Avaliação da eficiência e produtividade de empresas de base tecnológica em incubadoras: o caso de estudo do Madan Parque

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1 José Miguel Pereira dos Sanos Licenciado em Ciências de Engenharia e Gesão Indusrial Avaliação da eficiência e produividade de empresas de base ecnológica em incubadoras: o caso de esudo do Madan Parque Disseração para obenção do Grau de Mesre em Engenharia e Gesão Indusrial Orienador: Douor Anónio Carlos Bárbara Grilo, Professor Auxiliar. Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa Júri: Presidene: Prof. Douor Virgílio Anónio Cruz Machado Arguene: Prof. Douor Joaquim Amaro Graça Pires e Pina Caalão Vogais: Mesre José Amândio Marques dos Sanos Damião Prof. Douor Anónio Carlos Bárbara Grilo Março 213

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3 Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Ciências e Tecnologia Avaliação da eficiência e produividade de empresas de base ecnológica em incubadoras: o caso de esudo do Madan Parque. José Miguel Pereira dos Sanos Licenciado em Ciências de Engenharia e Gesão Indusrial Disseração para obenção do Grau de Mesre em Engenharia e Gesão Indusrial Orienador: Douor Anónio Carlos Bárbara Grilo, Professor Auxiliar. Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa Março 213

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5 Avaliação da eficiência e produividade de empresas de base ecnológica em incubadoras: O caso de esudo do Madan Parque. Copyrigh José Miguel Pereira dos Sanos, Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Ciências e Tecnologia A Faculdade de Ciências e Tecnologia e a Universidade Nova de Lisboa êm o direio, perpéuo e sem limiações geográficos, de arquivar e publicar esa disseração aravés de exemplares impressos reproduzidos em papel ou de forma digial, ou por qualquer ouro meio conhecido ou que venha a ser invenado, e de a divulgar aravés de reposiórios cieníficos e de admiir a sua cópia e disribuição com objecivos educacionais ou de invesigação, não comerciais, desde que seja dado crédio ao auor e edior. i

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7 Noa Prévia: A presena disseração de Mesrado não foi escria segundo o novo Acordo Orográfico iii

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9 Agradecimenos Um grande número de pessoas conribuiu, direca ou indirecamene, para que esa disseração fosse realizada. O espaço que se segue é dedicado a odas essas pessoas. Começo por agradecer ao meu orienador, Professor Douor Anónio Grilo, pelo acompanhameno, rocas de ideias, sugesões e palavras de incenivo durane o desenvolvimeno dese rabalho. A sua capacidade de reirar sempre os aspecos posiivos das siuações, mesmo quando eses parecem pouco visíveis, foi um esímulo precioso. Às empresas incubadas no Madan Parque, que responderam ao quesionário e possibiliaram a realização dese esudo. Ao Engenheiro José Damião, direcor da incubadora de empresas do Madan Parque, pelo ineresse demonsrado na elaboração do caso de esudo no Madan Parque e pela valiosa ajuda na elaboração do quesionário e poserior recolha dos dados. Aos meus pais e irmão, agradeço os conselhos e o apoio manifesado não só durane a realização dese rabalho, como ambém ao longo de odo o meu percurso académico. Esou eernamene grao por udo o que me deram e pelos valores ransmiidos, que fazem de mim aquilo que sou hoje. Finalmene, ao meu núcleo de amigos e colegas, um muio obrigado pelas palavras de moivação e paciência nos momenos de maior ansiedade. Agradeço os momenos de convívio, cumplicidade e desconracção, fundamenais ao longo desa caminhada. Cada um de vocês conribuiu, com maior ou menor inensidade, para o meu enriquecimeno culural e crescimeno pessoal. v

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11 Resumo Os efeios da crise económico-financeira inernacional que em afecado, em paricular, a acividade económica poruguesa, êm conribuído significaivamene para o aumeno da axa de moralidade das empresas. O incenivo ao empreendedorismo revela-se, assim, crucial para conornar a acual siuação, nomeadamene, aravés da criação de novas empresas de base ecnológica (EBT) que aposem na inovação como facor diferenciador. Nese senido, o ambiene proporcionado por Parques de Ciência e Tecnologia (PCT) e Incubadoras de Empresas pode desempenhar um papel imporane, ajudando a ransformar uma ideia de negócio de base ecnológica numa organização economicamene eficiene. Conudo, exise uma lacuna na lieraura no que diz respeio à avaliação da eficiência e evolução da produividade das EBT em conexo de incubação. Assim, ese rabalho em como objecivo o desenvolvimeno de um modelo com base na meodologia Daa Envelopmen Analysis (DEA), que permia às EBT incubadas avaliar e melhorar a eficiência da sua gesão. Por ouro lado, preende-se ambém analisar a evolução da produividade das EBT incubadas aravés da uilização do índice de Malmquis com base na DEA. Como al, o modelo proposo é aplicado num caso de esudo composo por 13 empresas incubadas no Madan Parque enre 29 e 211. Concluiu-se que, em média, as empresas apresenam um aumeno de eficiência de ano para ano, no enano, verificou-se que as empresas ineficienes apresenam invesimenos elevados em acividades de Invesigação e Desenvolvimeno (I&D), endo em cona os resulados obidos. Por sua vez, a produividade média aumena 34,7% e 65,5% no período e , respecivamene. Eses resulados devem-se à melhoria da eficiência, mas, sobreudo, ao progresso ecnológico das empresas. Os resulados obidos provam o conribuo da écnica DEA para uma melhor gesão e avaliação das EBT incubadas. Palavras-chave: Empresas de base ecnológica; Incubadoras; Daa Envelopmen Analysis; Eficiência; índice de Malmquis; Produividade vii

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13 Absrac The effecs of he worldwide financial and economic crisis which has affeced, in paricular, he Poruguese economic aciviy, have conribued significanly o he increase in he moraliy rae of firms. Encouraging he enrepreneurship proves o be crucial o overcome he curren siuaion, in paricular hrough he creaion of new echnology-based firms (NTBF) ha rely on innovaion as a differeniaing facor. To his exen, he environmen provided by Science and Technology Parks (STP) and Business Incubaors can play a major role, in helping o urn a business idea ino a echnology-based organizaion economically efficien. However, here is a lack in he lieraure regarding o efficiency evaluaion and produciviy evoluion of he NTBF in he incubaion scope. This sudy aims o develop a model based on he Daa Envelopmen Analysis (DEA) mehodology, which allows he incubaed NTBF o evaluae and improve he efficiency of heir managemen. Moreover, he aim is also o analyze he evoluion of he NTBF incubaed produciviy using he Malmquis index based on he DEA. Therefore, he proposed model is applied in a case sudy comprising 13 companies incubaed a Madan Park beween 29 and 211. I was concluded ha, on average, firms have an efficiency increase year afer year, however, i has been found ha inefficien firms have high invesmens in Research and Developmen (R&D), aking ino accoun he resuls obained. Meanwhile, he average produciviy increases 34.7% and 65.5% in and , respecively. These resuls are due o he efficiency improvemens, bu mainly o he echnological progress of firms. The conribuion resuled obained prove he DEA echnique for beer managemen and evaluaion of NTBF incubaed. The obained resuls show he conribuion of he DEA echnique o a beer managemen and evaluaion of he incubaed NTBF. Keywords: New echnology-based firms; Bussiness Incubaors; Daa Envelopmen Analysis; Efficiency; Malmquis Index; Produciviy ix

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15 Índice Capíulo 1. Inrodução Enquadrameno Objecivos Meodologia Organização da disseração... 3 Capíulo 2. Empresas de base ecnológica Enquadrameno O papel dos Parques de Ciência e Tecnologia e Incubadoras de Empresas A imporância do empreendedorismo e inovação Relação com as Universidades: desenvolvimeno de spin-offs académicas Relação com I&D e Inovação Avaliação de desempenho das EBT Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis Caracerização geral Produividade e eficiência Análise da Eficiência Vanagens e Desvanagens da DEA Vanagens Desvanagens Orienação inpu e oupu Modelos DEA radicionais Modelo CCR Modelo BCC Avaliação de desempenho ao longo do empo Windows Analysis Índice de Malmquis Exensões aos modelos clássicos DEA Considerações na aplicação da écnica DEA xi

16 3.8 A DEA na análise de desempenho de EBT Capíulo 4. Modelo proposo Descrição dos modelos Inpus e oupus Modelos Capíulo 5. Caso de esudo: Madan Parque Caracerização Recolha dos dados Meodologia Caracerização da amosra a esudar Dados recolhidos Aplicação dos modelos proposos Definição dos inpus e oupus Análise de resulados Modelo DEA-BCC Modelo DEA-Malmquis Discussão de resulados Capíulo 6. Conclusões e recomendações de rabalho fuuro Conclusões Recomendações de rabalho fuuro Bibliografia Anexos Anexo A: Formulação primal do méodo Super-efficiency (Adler, e al., 22): Anexo B: Formulação agressiva do méodo Cross-efficiency (Zerafa Angiz, e al., 212): Anexo C: Modelo dual com orienação para o oupu para variáveis não conroláveis (W. Cooper, e al., 211) : Apêndices Apêndice A: Quesionário aplicado xii

17 Índice de Figuras Figura 3.1 Diferença enre produividade e eficiência (Coelli, e al., 1998) Figura 3.2 Froneira de eficiência (Adapado de (Coelli, e al., 1998)) Figura Tipos de rendimenos à escala e meas de eficiência no modelo BCC (Zhu, 28).. 36 Figura Missão do Madan Parque (Madan Parque, 212b) Figura 5.2 Visão do Madan Parque Figura 5.3 Inpus e oupus finais do modelo DEA xiii

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19 Índice de Tabelas Tabela A evolução da esruura e da missão dos PCT (com foco na siuação europeia) (Bigliardi, Dormio, Nosella, & Peroni, 26) Tabela Exemplos de possíveis inpus e oupus a uilizar na aplicação da DEA na avaliação da eficiência de EBT Tabela 5.1 Dados para cada DMU referenes ao ano Tabela Dados para cada DMU referenes ao ano Tabela Dados para cada DMU referenes ao ano Tabela 5.4 Inpus e oupus comuns a odas as DMUs Tabela Coeficienes de correlação dos inpus e oupus Tabela 5.6 Análise de sensibilidade com diferenes combinações de inpus e oupus Tabela 5.7 Dados esaísicos das quaro variáveis (dados do ano 211) Tabela 5.8 Scores de eficiência para cada DMU nos anos de 29, 21 e Tabela 5.9 Scores de eficiência e folgas para cada DMU Tabela Meas de inpu e oupu para cada DMU Tabela 5.11 Benchmarks para cada DMU ineficiene Tabela 5.12 Índice de Malmquis e respecivos componenes no período Tabela 5.13 Índice de Malmquis e respecivos componenes no período xv

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21 Lisa de abreviauras AHP BCC CCR CRS DMU DRS EBT FCT-UNL GEM HBSC IASP IRS I&D MI MIT MMTD TC TE TEC PTE PTEC SE SEC SFA Analyic Hierarchy Process Banker, Charnes e Cooper Charnes, Cooper e Rhodes Rendimenos consanes à escala (Consan Reurns o Scale) Decision Making Uni Rendimenos decrescenes à escala(decreasing Reurns o Scale) Empresa de Base Tecnológica Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa Global Enrepreneurship Monior Hierarchical Balanced Scorecard Inernaional Associaion of Science Parks Rendimenos crescens à escala (Increasing Reurns o Scale) Invesigação e Desenvolvimeno Índice de Malmquis (Malmquis Index) Massachuses Insiue of Technology Méodos mulicriério de omada de decisão Mudança de ecnologia (Technological Change) Eficiência écnica (Technical Efficiency) Mudança de eficiência écnica (Technical Efficiency Change) Eficiência écnica pura (Pure Technical Efficiency) Mudança de eficiência écnica pura (Pure Technical Efficiency Change) Eficiência de escala (Scale Efficiency) Mudança de escala (Scale Efficiency Change) Sochasic Fronier Analysis xvii

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23 Lisa de símbolos DMU j DMU DMU da amosra DMU da amosra em análise Disância da DMU no período relaiva à froneira do período Disância da DMU no período +1 relaiva à froneira do período +1 Disância da DMU no período +1 relaiva à froneira do período Disância da DMU no período relaiva à froneira do período +1 m n Número oal de inpus Número oal de DMUs da amosra O D Conjuno de oupus conroláveis pelas DMUs O N Conjuno de oupus não conroláveis pelas DMUs q s Score de eficiência no modelo primal Número oal de oupus Variável de folga do inpu i Variável de folga do oupu r Peso do oupu r Quanidade de inpu i consumida pela DMU j Quanidade de inpu i consumida pela DMU Mea do inpu i para a DMU Quanidade de oupu r produzido pela DMU j Quanidade de oupu r produzido pela DMU Mea do oupu r para a DMU Número infiniamene pequeno e posiivo Score de eficiência no modelo dual com orienação para o oupu xix

24 Conribuição da DMU j na mea da DMU Peso do inpu i Variável relacionada com o ipo de rendimenos à escala no modelo BCC Quanidade do inpu i da DMU no período Quanidade do inpu i da DMU j no período Quanidade do inpu i da DMU no período +1 Quanidade do oupu r da DMU no período Quanidade do oupu r da DMU j no período Quanidade de oupu r da DMU no período +1 xx

25 Capíulo 1. Inrodução 1.1 Enquadrameno Nos úlimos anos em-se assisido à difusão de incubadoras de empresas um pouco por odo mundo. As incubadoras podem desempenhar um papel decisivo no apoio a pequenas empresas de base ecnológica (EBT) uma vez que aposam na inovação como forma de ajudar à criação e desenvolvimeno desas empresas. No enano, ainda não é claro se a missão das incubadoras em fomenar o crescimeno de EBT em sido bem-sucedida (Colombo & Delmasro, 22). Numa alura em que as empresas aravessam enormes dificuldades resulanes da grave crise económica que Porugal aravessa, a sua capacidade de resisência depende ambém da eficiência da sua gesão. Devido à disponibilidade de recursos, as ineficiências nas grandes empresas podem passar despercebidas, conudo, o mesmo não aconece nas pequenas empresas, onde uma gesão pouco eficiene pode conduzir rapidamene ao insucesso. Uma vez que as pequenas e micro empresas consiuem a ipologia geral de empresas incubadas, é imporane garanir uma gesão eficiene dos recursos disponíveis. Os cusos decorrenes da fala de eficiência podem compromeer a sobrevivência e crescimeno das empresas incubadas, independenemene da sua área de negócios. Nese conexo, o ambiene alamene compeiivo das novas ecnologias obriga as empresas a minimizar os seus cusos, coninuando a fornecer produos em qualidade e diversidade. É imporane, especialmene para empresas que êm pouco empo de vida, produzir mais e melhor, consumindo menos recursos. Assim, a avaliação de desempenho e a análise comparaiva das melhores práicas (benchmarking) ajudam as EBT a ornarem-se mais produivas e eficienes eviando a sua more premaura. Nese senido, a écnica Daa Envelopmen Analysis (DEA) ganha grande relevância como ferramena de avaliação da eficiência écnica nas organizações. A DEA permie avaliar a eficiência de um conjuno de unidades que converem múliplos inpus em múliplos oupus. A DEA pode ser muio úil aos gesores, na medida em que, não só disingue as unidades eficienes das ineficienes, como ambém permie idenificar as fones de ineficiência e as unidades com melhores práicas, para que as unidades ineficienes possam melhorar o seu desempenho. Por ouro lado a DEA é muio objeciva e requer poucos pressuposos. Uma das suas maiores vanagens raduz-se no faco de os inpus e oupus poderem ser medidos em diferenes unidades, não sendo necessária uma função de produção específica que relacione inpus e oupus (W. Cooper, Seiford, & Zhu, 211a). 1

26 Capíulo 1. Inrodução Tendo por base a DEA, o presene rabalho preende desacar a imporância de uma gesão eficiene nas EBT, em paricular, numa fase inicial da sua vida. O secor de ala ecnologia foi seleccionado por esar associado a ciclos de vida curos, ambienes alamene compeiivos e onde a inovação desempenha um papel crucial para o seu sucesso. 1.2 Objecivos Ese rabalho em como objecivo desenvolver um modelo DEA, que permia às EBT incubadas avaliar a sua eficiência e o seu crescimeno ao longo do período de incubação. Preende-se avaliar a aplicabilidade do modelo proposo em conexo real, aravés da análise da eficiência de EBT incubadas num Parque de Ciência e Tecnologia (PCT), designadamene, o Madan Parque. Assim, um dos objecivos passa por verificar se as EBT incubadas esão a uilizar de forma eficiene os seus recursos, nomeadamene, se os seus invesimenos e cusos esão a er reflexos posiivos nos resulados produzidos. Uma vez que o programa de incubação propõe como seu processo principal ransformar ideias de empreendedores em empresas de sucesso, há que avaliar se o processo de incubação esá a er um impaco posiivo no crescimeno das empresas e se exisem, ou não, desvios no caminho originalmene raçado. Um dos objecivos do presene rabalho é jusamene avaliar a progressão da produividade das empresas incubadas aravés do cálculo do índice de Malmquis e respecivos componenes. Por fim, preende-se desacar o conribuo da DEA para uma gesão mais eficiene das EBT incubadas e incenivar a sua aplicação nesse conexo. 1.3 Meodologia Esabelecidos os objecivos, iniciou-se o esudo com uma revisão da lieraura com base na pesquisa de arigos cieníficos e livros relacionados com EBT, PCT, incubadoras, empreendedorismo, inovação e avaliação de desempenho. Uma vez que nese rabalho se propõe a aplicação da écnica Daa Envelopmen Analysis (DEA) para avaliar a eficiência de EBT incubadas, fez-se uma revisão da lieraura exisene sobre DEA, mais concreamene no âmbio da avaliação de empresas no secor ecnológico. A informação recolhida na lieraura permiiu seleccionar os inpus e oupus mais relevanes na avaliação de desempenho de EBT e, poseriormene, definir os modelos mais adequados a uilizar nese rabalho. 2

27 Capíulo 1. Inrodução Para avaliar a aplicabilidade da DEA, opou-se por efecuar um caso de esudo que incidiu num conjuno de empresas incubadas no Madan Parque. A recolha dos dados necessários para aplicação do méodo foi efecuada por via da elaboração de um quesionário. Aravés da análise dos coeficienes de correlação enre inpus e oupus e uma análise de sensibilidade, foram reiradas da análise as variáveis redundanes ou que não acrescenavam valor ao esudo. Com os inpus e oupus finais seleccionados, o modelo DEA proposo foi aplicado a um conjuno de 13 empresas e foram obidos os resulados dos scores de eficiência. Poseriormene, aravés de uma das exensões da DEA, o índice de Malmquis, esudou-se a evolução da produividade das empresas incubadas enre o ano 29 e 211. Os resulados obidos são discuidos e, por fim, reiram-se conclusões do esudo realizado, desacando-se as vanagens da DEA na avaliação da eficiência e evolução da produividade nas EBT incubadas. Os resulados obidos não seriam possíveis sem o auxílio da ferramena Daa Envelopmen Analysis Online Sofware (DEAOS). 1.4 Organização da disseração A presene disseração enconra-se dividida em seis capíulos. O capíulo 1 apresena a inrodução ao rabalho, nomeadamene, o enquadrameno, objecivos, meodologia aplicada e ainda a descrição da organização do documeno. O capíulo 2 apresena o enquadrameno eórico da disseração, com uma descrição dos principais ópicos relacionados com empresas de base ecnológica, como o empreendedorismo, inovação e a relação com as universidades. São ainda referidas as principais funções e caracerísicas dos PCT e das incubadoras de empresas, bem como a sua imporância no desenvolvimeno de EBT. Uma breve revisão no que diz respeio à avaliação de desempenho de EBT é ambém incluída nese capíulo. No capíulo 3 é feia uma caracerização geral da écnica Daa Envelopmen Analysis. São abordados os principais modelos da DEA e ainda dois modelos que permiem avaliar o desempenho ao longo do empo, onde se desaca o índice de Malmquis. São ainda referidas algumas exensões da DEA e é feia uma revisão da lieraura acerca da aplicação da DEA na avaliação de desempenho de empresas no secor ecnológico. No capíulo 4 são proposos modelos DEA que permiam exemplificar a aplicação da écnica na avaliação da eficiência e da produividade das EBT incubadas. São ainda abordados os principais inpus e oupus que podem influenciar o desempenho das EBT. 3

28 Capíulo 1. Inrodução No capíulo 5 é caracerizada a incubadora onde foi aplicado o modelo proposo aneriormene. É abordada a meodologia uilizada para recolha de dados e são apresenados os dados recolhidos. Poseriormene, seleccionam-se os inpus e oupus finais a incluir no modelo e, por fim, é feia a análise e discussão dos resulados obidos na aplicação dos modelos. No capíulo 6, lisam-se as principais conclusões resulanes do esudo realizado e propõem-se desenvolvimenos fuuros. 4

29 Capíulo 2. Empresas de base ecnológica 2.1 Enquadrameno As empresas de ecnologia conribuem para o crescimeno económico e para o aumeno da produividade aravés do desenvolvimeno de novas indusrias, produos e processos inovadores. Eses indicadores confirmam o papel fulcral desas empresas nas economias modernas (Grinsein & Goldman, 26). O esímulo à formação e crescimeno de EBT ornou-se, porano, cada vez mais imporane para a saúde das economias desenvolvidas em geral. Não exise uma definição consensual para as empresas de base ecnológica e alguns auores aplicam o ermo EBT a uma ampla população de empresas. Oakey, Rohwell, & Cooper (1998), definiram EBT como pequenas empresas com maior poencial inovador do que as grandes empresas e as pequenas empresas, em geral. As pequenas empresas êm frequenemene um papel imporane nas indúsrias caracerizadas por uma axa elevada de crescimeno e ransformação ecnológica (Lindelöf & Löfsen, 23). As principais caracerísicas das EBT são (Grinsein & Goldman, 26): (a) ala percenagem de funcionários engenheiros e invesigadores; (b) rápida axa de crescimeno e um mercado mundial para os seus produos; (c) inovação e ecnologia avançada nos produos e serviços; (d) invesir pelo menos 3% das receias em acividades de Invesigação e Desenvolvimeno (I&D). As EBT são um elemeno crucial na criação e na ransferência de conhecimeno em redes de inovação. A eficiência das EBT pode ser deerminada aravés dos dados de oupus como as vendas, inovação ou criação de emprego, no enano, focalizar a avaliação apenas neses parâmeros pode subesimar a sua imporância (Pérez & Sánchez, 23). Muios auores uilizaram um criério de "associação" como uma subsiuição para uma definição específica de EBT. Assim, uma empresa seria idenificada como uma EBT quando perencia a uma indúsria "comumene reconhecida" como "ecnológica". As indúsrias de ala ecnologia êm rês caracerísicas comuns: uma fore base écnico-cienífica, novas ecnologias subsiuindo rapidamene as anigas, e aplicações de ecnologias avançadas para a criação de mercados, indo de enconro às exigências (Shanklin & Ryans, 1987). O ermo ala ecnologia, normalmene, esá relacionado com sisemas avançados de compuador, ecnologias de informação, sisemas de redes sofisicados, elecomunicações ou sofware (Wu, Chen, & Chuang, 211). Muios deses auores baseiam a sua escolha nese criério de classificação no rabalho de Pavi (1984). Especificamene, Pavi caracerizou e classificou as indúsrias de acordo com seus "regimes ecnológicos" e idenificou rês secores ecnologicamene disinos: um que consise em empresas com alos níveis de I&D desinadas a inovações de produo, um 5

30 Capíulo 2. Empresas de base ecnológica que inclui empresas com alos níveis de I&D orienadas para processos de inovação e redução de cusos e uma erceira, que inclui empresas com baixos níveis de I&D e compeências limiadas em engenharia. Uma série de medidas êm sido adopadas pelos governos nacionais para criar um ambiene favorável para as EBT. Ao mesmo empo, ais medidas êm sido muias vezes consideradas como um meio de revializar regiões europeias em declínio aravés do desenvolvimeno de EBT. Desa forma, desaca-se o papel preponderane dos Parques de Ciência e Tecnologia (PCT) e das Incubadoras de Empresas. O invesimeno público e privado nos PCT e incubadoras em aumenado significaivamene dado o reconhecimeno da sua imporância para o desenvolvimeno e amadurecimeno das EBT (Phan, Siegel, & Wrigh, 25). Apesar do desempenho e conribuo das EBT para a economia, exisem facores que podem compromeer o seu poencial económico como, por exemplo, a capacidade de gesão, vendas ou markeing. Assim, o sucesso das EBT depende em pare da qualidade dos recursos de gesão oferecidas pelos PCT e das fones de capial e emprésimos (Monck, Porer, Quinas, Sorey, & Wynarczyk, 1988). Os empreendedores são, muio provavelmene, mais suscepíveis a insalar-se num PCT do que fora dele. Além disso, em ermos de desempenho das EBT, orna-se mais imporane o faco de esas perencerem ao secor de ala ecnologia do que propriamene esarem, ou não, localizadas num PCT (Löfsen & Lindelöf, 22). No enano, Siegel, Waldman, & Link (23), analisaram a produividade de pesquisa em empresas localizadas em PCT e empresas comparáveis localizadas fora desas insalações e os seus resulados sugerem que as empresas localizadas em PCT são realmene mais eficazes do que as empresas localizadas fora do mesmo, em ermos de criação de novos produos, serviços e paenes. 2.2 O papel dos Parques de Ciência e Tecnologia e Incubadoras de Empresas Como referido no capíulo anerior, uma das abordagens mais populares face à emergência do desenvolvimeno da economia do conhecimeno em sido a de fomenar a criação e progresso de PCT e incubadoras. Nese capíulo preende-se abordar as funções, objecivos e conceios mais relevanes dos PCT e incubadoras. O primeiro PCT remona a 195 e foi criada em Sanford, Esados Unidos. O PCT de Cambridge foi o primeiro exemplo europeu ainda nos anos 6 (Sofouli & Vonoras, 27). Desde as primeiras iniciaivas no final de 196 e início de 197, o número de PCT em vindo a crescer rapidamene em odos os países europeus. Os PCT europeus êm sido muias vezes criados aravés de parcerias enre insiuições governamenais nacionais e locais, empresas privadas e 6

31 Capíulo 2. Empresas de base ecnológica universidades (Colombo & Delmasro, 22). Na Tabela 2.1 enconra-se um resumo da localização, missão e dos inervenienes dos PCT nas úlimas décadas. Tabela A evolução da esruura e da missão dos PCT (com foco na siuação europeia) (Bigliardi, Dormio, Nosella, & Peroni, 26). Esruura e Período Missão Inervenienes localização s Após 199 Localizados pero de campus universiários Localizados denro de fábricas abandonadas, incubadoras Localizados pero de universidades, fábricas abandonadas Desenvolvimeno da inovação indusrial enre invesigador académico e parceiros indusriais Re-indusrialização de áreas abandonadas Desenvolvimeno de inovação denro das empresas numa área específica Deparamenos universiários e laboraórios de I&D. Invesigadores Organizações locais, Universidades Universidades, auarquias, governo cenral Não exise uma única definição de PCT, exisindo várias expressões similares para descrever ese ipo de infra-esruura como, por exemplo, Parques de Pesquisa, Parques Tecnológicos, Parques de Negócios ou Parques de Inovação (Monck, e al., 1988). Segundo Sofouli & Vonoras (27) de enre as múliplas definições desaca-se a da Inernaional Associaion of Science Parks (IASP), que considera que os PCT são espaços geridos por especialisas, que êm como principal objecivo aumenar a riqueza da comunidade aravés da promoção da culura de inovação e compeiividade de empresas baseadas na ecnologia e no conhecimeno. Para permiir que esses objecivos sejam concreizados, um PCT em que promover e gerir o fluxo de conhecimeno e ecnologia enre Universidades, insiuições de I&D, empresas e o mercado faciliando, assim, a criação e o crescimeno de empresas inovadoras aravés de processos de sar-up e/ou spin-off. Deverá ainda oferecer ouros serviços de valor acrescenado, em espaços e insalações de elevada qualidade. Monck e al. (1988), definiram PCT como uma infra-esruura com esreias ligações à universidade, desinadas a promover empresas apoiadas no conhecimeno, aravés da disponibilização de ransferência de ecnologia e serviços de apoio às empresas. Os PCT são fones de aleno, empreendedorismo e compeiividade económica e são elemenos-chave de apoio ao crescimeno da economia. Os PCT melhoram, porano, o desenvolvimeno, ransferência e comercialização de ecnologia. 7

32 Capíulo 2. Empresas de base ecnológica Segundo Weshead (1997), os PCT conribuem para a inovação ecnológica resulane da pesquisa cienífica, e podem fornecer o ambiene ideal para ransformar a pesquisa e o conhecimeno em produos comercializáveis. É expecável que os PCT desempenham um papel de renovação da inovação e da indúsria. O lançameno de novos produos e a exploração de novos mercados é, porano, o principal objecivo para a grande maioria dos PCT que rabalham com uma políica de I&D (Löfsen & Lindelöf, 22). Ouro dos objecivos decorrenes da criação de PCT é proporcionar uma infra-esruura de apoio écnico, logísico e adminisraivo que uma empresa jovem precisa para enrar num mercado em crescene compeiividade (Guy, 1996). Os PCT promovem o crescimeno económico a nível regional e nacional. Além disso, os PCT podem er um papel dinamizador do comporameno empreendedor em conexo académico. O ambiene esimulane de um PCT deve faciliar as ransições da invesigação universiária para o incero e arriscado ambiene dos negócios (Dierdonck & Debackere, 199). Por vezes é difícil avaliar a eficácia dos PCT porque os objecivos dos diferenes parceiros nos parques podem diferir consideravelmene. Enquano uma universidade pode esar ineressada em aumenar os lucros aravés da promoção de acividades ligadas aos seus ineresses de invesigação próprios, e irar parido de vanagens em novas oporunidades de negócio, um banco poderá er um conjuno de ineresses esriamene comercial com base em invesimenos no parque, ou nas suas empresas consiuines (Löfsen & Lindelöf, 22). A proximidade de universidades e ouros cenros ecnológicos oferece às empresas localizadas no PCT o acesso mais fácil ao conhecimeno cienífico e resulados da invesigação, faciliando, assim, a ransferência de invesigação em aplicações comerciais. Ese argumeno em por base a evidência dos Esados Unidos, onde as repercussões da pesquisa académica êm favorecido a acividade inovadora das empresas locais (Colombo & Delmasro, 22). Exisem algumas caracerísicas comuns aos PCT, especialmene no que diz respeio às "declarações de missão" em causa (Bigliardi, e al., 26): Promover a ineracção enre o meio indusrial e académico; Promover a criação de spin-offs académicas (aravés de incubadoras); Realizar programas de renovação da indúsria por subsiuição de ecnologias de produo obsoleas ou em declínio; Promover a fundação de novas empresas (sar-ups) sem a colaboração das esruuras universiárias; Realização de programas de ransferência de ecnologia para foralecer as empresas localizadas numa deerminada área; Realizar programas de formação desinados a desenvolver e gerir ecnologias emergenes; Realizar programas de formação na área de gesão de ciência e ecnologia "; 8

33 Capíulo 2. Empresas de base ecnológica Presar serviços de gesão para as empresas insaladas no parque. Desa forma os PCT incenivam e faciliam a formação e crescimeno de empresas baseadas no conhecimeno, desempenhando um papel de incubadora (Chan & Lau, 25). Geralmene, as incubadoras enconram-se inseridas denro do PCT, e são desinadas a EBT, bem como laboraórios de pesquisa que podem perencer ao parque, a insiuições parceiras (académica ou não académica), insiuições sem fins lucraivos ou ouro ipo de empresas (Colombo & Delmasro, 22). O Baavia Indusrial Cener, fundado em 1959 por Joseph Mancuso no esado de Nova Iorque, é muias vezes considerado como a primeira incubadora no mundo, e ainda esá em funcionameno. Os pioneiros europeus em incubadoras no final da década de 196 foram as universidades de Edimburgo, Cambridge e Oxford, seguido, no início de 198, por alguns projecos na Alemanha (Serazzi, 25). Ao longo dos úlimos vine anos, cada vez mais imporância em sido aribuída às incubadoras como mecanismos para melhorar o desenvolvimeno económico e ecnológico dos países, promovendo o despolear de ideias promissoras e incenivando o crescimeno das empresas recém-criadas (Grimaldi & Grandi, 25). No que diz respeio às incubadoras, a IASP, define-as como espaços que acolhem jovens empresas, ajudando-as a sobreviver e a crescer durane o seu início de acividade, alura em que esão mais vulneráveis às circunsâncias do mercado. As incubadoras presam serviços de apoio na área da gesão, no acesso ao financiameno e no supore e apoio écnico necessário, oferecendo insalações e equipamenos parilhados pelas várias empresas, de uma forma flexível e expansível, udo debaixo da mesma infra-esruura. Nos dias de hoje é cada vez mais perinene o recurso à incubação de empresas pois a enrada no mercado empresarial acarrea grandes dificuldades, sendo a moralidade das empresas nos primeiros anos de vida muio elevada. Segundo um esudo de Bracker & Pearson (1986), apenas 35% das empresas sobrevivem aos primeiros cinco anos de vida. O objecivo da incubadora é, assim, aumenar a probabilidade de sobrevivência das empresas incubadas e acelerar o seu desenvolvimeno, fornecendo serviços de valor acrescenado (Mian, 1996). Uma vez que o processo de incubação passa por diferenes eapas, a missão e os procedimenos operacionais de uma incubadora variam ao longo do empo. Os serviços presados pelas incubadoras podem ser geralmene divididos em apoio esruural básico e apoio esruural em ecnologia específica. Exemplos ípicos de apoio esruural básico incluem serviços de escriório comparilhado, assisência empresarial, rendas acessíveis, redes de negócios, acesso ao capial, assisência jurídica e conabilidade, e aconselhameno sobre práicas de gesão. Por ouro lado o apoio esruural em ecnologia específica apresena os 9

34 Capíulo 2. Empresas de base ecnológica seguines serviços: compuadores, acividades de I&D, programas de ransferência de ecnologia e aconselhameno em propriedade inelecual (R. Hisrich & Smilor, 1988). No enano, exisem quaro componenes que êm recebido aenção especial em pesquisas aneriores (Colombo & Delmasro, 22): Espaço de escriório comparilhado, que é alugado em condições mais ou menos favoráveis para as empresas incubadas; Um conjuno de serviços de apoio comuns para reduzir os cusos gerais; Apoio às empresas ou aconselhameno profissional (coaching); Ofera de uma rede inerna e/ou exerna. Os PCT e Incubadoras são, porano, as organizações inermediárias que providenciam o ambiene social, recursos ecnológicos e organizacionais, e conhecimenos em gesão que permiem ransformar uma ideia de negócio de base ecnológica numa organização economicamene eficiene (Phan, e al., 25). A incubadora não deve ser confundida como PCT, que são geralmene projecados para o apoio de empresas mais maduras. Assim, os PCT e incubadoras inserem-se em diferenes conexos ambienais e insiucionais, que são igualmene dinâmicos (Bergek & Norrman, 28). De noar que os PCT e Incubadoras são frequenemene resulado de parcerias público-privadas, o que significa que múliplos inervenienes êm uma grande influência sobre os seus procedimenos operacionais (Phan, e al., 25). Desa forma, os PCT e incubadoras devem ser avaliados de acordo com a sua missão, promoores e conexo regional, e o seu sucesso pode ser definido como o desempenho em cada impaco esperado. Por exemplo, um crescimeno posiivo em ermos de emprego e volume de negócios das empresas pode ser viso como sucesso. Os serviços oferecidos êm, ambém, uma influência posiiva no desempenho de PCT (Rainho & Henriques, 21). PCT e incubadoras em Porugal O fenómeno dos PCT e incubadoras em Porugal é relaivamene recene, daando do início dos anos 9. No enano, desde o final dos anos 9 em-se vindo a observar o aparecimeno de uma nova vaga de PCT e incubadoras. Os PCT e incubadoras poruguesas êm basanes caracerísicas em comum (Rainho & Henriques, 21): São promovidas de forma colaboraiva por auoridades locais ou regionais, universidades e organizações privadas (empresas, associações indusriais, ec); Esão localizadas próximo das grandes cidades e em grandes cenros urbanos; São financiadas predominanemene por fundos públicos (União Europeia, governo ou auoridades locais), beneficiando, ambém, de incenivos de programas nacionais; 1

35 Capíulo 2. Empresas de base ecnológica Na generalidade, os PCT e incubadoras acolhem empresas de qualquer secor de acividade. A Tecparques, Associação Poruguesa de Parques de Ciência e Tecnologia, em como objecivo a promoção e valorização dos PCT e da sua ineracção com ouras organizações, quer nacionais quer inernacionais, que visem a modernização do ecido empresarial pela via da inovação de base ecnológica e da ransferência de conhecimeno (Tecparques, 212). De noar que a grande maioria dos PCT e incubadoras em Porugal em algum ipo de ligação a universidades ou ouros cenros ecnológicos. 2.3 A imporância do empreendedorismo e inovação Foi Schumpeer (1934) o primeiro auor a aribuir à inovação e ao empresário um papel preponderane no processo de desenvolvimeno. É de ineresse noar que a definição de Schumpeer de um empreendedor é a mesma de um inovador. A imporância do empreendedorismo como facor significaivo na eficiência organizacional é largamene referida na lieraura. O empreendedorismo de onem não em nada a ver com o empreendedorismo acual. O secor das elecomunicações é um bom exemplo. A rádio levou 38 anos a aingir um oal de 5 milhões de ouvines. Mais recenemene a Inerne, demorou cinco anos a aingir o mesmo número de uilizadores. Os desenvolvimenos das ecnologias, a globalização e a rede de comunicações ornam o mundo de hoje propício para os empreendedores (Sarkar, 21). Hisrich & Peers (24), definem o empreendedorismo como o processo de criar algo novo com valor, dedicando o empo e o esforço necessários, assumindo riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondenes, recebendo as consequenes recompensas da saisfação e independência económica e pessoal. De acordo com o Global Enrepreneurship Monior 1 11 (GEM), o empreendedorismo abrange a criação de novos negócios e o desenvolvimeno de novas oporunidades em organizações já exisenes. O empreendedorismo enconra-se no cenro da políica económica e indusrial, uma vez que conribui para a criação de uma culura empresarial dinâmica, onde as empresas procuram progredir na cadeia de valor, num ambiene económico global. Noe-se que a axa de desemprego e a acividade económica poruguesa êm sido foremene afecados pela propagação dos efeios negaivos da crise económico-financeira inernacional. 1 O projeco Global Enrepreneurship Monior (GEM - é o maior esudo independene de empreendedorismo realizado em odo o mundo. O principal objecivo passa por analisar a relação enre o nível de empreendedorismo e o nível de crescimeno económico, bem como deerminar as condições que esimulam e ravam as dinâmicas empreendedoras em cada país paricipane.

36 Capíulo 2. Empresas de base ecnológica Para fazer face a esa problemáica é necessário incenivar o empreendedorismo, uma vez que a recuperação e o desenvolvimeno da economia nacional passam foremene pelo surgimeno de empreendedores, capazes de idenificar e aproveiar oporunidades, invesir, gerar riqueza e emprego (Relaório GEM Porugal, 21). Schumpeer (1934), descreve o papel do empreendedor como o de reformar ou de revolucionar o padrão de produção explorando uma invenção ou, de modo mais geral, um méodo ecnológico não experimenado, para produzir um novo bem ou um bem anigo de uma nova forma. De acordo com os invesigadores Morris & Jones (1999), os empreendedores devem esar apos a realizar cinco arefas: Idenificar e avaliar uma oporunidade; Definir um conceio de negócio; Idenificar os recursos necessários; Adquirir os recursos necessários; Implemenar o negócio. Para se realizarem esas arefas de forma efeciva, os auores defendem que o empreendedor deve uilizar o conhecimeno do negócio em áreas como as vendas, markeing, gesão do rabalho, finanças, conabilidade e pensameno esraégico. Hood & Young (1993), defendem ainda que os que em uma formação em engenharia apresenam uma vanagem, dada a imporância da ecnologia e das suas alerações em muias das empresas que mais crescem no mundo. Por ouro lado, Drucker (1985), escreve que os empreendedores são indivíduos inovadores: A inovação é o insrumeno específico dos empreendedores, o meio pelo qual eles exploram a mudança como uma oporunidade para um negócio ou serviço diferene. Schumpeer refere igualmene que o empreendedor esá inrinsecamene ligado à inovação. Enre os elemenos mais conhecidos do esudo de Schumpeer, enconra-se a sua lisa de cinco ipos de inovação no conexo dos negócios (Kurz, 28): Inrodução de um novo produo; Inrodução de um novo méodo de produção; Aberura de um novo mercado; A aquisição de uma nova fone de ofera de aquisição de maeriais; A criação de uma nova empresa. De faco, a inovação, iso é, o aco de lançar algo novo, é uma das mais difíceis arefas para qualquer empreendedor, pois exige capacidade de enender odas as poencialidades do ambiene envolvene. Conudo, a sobrevivência das empresas esá foremene relaciona com as 12

37 Capíulo 2. Empresas de base ecnológica suas compeências para inovar, sobreudo em mercados compeiivos e em secores sujeios a urbulência e rápidas mudanças (Sarkar, 21). De acordo com Schumpeer (1934), inovar consise em fazer diferene ou criar novas combinações de inpus, com o inuio de chegar a uma solução melhor do que as exisenes, em que os novos produos ornam obsoleas as empresas que coninuam a produzir os velhos e não se adapam. Resumindo, as empresas devem desenvolver novos produos e serviços para opimizar os seus resulados. Face à insabilidade que acualmene se vive no mercado em geral, as empresas devem desenvolver novas ideias e conceios para consolidar a sua liderança. É aravés da inovação que as empresas podem criar valor e diferenciar os seus produos e serviços da concorrência. Além disso, o empreendedorismo relacionado com a criação de empresas, erá de er a ver com empresas de inovação (Sarkar, 21). Esa abordagem é basane imporane de forma a não correr o risco de cair na definição de empreendedorismo só como auo-emprego. Nese conexo, o empreendedorismo académico em-se revelado de enorme imporância para o processo regenerador da inovação no século XXI. O princípio básico por rás do empreendedorismo académico é que uma vasa gama de pesquisa cienífica em lugar denro de universidades, e alguns dos resulados da pesquisa podem er aplicações comerciais capazes de gerar receia para as universidades. Essa endência das universidades acuarem como um caalisador para a acividade empresarial e, ambém, como agenes geradores de receias, é o cerne do fenómeno do empreendedorismo académico (Chrisman, Hynes, & Fraser, 1995). O empreendedorismo académico é definido como a enaiva de aumenar o lucro individual ou insiucional, influência ou presígio aravés de desenvolvimeno de invesigação de ideias de markeing ou de produos com base em invesigação (Louis, Blumenhal, Gluck, & Soo, 1989). Alguns aspecos empreendedores, ais como idenificação de oporunidades, assumir riscos e mobilização de recursos êm sido aponados como facores críicos para o sucesso de spin-offs académicas, onde se acredia que uma orienação empreendedora esimula o crescimeno e o desempenho económico (Seffensen, Rogers, & Speakman, 2). O empreendedorismo é, assim, considerado fundamenal para colmaar as lacunas enre a pesquisa e o mundo dos negócios. Com base nessa premissa, represenanes do governo, indúsria e ciência êm desafiado cada vez mais os académicos para ransferir os seus resulados de pesquisa para as empresas (Douriaux, 1987). Em suma, as palavras empreendedorismo e inovação, ransmiem a possibilidade de abrir novos mercados, possibiliando maior eficiência e crescimeno económico. 13

38 Capíulo 2. Empresas de base ecnológica 2.4 Relação com as Universidades: desenvolvimeno de spin-offs académicas Nos úlimos anos, as insiuições académicas êm sido associadas ao crescimeno das EBT. O invesimeno no desenvolvimeno de EBT revela-se de enorme imporância para a criação de novas oporunidades de emprego, sendo para isso necessário grandes níveis de crescimeno desas empresas. Desa forma, as universidades êm um papel chave na revialização e no desenvolvimeno das economias locais. As universidades e cenros ecnológicos são, por isso, imporanes fones de novos conhecimenos cieníficos (Löfsen & Lindelöf, 22). As incubadoras universiárias são uma ferramena de desenvolvimeno de empresas modernas adopadas por algumas universidades, de forma a fornecer supore para a criação de EBT. As incubadoras universiárias, localizadas denro ou próximo dos campus universiários, oferecem preços de renda mais baixos, espaço flexível e uma variedade de serviços ípicos de incubadoras e relacionados com a universidade (Mian, 1996). Numa perspeciva de redes, as empresas localizadas em PCT são mais suscepíveis de er ligações com as universidades locais e desenvolver algum ipo de relacionameno organizacional enre elas devido à proximidade geográfica (Jou & Chen, 21). A parilha de conhecimenos enre EBT do mesmo ramo é oura vanagem que cada empresa na incubadora pode ober. No caso das EBT envolvidas em várias pares da cadeia de valor, elas vão er maior possibilidade de efecuar alianças a monane ou a jusane, uma vez que o PCT lhes oferece uma boa plaaforma para rabalharem junas (Chan & Lau, 25). O ambiene de apoio e a capacidade de liderança organizacional inerenes às insiuições de ensino superior/incubadoras são cruciais não só para a formação de uma nova empresa, mas ambém para a sobrevivência e desenvolvimeno da organização (Lorenzoni & Ornai, 1988). As universidades êm demonsrado ser insiuições dinamizadoras nas suas regiões em ermos de empregabilidade e acividade económica. Muias universidades criaram PCT e incubadoras para promover a criação de empresas sar-ups com base em ecnologias perencenes à própria universidade. A exisência de uma relação formal com o PCT, pode razer benefícios à universidade como, por exemplo, a inclusão de alunos no mercado de rabalho e um recruameno e reenção mais fácil dos chamados cérebros (Link & Sco, 23). As universidades desempenham um papel preponderane na esimulação do espirio empreendedor, incenivando a criação de sar-ups inovadoras e a inovação dos processos produivos em empresas já exisenes aravés da criação de spin-offs. A relação de proximidade enre incubadoras e universidades é fundamenal para a comercialização do conhecimeno e da pesquisa, que por sua vez impulsionam o crescimeno económico (Ezkowiz, 21). 14

39 Capíulo 2. Empresas de base ecnológica Sendo Porugal um país onde predominam as pequenas e médias empresas, e dadas as limiações que esas enfrenam relaivamene à sua capacidade de inovação, faz senido olhar para as universidades como poenciais produoras e exporadoras de conhecimeno. A invesigação universiária é impulsionadora da inovação e criaividade e, consequenemene, as empresas saem beneficiadas com esa parilha de conhecimenos, reflecindo-se posiivamene no seu desempenho. Assim, as universidades devem ser visas como um elemeno esraégico no desenvolvimeno económico. Além disso, a ese Triple Helix refere que a ineracção enre universidade-indúsria-governo é a chave para a inovação numa sociedade baseada no conhecimeno. O Google, Lycos ou Genenech, são alguns exemplos de empresas, hoje mundialmene conhecidas, com origem em universidades. Também o Massachuses Insiue of Technology (MIT), é conhecido pela sua eficaz políica de promoção ao empreendedorismo enre esudanes e invesigadores. De acordo com o MIT, anigos alunos e professores fundaram mais de 5 empresas que empregam 1,1 milhões de pessoas e apresenam vendas anuais de mais de 23 biliões de dólares. Aproximadamene meades desas empresas foram criadas por pessoas com licenciaura há menos de 15 anos, verificando-se que uma em cada 6 empresas é criada por pessoas com licenciaura há 5 anos. Giganes como a Inel, Texas Insrumens, Hewle.Packard ou Gillee foram criadas no seio do MIT. As universidades poruguesas endem a separar-se do mundo dos negócios, e a invesigação pura coninua a beneficiar de um maior presígio que a pesquisa cienífica aplicada direcamene nas empresas. Regra geral, as universidades ensinam os seus esudanes a como pensar e não em como fazer dinheiro (Sarkar, 21). Exisem rês mecanismos aravés dos quais as universidades e os seus invesigadores ransferem conhecimeno, nomeadamene, conferências e publicações cieníficas, a formação de equipas qualificadas e a comercialização do conhecimeno por via de acividades de consuloria, conracos de invesigação com a indúsria, paeneameno e a formação de spinoffs. A forma mais evidene de comercialização da invesigação universiária raduz-se nas empresas spin-offs das universidades (Landry, Amara, & Rherrad, 26). Uma spin-off pode ser considerada um mecanismo de ransferência de ecnologia, porque geralmene é formada para comercializar uma ecnologia que em origem num laboraório público de I&D, uma universidade ou uma empresa privada (Carayannis, Rogers, Kurihara, & Allbrion, 1998). Pérez & Sánchez (23), definem Spin-offs como enidades que conribuem para a ransferência de ecnologia em dois eságios. Um primeiro, em que a ransferem das suas organizações de origem para si mesmas, e um ouro em que a ransferem para os seus consumidores. De acordo com Seffensen e al.(2), spin-off é uma empresa que surge de uma oura organização em que geralmene um empregado (ou empregados) deixa(m) a organização levando consigo uma ecnologia que serve como bilhee de enrada da nova empresa. Spin-offs 15

40 Capíulo 2. Empresas de base ecnológica são ambém conhecidas como sar-ups e spin-ous. As spin-offs podem ser visas como novas enidades que gerem recursos com origem em organizações principais, enquano os recursos de sar-ups êm origem maioriariamene nos próprios empreendedores e não êm qualquer ligação com oura empresa. As spin-offs são caracerizadas como empresas nas quais as qualificações académicas, resulados de invesigação, méodos cieníficos e ouras capacidades, desempenham um papel fundamenal (Sarkar, 21). A comercialização de novas ecnologias é, frequenemene, caracerizada por uma inensa compeição por inovação. Muias das vezes as spin-offs vêem-se forçadas a desenvolver os seus próprios mercados, uma vez que o produo ou serviço oferecido é direccionado para as necessidades de um pequeno grupo de consumidores (Waler, Auer, & Rier, 26). Assim, a fidelização de consumidores de ouras empresas, pode raduzir-se no grande desafio na exploração dos mercados por pare das spin-offs. Uma empresa spin-off em como principal objecivo a criação de novos produos ou serviços, a parir de ideias, inovações ou esudos com origem em ouras empresas ou universidades. Os fundadores são na grande maioria engenheiros ou invesigadores, com alguma experiência empresarial e markeing. Para uma empresa ser considerada spin-off deve incluir a ransferência de conhecimeno da organização já exisene para a nova empresa. Em alguns casos, a organização principal ajuda a criar deliberadamene uma nova empresa, como pare da esraégia de negócios. As novas empresas podem oferecer diversos benefícios para a empresa já exisene. Uma nova empresa pode despolear novas ideias e inovações que são difíceis de esabelecer na empresa exisene. As spin-offs podem ser classificadas consoane o ipo de organização da qual iveram origem e o síio onde o empreendedor obeve as suas experiências (Bhide, 23; Pérez & Sánchez, 23). Uma das caegorias que em vindo a desacar-se nos úlimos anos é a académica. Uma spin-off académica pode ser visa a parir de diferenes perspecivas: como fones de emprego (Pérez & Sánchez, 23), como mediadores enre pesquisa básica e aplicada que permiem aos clienes compeir na vanguarda ecnológica (Auio, 1997), conribuem para uma maior eficiência da inovação (Rohwell & Dodgson, 1993), e para o desenvolvimeno económico das regiões (Mian, 1997). As spin-offs académicas são uma caegoria muio heerogénea de empresas inovadoras e de base ecnológica, incluindo conceios de negócio basane diferenes, que vão desde empresas de serviços aé à criação de ecnologia inovadora, possuindo assim diferenes perspecivas de crescimeno e desenvolvimeno (Druilhe & Garnsey, 24). De acordo com Oakey (1995), as duas principais fones de spin-offs são insiuições de ensino superior e empresas indusriais. Embora eses dois ipos de spin-offs enham muio em comum, exisem diferenças consideráveis. Por exemplo, enquano uma empresa privada muias vezes 16

41 Capíulo 2. Empresas de base ecnológica ena maner a invesigação e ecnologia denro da empresa, uma universidade muias vezes inceniva a ransferência dos resulados a serem usados fora da universidade. Robers & Malone (1996) idenificaram quaro enidades principais envolvidas no processo das spin-offs, mas vale salienar que um mesmo indivíduo ou organização pode desempenhar mais do que um papel: O criador ecnológico, é a pessoa ou organização que raz a inovação ecnológica aravés de um processo de desenvolvimeno inovaivo aé o pono em que a ransferência desa ecnologia pode ser iniciada. A organização de origem, onde ocorrem as acividades de I&D para criar a inovação ecnológica, e que providenciam às spin-offs assisência em paeneameno da inovação, licenciameno ecnológico ec. O empreendedor, leva a ecnologia gerada pelo criador ecnológico na enaiva de criar uma nova empresa a parir dela. O invesidor, que fornece os recursos financeiros para esabilizar a spin-off e que pode providenciar alguns conhecimenos adminisraivos. Waler, Auer, & Rier (26), mencionam, como poenciais facores de sucesso das spin-offs, a combinação das ambições empreendedoras e as capacidades de mercado. Ouro facor de sucesso das spin-offs verifica-se ao nível do conhecimeno dos seus parceiros. Esa relação de proximidade permie eviar evenuais insabilidades nas suas parcerias aravés da formulação de roinas de roca apropriadas (Sarkar, 21). Por ouro lado, a capacidade das spin-offs em esabelecer fores e imporanes conexões com fornecedores, consumidores, insiuições de invesigação e auoridades locais, pode ambém, influenciar significaivamene o seu crescimeno (Waler, e al., 26). A capacidade de formar redes surge, assim, como a chave para a coninuidade das spin-offs. Nese pressuposo, Benneworh & Charles (25),consideram esar em fala um mecanismo que fundamene o raciocínio inuiivo, aravés do qual, uma rede de relações se pode ornar um acivo ou um recurso de inovação. Os auores defendem, ambém, que os indivíduos nas universidades aprendem a rabalhar com as empresas, rabalhando com spin-offs e, numa fase seguine, ao rabalharem com ouras empresas colocam à disposição das empresas locais conhecimeno écnico de base académica. A criação de spin-offs pode er um impaco socio-económico posiivo a nível regional. De acordo com Benneworh & Charles (25), as spin-offs valorizam, poencialmene, o erriório onde se localizam pelo seguine: São empregadores no ramo das novas ecnologias que pagam bons salários e promovem o empreendedorismo; 17

42 Capíulo 2. Empresas de base ecnológica Edificam a ecnologia, em ermos globais, e o conhecimeno dos clienes aravés da criação de redes de acesso a financiameno, vendas e markeing; Manêm ligações próximas com a insiuição de origem, aravés da deenção de acções, de incubadoras, de acividades de ransferência de ecnologia, de recruameno e colaboração em invesigação; São fones de empreendedores, cujo empreendedorismo em maéria ecnológica, pode ransformar oda a economia regional; Esimulam a criação de serviços de assisência a negócios e infra-esruuras, beneficiando ouras sar-ups. Os primeiros rês aspecos represenam benefícios direcos relaivos ao ipo de empresa que as spin-offs endem a ser. Por ouro lado, os dois úlimos aspecos apresenam um conjuno de vasos benefícios errioriais indirecos que as universidades conferem à região onde se localizam. 2.5 Relação com I&D e Inovação A inovação, especialmene para EBT, em sido considerada como um impulso crucial para a renabilidade das empresas e o seu crescimeno em ambienes alamene compeiivos. A compeiividade feroz no secor das novas ecnologias obriga as empresas a inroduzir novos produos, elevar a produividade e reduzir cusos sob pena de virem a morrer. Resumidamene, é necessário inovar. Ao nível empresarial, exise uma correlação posiiva enre os esforços de inovação (medidos por despesas em I&D) e os resulados. Um esudo do Briish Deparmen of Trade and Indusry (DTI), The R&D Scoreboard 27, idenifica as relações enre o I&D e o desempenho das empresas na criação de eficiência, no crescimeno das vendas e na capialização do mercado (Sarkar, 21). A pesquisa conduzida por Guan, Mok, Yam, Chin, & Pun (26) adopava a proporção de inovação, expressa como o número de produos inovadores, dividido pelo número oal de produos, como a variável de medição do desempenho da inovação. Alguns economisas defendem que uma forma de os países indusrializados compeirem direcamene com economias emergenes, que êm cusos de rabalho significaivamene mais baixos das indúsrias de serviços, passa pelo aumeno no invesimeno em I&D. De acordo com os esudos aneriores foi demonsrado que, a longo prazo, a compeiividade inernacional de um país pode ser deerminada pela capacidade de adopar novas ecnologias (Wu, e al., 211). Para as EBT, a exisência de uma siuação de elevada concorrência poderá ser benéfica, esimulando a inovação de produos, serviços, écnicas e processos permiindo, desa forma, que consigam permanecer no mercado. 18

43 Capíulo 2. Empresas de base ecnológica Iso implica que a capacidade em I&D e a inovação desempenham um papel mais imporane do que nunca, uma vez que ajudam as organizações, especialmene empresas de ala ecnologia, a ajusarem-se num nicho de mercado e, consequenemene, conribuírem para a economia (Guan, e al., 26). Por ouro lado, os mercados de ala ecnologia são caracerizados por ciclos de vida curos e alas axas de produção de novos produos que incorporam novas gerações de ecnologia. Em paricular, as EBT enfrenam uma compeição inensiva e um ambiene de mercado dinâmico. Diane de um ambiene compeiivo, as EBT devem er como principal objecivo maner a sua eficiência e produividade de I&D para garanir vanagens compeiivas e de sobrevivência (Wang, Lu, Huang, & Lee, 213). Assim, incenivar um maior invesimeno efecivo em I&D é fundamenal como pare do processo de inovação para dominar os mercados de ala ecnologia. 2.6 Avaliação de desempenho das EBT A avaliação ou medição de desempenho é definida como o processo de quanificação e análise da eficácia e eficiência. A eficácia é definida como a medida em que os objecivos são alcançados e eficiência é uma medida de quão bem os recursos da empresa são uilizados para aingir os objecivos específicos (Eason, Murphy, & Pearson, 22). Ese esudo cenra-se apenas no aspeco eficiência como medida de desempenho. A avaliação de desempenho das organizações é uma quesão muio imporane por duas razões. Por um lado, numa siuação em que exise um grupo de unidades onde apenas um número limiado de candidaos pode ser seleccionado, o desempenho de cada um deve ser avaliado de forma jusa e coerene. Por ouro lado, é expecável que o desempenho de uma organização melhore ao longo do empo (Mohanmmadi & Ranaei, 211). Ese esudo foca-se no segundo pressuposo e, paricularmene, nas EBT incubadas, uma vez que o papel principal da incubadora para esas empresas é ajudar o seu crescimeno e mauração numa fase inicial da sua vida. As medidas de desempenho mais adequadas para avaliar o desempenho de uma incubadora ainda não são claras. Por ouro lado, são poucos os esudos que enam explorar ese aspeco na avaliação de desempenho de incubadoras, ou das suas empresas consiuines (Phan, e al., 25). É sabido que o faco de uma empresa esar localizada numa incubadora não é, por si só, garania de sucesso. Para confirmar o "valor acrescenado" de uma empresa esar localizada num PCT, Löfsen & Lindelöf (22), compararam a capacidade de inovação de EBT localizadas em PCT, com os níveis regisados por um grupo comparável de empresas não localizadas num parque. Para efecuar o seu esudo basearam-se em medidas de oupu relacionadas com o desempenho de EBT, como indicadores de crescimeno e renabilidade. O crescimeno foi analisado no conexo 19

44 Capíulo 2. Empresas de base ecnológica da empregabilidade e das vendas, pois eses indicadores proporcionam o aumeno de recursos denro da empresa. Na opinião dos auores, o aumeno das vendas é um elemeno cenral para o sucesso de um processo inovador, no enano, é igualmene imporane avaliar a margem de lucro. Segundo Monck, e al. (1988), os indicadores para avaliar o desempenho de EBT dividem-se em dois grupos: medidas de inpus para a acividade de ala ecnologia, como o número de colaboradores qualificados e o esforço em I&D, que pode ser caracerizado pelo invesimeno bruo em I&D como percenagem da receia oal de vendas, assim como medidas de oupu, como índices de crescimeno, regisos de paenes e inovações ecnológicas. Waler e al.(26), esudaram o impaco das redes e da orienação empreendedora no desempenho de spin-offs académicas. No seu esudo consideraram o crescimeno das vendas como uma medida radicional para avaliar o desempenho de empresas. Ese parâmero é viso como um indicador da medida em que a gesão foi capaz de explorar a sua auonomia empresarial. Além disso o crescimeno das vendas evidencia a aceiação do mercado em relação às ecnologias comercializadas pelas spin-offs revelando-se, ambém, um indicador do sucesso da ransferência de ecnologia. De forma a capar a eficiência de uma organização geradora de conhecimeno, onde os funcionários são o principal acivo, os auores propõem uma segundo medida, nomeadamene, o número de vendas por empregado. Wang, Lu, & Chen (21), desenvolveram um modelo para medir o desempenho de EBT aravés de quaro perspecivas: financeira, clienes, processos inernos e perspeciva de crescimeno. Os auores uilizaram uma abordagem conjuna de hierarchical balanced scorecard (HBSC) e nonaddiive fuzzy. O seu objecivo era, porano, desenvolver uma ferramena para o aperfeiçoameno das medidas de desempenho aravés de HBSC, em ambienes complexos e de elevada compeiividade. O HBSC, serve como pone de ligação enre perspecivas financeiras e não-financeiras, num sisema inegrado de medição de desempenho, aliando os objecivos da organização e ouras áreas funcionais radicionais com a esraégia corporaiva. Para isso os auores uilizam duas medidas de desempenho principais (indicadores orienados para resulados e para o desenvolvimeno) de forma a medir a implemenação da esraégia. O seu esudo demonsra as limiações que o HBSC poderá er na pesquisa das medidas de desempenho, e em melhorar a eficácia e eficiência da gesão. 2

45 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis 3.1 Caracerização geral A eficiência em sido um assuno de enorme ineresse para as organizações como um meio para melhorar a sua produividade. Farrell (1957), foi o grande impulsionador no esudo da medição da eficiência écnica baseando-se no rabalho de Debreu (1951) e Koopmans, (1951) para definir uma medida de eficiência que pudesse incluir múliplos inpus e oupus. Após a pesquisa desenvolvida por Farrell, (1957), o esudo da avaliação da eficiência conduziu a duas meodologias de invesigação paralelas, que se disinguem na forma como a froneira é especificada e esimada (Coelli, 1995): Sochasic Fronier Analysis (SFA); Daa Envelopmen Analysis (DEA). A SFA é uma écnica paramérica que envolve modelos economéricos e foi inroduzida por Aigner, Lovell, & Schmid (1977) e Meeusen & van den Broeck (1977), em rabalhos independenes. A écnica SFA permie separar o ruido esaísico da ineficiência assim como esimar erros padrão e eses de hipóese. Conudo, esa écnica depende da especificação funcional da função de produção e requer que as disribuições de probabilidade da ineficiência sejam especificadas aumenando a complexidade dos cálculos (Coelli, 1995). Devido às caracerísicas enunciadas ese méodo não será desenvolvido nem aplicado nese rabalho. Parindo da ideia original de Farrel, Charnes, Cooper, & Rhodes (1978) respondendo à necessidade de procedimenos para avaliar a eficiência relaiva de unidades de produção com múliplos inpus e oupus, inroduziram uma meodologia iniulada de Daa Envelopmen Analysis (DEA). A DEA é uma écnica não paramérica que envolve programação linear, e em como principal objecivo avaliar a eficiência relaiva de qualquer enidade que esá a ser avaliada em ermos da sua capacidade para converer inpus em oupus, designadas por DMUs (Decision Making Unis), idenificando as melhores práicas, que formam uma froneira eficiene (Charnes, e al., 1978). A eficiência relaiva é obida aravés da comparação de cada uma das DMUs com a melhor práica observada. As DMUs localizadas na froneira são aquelas com níveis máximos de oupus para os níveis de inpus dados, ou com níveis mínimos de inpus para os níveis de produção fornecidos. A meodologia permie medir o nível de eficiência de unidades que não se enconram na froneira e, idenificar as unidades eficienes de referência (benchmarks), que podem servir de 21

46 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis comparação para ais unidades ineficienes (Cook & Seiford, 29). Esses benchmarks são deerminados pela projecção das DMUs ineficienes na froneira de eficiência. Aravés da DEA os gesores podem não só idenificar os concorrenes com melhor desempenho, mas ambém descobrir formas alernaivas de ornar a sua organização numa das mais eficienes (Ozcan, 28). Desde a inrodução da DEA em 1978, houve um crescimeno expressivo, ano em desenvolvimeno eóricos como na aplicação de ideias a siuações práicas. Nos úlimos anos em-se verificado uma grande variedade de aplicações na avaliação de desempenho de diferenes enidades, envolvidas em diferenes conexos, nomeadamene: Secor bancário; Lojas de realho; Serviços públicos de elecricidade; Indusria êxil; Manuenção rodoviária; Hospiais; Sisemas logísicos; Indúsria de ala ecnologia; Universidades; Deparamenos académicos. Os esudos efecuados com base na DEA fornecem informações úeis ao nível da gesão conribuindo, porano, para uma melhoria do desempenho. A aplicação da DEA requer muio cuidado e é comum enar várias versões diferenes do modelo DEA para invesigar os efeios de diferenes combinações de inpus e oupus. Uma medida de desempenho amplamene uilizada é a razão enre os oupus produzidos e inpus consumidos, iniulado de produividade (Pidd, 212) Produividade e eficiência Esas palavras são muias vezes usadas como sinónimos, porém não são exacamene a mesma coisa. Segundo Kao, Chen, Wang, Kuo, & Horng (1995), a produividade mede a eficiência com que uma unidade de produção convere inpus e oupus. Para ilusrar a disinção enre os dois ermos, é úil imaginar um processo produivo no qual um inpu produz um oupu. As DMUs operam na froneira, se forem perfeiamene eficienes, ou 22

47 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis abaixo da froneira se não forem oalmene eficienes 2. A diferença enre os conceios de produividade e eficiência pode ser observada na Figura 3.1. A linha OF represena a froneira de eficiência. Por se enconrarem na froneira de eficiência, as DMUs B e C são consideradas ecnicamene eficienes, enquano a DMU A é considerada ineficiene. Se uma DMU a operar no pono A se move para o pono ecnicamene eficiene B, verifica-se um aumeno de eficiência e produividade 3. Apesar de os ponos B e C serem ecnicamene eficienes é no pono C que a produividade ainge o valor máximo, uma vez que é possível definir uma reca angene à froneira de eficiência que passa pela origem. Porano, o pono C esá a operar numa escala ópima e as DMUs que operam em qualquer ouro pono da froneira apresenam uma produividade inferior. Assim, uma DMU pode ser ecnicamene eficiene, mas pode melhorar a sua produividade explorando os rendimenos à escala, que serão abordados mais à frene nese rabalho (Coelli, Rao, & Baese, 1998). Figura 3.1 Diferença enre produividade e eficiência (Coelli, e al., 1998). Melhorias de produividade podem ser alcançadas de duas formas. Uma pode passar por melhorar o esado da ecnologia, vulgarmene referido como a evolução ecnológica e pode ser represenado por um deslocameno para cima na froneira de produção. Alernaivamene podem ser implemenados novos procedimenos organizacionais, para garanir que a ecnologia exisene é uilizada de forma mais eficiene. Esa siuação seria represenada pelas empresas que operam mais pero à froneira exisene. Assim, é evidene que o aumeno da produividade pode ser conseguido aravés de qualquer progresso ecnológico ou melhoria de eficiência (Coelli, 1995). 2 Ou seja, os ponos abaixo da froneira de eficiência (na versão de minimização de inpus) não são alcançáveis, para o nível de ecnologia exisene. 3 Iso é, a DMU no pono B produz mais oupu com o mesmo nível de inpu da DMU que opera no pono A. Uma vez que o declive da reca OC é maior que OB, exise um aumeno da produividade. 23

48 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis Segundo Farrell (1957), a naureza insaisfaória do criério "produividade" levou nauralmene a enaivas de produzir medidas de eficiência que ivessem em cona odos os facores de produção, adicionando-se inpus dos diferenes facores relacionados com a empresa Análise da Eficiência Os economisas Vilfredo Pareo e Tjalling Koopmans, conribuíram de forma significaiva para o desenvolvimeno do esudo da eficiência. A definição de eficiência de Pareo-koopmans diz que a eficiência oal apenas é aingida por qualquer DMU se, e só se, nenhum dos seus inpus e oupus puder ser melhorado sem deeriorarem algum ouro inpu ou oupu. Farrel, ouro economisa, esudou a aplicabilidade práica deses conceios (W. W. Cooper, Seiford, & Tone, 27). Farrell (1957) define uma organização eficiene como o sucesso em produzir o maior número possível de bens finais ou resulados desejados (oupus) a parir de um deerminado conjuno de recursos (inpus). Para melhorar a eficiência de uma DMU em de se verificar uma das seguines siuações (Ozcan, 28): Aumenar os oupus sem alerar o nível de inpus; Diminuir os inpus sem alerar o nível de oupus; Se ano os oupus como os inpus aumenarem, a axa de aumeno dos oupus deve ser superior à axa de aumeno dos inpus; Se ano os oupus e inpus decrescerem, a axa de decréscimo dos oupus deve ser inferior à axa de decréscimo dos inpus. Segundo Farrell (1957), a eficiência de uma empresa consise em dois componenes: eficiência écnica, que reflece a capacidade de uma empresa em ober o máximo oupu a parir de um deerminado conjuno de inpus, e uma eficiência alocaiva, que reflece a capacidade de uma empresa em uilizar as melhores proporções dos facores de produção dados os seus respecivos cusos e preços uniários. A eficiência económica oal é o resulado do produo da eficiência écnica com a eficiência alocaiva. Assim, a eficiência oal mede o sucesso de uma unidade em maximizar os seus oupus, para um deerminado conjuno de inpus. A eficiência é sempre expressa em percenagem ou como um número enre e 1. A eficiência máxima é de 1% ou 1. Se a DMU iver uma axa de eficiência de 1 será represenada na froneira de eficiência, caso conrário, será localizada abaixo, correspondene à disância enre o nível de produção observado e a froneira. As DMUs localizadas na froneira são aquelas que apresenam o maior nível de oupus para um deerminado nível de inpus, ou as que apresenam um nível mínimo de inpus para um deerminado nível de oupus (Liu & Wang, 28). 24

49 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis Assim, a eficiência ópima ocorre quando uma unidade produz o máximo possível para um deerminado conjuno de inpus. Iso significa que quando comparadas com as DMUs no seu conjuno de referência: Nenhum oupu pode ser aumenado a menos que use mais inpus ou enconre uma forma de reduzir um ou mais dos seus ouros oupus; Nenhum inpu pode ser reduzido sem reduzir os oupus produzidos ou aumenando um ou mais dos resanes inpu. Em casos complexos e realisas, exisem vários inpus e oupus que necessiam de ser incorporadas em qualquer indicador de desempenho global. A abordagem usual é a de subsiuir o rácio simples de um inpu e um oupu, aravés da forma: Eficiência s r1 m i1 u r x i y r i (3.1) Onde y r represena os s oupus produzidos e cada um deles em um peso de u r, uilizando m inpus x i, cada um dos quais em um peso de v i. Os pesos deerminam a imporância relaiva de cada inpu e oupu para o cálculo da eficiência (Pidd, 212). A aplicação de um conjuno comum de pesos para os inpus e oupus de odas as DMU pode levar a uma comparação injusa. Charnes, e al. (1978) reconheceram que as DMUs podem er diferenes valores de inpus e oupus e, por conseguine, adopam diferenes pesos. Assim, propuseram que cada unidade deve ser livre de adopar o conjuno de pesos mais favorável para si, em comparação com as ouras unidades. Para calcular a eficiência de uma unidade é necessário comparar a produividade acual com o melhor que ela poderia fazer. Exisem diferenes formas de formular o problema de cálculo da máxima produividade de uma DMU. Na DEA, o problema é formulado aravés de programação linear que procura calcular o valor ópimo dos pesos a aplicar aos inpus e oupus (Pidd, 212). 25

50 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis 3.2 Vanagens e Desvanagens da DEA Vanagens As inúmeras aplicações em diversas áreas confirmam o poder da DEA como ferramena de avaliação de desempenho. A DEA permie a uilização de múliplos inpus e oupus que por sua vez podem ser medidos em diferenes unidades, não sendo necessária uma função de produção 4 específica que relacione inpus e oupus. Ao conrário de algumas abordagens, como o Analyic Hierarchy Process (AHP), a DEA não exige a predeerminação dos pesos relaivos dos inpus e oupus (C. T. Chen, Chien, Lin, & Wang, 24). Por ouro lado, em conrase com as écnicas convencionais, ais como a análise de regressão, na DEA, podem ser especificados mais do que um inpu e oupu (C.-J. Chen, Wu, & Lin, 26). Pelo faco de ser uma abordagem não-paramérica de esimação da froneira, a DEA apresena ambém algumas vanagens, pois em vez de uilizar méodos baseados em valores médios, que ajusam uma linha ao cenro dos dados, os méodos de froneira são influenciados pelas empresas que apresenam melhor desempenho, reflecindo a ecnologia que esas uilizam e ajusando a froneira eficiene ao opo dos dados. Por ouro lado, os méodos de froneira apresenam-se como uma ecnologia mais práica para a medição da eficiência das empresas, sendo esa a razão que consiui o maior impulso à sua uilização (Coelli, 1995). A DEA exige poucos pressuposos, abrindo possibilidades de aplicação a casos que seriam de difícil resolução com ouros méodos, nomeadamene siuações em que a relação enre os inpus e os oupus é complexa. Por ouro lado, a DEA não requer dados sobre preços para a consrução da froneira de produção. Assim, a DEA prova ser uma écnica paricularmene eficaz em descobrir relações que, nouras meodologias, seriam impossíveis de idenificar (W. Cooper, e al., 211a). A DEA é uma excelene ferramena para medir a progressão de uma DMU ao longo do empo, permiindo, desa forma, deerminar se uma deerminada DMU esá a melhorar a sua eficiência de ano para ano (Eason, e al., 22). Esa abordagem será relevane na aplicação do índice de de Malmquis, que será desenvolvido poseriormene na análise da progressão das empresas incubadas. 4 A função de produção define uma relação ópima para produzir a quanidade máxima de oupus a parir dos inpus disponíveis. Na DEA, a froneira de eficiência é equivalene à função de produção e baseia-se em dados empíricos (inpus e oupus) (Charnes, Cooper, & Rhodes, 1981). 26

51 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis Desvanagens Um dos problemas associados à DEA em a ver com a necessidade de maner o seu poder discriminaório. Quano maior for o número de inpus e oupus, maior será a validade de resulados, mas menor será o poder da DEA para discriminar os mesmos, iso é, poderá haver uma endência para muias DMUs serem consideradas eficienes. Esa siuação ocorre devido à expansão de possíveis combinações que permiem a maximização da eficiência. Para que não seja colocada em causa a discriminação dos resulados e a sua validade, o número de DMUs envolvidas no esudo deve ser elevado, no enano isso aumena a probabilidade das DMUs não serem homogéneas. No caso de serem incluídos muios inpus, há o risco de serem aribuídos pesos basane pequenos pela DEA na maioria desses facores, o que pode significar que os pesos ligados a esses facores êm pouco ou nenhum efeio sobre os resulados da análise. (Pidd, 212). Assim, é imporane que o modelo DEA seja pequeno, iso é, que inclui os mínimos inpus e oupus possíveis, pois de ouro modo a inerpreação pode ornar-se problemáica. Porano, para que a aplicação da DEA seja válida, e para alcançar um nível discriminaório razoável, o número de DMUs deve ser no mínimo 2 x (número de inpus x número de oupus), ou 3 x (número de inpus + número de oupus) (Ramanahan, 23). Apesar dos inpus e oupus poderem ser definidos em diferenes unidades de medida, Dyson e al. (21), afirmam que misurar dados em rácio/percenagens com medidas de volume é imprudene. Noe-se que a DEA é apenas uma ferramena, que não em conhecimeno do ambiene de negócios das empresas. É possível que ceros valores obidos pelo DEA sejam impossíveis ou indesejáveis de aingir na realidade (Eason, e al., 22). Assim, uma das desvanagens associadas à DEA esá relacionada com os pesos aribuídos aos inpus e oupus, pois é impossível assegurar que eses reflecem as prioridades sociais, pelo conrário, eles reflecem o que surge dos dados uilizados e do modelo de programação linear que processa os mesmos dados (Pidd, 212). Porano, a DEA apenas fornece aos gesores informações para auxiliar a sua omada de decisão, não sendo um subsiuo para o julgameno de boa gesão (Eason, e al., 22). Um dos problemas que pode surgir na análise aravés da DEA é o faco de alguns facores possuírem valores nulos. Não exise um consenso na lieraura acerca da inrodução de facores com valor nulo, no enano, segundo Golany & Roll (1989) os modelos DEA podem lidar com casos em que exisam valores nulos para alguns facores, desde que exisa pelo menos um inpu e um oupu para cada DMU que seja posiivo. Conudo, esa siuação é de eviar uma vez que os sofwares podem ser sensíveis na análise de ais valores. A necessidade ou desejo de incorporar variáveis qualiaivas na análise pode represenar um enorme desafio. Tenaivas de medir facores como a percepção do cliene acerca da qualidade 27

52 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis de serviço podem ser problemáicas para a avaliação segunda a écnica DEA. A medição de facores qualiaivos é basane subjeciva, assim como as escalas de valores dos envolvidos nas avaliações, por exemplo, gesores ou clienes, podem diferir de DMU para DMU (Dyson, e al., 21). Uma vez que a DEA é uma écnica deerminisa, odos os desvios da froneira são considerados como ineficiências e, consequenemene, a froneira esimada pelo DEA é suscepível a erros de medição ou ouro ruído nos dados (Odeck, 27). 3.3 Orienação inpu e oupu Uma DMU ineficiene pode ornar-se mais eficiene aravés da projecção sobre a froneira. Em suma, exisem duas formas básicas de uma DMU ineficiene se ornar eficiene. No que concerne à orienação a inpus a eficiência pode ser melhorada aravés da redução proporcional dos inpus manendo os oupus consanes, enquano uma orienação a oupus requer o aumeno proporcional dos oupus sem diminuir os inpus (W. Cooper, e al., 211a). O ipo de orienação a implemenar erá reflexos nas folgas. Quando é aplicada uma orienação a oupus, as folgas não nulas apresenadas pelas DMUs ineficienes serão essencialmene de oupu, embora possam exisir folgas não nulas de inpu. No caso da orienação a inpus o raciocínio é análogo (Sherman & Zhu, 26). Assim, uma orienação a inpus favorece as organizações que uilizam os recursos mínimos para produzir um deerminado oupu, e uma orienação a oupus favorece quem produz o máximo de oupu para um deerminado inpu (Pidd, 212). A Figura 3.2 represena uma possível froneira de eficiência definida por F, e uma DMU ineficiene A para o caso de um inpu (x) e um oupu (y). Figura 3.2 Froneira de eficiência (Adapado de (Coelli, e al., 1998)). Nese caso, C e B são unidades eficienes, pois esão sobre a froneira de eficiência. A DMU ineficiene A necessia de se deslocar aé ao pono C para se ornar eficiene, reduzindo o inpu. 28

53 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis No enano, se for uilizada uma orienação para o oupu, a DMU A deverá deslocar-se aé ao pono B (Kao, e al., 1995). Assim, a eficiência segundo a orienação a inpus, é definida pelo quociene. Por ouro lado a eficiência na perspeciva de orienação a oupus é dada por. Noe-se, que o valor obido em ambos os casos esá enre e 1. A orienação deve ser escolhida endo em cona a quanidade (inpus ou oupus) sobre a qual a empresa apresena um maior conrolo (Coelli, e al., 1998). 3.4 Modelos DEA radicionais Exisem vários ipos de modelos DEA que podem ser uilizados, dependendo das condições do problema. De seguida, são apresenados os modelos originais da DEA e mais frequenemene uilizados na lieraura: CCR e BCC. Os modelos CCR e BCC apresenados êm orienação para o oupu, uma vez que é esa abordagem que vai ser uilizada nese rabalho Modelo CCR Charnes, Cooper e Rhodes apresenam pela primeira vez a écnica DEA, em 1978, inroduzindo o modelo denominado CCR, em referência ao nome dos auores (Ozcan, 28). Assim, a principal caracerísica do modelo é considerar rendimenos consanes à escala, ou seja, assume-se que alerações no valor dos inpus conduzem a alerações proporcionais no valor dos oupus. Na lieraura inernacional ese modelo é igualmene conhecido como CRS Consan reurns o Scale 5 (Pidd, 212). Assume-se que se preende avaliar a eficiência de n DMUs, que consomem quanidades variáveis de m inpus diferenes produzindo s oupus diferenes. Assim, a DMU j (j=1 2 n) consome a quanidade do inpu i i = 1 m e produz a quanidade do oupu r (r = 1 s). Assume-se à parida que os valores de e são posiivos, e que cada DMU em pelo menos um valor posiivo de inpu e um valor posiivo de oupu (W. Cooper, e al., 211a). Seguindo uma orienação para o oupu a eficiência da DMU a ser avaliada, DMU, é obida aravés da minimização do rácio da soma ponderada dos inpus e a soma ponderada dos oupus, endo como condição o faco de nenhum rácio das n DMUs ser inferior a 1. 5 Nese rabalho é aplicada a erminologia CCR, quando é abordado o modelo em geral. O ermo CRS é uilizado quando se preende abordar especificamene o ipo de escala associado. 29

54 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis Maemaicamene, esa condição pode ser represenada da seguine forma (W. Cooper, e al., 211a): Min Sujeio a : m i1 s r1 u r u i i r m i1 s r1 x y i r u ; x i r y i r 1; (3.2) Os valores de e são igualmene posiivos e correspondem aos pesos aribuídos aos inpus e oupus, respecivamene. Os pesos são calculados aravés da resolução do problema eviando, assim, possíveis criérios de escolha subjecivos. Os resulados obidos correspondem ao conjuno de pesos que permiem à DMU ober a avaliação mais favorável em relação às resanes. As resrições garanem que os pesos uilizados conduzem a valores de eficiência maiores ou iguais a 1 para odas as unidades da amosra (Charnes, e al., 1978). Para que possa ser resolvida pelas écnicas de programação linear o modelo (3.2) deve ser converido para um modelo linear equivalene. Assim, o modelo (3.3) conhecido como modelo primal ou muliplier model. apresena a seguine formulação (W. Cooper, e al., 211a): min q Sujeio a : m i1 s r1 r x i y r i ij r m i1, x s r1 i 1 i y r r, i rj (3.3) Segundo a eoria básica de programação linear, qualquer problema de programação linear possui um ouro programa linear relacionado, apelidado de modelo dual. O modelo dual desempenha um papel muio imporane na DEA pois orna a compuação de bases de dados de grandes dimensões mais eficiene. Noe-se que o número de resrições do modelo dual depende do número de inpus e oupus, logo, envolve um menor número de 3

55 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis resrições que o modelo primal onde o número de resrições depende do número de DMUs. Enquano no modelo primal é possível ober os pesos ópimos dos inpus e oupus, o modelo dual aribui pesos às DMUs (Ramanahan, 23). O modelo dual, ambém conhecido por envelopmen model, em a seguine formulação (W. Cooper, e al., 211a): max Sujeio a : n j1 n j1 j x s ij rj j j m s si i1 r1 i y s r x i y r s r (3.4) No modelo (3.4), e represenam as folgas de inpu e oupu, respecivamene. De noar que o sinal - na folga de inpu significa redução, ou seja, quando exise sobreuilização de inpu, a folga é a quanidade que ainda é possível ser reduzida para que uma DMU ineficiene se orne eficiene. Da mesma forma o sinal + na folga de oupu indica um aumeno, evidenciando que exise subprodução do oupu, logo, é possível aumenar a quanidade de oupu para que a DMU ainja a froneira (W. Cooper, e al., 211a). As folgas represenam as ineficiências que não conseguiram ser suprimidas aravés dos acréscimos (reduções) proporcionais de oupus (inpus) 6. Porano, se uma DMU não consegue aingir a froneira de eficiência, de forma a alcançar a sua mea, são necessárias folgas que permiam direccionar a DMU para a froneira 7. O na função objecivo, é definido como um número infiniamene pequeno e posiivo para eviar a aribuição do valor zero a qualquer inpu ou oupu. A presença de permie uma maximização sobre o score de eficiência (ϕ) de forma a anecipar a opimização das folgas e (Ozcan, 28). O modelo (3.4) pode ser resolvido em duas fases. Numa primeira fase obêm-se os scores ópimos de eficiência (ϕ*) ignorando as folgas. A segunda fase implica a resolução de um 6 Alerações radiais porque permiem opimizar odos os inpus ou oupus de uma DMU numa cera proporção. 7 As folgas represenam alerações não radiais uma vez que permiem reduções não proporcionais em inpus ou aumenos em oupus. 31

56 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis segundo modelo de DEA cujo objecivo é a maximização das folgas fixando ϕ*, como apresenado em (3.5) (Sherman & Zhu, 26): max i Sujeio n j1 n j1 j m s si 1 r1 a : x s ij rj j j i y s r x s r i * y r (3.5) O cálculo dos valores de λ * j para cada DMU permiem idenificar as DMUs que servem de benchmark na avaliação dessa unidade. Caso o valor de λ * j seja igual a zero, a unidade correspondene a esa variável não será um benchmark para a DMU em análise. Conudo, se o valor de λ * j for diferene de zero, a unidade correspondene a esse λ * j será um benchmark para a DMU em análise, sendo ão mais imporane para a DMU quano maior o valor correspondene de λ * j obido (W. W. Cooper, e al., 27). Os coeficienes do conjuno de referência (λ j* ) permiem definir uma hipoéica DMU eficiene. Aravés do conjuno de referência é possível saber de que forma os inpus podem ser reduzidos e, os oupus aumenados, para ornar a DMU em análise eficiene (Zhu, 28). O desempenho da DMU é considerada eficiene se, e só se, ϕ* = 1, e odas as folgas forem nulas, iso é, = = 8 Se ϕ* for superior a 1, a DMU em causa é ineficiene. Nese caso é possível melhorar o desempenho da DMU aravés do aumeno proporcional de odos os oupus, manendo o nível de inpus, sendo o aumeno proporcional máxima permiido igual a (ϕ* - 1). Por ouro lado, no caso de se verificar a condição ϕ* = 1, mas alguma das folgas for diferene de zero, enão a DMU apresena uma eficiência fraca 9, pois haverá défice de oupus e/ou excesso de inpus, uma vez que o aumeno proporcional não é suficiene para ornar a DMU eficiene (Sherman & Zhu, 26). Resumindo, os valores de ϕ*,, permiem idenificar as fones de ineficiência, e definir meas quaniaivas para cada DMU. No cálculo das meas para os inpus, o valor da folga é subraido ao valor de inpu inicial. Por ouro lado as meas para oupus, são calculadas aravés do aumeno proporcional nas variáveis de oupu, somando-se a esa quanidade o valor da respeciva folga. Assim, no modelo CCR orienado a oupus, as 8 Também conhecida como eficiência Pareo-Koopmans ou eficiência fore (W. W. Cooper, e al., 27). 9 Também conhecida como eficiência de Farrel 32

57 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis meas de eficiência para inpus e oupus podem ser calculados da seguine forma (Ozcan, 28): Inpus : Oupus : x i x i s * i j1 * * yr yr sr n x ij n * j j1 y rj * j (3.6) Noe-se que ( eficiência. ) correspondem às coordenadas da DMU quando projecada na froneira de Impora salienar que a DEA é essencialmene uma ferramena de diagnósico, porano as esraégias de melhoria devem ser esudadas e implemenadas pelos gesores com base nas boas práicas dos benchmarks de cada DMU. Não exisem, porano, esraégias de reengenharia pré-definidas que permiam a uma DMU ineficiene ornar-se eficiene Modelo BCC Banker, Charnes, & Cooper (1984), sugeriram uma exensão ao modelo CCR para siuações em que exisem rendimenos variáveis à escala. O modelo BCC apresenado é apropriado quando uma mudança nos inpus das DMUs, não leva a uma variação proporcional dos oupus, por isso ese modelo é ambém conhecido como VRS Variable Reurns o Scale 1 (Pidd, 212). Noe-se que as orienações a inpus e oupus fornecem iguais valores de eficiência écnica quando exisem rendimenos consanes à escala, mas diferem quando exisem rendimenos variáveis à escala (Färe & Knox Lovell, 1978). Na lieraura clássica de economia, os rendimenos à escala foram abordados apenas para siuações de um único oupu. Banker e al. (1984) e Banker & Thrall (1992), alargaram o conceio de rendimenos à escala a casos de múliplos oupus aravés da DEA. 1 Nese rabalho é aplicada a erminologia BCC, quando é abordado o modelo em geral. O ermo VRS é uilizado quando se preende abordar especificamene o ipo de escala associado. 33

58 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis 34 A forma primal do modelo BCC apresena a seguine formulação (Banker, Cooper, Seiford, & Zhu, 211): (3.7) A diferença para a forma primal do modelo CCR raduz-se, unicamene, na adição da variável. Maemaicamene, o modelo BCC na forma dual, ou envelopmen form, difere do modelo CCR pela inrodução da condição de convexidade, ou seja, = 1. Assim, apenas combinações convexas do conjuno de unidades são permiidas para criar a froneira de eficiência. Ao invés do modelo CCR em que uma deerminada DMU é comparada com odas as DMUs da amosra, no modelo BCC a DMU é apenas comparada com DMUs de dimensão semelhane, como al o score de eficiência no modelo BCC é maior que no modelo CCR, pois a DMU é comparada com um número limiado de combinações. O modelo é represenado da seguine forma (Banker, e al., 211): (3.8) O modelo BCC apresenado em (3.8) é igualmene calculado em duas fases. Primeiro, é calculado o valor de ignorando as folgas e, poseriormene, as folgas são opimizadas fixando. A formulação maemáica para a maximização das folgas no modelo BCC é semelhança ao modelo CCR apresenada em (3.5), à excepção da adição da resrição = 1. livre x y x Sujeio a x q i r m i i i m i s r rj r ij i m i i i ;, 1 : min.,,,, 1 : max r j i s s y s y x s x a Sujeio s s r i j n j j n j r r j rj n j i i j ij m i s r r i

59 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis Se uma DMU for ineficiene no modelo BCC, é possível uilizar os scores ópimos de (3.8) para projecar a DMU na froneira de eficiência. Assim, as meas de eficiência para inpus e oupus podem ser calculados de forma idênica ao modelo CCR aravés da expressão (3.6). Idenificação de rendimenos à escala Os rendimenos à escala analisam as mudanças de produção subsequenes a uma mudança proporcional em odos os inpus. Seiford & Zhu (1999b) demonsraram a exisência de pelo menos rês méodos equivalenes para esar a naureza dos rendimenos à escala de uma DMU. Uma vez que nese rabalho apenas se preende dar a conhecer os rês méodos exisenes e uma breve noção dos ipos de rendimenos à escala, apenas será especificado um deles 11. Segundo Banker e al. (1984) com base no modelo primal BCC apresenado em (3.7) é possível verificar qual o ipo de rendimenos à escala aravés do sinal do score ópimo de, ou seja, Quando assume valores negaivos para odas as soluções ópimas, esá-se perane uma siuação de rendimenos crescenes à escala (IRS), iso é, um aumeno proporcional em odos os inpus conduz a um aumeno mais do que proporcional dos oupus. Por ouro lado, se for posiivo em odas as soluções ópimas prevalecem os rendimenos decrescenes à escala (DRS), ou seja, um aumeno proporcional dos inpus resula num aumeno dos oupus, mas em proporção inferior ao acréscimo de inpus. No caso de apresenar valor nulo em qualquer solução ópima, esá-se perane uma siuação de rendimenos consanes à escala (CRS). Noese que apenas as DMUs eficienes, que definem a froneira de eficiência podem ser caracerizadas quano aos rendimenos à escala (Banker, e al., 211). Conudo, como já exposo aneriormene, se uma DMU for ineficiene segundo o modelo BCC, esa pode ser projecada para a froneira de eficiência aravés de (3.6). Banker (1984) demonsrou que é igualmene possível verificar os rendimenos à escala com base no valor de do modelo dual CCR represenado em (3.4). Eses dois méodos podem falhar quando os modelos DEA apresenam múliplas soluções ópimas. O erceiro méodo é baseado no índice de eficiência de escala. Ese méodo não requer informação acerca de ou,no enano, requer o cálculo de rês modelos DEA (Zhu, 28). Em suma, eses rês méodos são equivalenes, mas êm diferenes apresenações. Uma empresa pode apresenar rendimenos variáveis à escala por diversas razões. Segundo Coelli e al. (1998), uma pequena empresa pode apresenar rendimenos à escala crescenes ao 11 Para uma análise mais aprofundada dos méodos de idenificação de rendimenos à escala consular Seiford & Zhu (1999a) e Banker & Thrall (1992). 35

60 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis ober ganhos consideráveis com a conraação de funcionários especializados em arefas específicas. O mesmo auor refere que quando uma empresa aumena consideravelmene e, a sua gesão não é capaz de exercer um conrole rigoroso sobre odos os aspecos do processo de produção, pode esar-se perane uma siuação de rendimenos à escala decrescenes. O modelo dual BCC pode ser orienado a inpus ou oupus, porano, as meas de eficiência a aingir para uma DMU ineficiene podem diferir, assim como as classificações quanos aos rendimenos à escala (Zhu, 28). Figura Tipos de rendimenos à escala e meas de eficiência no modelo BCC (Zhu, 28). Na Figura 3.3 esão represenadas cinco DMUs, A, B, C, D e H. A reca OBC represena a froneira CRS. A froneira BCC é consiuída por AB, BC e CD e apresenam IRS, CRS e DRS, respecivamene. Os ponos B e C êm CRS. No segmeno de linha AB, prevalece IRS à esquerda do pono B. No segmeno de linha CD prevalece DRS à direia do pono C. Como se pode observar a DMU H não esá sob qualquer uma das froneiras, sendo, por isso, considerada ineficiene. Se o modelo dual BCC for resolvido segundo uma orienação a inpus, enão a correspondene mea de eficiência é o pono H (uma combinação convexa enre A e B), sendo a DMU H classificada como IRS. Caso se avalie o modelo segundo uma orienação a oupus, o pono H será a mea de eficiência, e a DMU H é classificada como DRS no que diz respeio ao ipo de rendimenos à escala (Zhu, 28). Esa siuação deve-se ao faco de a orienação para o inpu e a orienação para o oupu apresenarem diferenes projecções na froneira de eficiência, e é na froneira que os rendimenos à escala são deerminados. 36

61 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis Eficiência de escala e eficiência écnica pura De acordo com Banker & Thrall (1992), o modelo BCC permie decompor a eficiência écnica (Technical Efficiency) TE, obida aravés do modelo CCR em eficiência de escala (Scale Efficiency) - SE e eficiência écnica pura (Pure Technical Efficiency) - PTE. O score CCR é denominado de TE, e o score obido aravés do modelo BCC mede a PTE. Se para uma deerminada DMU o valor dos scores de eficiência écnica diferirem no modelo CCR e BCC, enão a DMU apresena ineficiência de escala. A eficiência de escala avalia a capacidade de uma unidade esar a produzir em CRS. Caso os scores dos dois modelos sejam iguais, a DMU esá a operar sob CRS, ou seja, na escala de produção mais eficiene. Essa ineficiência de escala pode ser calculada aravés da diferença enre os scores de eficiência écnica BCC e CCR. De noar que a eficiência BCC de uma DMU é sempre maior ou igual à eficiência regisado no modelo CCR (Coelli, e al., 1998). A SE é definida pelo rácio enre a TE e a PTE: SE TE PTE * CCR * BCC (3.9) A SE é sempre menor que 1. A expressão (3.9) é equivalene a TE = SE PTE. Esa decomposição descreve as fones de ineficiência, que podem ser causadas por uma operação ineficiene da própria DMU (PTE), por condições desvanajosas sob as quais a DMU esá a operar (SE), ou por ambos (W. W. Cooper, e al., 27). 3.5 Avaliação de desempenho ao longo do empo Muias vezes é imporane fazer uma análise comparaiva da eficiência enre as DMUs ao longo do empo, de forma a idenificar possíveis progressos ou recuos na eficiência, e as razões de possíveis alerações. A écnica DEA inclui alguns méodos que permiem avaliar o desempenho ao longo do empo, como o Windows analysis e o índice de produividade de Malmquis (Ramanahan, 23) Windows Analysis O méodo Windows Analysis de DEA foi inroduzido por Charnes, Clark, Cooper, & Golany (1985). Ese méodo consise na aplicação de médias móveis sendo a DMU em cada período raada como se fosse uma DMU diferene. 37

62 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis O méodo define uma janela window como o conjuno de k períodos para cada DMU, endo cada período um conjuno de observações relaivas à DMU em análise. Assim, supondo que exisem n DMUs, o oal de unidades a considerar é k n DMUs, sendo obidos k valores diferenes para cada DMU, ou seja, um por cada período. O processo prossegue com a definição de uma nova janela obida a parir da primeira janela, aravés da eliminação das observações do primeiro período e da adição das observações do período seguine. O procedimeno é análogo para as resanes DMUs e a finalização do processo ocorre quando não é possível criar mais janelas Assim, o desempenho de uma DMU é comparado com o seu desempenho nos ouros períodos, para além da sua comparação com o desempenho de ouras DMUs no mesmo período, permiindo uma análise da evolução da eficiência ao longo do empo (Cook & Seiford, 29). Cooper, Seiford, & Tone (27), evidenciam algumas desvanagens do méodo Windows Analysis como, por exemplo, o faco de o méodo não dar aenção a siuações em que exisem folgas diferenes de zero. Oura lacuna consise no faco de, ano o período inicial como final das DMUs, não serem esados com a mesma frequência dos resanes períodos. Por ouro lado, a escolha do número de períodos de cada janela pode ser problemáica, o que pode influenciar os resulados obidos. As implicações eóricas de represenar cada DMU como se fosse uma DMU diferene para cada período na janela ainda necessiam de esudos mais aprofundados, o que afeca a credibilidade da aplicabilidade do méodo. Ao conrário dos modelos CCR e BCC, o Windows Analysis não apresena nenhuma formulação própria e os resulados são apresenados sob uma abela caracerísica que permie faciliar a análise dos valores Índice de Malmquis Enre as abordagens com o objecivo de quanificar a evolução da produividade ao longo de um período de empo, a mais uilizada no conexo DEA é o índice de Malmquis (Malmquis Index) - MI. Malmquis (1953) inroduziu o conceio de função disância para análises económicas, endo proposo a consrução de índices como rácios de funções disância. Inspirados por Malmquis (1953), Caves, Chrisensen, & Diewer (1982) inroduziram o MI que represena a Produividade Toal de Facores (Toal Facor Produciviy) - TFP de uma DMU enre diferenes períodos. Noe-se que esa abordagem de analisar as variações de desempenho ao longo do empo já exisia muio anes de a DEA er sido proposa. 12 Consular Cooper e al. (211a) e Charnes e al. (1985) 38

63 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis Além de permiir avaliar possíveis mudanças no padrão da produividade das empresas, esa abordagem permie reirar conclusões acerca da eficiência das políicas de gesão adopadas e, ambém, idenificar alerações nas esraégias das empresas aravés das variações na froneira de eficiência. Adicionalmene, a decomposição do MI em vários componenes permie percepcionar a origem das mudanças de produividade. (Liu & Wang, 28). Fare, Grosskopf, & Lovell (1994), desenvolveram o MI baseado na écnica DEA de forma a medir as variações da produividade ao longo do empo. Uma vez que o MI é esimado com uma meodologia não-paramérica (DEA), não é necessário impor qualquer forma funcional sobre os dados. Sendo a produividade uma das principais fones de eficiência organizacional susenável, impora compreender quais os facores que afecam essa mesma produividade. A parir da combinação enre os inpus e os oupus de uma DMU nos períodos e +1, é possível deerminar se a variação no desempenho dessa DMU se deve à mudança da eficiência écnica (Technical Efficiency Change) - TEC de cada DMU e/ou à mudança de ecnologia (Technological Change) TC. Comparaivamene a ouros índices, o MI apresena algumas caracerísicas e propriedades relevanes. O MI pode ser úil em siuações específicas em que os objecivos dos gesores diferem, são desconhecidos ou são de difícil concreização, uma vez que não requer qualquer pressuposo no que diz respeio à minimização de cusos ou maximização de lucro (Mohanmmadi & Ranaei, 211). Por ouro lado, um pressuposo associado à aplicação do MI é a exisência de um mercado compeiivo, que esimule as empresas a aplicar esraégias eficienes (Coelli, e al., 1998). O cálculo do MI requer medidas de dois períodos de empo diferenes e de dois períodos agrupados. As medidas dos dois períodos de empo diferenes podem ser obidas aravés do modelo DEA CCR, abordado na secção Assim, para o período é necessário resolver o modelo DEA CCR que mede a eficiência no período e cuja formulação é (Cook & Seiford, 29): D x, y x y, j 1,..., n Sujeio a : n j1 n j1 j j j ij rj min x y i r (3.1) 39

64 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis 4 De forma semelhane, uilizando +1 em vez de para o modelo acima, deermina-se o valor da eficiência écnica para a DMU no período +1, iso é,. A primeira medida do período agrupado, definido como, para cada DMU, é calculado aravés do seguine problema de programação linear: (3.11) Ese modelo compara com a froneira no período. Assim, a oura medida do período agrupado pode ser obida por, comparando com a froneira no período +1. Färe, Grosskopf, Norris, & Zhang (1994), definiram o MI orienado pelos oupus de acordo com a expressão: (3.12) A expressão (3.12) mede a variação de produividade enre o período e +1, e é resulado da média geomérica dos dois índices de Malmquis apresenados por Caves e al. (1982). A produividade sofre um decréscimo se M < 1, permanece inalerável se M =1 e aumena se M > 1. Färe, Grosskopf, Lindgren, & Roos (1992), fizeram a decomposição do MI em dois componenes, um que permie medir a TEC de cada DMU e ouro que permie medir a TC. (3.13) TC TEC y x y x M,,, 1 1 n j y y x x a Sujeio y x D j r n j rj j i n j ij j 1,...,, : min, / ,,.,,,,, y x D y x D y x D y x D y x y x M 2 1/ ,,.,,,,,,, y x D y x D y x D y x D y x D y x D y x y x M

65 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis O primeiro ermo de (3.13) (expressão fora do parêneses reco) mede a TEC, sendo igual ao rácio da eficiência da DMU quando avaliada em dois períodos de empo diferenes. A TEC avalia em que medida o desempenho da DMU se aproxima dos melhores valores observados em cada período, ou seja, quão mais próximo a DMU se enconra da froneira no período +1 comparaivamene ao período. No fundo a TEC reflece a mudança na axa de eficiência de uma DMU, permiindo aferir se ocorreu um aumeno na eficiência enre e +1. Se TEC > 1 a eficiência da DMU em +1 é melhor do que em, uma vez que a produção da DMU em análise em +1 esá mais próxima da froneira do que em. Pelo mesmo raciocínio, se TEC < 1 exise um decréscimo no nível de eficiência, uma vez que a DMU no período +1 esá mais longe da froneira +1 do que esava no período em relação à froneira. Se TEC = 1, significa que a DMU no período +1 esá ão próxima da froneira +1 como no período em relação à froneira, iso é, a eficiência permanece igual (Liu & Wang, 28). O segundo ermo (expressão denro do parêneses reco) mede a TC, iso é, a disância enre as froneiras CRS relaivas aos períodos e +1. Färe e al. (1992), referem que um valor de TC > 1 indica uma aleração posiiva na froneira ecnológica ou progresso ecnológico, um valor de TC < 1 indica uma aleração negaiva ou regressão ecnológica, enquano se TC for igual a 1, não exise qualquer aleração da froneira ecnológica. A TC é considerada uma evidência de inovação. Exisem, porano, dois efeios disinos que podem conribuir para a melhoria da produividade: a melhoria da eficiência écnica e/ou a melhoria da ecnologia. Os índices de TEC e TC são obidos sob o pressuposo de que as DMUs operam segundo CRS, ou seja, assumindo que operam numa escala ópima. Segundo Grifell-Tajé & Lovell (1995), o MI deve ser calculado numa primeira fase com base no pressuposo de CRS, pois caso seja avaliado segundo VRS a medida de produividade obida é imprecisa. Segundo Coelli e al. (1998) a mudança de produividade, ou seja, o MI, pode ser calculado com funções de disância CRS, mesmo se a ecnologia de produção apresenar VRS. Assim, para lidar com casos mais realisas com VRS, Färe e al. (1994) propuseram a decomposição da TEC em mudanças de eficiência écnica pura (Pure Technical Efficiency Change) PTEC e mudanças de escala (Scale Efficiency Change) SEC. A PTEC é definida por (Grosskopf, 23): D PTEC D 1 VRS VRS x 1 x, y, y 1 (3.14) 41

66 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis A SEC apresena a seguine formulação: D SEC D 1 CRS 1 VRS x x 1 1, y, y 1 1 D D CRS VRS x, y x, y (3.15) As disâncias do numerador e denominador da PTEC são medidas admiindo a exisência de VRS. A SEC inegra as mudanças enre os resulados obidos supondo-se CRS e VRS. No caso de se assumir VRS, o MI seria consiuído por rês componenes, como represenado na expressão (3.16). M 1 1 x, y, x, y TC PTEC SEC (3.16) Enquano a TEC se refere às mudanças de eficiência écnica calculadas sob CRS, a PTEC corresponde às mudanças de eficiência écnica endo com consideração VRS, e represena as mudanças de eficiência resulanes de melhorias nas operações e acividades de gesão. Esa decomposição permie comemplar siuações em que uma DMU pode ser ecnicamene eficiene, uma vez que o volume de produção uiliza a menor quanidade de recursos, no enano, não opera na escala ópima de produção. A inerpreação da PTEC é em udo semelhane à mencionada aneriormene para a TEC, com a excepção de considerar a froneira VRS, ao invés da froneira CRS. Já a SEC mosra se os movimenos denro da froneira esão na direcção cera para aingir o pono de CRS, onde mudanças nos oupus resulam em alerações proporcionais nos inpus (Grosskopf, 23). 3.6 Exensões aos modelos clássicos DEA Na lieraura da DEA enconram-se múliplas variações aos modelos radicionais, diferindo na forma como a froneira de eficiência é deerminada e de como é medida a disância da froneira das DMUs ineficienes (Wagner & Shimshak, 27). O objecivo dese capíulo é dar a conhecer alguns modelos e méodos que foram desenvolvidos para lidar com problemas nas formulações da DEA, como dados inconsisenes ou incompleos. Dada a complexidade na formulação maemáica de grande pare dos modelos, eses não serão abordados de forma aprofundada, uma vez que esse não é o objecivo do presene rabalho. Como foi referido aneriormene, o número de DMUs, inpus e oupus, influenciam a consisência de resulados na aplicação da DEA. Quando o número de DMUs é reduzido ou o número de inpus e oupus é elevado em relação ao número de DMUs, o poder discriminaório da DEA é 42

67 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis afecado, fazendo com que exisam várias DMUs empaadas com nível de eficiência igual a um. Um dos problemas relacionados com os modelos radicionais da DEA, como o CCR e o BCC, é a sua incapacidade de diferenciar as DMUs eficienes (Dyson, e al., 21). Exisem alguns méodos que permiem superar ese problema e aumenar o poder discriminaório da DEA, ordenando as unidades eficienes por nível de desempenho, como é o caso do méodo Super-Efficiency e do méodo Cross-Efficiency (Adler, Friedman, & Sinuany-Sern, 22). Os modelos que permiem lidar com variáveis não conroláveis e variáveis caegóricas, são igualmene abordados. Méodo Super-Efficiency A meodologia super-efficiency desenvolvida por Andersen & Peersen (1993), em como objecivo discriminar as unidades consideradas eficienes aravés de um ranking com base no modelo CCR. A diferença enre o modelo super-efficiency e os modelos DEA radicionais é o faco de a DMU sob avaliação ser excluída do conjuno de referência, ou seja, o modelo superefficiency baseia-se numa ecnologia de referência consruída a parir de odas as ouras DMUs. A represenação maemáica dese méodo pode ser enconrada no Anexo A. Assim, a meodologia permie que uma unidade k alamene eficiene alcance níveis de eficiência superiores a um, desempaando as unidades eficienes e manendo inalerados os scores das DMUs ineficienes (Adler, e al., 22). Thrall (1996) aponou que esa exclusão da DMU sob avaliação pode ornar os resulados inviáveis e insáveis quando alguns inpus apresenam valores próximos de zero. Para conornar esa siuação Saai, Zarafa, Memariani, & Jahanshahloo (21) propuseram um modelo de orienação a inpu-oupu ornando o problema de programação linear sempre viável. Mais recenemene Li, Jahanshahloo, & Khodabakhshi (27), desenvolveram um modelo de super efficiency com o nome de LJK, que permie superar as falhas dos modelos aneriores. O modelo proposo pelos auores, produz um ranking das unidades eficienes direcamene sem a necessidade de aplicar o modelo CCR. Uma vasa revisão acerca dos vários ipos de modelos super-efficiency pode ser enconrada em Zhu (28). Méodo Cross-efficiency Nos modelos DEA os pesos são calculados para uma deerminada DMU, fornecendo uma auoavaliação que impossibilia a formulação de um ranking. O méodo cross-efficiency, inroduzido por Sexon, Silkman, & Hogan (1986), é uma exensão da DEA que avalia o desempenho de uma DMU comparando-a com os pesos ópimos de inpu e oupu das resanes DMUs em vez de focar a avaliação apenas nos seus próprios pesos. Assim, 43

68 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis cada DMU além de deerminar os pesos para o cálculo da sua eficiência uiliza, ambém, esses pesos para deerminar os scores de eficiência das ouras DMUs. Ese méodo permie idenificar os melhores desempenhos globais e ober um ranking das DMUs, eliminando evenuais empaes enre DMUs consideradas eficienes (Sexon, e al., 1986). Os resulados de odos os scores cross efficiency calculados aravés de n problemas de programação linear correspondenes a n DMUs sob avaliação, podem ser sineizados numa mariz cross efficiency com j linhas e k colunas, onde cada uma é igual ao número de DMUs da amosra. Essa mariz pode ser represenada por: h kj s r m urk yrj 1 k, j 1,..., n. x i1 ik ij (3.17) Onde represena o score de eficiência da DMU j enquano a DMU k esá a ser avaliada, ou seja, a DMU j é avaliada pelos pesos da DMU k. Noe-se que, 1, iso é, odos os elemenos da mariz esão enre zero e um. Por ouro lado, os elemenos na diagonal,, represenam os scores de eficiência padrão, = 1 para unidades eficienes e 1 para unidades ineficienes (Adler, e al., 22). Para fazer o ranking das DMUs aravés do méodo cross efficiency no conexo DEA, deve ser calculada a média do score cross efficiency uilizando os resulados da mariz h kj como indica a expressão (3.18): h k n k n h kj (3.18) Enquano os scores não são comparáveis, uma vez que cada um usa pesos diferenes, o score médio,represenado em (3.18), é comparável porque usa o mesmo conjuno de pesos para odas as unidade, represenando, por isso, uma melhor avaliação da unidade. Desa forma os scores cross-efficiency proporcionam uma avaliação por pares, em vez de uma auo-avaliação e, consequenemene, podem ser usados para classificar as DMUs (Adler, e al., 22). A principal dificuldade com a avaliação aravés do méodo cross-efficiency supraciado é a possível exisência de múliplas soluções ópimas para os pesos dos inpus e oupus aquando da resolução de (3.3), o que pode levar a diferenes scores de cross-efficiency e, consequenemene, a diferenes classificações das unidades (Cooper, Ruiz, & Sirven, 211b). 44

69 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis Para corrigir esa siuação Doyle & Green (1994), inroduziram um objecivo secundário que consise na aplicação de um conjuno de méodos que permiem ober pesos robusos na consrução do méodo cross-efficiency denominados: agressivo e benevolene. O objecivo secundário da formulação agressiva será a minimização das cross-efficiencies das ouras DMUs, como apresenado no Anexo B. A formulação benevolene em como objecivo a maximização das cross-efficiencies das demais DMUs e a sua represenação maemáica difere da formulação agressiva apenas na definição da função objecivo (maximização) (Zerafa Angiz, Musafa, & Kamali, 212). Para mais informações acerca do desenvolvimeno e aplicação deses e ouros modelos relacionados, consular Doyle & Green (1994). Uma revisão aos méodos que permiem fazer rankings no conexo DEA pode ser consulada em Adler e al. (22). Inpus e oupus não conroláveis Os modelos DEA aé agora apresenados parem do pressuposo que odos os inpus e oupus esão sob conrolo da gesão da DMU. Conudo, na práica, exisem circunsâncias em que al não aconece, e esas variáveis esão para além do conrolo da gesão da unidade. Ramanahan (23) refere o caso de um agriculor que não pode alerar as caracerísicas do solo, como um exemplo de uma variável não conrolável. Cook & Seiford (29) consideram cusos fixos como, por exemplo, a renda, como inpus não conroláveis. Banker & Morey (1986a) foram pioneiros no desenvolvimeno de um modelo DEA que permiisse a inrodução de inpus não conroláveis, modificando as resrições de inpu de forma a não permiir a redução do valor fixo de inpus não conroláveis. Ese modelo considera apenas inpus não conroláveis. Para considerar oupus não conroláveis é necessário aplicar a versão orienada para o oupu que se enconra no Anexo C. Segundo os auores, os oupus podem dividir-se em oupus conroláveis (O D) e oupus não conroláveis (O N). No âmbio da DEA a forma dual apresena flexibilidade para lidar com variáveis não conroláveis. Cooper e al. (211a) referem que é frequene exisir dificuldades de inerpreação para os oupus que não são direcamene conroláveis. Esas siuações esão, por norma, associadas a oupus que são influenciados pelos inpus associados. Os auores dão o exemplo das vendas que são influenciadas pela publicidade numa grande empresa, mas que não são direcamene conroláveis pelos gerenes de cada filial. No enano, segundo Ramanahan (23), muios auores aplicam oura meodologia para lidar com variáveis não conroláveis, combinando a DEA e a análise de regressão. Nese méodo, os 45

70 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis scores de eficiência das DMUs são obidos ignorando as variáveis não conroláveis. Poseriormene, os scores de eficiência resulanes do modelo DEA sofrem uma análise de regressão usando as variáveis não conroláveis como variáveis independenes, reduzindo o efeio das variáveis não conroláveis sobre a avaliação de eficiência 13. Variáveis caegóricas As abordagens da DEA aneriores assumiam que odos os inpus e oupus perenciam à mesma caegoria, conudo, al siuação nem sempre se verifica. Banker & Morey (1986b) apresenaram o primeiro modelo que permie lidar com variáveis caegóricas (inpus ou oupus). As variáveis caegóricas podem ser conroláveis ou não conroláveis pelos decisores. Cooper, e al. (27) exemplificam uma siuação de variáveis caegóricas não conroláveis. Os auores referem que na avaliação de desempenho de uma filial de uma cadeia de supermercados, é necessário considerar o ambiene de vendas da loja, ou seja, se exise uma concorrência fore, se esa se enconra numa siuação comercial normal ou, se esá numa posição vanajosa. Noe-se que, a avaliação da eficiência considerando que odos os supermercados esão em pé de igualdade, pode ornar-se injusa e penalizadora para as lojas que esão numa siuação alamene compeiiva quando comparadas com DMUs que operam em ambienes mais favoráveis. Assim, para que a avaliação de cada DMU seja efecuada de forma jusa, devem ser criadas caegorias, e a DMU em análise deve ser comparada apenas com DMUs da mesma caegoria ou caegoria inferior (Cook & Seiford, 29). No caso do exemplo referido acima, podem idenificar-se rês caegorias para as DMUs: concorrência fore, siuação normal e siuação vanajosa. Para o caso de variáveis caegóricas conroláveis, uma DMU é comparada com DMUs da mesma caegoria ou de caegoria superior. Assim, a passagem para uma caegoria melhor esá ao alcance da DMU. Imagine-se uma siuação de avaliação do nível de serviço de uma loja que pode ser classificado qualiaivamene como pobre, médio ou bom. Uma loja na caegoria de serviço pobre em a opção de permanecer pobre ou dar um salo qualiaivo para a caegoria médio ou bom. Da mesma forma, uma loja na caegoria médio pode mover-se denro dese nível ou subir para o nível bom (W. W. Cooper, e al., 27). Esa exensão da DEA compara apenas as DMUs que possuem caracerísicas semelhanes. Porano, os scores de eficiência resulanes fornecem uma medição mais precisa do desempenho. 13 Um exemplo desa abordagem pode ser consulado em Ramanahan (23). 46

71 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis 3.7 Considerações na aplicação da écnica DEA A aplicação da análise DEA inclui rês eapas. A primeira fase consise em idenificar e deerminar as DMUs mais apropriadas. De seguida, devem ser seleccionados os inpus e oupus para medir a eficiência relaiva das DMUs. Por úlimo deve ser aplicado o modelo DEA para analisar os dados (Golany & Roll, 1989). Selecção das DMUS Devem ser escolhidas as DMUs para as quais a avaliação de eficiência conribui, efecivamene, para o objecivo do esudo. A DEA faz uma série de pressuposos de homogeneidade sobre as unidades em avaliação. Primeiro, assume-se que as unidades realizam acividades semelhanes e produzem produos ou serviços comparáveis, de modo a que um conjuno comum de inpus e oupus possa ser definido, diferindo apenas nas quanidades. (Charnes, e al., 1981). Um segundo pressuposo é de que odas as unidades êm à sua disponibilidade recursos semelhanes. Eses recursos podem abranger pessoal, maérias-primas ou equipamenos. Por norma, deve ser escolhido um conjuno de DMUs que operam em ambienes semelhanes, uma vez que o ambiene exerno em geral em impaco sobre o desempenho global das unidades (Dyson, e al., 21). Selecção de inpus e oupus A DEA não impõe qualquer regra específica no que diz respeio à relação enre os inpus e os oupus, conudo, a aplicação da DEA exige uma cuidadosa idenificação dos mesmos (C.-J. Chen, e al., 26). Os recursos uilizados por uma DMU devem ser considerados como inpus, enquano os benefícios mensuráveis produzidos por ais recursos consiuem os oupus. No enano, e, dependendo do objecivo em esudo, alguns facores podem ser visos como inpus ou oupus (Golany & Roll, 1989). Aquando da selecção dos facores, o grande objecivo deve ser incluir os inpus que afecam os oupus que são imporanes para a organização. O conjuno de facores a considerar deve ser reduzido ao máximo, conendo apenas os inpus mais relevanes e direcamene relacionados com os objecivos do esudo (Sherman & Zhu, 26). Os inpus devem ser escolhidos numa perspeciva de minimização de recursos, e os oupus de maximização de produção. Assim, se duas DMUs produzem a mesma quanidade de oupu com diferenes quanidades de inpu, deve ser considerara mais eficiene a DMU que consome menos recursos, iso é, inpus. Da mesma forma, enre duas DMUs que consumam a mesma quanidade 47

72 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis de inpu deve ser aribuída maior eficiência à DMU que produz uma maior quanidade de oupu. Nese senido Golany & Roll (1989) propõem rês eapas que permiem refinar a lisa inicial de facores: Processo de julgameno Nesa primeira eapa é crucial a opinião dos especialisas e dos omadores de decisão, uma vez que eses, melhor que ninguém, êm conhecimeno sobre as variáveis imporanes para a análise. Um problema enconrado nesa fase é a disinção que deve ser feia sobre as variáveis que deerminam a eficiência, e as variáveis que explicam as falhas de eficiência. Análises quaniaivas não-dea Numa primeira fase devem ser aribuídos valores às variáveis. Noe-se que a exisência de variáveis nulas pode ser problemáica como foi abordado na secção De salienar que, geralmene, o aumeno de um inpu deve conduzir a um acréscimo de oupu, e ambos os facores devem ser mensuráveis. Nesa eapa é sugerida a uilização de regressão para deerminar se um facor deve ser inpu ou oupu e eliminar possíveis redundâncias. Análises com base na DEA A erceira eapa, foi proposa inicialmene por Charnes e al.(1978), e consise em execuar eses de modelos DEA. Nesa fase são idenificadas as variáveis que não conribuem significaivamene para a eficiência, sendo, consequenemene, excluídas da análise. Para esar o poder discriminaório das diferenes variáveis, devem ser realizados eses com várias combinações de inpus e oupus. Aplicação do modelo DEA Concluída a selecção de inpus e oupus, é imporane verificar se exisem rendimenos à escala, uma vez que será necessário um modelo BCC se eses forem significaivos. Exisem inúmeros modelos inrínsecos à DEA. Como já foi referido aneriormene, os modelos radicionais, CCR e BCC, são os mais uilizados, conudo, exisem modelos mais específicos que se adapam às resrições dos dados exisenes. O modelo DEA mais apropriado depende dos objecivos e das especificidades dos dados de cada caso em análise. Assim, nem odos os modelos DEA são aplicáveis a odos os casos (Golany & Roll, 1989). Esa úlima fase compreende ambém a definição da orienação do modelo (inpu ou oupu). 48

73 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis 3.8 A DEA na análise de desempenho de EBT A DEA é uma meodologia basane uilizada pelas organizações de várias áreas para avaliar a sua eficiência global, ou de processos inernos. As EBT não são excepção e, nos úlimos anos, a aplicação desa écnica como forma de avaliação de EBT em crescido, principalmene no que diz respeio à selecção de projecos de I&D, avaliação de eficiência de processos de I&D ou facores que afecam os resulados de I&D. Verifica-se, porano, que em sido dado um maior desaque à avaliação de acividades denro das EBT, deixando de lado a avaliação da eficiência das EBT como um odo. Lu, Shen, Ting, & Wang (21), aplicaram a DEA para esudar o desempenho de indúsrias de ala ecnologia em I&D. Segundo os auores o principal facor de sucesso nas empresas de ala ecnologia esá no aumeno da eficiência e desempenho em acividades de I&D. Os inpus uilizados no seu esudo foram: acivos da empresa, despesas em I&D, número de funcionários e o número de invesigadores ligados direcamene a acividades de I&D. No que diz respeio aos oupus os auores consideraram: número de paenes, volume de exporação, reorno de invesimeno e o volume de vendas. Os resulados obidos no seu esudo permiem ajudar os gesores a omar decisões que ornem as acividades de I&D mais eficienes e inovadoras. C. T. Chen, e al (24), esudaram a aplicação da DEA na avaliação de desempenho em I&D de empresas no ramo dos compuadores e periféricos localizadas num PCT. Segundo os auores devido à criaividade e inovação envolvidas em acividades I&D, a avaliação do seu desempenho orna-se numa arefa difícil para os gesores, nomeadamene, no que diz respeio à idenificação das variáveis que mais conribuem para a eficiência. Porano, os gesores êm dificuldade em perceber quais as variáveis que devem melhorar para aumenar o desempenho de I&D das suas empresas. Nese esudo foram uilizados os modelos CCR e BCC com quaro inpus e dois oupus. Os inpus considerados foram: idade da empresa, capial, despesas em I&D e número de funcionários. No que diz respeio aos oupus foram uilizados o volume de vendas anual e o número de paenes. Os auores concluíram que os desempenhos variavam de forma significaiva enre as várias empresas, embora na sua grande maioria as empresas sejam ecnicamene eficienes. O esudo de Chen, Wu, & Lin (26), envolveu a avaliação de desempenho de seis indúsrias de ala ecnologia, localizadas num PCT. Para conduzir o seu esudo os auores uilizaram quaro inpus: número de colaboradores, fundo de maneio, invesimeno em I&D e a área ocupada. Os dois oupus considerados foram: vendas anuais e número de paenes. Além de esudarem a eficiência das seis indúsrias em cada ano de forma individual, aravés dos modelos CCR e BCC, os auores uilizaram o índice de Malmquis para analisar o seu crescimeno ao longo do empo. Os esudos relacionados com o desempenho em I&D de EBT adopam na sua grande maioria os mesmos inpus e oupus, variando consoane a disponibilidade de dados. Assim, os inpus e 49

74 Capíulo 3. Daa Envelopmen Analysis oupus uilizados nos esudos referidos nese capíulo são, na sua grande maioria ransversais, e permiem evidenciar a imporância das acividades de I&D nas EBT 14. Apesar dos seus inconvenienes, o número de paenes regisadas por uma empresa coninua a ser basane uilizado como forma de medir o nível de difusão da ecnologia. No enano, para muias empresas a inrodução de novos produos e serviços no mercado é o oupu mais apropriado de I&D (Weshead, 1997). Por exemplo, Chakrabai (199), uiliza como medida de oupu de I&D o número de paenes, mas ambém o lançameno de novos produos e serviços por pare das empresas. O auor refere que o crescimeno das empresas em algumas indúsrias esá relacionado com a concepção de novos produos, porém, as paenes não êm qualquer efeio sobre o crescimeno das vendas. A pesquisa efecuada permiiu aferir que os gesores de incubadoras de empresas e das próprias empresas incubadas ainda não adoparam a meodologia DEA como uma ferramena padrão de avaliação de eficiência e apoio à omada de decisão. Nese senido, a DEA pode ajudar os gesores de EBT a idenificar as suas fones de ineficiência, e as melhores formas de melhorar o seu desempenho com base nas boas práicas das unidades de referência. A DEA não fornece informações concreas sobre acções correcivas necessárias para melhorar o desempenho das empresas, focando-se na invesigação sobre as razões de uma DMU ser ineficiene. A DEA é, porano, uma ferramena poderosa para os gesores, auxiliando a idenificar deficiências nas suas organizações. Aos gesores cabe a arefa de avaliar a viabilidade da aplicação práica das meas proposas para os inpus e oupus (Sherman & Zhu, 26). Apesar dos inúmeros esudos que aplicam a DEA na avaliação da eficiência de acividades de I&D, a revisão bibliográfica efecuada no conexo dese rabalho revelou que a aplicação da écnica DEA à avaliação da eficiência de EBT em incubadoras numa dimensão mais macro é escassa, o que reforça a necessidade de desenvolvimeno desa área de invesigação. Subsise, porano, uma carência na aplicação da DEA nese conexo. 14 Em Weshead (1997) é possível enconrar uma revisão dos inpus e oupus em I&D de EBT localizadas em PCT. 5

75 Capíulo 4. Modelo proposo 4.1 Descrição dos modelos Inpus e oupus A decisão sobre quais os inpus e oupus a incluir no modelo deve ser baseada no conhecimeno de especialisas e, ao mesmo empo, aravés de análises esaísicas dos dados disponíveis. Numa fase inicial de definição dos inpus e oupus a aplicar no esudo, impora lisar odas as variáveis que podem influenciar a eficiência e o desempenho das DMUs a ser analisadas, nese caso EBT incubadas. Após a revisão de lieraura efecuada e a opinião de especialisas na área, chegou-se a uma lisa de possíveis inpus e oupus quaniaivos a incluir no esudo, apresenada na Tabela 4.1. Tabela Exemplos de possíveis inpus e oupus a uilizar na aplicação da DEA na avaliação da eficiência de EBT. Inpus Oupus Nº oal de funcionários % de colaboradores pós-graduados Cusos com salários ( ) Cusos com rendas ( ) Invesimeno em I&D ( ) Invesimeno em esforço comercial ( ) Idade da empresa Volume de vendas ( ) Volume de vendas proveniene do exerior ( ) Nº de clienes Nº de clienes no mercado exerno Porefólio de produos/serviços Margem de lucro ( ) Nº de paenes As variáveis seleccionadas podem influenciar foremene o desempenho de EBT. De seguida são abordadas as razões da sua escolha. Inpus O número oal de funcionários é uma medida largamene uilizada na lieraura para avaliar o desempenho de EBT. Os funcionários represenam o maior acivo das empresas, e sem eles seria impossível o seu crescimeno. Além disso, para as empresas operarem na vanguarda da ecnologia são necessários conhecimenos específicos, mais concreamene ao nível das ciências e engenharias. Esses conhecimenos são adquiridos aravés da formação e, porano, 51

76 Capíulo 4. Modelo Proposo orna-se imprescindível para as EBT empregar profissionais alamene qualificados para aingir os objecivos a que se propõem. Os cusos são uma imporane medida de inpus de qualquer empresa. Uma empresa que consiga expandir o seu nível de produção sem aumenar proporcionalmene os seus cusos, esá a aumenar a sua eficiência e por sua vez a ganhar erreno face à concorrência. Em conexo de incubação os cusos com salários e renda são ambém um indicaivo da dimensão da empresa, uma vez que eses endem a aumenar quano maior o número de funcionários e a área ocupado. Os invesimenos, que no fundo são cusos, permiem à empresa ober melhores resulados a médio/longo prazo. Alguns auores defendem o efeio a longo prazo dos invesimenos em I&D no desempenho de uma empresa aravés do número de paenes, produos ou processos inovadores. O esudo desenvolvido por Griliches (1979) vem confirmar os efeios posiivos do Invesimeno em I&D. O modelo proposo pelo auor saliena que o I&D esimula a inovação e, consequenemene, melhora o desempenho da empresa. Por ouro lado, os efeios do invesimeno em I&D não são imediaos uma vez que os projecos de I&D demoram mais de um ano a serem concluídos. Os invesimenos em esforço comercial são essenciais para a dar a conhecer a empresa, os seus produos e angariar um maior número de clienes. Um produo que não esá visível, não vende. Eses invesimenos incluem, por exemplo, os cusos em esudos de mercado, campanhas de lançameno de produos, publicidade ou a criação e regiso de marcas. Ouro facor que pode influenciar de cera forma o desempenho das EBT incubadas é a sua idade ou período de incubação. O secor das ecnologias esá em consane renovação pelo que as empresas mais maduras endem a regisar melhores resulados do que empresas mais recenes, que são mais sensíveis à incereza dese secor. Oupus O volume de vendas é um oupu fundamenal a ser avaliado uma vez que é um indicador relevane do crescimeno das empresas. Sendo Porugal um país de pequena dimensão acresce a imporância na inernacionalização das empresas dada a sauração do mercado poruguês. Muias empresas no ramo da ecnologia sobrevivem graças às suas exporações, uma vez que em Porugal não exisem clienes que consigam assegurar a sua susenabilidade. Porano, a inernacionalização já não é apenas uma quesão de risco, mas sim de sobrevivência. As receias provenienes do mercado exerior represenam muias vezes uma grande faia da receia oal das empresas e aquelas que não conseguem dar ese imporane passo na sua esraégia, vêem sérias limiações à sua progressão. 52

77 Capíulo 4. Modelo Proposo Ouro facor de crescimeno que impora medir esá relacionado com número de clienes. Apesar de a lieraura não dar grande desaque a ese facor como medida de oupu, o mesmo não deve ser ignorado. Impora não só a quanidade de clienes, mas cada vez mais a qualidade dos mesmos, iso é, se eses cumprem prazos de pagameno ou efecuam encomendas com regularidade. Uma empresa com uma boa careira de clienes erá uma maior probabilidade de sucesso e crescimeno. Uma vez que as EBT acuam num mercado onde os ciclos de vida dos produos são basane curos, a aposa na concepção de novos produos e serviços deve ser consane sob pena de se verem ulrapassados pela concorrência. Como al, o porefólio de produos que a empresa oferece aos seus clienes deve ser renovado, eliminando os produos obsoleos e que já não se encaixam nos padrões ecnológicos acuais. Ouro possível oupu a considerar no esudo é o lucro das empresas, iso é, a sua capacidade em regisar mais receias do que despesas. Numa EBT incubada que se enconra numa fase premaura da sua vida ese facor pode ser injuso, não se esperando que a sua margem de lucro seja paricularmene elevada. No enano será ineressane aferir se as empresas conseguem ober margens posiivas que susenem o seu crescimeno nos primeiros anos de vida. As paenes represenam um imporane índice do nível inovador das empresas, resulane dos invesimenos em I&D, e são basane enunciados na lieraura. Apesar de nem odas acividades em I&D e inovações resularem em paenes, esa coninua a ser uma das medidas mais direcas de oupu relacionado com a inovação, conudo, não reflece o valor de mercado ou a produividade de uma EBT. Variáveis a incluir no modelo final A qualidade dos resulados na análise DEA é exremamene afecada pelo número de variáveis do modelo. Uma vez a que inclusão de muias variáveis no esudo diminui o poder da DEA em disinguir DMUs eficienes de ineficienes, o próximo passo deve passar pela redução da lisa inicial com o inuio de agrupar apenas as variáveis mais relevanes. Desa forma, opou-se pela elaboração de um quesionário com pergunas associadas a algumas variáveis lisadas na Tabela 4.1. O quesionário permie levanar os dados necessários ao esudo e aferir quais as DMUs que efecivamene uilizam inpus e oupus comuns, diferindo apenas nas quanidades. 53

78 Capíulo 4. Modelo Proposo Modelos Nesa disseração sugere-se a uilização de dois modelos disinos: BCC dual e índice de Mamquis. Inicialmene foi uilizado nese esudo o modelo BCC dual orienado para oupu ou seja, o objecivo foi esudar aé quano se podem aumenar os oupus sem que o nível de inpus se alere. Apesar das empresas operarem na mesma incubadora, ou seja, no mesmo ambiene de negócios, as caracerísicas do ramo em que operam e a sua dimensão são diferenes, o que jusificou a uilização do modelo BCC, que apresena VRS. Por ouro lado, não é dado como garanido que aumenando para o dobro o invesimeno em I&D o volume de vendas aumene proporcionalmene como sugere o modelo CCR, pelo que a aplicação do modelo BCC, que não em essa imposição foi considerada a mais adequada. Uma vez que o modelo BCC considera a escala de operações, uma empresa não necessia de er a máxima relação enre inpus e oupus para ser considerada eficiene. Esa caracerísica permie que empresas de diferenes dimensões, como por exemplo, uma empresa que opera em escala nacional e inernacional e uma empresa que opera apenas a nível regional, sejam analisadas aravés do mesmo modelo. Assim, nese esudo foi aplicado o modelo BCC para compensar as diferenes dimensões das empresas consideradas. Opou-se por separar a aplicação do modelo BCC em duas abordagens. Inicialmene, preendese analisar os scores de eficiência dos anos 29, 21 e 211, proporcionando um esudo individual de cada ano e ambém a evolução de cada DMU de um ano para o ouro no que diz respeio à eficiência écnica. Após a comparação dos scores de eficiência dos rês anos referidos, foi efecuada uma análise mais dealhada aos resulados do ano 211 de forma a disinguir as DMUs eficienes das ineficienes, idenificar as fones de ineficiência, definir as meas a aingir e os benchmarks de cada DMU. Numa segunda fase, sugere-se a aplicação do índice de Malmquis com base na DEA. Por conseguine, a mudança de produividade é analisada nese esudo, com base em alerações na froneira de produção esimada aravés da DEA. O volume de informação resulane da aplicação do modelo BCC pode ser difícil de sineizar e avaliar, por isso, muias vezes é úil desagregar a informação uilizando o MI, que disingue as alerações na produividade resulanes de mudanças na eficiência écnica e/ou mudanças ecnológicas. Como foi abordado na secção 3.5.2, o MI é uma abordagem que permie avaliar a eficiência ao longo de vários períodos aravés dos dados de inpu e oupu de um ano base. Desa forma, o MI esima as mudanças de eficiência endo em cona não apenas o ano no qual é feia a análise, mas ambém o ano precedene. No MI aplicado nese rabalho foi uilizado o méodo sob CRS descrio em (3.13), e na análise a componene PTEC é especificada como a medição sob VRS. 54

79 Capíulo 4. Modelo Proposo Impora referir que os resulados da componene PTEC do MI, permiem aferir a consisência dos resulados obidos na deerminação dos scores de eficiência com o modelo BCC enre 29 e 211. Em ambos os modelos foi aplicada uma orienação a oupus, pois o principal objecivo das empresas de base ecnológica incubadas é expandir-se e, al só é possível, aumenando o seu número de clienes, porefólio de produos e volume de vendas de modo a ornarem-se empresas auónomas e auo susenáveis. Além disso, a redução da massa salarial poderia conduzir a despedimenos. Numa empresa que preende crescer e que esá numa fase premaura da sua vida al acção não faria senido, uma vez que os funcionários conribuem com o seu know-how para o crescimeno da empresa. A crescene compeiividade enre empresas de ala ecnologia inceniva o aumeno no invesimeno em I&D, pelo que a orienação para o inpu seria conradiória, dado que para exisir uma renovação consane nos processos e produos é crucial invesir em acividades que permiam aingir alos paamares de inovação. Ao conrário do modelo BCC, a opção pela orienação para o inpu ou oupu no MI não em qualquer inerferência no resulado sendo esa especificação mais um problema eórico do que práico. 55

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81 Capíulo 5. Caso de esudo: Madan Parque 5.1 Caracerização O Madan Parque foi fundado em Dezembro de 1995, endo como associados a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL), a Reioria da Universidade Nova de Lisboa, a Câmara Municipal de Almada e o UNINOVA Insiuo de Desenvolvimeno de Novas Tecnologias. Desde Ouubro de 22 que cona ambém com o apoio da Câmara Municipal do Seixal (Madan Parque, 212a). O objecivo principal do Madan Parque é claro: ser um faciliador e acelerador empresarial. A missão concreiza-se aravés de vários mecanismos de suporo à acividade empresarial, quer aravés do processo de incubação, faciliando o fase de arranque, quer com acividades aceleradoras do crescimeno empresarial, que permiem poenciar o desempenho dos projecos incubados. Embora se privilegie a inovação de base ecnológica, há ambém aberura para iniciaivas empresariais de base local, com fore ligação ao Concelho de Almada ou às acividades ransversais de empresas já insaladas (Madan Parque, 212b). A Figura 5.1 represena o processo de incubação e apoio à aceleração, desde a sua fase inicial aé à saída das empresas e o fim do período de incubação. Figura Missão do Madan Parque (Madan Parque, 212b). A visão do Madan Parque raduz-se na criação de valor aravés do esímulo ao empreendedorismo e inovação. Se na fase inicial de operação, o valor acrescenado era basane reduzido face à incubação base, hoje, exise uma preocupação de renabilizar ao máximo os espaços denro da incubadora, iso é, orná-los mais eficienes, produzindo mais valor acrescenado para as empresas e reduzindo os espaços. O esquema apresenado na Figura 5.2 represena de forma clara esa siuação. 57

82 Capíulo 5. Caso de esudo: Madan Parque No fuuro a endência será de opimizar os processos para que esa siuação venha a ser casa vez mais evidene. Figura 5.2 Visão do Madan Parque Os parceiros são fundamenais para a esraégia de crescimeno do Madan Parque. Se por um lado o Madan Parque beneficia das mais-valias que os seus parceiros podem incorporar nas acividades desenvolvidas, deve ambém oferecer serviços que vão de enconro às necessidades dos mesmos. Esa é uma relação em que odos ficam a ganhar, mas são as empresas que mais vanagens reêm, uma vez que são os desinaários finais das parcerias desenvolvidas (Madan Parque, 212c). Um inquério realizado em Agoso de 21 às empresas incubadas no Madan Parque, permiiu aferir que a axa de moralidade das empresas era quase nula e, que na sua grande maioria, as empresas insaladas inham uma ipologia sar-up/spin-off, com uma fore ligação à FCT-UNL e cuja maioria opera nos domínios do sofware e serviços de informáica, bioecnologia e renováveis (Madan Parque, 212d). Nesse mesmo ano exisiam 55 empresas incubadas que por sua vez geraram 195 posos de rabalho. No que diz respeio aos negócios do Parque, regisou-se um volume de negócios de com um invesimeno em I&D de 45., endo sido regisadas 25 marcas, 8 paenes nacionais e 3 inernacionais (Madan Parque, 212e). O principal serviço do Madan Parque onde se foca ese rabalho é a incubação de empresas. O Madan Parque ajuda ao desenvolvimeno das empresas incubadas aravés da presação de serviços e disponibilização de equipameno. Desa forma o Madan Parque cede espaços em gabinee modular, equipado com elefone, elecricidade, ar condicionado e acesso à inerne, assim como o acesso a espaços, serviços e acividades comuns. Nos casos em que as empresas não necessiam de espaço físico, mas manifesem ineresse em esar associadas ao Parque, em-se opado pela incubação virual. Nesa modalidade, a 58

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