Demanda por Saneamento no Brasil: uma aplicação do modelo logit multinomial

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Demanda por Saneamento no Brasil: uma aplicação do modelo logit multinomial"

Transcrição

1 Demanda por Saneamento no Brasl: uma aplcação do modelo logt multnomal Abstract: Basc santary servces, ncludng waste dsposal, treated water supply and sewage servces, do have a strong effect on human health and on the envronment. Brazl stands as havng a large defct n these servces,whch results n labour productvty's decrease and loss of GDP. Ths study ams at estmatng a demand model for sewage servces n Brazl.. In ths sense, a model of random utlty based on the logt multnomal was used for waste dsposal and sewage. Ths model s based on the assumpton that the choce for santary servces s done n a context where ths s one domclary attrbute among others. A hedonc prce approach s used n ths context to value those servces, where other domclary attrbutes stand as beng ether competng or complementary wth them. Results show that certan domclary characterstcs do compete wth santary servces. In partcular, number of rooms and electrcty access do compete wth sewage servces, as well as s the same case between number of rooms and waste dsposal. An nterestng concluson s that there s a certan tradeoff between santary servces and domclary comfort.. Results also show that demand for santary servces n Brazl s also senstve to the followng factors: ncome, educaton level, sze of the famly. Key words: Santary servces, envronment, random utlty, multnomal logt model. Resumo: Os servços de saneamento que englobam coleta de lxo, água tratada e esgotamento santáro exercem forte mpacto sobre a saúde da população e o meo ambente. No Brasl, verfcase um elevado défct desses servços causando dmnução da produtvdade do trabalho e perda de produto da economa. Este trabalho tem como obetvo estmar um modelo de demanda por saneamento no Brasl. Neste sentdo fo utlzado um modelo de escolha aleatóra com base na análse multnomal logt para lxo e esgotamento santáro. O modelo toma como base o fato do saneamento fazer parte do conunto de atrbutos de uma resdênca e desse modo, a decsão do agente pode ser nterpretada como uma escolha por resdr num domcílo que possu certa alternatva de saneamento, dentre outros atrbutos relaconados ao domcílo em s. Neste caso, ncorporase a abordagem de preços hedôncos, onde outros atrbutos do domcílo são tomados como bens concorrentes ou complementares ao saneamento. Os resultados mostram que certas característcas do domcílo são concorrentes com o saneamento. Aqu se destacam a lumnação elétrca e o número de cômodos para esgotamento santáro, assm com cômodos para o lxo. Interessante fo notar que exste um certo tradeoff entre conforto e saneamento. Também outros fatores como renda, escolardade e o tamanho da famíla são varáves mportantes para explcar a demanda por saneamento no Brasl. Palavras chaves: Saneamento, Meo ambente, Utldade aleatóra, Modelo multnomal logt. JEL: H4, I0, I1, Q2, 1

2 Demanda por Saneamento no Brasl: uma aplcação do modelo logt multnomal 1. Introdução. Os servços de saneamento básco são essencas à vda, com fortes mpactos sobre a saúde da população e o meo ambente. Se entendermos a demanda por saneamento básco como uma demanda por nsumos que melhoram a qualdade de vda do ndvíduo, teremos uma ampla lteratura que trabalha com esse tema [Lebowtz e Fredman (1979, Nocera e Zwefel (1998), Dow (1999), nter ala]. Mas recentemente, Persson (2002) analsou as mplcações sobre o bem estar geradas por mudanças nos preços de nsumos dos servços de saneamento. Para o Brasl, CarreraFernandez e Menezes (2002) fzeram uso do método de avalação contngente para estmar uma função demanda por esgotamento santáro. Boa parte da população braslera resde em locas onde as condções de saneamento são precáras. Devdo à falta de saneamento e condções mínmas de hgene, a população fca sueta a dversos tpos de enfermdades. No Brasl são verfcados altos índces de nternações hosptalares pela carênca de saneamento básco, em partcular nas regões Norte e Nordeste. Esses fatores nocvos repercutem sobre a saúde da população, causando dmnução da produtvdade do trabalho, o que por sua vez gera perda no produto da economa. Além dsso, observase que a parcela da população sueta à falta de saneamento resde em locas mprópros para habtação, como nas encostas dos morros e nas margens dos ros. Isso traz como conseqüênca, em prncípo, a deteroração das áreas de floresta urbana e a polução dos ros, que também se traduzem em perdas econômcas, com um valor mínmo dado pelo custo de reposção das condções anterores à referda degradação. Defnese, nessa pesqusa, saneamento básco como sendo o conunto de três elementos dstntos que deveram estar presentes num mesmo domcílo: abastecmento de água, esgotamento santáro e servço de coleta de lxo. De modo a assegurar uma gerênca efcente de recursos, é mportante nvestgar que fatores determnam a demanda por saneamento, pos não é sufcente amplar a oferta de servços a menos que os agentes aprecem os reas benefícos relaconados a esta expansão. Uma atuação governamental efcente e efcaz requer o conhecmento dos determnantes da demanda por saneamento básco, para que se ganhe a perspectva da melhor forma de alcançar estes fns. Por exemplo, caso o nível de escolardade sea uma varável mportante na determnação da demanda por saneamento, e o governo decda pela amplação da oferta em regões onde o nível de escolardade sea baxo, é possível que os agentes não respondam de modo pleno ao hábto de manter prátcas precáras, devdo à baxa utldade dervada por esse bem. Esta resposta nsatsfatóra por parte dos agentes sera pode também se dar por fatores lgados à herança famlar. Neste caso, polítcas de saneamento adequadas deveram envolver a educação ambental num prmero estágo. Dferentemente, no caso da renda ser a varável fundamental, polítcas como redstrbução de renda, ou anda o smples aumento dos servços poderam alcançar os obetvos deseados. Assm, conhecendo os determnantes da demanda, é possível mnmzar o custo de expansão dos servços de saneamento, assegurando ao mesmo tempo sua efcáca.. Boa parte dos estudos que tratam da questão do saneamento no Brasl está alcerçada apenas na mera lustração de nformações que ressaltam o défct de saneamento 2

3 em relação aos domcílos brasleros. Como exceção a essa regra destacase o trabalho de CarreraFernandez e Menezes (2002), que fazem uso do modelo logt para estmar a demanda por esgotamento santáro. Devese ter em mente que os dados refletem substancalmente o resultado da nteração das funções oferta e demanda por tal, sendo que a mera descrção deles pode encobrr fatores de extrema relevânca teórca. A constatação de uma alta correlação negatva entre défct de saneamento e renda pode fazer com que se consdere a renda como o únco fator comportamental mportante para análse do fenômeno, portanto polítcas efcentes de saneamento poderam requerer que os esforços governamentas se concentrassem prortaramente em polítcas de rendas, dexando ao setor prvado, por exemplo, a provsão de tas servços. Este trabalho tem como obetvo estmar um modelo de demanda por saneamento no Brasl. Além desta ntrodução, a seção 2 apresenta os fatos estlzados sobre saneamento básco no Brasl. A seção 3 explcta a questão do saneamento dentro do contexto de escolha randônca pelo agente. Aqu, o grau de saneamento é vsto como um atrbuto ou característca do domcílo e, neste sentdo, a análse pode ser enquadrada dentro de um contexto de demanda por habtação na qual o agente escolhe resdr num domcílo que possu uma certa estrutura de saneamento. Dentro deste contexto, a estmação econométrca da demanda de saneamento no Brasl utlza o modelo logt multnomal. por sua adequação ao caso presente.. Na seção 4, aplcase o modelo multnomal com obetvo de analsar cada um dos componentes do saneamento separadamente. Neste sentdo o modelo fo aplcado para estudar os casos de esgotamento santáro e do lxo. Por fm, na seção 5, são apresentadas as conclusões dessa pesqusa. 2. Fatos Estlzados do Saneamento Básco no Brasl. Os servços de abastecmento básco que ncluem os servços de água, esgotamento santáro e coleta de lxo estão anda muto longe de atender, no Brasl, a totaldade da população. Apesar do aumento sgnfcatvo verfcado na oferta dos servços nas últmas décadas, persste uma demanda possvelmente não atendda, especalmente nos extratos socas de renda mas baxa, localzados nas perferas de grandes cdades, nos menores muncípos, nas pequenas localdades e na área rural. Na Tabela 1 são apresentados os números concernentes ao défct de saneamento básco no Brasl. Com relação ao abastecmento de água, o índce naconal desse servço, por meo de lgações domclares às redes, alcançou em 2000, 77,8%. No que se refere à esgotamento santáro, somente 47,2% dos domcílos estão lgados às redes coletoras, seam elas exclusvas ou de drenagem de águas pluvas. Caso seam consderadas as fossas séptcas, que em alguns casos podem se consttur em uma solução adequada, a cobertura em esgotamento santáro alcança 62,2%. Assm, o défct dos servços de abastecmento de água por redes públcas atnge cerca de 9,9 mlhões de domcílos brasleros, e 23,6 mlhões não estão conectados às redes coletoras de esgotos. Se consderadas as fossas séptcas, o défct em esgotamento santáro atnge 16,9 mlhões de domcílos. No que dz respeto às áreas ruras, o défct é proporconalmente muto superor àquele verfcados em áreas urbanas. Tomando por base o ano de censo mas recente de 2000, o atendmento por redes de dstrbução de água atnge somente cerca de 18,1% dos 3

4 domcílos ruras. Em esgotamento santáro, apenas 3,3% dos domcílos ruras estão conectados às redes coletoras e somente 9,6% dspõem de fossas séptcas. Assm, de 7,46 mlhões de domcílos localzados em áreas ruras, 1,35 mlhões estão lgados às redes de abastecmento de água e 960 ml estão lgados ou às redes coletoras de esgotos ou dspõem de fossas séptcas. Deve ser observado que o atendmento às populações dspersas em áreas de baxa densdade populaconal pode ser consderado satsfatóro, com o uso de soluções ndvduas, nclusve para abastecmento de água para consumo humano. Por exemplo, nas áreas ruras, cerca de 4,3 mlhões de domcílos se abastecem por nascentes ou poços localzados na própra propredade. Não há, todava, dados que possam assegurar que estas fontes de água seam seguras 1. Por outro lado, ações de saúde públca em áreas ruras, como smples desnfecção da água, poderam assegurar sua qualdade mínma, tornandoa própra ao consumo humano. No que se refere aos servços de coleta de lxo, de acordo com a Tabela 1, ao longo da década de 1990 se observa uma substancal melhora nos ndcadores, prncpalmente no que se refere aos domcílos stuados nas áreas ruras. Entretanto, a grande parcela desses domcílos contnua sem serem atenddos pelos servços de coleta de lxo. De modo a aprofundarmos a questão do saneamento no Brasl sob o prsma mas teórco, remos adotar uma metodologa própra, para a partr dela obter alguns fatos estlzados sobre o saneamento. Nesse sentdo, a proposta aqu é ncalmente defnr uma varável que possa quantfcar o nível de saneamento para cada domcílo, para então gerar o conceto de defct aproprado. Essa varável pode ser construída a partr da combnação de três subconuntos dstntos de varável, cada qual relaconado a um dos elementos que defnem o saneamento básco: abastecmento de água, esgotamento santáro e coleta de lxo. No entanto, é necessáro defnr os crtéros que o domcílo deve preencher para possur cada um desses elementos. 1 Para a OMS (Organzação Mundal da Saúde), é atenddo por servço de abastecmento de água um domcílo urbano que se localze a, no máxmo, 15 mnutos de camnhada, ou 200 metros de dstânca de uma fonte de água segura como os chafarzes, e em esgotamento santáro, aquele cuos deetos humanos esteam afastados do contato dreto com pessoas, anmas e fontes de água, acetando soluções do tpo latrna seca ou fossa rudmentar. 4

5 Tabela 1: Evolução da Cobertura dos Servços de Água e Esgotos no Brasl em % Indcadores Abastecmento de Água. domcílos urbanos rede de dstrbução 60,5 79,2 86,3 89,8. domcílos ruras rede de dstrbução 2,6 5,0 9,3 18,1 Esgotamento Santáro.domcílos urbanos rede de coleta 22,2 37,0 47,9 56,0.domcílos urbanos fossas séptcas 25,3 22,9 20,9 16,0.domcílos ruras rede de coleta 0,45 1,4 3,7 3,3.domcílos ruras fossas séptcas 3,2 7,2 14,4 9,6 Coleta de Lxo*.domcílos urbanos coleta dreta N.D. N.D. 0,78 84,9.domcílos urbanos coleta ndreta N.D. N.D. 0,06 0,08.domcílos ruras coleta dreta N.D. N.D. 0,07 0,15.domcílos ruras coleta ndreta N.D. N.D. 0,01 0,04 Fonte: IBGE, Censos Demográfcos 1970, 1980, 1990 e * N.D. = Dados não dsponíves. Em relação ao abastecmento de água, o crtéro para que um domcílo possua esse servço, num sentdo pleno, é que tenha água encanada em pelo menos um cômodo e que ela sea provenente de rede geral de dstrbução. Para que um domcílo preencha o crtéro para esgotamento santáro, é necessáro que nele exsta banhero, sendo que seu uso deve ser prvatvo do domcílo e que o escoadouro sea feto por rede coletora de esgoto ou fluval, ou anda, fossa séptca. No caso do domcílo ter acesso à coleta de lxo, consderouse que esse servço é pleno no caso do lxo desse domcílo ser coletado dreta ou ndretamente 2 por servço de empresa de lmpeza. Nessa altura, a tarefa consste em crar varáves que expressem em valores o nível de saneamento de um domcílo para então tentar relaconarlo a possíves fatores que fazem com que uma pessoa decda habtar um domcílo com determnada estrutura de saneamento. Assm é razoável supor que a escolardade e a renda nfluencam a decsão do agente na sua decsão de ter ou não dsponível certo servço na medda que esses são os prncpas fatores sócoeconômcos que podem determnar a escolha por certo nível de saneamento básco. A análse descrtva que se segue toma por base os dados da PNAD de A Tabela 2 lustra a dspersão dos domcílos no Brasl quanto ao nível de saneamento para a tal amostra. Ela assoca o nível de saneamento, classfcando essa varável com valores que vão de 0 a 3. Aqu 0 (zero) representa o domcílo que não possu nenhum dos três tens assnalados de saneamento, 1 (um) o domcílo que possu um dos dos tens, 2 (dos) o que possu 2 dos tens de saneamento e 3 (três) representa o domcílo que possu todos as 3 2 Quando o lxo é depostado em caçamba, tanque ou depósto de servço. 5

6 característcas de saneamento. Conforme pode ser observado, aproxmadamente 45% do total dos domcílos não atngem o saneamento pleno (nível 3). No que dz respeto ao efeto da educação sobre o saneamento, o exercíco segunte ressalta quanto o nível de escolardade é mportante. Nesse caso, a amostra fo repartda entre domcílos cua pessoa de referênca possu pelo menos o prmero grau completo e os domcílos onde sso não ocorre. Para a amostra da PNAD de 1998, a Tabela 3 mostra que cerca de 60% dos domcílos possuem saneamento pleno, onde a pessoa de referênca tem pelo menos o elementar. Já para o outro grupo, observase que o saneamento pleno não alcança 40%. Tabela 2: Nível de Saneamento Básco dos Domcílos no Brasl em 1998 Nível de Saneamento Básco Percentual Percentual Acumulado 0 7,14% 7,14% 1 7,32% 14,46% 2 30,57% 45,03% 3 54,97% 100,00% Fonte: PNAD 1998 Ocorre, contudo, que não apenas fatores de natureza sócoeconômca são responsáves pela grande dspardade exstente no volume de saneamento básco entre os domcílos brasleros. Como assnala CarreraFernandez e Menezes (2002), essa dspardade também é percebda caso sea feta uma comparação entre as regões do Brasl. Nesse caso, tomandose por base os dados da PNAD1996, de acordo com a Tabela 4, observase que os estados do sudeste e do sul do país detêm uma quantdade de domcílos plenamente saneados superores aos estados das regões nordeste e centrooeste do país, para não menconarmos a regão norte que não aparece na tabela. Enquanto no sudeste 77% dos domcílos possuem saneamento pleno, esse número na regão nordeste é de apenas 34%, sendo que na regão centrooeste esse valor é de 41%. Tabela 3: Nível de Saneamento X Escolardade Pelo Menos 4 anos de Estudo Menos de 4 anos de Estudo Nível de Saneamento Básco Percentual Acumulado Percentual Acumulado 0 5,89% 5,89% 11,30% 11,30% 1 5,05% 10,93% 14,87% 26,16% 2 28,58% 39,52% 37,16% 63,32% 3 60,48% 100% 36,68% 100% Fonte: PNAD 1998 Isso parece ser conseqüênca do fato de que as regões sudeste e sul são as mas rcas do país e que, portanto, possuem melhor nfraestrutura para a população, facltando o acesso aos servços de saneamento. Também é sabdo que as áreas urbanas detêm os domcílos com maor nível de saneamento, possvelmente devdo ao menor custo margnal de se obter tal servço nas áreas urbanas. 6

7 Tabela 4: Saneamento Básco por Regão Nível de Nordeste Sudeste Sul CentroOeste Saneamento % Acum. % Acum. % Acum. % Acum. 0 9,38 9,38 2,94 2,94 4,40 4,40 15,17 15, ,99 23,38 4,53 7,48 3,16 7,56 4,98 20, ,10 65,47 14,76 22,23 36,74 44,30 38,64 58, , , , , Fonte: PNAD 1998 Como pode ser vsto na Tabela 5, de acordo com os dados da PNAD1996, 57% dos domcílos urbanos são dotados de saneamento pleno. Por outro lado, esse valor ca para 17%, tomando por base os domcílos que se localzam em áreas ruras. Tabela 5: Saneamento Básco: Área Urbana x Área Rural Área Urbana Área Rural Nível de Saneamento % Acumulado % Acumulado 0 6,58 6,58 19,14 19,14 1 6,02 12,60 35,10 54, ,66 43,26 28,62 82, , , Fonte: PNAD Modelo de Utldade Aleatóra. Na seção anteror apresentamos alguns fatos estlzados a respeto do saneamento básco no Brasl. O obetvo agora é verfcar se é possível tratar a questão do saneamento dentro de um paradgma teórco. Neste sentdo, a base do nosso argumento é que o saneamento deve ser vsto como um entre os város atrbutos de um domcílo que o agente demanda. Assm, podese nterpretar a escolha por certa estrutura de saneamento pelo agente como a decsão de resdr num domcílo que contemple tal estrutura untamente com os outros atrbutos do domcílo. A partr dsso, podese ver o saneamento como sendo um atrbuto que pode ser concorrente, complementar ou mesmo atrelado com outros atrbutos do domcílo. Além dsso, conforme fo dto anterormente, fatores sócoeconômcos podem nfluencar no processo na medda que atuam sobre a factbldade e também sobre a estrutura de preferêncas do agente. A renda delmta o conunto de escolha em relação à habtação de uma famíla, como também o nível de educação do grupo que pertence o ndvíduo pode atuar no sentdo de defnr os seus gostos. Aqueles que enfatzam a saúde, certamente terão preferênca por resdr num domcílo onde o nível de saneamento sea pleno. No caso onde sso não sea possível devdo à restrção na renda, a alternatva sera optar por uma solução parcal reduzndose o nível de saneamento para algo medatamente abaxo na escala das alternatvas. Por exemplo, na mpossbldade de se dspor de coleta dreta ou ndreta de lxo, a opção medatamente abaxo sera quemar o lxo ou enterrálo. Também no que se refere ao esgotamento santáro, quando não é possível dspor de rede geral, a alternatva medatamente nferor sera abrr uma fossa séptca. 7

8 Conforme fo assnalado ao fnal da seção anteror, cada componente de saneamento, água, esgotamento santáro e lxo, possuem categoras dstntas de classfcação que representam tpos dferentes de opção para o agente, sendo que a descrção completa dessas alternatvas aparece no fnal do trabalho no Anexo1. Uma vez que fo vsto que o aparato para tratar o problema do saneamento pode ser enquadrado na mesma categora que aquele usado para tratar a escolha por habtação, sto nos leva ao emprego do modelo de escolha aleatóra como forma de tratar o problema. A segur faremos uma breve exposção acerca sobre este método. No problema de escolha aleatóra, a escolha da alternatva, = 1,..., J ; para o ndvíduo, 1,..., I ; vsa maxmzar o nível de utldade U. Aqu deve fcar claro que a = escolha na verdade se refere a escolha de um domcílo para o qual a opção exste. Tendo em vsta que a nformação acerca dos determnantes de cada escolha é ncompleta, podese defnr U da segunte forma U = + ε = 1,... J, = 1,..., I (1) V onde V representa sua parte determnístca e ε, o componente aleatóro. A probabldade P que o ndvíduo escolha certa alternatva é gual a probabldade que U sea a maor utldade entre U,...,U. Denotando x 1,..., J a 1 escolha feta pelo ndvíduo, temos então que P = Pr J { } ( x = ) = Pr( U > U, k = 1,..., J : k ) = Pr( ε ε V V, k = 1,..., J : k ) k (2) Dadas as componentes determnístcas das funções de utldade, V 1,...,V J, essa probabldade rá depender das suposções acerca das dstrbuções (ou das dferenças) dos termos estocástcos ε 1,..., ε J. A componente determnístca V é afetada por dferentes tpos de determnantes, podendo ser defnda da segunte forma k k V = α + x' β + z' γ = 1,..., J, = 1,..., I (3) onde z representa o vetor de varáves atrbutos, x é o vetor de varáves característcas, que podem varar para o ndvíduo conforme o tpo de escolha; por fm, o termo constante α é dado em relação a cada alternatva. Na presente pesqusa, cuas nformações são obtdas a partr da pesqusa da PNAD, não se encontra dsponível nenhuma nformação do tpo, assm todos os dados são do tpo atrbuto. Nesse caso, temos então que x V = α + z' γ = 1,..., J, = 1,..., I. (4) Tendo em vsta as característcas desse modelo, o modo mas aproprado de estmar os parâmetros se dá a partr da aplcação de um modelo multnomal logt, onde 8

9 Pr( Y e = ) = J e k = 1 β ' z β ' z k (5) Nesse modelo, as equações estmadas geram um conunto de probabldades para J+1 escolhas para o ndvíduo. Um modo de remover essa ndetermnação é a partr da ntrodução de uma normalzação para a alternatva de referênca como, por exemplo, fazendo o vetor β 0. Assm temos que 1 = Pr( Y = ) = J k = 1 1 e β ' z k, para = 2,..., J 1 (6) Pr( Y e = ) = J e k = 2 β ' z β ' z k (7) A partr do emprego do método de máxma verossmlhança e com o uso de otmzação não lnear, é possível obter as estmatvas para os coefcentes que aparecem em (9). Conforme assnala Greene (1993) a nterpretação dos coefcentes das equações (9) (10) se torna dfícl, no entanto, é possível obter a partr delas os logs para J1 razões das probabldades, P ln P k = β ' z, para = 2,..., J 1 (8). Assm temos sempre J1 equações das quas se consegue obter alguma nterpretação acerca dos coefcentes, que no caso acma dara a déa do efeto sobre a probabldade de escolha da alternatva J em relação à alternatva K decorrente de uma mudança margnal no valor de certa varável. Um nstrumento nteressante para análse do modelo multnomal derva de um nstrumento denomnado como razão relatva de rsco, RRR, que se defne do segunte modo P( Y = z + 1) ( P( Y = k z + 1) RRR = (9) P( Y = z) ( P( Y = k z) A nterpretação da RRR se assemelha aquela medatamente posta acma para as equações que aparecem em (8), exceto pelo fato que a razão relatva de rsco lda com mudanças relatvas nas probabldades. Esse conceto é análogo ao conceto de elastcdade da mcroeconoma. Outro fato mportante no contexto do modelo de escolha múltpla, é que do ponto de vsta da estmação, é útl que as razões P P seam ndependentes das outras k 9

10 escolhas, o que ocorre quando assumese a hpótese dos dstúrbos serem ndependentes, denotandose sso como axoma das alternatvas rrelevantes 4. Aplcação Empírca: Esgotamento Santáro e Lxo. Tendo apresentado o aparato teórco para tratar a questão da escolha randônca, onde aparecem dversas alternatvas não ordenadas, a questão segunte consste em como aplcar o modelo multnomal no contexto de saneamento. A déa aqu é saber como a decsão do agente por resdr num domcílo que possu determnada categora de saneamento é afetada por fatores exógenos como característcas sócoeconômcas, atrbutos ntrínsecos da resdênca, localzação, etc. Nesse sentdo, o que rá se propor é o estudo dos fatores que determnam a probabldade de se efetuar uma das alternatvas dsponíves, para o conunto dos elementos que formam o saneamento básco. Aqu serão tratados os casos do esgotamento santáro e lxo. De acordo com a metodologa usada pela PNAD, são dversas as alternatvas que um domcílo pode apresentar para cada um desses elementos. Todas elas estão explctadas com detalhes ao fnal do trabalho no Anexo 1. A análse da demanda por saneamento não pode estar desvnculada da questão da demanda por habtação, conforme tem sdo enfatzado neste trabalho. Assm, o ponto fundamental consste em ntegrar a análse de forma a combnar os resultados do modelo de escolha aleatóra com o de preços hedôncos que é característco dos trabalhos sobre habtação. Nesse caso é necessáro nclur o maor número possível de varáves de modo que as prncpas característcas dos domcílos esteam contempladas, além de nclur varáves que devem estar presentes na estmação de qualquer função de demanda como renda, preço, etc, além das varáves típcas de controle. Naturalmente, tas atrbutos podem ser nterpretados como bens ou concorrentes ou complementares das escolhas de esgotamento santáro e lxo. Neste sentdo, uma conectura possível sera magnar uma famíla de baxa renda que opta em resdr num domcílo com restrções quanto ao saneamento básco, mas que possu lumnação elétrca. Essa decsão se dara devdo ao fato da utldade gerada pela energa elétrca ser maor que aquela advnda do saneamento. Assm, o acesso fácl à eletrcdade estara fazendo aumentar o défct de saneamento. Assm no que se refere às varáves explcatvas, elas estão agrupadas em três grupos dstntos. O prmero nclu as varáves relaconadas às característcas dos moradores, tas como renda méda do domcílo, número de moradores, escolardade da pessoa de referênca, etc. O segundo grupo trata das característcas do domcílo, tas como dmensão do móvel descrevendo o número de dormtóros, cômodos e banheros; servços públcos dsponíves onde se localza o domcílo, lumnação elétrca, coleta dreta de lxo, água e esgotamento santáro provenente de rede geral, etc. Por fm, no tercero grupo constam nformações referentes à localzação do domcílo, se está localzado em área urbana, em regão metropoltana e regão do país. Naturalmente, as varáves de localzação podem ser tomadas como varáves de controle do modelo. Uma descrção completa das varáves usadas nesta pesqusa aparece no Anexo 1. Neste estágo, a questão crucal reca em mostrar o modo como as varáves dependentes serão tratadas no modelo. O Anexo 1 mostra como as alternatvas para esgotamento santáro e lxo estão dscrmnadas nesta pesqusa. Foram seleconadas quatro opções para cada um desses elementos. Embora o número de alternatvas que aparecem na 10

11 PNAD sea maor, a decsão sobre a redução do número de escolhas se deve ao fato de que um número elevado de alternatvas certamente se traduz num obstáculo para uma análse mas clara do modelo multnomal, tendo em vsta as dfculdades nerentes em nterpretar um modelo deste tpo. Além dsso, a nclusão dessas outras opções não ntroduz nformação relevante ao modelo. Assm as alternatvas seleconadas para esgotamento santáro foram: SAN_RG, SAN_FSRG, SAN_FSSE e SAN_VRL; enquanto que para lxo fcamos com LIXO_CD, LIXO_CI, LIXO_QE e LIXO_TMR. A ustfcatva para este tpo de arrano é que ele pode captar na méda as preferêncas reveladas dos agentes econômcos num contexto de restrção de recursos. Por exemplo, em ambos os casos, os dos prmeros tpos de alternatvas se assemelham quanto à utldade gerada na medda em que geram os maores níves de bemestar. Dferentemente, as demas escolhas para ambos os elementos se traduzem em perda de bemestar não só para a socedade como também do ponto de vsta ndvdual. Assm exste uma externaldade negatva quando o lxo é quemado devdo à emssão de CO2 e quando ele é ogado em terreno baldo ou atrado no ro. Todas esses modos de elmnação do lxo se traduzem em agressão ao meo ambente e geram também mpacto sobre a saúde. Da mesma forma, sso é observado nas alternatvas SAN_FSSE e SAN_VRL para esgotamento santáro. A Tabela 6 apresenta os resultados do modelo multnomal para esgotamento e lxo. Antes de se efetuar a análse dos resultados, é necessáro ntroduzr alguns comentáros prelmnares. Prmero, nela aparecem duas colunas para um dos elementos tratados. A coluna (1) mostra os coefcentes e o pvalores, enquanto a coluna (2) apresenta a razão relatva de rsco, RRR. Segundo, os resultados são mostrados mesmo com a permanênca de algumas poucas varáves não sgnfcatvas no modelo. Aqu não houve necessdade de lustrar o modelo restrto, pos a presença dessas varáves não causa mudança sgnfcatva nos coefcentes das varáves remanescentes. Para melhor enfocar os resultados relevantes, o modelo restrto não é apresentado, assm como também não o são apresentados os coefcentes das dummes de controle para regões do Brasl e de regão metropoltana pela mesma razão, muto embora o modelo tenha sdo estmado com todas elas. Observouse que todas elas são sgnfcatvas e apresentam os snas esperados 3. Quarto, a renda méda domclar fo tomada em relação ao log devdo ao fato dela apresentar uma grande dspersão. A aplcação do log permtu suavzar a sére. Qunto, observase que a varável banhero não é ncorporada no modelo de saneamento. Isto se deve ao fato de haver colneardade 4 quase que absoluta entre ela e a varável dependente SAN_RG. Outras varáves também não são ncorporadas, pelos mesmos motvos. Por fm, devese ter em mente que a análse de cada regressão deve ser tomada sempre em relação a uma categora de base ou referênca. Em relação aos resultados do modelo, alguns pontos merecem ser destacados. No que se refere ao modelo de esgotamento, observase que a renda é fator essencalmente mportante no modelo. De acordo com o que aparece na coluna (2), um aumento de uma undade sobre o log da renda méda gera uma elevação de mas de duas vezes esse valor sobre a probabldade relatva do ndvíduo por optar em morar num domcílo que tem alternatva de rede geral em relação a outro cua alternatva é tpo SAN_VRL. 3 Tas nformações podem ser obtdas dretamente com os autores. 4 Não confundr colneardade com multcolneardade. 11

12 Embora o mpacto da escolardade não sea tão forte aquele gerado pela renda, esta varável também se mostra mportante. Um aumento de um ano completo de escolardade aumenta mas que proporconalmente a probabldade do agente se deslocar de um domcílo com alternatva SAN_VRL para outro com opção de rede geral. Para o conunto total de moradores em uma localdade, verfcase que a exstênca de um morador a mas tem um mpacto menos que proporconal sobre a probabldade da famíla que resde numa resdênca tpo SAN_VRL vr a morar numa localdade com rede geral. Outros pontos podem anda ser colocados. Veamos o caso da lumnação elétrca. Sabese que este servço gera grande utldade para os agentes. Nesse caso, os resultados mostram que, ceters parbus, se o ndvíduo tvesse que escolher entre morar num domcílo com rede geral de esgoto e outro com alternatva SAN_VRL, na méda ele opta em morar naquele que possu lumnação elétrca, o que é vsto tanto pelo snal negatvo do coefcente da dummy ILU_ELET assm como também pelo baxo valor RRR da mesma varável na equação para SAN_RG. Como a maora dos domcílos não possu rede geral, a facldade do acesso à energa faz crescer o défct de saneamento, conclusão esta bastante mportante em termos de planeamento global dos nvestmentos públcos de saneamento e eletrfcação. O mesmo não acontece em relação à escolha SAN_FSSE, pos a opção fossa séptca sem conexão é acessível ao agente.. Observase anda que os servços de coleta de lxo dreta e de rede geral de água são complementares para qualquer categora de saneamento. No que se refere aos resultados do lxo, alguns pontos merecem ser destacados. Embora a renda sea um fator mportante, ela não alcança a mesma dmensão como no caso do esgotamento santáro, á que um aumento margnal da renda gera uma mudança relatva de cerca de 0,5 na probabldade de escolha da pessoa se deslocar de um domcílo com opção LIXO_TMR para um com opção LIXO_DIR. Tratase da metade daquela advnda da probabldade relatva de optar em morar num domcílo que tem alternatva de rede geral de esgoto em relação a outro cua alternatva é tpo SAN_VRL, quando ocorre uma mudança margnal da renda. 12

13 Tabela 6. Modelo Multnomal para Saneamento: Esgotamento Santáro e Lxo. Varáves Independentes Escolha = Coef. (P Valor) (1) = SAN_RG Esgotamento Santáro RRR (2) = SAN_RG Coef. (P Valor) (1) LIXO_CD Lxo RRR (2) LIXO_CD LRENDMED ESCOL MORADS APTO DORMITOR COMODOS BANHEIRO ILU_ELET LIXO_DIR SAN_RG AG_RG URBAN CONSTANTE 0,888 (0,000) 0,052 (0,000) 0,088 (0,002) 1,7773 (0,050) 0,106 (0,003) 0,043 (0,000) 1,871 (0,000) 1,555 (0,000) 0,724 (0,000) 0,846 (0,011) 3,639 (0,000) 2,481 1,051 0,948 6,180 1,101 0,958 0,152 4,310 2,064 1,187 0,495 (0,000) 0,108 (0,000) 0,021 (0,019) 1,245 (0,000) 0,175 (0,000) 0,030 (0,004) 1,457 (0,000) 1,860 (0,000) 2,241 (0,000) 1,086 (0,000) 1,967 (0,000) 7,516 (0,000) 1,640 1,181 0,948 3,476 1,119 0,970 4,270 6,424 5,210 2,963 6,117 Escolha = = SAN_FSRG = SAN_FSRG = LIXO_CI = LIXO_CI LRENDMED ESCOL MORADS APTO DORMITOR COMODOS BANHEIRO ILU_ELET LIXO_DIR SAN_RG AG_RG URBAN CTE 0,646 (0,000) 0,039 (0,000) 0,052 (0,000) 1,522 (0,000) 0,130 (0,000) 0,001 (0,916) 0,658 (0,023) 2,751 (0,000) 0,811 (0,000) 0,458 (0,000) 7,171 (0,000) 1,991 1,007 0,969 2,060 1,162 0,102 2,880 4,892 2,249 1,075 0,425 (0,000) 0,121 (0,000) 0,011 (0,275) 0,895 (0,000) 0,065 (0,038) 0,108 (0,000) 0,691 (0,000) 0,365 (0,000) 0,093 (0,245) 0,478 (,000) 2,315 (0,000) 2,657 (0,000) 1,530 1,129 1,011 0,406 1,068 0,896 1,995 1,441 1,098 0,618 4,321 Escolha = = SAN_FSSE = SAN_FSSE = LIXO_QE = LIXO_QE LRENDMED ESCOL MORADS APTO DORMITOR COMODOS BANHEIRO ILU_ELET LIXO_DIR SAN_RG AG_RG URBAN CTE 0,372 (0,000) 0,012 (0,000) 0,032 (0,394) 0,741 (0,000) 0,140 (0,000) 0,075 (0,916) 1,514 (0,023) 1,513 (0,000) 0,507 (0,000 0,269 (0,000) 3,269 (0,000) 1,504 1,005 0,961 5,031 1,151 0,100 4,780 3,101 1,661 0,907 0,056 (0,000) 0,026 (0,000) 0,008 (0,359) 0,350 (0,000) 0,021 (0,438) 0,047 (0,000) 0,321 (0,000) 0,060 (0,548) 0,746 (0,001) 0,217 (,000) 0,175 (0,064) 2,772 1,058 1,076 0,991 0,704 1,021 1,048 0,725 1,062 2,100 0,800 0,834 Grupo de Referênca SAN_VRL SAN_VRL LIXO_TMR LIXO_TMR Pseudo R 2 0,323 0,323 0,494 0,494 OBS Nota: Os valores entre parênteses representam o pvalor. Mas que no caso do esgotamento santáro, a escolardade é um fator bastante mportante. Devdo à maor facldade de acesso aos servços de lxo, cua oferta tem se expanddo também pela tendênca de unversalzação dos servços ncada durante a 13

14 década de 1990, nclusve com o aparecmento dos servços prvados de coleta, é possível verfcar de modo mas acentuado o efeto do aumento da escolardade quanto à demanda por tas servços. Nos casos das coletas dreta e ndreta, um ano a mas de escolardade aumenta em cerca de 20% a probabldade relatva do ndvíduo se deslocar de um domcílo onde o lxo é ogado nos ros ou nos mares para outro que dspõe de coleta dreta. Em relação aos outros aspectos, podese ressaltar o fato que o número de moradores atua em geral como obstáculo a melhora das condções de vda de uma famíla. Exceto no caso do LIXO_IND onde ela não é sgnfcatva, o número de moradores faz com que uma famíla permaneça resdndo em ambentes onde as condções de saneamento são precáras, talvez sendo o preço pago por servços comuntáros. Outro fato que chama atenção é que sso também se observa para a varável COMODOS 5. Assm como para as opções SAN_RG, SAN_FSRG de esgotamento e LIXO_IND. Uma possível explcação para sso decorre da preferênca revelada pelo conforto e/ou aparênca. Por fm, devese menconar os servços de água e esgotamento santáro são bens complementares. Assm o custo da expansão pode ser mnmzado pela unversalzação dos servços de água na medda em que os agentes prvados que, no caso de esgotamento santáro não dspõem de rede geral, podem optar por alternatvas que embora não alcancem o nível de satsfação como SAN_RG e SAN_FSRG, são preferíves a SAN_VRM. 5. Comentáros fnas. Este estudo teve como obetvo efetuar uma análse acerca dos determnantes do saneamento básco no Brasl. Embora exsta a déa de que o défct de saneamento sea gerado preponderantemente por fatores lgados à oferta desses servços e, portanto se consderar que o problema pode ser resolvdo fundamentalmente pela expansão dos servços ou pela redstrbução e/ou crescmento da renda, a pesqusa mostrou que é fundamental saber também como agem os fatores pelo lado da demanda por tas servços. Por meo da aplcação do modelo multnomal de escolha aleatóra, observouse que os servços de saneamento podem ser consderados como atrbutos de um domcílo, e, desse modo, podem ser complementares ou concorrentes com as demas característcas do domcílo. Desta forma, constatouse que o défct de saneamento para o caso de esgotamento santáro 6, pode até mesmo aumentar por força da expansão da rede de lumnação elétrca Dferentemente, o custo de amplação da rede de esgotamento pode se reduzr pela facldade de acesso à água. Além dsso, os resultados mostram que exste preferênca revelada por conforto, expresso pelo número de cômodos do domcílo, mostrando que tal atrbuto concorre em geral com o saneamento. Em outras palavras, o agente tem tendênca de permanecer num domcílo onde exste maor conforto em termos de espaço, mas com condções precáras de saneamento. Neste caso, polítcas educaconas mostrando os benefícos de um sstema completo de saneamento sobre a saúde e sobre o meo ambente podem ser mportantes para alterar o mapa de preferêncas dos agentes, devendo ser complementares a qualquer programa efcente de nvestmentos neste setor. Por fm, pôdese constatar anda que algumas varáves sócoeconômcas desempenham papel mportante na demanda por saneamento. Mostrouse que fatores como 5 Ver a defnção no Anexo 1. 6 Ver defnção de défct na Seção 2 deste trabalho. 14

15 a renda e a escolardade são mportantes. No caso da renda, observase que o seu mpacto sobre a demanda por esgotamento é bastante mportante. No caso do lxo, embora a renda sea o fator preponderante, o nível de escolardade é também relevante. Também o tamanho da famíla e da comundade contrbu para sua permanênca em locas onde o saneamento é restrto. Resultados obtdos neste trabalho parecem ndcar um certo tradeoff entre conforto domclar e preferênca por acesso a saneamento, o que se traduz emprcamente em graus elevados de concorrênca entre os componentes destes dos vetores na escolha domclar. Polítcas de saneamento deveram nclur este resultado básco para que seam efcazes e efcentes. Assm, as polítcas para saneamento deveram ser complementadas por polítcas educaconas que mostrem os reas benefícos sobre a saúde e o meo ambente, sendo esta afrmação especalmente relevante unto às camadas de menor renda no Brasl. 6. Bblografa. Andrade, T. A., Brandão, A. S. P., Lobão, Waldr J. A. e Slva, S. L. Q. Saneamento Urbano: a demanda resdencal por água. Pesqusa e Planeamento Econômco, 25(3): , Boskn, M. J. A Condtonal Model of Occupatonal Choce. Journal of Poltcal Economy, 82(2): , Fernandez, J. C. e Menezes, W. F. A Avalação Contngente e a Demanda por Servço Públco de Esgotamento Santáro: uma análse a parr da regão do Alto Subaé. Mmeo. Garca, F. e A. M. Rebelo. Defct Habtaconal e Desgualdade de Renda no Brasl. Economa Aplcada, 6(2): , Greene, W. Econometrc Analss. Prentce Hall, Goldberg, A. A Course n Econometrcs. Havard Unversty Press, 1991 Hensher, D. A. and Greene, W. H. Specfcaton and Estmaton of Nested Logt Model: Alternatve Normalzatons. Mmeo, New York Unversty, 2000 Judge, G., C. Hll, W. Grffths, T. Lee e H. Lütkepohl. Introducton to the Theory and Practce of Econometrcs. New York: Wley, Maddala, G. S. Lmted Dependent and Qualtatve Varables n Econometrcs. Cambrdge Unversty Press, McFadden, D. Condtonal Logt Analyss of Qualtatve Choce Behavor. In: Fronters n Econometrcs, ed. P. Zarembka, Academc Press, Person, T. H. Welfare Calculatons n Models of the Demand for Santaton. Appled Economcs, 34(12): , Demand for Water and Santaton n Bangladesch. Workng Paper , Dept. of Economcs, Lund Unversty, Sweden..Household Choce of Drnkng Water Source n Phllpnes. Workng Paper , Dept. of Economcs, Lund Unversty, Sweden. Schmdt, P. and Strauss, R. The Predcton of Occupaton Usng Multple Logt Models. Internatonal Economc Revew, 16(2): , STATA. Stata User s Gude, Realease 6, College Staton, Texas: Stata Press. 15

16 Anexo 1. Descrção das varáves. Descrção das varáves da PNAD (1998) utlzadas nesta pesqusa.. Varáves referentes às característcas dos moradores do domcílo RENDA = renda do domcílo; ESCOL = anos completos de estudo da pessoa de referênca; ALUGUEL = aluguel do domcílo; MORADORES = número de moradores do domcílo; RENDAREF = renda da pessoa de referênca do domcílo; Varáves lgadas às característcas do domcílo APTO = varável dummy que assume valor 1 se o tpo do se classfca como apartamento, 0 c. c.; DORMITOR = números de dormtóros (quartos e outras dependêncas) de caráter permanente; COMODOS = total de cômodos menos dormtóros e banheros; BANHEIRO = varável dummy que assume valor 1 se o domcílo possu banhero, 0 caso contráro; ILUM_ELET = varável dummy que assume valor 1 se exste na área local do domcílo energa elétrca, 0 c. c.; LIXO_DIR = varável dummy que assume valor 1 se exste na área local do domcílo coleta dreta de lxo, 0 c. c.; AGUA_RG = varável dummy que assume valor 1 se exste abastecmento de água provenente de rede geral, 0 c. c.; SAN_ RG = varável dummy que assume valor 1 se exste servço santáro provenente de rede geral, 0 c. c.; Varáves de Localzação RE_MET = varável dummy que assume valor 1 se o domcílo pertence à Regão Metropoltana, 0 c. c.; URBAN = varável dummy que assume o valor 1 se o domcílo está localzado em área urbana; 0 para área rural SUD = varável dummy que assume o valor 1 se o domcílo está localzado na regão sudeste, 0 c.c.; SUL = varável dummy que assume o valor 1 se o domcílo está localzado na regão sul, 0 c. c.; CENTRO = varável dummy que assume o valor 1 se o domcílo está localzado no centrooeste, 0 c. c.; NORDESTE = varável dummy que assume o valor 1 se o domcílo está localzado na regão nordeste e, 0 c. c.; Classfcação do esgotamento santáro SAN_RG = Rede coletora de esgoto lgada à rede geral; SAN_FSRG = Fossa séptca lgada à rede geral; SAN_FSSE = Fossa séptca não lgada à rede; e SAN_VRL = = Jogado dretamente na vala, mar ou ro. LIXO_CD = Lxo coletado dretamente; LIXO_CI = Lxo coletado Indretamente; LIXO_QE = Quemado ou enterrado na propredade; LIXO_TMR = Jogado em terreno baldo, mar ou ro; Classfcação quanto à coleta do lxo 16

Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Cálculo do Conceito Preliminar de Cursos de Graduação

Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Cálculo do Conceito Preliminar de Cursos de Graduação Mnstéro da Educação Insttuto Naconal de Estudos e Pesqusas Educaconas Aníso Texera Cálculo do Conceto Prelmnar de Cursos de Graduação Nota Técnca Nesta nota técnca são descrtos os procedmentos utlzados

Leia mais

Objetivos da aula. Essa aula objetiva fornecer algumas ferramentas descritivas úteis para

Objetivos da aula. Essa aula objetiva fornecer algumas ferramentas descritivas úteis para Objetvos da aula Essa aula objetva fornecer algumas ferramentas descrtvas útes para escolha de uma forma funconal adequada. Por exemplo, qual sera a forma funconal adequada para estudar a relação entre

Leia mais

NOTA II TABELAS E GRÁFICOS

NOTA II TABELAS E GRÁFICOS Depto de Físca/UFMG Laboratóro de Fundamentos de Físca NOTA II TABELAS E GRÁFICOS II.1 - TABELAS A manera mas adequada na apresentação de uma sére de meddas de um certo epermento é através de tabelas.

Leia mais

PARTE 1. 1. Apresente as equações que descrevem o comportamento do preço de venda dos imóveis.

PARTE 1. 1. Apresente as equações que descrevem o comportamento do preço de venda dos imóveis. EXERCICIOS AVALIATIVOS Dscplna: ECONOMETRIA Data lmte para entrega: da da 3ª prova Valor: 7 pontos INSTRUÇÕES: O trabalho é ndvdual. A dscussão das questões pode ser feta em grupo, mas cada aluno deve

Leia mais

Análise de Regressão. Profa Alcione Miranda dos Santos Departamento de Saúde Pública UFMA

Análise de Regressão. Profa Alcione Miranda dos Santos Departamento de Saúde Pública UFMA Análse de Regressão Profa Alcone Mranda dos Santos Departamento de Saúde Públca UFMA Introdução Uma das preocupações estatístcas ao analsar dados, é a de crar modelos que explctem estruturas do fenômeno

Leia mais

TEORIA DE ERROS * ERRO é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e o valor real ou correto da mesma.

TEORIA DE ERROS * ERRO é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e o valor real ou correto da mesma. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA AV. FERNANDO FERRARI, 514 - GOIABEIRAS 29075-910 VITÓRIA - ES PROF. ANDERSON COSER GAUDIO FONE: 4009.7820 FAX: 4009.2823

Leia mais

5.1 Seleção dos melhores regressores univariados (modelo de Índice de Difusão univariado)

5.1 Seleção dos melhores regressores univariados (modelo de Índice de Difusão univariado) 5 Aplcação Neste capítulo será apresentada a parte empírca do estudo no qual serão avalados os prncpas regressores, um Modelo de Índce de Dfusão com o resultado dos melhores regressores (aqu chamado de

Leia mais

Introdução e Organização de Dados Estatísticos

Introdução e Organização de Dados Estatísticos II INTRODUÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICOS 2.1 Defnção de Estatístca Uma coleção de métodos para planejar expermentos, obter dados e organzá-los, resum-los, analsá-los, nterpretá-los e deles extrar

Leia mais

Despacho Econômico de. Sistemas Termoelétricos e. Hidrotérmicos

Despacho Econômico de. Sistemas Termoelétricos e. Hidrotérmicos Despacho Econômco de Sstemas Termoelétrcos e Hdrotérmcos Apresentação Introdução Despacho econômco de sstemas termoelétrcos Despacho econômco de sstemas hdrotérmcos Despacho do sstema braslero Conclusões

Leia mais

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL.

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL. A FUNÇÃO DE PRODUÇÃO E SUPERMERCADOS NO BRASIL ALEX AIRES CUNHA (1) ; CLEYZER ADRIAN CUNHA (). 1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;.UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL.

Leia mais

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA - Centro de Ciências Sociais e Aplicadas Curso de Economia

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA - Centro de Ciências Sociais e Aplicadas Curso de Economia CCSA - Centro de Cêncas Socas e Aplcadas Curso de Economa ECONOMIA REGIONAL E URBANA Prof. ladmr Fernandes Macel LISTA DE ESTUDO. Explque a lógca da teora da base econômca. A déa que sustenta a teora da

Leia mais

O migrante de retorno na Região Norte do Brasil: Uma aplicação de Regressão Logística Multinomial

O migrante de retorno na Região Norte do Brasil: Uma aplicação de Regressão Logística Multinomial O mgrante de retorno na Regão Norte do Brasl: Uma aplcação de Regressão Logístca Multnomal 1. Introdução Olavo da Gama Santos 1 Marnalva Cardoso Macel 2 Obede Rodrgues Cardoso 3 Por mgrante de retorno,

Leia mais

Regressão e Correlação Linear

Regressão e Correlação Linear Probabldade e Estatístca I Antono Roque Aula 5 Regressão e Correlação Lnear Até o momento, vmos técncas estatístcas em que se estuda uma varável de cada vez, estabelecendo-se sua dstrbução de freqüêncas,

Leia mais

Y X Baixo Alto Total Baixo 1 (0,025) 7 (0,175) 8 (0,20) Alto 19 (0,475) 13 (0,325) 32 (0,80) Total 20 (0,50) 20 (0,50) 40 (1,00)

Y X Baixo Alto Total Baixo 1 (0,025) 7 (0,175) 8 (0,20) Alto 19 (0,475) 13 (0,325) 32 (0,80) Total 20 (0,50) 20 (0,50) 40 (1,00) Bussab&Morettn Estatístca Básca Capítulo 4 Problema. (b) Grau de Instrução Procedênca º grau º grau Superor Total Interor 3 (,83) 7 (,94) (,) (,33) Captal 4 (,) (,39) (,) (,3) Outra (,39) (,7) (,) 3 (,3)

Leia mais

PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS DO CEARÁ

PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS DO CEARÁ GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E GESTÃO - SEPLAG INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO CEARÁ - IPECE NOTA TÉCNICA Nº 29 PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS

Leia mais

Sistemas de Filas: Aula 5. Amedeo R. Odoni 22 de outubro de 2001

Sistemas de Filas: Aula 5. Amedeo R. Odoni 22 de outubro de 2001 Sstemas de Flas: Aula 5 Amedeo R. Odon 22 de outubro de 2001 Teste 1: 29 de outubro Com consulta, 85 mnutos (níco 10:30) Tópcos abordados: capítulo 4, tens 4.1 a 4.7; tem 4.9 (uma olhada rápda no tem 4.9.4)

Leia mais

Os modelos de regressão paramétricos vistos anteriormente exigem que se suponha uma distribuição estatística para o tempo de sobrevivência.

Os modelos de regressão paramétricos vistos anteriormente exigem que se suponha uma distribuição estatística para o tempo de sobrevivência. MODELO DE REGRESSÃO DE COX Os modelos de regressão paramétrcos vstos anterormente exgem que se suponha uma dstrbução estatístca para o tempo de sobrevvênca. Contudo esta suposção, caso não sea adequada,

Leia mais

Nota Técnica Médias do ENEM 2009 por Escola

Nota Técnica Médias do ENEM 2009 por Escola Nota Técnca Médas do ENEM 2009 por Escola Crado em 1998, o Exame Naconal do Ensno Médo (ENEM) tem o objetvo de avalar o desempenho do estudante ao fm da escolardade básca. O Exame destna-se aos alunos

Leia mais

Professor Mauricio Lutz CORRELAÇÃO

Professor Mauricio Lutz CORRELAÇÃO Professor Maurco Lutz 1 CORRELAÇÃO Em mutas stuações, torna-se nteressante e útl estabelecer uma relação entre duas ou mas varáves. A matemátca estabelece város tpos de relações entre varáves, por eemplo,

Leia mais

7 - Distribuição de Freqüências

7 - Distribuição de Freqüências 7 - Dstrbução de Freqüêncas 7.1 Introdução Em mutas áreas há uma grande quantdade de nformações numércas que precsam ser dvulgadas de forma resumda. O método mas comum de resumr estes dados numércos consste

Leia mais

Cálculo do Conceito ENADE

Cálculo do Conceito ENADE Insttuto aconal de Estudos e Pesqusas Educaconas Aníso Texera IEP Mnstéro da Educação ME álculo do onceto EADE Para descrever o cálculo do onceto Enade, prmeramente é mportante defnr a undade de observação

Leia mais

Introdução à Análise de Dados nas medidas de grandezas físicas

Introdução à Análise de Dados nas medidas de grandezas físicas Introdução à Análse de Dados nas meddas de grandezas físcas www.chem.wts.ac.za/chem0/ http://uregna.ca/~peresnep/ www.ph.ed.ac.uk/~td/p3lab/analss/ otas baseadas nos apontamentos Análse de Dados do Prof.

Leia mais

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES O Danel Slvera pedu para eu resolver mas questões do concurso da CEF. Vou usar como base a numeração do caderno foxtrot Vamos lá: 9) Se, ao descontar uma promssóra com valor de face de R$ 5.000,00, seu

Leia mais

UMA AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE COMBATE AO ANALFABETISMO NO BRASIL

UMA AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE COMBATE AO ANALFABETISMO NO BRASIL UMA AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE COMBATE AO ANALFABETISMO NO BRASIL Área 11 - Economa Socal e Demografa Econômca Classfcação JEL: I28, H52, C35. André Olvera Ferrera Lourero Insttuto de Pesqusa

Leia mais

REGRESSÃO LOGÍSTICA. Seja Y uma variável aleatória dummy definida como:

REGRESSÃO LOGÍSTICA. Seja Y uma variável aleatória dummy definida como: REGRESSÃO LOGÍSTCA. ntrodução Defnmos varáves categórcas como aquelas varáves que podem ser mensurados usando apenas um número lmtado de valores ou categoras. Esta defnção dstngue varáves categórcas de

Leia mais

reducing income disparities in Brazil and the Northeast and Southeast regions of the country, showing that the fight against social inequalities

reducing income disparities in Brazil and the Northeast and Southeast regions of the country, showing that the fight against social inequalities A Importânca da Educação para a Recente Queda da Desgualdade de Renda Salaral no Brasl: Uma análse de decomposção para as regões Nordeste e Sudeste Valdemar Rodrgues de Pnho Neto Técnco de pesqusa do Insttuto

Leia mais

Aplicando o método de mínimos quadrados ordinários, você encontrou o seguinte resultado: 1,2

Aplicando o método de mínimos quadrados ordinários, você encontrou o seguinte resultado: 1,2 Econometra - Lsta 3 - Regressão Lnear Múltpla Professores: Hedbert Lopes, Prscla Rbero e Sérgo Martns Montores: Gustavo Amarante e João Marcos Nusdeo QUESTÃO 1. Você trabalha na consultora Fazemos Qualquer

Leia mais

Variabilidade Espacial do Teor de Água de um Argissolo sob Plantio Convencional de Feijão Irrigado

Variabilidade Espacial do Teor de Água de um Argissolo sob Plantio Convencional de Feijão Irrigado Varabldade Espacal do Teor de Água de um Argssolo sob Planto Convenconal de Fejão Irrgado Elder Sânzo Aguar Cerquera 1 Nerlson Terra Santos 2 Cásso Pnho dos Res 3 1 Introdução O uso da água na rrgação

Leia mais

Palavras-chave: jovens no mercado de trabalho; modelo de seleção amostral; região Sul do Brasil.

Palavras-chave: jovens no mercado de trabalho; modelo de seleção amostral; região Sul do Brasil. 1 A INSERÇÃO E O RENDIMENTO DOS JOVENS NO MERCADO DE TRABALHO: UMA ANÁLISE PARA A REGIÃO SUL DO BRASIL Prscla Gomes de Castro 1 Felpe de Fgueredo Slva 2 João Eustáquo de Lma 3 Área temátca: 3 -Demografa

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UnilesteMG

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UnilesteMG 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UnlesteMG Dscplna: Introdução à Intelgênca Artfcal Professor: Luz Carlos Fgueredo GUIA DE LABORATÓRIO LF. 01 Assunto: Lógca Fuzzy Objetvo: Apresentar o

Leia mais

ESTATÍSTICA MULTIVARIADA 2º SEMESTRE 2010 / 11. EXERCÍCIOS PRÁTICOS - CADERNO 1 Revisões de Estatística

ESTATÍSTICA MULTIVARIADA 2º SEMESTRE 2010 / 11. EXERCÍCIOS PRÁTICOS - CADERNO 1 Revisões de Estatística ESTATÍSTICA MULTIVARIADA º SEMESTRE 010 / 11 EXERCÍCIOS PRÁTICOS - CADERNO 1 Revsões de Estatístca -0-11 1.1 1.1. (Varáves aleatóras: função de densdade e de dstrbução; Méda e Varânca enquanto expectatvas

Leia mais

CAPÍTULO VI Introdução ao Método de Elementos Finitos (MEF)

CAPÍTULO VI Introdução ao Método de Elementos Finitos (MEF) PMR 40 - Mecânca Computaconal CAPÍTULO VI Introdução ao Método de Elementos Fntos (MEF). Formulação Teórca - MEF em uma dmensão Consderemos a equação abao que representa a dstrbução de temperatura na barra

Leia mais

Aula 7: Circuitos. Curso de Física Geral III F-328 1º semestre, 2014

Aula 7: Circuitos. Curso de Física Geral III F-328 1º semestre, 2014 Aula 7: Crcutos Curso de Físca Geral III F-38 º semestre, 04 Ponto essencal Para resolver um crcuto de corrente contínua, é precso entender se as cargas estão ganhando ou perdendo energa potencal elétrca

Leia mais

www.obconcursos.com.br/portal/v1/carreirafiscal

www.obconcursos.com.br/portal/v1/carreirafiscal www.obconcursos.com.br/portal/v1/carrerafscal Moda Exercíco: Determne o valor modal em cada um dos conjuntos de dados a segur: X: { 3, 4,, 8, 8, 8, 9, 10, 11, 1, 13 } Mo 8 Y: { 10, 11, 11, 13, 13, 13,

Leia mais

Probabilidade e Estatística. Correlação e Regressão Linear

Probabilidade e Estatística. Correlação e Regressão Linear Probabldade e Estatístca Correlação e Regressão Lnear Correlação Este uma correlação entre duas varáves quando uma delas está, de alguma forma, relaconada com a outra. Gráfco ou Dagrama de Dspersão é o

Leia mais

d o m i c i l i a r, d o m i c i l i o m i c i l i s o b r e s o b r e s o b r e a d

d o m i c i l i a r, d o m i c i l i o m i c i l i s o b r e s o b r e s o b r e a d s t a d o m c l a r, s o b r e c s t a d o m c l a r, s o b r e c s t a d o m c l a r, s o b r e c Marcos hstórcos: 1993 1996 2004 Objetvo da Pastoral da Pessoa Idosa A Pastoral da Pessoa Idosa tem por

Leia mais

SALÁRIO DE RESERVA E DURAÇÃO DO DESEMPREGO NO BRASIL: UMA ANÁLISE COM DADOS DA PESQUISA DE PADRÃO DE VIDA DO IBGE

SALÁRIO DE RESERVA E DURAÇÃO DO DESEMPREGO NO BRASIL: UMA ANÁLISE COM DADOS DA PESQUISA DE PADRÃO DE VIDA DO IBGE SALÁRIO DE RESERVA E DURAÇÃO DO DESEMPREGO NO BRASIL: UMA ANÁLISE COM DADOS DA PESQUISA DE PADRÃO DE VIDA DO IBGE Vctor Hugo de Olvera José Ramundo Carvalho Resumo O objetvo do presente estudo é o de analsar

Leia mais

DECOMPOSIÇÃO HIERÁRQUICA DA DESIGUALDADE DE RENDA BRASILEIRA 1

DECOMPOSIÇÃO HIERÁRQUICA DA DESIGUALDADE DE RENDA BRASILEIRA 1 DECOMPOSIÇÃO HIERÁRQUICA DA DESIGUALDADE DE RENDA BRASILEIRA 1 ópco: Dspardades regonas - estudos comparados de desenvolvmento e gestão terrtoral Márco Antôno Salvato 2 Paola Fara Lucas de Souza 3 Resumo:

Leia mais

CQ110 : Princípios de FQ

CQ110 : Princípios de FQ CQ110 : Prncípos de FQ CQ 110 Prncípos de Físco Químca Curso: Farmáca Prof. Dr. Marco Vdott mvdott@ufpr.br Potencal químco, m potencal químco CQ110 : Prncípos de FQ Propredades termodnâmcas das soluções

Leia mais

Estatística stica Descritiva

Estatística stica Descritiva AULA1-AULA5 AULA5 Estatístca stca Descrtva Prof. Vctor Hugo Lachos Davla oo que é a estatístca? Para mutos, a estatístca não passa de conjuntos de tabelas de dados numércos. Os estatístcos são pessoas

Leia mais

Avaliação da Tendência de Precipitação Pluviométrica Anual no Estado de Sergipe. Evaluation of the Annual Rainfall Trend in the State of Sergipe

Avaliação da Tendência de Precipitação Pluviométrica Anual no Estado de Sergipe. Evaluation of the Annual Rainfall Trend in the State of Sergipe Avalação da Tendênca de Precptação Pluvométrca Anual no Estado de Sergpe Dandara de Olvera Félx, Inaá Francsco de Sousa 2, Pablo Jónata Santana da Slva Nascmento, Davd Noguera dos Santos 3 Graduandos em

Leia mais

Análise do Retorno da Educação na Região Norte em 2007: Um Estudo à Luz da Regressão Quantílica.

Análise do Retorno da Educação na Região Norte em 2007: Um Estudo à Luz da Regressão Quantílica. Análse do Retorno da Edcação na Regão Norte em 2007: Um Estdo à Lz da Regressão Qantílca. 1 Introdcão Almr Rogéro A. de Soza 1 Jâno Macel da Slva 2 Marnalva Cardoso Macel 3 O debate sobre o relaconamento

Leia mais

Covariância e Correlação Linear

Covariância e Correlação Linear TLF 00/ Cap. X Covarânca e correlação lnear Capítulo X Covarânca e Correlação Lnear 0.. Valor médo da grandeza (,) 0 0.. Covarânca na propagação de erros 03 0.3. Coecente de correlação lnear 05 Departamento

Leia mais

7. Resolução Numérica de Equações Diferenciais Ordinárias

7. Resolução Numérica de Equações Diferenciais Ordinárias 7. Resolução Numérca de Equações Dferencas Ordnáras Fenômenos físcos em dversas áreas, tas como: mecânca dos fludos, fluo de calor, vbrações, crcutos elétrcos, reações químcas, dentre váras outras, podem

Leia mais

Análise de Regressão Linear Múltipla IV

Análise de Regressão Linear Múltipla IV Análse de Regressão Lnear Múltpla IV Aula 7 Guarat e Porter, 11 Capítulos 7 e 8 He et al., 4 Capítulo 3 Exemplo Tomando por base o modelo salaro 1educ anosemp exp prev log 3 a senhorta Jole, gerente do

Leia mais

Sistemas Robóticos. Sumário. Introdução. Introdução. Navegação. Introdução Onde estou? Para onde vou? Como vou lá chegar?

Sistemas Robóticos. Sumário. Introdução. Introdução. Navegação. Introdução Onde estou? Para onde vou? Como vou lá chegar? Sumáro Sstemas Robótcos Navegação Introdução Onde estou? Para onde vou? Como vou lá chegar? Carlos Carreto Curso de Engenhara Informátca Ano lectvo 2003/2004 Escola Superor de Tecnologa e Gestão da Guarda

Leia mais

DETERMINANTES SOCIODEMOGRÁFICOS E ECONÔMICOS DAS ATIVIDADES DOS IDOSOS NO NORDESTE BRASILEIRO RESUMO

DETERMINANTES SOCIODEMOGRÁFICOS E ECONÔMICOS DAS ATIVIDADES DOS IDOSOS NO NORDESTE BRASILEIRO RESUMO Revsta Economa e Desenvolvmento, n. 21, 2009 DETERMINANTES SOCIODEMOGRÁFICOS E ECONÔMICOS DAS ATIVIDADES DOS IDOSOS NO NORDESTE BRASILEIRO Elane Pnhero de Sousa 1 João Eustáquo de Lma 2 RESUMO As mudanças

Leia mais

Elaboração: Fevereiro/2008

Elaboração: Fevereiro/2008 Elaboração: Feverero/2008 Últma atualzação: 19/02/2008 E ste Caderno de Fórmulas tem por objetvo esclarecer aos usuáros a metodologa de cálculo e os crtéros de precsão utlzados na atualzação das Letras

Leia mais

UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE TAGUCHI NA REDUÇÃO DOS CUSTOS DE PROJETOS. Uma equação simplificada para se determinar o lucro de uma empresa é:

UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE TAGUCHI NA REDUÇÃO DOS CUSTOS DE PROJETOS. Uma equação simplificada para se determinar o lucro de uma empresa é: UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE TAGUCHI A REDUÇÃO DOS CUSTOS DE PROJETOS Ademr José Petenate Departamento de Estatístca - Mestrado em Qualdade Unversdade Estadual de Campnas Brasl 1. Introdução Qualdade é hoje

Leia mais

Como aposentadorias e pensões afetam a educação e o trabalho de jovens do domicílio 1

Como aposentadorias e pensões afetam a educação e o trabalho de jovens do domicílio 1 Como aposentadoras e pensões afetam a educação e o trabalo de jovens do domcílo 1 Rodolfo Hoffmann 2 Resumo A questão central é saber como o valor da parcela do rendmento domclar formada por aposentadoras

Leia mais

III. Consequências de um novo padrão de inserção das mulheres no mercado de trabalho sobre o bem-estar na região metropolitana de São Paulo

III. Consequências de um novo padrão de inserção das mulheres no mercado de trabalho sobre o bem-estar na região metropolitana de São Paulo CEPAL - SERIE Polítcas socales N 60 III. Consequêncas de um novo padrão de nserção das mulheres no mercado de trabalho sobre o bem-estar na regão metropoltana de São Paulo A. Introdução Rcardo Paes de

Leia mais

Distribuição de Massa Molar

Distribuição de Massa Molar Químca de Polímeros Prof a. Dr a. Carla Dalmoln carla.dalmoln@udesc.br Dstrbução de Massa Molar Materas Polmércos Polímero = 1 macromolécula com undades químcas repetdas ou Materal composto por númeras

Leia mais

AMENIDADES LOCAIS VERSUS OPORTUNIDADES ECONÔMICAS: UM RANKING DA QUALIDADE DAS AMENIDADES PARA AS REGIÕES METROPOLITANAS DO BRASIL

AMENIDADES LOCAIS VERSUS OPORTUNIDADES ECONÔMICAS: UM RANKING DA QUALIDADE DAS AMENIDADES PARA AS REGIÕES METROPOLITANAS DO BRASIL AMENIDADES LOCAIS VERSUS OPORTUNIDADES ECONÔMICAS: UM RANKING DA QUALIDADE DAS AMENIDADES PARA AS REGIÕES METROPOLITANAS DO BRASIL Roberta de Moraes Rocha Doutoranda em Economa da Unversdade Federal de

Leia mais

RISCO. Investimento inicial $ $ Taxa de retorno anual Pessimista 13% 7% Mais provável 15% 15% Otimista 17% 23% Faixa 4% 16%

RISCO. Investimento inicial $ $ Taxa de retorno anual Pessimista 13% 7% Mais provável 15% 15% Otimista 17% 23% Faixa 4% 16% Análse de Rsco 1 RISCO Rsco possbldade de perda. Quanto maor a possbldade, maor o rsco. Exemplo: Empresa X va receber $ 1.000 de uros em 30 das com títulos do governo. A empresa Y pode receber entre $

Leia mais

E FICIÊNCIA EM S AÚDE E C OBERTURA DE P LANOS DE S AÚDE NO B RASIL

E FICIÊNCIA EM S AÚDE E C OBERTURA DE P LANOS DE S AÚDE NO B RASIL E FICIÊNCIA EM S AÚDE E C OBERTURA DE P LANOS DE S AÚDE NO B RASIL Clarssa Côrtes Pres Ernesto Cordero Marujo José Cechn Superntendente Executvo 1 Apresentação Este artgo examna se o rankng das Undades

Leia mais

Regressão Múltipla. Parte I: Modelo Geral e Estimação

Regressão Múltipla. Parte I: Modelo Geral e Estimação Regressão Múltpla Parte I: Modelo Geral e Estmação Regressão lnear múltpla Exemplos: Num estudo sobre a produtvdade de trabalhadores ( em aeronave, navos) o pesqusador deseja controlar o número desses

Leia mais

MAPEAMENTO DA VARIABILIDADE ESPACIAL

MAPEAMENTO DA VARIABILIDADE ESPACIAL IT 90 Prncípos em Agrcultura de Precsão IT Departamento de Engenhara ÁREA DE MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA MAPEAMENTO DA VARIABILIDADE ESPACIAL Carlos Alberto Alves Varella Para o mapeamento da varabldade espacal

Leia mais

3 Metodologia de Avaliação da Relação entre o Custo Operacional e o Preço do Óleo

3 Metodologia de Avaliação da Relação entre o Custo Operacional e o Preço do Óleo 3 Metodologa de Avalação da Relação entre o Custo Operaconal e o Preço do Óleo Este capítulo tem como objetvo apresentar a metodologa que será empregada nesta pesqusa para avalar a dependênca entre duas

Leia mais

Fast Multiresolution Image Querying

Fast Multiresolution Image Querying Fast Multresoluton Image Queryng Baseado no artgo proposto por: Charles E. Jacobs Adan Fnkelsten Davd H. Salesn Propõe um método para busca em um banco de dados de magem utlzando uma magem de consulta

Leia mais

Controlo Metrológico de Contadores de Gás

Controlo Metrológico de Contadores de Gás Controlo Metrológco de Contadores de Gás José Mendonça Das (jad@fct.unl.pt), Zulema Lopes Perera (zlp@fct.unl.pt) Departamento de Engenhara Mecânca e Industral, Faculdade de Cêncas e Tecnologa da Unversdade

Leia mais

Programa de reforma agrária Cédula da Terra: medindo a eficiência dos beneficiários

Programa de reforma agrária Cédula da Terra: medindo a eficiência dos beneficiários Programa de reforma agrára Cédula da Terra: medndo a efcênca dos benefcáros RESUMO Hldo Merelles de Souza Flho Mguel Rocha de Sousa Antôno Márco Buanan José Mara Slvera Marcelo Marques Magalhães Esse artgo

Leia mais

Metodologia IHFA - Índice de Hedge Funds ANBIMA

Metodologia IHFA - Índice de Hedge Funds ANBIMA Metodologa IHFA - Índce de Hedge Funds ANBIMA Versão Abrl 2011 Metodologa IHFA Índce de Hedge Funds ANBIMA 1. O Que é o IHFA Índce de Hedge Funds ANBIMA? O IHFA é um índce representatvo da ndústra de hedge

Leia mais

Hansard OnLine. Guia Unit Fund Centre

Hansard OnLine. Guia Unit Fund Centre Hansard OnLne Gua Unt Fund Centre Índce Págna Introdução ao Unt Fund Centre (UFC) 3 Usando fltros do fundo 4-5 Trabalhando com os resultados do fltro 6 Trabalhando com os resultados do fltro Preços 7 Trabalhando

Leia mais

Polos Olímpicos de Treinamento. Aula 10. Curso de Teoria dos Números - Nível 2. Divisores. Prof. Samuel Feitosa

Polos Olímpicos de Treinamento. Aula 10. Curso de Teoria dos Números - Nível 2. Divisores. Prof. Samuel Feitosa Polos Olímpcos de Trenamento Curso de Teora dos Números - Nível 2 Prof. Samuel Fetosa Aula 10 Dvsores Suponha que n = p α 1 2...pα é a fatoração em prmos do ntero n. Todos os dvsores de n são da forma

Leia mais

Capítulo 1. Exercício 5. Capítulo 2 Exercício

Capítulo 1. Exercício 5. Capítulo 2 Exercício UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CIÊNCIAS ECONÔMICAS ECONOMETRIA (04-II) PRIMEIRA LISTA DE EXERCÍCIOS Exercícos do Gujarat Exercíco 5 Capítulo Capítulo Exercíco 3 4 5 7 0 5 Capítulo 3 As duas prmeras demonstrações

Leia mais

Escolha do Consumidor sob condições de Risco e de Incerteza

Escolha do Consumidor sob condições de Risco e de Incerteza 9/04/06 Escolha do Consumdor sob condções de Rsco e de Incerteza (Capítulo 7 Snyder/Ncholson e Capítulo Varan) Turma do Prof. Déco Kadota Dstnção entre Rsco e Incerteza Na lteratura econômca, a prmera

Leia mais

DEMANDA POR PLANOS DE SAÚDE NO BRASIL

DEMANDA POR PLANOS DE SAÚDE NO BRASIL DEMANDA POR PLANOS DE SAÚDE NO BRASIL Mônca Vegas Andrade Cedeplar/FMG Ana Carolna Maa Cedeplar/FMG Resumo O objetvo desse trabalho é analsar os determnantes da demanda e da escolha do grau de cobertura

Leia mais

Análise Econômica da Aplicação de Motores de Alto Rendimento

Análise Econômica da Aplicação de Motores de Alto Rendimento Análse Econômca da Aplcação de Motores de Alto Rendmento 1. Introdução Nesta apostla são abordados os prncpas aspectos relaconados com a análse econômca da aplcação de motores de alto rendmento. Incalmente

Leia mais

Sempre que surgir uma dúvida quanto à utilização de um instrumento ou componente, o aluno deverá consultar o professor para esclarecimentos.

Sempre que surgir uma dúvida quanto à utilização de um instrumento ou componente, o aluno deverá consultar o professor para esclarecimentos. Insttuto de Físca de São Carlos Laboratóro de Eletrcdade e Magnetsmo: Transferênca de Potênca em Crcutos de Transferênca de Potênca em Crcutos de Nesse prátca, estudaremos a potênca dsspada numa resstênca

Leia mais

Determinantes da posse de telefonia móvel no Brasil: o acesso à internet importa?

Determinantes da posse de telefonia móvel no Brasil: o acesso à internet importa? VIII Smpóso Braslero de Sstemas de Informação (SBSI 2012) Trlhas Técncas Determnantes da posse de telefona móvel no Brasl: o acesso à nternet mporta? Marsle Nshjma 1, Jorge Fagundes 2, Marcos A. M. Lma

Leia mais

MODELOS DE REGRESSÃO PARAMÉTRICOS

MODELOS DE REGRESSÃO PARAMÉTRICOS MODELOS DE REGRESSÃO PARAMÉTRICOS Às vezes é de nteresse nclur na análse, característcas dos ndvíduos que podem estar relaconadas com o tempo de vda. Estudo de nsufcênca renal: verfcar qual o efeto da

Leia mais

4 Critérios para Avaliação dos Cenários

4 Critérios para Avaliação dos Cenários Crtéros para Avalação dos Cenáros É desejável que um modelo de geração de séres sntétcas preserve as prncpas característcas da sére hstórca. Isto quer dzer que a utldade de um modelo pode ser verfcada

Leia mais

1 a Lei de Kirchhoff ou Lei dos Nós: Num nó, a soma das intensidades de correntes que chegam é igual à soma das intensidades de correntes que saem.

1 a Lei de Kirchhoff ou Lei dos Nós: Num nó, a soma das intensidades de correntes que chegam é igual à soma das intensidades de correntes que saem. Les de Krchhoff Até aqu você aprendeu técncas para resolver crcutos não muto complexos. Bascamente todos os métodos foram baseados na 1 a Le de Ohm. Agora você va aprender as Les de Krchhoff. As Les de

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 3259 RESOLVEU:

RESOLUÇÃO Nº 3259 RESOLVEU: Resolução nº 3259, de 28 de janero de 2005. RESOLUÇÃO Nº 3259 Altera o dreconamento de recursos captados em depóstos de poupança pelas entdades ntegrantes do Sstema Braslero de Poupança e Empréstmo (SBPE).

Leia mais

INTRODUÇÃO SISTEMAS. O que é sistema? O que é um sistema de controle? O aspecto importante de um sistema é a relação entre as entradas e a saída

INTRODUÇÃO SISTEMAS. O que é sistema? O que é um sistema de controle? O aspecto importante de um sistema é a relação entre as entradas e a saída INTRODUÇÃO O que é sstema? O que é um sstema de controle? SISTEMAS O aspecto mportante de um sstema é a relação entre as entradas e a saída Entrada Usna (a) Saída combustível eletrcdade Sstemas: a) uma

Leia mais

AVALIAÇÃO CONTINGENTE DO RIO MEIA PONTE, GOIÂNIA-GO: UMA APLI- CAÇÃO DO REFERENDUM COM FOLLOW-UP

AVALIAÇÃO CONTINGENTE DO RIO MEIA PONTE, GOIÂNIA-GO: UMA APLI- CAÇÃO DO REFERENDUM COM FOLLOW-UP AVALIAÇÃO CONTINGENTE DO RIO MEIA PONTE, GOIÂNIA-GO: UMA APLI- CAÇÃO DO REFERENDUM COM FOLLOW-UP º. Autor Patríca Lopes Rosado: Economsta, Mestre em Economa Rural e Doutoranda em Economa Aplcada pelo Departamento

Leia mais

Caderno de Exercícios Resolvidos

Caderno de Exercícios Resolvidos Estatístca Descrtva Exercíco 1. Caderno de Exercícos Resolvdos A fgura segunte representa, através de um polígono ntegral, a dstrbução do rendmento nas famílas dos alunos de duas turmas. 1,,75 Turma B

Leia mais

ESTRATÉGIAS DE REDUÇÃO DE CUSTOS SALARIAIS: EVIDÊNCIA MICROECONÓMICA COM INFORMAÇÃO QUALITATIVA *

ESTRATÉGIAS DE REDUÇÃO DE CUSTOS SALARIAIS: EVIDÊNCIA MICROECONÓMICA COM INFORMAÇÃO QUALITATIVA * ESTRATÉGIAS DE REDUÇÃO DE CUSTOS SALARIAIS: EVIDÊNCIA MICROECONÓMICA COM INFORMAÇÃO QUALITATIVA * 39 Danel A. Das ** Carlos Robalo Marques *** Fernando Martns **** Artgos Resumo Este artgo nvestga a forma

Leia mais

AULA EXTRA Análise de Regressão Logística

AULA EXTRA Análise de Regressão Logística 1 AULA EXTRA Análse de Regressão Logístca Ernesto F. L. Amaral 13 de dezembro de 2012 Metodologa de Pesqusa (DCP 854B) VARIÁVEL DEPENDENTE BINÁRIA 2 O modelo de regressão logístco é utlzado quando a varável

Leia mais

UM ESTUDO SOBRE A DESIGUALDADE NO ACESSO À SAÚDE NA REGIÃO SUL

UM ESTUDO SOBRE A DESIGUALDADE NO ACESSO À SAÚDE NA REGIÃO SUL 1 UM ESTUDO SOBRE A DESIGUALDADE NO ACESSO À SAÚDE NA REGIÃO SUL Área 4 - Desenvolvmento, Pobreza e Eqüdade Patríca Ullmann Palermo (Doutoranda PPGE/UFRGS) Marcelo Savno Portugal (Professor do PPGE/UFRGS)

Leia mais

A mobilidade ocupacional das trabalhadoras domésticas no Brasil

A mobilidade ocupacional das trabalhadoras domésticas no Brasil A mobldade ocupaconal das trabalhadoras doméstcas no Brasl Resumo Kata Sato Escola de Economa de São Paulo Fundação Getúlo Vargas EESP-FGV André Portela Souza Escola de Economa de São Paulo Fundação Getúlo

Leia mais

CAPÍTULO 1 Exercícios Propostos

CAPÍTULO 1 Exercícios Propostos CAPÍTULO 1 Exercícos Propostos Atenção: Na resolução dos exercícos consderar, salvo menção em contráro, ano comercal de das. 1. Qual é a taxa anual de juros smples obtda em uma aplcação de $1.0 que produz,

Leia mais

Uso dos gráficos de controle da regressão no processo de poluição em uma interseção sinalizada

Uso dos gráficos de controle da regressão no processo de poluição em uma interseção sinalizada XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto, MG, Brasl, 1 a 4 de out de 003 Uso dos gráfcos de controle da regressão no processo de polução em uma nterseção snalzada Luz Delca Castllo Vllalobos

Leia mais

RICOS? POBRES? UMA ANÁLISE DA POLARIZAÇÃO DA RENDA PARA O CASO BRASILEIRO

RICOS? POBRES? UMA ANÁLISE DA POLARIZAÇÃO DA RENDA PARA O CASO BRASILEIRO RICOS? POBRES? UMA ANÁLISE DA POLARIZAÇÃO DA RENDA PARA O CASO BRASILEIRO 1. Introdução Suel Aparecda Correa e Castro UEM Luz Gulherme Scorzafave FEA-RP/USP Na década de 80, dversos trabalhos analsaram

Leia mais

Fatores Econômicos Determinam o Fim de uma Relação Conjugal?

Fatores Econômicos Determinam o Fim de uma Relação Conjugal? Fatores Econômcos Determnam o Fm de uma Relação Conugal? Luza Brasl Sachsda Unversdade Paulsta (UNIP) Paulo R. A. Lourero Unversdade Católca de Brasíla (UCB) Máro Jorge Cardoso de Mendonça Insttuto de

Leia mais

Universidade Salvador UNIFACS Cursos de Engenharia Cálculo IV Profa: Ilka Rebouças Freire. Integrais Múltiplas

Universidade Salvador UNIFACS Cursos de Engenharia Cálculo IV Profa: Ilka Rebouças Freire. Integrais Múltiplas Unversdade Salvador UNIFACS Cursos de Engenhara Cálculo IV Profa: Ilka ebouças Frere Integras Múltplas Texto 3: A Integral Dupla em Coordenadas Polares Coordenadas Polares Introduzremos agora um novo sstema

Leia mais

OTIMIZAÇÃO DO FLUXO REVERSO DE PNEUS INSERVÍVEIS ATRAVÉS DE UM MODELO DE LOCALIZAÇÃO DE FACILIDADES: UM ESTUDO DE CASO

OTIMIZAÇÃO DO FLUXO REVERSO DE PNEUS INSERVÍVEIS ATRAVÉS DE UM MODELO DE LOCALIZAÇÃO DE FACILIDADES: UM ESTUDO DE CASO OTIMIZAÇÃO DO FLUXO REVERSO DE PNEUS INSERVÍVEIS ATRAVÉS DE UM MODELO DE LOCALIZAÇÃO DE FACILIDADES: UM ESTUDO DE CASO Felpe Mendonca Gurgel Bandera (UFERSA) felpembandera@hotmal.com Breno Barros Telles

Leia mais

1 Princípios da entropia e da energia

1 Princípios da entropia e da energia 1 Prncípos da entropa e da energa Das dscussões anterores vmos como o conceto de entropa fo dervado do conceto de temperatura. E esta últma uma conseqüênca da le zero da termodnâmca. Dentro da nossa descrção

Leia mais

Índice de Oportunidades da Educação Brasileira

Índice de Oportunidades da Educação Brasileira Índce de Oportundades da Educação Braslera Centro de Lderança Públca - CLP Produto 2 METAS 13 de agosto de 2015 Sumáro Sumáro... 2 1. Introdução... 4 O Sstema de Educação Básca no Brasl... 4 2. Especfcação

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA COLEGIADO DO CURSO DE DESENHO INDUSTRIAL CAMPUS I - SALVADOR

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA COLEGIADO DO CURSO DE DESENHO INDUSTRIAL CAMPUS I - SALVADOR Matéra / Dscplna: Introdução à Informátca Sstema de Numeração Defnção Um sstema de numeração pode ser defndo como o conjunto dos dígtos utlzados para representar quantdades e as regras que defnem a forma

Leia mais

Metodologia para Eficientizar as Auditorias de SST em serviços contratados Estudo de caso em uma empresa do setor elétrico.

Metodologia para Eficientizar as Auditorias de SST em serviços contratados Estudo de caso em uma empresa do setor elétrico. Metodologa para Efcentzar as Audtoras de SST em servços contratados Estudo de caso em uma empresa do setor elétrco. Autores MARIA CLAUDIA SOUSA DA COSTA METHODIO VAREJÃO DE GODOY CHESF COMPANHIA HIDRO

Leia mais

R X. X(s) Y Y(s) Variáveis aleatórias discretas bidimensionais

R X. X(s) Y Y(s) Variáveis aleatórias discretas bidimensionais 30 Varáves aleatóras bdmensonas Sea ε uma experênca aleatóra e S um espaço amostral assocado a essa experênca. Seam X X(s) e Y Y(s) duas funções cada uma assocando um número real a cada resultado s S.

Leia mais

Rastreando Algoritmos

Rastreando Algoritmos Rastreando lgortmos José ugusto aranauskas epartamento de Físca e Matemátca FFCLRP-USP Sala loco P Fone () - Uma vez desenvolvdo um algortmo, como saber se ele faz o que se supõe que faça? esta aula veremos

Leia mais

Desigualdade da distribuição da renda no Brasil: a contribuição de aposentadorias e pensões e de outras parcelas do rendimento domiciliar per capita 1

Desigualdade da distribuição da renda no Brasil: a contribuição de aposentadorias e pensões e de outras parcelas do rendimento domiciliar per capita 1 Desgualdade da dstrbução da renda no Brasl: a contrbução de aposentadoras e pensões e de outras parcelas do rendmento domclar per capta Rodolfo Hoffmann 2 Resumo Incalmente são dscutdos problemas metodológcos

Leia mais

MACROECONOMIA I LEC 201

MACROECONOMIA I LEC 201 ACROECONOIA I LEC 20 3.2. odelo IS-L Outubro 2007, sandras@fep.up.pt nesdrum@fep.up.pt 3.2. odelo IS-L odelo Keynesano smples (KS): equlíbro macroeconómco equlíbro no mercado de bens e servços (BS). odelo

Leia mais

Contabilometria. Aula 8 Regressão Linear Simples

Contabilometria. Aula 8 Regressão Linear Simples Contalometra Aula 8 Regressão Lnear Smples Orgem hstórca do termo Regressão Le da Regressão Unversal de Galton 1885 Galton verfcou que, apesar da tendênca de que pas altos tvessem flhos altos e pas axos

Leia mais

Associação entre duas variáveis quantitativas

Associação entre duas variáveis quantitativas Exemplo O departamento de RH de uma empresa deseja avalar a efcáca dos testes aplcados para a seleção de funconáros. Para tanto, fo sorteada uma amostra aleatóra de 50 funconáros que fazem parte da empresa

Leia mais

MIGRAÇÃO INTERNA E SELETIVIDADE: UMA APLICAÇÃO PARA O BRASIL

MIGRAÇÃO INTERNA E SELETIVIDADE: UMA APLICAÇÃO PARA O BRASIL MIGRAÇÃO INTERNA E SELETIVIDADE: UMA APLICAÇÃO PARA O BRASIL RESUMO Francel Tonet Macel 1 Ana Mara Hermeto Camlo de Olvera 2 O objetvo deste trabalho fo verfcar possíves fatores determnantes da decsão

Leia mais

Análise logística da localização de um armazém para uma empresa do Sul Fluminense importadora de alho in natura

Análise logística da localização de um armazém para uma empresa do Sul Fluminense importadora de alho in natura Análse logístca da localzação de um armazém para uma empresa do Sul Flumnense mportadora de alho n natura Jader Ferrera Mendonça Patríca Res Cunha Ilton Curty Leal Junor Unversdade Federal Flumnense Unversdade

Leia mais