Equações diferenciais ordinárias generalizadas lineares e aplicações às equações diferenciais funcionais lineares.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Equações diferenciais ordinárias generalizadas lineares e aplicações às equações diferenciais funcionais lineares."

Transcrição

1 Equções diferenciis ordináris generlizds lineres e plicções às equções diferenciis funcionis lineres Rodolfo Collegri

2

3 SERVIÇO DE PÓS-GRADUAÇÃO DO ICMC-USP Dt de Depósito:! Assintur: Equções diferenciis ordináris generlizds lineres e plicções às equções diferenciis funcionis lineres Rodolfo Collegri! Orientdor: Prof. Dr. Márci Cristin Anderson Brz Federson! Tese presentd o Instituto de Ciêncis Mtemátics e de Computção - ICMC-USP, como prte dos requisitos pr obtenção do título de Doutor em Ciêncis - Mtemátic. VERSÃO REVISADA USP São Crlos Abril de 2014!

4 Fich ctlográfic elbord pel Bibliotec Prof. Achille Bssi e Seção Técnic de Informátic, ICMC/USP, com os ddos fornecidos pelo() utor() C697e Collegri, Rodolfo Equções diferenciis ordináris generlizds lineres e plicções às equções diferenciis funcionis lineres / Rodolfo Collegri; orientdor Márci Cristin Anderson Brz Federson. -- São Crlos, p. Tese (Doutordo - Progrm de Pós-Grdução em Mtemátic) -- Instituto de Ciêncis Mtemátics e de Computção, Universidde de São Pulo, equções diferenciis ordináris generlizds. 2. equções diferenciis funcionis. 3. fórmul d vrição ds constntes. 4. integrl de Kurzweil. I. Federson, Márci Cristin Anderson Brz, orient. II. Título.

5 Eu credito demis n sorte. E tenho consttdo que, qunto mis duro eu trblho, mis sorte eu tenho. (Thoms Jefferson) Aos meus pis.

6

7 Agrdecimentos Primeirmente, quero grdecer Deus por me dr súde pr viver e por me dr forçs pr percorrer est jornd. Agrdeço os meus pis, por todo o esforço e scrifício que fizerm pr me mnter em São Crlos nos meus primeiros nos longe de cs, pelo mor e crinho que sempre me derm e por sempre creditrem em mim. Muito obrigdo, mo vocês. Agrdeço o meu irmão, que se juntou mim em São Crlos pr seus estudos. Foi muito bom tê-lo por perto todo esse tempo, pssmos muitos momentoslegisqui.anossconvivênci sempre muito bo, obrigdo pelo seu compnheirismo. Agrdeço minh fmíli, que sempre esteve junto comigo, me poindo e dndo todo osuportepreurelizrmeusestudos. Muitoobrigdoporsempre me receberem com muito mor e crinho. Agrdeço minh nmord Lucin, um pesso mrvilhos que entrou n minh vid e só me trouxe feliciddes. Muito obrigdo por todo o seu mor, crinho, compreensão, pciênci, confinç e incentivo, você contribuiu muitonessetrblho,sempremepssndo todo seu otimismo e confinç, principlmente qundo s coiss não dvm certo. Seu incentivo sempre me fzi voltr ind mis disposto pr resolverosproblems. Te mo. Agrdeço todos os meus migos que fiz o longo desses nos, pelos momentos que pssmos juntos, sej estudndo ou nos divertindo. Em especil, grdeço os meus migos Mtheus e Henrique (Mineiro), por me ouvirem em diversos momentos e por me judrem em problems o longo deste trblho. Agrdeço todos os meus professores do ICMC, que contribuírmpr minhformção cdêmic e, tmbém, grdeço todos os funcionários do ICMC, que são os principis responsáveis por fzer desse instituto um excelente lugr pr se estudr. Agrdeço minh orientdor Márci Federson, por ter me orientdo todos esses nos, desde inicição científic n grdução. A su contribuição foimuitoimportntepro

8 6 meu crescimento cdêmico, muito obrigdo por sempre creditr em mim. Por fim, grdeço Fpesp pelo suporte finnceiro no decorrer deste trblho.

9 Abstrct In this work, we present vrition-of-constnts formul for liner generlized ordinry differentil equtions in Bnch spces. More specificlly, wereinterestedinestblishing reltionbetweenthesolutionsofthecuchyproblemforliner generlized ordinry differentil eqution dx dτ = D[A(t)x], nd the solutions of the perturbed Cuchy problem x() = x dx = D[A(t)x + F (x, t)], dτ x(t 0) = x, where the functions involved re generlized Perron integrblend, hence, dmit mny discontinuities nd oscilltions. We lso prove tht there exists one-to-one correspondence between the Cuchy problem for liner functionl differentil equtions of the form { ẏ = L (t)yt, y t0 = ϕ, where L is bounded liner opertor nd ϕ is regulted function, nd certin clss of liner generlized ordinry differentil equtions. As consequence, we re ble to obtin vrition-of-constntsformulreltingthesolutionsofthelinerfunctionldifferentil eqution nd the solutions of the perturbed problem { ẏ = L (t)yt + f (y t, t), y t0 = ϕ, where the ppliction t f (y t, t) isperronintegrble,witht in n intervl of R, forech regulted function y.

10

11 Resumo Neste trblho, presentmos um fórmul d vrição ds constntes pr EDOs generlizds lineres em espços de Bnch. Mis especificmente, estmos interessdos em estbelecer um relção entre s soluções do problem de Cuchy pr um EDO generlizd liner dx dτ = D[A(t)x], essoluçõesdoproblemdecuchyperturbdo dx = D[A(t)x + F (x, t)], dτ x(t x() = x 0) = x, em que s funções envolvids são Perron integráveis e, portnto,dmitem muits descontinuiddes e oscilções. Tmbém provmos existênci de um correspondênci biunívoc entre o problem de Cuchy pr um EDF liner d form { ẏ = L (t)yt, y t0 = ϕ, em que L éumoperdorlinerelimitdoeϕ éumfunçãoregrd,eumcertclssede EDOs generlizds lineres. Como consequênci, obtemos um fórmul d vrição ds constntes relcionndo s soluções d EDF liner e s soluções do problem perturbdo { ẏ = L (t)yt + f (y t, t), y t0 = ϕ, em que plicção t f (y t, t) éperronintegrável,comt em um intervlo de R, prcd função regrd y.

12

13 Sumário Introdução 13 1 AintegrldeKurzweil Funções regrds e funções de vrição limitd A integrl de Kurzweil em espço de Bnch A integrl de Kurzweil-Cuchy em espço de Bnch Teorem de Representção de Riesz EDOsgenerlizds EDOs generlizds EDOs generlizds lineres Operdor fundmentl Fórmul d vrição ds constntes EDFsnocontextodeEDOsgenerlizds 65 4 Aplicções Fórmul d vrição ds constntes pr EDFs Fórmul d vrição ds constntes pr EDFs com impulso Fórmul d vrição ds constntes pr EDFNs em medid

14

15 Introdução Sbemos que clsse de funções integráveis segundo Riemnn émuitorestritenão possui bos proprieddes de convergênci. No finl do século XIX, form feits váris tenttivs no sentido de remedir lguns defeitos dess integrle, dentre els, merece destque trblhodehenry Lebesguede Su teorimplioumuito clsse ds funções integráveis e, lém disso, deu condições mis stisftóris de convergênci. No entnto, integrl de Lebesgue não contém sus integris imprópris. Outro inconveniente dess teori diz respeito às condições necessáris pr que derivd de um função sej integrável. Em respost todos esses problems, procurou-se crir um conceito de integrlque generlizsse integrl de Lebesgue. Ess met foi lcnçd por Arnold Denjoy em 1912 e, dois nos mis trde, por Oscr Perron (vej [7] e [32]). Apesr d definição ds integris de Denjoy e Perron serem bstnte diferentes, provou-se que mbs são equivlentes. Ns décds de 50 e 60 do século pssdo, o mtemático tcheco Jroslv Kurzweil e o mtemático inglês Rlph Henstock conseguirm, de modo independente, presentr um definição pr s integris de Denjoy e de Perron bsed em soms de Riemnn. Além de ser equivlente os conceitos de integrl segundo Denjoy e Perron, definição de integrl de Kurzweil-Henstock é notvelmente mis simples. Vej [18]. Hoje, são conhecids outrs possibiliddes de extensão d integrl de Lebesgue que estão contids proprimente no espço de funções Kurzweil-Henstock integráveis. Vej [5] e[28]. Afimdegenerlizrcertosresultdossobredependêncicontínu de soluções de EDOs

16 14 com respeito os ddos iniciis, J. Kurzweil introduziu, em 1957, noção de equções diferenciis ordináris generlizds pr funções vlores emespçoseuclidenosedebnch. Est generlizção d noção de EDO inclui noção de integrl de Perron generlizd ou integrlde Kurzweil como é chmd hojeem di. Nós nos referimos ests novs equções como EDOs generlizds. Vej s referêncis [3], [23] [27] e, tmbém,[33]. AcorrespondêncientreEDOsgenerlizdseEDOsclássics é bem simples. Sbe-se que o sistem ordinário ẋ = f (x, t), (0.1) onde ẋ = dx/dt, Ω R n ébertoef : Ω R R,éequivlenteàequçãointegrl x(t) = x( ) + f (x(τ),τ)dτ, t, (0.2) qundo integrl existe em lgum sentido. Sbe-se, tmbém, que se integrl em (0.2) for no sentido de Riemnn, Lebesgue (com definição equivlente de McShne) ou Kurzweil- Henstock, por exemplo, então el pode ser proximd por um som d form m f (x(τ i ),τ i )[s i s i 1 ] i=1 onde = s 0 s 1... s m = t éumprtiçãofindointervlo[, t] e,prcdi = 1,2,...,m, τ i está suficientemente perto do intervlo [s i 1, s i ]. Alterntivmente, se definirmos F (x, t) = f (x, s)ds, (x, t) Ω R, então integrl em (0.2) poderá ser proximd por m i=1 si s i 1 f (x(τ i ),σ)dσ = m [F (x(τ i ), s i ) F (x(τ i ), s i 1 )]. (0.3) i=1 Neste cso, o ldo direito de (0.3) proxim-se d integrl não-bsolut de Kurzweil qul,

17 Introdução 15 qundo considerd em (0.2), dá origem um equção diferencil do tipo (0.1), porém numsentidomismplo. Tlequção diferencilé conhecidcomo equção diferencil ordinári generlizd. Escreveremos EDOs generlizds por simplicidde.vej[33].assim como pr EDOs clássics (vej [3]), um ds construções básics n plicção d teori de dinâmic topológic EDOs não-utônoms do tipo ẋ = f (x, t) éddconsiderndo-seospontoslimites(qundo s )dstrnslddsf s,onde f s (x, t) = f (x, t + s). Entretnto, um fenômeno interessnte pode ocorrer, se f ou su integrl indefinid stisfizerem condições do tipo Crthéodory e Lipschitz mis geris doquesusuis:sequções limites podem não ser EDOs. Um exemplo pr este fto é presentdo em [3]. Nests condições, identificndo-se est clsse de EDOs com um clsse de EDOsgenerlizdsproprid, é possível construir um fluxo locl pr um problem de vlorinicilprestclsse de EDOs generlizds e diverss plicções podem ser obtids e trduzids pr o contexto de EDOs clássics. Vej [1] e [16]. Em [16], foi provdo que EDFRs podem ser identificds com EDOs generlizdselgu- ms plicções provenientes dest relção form investigds. Em [14], com colborção do professor Štefn Schwbik, foi provdo que EDFRs sujeitsefeitosimpulsivostmbém podem ser relcionds com cert clsse de EDOs generlizds numcorrespondênci biunívoc. A prtir destes trblhos, ficou evidente importânci de desenvolvermos teori de EDOs generlizds pr utilizr os resultdos obtidos em investigçõesnsteorisde EDOs, EDFRs, Equções Diferenciis em Medid e, mis recentemente, Equções Dinâmics em Escls Temporis (vej s referêncis [4], [9], [10] e[11]) eequçõesdiferenciisdo tipo neutro (vej [8]).

18 16 AteoridsEquçõesDiferenciisFuncionisRetrdds(EDFRs) é um rmo ds Equções Diferenciis Funcionis (EDFs). Um ds rzões do nosso interesseemedfrséporels se constituírem em exemplos de sistems dinâmicos de dimensão infinit, presentndo dinâmic complex. Do ponto de vist ds plicções, o interesse em EDFRs está em que, pr muitos fenômenos nturis, notdmente físicos e biológicos, plicção do princípio de cuslidde envolve um lpso de tempo entre cus e efeito. Dest form, os modelos determinísticos mis relists são frequentemente descritos por equções que envolvem retrdos. Como mencionmos cim, um ds ferrments principis n investigção e resolução de problems d teori de EDFs será utilizção ds EDOsgenerlizds. AcorrespondêncientreEDOsgenerlizdseEDFRsimpulsivs foi estbelecid no rtigo [14] pr o cso de impulsos pré-fixdos e no rtigo [2] pr o cso de impulsos em tempo vriável. Neste trblho, considermos o seguinte problem de vlor inicil pr um equção diferencil funcionl liner ẏ = L (t)y t, y t0 = φ, etmbémocorrespondenteproblemperturbdo ẏ = L (t)y t + f (y t, t), y t0 = φ, (0.4) em que φ G([ r,0],r n )el(t): G([ r,0],r n ) R n élinerelimitdprtodot [, + σ], isto é, L (t) L(G([ r,0],r n ),R n )prtodot [, +σ]ef : G([ r,0],r n ) [, +σ] R n esfunçõesenvolvidssãointegráveisnosentidodekurzweil. Nosso objetivo nesse trblho é encontrr um fórmul d vrição ds constntes pr EDFperturbd(0.4). IstoseráfeitousndoteoridsEDOs generlizds pr qul, tmbém provmos um fórmul d vrição ds constntes mis gerl que s encontrds n litertur.

19 Introdução 17 Este trblho está dividido em 4 cpítulos. Iniciremos vendo definição e proprieddes básics d integrl de Kurzweil. Como mencionmos cim, essintegrlémuitoimportnte pr o desenvolvimento desse trblho, pois é trvés del que iremos definir s equções diferenciis ordináris generlizds no Cpítulo 2. Aind no primeiro cpítulo, introduzimosumnov integrlque chmremosde integrlde Kurzweil-Cuchy. Veremos que proprieddes equivlentes às proprieddes básics d integrl de Kurzweil vlem pr ess nov integrl. No finl do cpítulo, usndo integrl de Kurzweil-Cuchy, presentremos um nov versão pr o Teorem de Representção de Riesz pr funções regrds. No Cpítulo 2, presentremos s equções diferencis ordináris generlizds e um pouco d teori básic dess clsse de equções. Além d teoribásic gerl de EDOs generlizds, estudremos o cso prticulr ds EDOs generlizds lineres, presentremos ooperdorfundmentlssocidoumedogenerlizdliner e veremos lgums de sus proprieddes. N sequênci, presentremos lguns resultdos uxilires, tis como um versão d fórmul de Dirichilet pr integrl de Kurzweil, encerrndo o cpítulocom um fórmul d vrição ds constntes pr um EDO generlizd liner perturbd. Esses últimos resultdos são novos e podem ser encontrdos em [6]. OterceirocpítulorelcionsEDFslinerescomEDOsgenerlizds lineres. Ess correspondênci é fundmentl pr o obtenção d fórmul d vrição ds constntes pr EDFs lineres perturbds. Iniciremos vendo construção dos operdores envolvidos n EDO generlizd liner ssocid à EDF liner e, no fim do cpítulo,presentmostl correspondênci. Oúltimocpítulotrtdfórmuldvriçãodsconstntesprequçõescomretrdmento. Nele, plicremos fórmul d vrição ds constntes pr EDOs generlizds obtid no Cpítulo 2 em outros tipos de equção, tis como EDFs, EDFs com impulso e EDFNs em medid. Esses resultdos reforçm importânci ds EDOsgenerlizds, que têm sido um grnde ferrment pr generlizção de diversos resultdos em equções diferencis, tis como existênci e unicidde de soluções, dependênci contínu ds soluções

20 18 com relção os ddos iniciis, estbilidde de soluções, entre outros.

21 AintegrldeKurzweil Cpítulo 1 Oprimeirocpítulodestetrblhoestádivididoemqutroprtes. Começremos definindo s clsses ds funções regrds e tmbém ds funções de vrição limitds de intervlo compcto [,b] R em um espço de Bnch X. Esss dus clsses de funções são muito importntes no contexto d integrl de Kurzweil queserádefinidnsequênci, juntmente com lgums proprieddes básics de integrção. N seção seguinte, vmos introduzir um nov integrl que chmremos de integrl de Kurzweil-Cuchy. Tmbém pr est integrl, veremos lgums proprieddes básics. Por fim, trvés d integrl de Kurzweil-Cuchy, presentremos um versão do Teorem de Representção de Riesz pr funções regrds. 1.1 Funções regrds e funções de vrição limitd Nest primeir seção, vmos definir dus clsses de funções que serão muito importntes o longo do trblho, principlmente por estrem relcions com integrl de Kurzweil que veremos n sequênci. Sejm X um espço de Bnch com norm e, b números reis tis que < < b <.

22 20 A integrl de Kurzweil Um função f :[,b] X será dit regrd,seoslimiteslteris lim f (s), t (,b], e lim f (s), s t s t + t [,b) existirem. Neste cso, denotmos f (t ) = lim s t f (s)ef (t + ) = lim s t + f (s). Oespçodsfunçõesregrdsf :[,b] X será um espço de Bnch, se considerrmos norm do supremo f = sup t [,b] f (t) e vmos denotr esse espço por G([,b], X ). O espço ds funções contínus f :[,b] X será denotdo por C([,b], X ) eéclroquec([,b], X ) G([,b], X )qundoconsidermosnorminduzid.denotremos por G ([,b], X )osubespçodsfunçõesregrdsf :[,b] X que são contínus à esquerd e, nlogmente, G + ([,b], X )osubespçodsfunçõesregrdsf :[,b] X que são contínus à direit. Todo conjunto finito D = {, t 1,...,t D } [,b] tlque, = < t 1 <... < t D = b, será dito um divisão de [,b], onde D denot o número de subintervlos d form [t i 1, t i ]de [,b]. O conjunto ds divisões de [,b]serádenotdopord[,b]. Um função f :[, b] X será dit um função escd, se existir um divisão D = {, t 1,...,t D } de [,b] tl que f é constnte em todo intervlo berto (t i 1, t i ), i = 1,..., D. O primeiro resultdo desse cpítulo nos dá um importnte crterizção do espço ds funções regrds e será muito útil pr demostrção de vários resultdos o longo do trblho. A prov desseresultdoé bsednoteorem3.1 de [21]. Vej tmbém [17]. Teorem 1.1. Sej f um função de [,b] em X. Então s seguintes proprieddes são equivlentes: (i) f :[,b] Xélimiteuniformedefunçõesescds, (ii) f :[,b] Xéregrd,

23 1.1 Funções regrds e funções de vrição limitd 21 (iii) Ddo ɛ > 0,existeumdivisãoD= {, t 1,...,t D } de [,b] tl que sup{ f (t) f (s), t, s (t i 1, t i ), i = 1,..., D } < ɛ. Demonstrção. (i) (ii) Sej t [,b). Mostremos que lim s t + f (s) existe. Ooutrocsoé nálogo. Sejm {t n }umsequênciem[,b] tlquet n t, istoé,t n t pr todo n N e t n converge pr t, e{f n }umsequêncidefunçõesescdsde[,b] emx tl que f n f uniformemente. Então, ddo ɛ > 0, existe k N tl que f (t) f k (t) < ɛ/4, pr todo t [,b]. Além disso, como f k éumfunçãoescd,existen 0 N tl que f k (t n ) f k (t + ) < ɛ/4, pr todo n N 0.Portnto,sen,m N 0 f (t n ) f (t m ) f (t n ) f k (t n ) + f k (t n ) f k (t + ) + f k (t + ) f k (t m ) + f k (t m ) f (t m ) < ɛ. Como X é um espço de Bnch, lim s t + f (s)existe. (ii) (iii) Sej ɛ > 0ddo.Comof :[,b] X éumfunçãoregrd,prtodot (,b), existe δ t > 0tlque sup f (w) f (s) < ɛ e sup f (w) f (s) < ɛ. w,s (t δ t,t) w,s (t,t+δ t ) Anlogmente, existem δ,δ b > 0tisque sup f (w) f (s) < ɛ e sup f (w) f (s) < ɛ. w,s (,+δ ) w,s (b δ b,b) Oconjuntodeintervlos{[, + δ ),(t δ t, t + δ t ),(b δ b,b]; t (,b)} form um cobertur do intervlo [,b] e,portnto,existeumdivisãod = {, t 1,...,t D }de[,b] tlque

24 22 A integrl de Kurzweil {[, + δ ),(t 1 δ t1, t 1 + δ t1 ),...,(b δ b,b]} é um cobertur finit de [,b]e sup{ f (t) f (s), t, s (t i 1, t i ), i = 1,..., D } < ɛ. (iii) (i) Ddo n N, sejm D n = {, t 1,...,t Dn }umdivisãode[,b]tlque sup{ f (t) f (s), t, s (t i 1, t i ), i = 1,..., D n } < 1 n e τ i (t i 1, t i ), i = 1,..., D n. Defin D n D n f n (t) = f (τ i )χ (ti 1,t i )(t) + f (t i )χ ti (t). i=1 i=0 É clro que {f n } é um sequênci de funções escds que converge uniformemente pr f. Ocorolárioseguiréumconsequênciimeditdoteoremque cbmos de provr. Corolário 1.2. Sej f :[,b] Xumfunçãoregrd.Então,prtodoɛ > 0,osconjuntos {t [,b), f (t + ) f (t) ɛ} e {t (,b], f (t) f (t ) ɛ} são finitos. Além disso, o conjunto dos pontos de descontinuidde d função f é enumerável. Outr clsse de funções importnte pr o trblho é ds funções de vrição limitd, que definiremos seguir. Sejm f :[,b] X e D = {, t 1,...,t D }umdivisãode[,b]. Considere D S(f,D) = f (t i ) f (t i 1 ) i=1 e vr [,b] f = vr b f = sup D D[,b] S(f,D),

25 1.2 A integrl de Kurzweil em espço de Bnch 23 em que vr b f éditvrição de f em [,b]. Um função f :[,b] X será dit de vrição limitd em [,b], se vr b f <. Oconjunto ds funções de vrição limitd de [,b] emx denotremos por BV ([,b], X ). Este conjunto será um espço de Bnch qundo munido d norm f BV = f () X + vr b f. ÉfácilverqueBV ([,b], X ) G([,b], X ). [21]. Um estudo completo sobre funções regrds pode ser encontrdo em [17]. Vej tmbém 1.2 A integrl de Kurzweil em espço de Bnch Nest seção, presentremos definição d integrl de Kurzweil e tmbém lgums de sus proprieddes. Est integrl será usd pr definir equções diferenciis ordináris generlizds que serão introduzids no próximo cpítulo. Aprinciplreferênciprest seção é o Cpítulo 1 de [33]. Vej tmbém [23] e [24]. Iniciremos presentndo os conceitos de divisão mrcd e clibre. Um divisão mrcd do intervlo [,b]seráumcoleçãofinitdepontos = τ 1 t 1 τ 2 t 2... t D 1 τ D t D = b em que D = {, t 1,...,t D }éumdivisãode[,b] eτ i [t i 1, t i ]seráditomrc de [t i 1, t i ], i = 1,..., D. Denotremos por D = (τ i, t i )outmbémd = (τ i,[t i 1, t i ]) um tl divisão mrcd. Um clibre do intervlo [,b] seráumfunçãoδ: [,b] (0, ). Ddo um clibre δ de [,b], diremos que um divisão mrcd D = (τ i, t i )éδ-fin, se [t i 1, t i ] (τ i δ(τ i ),τ i + δ(τ i )), i = 1,..., D. Atrvés desses conceitos, podemos definir integrl de Kurzweil.

26 24 A integrl de Kurzweil Definição 1.3. Um função U :[,b] [,b] XseráditKurzweilintegrávelem[,b], se existir I Xtlqueddoɛ > 0,existeumclibreδ de [,b] tl que pr tod divisão mrcd δ-fin D = (τ i, t i ) de [,b] S(U,D) I < ɛ, em que S(U,D) = D i=1 [U(τ i,t i ) U(τ i, t i 1 )]. Nestecso,IseráditointegrldeKurzweilde Uem[,b] edenotremospori= DU(τ, t). Observe que se f :[,b] R n e g :[,b] R forem funções tis que U :[,b] [,b] R n édefinidporu(τ, t) = f (τ)g (t), então D S(U,D) = [U(τ i, t i ) U(τ i, t i 1 )] = i=1 D i=1 f (τ i )[g (t i ) g (t i 1 )], em que S(U,D)representumsomdotipoRiemnn-Stieltjes.Portnto,integrldefinid cim é um generlizção d conhecid integrl de Riemnn-Stieltjes, isto é, se f :[,b] R n for um função Riemnn-Stieltjes integrável com respeito g,entãofunção U definid por U(τ, t) = f (τ)g (t)serákurzweilintegrávele f (t)dg(t) = DU(τ, t). Antes de presentrmos lgums proprieddes dess integrl, vmos ver um resultdo que grnte existênci de um divisão δ-fin pr um clibre δ ddo. Esse resultdo é conhecido como Lem de Cousin e su prov pode ser encontr em[19],teorem4.1,por exemplo. Lem 1.4 (Lem de Cousin). Ddo um clibre δ de [,b],existeumdivisãomrcdδ-fin de [,b]. Observção 1.5. Suponh que integrl DU(τ, t) exist. Então definimos b DU(τ, t) = DU(τ, t).

27 1.2 A integrl de Kurzweil em espço de Bnch 25 AintegrldeKurzweilpossuisproprieddesusuisdelineridde e ditividde com respeito intervlos djcentes. Um importnte resultdo que será usdo posteriormente é integrbiliddeemsubintervlos(vej[33],teorem1.10). Teorem 1.6. Se U :[,b] [,b] XforKurzweilintegrávelem[,b],entãoUseráKurzweil integrável em todo intervlo [c,d] [,b]. OpróximoresultdoéconhecidocomoLemdeSks-Henstock. Um prov pode ser encontrd em [33], Lem 1.13, pr o cso em que dim X <. NocsoemquedimX =, provseguedemodonálogo. Lem 1.7 (Lem de Sks-Henstock). Sej U :[,b] [,b] X. Ddoɛ > 0,sejδum clibre de [,b] tl que pr tod divisão mrcd δ-fin D = (τ i, t i ) de [,b] S(U,D) DU(τ, t) < ɛ. Se c 1 η 1 d 1 c 2 η 2 d 2... c m η m d m bfortlque η j [c j,d j ] (η j δ(η j ),η j + δ(η j )), j = 1,...,m, então [ m U(η j,d j ) U(η j,c j ) j =1 ] DU(τ, t) c j < ɛ. d j A seguir, veremos um importnte resultdo do tipo Hke (vej [33],Teorem 1.14 e Observção 1.15). Teorem 1.8. Sej U :[,b] [,b] X. (i) Se U for Kurzweil integrável em todo intervlo [,c],c [,b) eolimite [ c ] lim DU(τ, t) U(b,c) +U(b,b) = I X c b

28 26 A integrl de Kurzweil existir, então função U será Kurzweil integrável em [,b] e DU(τ, t) = I, (ii) Se U for Kurzweil integrável em todo intervlo [c,b],c (,b] eolimite [ ] lim DU(τ, t) +U(,c) U(, ) = I X c + c existir, então função U será Kurzweil integrável em [,b] e DU(τ, t) = I. Esse resultdo nos lev o seguinte teorem (vej [33], Teorem 1.16). Teorem 1.9. Se U :[,b] [,b] XforKurzweilintegrávelem[,b],então [ s ] lim s c DU(τ, t) U(c, s) +U(c,c) = c DU(τ, t), pr todo c [,b]. Observção Oteoremnteriornosmostrquefunçãodefinidpor s [,b] s DU(τ, t) X, isto é, integrl indefinid de U não é contínu em gerl. A integrl indefinid será contínu em um ponto c [,b] se, e somente se, função U(c, ): [,b] Xforcontínuemc. OúltimoresultdodestseçãoéumimportntedesigulddedotipoGrownwllpr integrldekurzweil.esteresultdopodeservistoem[33],corolário1.43. Teorem Sejm h :[,b] [0, ) um função não decrescente e contínu à esquerd,

29 1.2 A integrl de Kurzweil em espço de Bnch 27 k > 0 el 0. Seψ: [,b] [0, ) for um função que stisfz desiguldde ψ(ξ) k + l ξ ψ(τ)dh(τ), ξ [,b], então ψ(ξ) ke l(h(ξ) h()) pr todo ξ [,b]. Vejmos, gor, um importnte cso prticulr d integrl de Kurzweil: integrlde Perron-Stieltjes. Sej U :[,b] [,b] X ddo por U(τ, t) = F (t)g (τ) comf :[,b] L(X )eg:[,b] X,emqueL(X)éoespçodeBnchdosoperdoreslinereselimitdosemX com norm usul de operdores. Então integrl DU(τ, t) = D[F (t)g (τ)] édefinidàprtirdesomsderiemnndform [F (ti ) F (t i 1 )]g (τ i ) e, portnto, pode ser reescrit n form mis convencionl d[f (s)]g (s), qulchmremosdeintegrldeperron-stieltjes. Aseguir,veremoslgunsresultdosprintegrldePerron-Stieltjes envolvendo operdores lineres. Começmos vendo um importnteestimtiv pr ess integrl (vej [34], Proposição 10). Proposição Sejm g :[,b] XumfunçãoregrdeF:[,b] L(X ) um função de

30 28 A integrl de Kurzweil vrição limitd em [,b]. Seintegrl d[f (s)]g (s) existir, então d[f (s)]g (s) g (s) d[vr s F ] vrb F g. Em gerl, temos o seguinte resultdo que grnte existênci d integrl de Perron- Stieltjes em espços de Bnch (vej [34], Proposição 15). Teorem Se g :[,b] XforumfunçãoregrdeF:[,b] L(X ) for um função de vrição limitd em [, b],então integrl d[f (s)]g (s) existirá, pr todo t [,b]. Aseguir,veremosumteoremdeconvergênciuniformeprintegrl de Perron-Stieltjes. Este resultdo é um cso prticulr do Teorem 11 de [34]. Teorem 1.14 (Teorem d Convergênci Uniforme). Sejm F :[,b] L(X ) um função de vrição limitd em [,b] e {g n } um sequênci em G([,b], X ) que converge uniformemente pr um função g G([,b], X ) em [,b]. Entãointegrl d[f (s)]g (s) existe e lim n d[f (s)]g n (s) = d[f (s)]g (s). Observção No teorem nterior, podemos considerr {F n } n N um sequênci de funções de vrição limitd tl que F n converge uniformemente pr um função F, tmbém de vrição limitd, que o teorem continu válido, isto é, lim n d[f n (s)]g n (s) = d[f (s)]g (s). OpróximoresultdoéumcsoprticulrdosLems12e13de[34]. Ele trt d existênci d integrl de Perron-Stieltjes de funções crcterístics.

31 1.3 A integrl de Kurzweil-Cuchy em espço de Bnch 29 Lem Sej F :[,b] L(X ) um função de vrição limitd em [,b]. () Se x 0 Xec [,b],então d[f (s)]χ {c} (s)x 0 = lim F (s)x s + 0 F ()x 0, c =, F (b)x 0 lim s b F (s)x 0, c = b, lim F (s)x s c + 0 lim F (s)x s c 0, c (,b). (b) Se x 1 Xe(c,d) [,b],então d[f (s)]χ (c,d) (s)x 1 = lim s d F (s)x 1 lim s c + F (s)x A integrl de Kurzweil-Cuchy em espço de Bnch Com finlidde de obter lguns resultdos novos e mis geris queosencontrdosn litertur, tis como um versão do Teorem de Representção derieszprfunçõesregrds e um fórmul de vrição ds constntes pr equções diferenciisfuncionisno contexto de funções regrds, presentmos um integrl, que chmremos de integrl de Kurzweil-Cuchy, com bos proprieddes pr esses fins. A grosso modo, ess integrl pode ser vist como integrl de Cuchy-Stieltjes no sentido d integrl de Kurzweil. Iniciremos presentndosu definição e veremos que ess integrlstisfz s mesms proprieddes d integrl de Kurzweil presentd n seção nterior. Definição Um função U :[,b] [,b] XseráditKurzweil-Cuchyintegrávelem [,b] se existir I Xtlqueddoɛ > 0, existeumclibrecontínuoàesquerdδ de [,b] tl que, pr tod divisão mrcd δ-fin D de [, b], vle S(U,D) I < ɛ. Neste cso, I será dito integrl de Kurzweil-Cuchy de U em [,b], quedenotremospor

32 30 A integrl de Kurzweil I = DU(τ, t). Observção Segue direto d definição que, se um função U :[,b] [,b] X for Kurzweil-Cuchy integrável em [, b], então U será Kurzweil integrável em[, b] e sus integris coincidirão. OLemdeCousin(Lem1.4),vistonseçãonterior,grnteexistêncideumdivisão mrcd δ-fin de [,b]prumclibreδ ddo. Veremos, gor, um nov versão do Lem de Cousin que grnte existênci de um divisão mrcd à esquerd (isto é, mrc de cd subintervlo d divisão é o extremo esquerdo desse intervlo ) δ-fin de [, b], qundo δ for um função contínu à esquerd. Esse resultdo será muito importntenodecorrer do trblho, pois ele permite que integrl de Kurzweil-Cuchy poss ser proximd por um som com mrcs específics, neste cso o extremo esquerdodossubintervlosddivisão. Isso permitirá que provemos um versão do Teorem de Representção de Riesz pr funções regrds e, tmbém, que obtenhmos um fórmul de vrição ds constntes pr equções diferenciis funcionis lineres perturbds, trvés de um teorem de correspondênci. AversãodoLemdeCousinquepresentmosseguirénovesudemonstrçãosegue os mesmos pssos d demonstrção do Teorem 4.1 em [19]. Lem 1.19 (Lem de Cousin). Ddo um clibre contínuo à esquerd δ de [,b], existeum divisão mrcd à esquerd δ-fin de [,b]. Demonstrção. Suponh que o resultdo sej flso. Então, se c for o centro do intervlo [,b], o resultdo tmbém será flso pr pelo menos um dos intervlos [,c]ou[c,b]. Repetindo esse processo, podemos encontrmos um sequênci de intervlos fechdos I 1 I 2 I 3... tl que I j não possui um divisão mrcd à esquerd δ-fin, pr todo j = 1,2,... Sejm I j = [x j, y j ], com j = 1,2,..., e x 0 = j I j. Como δ(x 0 ) > 0, existe k N tl que

33 1.3 A integrl de Kurzweil-Cuchy em espço de Bnch 31 I j (x 0 δ(x 0 ), x 0 + δ(x 0 )), pr todo j k, isto é x 0 δ(x 0 ) < x j < y j < x 0 + δ(x 0 ), j k. Como x j x 0, y j x 0,istoé,x j x 0 e y j x 0 pr todo j N, x j e y j convergem pr x 0,eδ écontínuàesquerd,existek 1 N tl que x j δ(x j ) < x j < y j < x j + δ(x j ), j k 1 oqueéumbsurdo,poiscontrdizoftodei j não possuir um divisão mrcd à esquerd δ-fin. Os resultdos seguintes são novos e decorrentes d definição presentd cim. As demonstrções seguem os pssos ds demonstrção do Cpítulo 1 de [33]. Fremos lgums dels nest seção. O primeiro resultdo é um critério de Cuchy pr funções Kurzweil- Cuchy integráveis. Teorem Um função U :[,b] [,b] X será Kurzweil-Cuchy integrável se, e somente se, ddo ɛ > 0,existirumclibrecontínuoàesquerdδ de [,b] tl que S(U,D 1 ) S(U,D 2 ) < ɛ pr quisquer divisões mrcds δ-fins D 1,D 2 de [,b]. Demonstrção. Suponh que ddo n N, existeumclibrecontínuoàesquerdδ de [,b] tl que S(U,D 1 ) S(U,D 2 ) < 1/n (1.1) pr quisquer divisões mrcds δ-fins D 1,D 2 de [,b] en N. Prtodon N, denote por M(n) o conjuntos de tods s soms S(U,D)questisfzem(1.1).Noteque,peloLem de Cousin, M(n)énãovzio,prtodon N.

34 32 A integrl de Kurzweil Sej I = n N M(n) X. Portnto, S(U,D) I < 1/n pr tod divisão mrcd δ-fin D de [,b]eprtodon N. Dí,pelDefinição1.17,U é Kurzweil-Cuchy integrável e DU(τ, t) = I. Por outro ldo, se U :[,b] [,b] X for Kurzweil-Cuchy integrável, então ddo ɛ > 0, existirá um clibre contínuo à esquerd δ de [,b] tl que, pr tod divisão mrcd D de [,b], vle S(U,D) DU(τ, t) < ɛ 2. Portnto, se D 1,D 2 forem dus divisões mrcds δ-fin de [,b], então S(U,D 1 ) S(U,D 2 ) S(U,D 1) DU(τ, t) + S(U,D 2 ) DU(τ, t) < ɛ eterminmosprov. É clro que integrl de Kurzweil-Cuchy é liner pois, ddos c 1,c 2 R, U,V :[,b] [,b] X eumdivisãomrcdd de [,b], é fácil ver que S(c 1 U + c 2 V,D) = c 1 S(U,D) + c 2 S(V,D). Vejmos mis lguns resultdos, começndo pel integrbiliddeem subintervlos. Teorem Se U :[,b] [,b] XforKurzweil-Cuchyintegrávelem[,b],entãoUserá Kurzweil-Cuchy integrável em todo intervlo [c, d] [, b]. Demonstrção. Sej ɛ > 0ddo. Peloteoremnterior,existeumclibrecontínuoàes-

35 1.3 A integrl de Kurzweil-Cuchy em espço de Bnch 33 querd δ de [,b]tlque S(U,D 1 ) S(U,D 2 ) < ɛ pr quisquer divisões mrcds δ-fins D 1,D 2 de [,b]. Suponh que < c < d < b esejm D 1, D 2 divisões mrcds δ-fins de [c,d]. Sejm, tmbém, D e D b divisões mrcds δ-fins de [,c] e[c,d] respectivmente. Sejm D 1 = D D 1 D b e D 2 = D D 2 D b.éclroqued 1 e D 2 são divisões mrcds δ-fins de [,b]e S(U, D 1 ) S(U, D 2 ) = S(U,D 1 ) S(U,D 2 ) < ɛ, oqueconcluiprov. Teorem Sejm c [,b] eu:[,b] [,b] X. SeU forkurzweil-cuchyintegrável em [,c] eem[c,b],entãouserákurzweil-cuchyintegrávelem[,b] e c DU(τ, t) + c DU(τ, t) = DU(τ, t). Demonstrção. Como U é Kurzweil-Cuchy integrável em[, c] e em[c, b], existem clibres contínuos à esquerd δ 1 e δ 2 tis que, pr tod divisão mrcd D 1 δ 1 -fin de [,c] epr tod divisão mrcd D 2 δ 2 -fin de [c,b] S(U,D 1) c DU(τ, t) < ɛ 2 e S(U,D 2) c DU(τ, t) < ɛ 2. Sej δ: [,b] (0, ) umclibrecontínuoàesquerdtlque δ(τ) < δ 1 (τ), se τ [,c] e δ(τ) < δ 2 (τ), se τ [c,b]. Defin min{ δ(τ), τ c }, τ c, δ(τ) = δ(c), τ = c. Observe que δ: [,b] (0, )éumclibrecontínuoàesquerdde[,b]. Sej D = (τ i, t i ) um divisão mrcd de [,b]. Pel construção do clibre δ, existem {1,..., D } tlque

36 34 A integrl de Kurzweil c = τ m.portnto, m 1 S(U,D) = [U(τ i, t i ) U(τ i, t i 1 )] +U(c, t m ) U(c, t m 1 ) + i=1 m 1 = i=1 [U(τ i, t i ) U(τ i, t i 1 )] +U(c,c) U(c, t m 1 ) +U(c, t m ) U(c,c) + = S(U,D 1 ) + S(U,D 2 ) D i=m+1 [U(τ i, t i ) U(τ i, t i 1 )] D i=m+1 [U(τ i, t i ) U(τ i, t i 1 )] em que D 1 = {,τ 1, t 1,...,t m 1,τ m = c} ed 2 = {c = τ m, t m...,t D 1,τ D, t D = b}sãodivisões mrcds δ 1 -fin e δ 2 -fin de [,c]e[c,b]respectivmente.assim, ( c S(U,D) DU(τ, t) + DU(τ, t)) = S(U,D 1) + S(U,D 2 ) c c S(U,D b 1) DU(τ, t) + S(U,D 2 ) DU(τ, t) < ɛ. c c DU(τ, t) c DU(τ, t) Pel definição d integrl de Kurzweil-Cuchy, DU(τ, t)existeevle c DU(τ, t) + c DU(τ, t) = DU(τ, t) oquecompletdemonstrção. OpróximoresultdoéumversãodoLemdeSks-HenstockprintergrldeKurzweil- Cuchy. A prov segue os pssos de [33], Lem Lem 1.23 (Lem de Sks-Henstock). Sej U :[,b] [,b] X.Ddoɛ > 0,sejδ um clibre contínuo à esquerd de [,b] tl que, pr tod divisão mrcd δ-fin D = (τ i, t i ) de [,b], temos S(U,D) DU(τ, t) < ɛ.

37 1.3 A integrl de Kurzweil-Cuchy em espço de Bnch 35 Se c 1 ξ 1 d 1 c 2 ξ 2 d 2... c m ξ m d m bfortlque [c j,d j ] (ξ j δ(ξ j ),ξ j + δ(ξ j )), j = 1,...,m, então [ m U(ξ j,d j ) U(ξ j,c j ) j =1 ] DU(τ, t) c j < ɛ. d j Demonstrção. Sem perd de generlidde, podemos ssumir que c j < d j, j = 1,...,m. Denote d 0 = e c m+1 = b. Se d j < c j +1 pr lgum j = 0,...,m, então c j +1 DU(τ, t) existirá d j e, pr todo η > 0ddo,existiráumclibrecontínuoàesquerdδ j de [d j,c j +1 ]tlque δ j (τ) < δ(τ), τ [d j,c j +1 ]e,prtoddivisãomrcdd j de [d j,c j +1 ], S(U,D j ) DU(τ, t) d j < η m + 1. c j +1 Se d j = c j +1,entãotommosS(U,D j ) = 0. Observe que expressão m m [U(ξ j,d j ) U(ξ j,c j )] + S(U,D j ) j =1 j =1 represent som de um cert divisão mrcd δ-fin de [,b]e,consequentente, m m [U(ξ j,d j ) U(ξ j,c j )] + S(U,D j ) j =1 j =1 DU(τ, t) < ɛ. Portnto, [ m ] d j U(ξ j,d j ) U(ξ j,c j ) DU(τ, t) j =1 c j m m [U(ξ j,d j ) U(ξ j,c j )] + S(U,D j ) j =1 < ɛ + η. j =1 m DU(τ, t) + S(U,D j ) j =1 DU(τ, t) d j c j +1

38 36 A integrl de Kurzweil Como desiguldde vle pr todo η > 0oresultdosegue. Aseguir,veremosdoisresultdosdotipoHkeprintegrldeKurzweil-Cuchy. As demonstrções são nálogs às demonstrções dos Teorems 1.14 e 1.16 em [33]. Teorem Sej U :[,b] [,b] X. (i) Se U for Kurzweil-Cuchy integrável em todo intervlo [, c],c [, b) e o limite [ c ] lim DU(τ, t) U(b,c) +U(b,b) = I X c b existir, então função U será Kurzweil-Cuchy integrável em [, b] e DU(τ, t) = I, (ii) Se U for Kurzweil-Cuchy integrável em todo intervlo [c, b],c (, b] e o limite [ ] lim DU(τ, t) +U(,c) U(, ) = I X c + c existir, então função U será Kurzweil-Cuchy integrável em [, b] e DU(τ, t) = I. Teorem Se U :[,b] [,b] XforKurzweil-Cuchyintegrávelem[,b],então [ s ] lim s c DU(τ, t) U(c, s) +U(c,c) = c DU(τ, t), pr todo c [,b]. Observção Novmente, o teorem nterior nos diz que integrl indefinid dekurzweil- Cuchy de um função U será contínu em um ponto c [,b] se, e somente se, função U(c, ): [,b] Xforcontínuemc.

39 1.4 Teorem de Representção de Riesz 37 Pr finlizr est seção, vmos presentr o exemplo clássico de um função que possui muit oscilção e que é Kurzweil integrável. Vmos ver que, de fto,tlfunçãoékurzweil- Cuchy integrável. Exemplo Sej f :[0,1] R um função definid por ( ) ( ) 2t sen 2 2 t f (t) = 2 t cos 2, t (0,1], t 2 0, t = 0. Observe que f não é Lebesgue integrável em [0,1], poisf émuitooscilntepróximode0 e, portnto, não é bsolutmente integrável em [0, 1]. ComointegrldeRiemnnimprópri de f existe, usndo um teorem do tipo Hke pr integrl de Kurzweil-Cuchy, o qul nos diz que integrl de Kurzweil-Cuchy é invrinte por extensões de Cuchy (ou sej, integrl de Kurzweil-Cuchy contém sus integris imprópris), integrl de Kurzweil-Cuchy de f tmbém existe e tem o mesmo vlor d integrl de Riemnn d função f. 1.4 Teorem de Representção de Riesz Pr enuncir um versão do Teorem de Representção Riesz pr funções regrds, precismos encontrr o espço dul desss funções. Pr isto, vejmos o conceito de semivrição limitd. Um referênci pr esse ssunto é [34]. Sej L(X )oespçobnchdosoperdoreslinereselimitdosemx com norm usul F L(X ) = sup{ F (x), x X, x 1}. Sejm F :[,b] L(X )ed = {, t 1,...,t D }umdivisãode[,b]. Considere } D SV (F,D) = sup{ [F (t i ) F (t i 1 )]x i, x i X, x i 1 i=1 e (s)vr [,b] F = (s)vr b F = sup D D[,b] SV (F,D)

40 38 A integrl de Kurzweil em que (s)vr b F éditsemivrição de F em [,b]. Diremos que um função F :[,b] L(X )édesemivrição limitd em [,b], se (s)vr [,b] F < edenotremosoconjuntodsfunçõesdesemivriçãolimitd de [,b]em L(X ) por SV ([, b], L(X )). Similrmente o cso ds funções de vrição limitd, SV ([,b],l(x )) será um espço de Bnch qundo munido d norm F SV = F () L(X ) + (s)vr b F. Mis ind, podemos definir F SV = F (c) L(X ) + (s)vr b F,prtodoc [,b] eteremos um norm em SV ([, b], L(X )), tornndo-o um espço de Bnch. Clrmente BV ([,b],l(x )) SV ([,b],l(x )). Sej SV b ([,b],l(x )) o conjunto ds funções F :[,b] L(X )quesãodesemivrição limitd em [,b] ef (b) = 0. Então SV b ([,b],l(x )) será um espço de Bnch, se considerrmos norm F SV = F (b) L(X ) + (s)vr b F = (s)vrb F. Considere, tmbém, G + ([,b], X )oespçodsfunçõesregrdsf :[,b] X que são contínus à direit e L(G + ([,b], X ), X )oespçodosoperdoreslinereselimitdosdeg + ([,b], X ) em X. Nest seção, vmos considerr integrl de Kurzweil-Cuchy escrit n form d[α(t)]f (t) em que α: [,b] L(X )ef :[,b] X. Observe que, se U :[,b] [,b] X for tl que U(τ, t) = α(t)f (τ), então dd um divisão mrcd D = (τ i, t i )de[,b], som S(U,D) represent um som do tipo Riemnn-Stieltjes D D S(U,D) = [U(τ i, t i ) U(τ i, t i 1 )] = [α(t i ) α(t i 1 )]f (τ i ) i=1 i=1

41 1.4 Teorem de Representção de Riesz 39 oquenosmotivusressnotçãomisconvencionl. OresultdoseguinteéumcsoprticulrdProposição10edoTeorem11mbosdemonstrdos em [34]. Proposição Sejm α: [,b] L(X ) ef:[,b] X. (i) Se α SV b ([,b],l(x )) ef G + ([,b], X ),então d[α(t)]f (t) (s)vrb α f. (ii) Sejm α SV b ([,b],l(x )), f G + ([,b], X ) ef n um sequênci de funções em G + ([,b], X ) que converge uniformemente pr f. Então d[α(t)]f (t) = lim n d[α(t)]f n (t). OpróximoleméumconsequêncidosLems12e13em[34]procsodintegrl de Kurzweil-Cuchy. Lem Sejm α SV b ([,b],l(x )), τ [,b) ex X. Então d[α(t)]χ [τ,b) (t)x = α(τ)x, em que integrl é no sentido de Kurzweil-Cuchy. Demonstrção. Sejm α SV b ([,b],l(x )), τ [,b)ex X.Ddoɛ > 0, sejm δ um clibre contínuo à esquerd de [,b] tlqueδ(t) < t τ, set τ e D = (t i 1,[t i 1, t i ]) um divisão mrcd δ-fin de [,b]tisque D [α(t i ) α(t i 1 )]χ [τ,b) (t i 1 )x i=1 d[α(t)]χ [τ,b) (t)x < ɛ.

42 40 A integrl de Kurzweil Pel definição de δ, existe m {1,..., D 1} tl que τ = t m.assim, D [α(t i ) α(t i 1 )]χ [τ,b) (t i 1 )x = i=1 D i=m+1 [α(t i ) α(t i 1 )]χ [τ,b) (t i 1 )x = α(τ)x e, portnto, d[α(t)]χ [τ,b)(t)x = α(τ)x. Agor, vmos presentr um versão do Teorem de Representção de Riesz no subespço ds funções regrds contínus à direit vlores num espço de Bnch. Teorem 1.30 (Teorem de Representção de Riesz). Um operdor F : G + ([,b], X ) Xserá um operdor liner e limitdo se, e somente se, existir α SV b ([,b],l(x )) tl que, pr tod f G + ([,b], X ), F (f ) = d[α(t)]f (t), em que integrl é no sentido de Kurzweil-Cuchy. Demonstrção. Primeirmente, suponh que α SV b ([,b],l(x )) e que F (f ) = d[α(t)]f (t) pr tod f G + ([,b], X ). Segue direto d definição d integrl que F éumoperdorliner e, pelo item (i) d Proposição 1.28, F (f ) = d[α(t)]f (t) (s)vrb α f pr tod f G + ([,b], X ), isto é, F éumoperdorlinerlimitdo. Suponh, gor, que F L(G + ([,b], X ), X ). Sej α SV b ([,b],l(x )) definid por F (χ [t,b) x), t [,b), α(t)x = 0, t = b

43 1.4 Teorem de Representção de Riesz 41 pr quisquer t [,b]ex X.Notequeα SV b ([,b],l(x )), pois } D SV (α,d) = sup{ [α(t i ) α(t i 1 )]x i, x i X, x i 1 i=1 ( ) } D = sup{ F χ [ti 1,t i )x i, x i X, x i 1 F i=1 pr tod divisão D = (t i )de[,b]e,portnto,(s)vr b α <. Pr provr que F (f ) = d[α(t)]f (t) prtodf G+ ([,b], X ), bst provr iguldde pr funções d form χ [τ,b) x, τ [,b) ex X,poistodfunçãoemG + ([,b], X )é limite uniforme de funções dess form (Teorem 1.1). Sejm τ [,b) ex X.Logo,pelo Lem 1.29, temos d[α(t)]χ [τ,b) (t)x = α(τ)x = F (χ [τ,b) x). O resultdo segue pelo Teorem d Convergênci Uniforme(item (ii) d Proposição 1.28). Em [29] (Teorem 4.1.1), podemos encontrr um versão do Teorem de Representção de Riesz pr o G ([,b], X )emesclstemporisusndointegrldecuchy-stieltjes.um outr referênci pr esse ssunto é [38] (Teorem 2.4.8).

44

45 EDOs generlizds Cpítulo 2 Neste segundo cpítulo, presentremos s Equções Diferencis Ordináris Generlizds (EDOs generlizds) em um espço de Bnch. Iniciremos relembrndo teori básic de EDOs generlizds e, tmbém, um clsse prticulr desss equções, s EDOs generlizds lineres. N sequênci, veremos definição e lgums proprieddes do operdor fundmentl de um EDO generlizd liner e, finlizndoocpítulo,presentremos lguns resultdos novos, tis como um versão d fórmul de Dirichilet pr integrl de Kurzweil em espço de Bnch e um fórmul d vrição ds constntes misgerl que s encontrds n litertur (vej [33], por exemplo). 2.1 EDOs generlizds Nest seção, presentremos definição de um equção diferencil ordinári generlizd (vmos escrever EDO generlizd ou ind EDOG) e lgums proprieddes de sus soluções. Além disso, veremos um teorem de existênci locleuniciddedesoluçõespr um cert clsse de EDOs generlizds. As principis referêncis pr est seção são [23], [24] e [33]. Sejm Ω X R um berto e G : Ω X um função, onde X éumespçodebnch.

46 44 EDOs generlizds Definição 2.1. Um função x :[α,β] Xseráditumsoluçãodequçãoordinárigenerlizd dx = DG(x, t) (2.1) dτ no intervlo [α,β] R,se(x(t), t) Ω pr todo t [α,β] eseiguldde v x(v) x(γ) = DG(x(τ), t) (2.2) γ vler pr quisquer γ, v [α,β]. A integrl do ldo direito de (2.2) é no sentido d integrl de Kurzweil introduzid no primeiro cpítulo, Definição 1.3. A notção (2.1) é pens simbólic. O símbolo dx não signific que solução possui derivd. Vejmos um simples exemplo extrído de [33], págin dτ 100. Exemplo 2.2. Se r :[0,1] R for um função contínu que não tem derivd em nenhum ponto do intervlo [0,1],entãopodemostomrG(x, t) = r (t) e, neste cso, s2 s2 DG(x(τ), t) = Dr(t) = r (s 2 ) r (s 1 ). s 1 s 1 Pel Definição 2.1, x :[0,1] R definid por x(s) = r (s), s [0,1] ésoluçãodedogenerlizd dx = DG(x, t) = Dr(t) dτ enãopossuiderivdemnenhumpontodointervlo[0,1]. Sejm < < b < e Ω = O [,b], em que O X éumconjuntoberto(porexemplo,o = B c = {x X ; x < c} prlgum c > 0).

47 2.1 EDOs generlizds 45 Definição 2.3. Diremos que um função G : Ω XpertenceàclsseF (Ω,h), seexistirum função não decrescente h :[,b] R tl que G(x, s 2 ) G(x, s 1 ) h(s 2 ) h(s 1 ) (2.3) pr quisquer pres (x, s 2 ), (x, s 1 ) Ω e G(x, s 2 ) G(x, s 1 ) G(y, s 2 ) +G(y, s 1 ) x y h(s 2 ) h(s 1 ) pr quisquer pres (x, s 2 ), (x, s 1 ), (y, s 2 ), (y, s 1 ) Ω. Aseguir,veremosquessoluçõesdEDOgenerlizd(2.1)serão funções de vrição limitd, qundo G : Ω X pertencer à clsse F (Ω,h), pr lgum função h :[,b] R não decrescente. Mis gerlmente, bst que G : Ω X stisfç (2.3). Um prov desse fto pr X com dimensão finit pode ser encontrd em [33]. A prov pr o cso em que X é um espço de Bnch qulquer segue de modo nálogo. Proposição 2.4. Suponh que G : Ω X stisfç condição (2.3). Se [α,β] (,b) e x :[α,β] XforumsoluçãodEDOgenerlizd(2.1),entãoprquisquers 1, s 2 [α,β] x(s 2 ) x(s 1 ) h(s 2 ) h(s 1 ) (2.4) e, consequentemente, vr β αx h(β) h(α) < isto é, x será de vrição limitd em [α,β]. Alémdisso,sehforcontínunumpontoc [α,β], então x tmbém será contínu em c. Aseguir,veremosumresultdoquedescrevesdescontinuiddes ds soluções d EDO generlizd (2.1), qundo função G pertence à clsse F (Ω,h). Este resultdo pode ser encontrdo em [33], Lem 3.12 pr o cso em que dimensão de X éfinit. Ocsogerl

48 46 EDOs generlizds tem demonstrção nálog. Lem 2.5. Se x :[α,β] XforumsoluçãodEDOgenerlizd(2.1) eg: Ω Xstisfizer condição(2.3),então x(σ+) x(σ) = lim s σ+ x(s) x(σ) = G(x(σ),σ+) G(x(σ),σ) pr σ [α,β) e x(σ) x(σ ) = x(σ) lim s σ x(s) = G(x(σ),σ) G(x(σ),σ ) pr σ (α,β],emque G(x,σ+) = lim s σ+ G(x, s), σ [α,β) e G(x,σ ) = lim s σ G(x, s), σ (α,β]. Observe que os limites lteris G(x, σ+), G(x, σ ), x(σ+) ex(σ ) existememx, poish é um função não descrescente. Agor presentremos um resultdo que grnte existênci d integrl de Kurzweil envolvid n definição de solução d EDO generlizd (2.1). Este resultdo pode ser encontrdo em [1], Lem 2.7. Lem 2.6. Sejm G : Ω XumfunçãoquepertenceàclsseF (Ω,h) ex:[α,β] Xum função regrd em [α,β] [0,+ ) esuponhque(x(s), s) Ω pr todo s [α,β]. Então integrl β α DG(x(τ), t) existe e função s s α DG(x(τ), t) Xédevriçãolimitdem [α, β] (e, portnto, regrd). Opróximoresultdogrnteexistêncieuniciddedesolução pr EDO generlizd (2.1) (vej [14], Teorem 2.15).

49 2.2 EDOs generlizds lineres 47 Teorem 2.7. Suponh que G : Ω X pertenç à clsse F (Ω,h), ondefunçãohécontínu à esquerd. Então pr todo ( x, ) Ω tl que x + = x + G( x, +) G( x, ) stisfz ( x +, ) Ω, existem > 0 eumúnicsoluçãox:[, + ] XdEDOgenerlizd(2.1) no intervlo [, + ] stisfzendo x( ) = x. Observção 2.8. A hipótese de h serum função contínu à esquerdno Teorem2.7 implic que s soluções d EDO generlizd (2.1) tmbém são contínus à esquerd (vej equção (2.4)). 2.2 EDOs generlizds lineres Nest seção, vmos presentr clsse ds EDOs generlizds lineres. Veremos que, sob certs condições, podemos grntir existênci globl e unicidde de solução. As principis referêncis pr est seção são [6] e [35]. Sejm ( x, ) X [,b], onde X éumespçodebnch,el(x )oespçodebnch dos operdores lineres e limitdos em X com norm usul de operdores. Suponh que F : X [,b] X sej dd por F (x, t) = A(t)x,comA :[,b] L(X )devriçãolimitdem [,b]. Além disso, vmos supor que A stisfç s seguintes condições: (I + [A(t+) A(t)]) 1 = [I + + A(t)] 1 L(X ), t [,b) (I [A(t) A(t )]) 1 = [I A(t)] 1 L(X ), t (,b] (2.5) em que I L(X )éooperdoridentidde,a(t+) = lim s t+ A(s)eA(t ) = lim s t A(s). Observção 2.9. Como A :[,b] L(X ) édevriçãolimitdem[,b],oslimiteslteris A(t + ) = lim A(r ) L(X ), t r t + [,b)

50 48 EDOs generlizds e A(t ) = lim A(r ) L(X ), t r t (,b] existem, pois A BV ([,b],l(x )) G([,b],L(X )). Então,peloitem(iii) doteorem 1.1, ddo ɛ > 0,osconjuntos {t [,b); A(t + ) A(t)) ɛ} e {t (,b]; A(t) A(t )) ɛ} são finitos. Portnto, tomndo ɛ = 1, existeumconjuntofinito{t 1, t 2,...,t m } [,b] tl que A(t + ) A(t)) < 1 pr todo t [,b), t t i,i= 1,...,m, e A(t) A(t )) < 1 pr todo t (,b], t t i,i= 1,...,m. Logo, os operdores I + + A(t) L(X ) e I A(t) L(X ) são invertíveis, isto é, [I + + A(t)] 1 L(X ), t [,b), t t i, i = 1,...,m, e [I A(t)] 1 L(X ), t (,b], t t i, i = 1,...,m. Aobservçãocimnosdizque,seA :[,b] L(X )forumoperdordevriçãolimitd em [,b], então s condições em (2.5) são válids menos de um quntidde finit de pontos em [,b]. Agor, considere o seguinte problem de vlor inicil pr EDO generlizd liner dx = DF(x, t) = D[A(t)x], dτ x( ) = x. (2.6) Pel Definição 2.1, um função x :[,b] X será um solução d EDO generlizd liner

51 2.2 EDOs generlizds lineres 49 (2.6) no intervlo [, b], se s2 x(s 2 ) = x(s 1 ) + D[A(t)x(τ)], (2.7) s 1 pr quisquer s 1, s 2 [,b]. Em prticulr, um função x :[,b] X será um solução do problem de vlor inicil (2.6) em [,b]se s x(s) = x + D[A(t)x(τ)], (2.8) pr todo s [,b]. Observe que, pels proprieddes d integrl de Kurzweil, integrl do ldo direito de (2.7) é formd por soms de tipo Riemnn-Stieltjes, isto é, s soms de Riemnn pr integrl s D[A(t)x(τ)] têm form [A(ti ) A(t i 1 )]x(τ i ), oquenoslevumnotçãomisconvencionlnform s d[a(t)]x(t). Neste cso, integrl será chmd de integrl de Perron-Stieltjes. Então(2.7)setorn s2 x(s 2 ) x(s 1 ) = d[a(s)]x(s), s 1, s 2 [,b] s 1 e, similrmente, equção (2.8) pode ser reescrit n form s x(s) = x + d[a(r )]x(r ), s [,b], com s integris cim são no sentido de Perron-Stieltjes. Observção Qundo função F : X [,b] XtemformF(x, t) = A(t)x, com A(t) L(X ) pr todo t [,b],integrldekurzweil DF(x(τ), t) = D[A(t)x(τ)]

52 50 EDOs generlizds coincide com integrl de Perron-Stieltjes, isto é, DF(x(τ), t) = D[A(t)x(τ)] = d[a(t)]x(t). Um referênci pr integrl de Perron-Stieltjes, onde est integrl foi bstnte estudd, é [35]. AprovdolemseguintesegueospssosdprovdoLem6.1em[33]. Lem Se x :[,b] Xforumsoluçãode(2.6) em [,b],entãox BV ([,b], X ). Opróximoresultdogrnteexistêncieuniciddedesolução pr o problem de vlor inicil (2.6) no intervlo [,b] inteiro.esteresultdoéconsequêncidoteorem2.10 edúltimobservçãodortigo[35]. Teorem Se A BV ([,b],l(x )) stisfizer (2.5), entãooproblemdevlorinicil(2.6) terá um únic solução em [,b]. Alémdisso,esssoluçãoserádevriçãolimitdem[,b]. Observção Se considerrmos A : R L(X ) loclmente de vrição limitd, isto é, A édevriçãolimitdemtodointervlofechdoder, juntmentecomhipótese(2.5), o teorem nterior grnte existênci globl e unicidde de solução pr EDOs generlizds lineres. 2.3 Operdor fundmentl A fim de obter um fórmul d vrição ds constntes pr EDOs generlizds, vmos definir e enuncir lgums proprieddes do operdor fundmentl pr s EDOs generlizds lineres. Do mesmo modo que equção dx dτ = D[A(t)x]

53 2.3 Operdor fundmentl 51 em (2.6), podemos considerer equção dφ dτ = D[A(t)Φ], em que Φ L(X ). Um solução dess equção no intervlo [, b] é um operdor Φ: [,b] L(X )tlque s2 Φ(s 2 ) = Φ(s 1 ) + D[A(t)Φ(τ)] = Φ(s 1 ) + s 1 s2 s 1 d[a(s)]φ(s) pr quisquer s 1, s 2 [,b]. Sej Φ: [,b] L(X )ddopor Φ(t) = Φ( ) + d[a(s)]φ(s), t [,b]. (2.9) Pelo Teorem 2.12, se o operdor Φ definido por (2.9) for de vrição limitd em [,b] e stisfizer (2.5), então Φ será unicmente determindo. Além disso, se (2.9) for stisfeit pr todo t [,b], então Φ: [,b] L(X )seráumsoluçãodedogenerlizd dφ dτ = D[A(t)Φ]. Agor, vmos definir o operdor fundmentl pr EDOs generlizds lineres. Vej Teorem 6.13 em [33]. Reproduzimos prov qui, gor pr o cso de X ter dimensão infinit. Teorem Suponh que A BV ([, b], L(X )) stisfç (2.5). Então existe um único operdor U :[,b] [,b] L(X ),chmdooperdorfundmentl,tlque U(t, s) = I + d[a(r )]U(r, s) (2.10) s pr quisquer t, s [,b], ondeidenotooperdoridentiddeeml(x ). Alémdisso,pr

54 52 EDOs generlizds todo s [,b] fixdo, U(, s) será um operdor de vrição limitd em [,b]. Demonstrção. AdemonstrçãodesseresultdosegueospssosdprovdoTeorem 6.13 em [33]. Ddo s [,b], U(, s)éumsoluçãode Φ(t) = I + d[a(r )]Φ(r ) s e, pelo Teorem 2.12, est solução existe e é de vrição limitd em [,b], pr todo s [,b] fixdo. OpróximoresultdorelcionooperdorfundmentldEDOgenerlizd com solução do problem de vlor inicil correspondente. O cso em que dim X < pode ser encontrdo em [33], Teorem Teorem Suponh que A BV ([,b],l(x )) stisfç (2.5). Então,prtodos [,b], únic solução x :[,b] Xdoproblemdevlorinicil dx dτ = D[A(t)x], x(s) = x X, (2.11) éddpelrelção x(t) = U(t, s) x, t [,b], (2.12) em que U :[,b] [,b] L(X ) éooperdorfundmentlddopeloteorem2.14. Demonstrção. Pelo Teorem 2.14, função x :[,b] X dd por (2.12) é de vrição limitd em [,b]. Portnto, pr todo t [,b], integrl s d[a(r )]x(r )existe(teorem1.13)e vle s d[a(r )]x(r ) = d[a(r )]U(r, s) x = [U(t, s) I ] x = x(t) x. s Isto signific que x é umsolução do problemde vlor inicil(2.11)e est solução é unicmente determind pelo Teorem 2.12.

2.4 Integração de funções complexas e espaço

2.4 Integração de funções complexas e espaço 2.4 Integrção de funções complexs e espço L 1 (µ) Sej µ um medid no espço mensurável (, F). A teori de integrção pr funções complexs é um generlizção imedit d teori de integrção de funções não negtivs.

Leia mais

Teorema Fundamental do Cálculo - Parte 2

Teorema Fundamental do Cálculo - Parte 2 Universidde de Brsíli Deprtmento de Mtemátic Cálculo Teorem Fundmentl do Cálculo - Prte 2 No teto nterior vimos que, se F é um primitiv de f em [,b], então f()d = F(b) F(). Isto reduz o problem de resolver

Leia mais

Prova 1 Soluções MA-602 Análise II 27/4/2009 Escolha 5 questões

Prova 1 Soluções MA-602 Análise II 27/4/2009 Escolha 5 questões Prov 1 Soluções MA-602 Análise II 27/4/2009 Escolh 5 questões 1. Sej f : [, b] R um função limitd. Mostre que f é integrável se, e só se, existe um sequênci de prtições P n P [,b] do intervlo [, b] tl

Leia mais

SÉRIES DE FOURIER. 1. Uma série trigonométrica e sua sequência das somas parciais (S N ) N são dadas por

SÉRIES DE FOURIER. 1. Uma série trigonométrica e sua sequência das somas parciais (S N ) N são dadas por SÉRIES DE FOURIER 1. Um série trigonométric e su sequênci ds soms prciis (S N ) N são dds por (1) c n e inx, n Z, c n C, x R ; S N = n= c n e inx. Tl série converge em x R se (S N (x)) N converge e, o

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CCEN DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA EXAME DE QUALIFICAÇÃO PARA O MESTRADO EM MATEMÁTICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CCEN DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA EXAME DE QUALIFICAÇÃO PARA O MESTRADO EM MATEMÁTICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CCEN DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA EXAME DE QUALIFICAÇÃO PARA O MESTRADO EM MATEMÁTICA PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015 13 de Fevereiro de 2015 Prte I Álgebr Liner 1 Questão: Sejm

Leia mais

ESTUDO SOBRE A INTEGRAL DE DARBOUX. Introdução. Partição de um Intervalo. Alana Cavalcante Felippe 1, Júlio César do Espírito Santo 1.

ESTUDO SOBRE A INTEGRAL DE DARBOUX. Introdução. Partição de um Intervalo. Alana Cavalcante Felippe 1, Júlio César do Espírito Santo 1. Revist d Mtemátic UFOP, Vol I, 2011 - X Semn d Mtemátic e II Semn d Esttístic, 2010 ISSN 2237-8103 ESTUDO SOBRE A INTEGRAL DE DARBOUX Aln Cvlcnte Felippe 1, Júlio Césr do Espírito Snto 1 Resumo: Este trblho

Leia mais

Elementos de Análise - Lista 6 - Solução

Elementos de Análise - Lista 6 - Solução Elementos de Análise - List 6 - Solução 1. Pr cd f bixo considere F (x) = x f(t) dt. Pr quis vlores de x temos F (x) = f(x)? () f(x) = se x 1, f(x) = 1 se x > 1; F (x) = se x 1, F (x) = x 1 se x > 1. Portnto

Leia mais

Introdução ao estudo de equações diferenciais

Introdução ao estudo de equações diferenciais MTDI I - 2007/08 - Introdução o estudo de equções diferenciis 63 Introdução o estudo de equções diferenciis Existe um grnde vriedde de situções ns quis se desej determinr um quntidde vriável prtir de um

Leia mais

MAT Complementos de Matemática para Contabilidade - FEAUSP 1 o semestre de 2011 Professor Oswaldo Rio Branco de Oliveira INTEGRAL

MAT Complementos de Matemática para Contabilidade - FEAUSP 1 o semestre de 2011 Professor Oswaldo Rio Branco de Oliveira INTEGRAL MAT 103 - Complementos de Mtemátic pr Contbilidde - FEAUSP 1 o semestre de 011 Professor Oswldo Rio Brnco de Oliveir INTEGRAL Suponhmos um torneir bert em um recipiente e com velocidde de escomento d águ

Leia mais

O Teorema do Ponto Fixo de Schauder e Aplicação às EDFR

O Teorema do Ponto Fixo de Schauder e Aplicação às EDFR O Teorem do Ponto Fixo de Schuder e Aplicção às EDFR Cristino dos Sntos e Márci Richtielle 2 de dezembro de 215 Resumo Vmos presentr um importnte resultdo sobre existênci de ponto fixo pr plicções compcts

Leia mais

Teorema Fundamental do Cálculo - Parte 1

Teorema Fundamental do Cálculo - Parte 1 Universidde de Brsíli Deprtmento de Mtemátic Cálculo Teorem Fundmentl do Cálculo - Prte Neste texto vmos provr um importnte resultdo que nos permite clculr integris definids. Ele pode ser enuncido como

Leia mais

Ginnara Mexia Souto. Equações diferenciais funcionais com retardamento e impulsos via equações diferenciais ordinárias generalizadas

Ginnara Mexia Souto. Equações diferenciais funcionais com retardamento e impulsos via equações diferenciais ordinárias generalizadas UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIENCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA PROGRAMA DE POS-GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA (Mestrdo) Ginnr Mexi Souto Equções diferenciis funcionis com retrdmento e impulsos

Leia mais

Aspectos do Teorema Fundamental do Cálculo

Aspectos do Teorema Fundamental do Cálculo Aspectos do Teorem Fundmentl do Cálculo Luis Aduto Medeiros Conferênci proferid n Fculdde de Mtemátic - UFPA (Belém Mrço de 2008) Então porque pint? Por nd. Procuro simplesmente reproduzir o que vejo W.

Leia mais

Aula 27 Integrais impróprias segunda parte Critérios de convergência

Aula 27 Integrais impróprias segunda parte Critérios de convergência Integris imprópris segund prte Critérios de convergênci MÓDULO - AULA 7 Aul 7 Integris imprópris segund prte Critérios de convergênci Objetivo Conhecer dois critérios de convergênci de integris imprópris:

Leia mais

Integral de Kurzweil para funções a valores em um espaço de Riesz - uma introdução. Giselle Antunes Monteiro

Integral de Kurzweil para funções a valores em um espaço de Riesz - uma introdução. Giselle Antunes Monteiro Integrl de Kurzweil pr funções vlores em um espço de Riesz - um introdução Giselle Antunes Monteiro DISSERTAÇÃO APRESENTADA AO INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PARA OBTENÇÃO

Leia mais

1 A Integral de Riemann

1 A Integral de Riemann Medid e Integrção. Deprtmento de Físic e Mtemátic. USP-RP. Prof. Rfel A. Rosles 22 de mio de 27. As seguintes nots presentm lgums limitções d integrl de Riemnn com o propósito de justificr construção d

Leia mais

1 Integral de Riemann-Sieltjes

1 Integral de Riemann-Sieltjes Cálulo Avnçdo - 2009 Referêni: Brtle, R. G. The Elements of Rel Anlysis, Seond Edition, Wiley. 1 Integrl de Riemnn-Sieltjes 1.1 Definição No que segue vmos onsiderr f e g funções reis definids em J = [,

Leia mais

fundamental do cálculo. Entretanto, determinadas aplicações do Cálculo nos levam a formulações de integrais em que:

fundamental do cálculo. Entretanto, determinadas aplicações do Cálculo nos levam a formulações de integrais em que: Cpítulo 8 Integris Imprópris 8. Introdução A eistênci d integrl definid f() d, onde f é contínu no intervlo fechdo [, b], é grntid pelo teorem fundmentl do cálculo. Entretnto, determinds plicções do Cálculo

Leia mais

Integral imprópria em R n (n = 1, 2, 3)

Integral imprópria em R n (n = 1, 2, 3) Universidde Federl do Rio de Jneiro Instituto de Mtemátic Deprtmento de Métodos Mtemáticos Integrl Imprópri Integrl imprópri em R n (n =,, 3) Autores: Angel Cássi Bizutti e Ivo Fernndez Lopez Introdução

Leia mais

Área entre curvas e a Integral definida

Área entre curvas e a Integral definida Universidde de Brsíli Deprtmento de Mtemátic Cálculo Áre entre curvs e Integrl definid Sej S região do plno delimitd pels curvs y = f(x) e y = g(x) e s rets verticis x = e x = b, onde f e g são funções

Leia mais

CÁLCULO I. Apresentar a técnica de integração por substituição; Utilizar técnicas apresentadas no cálculo integral.

CÁLCULO I. Apresentar a técnica de integração por substituição; Utilizar técnicas apresentadas no cálculo integral. CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeid Auls n o 8: Técnics de Integrção I - Método d Substituição Objetivos d Aul Apresentr técnic de integrção por substituição; Utilizr técnics presentds

Leia mais

(x, y) dy. (x, y) dy =

(x, y) dy. (x, y) dy = Seção 7 Função Gm A expressão n! = 1 3... n (1 está definid pens pr vlores inteiros positivos de n. Um primeir extensão é feit dizendo que! = 1. Ms queremos estender noção de ftoril inclusive pr vlores

Leia mais

Cálculo de Limites. Sumário

Cálculo de Limites. Sumário 6 Cálculo de Limites Sumário 6. Limites de Sequêncis................. 3 6.2 Exercícios Recomenddos............... 5 6.3 Limites de Funções.................. 7 6.4 Exercícios Recomenddos...............

Leia mais

Objetivo. Integrais de funções vetoriais. Conhecer a integral de funções vetoriais; Aprender a calcular comprimentos de curvas parametrizadas;

Objetivo. Integrais de funções vetoriais. Conhecer a integral de funções vetoriais; Aprender a calcular comprimentos de curvas parametrizadas; Funções vetoriis Integris MÓDULO 3 - AULA 35 Aul 35 Funções vetoriis Integris Objetivo Conhecer integrl de funções vetoriis; Aprender clculr comprimentos de curvs prmetrizds; Aprender clculr áres de regiões

Leia mais

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo. Módulo I: Cálculo Diferencial e Integral

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo. Módulo I: Cálculo Diferencial e Integral Escol Superior de Agricultur Luiz de Queiroz Universidde de São Pulo Módulo I: Cálculo Diferencil e Integrl Teori d Integrção e Aplicções Professor Rent Alcrde Sermrini Nots de ul do professor Idemuro

Leia mais

Integral. (1) Queremos calcular o valor médio da temperatura ao longo do dia. O valor. a i

Integral. (1) Queremos calcular o valor médio da temperatura ao longo do dia. O valor. a i Integrl Noção de Integrl. Integrl é o nálogo pr unções d noção de som. Ddos n números 1, 2,..., n, podemos tomr su som 1 + 2 +... + n = i. O integrl de = té = b dum unção contínu é um mneir de somr todos

Leia mais

Introdução ao Cálculo Numérico S(M, B) = (y i Mx i B) 2

Introdução ao Cálculo Numérico S(M, B) = (y i Mx i B) 2 Introdução o Cálculo Numérico 25 List de Exercícios 2 Observção importnte: Resolv o proplem pr o di d prov com função f(x) = cos(πx/2) e não com f(x) = sin(πx)! Problem 1. Sejm {x i, y i } n i= números

Leia mais

Integrais Duplas em Regiões Limitadas

Integrais Duplas em Regiões Limitadas Cálculo III Deprtmento de Mtemátic - ICEx - UFMG Mrcelo Terr Cunh Integris Dupls em egiões Limitds Ou por curiosidde, ou inspirdo ns possíveis plicções, é nturl querer usr integris dupls em regiões não

Leia mais

1 Conjuntos Finitos e Infinitos

1 Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Finitos e Infinitos. Números Nturis Definição O conjunto N dos nturis é tl que Existe s : N N injetiv tl que Im (s) = N {}; } X N X = N s (X) X Teorem 2 (Princípio d Bo Ordenção) } A N A possui

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Resumo. Nesta aula, utilizaremos o Teorema Fundamental do Cálculo (TFC) para o cálculo da área entre duas curvas.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Resumo. Nesta aula, utilizaremos o Teorema Fundamental do Cálculo (TFC) para o cálculo da área entre duas curvas. CÁLCULO L1 NOTAS DA DÉCIMA SÉTIMA AULA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Resumo. Nest ul, utilizremos o Teorem Fundmentl do Cálculo (TFC) pr o cálculo d áre entre dus curvs. 1. A áre entre dus curvs A

Leia mais

x 0 0,5 0,999 1,001 1,5 2 f(x) 3 4 4,998 5,

x 0 0,5 0,999 1,001 1,5 2 f(x) 3 4 4,998 5, - Limite. - Conceito Intuitivo de Limite Considere função f definid pel guinte epressão: f - - Podemos obrvr que função está definid pr todos os vlores de eceto pr. Pr, tnto o numerdor qunto o denomindor

Leia mais

Lista 9 de Análise Funcional - Doutorado 2018

Lista 9 de Análise Funcional - Doutorado 2018 List 9 de Análise Funcionl - Doutordo 2018 Professor Mrcos Lendro 2 de Julho de 2018 1. Prove que o operdor T : l p l p, 1 p

Leia mais

Equações diofantinas lineares a duas e três variáveis

Equações diofantinas lineares a duas e três variáveis Equções diofntins lineres dus e três vriáveis Eudes Antonio Cost Fbino F. T. dos Sntos Introdução O objetivo deste rtigo é presentr teori básic envolvid ns equções diofntins lineres dus e três incógnits

Leia mais

Prof. Dr. Maurício Zahn UFPel. Análise real II

Prof. Dr. Maurício Zahn UFPel. Análise real II Prof. Dr. Murício Zhn UFPel Análise rel II texto de mensgem... Dedicmos este trblho... Prefácio Este mteril foi elbordo durnte o Segundo Semestre letivo de 2016, pr tender Disciplin de Análise Rel II

Leia mais

Bhaskara e sua turma Cícero Thiago B. Magalh~aes

Bhaskara e sua turma Cícero Thiago B. Magalh~aes 1 Equções de Segundo Gru Bhskr e su turm Cícero Thigo B Mglh~es Um equção do segundo gru é um equção do tipo x + bx + c = 0, em que, b e c são números reis ddos, com 0 Dd um equção do segundo gru como

Leia mais

MTDI I /08 - Integral de nido 55. Integral de nido

MTDI I /08 - Integral de nido 55. Integral de nido MTDI I - 7/8 - Integrl de nido 55 Integrl de nido Sej f um função rel de vriável rel de nid e contínu num intervlo rel I [; b] e tl que f (x) ; 8x [; b]: Se dividirmos [; b] em n intervlos iguis, mplitude

Leia mais

CÁLCULO I. 1 Funções denidas por uma integral

CÁLCULO I. 1 Funções denidas por uma integral CÁLCULO I Prof. Mrcos Diniz Prof. André Almeid Prof. Edilson Neri Júnior Prof. Emerson Veig Prof. Tigo Coelho Aul n o 26: Teorem do Vlor Médio pr Integris. Teorem Fundmentl do Cálculo II. Funções dds por

Leia mais

1 Limite - Revisão. 1.1 Continuidade

1 Limite - Revisão. 1.1 Continuidade 1 Limite - Revisão O conceito de limite de um função contribui pr nálise do comportmento d função n vizinhnç de um determindo ponto. Intuitivmente, dd um função f(x) e um ponto b que pertence o domínio

Leia mais

f(x) dx for um número real. (1) x = x 0 Figura A

f(x) dx for um número real. (1) x = x 0 Figura A FFCLRP-USP Integris Imprópris - CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Professor Dr Jir Silvério dos Sntos Integris Imprópris Definição Sej f : ; x ) R um função Suponh ret x = x é um Assíntot Verticl o gráfico

Leia mais

x = x 2 x 1 O acréscimo x é também chamado de diferencial de x e denotado por dx, isto é, dx = x.

x = x 2 x 1 O acréscimo x é também chamado de diferencial de x e denotado por dx, isto é, dx = x. Universidde Federl Fluminense Mtemátic II Professor Mri Emili Neves Crdoso Cpítulo Integrl. Diferenciis dy Anteriormente, foi considerdo um símolo pr derivd de y em relção à, ms em lguns prolems é útil

Leia mais

1. Sejam R e S duas relações entre os conjuntos não vazios E e F. Então mostre que

1. Sejam R e S duas relações entre os conjuntos não vazios E e F. Então mostre que 2 List de exercícios de Álgebr 1. Sejm R e S dus relções entre os conjuntos não vzios E e F. Então mostre que ) R 1 S 1 = (R S) 1, b) R 1 S 1 = (R S) 1. Solução: Pr primeir iguldde, temos que (, b) R 1

Leia mais

Diogo Pinheiro Fernandes Pedrosa

Diogo Pinheiro Fernandes Pedrosa Integrção Numéric Diogo Pinheiro Fernndes Pedros Universidde Federl do Rio Grnde do Norte Centro de Tecnologi Deprtmento de Engenhri de Computção e Automção http://www.dc.ufrn.br/ 1 Introdução O conceito

Leia mais

IFRN Campus Natal/Central. Prof. Tibério Alves, D. Sc. FIC Métodos matemáticos para físicos e engenheiros - Aula 02.

IFRN Campus Natal/Central. Prof. Tibério Alves, D. Sc. FIC Métodos matemáticos para físicos e engenheiros - Aula 02. IFRN Cmpus Ntl/Centrl Prof. Tibério Alves, D. Sc. FIC Métodos mtemáticos pr físicos e engenheiros - Aul 0 Séries de Fourier 3 de gosto de 08 Resumo Neste ul, vmos estudr o conceito de conjunto completo

Leia mais

Integrais Imprópias Aula 35

Integrais Imprópias Aula 35 Frções Prciis - Continução e Integris Imprópis Aul 35 Alexndre Nolsco de Crvlho Universidde de São Pulo São Crlos SP, Brzil 05 de Junho de 203 Primeiro Semestre de 203 Turm 20304 - Engenhri de Computção

Leia mais

FÓRMULA DE TAYLOR USP MAT

FÓRMULA DE TAYLOR USP MAT FÓRMULA DE TAYLOR USP MAT 5 SEVERINO TOSCANO DO REGO MELO. Polinômios de Tylor A ret tngente o gráfico de um função f derivável em um ponto define função de primeiro gru que melhor proxim função em pontos

Leia mais

Aula 29 Aplicações de integrais Áreas e comprimentos

Aula 29 Aplicações de integrais Áreas e comprimentos Aplicções de integris Áres e comprimentos MÓDULO - AULA 9 Aul 9 Aplicções de integris Áres e comprimentos Objetivo Conhecer s plicções de integris no cálculo d áre de um superfície de revolução e do comprimento

Leia mais

Os números racionais. Capítulo 3

Os números racionais. Capítulo 3 Cpítulo 3 Os números rcionis De modo informl, dizemos que o conjunto Q dos números rcionis é composto pels frções crids prtir de inteiros, desde que o denomindor não sej zero. Assim como fizemos nteriormente,

Leia mais

Cálculo 1 - Cálculo Integral Teorema Fundamental do Cálculo

Cálculo 1 - Cálculo Integral Teorema Fundamental do Cálculo Cálulo 1 - Cálulo Integrl Teorem Fundmentl do Cálulo Prof. Fbio Silv Botelho November 17, 2017 1 Resultdos Preliminres Theorem 1.1. Sej f : [,b] R um função ontínu em [,b] e derivável em (,b). Suponh que

Leia mais

8 AULA. Funções com Valores Vetoriais LIVRO. META Estudar funções de uma variável real a valores em R 3

8 AULA. Funções com Valores Vetoriais LIVRO. META Estudar funções de uma variável real a valores em R 3 1 LIVRO Funções com Vlores Vetoriis 8 AULA META Estudr funções de um vriável rel vlores em R 3 OBJETIVOS Estudr movimentos de prtículs no espço. PRÉ-REQUISITOS Ter compreendido os conceitos de funções

Leia mais

Objetivo. Conhecer a técnica de integração chamada substituição trigonométrica. e pelo eixo Ox. f(x) dx = A.

Objetivo. Conhecer a técnica de integração chamada substituição trigonométrica. e pelo eixo Ox. f(x) dx = A. MÓDULO - AULA Aul Técnics de Integrção Substituição Trigonométric Objetivo Conhecer técnic de integrção chmd substituição trigonométric. Introdução Você prendeu, no Cálculo I, que integrl de um função

Leia mais

INTEGRAIS DEFINIDAS. Como determinar a área da região S que está sob a curva y = f(x) e limitada pelas retas verticais x = a, x = b e pelo eixo x?

INTEGRAIS DEFINIDAS. Como determinar a área da região S que está sob a curva y = f(x) e limitada pelas retas verticais x = a, x = b e pelo eixo x? INTEGRAIS DEFINIDAS O Prolem d Áre Como determinr áre d região S que está so curv y = f(x) e limitd pels rets verticis x =, x = e pelo eixo x? Um idei é proximrmos região S utilizndo retângulos e depois

Leia mais

INTEGRAIS DEFINIDAS. Como determinar a área da região S que está sob a curva y = f(x) e limitada pelas retas verticais x = a, x = b e pelo eixo x?

INTEGRAIS DEFINIDAS. Como determinar a área da região S que está sob a curva y = f(x) e limitada pelas retas verticais x = a, x = b e pelo eixo x? INTEGRAIS DEFINIDAS O Prolem d Áre Como determinr áre d região S que está so curv y = f(x) e limitd pels rets verticis x =, x = e pelo eixo x? Um idei é proximrmos região S utilizndo retângulos e depois

Leia mais

Comprimento de arco. Universidade de Brasília Departamento de Matemática

Comprimento de arco. Universidade de Brasília Departamento de Matemática Universidde de Brsíli Deprtmento de Mtemátic Cálculo Comprimento de rco Considerefunçãof(x) = (2/3) x 3 definidnointervlo[,],cujográficoestáilustrdo bixo. Neste texto vmos desenvolver um técnic pr clculr

Leia mais

Apoio à Decisão. Aula 3. Aula 3. Mônica Barros, D.Sc.

Apoio à Decisão. Aula 3. Aula 3. Mônica Barros, D.Sc. Aul Métodos Esttísticos sticos de Apoio à Decisão Aul Mônic Brros, D.Sc. Vriáveis Aletóris Contínus e Discrets Função de Probbilidde Função Densidde Função de Distribuição Momentos de um vriável letóri

Leia mais

Comprimento de Curvas. Exemplo. Exemplos, cont. Exemplo 2 Para a cúspide. Continuação do Exemplo 2

Comprimento de Curvas. Exemplo. Exemplos, cont. Exemplo 2 Para a cúspide. Continuação do Exemplo 2 Definição 1 Sej : omprimento de urvs x x(t) y y(t) z z(t) um curv lis definid em [, b]. O comprimento d curv é definido pel integrl L() b b [x (t)] 2 + [y (t)] 2 + [z (t)] 2 dt (t) dt v (t) dt Exemplo

Leia mais

As fórmulas aditivas e as leis do seno e do cosseno

As fórmulas aditivas e as leis do seno e do cosseno ul 3 s fórmuls ditivs e s leis do MÓDULO 2 - UL 3 utor: elso ost seno e do cosseno Objetivos 1) ompreender importânci d lei do seno e do cosseno pr o cálculo d distânci entre dois pontos sem necessidde

Leia mais

equação paramêtrica/vetorial da curva: a lei γ(t) =... Dizemos que a curva é fechada se I = [a, b] e γ(a) = γ(b).

equação paramêtrica/vetorial da curva: a lei γ(t) =... Dizemos que a curva é fechada se I = [a, b] e γ(a) = γ(b). 1 Lembrete: curvs Definição Chmmos Curv em R n : um função contínu : I R n onde I R é intervlo. (link desenho curvs) Definimos: Trço d curv: imgem equção prmêtric/vetoril d curv: lei (t) =... Dizemos que

Leia mais

Método de Newton generalizado e Aplicações

Método de Newton generalizado e Aplicações Universidde Federl do Prá Instituto de Ciêncis Exts e Nturis Progrm de Pós-Grdução em Mtemátic e Esttístic Jocine dos Sntos Fonsec Método de Newton generlizdo e Aplicções Belém - PA Junho de 2017 Jocine

Leia mais

Prof. Doherty Andrade- DMA/UEM DMA-UEM-2004

Prof. Doherty Andrade- DMA/UEM DMA-UEM-2004 Integrção Numéric Prof. Doherty Andrde- DMA/UEM DMA-UEM-4 Preliminres Nests nots o nosso interesse é clculr numericmente integris f(x)dx. A idéi d integrção numéric reside n proximção d função integrnd

Leia mais

ÁLGEBRA LINEAR Equações Lineares na Álgebra Linear EQUAÇÃO LINEAR SISTEMA LINEAR GEOMETRIA DA ESQUAÇÕES LINEARES RESOLUÇÃO DOS SISTEMAS

ÁLGEBRA LINEAR Equações Lineares na Álgebra Linear EQUAÇÃO LINEAR SISTEMA LINEAR GEOMETRIA DA ESQUAÇÕES LINEARES RESOLUÇÃO DOS SISTEMAS EQUAÇÃO LINEAR SISTEMA LINEAR GEOMETRIA DA ESQUAÇÕES LINEARES RESOLUÇÃO DOS SISTEMAS Equção Liner * Sej,,,...,, (números reis) e n (n ) 2 3 n x, x, x,..., x (números reis) 2 3 n Chm-se equção Liner sobre

Leia mais

Resposta: Basta fazer integração por partes. Seja j = 1 (para j 1, o argumento é o mesmo). Logo. i x 1. lim. lim. (R n ), temos.

Resposta: Basta fazer integração por partes. Seja j = 1 (para j 1, o argumento é o mesmo). Logo. i x 1. lim. lim. (R n ), temos. LISTA DE EXECÍCIOS 5 - TEOIA DAS DISTIBUIÇÕES E ANÁLISE DE OUIE MAP 57-4 PO: PEDO T P LOPES WWWIMEUSPB/ PPLOPES/DISTIBUICOES Os eercícios seguir form seleciondos do livro do Duistermt e Kolk denotdo por

Leia mais

1 Definição de integral (definida) de Riemann

1 Definição de integral (definida) de Riemann 1 Definição de integrl (definid) de Riemnn Sej seguir sempre f : [, b] R limitd (com [, b] limitdo); logo existem m, M tis que m f(x) M. Definição: chmmos Prtição de [, b] um conjunto finito de pontos

Leia mais

1. Conceito de logaritmo

1. Conceito de logaritmo UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA Logritmos Prof.: Rogério

Leia mais

3. Cálculo integral em IR 3.1. Integral Indefinido 3.1.1. Definição, Propriedades e Exemplos

3. Cálculo integral em IR 3.1. Integral Indefinido 3.1.1. Definição, Propriedades e Exemplos 3. Cálculo integrl em IR 3.. Integrl Indefinido 3... Definição, Proprieddes e Exemplos A noção de integrl indefinido prece ssocid à de derivd de um função como se pode verificr prtir d su definição: Definição

Leia mais

Integrais de Linha. Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus Francisco Beltrão. Cálculo Diferencial e Integral 3B

Integrais de Linha. Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus Francisco Beltrão. Cálculo Diferencial e Integral 3B Integris de Linh âmpus Frncisco Beltrão Disciplin: álculo Diferencil e Integrl 3 Prof. Dr. Jons Jocir Rdtke Integris de Linh O conceito de um integrl de linh é um generlizção simples e nturl de um integrl

Leia mais

16.4. Cálculo Vetorial. Teorema de Green

16.4. Cálculo Vetorial. Teorema de Green ÁLULO VETORIAL álculo Vetoril pítulo 6 6.4 Teorem de Green Nest seção, prenderemos sore: O Teorem de Green pr váris regiões e su plicção no cálculo de integris de linh. INTROUÇÃO O Teorem de Green fornece

Leia mais

MINICURSO: O PROBLEMA DE STURM-LIOUVILLE

MINICURSO: O PROBLEMA DE STURM-LIOUVILLE II Colóquio de Mtemátic d Região Sul Universidde Estdul de Londrin 24 28 de bril, 212 MINICURSO: O PROBLEMA DE STURM-LIOUVILLE Albo Crlos Cvlheiro Deprtmento de Mtemátic Universidde Estdul de Londrin 212

Leia mais

Interpretação Geométrica. Área de um figura plana

Interpretação Geométrica. Área de um figura plana Integrl Definid Interpretção Geométric Áre de um figur pln Interpretção Geométric Áre de um figur pln Sej f(x) contínu e não negtiv em um intervlo [,]. Vmos clculr áre d região S. Interpretção Geométric

Leia mais

Alexandre Miranda Alves Anderson Tiago da Silva Edson José Teixeira. MAT146 - Cálculo I - Teoremas Fundamentais do Cálculo

Alexandre Miranda Alves Anderson Tiago da Silva Edson José Teixeira. MAT146 - Cálculo I - Teoremas Fundamentais do Cálculo MAT46 - Cálculo I - Teorems Fundmentis do Cálculo Alexndre Mirnd Alves Anderson Tigo d Silv Edson José Teixeir Os Teorems Fundmentis do Cálculo Os próximos teorems fzem conexão entre os conceitos de ntiderivd

Leia mais

Quadratura por interpolação Fórmulas de Newton-Cotes Quadratura Gaussiana. Integração Numérica. Leonardo F. Guidi DMPA IM UFRGS.

Quadratura por interpolação Fórmulas de Newton-Cotes Quadratura Gaussiana. Integração Numérica. Leonardo F. Guidi DMPA IM UFRGS. Qudrtur por interpolção DMPA IM UFRGS Cálculo Numérico Índice Qudrtur por interpolção 1 Qudrtur por interpolção 2 Qudrturs simples Qudrturs composts 3 Qudrtur por interpolção Qudrtur por interpolção O

Leia mais

O conceito de integral e suas propriedades básicas

O conceito de integral e suas propriedades básicas 17 O conceito de integrl e sus proprieddes básics Sumário 17.1 Introdução....................... 2 17.2 Integrl denid de f : [, b] R.......... 5 17.3 Soms de Riemnn.................. 6 17.4 A integrl denid

Leia mais

Usando qualquer um dos métodos de primitivação indicados anteriormente, determine uma primitiva de cada uma das seguintes funções. e x e 2x + 2e x + 1

Usando qualquer um dos métodos de primitivação indicados anteriormente, determine uma primitiva de cada uma das seguintes funções. e x e 2x + 2e x + 1 Instituto Superior Técnico Deprtmento de Mtemátic Secção de Álgebr e Análise CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I LEIC-ALAMEDA o SEM. 7/8 6 FICHA DE EXERCÍCIOS I. Treino Complementr de Primitivs. CÁLCULO INTEGRAL

Leia mais

Formas Quadráticas. FUNÇÕES QUADRÁTICAS: denominação de uma função especial, definida genericamente por: 1 2 n ij i j i,j 1.

Formas Quadráticas. FUNÇÕES QUADRÁTICAS: denominação de uma função especial, definida genericamente por: 1 2 n ij i j i,j 1. Forms Qudrátics FUNÇÕES QUADRÁTICAS: denominção de um função especil, definid genericmente por: Q x,x,...,x x x x... x x x x x... x 1 n 11 1 1 1 1n 1 n 3 3 nn n ou Qx,x,...,x 1 n ij i j i,j1 i j n x x

Leia mais

Modelos de Computação -Folha de trabalho n. 2

Modelos de Computação -Folha de trabalho n. 2 Modelos de Computção -Folh de trlho n. 2 Not: Os exercícios origtórios mrcdos de A H constituem os prolems que devem ser resolvidos individulmente. A resolução em ppel deverá ser depositd n cix d disciplin

Leia mais

Capítulo III INTEGRAIS DE LINHA

Capítulo III INTEGRAIS DE LINHA pítulo III INTEGRIS DE LINH pítulo III Integris de Linh pítulo III O conceito de integrl de linh é um generlizção simples e nturl do conceito de integrl definido: f ( x) dx Neste último, integr-se o longo

Leia mais

e dx dx e x + Integrais Impróprias Integrais Impróprias

e dx dx e x + Integrais Impróprias Integrais Impróprias UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I. Integris imprópris

Leia mais

MAT Cálculo Avançado - Notas de Aula

MAT Cálculo Avançado - Notas de Aula MAT5711 - Cálulo Avnçdo - Nots de Aul 26 de mrço de 2010 1. INTEGRAL DE RIEMANN EM ESPAÇOS DE BANACH Definição 1.1 (Integrl de Riemnn). Sejm [, b] R e E um espço de Bn. A noção de Riemnn-integrbilidde

Leia mais

AULA 1. 1 NÚMEROS E OPERAÇÕES 1.1 Linguagem Matemática

AULA 1. 1 NÚMEROS E OPERAÇÕES 1.1 Linguagem Matemática 1 NÚMEROS E OPERAÇÕES 1.1 Lingugem Mtemátic AULA 1 1 1.2 Conjuntos Numéricos Chm-se conjunto o grupmento num todo de objetos, bem definidos e discerníveis, de noss percepção ou de nosso entendimento, chmdos

Leia mais

f(x) dx. Note que A é a área sob o gráfico

f(x) dx. Note que A é a área sob o gráfico FFCLRP-USP AULA-INTEGRAL - CÁLCULO II- ECONOMIA Professor: Jir Silvério dos Sntos PROPRIEDADES DA INTEGRAL Sejm f,g : [,b] R funções integráveis. Então (i) [f(x) + g(x)]dx = (ii) Se λ é um número rel,

Leia mais

G.W. Leibniz ( ) I. Newton ( )

G.W. Leibniz ( ) I. Newton ( ) MAT 26 Cálculo diferencil e integrl 2 2 semestre de 25 Bchreldo em Mtemátic e Mtemátic Aplicd Docente: Prof. Dr. Pierluigi Benevieri Resumo ds uls e exercícios sugeridos - Atulizdo 27..25. Segund-feir,

Leia mais

Teorema 1. Seja A um anel comutativo. Então A é um domínio de integridade se e somente se A é isomorfo a um subanel de um corpo.

Teorema 1. Seja A um anel comutativo. Então A é um domínio de integridade se e somente se A é isomorfo a um subanel de um corpo. 1. Domínios Um domínio de integridde (ou simplesmente domínio) é um nel comuttivo unitário A tl que se, b A e b = 0 então = 0 ou b = 0. Por exemplo Z e Z[X] são domínios e mis em gerl se A é um domínio

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral I 2 o Teste - LEAN, MEAer, MEAmb, MEBiol, MEMec

Cálculo Diferencial e Integral I 2 o Teste - LEAN, MEAer, MEAmb, MEBiol, MEMec Cálculo Diferencil e Integrl I o Teste - LEAN, MEAer, MEAmb, MEBiol, MEMec de Junho de, h Durção: hm Apresente todos os cálculos e justificções relevntes..5 vl.) Clcule, se eistirem em R, os limites i)

Leia mais

Aula 10 Estabilidade

Aula 10 Estabilidade Aul 0 Estbilidde input S output O sistem é estável se respost à entrd impulso 0 qundo t Ou sej, se síd do sistem stisfz lim y(t) t = 0 qundo entrd r(t) = impulso input S output Equivlentemente, pode ser

Leia mais

Integrais impróprias - continuação Aula 36

Integrais impróprias - continuação Aula 36 Integris imprópris - continução Aul 36 Alexndre Nolsco de Crvlho Universidde de São Pulo São Crlos SP, Brzil 06 de Junho de 204 Primeiro Semestre de 204 Turm 20406 - Engenhri Mecânic Alexndre Nolsco de

Leia mais

CÁLCULO I. 1 Área entre Curvas. Objetivos da Aula. Aula n o 24: Área entre Curvas, Comprimento de Arco e Trabalho. Calcular área entre curvas;

CÁLCULO I. 1 Área entre Curvas. Objetivos da Aula. Aula n o 24: Área entre Curvas, Comprimento de Arco e Trabalho. Calcular área entre curvas; CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeid Aul n o : Áre entre Curvs, Comprimento de Arco e Trblho Objetivos d Aul Clculr áre entre curvs; Clculr o comprimento de rco; Denir Trblho. 1 Áre entre

Leia mais

TÓPICO. Fundamentos da Matemática II DERIVADA DIRECIONAL E PLANO TANGENTE8. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Gil da Costa Marques

TÓPICO. Fundamentos da Matemática II DERIVADA DIRECIONAL E PLANO TANGENTE8. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Gil da Costa Marques DERIVADA DIRECIONAL E PLANO TANGENTE8 TÓPICO Gil d Cost Mrques Fundmentos d Mtemátic II 8.1 Diferencil totl de um função esclr 8.2 Derivd num Direção e Máxim Derivd Direcionl 8.3 Perpendiculr um superfície

Leia mais

Autômatos determinísticos grandes

Autômatos determinísticos grandes Autômtos determinísticos grndes Arnldo Mndel 27 de outubro de 2009 A construção dos subconjuntos implic n seguinte firmtiv: se um lingugem é reconhecid por um utômto não-determinístico com n estdos, então

Leia mais

Fundamentos de Matemática I EFETUANDO INTEGRAIS. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Gil da Costa Marques

Fundamentos de Matemática I EFETUANDO INTEGRAIS. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Gil da Costa Marques EFETUANDO INTEGRAIS 7 Gil d Cost Mrques Fundmentos de Mtemátic I 7. Introdução 7. Algums Proprieddes d Integrl Definid Propriedde Propriedde Propriedde Propriedde 4 7. Um primeir técnic de Integrção 7..

Leia mais

Definição de áreas de dependência espacial em semivariogramas

Definição de áreas de dependência espacial em semivariogramas Definição de áres de dependênci espcil em semivriogrms Enio Júnior Seidel Mrcelo Silv de Oliveir 2 Introdução O semivriogrm é principl ferrment utilizd pr estudr dependênci espcil em estudos geoesttísticos

Leia mais

Teoremas de Green e Stokes

Teoremas de Green e Stokes Análise Mtemátic III Teorems de Green e Stokes Mnuel Guerr Conteúdo 1 Teorem de Green 2 2 Teorem de Stokes 8 ibliogrfi 12 Índice remissivo 13 1 Os Teorems de Green e Stokes relcionm o vlor de integris

Leia mais

Cálculo em Computadores 2006 Integrais e volumes 1. Cálculo em Computadores Integrais de funções de duas variáveis reais 4

Cálculo em Computadores 2006 Integrais e volumes 1. Cálculo em Computadores Integrais de funções de duas variáveis reais 4 Cálculo em Computdores 2006 Integris e volumes 1 Contents Cálculo em Computdores 2006 Integris de funções de dus vriáveis 1 Áres no plno 2 1.1 exercícios...............................................

Leia mais

RESUMO DE INTEGRAIS. d dx. NOTA MENTAL: Não esquecer a constante para integrais indefinidas. Fórmulas de Integração

RESUMO DE INTEGRAIS. d dx. NOTA MENTAL: Não esquecer a constante para integrais indefinidas. Fórmulas de Integração RESUMO DE INTEGRAIS INTEGRAL INDEFINIDA A rte de encontrr ntiderivds é chmd de integrção. Desse modo, o plicr integrl dos dois ldos d equção, encontrmos tl d ntiderivd: f (x) = d dx [F (x)] f (x)dx = F

Leia mais

A integral de Riemann e Aplicações Aula 28

A integral de Riemann e Aplicações Aula 28 A integrl de Riemnn - Continução Aplicções d Integrl A integrl de Riemnn e Aplicções Aul 28 Alexndre Nolsco de Crvlho Universidde de São Pulo São Crlos SP, Brzil 16 de Mio de 2014 Primeiro Semestre de

Leia mais

META: Introduzir o conceito de integração de funções de variáveis complexas.

META: Introduzir o conceito de integração de funções de variáveis complexas. Integrção omplex AULA 7 META: Introduzir o conceito de integrção de funções de vriáveis complexs. OBJETIVOS: Ao fim d ul os lunos deverão ser cpzes de: Definir integrl de um função complex. lculr integrl

Leia mais

ALGEBRA LINEAR AUTOVALORES E AUTOVETORES. Prof. Ademilson

ALGEBRA LINEAR AUTOVALORES E AUTOVETORES. Prof. Ademilson LGEBR LINER UTOVLORES E UTOVETORES Prof. demilson utovlores e utovetores utovlores e utovetores são conceitos importntes de mtemátic, com plicções prátics em áres diversificds como mecânic quântic, processmento

Leia mais

dx f(x) dx p(x). dx p(x) + dx f (n) n! i=1 f(x i) l i (x) ), a aproximação seria então dada por f(x i ) l i (x) = i=1 i=1 C i f(x i ), i=1 C i =

dx f(x) dx p(x). dx p(x) + dx f (n) n! i=1 f(x i) l i (x) ), a aproximação seria então dada por f(x i ) l i (x) = i=1 i=1 C i f(x i ), i=1 C i = Cpítulo 7 Integrção numéric 71 Qudrtur por interpolção O método de qudrtur por interpolção consiste em utilizr um polinômio interpolnte p(x) pr proximr o integrndo f(x) no domínio de integrção [, b] Dess

Leia mais

Introdução à Integral Definida. Aula 04 Matemática II Agronomia Prof. Danilene Donin Berticelli

Introdução à Integral Definida. Aula 04 Matemática II Agronomia Prof. Danilene Donin Berticelli Introdução à Integrl Definid Aul 04 Mtemátic II Agronomi Prof. Dnilene Donin Berticelli Áre Desde os tempos mis ntigos os mtemáticos se preocupm com o prolem de determinr áre de um figur pln. O procedimento

Leia mais