonte: ANATEL Gráfco 4 - Dstrbução dos contratos de EILD em degraus Fonte: ANATEL Analsando os contratos de EILD, observamos uma grande concentração de contratos de EILD local em D0 5 ( contratos), em taxas de transmssão de 2 Mbps ( contratos). Dessa forma, temos que a EILD de 2 Mbps e em D0 é a mas comercalzada no mercado Estrutura de mercado Como em todos os mercados de nfraestrutura, dentfca-se no mercado de EILD a presença de barreras à entrada estruturas elevadas e não transtóras. A prncpal barrera à entrada elevada e não transtóra dz respeto à dfculdade para construção de 5 O Degrau 0 corresponde à EILD comercalzada dentro de um mesmo muncípo. Também é conhecda como EILD local. 19

22 rede de transporte para escoar tráfego orundo da rede de acesso entre dos (ou mas) pontos de agregação de tráfego. Trata-se bascamente de nfraestrutura essencal, onde a construção da rede de transporte é nvável para um potencal entrante no mercado. No setor de telecomuncações braslero, tal barrera decorre, entre outros, da vantagem que algumas frmas detêm por terem obtdo recursos de dfícl replcação em determnado momento, denomnada vantagem do ponero, tal como ocorreu após a desestatzação das empresas estatas. Ou sea, logo após a abertura do mercado a sucessora da estatal prvatzada que ntegrava o Sstema Telebrás, dspôs, desde o momento ncal, de uma rede nstalada, de uma cartera de clentes, de uma marca, e de uma posção á frmada no mercado. Assm, no mercado braslero essa vantagem pode ser aprovetada pelas concessonáras de telefona fxa, que são o Grupo O, Grupo Telefônca e Grupo Embratel. Essas empresas detêm hoe pratcamente todas as redes de transporte para oferta de EILD no Brasl. Tanto é assm que essas empresas foram defndas como detentoras de poder de mercado sgnfcatvo pela Agênca Naconal de Telecomuncações. Tal vantagem é acentuada pela possbldade transposção do poder de mercado detdo em um mercado montante a um mercado usante potencalmente compettvo, conforme apresentado em Rey e Trole (2006), decorrente da atuação vertcalzada dos prncpas grupos econômcos que ofertam produtos/servços em dversos níves da cadea. Observamos, anda, que neste mercado estão presentes elevadas economas de escala decorrentes das redes nstaladas que, assocadas aos elevados custos de construção de nfraestrutura, provê ao operador que detver maor caplardade destas redes vantagem sobre entrantes ao se consderar o custo margnal de expansão da rede. A presença de nfraestruturas essencas de dfícl duplcação 6 faz com que não haa perspectvas no curto ou médo longo prazo para a redução da probabldade de exercíco de poder de mercado, uma vez que os altos custos assocados à construção de uma nova rede dfcultam a duplcação por uma empresa entrante. 6 Bascamente a dfculdade da duplcação das redes para oferta de EILD está assocada aos custos de construção dessas redes, que são bascamente os custos de obras cvs, especalmente custosas nos grandes centros. 20

23 Nesse sentdo, é fácl dentfcar que as condções de produção de EILD tendem a crar mercados onde há reduzda quantdade de empresas ofertantes. Assm, é de se esperar que a estrutura de mercado de EILD sea de concorrênca mperfeta. Como destacamos anterormente, no Brasl esse mercado está concentrado nas concessonáras de telefona fxa, sendo que não há sobreposção de suas redes de transporte. A lmtada competção que se observa hoe é garantda por empresas que construíram ram redes nos grandes centros urbanos, representando assm uma contestação de mercados locas, mas não do mercado naconal como um todo. A possbldade de fechamento vertcal ganha relevânca em decorrênca do fato de que aproxmadamente 80% do mercado de banda larga resdencal estão concentrados em empresas dos mesmos grupos econômcos das concessonáras as de telefona fxa 7, que, como vsto á, são as grande detentoras de redes de transporte. Utlzando dados da Anatel é possível dentfcar o nível de competção, consderando a quantdade de ofertantes, em cada um dos muncípos brasleros. Conforme podemos ver no Gráfco abaxo, em 78% dos muncípos dentfca-se que a oferta de EILD é feta em uma estrutura de monopólo. Anda, em 16% dos muncípos a estrutura de mercado é de duopólo. Gráfco 5 Dstrbução dos muncípos em função das quantdades ades de ofertantes de EILD Fonte: ANATEL 7 Segundo dados da Anatel referentes a 2013, o Grupo Embratel detém cerca de 30% do mercado, segudo pelo Grupo O com aproxmadamente 28% do mercado e Grupo Telefônca com pouco mas de 18% do mercado. 21

24 Por outro lado, quando analsamos o percentual da população braslera em cada uma das stuações de competção, dentfcamos que 35,6% da população braslera está submetda ao regme de monopólo, e 15,9% submetda ao regme de duopólo. Gráfco 6 - Dstrbução da população em função das quantdades de ofertantes de EILD Fonte: ANATEL Ao comparar os dos gráfcos acma, fca evdente que a competção é mas acrrada nos muncípos mas populosos. Por outro lado, a quantdade de ofertantes em um mercado não necessaramente é uma medda da efcênca daquele mercado. A relação entre efcênca de mercado e a quantdade de ofertantes está ntrnscamente relaconada com a forma em que a concorrênca se dá. Nesse e sentdo, a concorrênca mperfeta a la Cournot tem um aumento de efcênca à medda em que novos ofertantes entram no mercado, alcançando o nível ótmo de efcênca à medda que a quantdade de ofertantes tende ao nfnto. Entretanto, em uma concorrênca mperfeta a la Bertrand com custos smétrcos, o nível máxmo de efcênca é alcançado com apenas dos ofertantes. Assm, uma pergunta fundamental que se coloca ao analsar a stuação concorrencal do mercado de EILD é sobre qual é a estrutura de concorrênca mperfeta. Em outras palavras, os ofertantes de EILD se comportam como em uma concorrênca mperfeta a la Cournot ou a la Bertrand? Evdentemente, exstem outras estruturas de mercado possíves, entretanto, a modelagem de fechamento vertcal de Rey e Trolle (2006) prevê apenas essas 22

25 estruturas nos mercados de nsumos. Nesse mesmo sentdo, os modelos específcos para o setor de telecomuncações (Foros, 2004; Faulhaber e Hogendorn; 2000) consderam que a oferta de nsumos é feta em uma estrutura de Cournot. Assm, remos avalar quas dessas duas estruturas é mas aderente à realdade do mercado de EILD e, de forma oblqua, avalar a razoabldade das premssas quanto à estrutura no mercado de nsumos de redes de telecomuncações. Para avalar a estrutura de concorrênca mperfeta mas aderente ao mercado braslero de EILD remos utlzar nformações de preço referentes aos contratos de EILD frmados. Com base nas nformações desses contratos, podemos calcular o preço médo da EILD em cada muncípo. Entretanto, há uma dversdade de condções de contratação de EILD, especfcamente no que dz respeto à dstânca geodésca entre os pontos a serem conectados pela EILD, e no que dz respeto à taxa de transmssão de dados da EILD. Dessa forma, com vstas a utlzar a maor quantdade de amostras possíves, calculamos o preço médo da EILD de 2 Mbps local (D0) nos muncípos em que exstem nformações relatvas a essas ofertas. Esse preço médo será nossa proxy para o preço do servço de acesso à nternet em banda larga (p). Como varáves explcatvas para o preço da EILD em uma cdade p, remos consderar a renda das famílas ( m ); a elastcdade ( δ ); o número de competdores no mercado ( N ); do custo de oferta de EILD ( k ); e do tamanho do mercado ( A ). Formalmente: p = p ( m, δ, N, k, A ) Tendo em vsta a dsponbldade de dados relatvos à p, além dos δ calculados conforme apresentado no Capítulo 4, precsamos dentfcar dados que srvam de proxy para os demas elementos. 23

26 As proxes para renda das famílas ( m ) e para tamanho do mercado ( A ) serão o PIB per capta 8 e o número de domcílos urbanos permanentes do muncípo segundo nformações do IBGE, respectvamente. No que dz respeto ao custo margnal remos utlzar como proxy dessa varável a área urbana do muncípo ( R ), que está dretamente assocado com os custos de provmento da nfraestrutura. k, Além de R, utlzaremos também como proxy para custos a alíquota de ICMS I ) ( cobrado no muncípo. Nesse ponto, vale destacar que as alíquotas de ICMS são unfcadas por Undade Federatva (UF), de tal forma que muncípos de uma mesma UF apresentarão o mesmo valor de I. As nformações referentes à área urbana do muncípo estão dretamente relaconadas com o custo de oferta de EILD, uma vez que as dstâncas entre as redes a serem conectadas é consderada quando da precfcação do produto. A nformação bnára referente ao atendmento do muncípo por meo de fbra ótca também está ntmamente lgada aos custos de provmento da EILD, uma vez que muncípos que não são atenddos por fbra ótca são atenddos por lnks de rádo ou lnks de satélte, que tem um custo maor de provmento, uma vez que sua escala de operação é consderavelmente menor. Quanto à quantdade de ofertantes no mercado, remos utlzar duas abordagens dferentes, ustamente para avalar qual modelo de estrutura compettva se austa melhor aos dados. Assm, no prmero modelo remos utlzar a varável N correspondente à quantdade de ofertantes de EILD no muncípo. No segundo modelo utlzaremos a varável B, que será uma varável bnára assumndo o valor untáro nos muncípos em que há monopólo e o valor nulo nos demas casos. A estmação dos dos modelos, alterando tão somente a abordagem referente à quantdade de ofertantes, tem o obetvo de averguar qual modelo de concorrênca explca melhor os dados dsponíves. Nesse sentdo, caso explcatva em relação a e vce-versa. N tenha melhor capacdade B, teremos então que o modelo de Cournot se adequa melhor, 8 Cabe destacar que o PIB per capta é utlzado como proxy de renda, apesar do PIB ser uma varável assocada à produção das frmas. 24

27 A fundamentação teórca para ambas as modelagens é baseada nos preços de equlíbro em concorrênca mperfeta nos modelos de Cournot e Bertrand. Nesse sentdo, temos que no prmero modelo o preço de equlíbro é uma função da quantdade de ofertantes no mercado, sendo que o preço de equlíbro converge para o preço de equlíbro em concorrênca perfeta à medda que a quantdade de ofertantes tende ao nfnto. Já no segundo modelo, o preço de equlíbro em concorrênca mperfeta converge para o preço de equlíbro em concorrênca perfeta quando há dos ou mas ofertantes. Dessa forma, temos que no prmero modelo, Cournot, a quantdade de ofertantes afeta dretamente o preço de equlíbro, enquanto que no segundo modelo, Bertrand, o que afeta o preço não é a quantdade de ofertantes, mas sm se há dos ou mas ofertantes. Posto sso, remos então rodar dos modelos: α α α δ α α α α + ε ln( p ) = ln( m ) + 3 ln( ) + 4 ln( A ) + 5N + 6 ln( R ) + 7 ln( I ) (1) ln( ) = β1 + β 2 ln( m ) + β 3 ln( δ ) + β 4 ln( A ) + β 5B + β 6 ln( R ) + β 7 p ln( I ) + z (2) Vale destacar que não utlzamos os valores de N em termos logarítmcos uma vez que remos utlzar a estmatva da redução do preço da EILD quando da entrada de um novo competdor na avalação de polítcas nas próxmas seções do presente trabalho. Utlzando dados da Anatel e do IBGE referentes a dados dos muncípos em 2010 e utlzando o método de mínmos quadrados ordnáros (MQO) com correção para heterocedastcdade, obtemos os seguntes resultados: Tabela 2 Resultados das estmatvas consderando o modelo de Cournot e de Bertrand Varáves Modelo 1 - Cournot Modelo 2 - Bertrand Constante m δ A N 6,81683*** 6,76260*** 7,01466*** 7,00742*** 6,45E-91 4,31E-106 7,14E-101 2,63E-127-0,10357*** -0,105331*** -0,12148*** -0,121693*** 0,0022 0,0013 0,0002 0,0001-0,945658*** -0,943970*** -0,944521*** -0,944320*** 4,26E-52 1,02E-52 3,74E-50 1,73E-50-0,162861*** -0,163174*** -0,194065*** -0,194090*** 2,06E-12 1,65E-12 2,68E-19 2,18E-19-0, *** -0, ** - - 0,009 0, B - - 0, ,

28 I R - - 0,4318 0,4206 0, , ,7191-0,9624-0, * 0, * 0, * 0, * 0,0756 0,0643 0,0555 0,05 R² (ad.) 0,6161 0,6168 0,6097 0,6106 F 72,478 87,116 70,767 85,079 4,98E-61 5,53E-62 5,84E-60 6,39E-61 Observações Obs.: *** Estmatvas sgnfcantes ao nível de 1%; ** Estmatvas sgnfcantes ao nível de 5%; * Estmatvas sgnfcantes ao nível de 10%; Valores em tálco representam o p-valor das estmatvas. Fonte: Elaboração própra Como podemos observar, os parâmetros assocados à alíquota de ICMS não apresentam sgnfcânca estatístca para explcar varações no preço de EILD. Esse resultado pode ser explcado tendo em vsta que as alíquotas de ICMS são defndas por UF, o que resulta em uma baxa varabldade de amostras, preudcando assm a efcênca dos estmadores. Posto sso, testamos os resultados consderando modelos alternatvos, onde as nformações acerca das alíquotas de ICMS não são ncorporadas no modelo 9. Em relação ao Modelo 1, todos os valores estmados apresentaram snal de acordo com o prevsto pelos resultados de preço de equlíbro em concorrênca mperfeta à la Cournot. Nesse sentdo, temos que os resultados ndcam que os preços tendem a ser menores em cdades com maor demanda ( α 2, α 3 e α 4 ). Todas as estmatvas referentes às característcas de demanda apresentaram sgnfcânca estatístca ao nível de 1%. No que dz respeto às condções de oferta, os resultados ndcam que a entrada de um novo competdor no mercado tem uma redução esperada de 3,7% no preço da EILD 9 Para avalar se exste algum efeto especfco de cada UF também foram utlzadas varáves dummy assocadas a cada UF, entretanto, os resultados obtdos não apresentaram sgnfcânca estatístca e tampouco melhoraram a adequação do modelo. A sgnfcânca para essas dummes só fo verfcada em algumas UF da Regão Norte e Nordeste e pode estar assocada com questões referentes à capacdade da nfraestrutura dsponível nessas regões. 26

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