Fluxo Sangüíneo: Uma Aplicação da Integral de Riemann

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Fluxo Sangüíneo: Uma Aplicação da Integral de Riemann"

Transcrição

1 Fluxo Sagüíeo: Uma Aplicação da Itegral de Riema Uiversidade Federal de Uberlâdia Faculdade de Matemática Mariaa Ferades dos Satos Villela Patrícia Borges dos Satos Rosaa Sueli da Motta Jafelice Itrodução Neste trabalho o fluxo sagüíeo será apresetado como uma aplicação da itegral de Riema. Iiciamos com uma breve biografia de Riema, e, em seguida com as oções ecessárias para a defiição de itegral através das somas de Riema. A seguir, é dada uma explicação do fucioameto do sistema circulatório, e a partir daí, apresetaremos a Lei de Poiseuille. Esta lei foi descoberta por Jea Louis Poiseuille ( ), fisiologista e físico fracês, e os dá a partir da expressão da velocidade do sague a fórmula do fluxo sagüíeo [2]. O objetivo deste trabalho é ecotrar uma expressão matemática que os permita calcular o fluxo sagüíeo de uma artéria obstruída, pelo acúmulo de colesterol, utilizado duas aproximações geométricas diferetes desta obstrução. A História de Riema Georg Friedrich Berhard Riema, filho de um pastor luterao, foi educado em codições modestas. Era uma pessoa tímida e fisicamete frágil. Com boa istrução em Berlim e depois em Göttige, obteve seu doutorameto com uma tese sobre teoria das fuções de variáveis complexas, ode aparecem as equações deomiadas de Cauchy- Riema, embora lá fossem cohecidas por Euler e D'Alembert. Neste trabalho já estabelece o coceito de superfície de Riema que desempeharia papel fudametal em Aálise. Riema foi omeado professor a Uiversidade de Göttige em 1854, apresetou um trabalho perate o corpo docete e que resultou a mais célebre coferêcia da história da Matemática. Nele estava uma ampla e profuda visão da Geometria e seus fudametos que até etão permaecia margializada.

2 Ao cotrário de Euclides e em setido mais amplo do que Lobachevsky, observou que seria ecessário tratar-se de potos, ou de retas, ou do espaço ão o setido comum, mas como uma coleção de -uplas que são combiadas segudo certas regras, uma das quais, a de achar distâcia etre dois potos ifiitamete próximos. Para Riema, o plao é uma superfície de uma esfera e reta, o círculo máximo sobre a esfera. Com os estudos de espaços métricos em geral com curvatura, torou-se possível a teoria da relatividade, cotribuido assim para o desevolvimeto da Física. Riema coseguiu muitos teoremas em Teoria dos Números, relacioado-os com Aálise, ode ecotramos também a equação de Cauchy-Riera que é uma cocepção ituitiva e geométrica da Aálise, em cotraste com a aritmetização de Weierstrass. Por volta de 1854, realizou um estudo bem mais aprofudado sobre a itegral e em sua homeagem a itegral estudada por ele passou a receber o ome de Itegral de Riema. Tal ome serve para distiguir essa itegral de outras que foram itroduzidas mais tarde, como por exemplo, a Itegral de Lebesgue. A forma usada para itroduzir o coceito de Itegral de Riema os cursos de Cálculo é a versão devida a Cauchy. O que justifica isto é que, ela é simples e bastate acessível aos aluos de um curso de iicial de Cálculo, além de ateder aos propósitos de um curso desta atureza. Nos cursos de Aálise Matemática apreseta-se uma versão mais refiada, a Itegral de Darboux-Riema, usado os coceitos de soma iferior, soma superior, itegral iferior e itegral superior, que correspodem ao método de exaustão usado, respectivamete, polígoos iscritos e polígoos circuscritos. Mas, para que iguém alimete idéias equivocadas, observamos que as diversas defiições da Itegral de Riema mecioadas são equivaletes e a difereça etre elas se situa a adequação das defiições para a obteção das propriedades da referida Itegral. Em 1859, Riema foi omeado sucessor de Dirichlet a cadeira de Göttige já ocupada por Euler. Com seu estado de saúde sempre precário, acabou por morrer em 1866 em coseqüêcia de uma tuberculose. Itegral de Riema

3 Seja f: [a,b] R limitada ão egativa, isto é, f(x) > 0 ou f(x) = 0 para todo x em [a,b] e tomemos uma partição: x 0 = a < x 1 <... < x = b, do itervalo [a,b] que teha todos os ( ) b a subitervalos com o mesmo comprimeto dx =. Tomaremos apeas os primeiros potos da partição e faremos uma aálise geométrica da curva o subitervalo [x o,x 1 ] (veja Figura 1). Para os outros subitervalos ocorre uma situação similar. A área sob a curva o itervalo [x o,x 1 ] pode ser obtida através da área S 1 do retâgulo cuja base mede dx = x 1 -x o e a altura é a liha tracejada cuja medida é dada por f(c 1 ) ode c 1 é um poto em [x o,x 1 ]. Figura 1: Represetação da soma das áreas dos retâgulos sob a curva. Existe uma compesação da área "braca" que fica acima da curva e detro do retâgulo que fica abaixo da curva e fora do retâgulo. Em cada subitervalo I j =[x j,x j+1 ] desta partição tomamos um poto geérico qualquer c j e formamos retâgulos, todos com as bases de medida dx e alturas dadas por: f(c 1 ), f(c 2 ),..., f(c ). Se a partição tem subitervalos, deotamos por S a soma das áreas dos retâgulos: ( ) S = f ( c ) dx + f ( c ) dx f ( c ) dx = f c dx 1 2 j j= 1 sedo a soma realizada sobre todos os j=1,...,. Se essas somas forem calculadas para todos os valores de, formaremos uma seqüêcia: {S 1, S 2,..., S,...}. Se esta seqüêcia umérica {S } é covergete para um úmero real bem defiido, diz-se que f é itegrável o itervalo [a,b], e o valor do limite desta seqüêcia é deotado por: a ( ) lim ( j ) b f x dx = f c dx (1) x j = 1 A expressão da esquerda é a itegral de f etre os limitates de itegração a e b e a expressão da direita é o limite da seqüêcia de somas parciais S.

4 A itegral defiida por (1) é deomiada Itegral de Riema e as somas S = j= 1 ( j ) f c dx são chamadas de somas de Riema. Temos esta defiição uma partição muito particular do itervalo [a,b], subdividido-o em partes iguais, podemos refazer o processo com itervalos de comprimetos diferetes, sedo cada itervalo da forma [x j,x j+1 ] e comprimetos dx j =x j+1 -x j. Assim, as somas de Riema S tomam a forma ( ) S = f ( c ) dx + f ( c ) dx f ( c ) dx = f c dx j j j= 1 Ao proceder desta forma temos que tomar uma precaução adicioal, ou seja, ão basta tomar o limite de S quado, mas temos que acrescetar a codição que o maior dos comprimetos dx 1,..., dx deve covergir para zero. Com isto, temos a otação: b a ( ) lim ( j ) f x dx = f c dx p 0 j = 1 ode P =max{dx 1,...,dx }, isto é, é a orma da partição P, [4]. j O sistema circulatório Os aimais têm de realizar, iterruptamete, trocas de substâcias com o ambiete, pois todas as suas células precisam receber utrietes e oxigêio, e elimiar gás carbôico e outros resíduos tóxicos produzidos o metabolismo, e isso, o homem se dá pelo o sistema circulatório fechado. O sistema circulatório possui diversas fuções, as quais são: o trasporte de utrietes, o trasporte de oxigêio, a remoção do gás carbôico, a remoção das excreções, o trasporte de hormôios e o trasporte de células e de aticorpos do sistema imuológico. Os compoetes desse sistema são: sague, vasos sagüíeos e o coração. Sague O sague humao é costituído por um líquido amarelado, o plasma, e por três tipos de elemetos celulares, as hemácias, os leucócitos e as plaquetas (veja Figura 2). No plasma 92% de seu peso é água, sedo o restate devido à preseça de proteías, sais e substâcias diversas, tais como utrietes, gases, excreções e hormôios. As hemácias,

5 também cohecida como glóbulo vermelho, são células especializadas o trasporte de oxigêio, e já os leucócitos ou glóbulos bracos são células resposáveis pela defesa do orgaismo. E, por fim, as plaquetas são pequeas células ovais, as quais participam ativamete do processo de coagulação do sague. Figura 2: Composição do sague. Artérias, veias e capilares sagüíeos As artérias são vasos que levam sague do coração para os órgãos e tecidos do corpo, sua parede é espessa e cotém três camadas de tecidos, o edotélio, tecido muscular liso e o tecido cojutivo. Os capilares sagüíeos são vasos muito fios que ligam as arteríolas (artérias fiíssimas, que se ecotra os órgãos e tecidos) às vêulas (vasos muito fios que se coectam, o lado oposto às arteríolas, aos capilares sagüíeos, que se uem para formar veias progressivamete maiores). As veias são vasos que levam o sague dos órgãos e tecidos de volta ao coração. A parede das veias é formada por três camadas, equivaletes às da artéria. Etretato, as camadas mediaas e exteras das veias são meos espessas. Nas veias ecotram-se válvulas que impedem o refluxo do sague, o que garate a circulação em um úico setido (Figura 3).

6 Figura 3: Esquema ilustrado difereças etre artérias, veias e capilares. Coração O coração é um órgão musculoso, do tamaho aproximado de um puho fechado e com peso aproximadamete de 400g. Ele apreseta quatro cavidades iteras, deomiadas câmaras cardíacas, duas superiores que são os átrios e duas iferiores, os vetrículos (veja Figura 4). O átrio direito se comuica com o vetrículo direito por meio da válvula tricúspide e o átrio esquerdo comuica com o vetrículo esquerdo pela válvula bicúspide, os quais têm como fuções garatir a circulação do sague o coração em um úico setido, dos átrios para os vetrículos. As câmaras do coração cotraem-se e dilatam-se alteradamete, em média, 70 vezes por miuto. A cotração de uma câmara cardíaca é deomiada sístole e seu relaxameto diástole. A freqüêcia cardíaca varia de acordo com o grau de atividades e situação emocioal em que se ecotra uma pessoa, e este cotrole da freqüêcia é feito pelo ódulo sio-atrial. Figura 4: Represetação do coração.

7 Fisiologia da circulação sagüíea A circulação saguíea pode ser descrita de uma forma simples do seguite modo: o sague, após ser oxigeado os pulmões dirige-se para a aurícula esquerda do coração passado pelas veias pulmoares. Em seguida, é trasferido para o vetrículo esquerdo através da válvula mitral e deste é bombeado para todo o corpo. À saída do vetrículo esquerdo, passa pela válvula aórtica, que dá passagem para a artéria aorta e é coduzido através de uma rede complexa de artérias cada vez meores, ido alimetar todas as células. Após as trocas gasosas, de utrietes e de detritos existetes ao ível celular, o sague regressa ao coração através de veias cada vez de maior dimesão, até etrarem o coração através da veia cava em direção à aurícula direita. A passagem da aurícula direita para o vetrículo direito é feita através da válvula tricúspide e, a partir do vetrículo direito, o sague passa aida a válvula pulmoar que dá acesso à artéria pulmoar que o coduz o setido dos pulmões ode será oxigeado [1]. A biofísica da circulação sagüíea A hidrodiâmica é a área da mecâica dos fluidos que estuda o seu movimeto. Existem essecialmete dois tipos de fluidos, um que é cosiderado ideal, ou seja, que ão tem viscosidade e os fluidos viscosos, aqueles que apresetam viscosidade. A viscosidade é a gradeza que mede a fricção existete etre camadas adjacetes de um fluido ou, de um poto de vista prático, é a dificuldade ou facilidade com que um fluido escorre. A maioria dos fluidos apreseta viscosidade, em particular, a grade parte dos fluidos biológicos, cujo exemplo que os iteressa é o sague. Estes são caracterizados por uma viscosidade ão desprezível. A coseqüêcia mais visível de se cosiderar a viscosidade de um fluido um escoameto é o seu perfil de velocidade. Também relacioado com a viscosidade do fluido está o tipo de escoameto que este apreseta. Na verdade, em fluidos reais, com viscosidade ão ula, verifica-se que para valores de velocidade do fluido abaixo de certo valor, o escoameto é cosiderado lamiar, isto é, todas as partículas do líquido se movem paralelamete ao tubo e a velocidade aumeta uiformemete a partir de zero a parede, em direção ao cetro. No etato, quado esse valor é ultrapassado, o escoameto passa a ser turbuleto.

8 No corpo humao a pressão do sague se deve a cotribuição da pressão estática, da pressão diâmica e da pressão mecâica. Em virtude do próprio peso do sague as artérias e veias estão sob a pressão estática, que depederá da altura da colua de sague em relação ao pé. A cotribuição da pressão diâmica é em virtude das diversas velocidades do sague o corpo. O efeito da pressão mecâica é em virtude do coração, que ao bombear o sague para o corpo está lhe exercedo certa pressão. No percurso do sague haverá variações de pressão sagüíea pelo corpo, muito em virtude dos efeitos da viscosidade. Um outro fato iteressate é que a pressão do sague arterial (sague rico em oxigêio) é maior que a do sague veoso (sague rico em gás carbôico). Isto se deve ao fato do sague arterial ter o auxílio do coração para ser bombeado para o resto do corpo, o que ão ocorre com o sague veoso. Para aplicar à circulação saguíea algus dos resultados da hidrodiâmica, é ecessário aalisar as propriedades do sague e assumir algumas aproximações. Ates de tudo, deve ter-se presete que o sague, embora seja cosiderado como um fluido homogêeo, a verdade, é costituído por diversas partículas em suspesão, o que, do poto de vista de aálise do seu escoameto, tora a sua descrição particularmete difícil, omeadamete, quado os vasos que o coduzem são muito estreitos. Um segudo poto, prede-se com a elasticidade dos vasos que coduzem o sague. Apesar de se aceitar, que o sague circula através de tubos rígidos, esta aproximação ão é verdadeira, uma vez que, como se sabe, as paredes dos vasos são extremamete elásticas, sedo, iclusivamete, um fator importate de regulação do fluxo sagüíeo [6]. O cietista fracês Jea Louis Poiseuille ( ) se iteressou bastate por questões relacioadas com a circulação saguíea e determiou experimetalmete como variava a velocidade do sague, o que posteriormete pôde ser deduzido teoricamete. Cosideremos o fluxo de sague em um vaso sagüíeo. Um segmeto de uma artéria ou de uma veia pode ser ecarado como um tubo cilídrico de diâmetro costate. Admitamos que a secção trasversal seja um círculo de raio R. O sague possui viscosidade que é represetado por η (letra grega eta). A viscosidade é medida em poise, a qual é cm -1 g s -1 o sistema CGS (cm = cetímetro, g = grama, s = segudo). Também há atrito as paredes do tubo. A velocidade do sague em cotato com a parede do vaso é zero e a velocidade é máxima ao logo do eixo do cetro do tubo. O fluxo sagüíeo pode ser lamiar, quado os vasos sagüíeos estão em codições ormais, ou turbuleto, por exemplo, em um vaso que é parcialmete obstruído. A palavra poise para a uidade de viscosidade é uma abreviação de Poiseuille, vide bibliografia [5].

9 Agora admitamos um fluxo lamiar. Seja r a distâcia a qualquer poto do líquido a partir do eixo do tubo (veja Figura 5). Etão a velocidade v é uma fução de r. Podemos escrever v = v(r). O domíio da fução é o itervalo 0 r R. Etão a velocidade v (cm s -1 ) é P 4ηL 2 2 v = (R - r ) ode L represeta o comprimeto do tubo (cm), extremos do tubo (cm -1 g s -2 ), R e η foram defiidos ateriormete. P a difereça de pressão etre os dois Figura 5: Represetação da distâcia r a partir do eixo do tubo. Claramete, v = 0 para r = R. Para r =0 a velocidade alcaça o seu máximo. Etão a imagem da fução é 0 v P R 2 4ηL. Para coceituar a lei de Poiseuille, é importate defiir primeiramete fluxo, o qual é a quatidade de fluido que passa por um determiado poto da circulação em um dado período de tempo. Da mesma forma esta defiição serve para o fluxo sagüíeo que é, geralmete, expresso em mililitros, ou litros por miuto e o total da circulação de uma pessoa adulta em repouso é de cerca de ml por miuto. A isto deomia-se débito cardíaco, porque costitui a quatidade de sague bombeada por cada vetrículo do coração um período uitário de tempo. Portato, é claro que essa mesma quatidade de sague deve passar através de ambas as circulações sistêmica e pulmoar. O fluxo sagüíeo varia bastate os diferetes tecidos e em determiados tecidos ecessitam de um fluxo bem maior do que outros. Tecidos como músculos esqueléticos apresetam grades variações o fluxo sagüíeo através dos mesmos em diferetes situações: Durate o repouso o fluxo é relativamete pequeo, mas aumeta sigificativamete durate o trabalho, quado o cosumo de oxigêio e demais utrietes aumeta e a produção de gás carbôico e outros elemetos também aumeta.

10 Com isso, a seguite lei defiida por Poiseuille é que o fluxo ϕ de um tubo cilídrico trasportado um líquido viscoso com o raio R, comprimeto L, pressão P e coeficiete de viscosidade η: 4 R P. π ϕ = 8ηL Esta lei tem extrema importâcia para o estudo do fluxo sagüíeo [3], e será deduzida a próxima secção. Fluxo Sagüíeo: Uma Aplicação da Itegral de Riema Vamos agora calcular o volume de sague que flui através de uma secção da artéria, ou seja, o fluxo sagüíeo. Para tato, dividamos o itervalo 0 < r < R em subitervalos iguais, de comprimeto r, tal que r j seja o iício do j-ésimo subitervalo. Estes subitervalos determiam aéis cocêtricos, coforme Figura 6: Figura 6: Represetação de uma artéria subdividida em aéis cocêtricos. Quado r é pequeo, a área do j-ésimo ael é aproximadamete igual à área de um retâgulo cujo comprimeto é a circuferêcia do meor perímetro do ael e cuja largura é r, isto é, Área do j-ésimo ael 2π r r. A multiplicação da área do j-ésimo ael (cm 2 ) pela velocidade do fluxo sagüíeo através dele forece a razão (cm 3 s -1 ) com que o sague escoa. Como a velocidade do sague através do j-ésimo ael é aproximadamete igual a v(r j ) cm s -1, segue-se que: j

11 Fluxo saguíeo através do j-ésimo ael área do velocidade do sague j-ésimo ael através do j-ésimo ael ( 2π rj r) v( rj ) P 2 2 ( 2π rj r) ( R - rj ) 4ηL P 2 3 2π ( R r j - rj ) r 4ηL O fluxo através da secção iteira é a soma das razões associadas a cada um dos aéis cocêtricos, ou seja, P 2 3 Fluxo 2π ( R r j - rj ) r 4ηL j= 1 Por coseguite, quado cresce ao ifiito, o somatório tede para o valor verdadeiro do fluxo, P 2 3 Fluxo = ϕ = lim 2 ( R r j - rj ) r 4ηL π j = 1 R P 2 3 = 2π ( R r - r ) dr 0 4ηL = 2π r - 4ηL P R 2 r R 0 π R 8ηL 4 3 = P / cm s Esta é a expressão matemática da Lei de Poiseuille. A depedêcia com o iverso da viscosidade e do comprimeto do tubo é atural: quato mais comprido for o tubo, para uma mesma difereça de pressão, meor deverá ser o fluxo. O mesmo se aplica à depedêcia com a viscosidade: quato mais viscoso for o fluido, meor deverá ser o fluxo. Curiosa é a depedêcia do fluxo sagüíeo com o raio da secção reta ser com a quarta potêcia de R, [2] e [3]! Exemplo Para termos uma visão mais ampla da Lei de Poiseuille, e da expressão da velocidade, estudaremos um exemplo umérico, o qual foi escolhido por ser o mais realista possível.

12 Cosideremos o sague arterial com sua maior cocetração de O 2 ligado à hemoglobia. Para o sague humao sua viscosidade é um pouco iferior, à do sague veoso, em média η = 0,027 poise. O sague flui através de uma arteríola (capilar arterial largo) de comprimeto L = 2 cm e raio R = cm. Em uma extremidade, a pressão é maior do que a outra e essa difereça é por: P = cm -1 g s -2. Etão a velocidade é dada P 4 10 v = (R - r ) = ( r ) cm s v = 1,185-1,85 10 r cm s 4ηL 4 0, ( ) ( ) ( ) e a seguir ilustraremos a depedêcia da velocidade com a distâcia a qualquer poto do líquido a partir do eixo do tubo, ou seja, r, com o gráfico da Figura 7: Velocidade (cm/s) Distacia (cm) x 10-3 Figura 7: Gráfico da velocidade x distâcia em relação ao eixo cetral da artéria. E o fluxo é dado por: π R π (8 10 ) π ϕ = P = (4 10 ) = (4 10 ) ϕ = 1, ηL 8 0, , ( cm s )

13 arteríola. Veja o gráfico da Figura 8 como o fluxo varia de acordo com a variação do raio da 1.2 x Fluxo (cm 3 /s) Raio (cm) x 10-3 Figura 8: Gráfico do fluxo x raio da artéria. Artéria aorta e o fluxo sagüíeo Vamos aalisar o que se passa ao ível da artéria aorta, lembrado que artéria aorta é a mais importate artéria do sistema circulatório do corpo humao. Dela se derivam todas as outras artérias do orgaismo. A aorta se iicia o coração, a base do vetrículo esquerdo, e termia à altura da quarta vértebra lombar, ode se divide as artérias ilíacas comus. O poise (P), como havíamos dito, é a uidade de viscosidade diâmica o sistema CGS de uidades. A uidade aáloga o Sistema Iteracioal de Uidades é o Pascal segudo (Pa s):1 Pa s = 1 kg m 1 s 1 = 10 P (poise) [5]. Assim, tedo em vista que o diâmetro da artéria aorta é cerca de 2 cm, admitido que o seu comprimeto é aproximadamete 40 cm, e que a difereça de pressão é 32.6 Pa, sabedo que a viscosidade do sague é de aproximadamete de η = Pa s, facilmete se calcula a velocidade do sague que ela circula o eixo cetral e o fluxo sagüíeo:

14 P v = (R - r ) = -3 ( 0.01 ) v = 0,51 ( m s ) e 4ηL π R π (10 ) ϕ = P ϕ = (32,6) ϕ = ηL ,4 ( m s ) Ifarto O miocárdio (músculo do coração) recebe alimetos e oxigêio através das artérias coroárias, os primeiros ramos da aorta, ou seja, o coração é o primeiro a usufruir de seu próprio trabalho. Uma das formas de ocorrer um ifarto é pelo acúmulo de colesterol (lipoproteía de alta desidade) que pode se acumular as paredes da aorta, dificultado a utrição do miocárdio, e, isto ocasioa uma redução a área trasversal da aorta e produz uma pressão diâmica maior, ocasioado uma redução a pressão mecâica (veja Figura 9). Com uma redução da pressão mecâica, ocorre um refluxo a coroária e coseqüetemete uma isquemia (suspesão localizada de irrigação saguíea devida à má perfusão circulatória arterial). Sem receber utriete e oxigêio o músculo cardíaco morre, isto é, ocorre o ifarto agudo do miocárdio. Existem outras formas de ocorrer ifarto, como por exemplo, pela aterosclerose (etupimeto) das coroárias em virtude do acúmulo de LP(a) e LDL, dois tipos de colesteróis, chamados de maus colesteróis. Figura 9: Represetação do coração após ocorrer ifarto, e em destaque a artéria obstruída.

15 Com esta defiição, vamos verificar o que acotece com o fluxo sagüíeo caso haja um etupimeto parcial de uma artéria. Supoha que ocorra uma obstrução essa artéria de 25%, assim vamos modelar duas situações de obstrução cujas aproximações serão descritas as Figuras 10 e 11. Para o cálculo do fluxo sagüíeo (ϕ 1 ) da artéria obstruída como a Figura 10, fizemos o mesmo procedimeto, pelo qual deduzimos a Lei de Poiseuille. Dividido o itervalo 0 < r < R em subitervalos iguais, de comprimeto r, tal que r j seja o iício do j- ésimo subitervalo. Assim, a área do j-ésimo ael é aproximadamete igual à área de um retâgulo cujo comprimeto é a circuferêcia do meor perímetro do ael e cuja largura é r. A circuferêcia do meor perímetro do ael que estamos cosiderado agora é dado π 3π 3π por: 2π rj rj rj, e etão a área do j-ésimo ael é rj r Figura 10: Represetação uma artéria com 25% de obstrução a área da secção trasversal. Logo, podemos obter o fluxo sagüíeo: Fluxo saguíeo através do j-ésimo ael área do velocidade do sague j-ésimo ael através do j-ésimo ael 3π r j r v r 2 ( j ) 3π 2 2 r j r k1 ( R - r j ) 2 3π 2 k ( R 2 r - r 3 ) 1 j j r

16 P ode, k1 =, sedo L o comprimeto da artéria ode ocorreu a obstrução e P 1 a pressão 4ηL este local. Assim como feito ateriormete, itegrado essa expressão obteremos: 3π k R ϕ s Fluxo = 1 = cm / Da mesma maeira, vamos agora calcular o volume de sague que flui através de uma secção da artéria obstruída (ϕ 2 ), ilustrada a Figura 11. Figura 11: Represetação uma artéria com 25% de obstrução a área da secção trasversal. Como a área da secção trasversal da artéria será reduzida de 25% teremos: π 2 R 100% 3 πt 2 75% t = R. 4 Desse modo, a velocidade será dada por: v = k2(t - r ) v = k 2 R - r 4, P2 ode, k2 =, sedo L o comprimeto da artéria ode ocorreu a obstrução e P 2 a pressão 4ηL este local. Etão o fluxo será dado por: Fluxo = ϕ2 = lim 2π k2 R rj - rj r j = R 4 3 = π k2 R r- r dr 0 4

17 r r π k 2 = 2 R R π k2r =. 32 Assim, supodo que os três casos o sague possua a mesma viscosidade (η), e cosiderado o mesmo comprimeto (L) da artéria, temos que: ϕ 4 P = ϕ 3 P 1 1 e ϕ 16 P = ϕ 9 P, 2 2 ou seja, a razão etre ϕ e ϕ 1 é proporcioal à razão etre P e P 1 e a razão etre ϕ e ϕ 2 é proporcioal à razão etre P e P 2. Aemia A aemia é uma aomalia caracterizada pela dimiuição da cocetração da hemoglobia detro das hemácias e pela redução a quatidade de hemácias o sague. Isso resulta em uma redução da capacidade do sague em trasportar o oxigêio aos tecidos, pois a hemoglobia, uma proteía presete as hemácias, é resposável pelo trasporte de oxigêio dos pulmões para os demais órgãos e tecidos e de dióxido de carboo destes para ser elimiado pelo pulmão. Os sitomas da aemia são variáveis, sedo os mais comus fadiga, fraqueza, palidez (pricipalmete ao ível das cojutivas), déficit de cocetração ou vertiges. Nos quadros mais severos podem aparecer taquicardia, palpitações. Afeta também a gegiva (causado, em casos mais graves, o seu sagrameto). Um dos sitomas acima, a taquicardia, se deve ao fato do sague de uma pessoa aêmica apresetar meor viscosidade e, cosequetemete, um maior fluxo através de seus vasos. Desse modo, para verificar esse fato, usamos a equação de fluxo, assim: π R 8ηL 4 3 Fluxo = P / com R o raio da artéria, L o comprimeto da artéria, η a viscosidade do sague e cm s P a variação da pressão. que: Como uma pessoa aêmica tem uma meor viscosidade, pela equação percebemos

18 π R 8ηL 4 3 Fluxo = P / dimiui o valor do deomiador, e etão haverá um aumeto do fluxo. Isto justifica o aumeto dos batimetos cardíacos. cm s Coclusão Neste trabalho estudamos uma aplicação da Itegral de Riema em um feômeo biológico, demostrado a Lei de Poiseuille e a fórmula do Fluxo Sagüíeo. A partir destes cohecimetos modelamos duas represetações geométricas da obstrução de uma artéria e calculamos as razões etre o fluxo sagüíeo de uma artéria ormal e os fluxos destas represetações da artéria obstruída. Referêcias Bibliográficas [1] Amabis & Martho, Biologia do orgaismo 2. Editora Modera, volume úico. [2] Batschelet, E., Itrodução à matemática para biocietistas. São Paulo: EDUSP,1978. [3] Hoffma, L. D.; Bradley, G. L., Cálculo: um curso modero e suas aplicações. Rio de Jaeiro: LTC,2002. [4] [5] [6]

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari MATEMÁTICA II Profa. Dra. Amada Liz Pacífico Mafrim Perticarrari amada@fcav.uesp.br O PROBLEMA DA ÁREA O PROBLEMA DA ÁREA Ecotre a área da região que está sob a curva y = f x de a até b. S = x, y a x b,

Leia mais

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari MATEMÁTICA II Profa. Dra. Amada Liz Pacífico Mafrim Perticarrari amada@fcav.uesp.br Ecotre a área da região que está sob a curva y = f x de a até b. S = x, y a x b, 0 y f x Isso sigifica que S, ilustrada

Leia mais

2.2. Séries de potências

2.2. Séries de potências Capítulo 2 Séries de Potêcias 2.. Itrodução Série de potêcias é uma série ifiita de termos variáveis. Assim, a teoria desevolvida para séries ifiitas de termos costates pode ser estedida para a aálise

Leia mais

11 Aplicações da Integral

11 Aplicações da Integral Aplicações da Itegral Ao itroduzirmos a Itegral Defiida vimos que ela pode ser usada para calcular áreas sob curvas. Veremos este capítulo que existem outras aplicações. Essas aplicações estedem-se aos

Leia mais

REOLOGIA DO ESCOAMENTO DO SANGUE EM ARTÉRIA

REOLOGIA DO ESCOAMENTO DO SANGUE EM ARTÉRIA REOLOGIA DO ESCOAMENTO DO SANGUE EM ARTÉRIA M. G. PEREIRA, R. A. MALAGONI 2 e J. R. D. FINZER 2,3 Uiversidade Federal de Uberlâdia, Faculdade de Medicia 2 Uiversidade Federal de Uberlâdia, Faculdade de

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA FATORES DE INFLUÊNCIA - TEORIA

CINÉTICA QUÍMICA FATORES DE INFLUÊNCIA - TEORIA Itrodução CINÉTICA QUÍMICA FATORES DE INFLUÊNCIA - TEORIA A Ciética Química estuda a velocidade com a qual as reações acotecem e os fatores que são capazes de realizar ifluêcia sobre ela. A medida mais

Leia mais

BÁRBARA DENICOL DO AMARAL RODRIGUEZ CINTHYA MARIA SCHNEIDER MENEGHETTI CRISTIANA ANDRADE POFFAL SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS. 1 a Edição

BÁRBARA DENICOL DO AMARAL RODRIGUEZ CINTHYA MARIA SCHNEIDER MENEGHETTI CRISTIANA ANDRADE POFFAL SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS. 1 a Edição BÁRBARA DENICOL DO AMARAL RODRIGUEZ CINTHYA MARIA SCHNEIDER MENEGHETTI CRISTIANA ANDRADE POFFAL SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS 1 a Edição Rio Grade 2017 Uiversidade Federal do Rio Grade - FURG NOTAS DE AULA DE CÁLCULO

Leia mais

Séquências e Séries Infinitas de Termos Constantes

Séquências e Séries Infinitas de Termos Constantes Capítulo Séquêcias e Séries Ifiitas de Termos Costates.. Itrodução Neste capítulo estamos iteressados em aalisar as séries ifiitas de termos costates. Etretato, para eteder as séries ifiitas devemos ates

Leia mais

CÁLCULO I. Exibir o cálculo de algumas integrais utilizando a denição;

CÁLCULO I. Exibir o cálculo de algumas integrais utilizando a denição; CÁLCULO I Prof Edilso Neri Júior Prof Adré Almeida Aula o 9: A Itegral de Riema Objetivos da Aula Deir a itegral de Riema; Exibir o cálculo de algumas itegrais utilizado a deição; Apresetar fuções que

Leia mais

DERIVADAS DE FUNÇÕES11

DERIVADAS DE FUNÇÕES11 DERIVADAS DE FUNÇÕES11 Gil da Costa Marques Fudametos de Matemática I 11.1 O cálculo diferecial 11. Difereças 11.3 Taxa de variação média 11.4 Taxa de variação istatâea e potual 11.5 Primeiros exemplos

Leia mais

Capítulo I Séries Numéricas

Capítulo I Séries Numéricas Capítulo I Séries Numéricas Capitulo I Séries. SÉRIES NÚMERICAS DEFINIÇÃO Sedo u, u,..., u,... uma sucessão umérica, chama-se série umérica de termo geral u à epressão que habitualmete se escreve u u...

Leia mais

DESIGUALDADES, LEIS LIMITE E TEOREMA DO LIMITE CENTRAL. todas as repetições). Então, para todo o número positivo ξ, teremos:

DESIGUALDADES, LEIS LIMITE E TEOREMA DO LIMITE CENTRAL. todas as repetições). Então, para todo o número positivo ξ, teremos: 48 DESIGUALDADES, LEIS LIMITE E TEOREMA DO LIMITE CENTRAL LEI DOS GRANDES NÚMEROS Pretede-se estudar o seguite problema: À medida que o úmero de repetições de uma experiêcia cresce, a frequêcia relativa

Leia mais

Limite, Continuidade e

Limite, Continuidade e Módulo Limite, Cotiuidade e Derivação Este módulo é dedicado, essecialmete, ao estudo das oções de limite, cotiuidade e derivabilidade para fuções reais de uma variável real e de propriedades básicas a

Leia mais

Capítulo VII: Soluções Numéricas de Equações Diferenciais Ordinárias

Capítulo VII: Soluções Numéricas de Equações Diferenciais Ordinárias Capítulo VII: Soluções Numéricas de Equações Difereciais Ordiárias 0. Itrodução Muitos feómeos as áreas das ciêcias egearias ecoomia etc. são modelados por equações difereciais. Supoa-se que se quer determiar

Leia mais

10 - Medidas de Variabilidade ou de Dispersão

10 - Medidas de Variabilidade ou de Dispersão 10 - Medidas de Variabilidade ou de Dispersão 10.1 Itrodução Localizado o cetro de uma distribuição de dados, o próximo passo será verificar a dispersão desses dados, buscado uma medida para essa dispersão.

Leia mais

DETERMINANDO A SIGNIFICÂNCIA ESTATÍSTICA PARA AS DIFERENÇAS ENTRE MÉDIAS

DETERMINANDO A SIGNIFICÂNCIA ESTATÍSTICA PARA AS DIFERENÇAS ENTRE MÉDIAS DTRMINANDO A SIGNIFIÂNIA STATÍSTIA PARA AS DIFRNÇAS NTR MÉDIAS Ferado Lag da Silveira Istituto de Física - UFRGS lag@if.ufrgs.br O objetivo desse texto é apresetar através de exemplos uméricos como se

Leia mais

Fundamentos de Análise Matemática Profª Ana Paula. Números reais

Fundamentos de Análise Matemática Profª Ana Paula. Números reais Fudametos de Aálise Matemática Profª Aa Paula Números reais 1,, 3, cojuto dos úmeros aturais 0,1,,3, cojuto dos úmeros iteiros p q /p e q cojuto dos úmeros racioais a, a 0 a 1 a a, a e a i 0, 1,, 3, 4,

Leia mais

( 1,2,4,8,16,32,... ) PG de razão 2 ( 5,5,5,5,5,5,5,... ) PG de razão 1 ( 100,50,25,... ) PG de razão ½ ( 2, 6,18, 54,162,...

( 1,2,4,8,16,32,... ) PG de razão 2 ( 5,5,5,5,5,5,5,... ) PG de razão 1 ( 100,50,25,... ) PG de razão ½ ( 2, 6,18, 54,162,... Progressões Geométricas Defiição Chama se progressão geométrica PG qualquer seqüêcia de úmeros reais ou complexos, ode cada termo a partir do segudo, é igual ao aterior, multiplicado por uma costate deomiada

Leia mais

Séries e aplicações15

Séries e aplicações15 Séries e aplicações5 Gil da Costa Marques Fudametos de Matemática I 5. Sequêcias 5. Séries 5. Séries especiais 5.4 Arquimedes e a quadratura da parábola 5.5 Sobre a Covergêcia de séries 5.6 Séries de Taylor

Leia mais

Séries de Fourier. As séries de Fourier são séries cujos termos são funções sinusoidais.

Séries de Fourier. As séries de Fourier são séries cujos termos são funções sinusoidais. Séries de Fourier As séries de Fourier são séries cujos termos são fuções siusoidais. Importâcia prática: uma fução periódica (em codições bastate gerais) pode ser represetada por uma série de Fourier;

Leia mais

Cálculo III - SMA 333. Notas de Aula

Cálculo III - SMA 333. Notas de Aula Cálculo III - SMA 333 Notas de Aula Sumário 1 Itrodução 2 2 Seqüêcias Numéricas 6 2.1 Defiição, Exemplos e Operações........................ 6 2.2 Seqüêcias Limitadas e Ilimitadas........................

Leia mais

Whats: PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

Whats: PROGRESSÃO GEOMÉTRICA Questões Vídeos 1. As áreas dos quadrados a seguir estão em progressão geométrica de razão 2. Podemos afirmar que os lados dos quadrados estão em a) progressão aritmética de razão 2. b) progressão geométrica

Leia mais

1. Definição e conceitos básicos de equações diferenciais

1. Definição e conceitos básicos de equações diferenciais Capítulo 7: Soluções Numéricas de Equações Difereciais Ordiárias. Itrodução Muitos feómeos as áreas das ciêcias, egearias, ecoomia, etc., são modelados por equações difereciais. Supoa-se que se quer determiar

Leia mais

Séries de Fourier. As séries de Fourier são séries cujos termos são funções sinusoidais.

Séries de Fourier. As séries de Fourier são séries cujos termos são funções sinusoidais. Séries de Fourier As séries de Fourier são séries cujos termos são fuções siusoidais. Importâcia prática: uma fução periódica (em codições bastate gerais) pode ser represetada por uma série de Fourier;

Leia mais

Sequências Reais e Seus Limites

Sequências Reais e Seus Limites Sequêcias Reais e Seus Limites Sumário. Itrodução....................... 2.2 Sequêcias de Números Reais............ 3.3 Exercícios........................ 8.4 Limites de Sequêcias de Números Reais......

Leia mais

Séries e Equações Diferenciais Lista 02 Séries Numéricas

Séries e Equações Diferenciais Lista 02 Séries Numéricas Séries e Equações Difereciais Lista 02 Séries Numéricas Professor: Daiel Herique Silva Defiições Iiciais ) Defia com suas palavras o coceito de série umérica, e explicite difereças etre sequêcia e série.

Leia mais

4 Teoria da Probabilidade

4 Teoria da Probabilidade 48 4 Teoria da Probabilidade Apresetam-se este capítulo coceitos de probabilidade e de estimação de fuções desidade de probabilidade ecessários ao desevolvimeto e compreesão do modelo proposto (capítulo

Leia mais

Alguns autores também denotam uma sequência usando parêntesis:

Alguns autores também denotam uma sequência usando parêntesis: Capítulo 3 Sequêcias e Séries Numéricas 3. Sequêcias Numéricas Uma sequêcia umérica é uma fução real com domíio N que, a cada associa um úmero real a. Os úmeros a são chamados termos da sequêcia. É comum

Leia mais

Cap. 4 - Estimação por Intervalo

Cap. 4 - Estimação por Intervalo Cap. 4 - Estimação por Itervalo Amostragem e iferêcia estatística População: cosiste a totalidade das observações em que estamos iteressados. Nº de observações a população é deomiado tamaho=n. Amostra:

Leia mais

Apresentação do Cálculo. Apresentação do Cálculo

Apresentação do Cálculo. Apresentação do Cálculo UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Apresetação do Cálculo

Leia mais

Exercícios de Aprofundamento Matemática Progressão Aritmética e Geométrica

Exercícios de Aprofundamento Matemática Progressão Aritmética e Geométrica Exercícios de Aprofudameto Matemática Progressão Aritmética e b. (Fuvest 05) Dadas as sequêcias a 4 4, b, c a a e d, b defiidas para valores iteiros positivos de, cosidere as seguites afirmações: I. a

Leia mais

Método alternativo para calcular a constante de Apéry

Método alternativo para calcular a constante de Apéry SCIENTIA PLENA VOL. 7, NUM. 4 0 www.scietiaplea.org.br Método alterativo para calcular a costate de Apéry S. R. Cruz; J. B. Oliveira; D. T. Feitosa; C. M. Silva Departameto de Matemática, Uiversidade de

Leia mais

Análise da Resposta Livre de Sistemas Dinâmicos de 2 a Ordem

Análise da Resposta Livre de Sistemas Dinâmicos de 2 a Ordem Aálise da Resposta Livre de Sistemas Diâmicos de Seguda Ordem 5 Aálise da Resposta Livre de Sistemas Diâmicos de a Ordem INTRODUÇÃO Estudaremos, agora, a resposta livre de sistemas diâmicos de a ordem

Leia mais

CPV O cursinho que mais aprova na fgv

CPV O cursinho que mais aprova na fgv CPV O cursiho que mais aprova a fgv FGV ecoomia a Fase 0/dezembro/0 MATEMÁTICA 0. Chamaremos de S() a soma dos algarismos do úmero iteiro positivo, e de P() o produto dos algarismos de. Por exemplo, se

Leia mais

S E Q U Ê N C I A S E L I M I T E S. Prof. Benito Frazão Pires. Uma sequência é uma lista ordenada de números

S E Q U Ê N C I A S E L I M I T E S. Prof. Benito Frazão Pires. Uma sequência é uma lista ordenada de números S E Q U Ê N C I A S E L I M I T E S Prof. Beito Frazão Pires Uma sequêcia é uma lista ordeada de úmeros a, a 2,..., a,... ) deomiados termos da sequêcia: a é o primeiro termo, a 2 é o segudo termo e assim

Leia mais

CAP. I ERROS EM CÁLCULO NUMÉRICO

CAP. I ERROS EM CÁLCULO NUMÉRICO CAP I ERROS EM CÁLCULO NUMÉRICO 0 Itrodução Por método umérico etede-se um método para calcular a solução de um problema realizado apeas uma sequêcia fiita de operações aritméticas A obteção de uma solução

Leia mais

Virgílio Mendonça da Costa e Silva

Virgílio Mendonça da Costa e Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA VIBRAÇÕES DOS SISTEMAS MECÂNICOS VIBRAÇÕES LIVRES COM AMORTECIMENTO DE SISTEMAS DE GL NOTAS DE AULAS Virgílio Medoça

Leia mais

Matemática E Extensivo V. 1

Matemática E Extensivo V. 1 Extesivo V. 0) a) r b) r c) r / d) r 7 0) A 0) B P.A. 7,,,... r a + ( ). a +. + 69 a 5 P.A. (r, r, r ) r ( r + r) 6r r r r 70 Exercícios 05) a 0 98 a a a 06) E 07) B 08) B 7 0 0; 8? P.A. ( 7, 65, 58,...)

Leia mais

... Newton e Leibniz criaram, cada qual em seu país e quase ao mesmo tempo, as bases do cálculo diferencial.

... Newton e Leibniz criaram, cada qual em seu país e quase ao mesmo tempo, as bases do cálculo diferencial. DERIVADAS INTRODUÇÃO O Cálculo Diferecial e Itegral, criado por Leibiz e Newto o século XVII, torou-se logo de iício um istrumeto precioso e imprescidível para a solução de vários problemas relativos à

Leia mais

Sucessões. , ou, apenas, u n. ,u n n. Casos Particulares: 1. Progressão aritmética de razão r e primeiro termo a: o seu termo geral é u n a n1r.

Sucessões. , ou, apenas, u n. ,u n n. Casos Particulares: 1. Progressão aritmética de razão r e primeiro termo a: o seu termo geral é u n a n1r. Sucessões Defiição: Uma sucessão de úmeros reais é uma aplicação u do cojuto dos úmeros iteiros positivos,, o cojuto dos úmeros reais,. A expressão u que associa a cada a sua imagem desiga-se por termo

Leia mais

O termo "linear" significa que todas as funções definidas no modelo matemático que descreve o problema devem ser lineares, isto é, se f( x1,x2

O termo linear significa que todas as funções definidas no modelo matemático que descreve o problema devem ser lineares, isto é, se f( x1,x2 MÓDULO 4 - PROBLEMAS DE TRANSPORTE Baseado em Novaes, Atôio Galvão, Métodos de Otimização: aplicações aos trasportes. Edgar Blücher, São Paulo, 978..CONCEITOS BÁSICOS DE PROGRAMAÇÃO LINEAR É uma técica

Leia mais

5. ANÁLISE DE SISTEMAS DA CONFIABILIADE DE SISTEMAS SÉRIE-PARALELO

5. ANÁLISE DE SISTEMAS DA CONFIABILIADE DE SISTEMAS SÉRIE-PARALELO 5. ANÁLISE DE SISTEMAS DA CONFIABILIADE DE SISTEMAS SÉRIE-PARALELO 5.1 INTRODUÇÃO Um sistema é defiido como todo o cojuto de compoetes itercoectados, previamete determiados, de forma a realizar um cojuto

Leia mais

AULA Subespaço, Base e Dimensão Subespaço.

AULA Subespaço, Base e Dimensão Subespaço. Note bem: a leitura destes apotametos ão dispesa de modo algum a leitura ateta da bibliografia pricipal da cadeira TÓPICOS Subespaço. ALA Chama-se a ateção para a importâcia do trabalho pessoal a realizar

Leia mais

Alguns autores também denotam uma sequência usando parêntesis:

Alguns autores também denotam uma sequência usando parêntesis: Capítulo 3 Sequêcias e Séries Numéricas 3. Sequêcias Numéricas Uma sequêcia umérica é uma fução real com domíio N que, a cada associa um úmero real a. Os úmeros a são chamados termos da sequêcia. É comum

Leia mais

CORDAS E TUBOS SONOROS TEORIA

CORDAS E TUBOS SONOROS TEORIA CORDAS E TUBOS SONOROS TEORIA Já vimos a formação de odas estacioárias de maeira geral. Agora, vamos estudar este assuto de forma mais específica. Primeiramete, vamos os cocetrar em uma corda, que pode

Leia mais

PROVA DE MATEMÁTICA DA UNIFESP VESTIBULAR 2011 RESOLUÇÃO: Profa. Maria Antônia Gouveia.

PROVA DE MATEMÁTICA DA UNIFESP VESTIBULAR 2011 RESOLUÇÃO: Profa. Maria Antônia Gouveia. PROVA DE MATEMÁTICA DA UNIFESP VESTIBULAR 0 Profa Maria Atôia Gouveia 6 A figura represeta um cabo de aço preso as etremidades de duas hastes de mesma altura h em relação a uma plataforma horizotal A represetação

Leia mais

1.1. Ordem e Precedência dos Cálculos 1) = Capítulo 1

1.1. Ordem e Precedência dos Cálculos 1) = Capítulo 1 Capítulo. Aritmética e Expressões Algébricas O estudo de cálculo exige muito mais que o cohecimeto de limite, derivada e itegral. Para que o apredizado seja satisfatório o domíio de tópicos de aritmética

Leia mais

n ) uma amostra aleatória da variável aleatória X.

n ) uma amostra aleatória da variável aleatória X. - Distribuições amostrais Cosidere uma população de objetos dos quais estamos iteressados em estudar uma determiada característica. Quado dizemos que a população tem distribuição FX ( x ), queremos dizer

Leia mais

Mas o que deixou de ser abordado na grande generalidade desses cursos foi o estudo dos produtos infinitos, mesmo que só no caso numérico real.

Mas o que deixou de ser abordado na grande generalidade desses cursos foi o estudo dos produtos infinitos, mesmo que só no caso numérico real. Resumo. O estudo das séries de termos reais, estudado as disciplias de Aálise Matemática da grade geeralidade dos cursos técicos de liceciatura, é aqui estedido ao corpo complexo, bem como ao caso em que

Leia mais

ESTIMAÇÃO DA PROPORÇÃO POPULACIONAL p

ESTIMAÇÃO DA PROPORÇÃO POPULACIONAL p ESTIMAÇÃO DA PROPORÇÃO POPULACIONAL p Objetivo Estimar uma proporção p (descohecida) de elemetos em uma população, apresetado certa característica de iteresse, a partir da iformação forecida por uma amostra.

Leia mais

Sumário. 2 Índice Remissivo 19

Sumário. 2 Índice Remissivo 19 i Sumário 1 Estatística Descritiva 1 1.1 Coceitos Básicos.................................... 1 1.1.1 Defiições importates............................. 1 1.2 Tabelas Estatísticas...................................

Leia mais

Estimação da média populacional

Estimação da média populacional Estimação da média populacioal 1 MÉTODO ESTATÍSTICO Aálise Descritiva Teoria das Probabilidades Iferêcia Os dados efetivamete observados parecem mostrar que...? Se a distribuição dos dados seguir uma certa

Leia mais

Estimadores de Momentos

Estimadores de Momentos Estimadores de Mometos A média populacioal é um caso particular daquilo que chamamos de mometo. Na realidade, ela é o primeiro mometo. Se X for uma v.a. cotíua, com desidade f(x; θ 1,..., θ r ), depededo

Leia mais

Sumário. 2 Índice Remissivo 17

Sumário. 2 Índice Remissivo 17 i Sumário 1 Itrodução à Iferêcia Estatística 1 1.1 Defiições Básicas................................... 1 1.2 Amostragem....................................... 2 1.2.1 Tipos de Amostragem.............................

Leia mais

Sobre a necessidade das hipóteses no Teorema do Ponto Fixo de Banach

Sobre a necessidade das hipóteses no Teorema do Ponto Fixo de Banach Sobre a ecessidade das hipóteses o Teorema do Poto Fio de Baach Marcelo Lopes Vieira Valdair Bofim Itrodução: O Teorema do Poto Fio de Baach é crucial a demostração de vários resultados importates da Matemática

Leia mais

Gases Introdução Lei de Boyle

Gases Introdução Lei de Boyle Itrodução Nos gases, as forças de atração itermoleculares são fracas, que permitem um movimeto rápido e idepedete das moléculas. Por outro lado, seu comportameto é cotrolado pelo seu volume, pressão, temperatura

Leia mais

Capítulo II - Sucessões e Séries de Números Reais

Capítulo II - Sucessões e Séries de Números Reais Capítulo II - Sucessões e Séries de Números Reais 2 Séries de úmeros reais Sabemos bem o que sigifica u 1 + u 2 + + u p = p =1 e cohecemos as propriedades desta operação - comutatividade, associatividade,

Leia mais

Cap. VI Histogramas e Curvas de Distribuição

Cap. VI Histogramas e Curvas de Distribuição TLF /11 Capítulo VI Histogramas e curvas de distribuição 6.1. Distribuições e histogramas. 6 6.. Distribuição limite 63 6.3. Sigificado da distribuição limite: frequêcia esperada e probabilidade de um

Leia mais

Estimar uma proporção p (desconhecida) de elementos em uma população, apresentando certa característica de interesse, a partir da informação

Estimar uma proporção p (desconhecida) de elementos em uma população, apresentando certa característica de interesse, a partir da informação ESTIMAÇÃO DA PROPORÇÃO POPULACIONAL p 1 Objetivo Estimar uma proporção p (descohecida) de elemetos em uma população, apresetado certa característica de iteresse, a partir da iformação forecida por uma

Leia mais

ENC 2003 MATEMÁTICA. Questão 1. 0 x 3 e. Questão 2. Questão 3. x 2 + 6xy + 6xy 4y 2, isto é: f(x,y) = x xy 4y 2. (valor: 5,0 pontos) x y 1: 3

ENC 2003 MATEMÁTICA. Questão 1. 0 x 3 e. Questão 2. Questão 3. x 2 + 6xy + 6xy 4y 2, isto é: f(x,y) = x xy 4y 2. (valor: 5,0 pontos) x y 1: 3 Questão a) A região de itegração é a região hachurada em: 0 x 3 e x : 3 x 3 0 3 x 3 3 3 3 b) I e ddx e dxd 0 0 0 x 3 (valor: 0,0 potos) 3 3 3 3 c) I e. x d 3. e d e e. 0 0 0 0 Questão a) Os elemetos do

Leia mais

Questão 1. Questão 2. Questão 4. Questão 3. alternativa C. alternativa B. alternativa D. alternativa A n 2 n! O valor de log 2. c) n. b) 2n.

Questão 1. Questão 2. Questão 4. Questão 3. alternativa C. alternativa B. alternativa D. alternativa A n 2 n! O valor de log 2. c) n. b) 2n. Questão 4 6 O valor de log :! a). b). c). d) log. e) log. Para iteiro positivo, 4 6 = = ( ) ( ) ( 3) ( ) = = ( 3 ) =! Portato 4 6! log = log!! = = log =. Questão Num determiado local, o litro de combustível,

Leia mais

Secção 1. Introdução às equações diferenciais

Secção 1. Introdução às equações diferenciais Secção. Itrodução às equações difereciais (Farlow: Sec..,.) Cosideremos um exemplo simples de um feómeo que pode ser descrito por uma equação diferecial. A velocidade de um corpo é defiida como o espaço

Leia mais

TRABALHO1 MEDIÇÕES, ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS E ERROS.

TRABALHO1 MEDIÇÕES, ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS E ERROS. TRABALHO1 MEDIÇÕES, ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS E ERROS. 1.1 Objectivos Medir gradezas físicas, utilizado os istrumetos adequados. Apresetar correctamete os resultados das medições, ao ível da utilização

Leia mais

Métodos iterativos. Métodos Iterativos para Sistemas Lineares

Métodos iterativos. Métodos Iterativos para Sistemas Lineares Métodos iterativos Métodos Iterativos para Sistemas Lieares Muitos sistemas lieares Ax = b são demasiado grades para serem resolvidos por métodos directos (por exemplo, se A é da ordem de 10000) á que

Leia mais

Stela Adami Vayego DEST/UFPR

Stela Adami Vayego DEST/UFPR Resumo 3 Resumo dos dados uméricos por meio de úmeros 1. Medidas de Tedêcia Cetral A tedêcia cetral da distribuição de freqüêcias de uma variável em um cojuto de dados é caracterizada pelo valor típico

Leia mais

Fundamentos de Análise Matemática Profª Ana Paula. Sequência Infinitas

Fundamentos de Análise Matemática Profª Ana Paula. Sequência Infinitas Fudametos de Aálise Matemática Profª Aa Paula Sequêcia Ifiitas Defiição 1: Uma sequêcia umérica a 1, a 2, a 3,,a,é uma fução, defiida o cojuto dos úmeros aturais : f : f a Notação: O úmero é chamado de

Leia mais

Stela Adami Vayego DEST/UFPR

Stela Adami Vayego DEST/UFPR Resumo 3 Resumo dos dados uméricos por meio de úmeros. Medidas de Tedêcia Cetral A tedêcia cetral da distribuição de freqüêcias de uma variável em um cojuto de dados é caracterizada pelo valor típico dessa

Leia mais

AMOSTRAGEM ALEATÓRIA DISTRIBUIÇÕES POR AMOSTRAGEM

AMOSTRAGEM ALEATÓRIA DISTRIBUIÇÕES POR AMOSTRAGEM 6 AMOSTRAGEM ALEATÓRIA DISTRIBUIÇÕES POR AMOSTRAGEM Quado se pretede estudar uma determiada população, aalisam-se certas características ou variáveis dessa população. Essas variáveis poderão ser discretas

Leia mais

Seqüências e Séries. Notas de Aula 4º Bimestre/2010 1º ano - Matemática Cálculo Diferencial e Integral I Profª Drª Gilcilene Sanchez de Paulo

Seqüências e Séries. Notas de Aula 4º Bimestre/2010 1º ano - Matemática Cálculo Diferencial e Integral I Profª Drª Gilcilene Sanchez de Paulo Seqüêcias e Séries Notas de Aula 4º Bimestre/200 º ao - Matemática Cálculo Diferecial e Itegral I Profª Drª Gilcilee Sachez de Paulo Seqüêcias e Séries Para x R, podemos em geral, obter sex, e x, lx, arctgx

Leia mais

Cálculo II Sucessões de números reais revisões

Cálculo II Sucessões de números reais revisões Ídice 1 Defiição e exemplos Cálculo II Sucessões de úmeros reais revisões Mestrado Itegrado em Egeharia Aeroáutica Mestrado Itegrado em Egeharia Civil Atóio Beto beto@ubi.pt Departameto de Matemática Uiversidade

Leia mais

Dessa forma, concluímos que n deve ser ímpar e, como 120 é par, então essa sequência não possui termo central.

Dessa forma, concluímos que n deve ser ímpar e, como 120 é par, então essa sequência não possui termo central. Resoluções das atividades adicioais Capítulo Grupo A. a) a 9, a 7, a 8, a e a 79. b) a, a, a, a e a.. a) a, a, a, a 8 e a 6. 9 b) a, a 6, a, a 9 e a.. Se a 9 e a k são equidistates dos extremos, etão existe

Leia mais

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 1o Ao 00 - a Fase Proposta de resolução GRUPO I 1. Como a probabilidade do João acertar em cada tetativa é 0,, a probabilidade do João acertar as tetativas é 0, 0, 0, 0,

Leia mais

binomial seria quase simétrica. Nestas condições será também melhor a aproximação pela distribuição normal.

binomial seria quase simétrica. Nestas condições será também melhor a aproximação pela distribuição normal. biomial seria quase simétrica. Nestas codições será também melhor a aproximação pela distribuição ormal. Na prática, quado e p > 7, a distribuição ormal com parâmetros: µ p 99 σ p ( p) costitui uma boa

Leia mais

4. MEDIDAS DINÂMICAS CONCEITOS BÁSICOS

4. MEDIDAS DINÂMICAS CONCEITOS BÁSICOS 4. MEDIDAS DINÂMICAS CONCEITOS BÁSICOS Muitas vezes os experimetos requerem medidas de gradezas físicas que variam com o tempo. Para a correta medição destas gradezas, é ecessário cohecer as propriedades

Leia mais

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 11.º Ano Versão 2

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 11.º Ano Versão 2 FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A.º Ao Versão Aluo: N.º Turma: Professor: Classificação: Apresete o seu raciocíio de forma clara, idicado todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações

Leia mais

Teorema do limite central e es/mação da proporção populacional p

Teorema do limite central e es/mação da proporção populacional p Teorema do limite cetral e es/mação da proporção populacioal p 1 RESULTADO 1: Relembrado resultados importates Seja uma amostra aleatória de tamaho de uma variável aleatória X, com média µ e variâcia σ.temos

Leia mais

Matemática. B) Determine a equação da reta que contém a diagonal BD. C) Encontre as coordenadas do ponto de interseção das diagonais AC e BD.

Matemática. B) Determine a equação da reta que contém a diagonal BD. C) Encontre as coordenadas do ponto de interseção das diagonais AC e BD. Matemática 0. Um losago do plao cartesiao oxy tem vértices A(0,0), B(,0), C(,) e D(,). A) Determie a equação da reta que cotém a diagoal AC. B) Determie a equação da reta que cotém a diagoal BD. C) Ecotre

Leia mais

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 11.º Ano Versão 5

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 11.º Ano Versão 5 FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A.º Ao Versão 5 Nome: N.º Turma: Apresete o seu raciocíio de forma clara, idicado todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações ecessárias. Quado, para

Leia mais

CÁLCULO DIFERENCIAL. Conceito de derivada. Interpretação geométrica

CÁLCULO DIFERENCIAL. Conceito de derivada. Interpretação geométrica CÁLCULO DIFERENCIAL Coceito de derivada Iterpretação geométrica A oção fudametal do Cálculo Diferecial a derivada parece ter sido pela primeira vez explicitada o século XVII, pelo matemático fracês Pierre

Leia mais

Sucessão ou Sequência. Sucessão ou seqüência é todo conjunto que consideramos os elementos dispostos em certa ordem. janeiro,fevereiro,...

Sucessão ou Sequência. Sucessão ou seqüência é todo conjunto que consideramos os elementos dispostos em certa ordem. janeiro,fevereiro,... Curso Metor www.cursometor.wordpress.com Sucessão ou Sequêcia Defiição Sucessão ou seqüêcia é todo cojuto que cosideramos os elemetos dispostos em certa ordem. jaeiro,fevereiro,...,dezembro Exemplo : Exemplo

Leia mais

Universidade São Judas Tadeu Faculdade de Tecnologia e Ciências Exatas Laboratório de Física e Química

Universidade São Judas Tadeu Faculdade de Tecnologia e Ciências Exatas Laboratório de Física e Química Uiversidade São Judas Tadeu Faculdade de Tecologia e Ciêcias Exatas Laboratório de Física e Química Aálise de Medidas Físicas Quado fazemos uma medida, determiamos um úmero para caracterizar uma gradeza

Leia mais

Material Teórico - Módulo de ESTATÍSTICA. As Diferentes Médias. Primeiro Ano do Ensino Médio

Material Teórico - Módulo de ESTATÍSTICA. As Diferentes Médias. Primeiro Ano do Ensino Médio Material Teórico - Módulo de ESTATÍSTICA As Diferetes Médias Primeiro Ao do Esio Médio Autor: Prof Atoio Camiha Muiz Neto Revisor: Prof Fracisco Bruo Holada Nesta aula, pausamos a discussão de Estatística

Leia mais

Probabilidade II Aula 12

Probabilidade II Aula 12 Coteúdo Probabilidade II Aula Juho de 009 Desigualdade de Marov Desigualdade de Jese Lei Fraca dos Grades Números Môica Barros, D.Sc. Itrodução A variâcia de uma variável aleatória mede a dispersão em

Leia mais

NOTAÇÕES. Observação: Os sistemas de coordenadas considerados são os cartesianos retangulares.

NOTAÇÕES. Observação: Os sistemas de coordenadas considerados são os cartesianos retangulares. R C : cojuto dos úmeros reais : cojuto dos úmeros complexos i : uidade imagiária: i2 = 1 z Re(z) Im(z) det A : módulo do úmero z E C : parte real do úmero z E C : parte imagiária do úmero z E C : determiate

Leia mais

6.1 Estimativa de uma média populacional: grandes amostras. Definição: Um estimador é uma característica amostral (como a média amostral

6.1 Estimativa de uma média populacional: grandes amostras. Definição: Um estimador é uma característica amostral (como a média amostral 6 ESTIMAÇÃO 6.1 Estimativa de uma média populacioal: grades amostras Defiição: Um estimador é uma característica amostral (como a média amostral x ) utilizada para obter uma aproximação de um parâmetro

Leia mais

étodos uméricos MÉTODO DOS MOMENTOS - MOM Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

étodos uméricos MÉTODO DOS MOMENTOS - MOM Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA étodos uméricos MÉTODO DOS MOMETOS - MOM Prof. Erivelto Geraldo epomuceo PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EGEHARIA ELÉTRICA UIVERSIDADE DE JOÃO DEL-REI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA CETRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECOLÓGICA

Leia mais

FORMA TRIGONOMÉTRICA. Para ilustrar, calcularemos o argumento de z 1 i 3 e w 2 2i AULA 34 - NÚMEROS COMPLEXOS

FORMA TRIGONOMÉTRICA. Para ilustrar, calcularemos o argumento de z 1 i 3 e w 2 2i AULA 34 - NÚMEROS COMPLEXOS 145 AULA 34 - NÚMEROS COMPLEXOS FORMA TRIGONOMÉTRICA Argumeto de um Número Complexo Seja = a + bi um úmero complexo, sedo P seu afixo o plao complexo. Medido-se o âgulo formado pelo segmeto OP (módulo

Leia mais

As principais propriedades geométricas de figuras planas são:

As principais propriedades geométricas de figuras planas são: Tema IV. CRCTERÍSTICS GEOMÉTRICS DE FIGURS PLNS 4.1. Itrodução O dimesioameto e a verificação da capacidade resistete de barras, como de qualquer elemeto estrutural depedem de gradezas chamadas tesões,

Leia mais

Material Teórico - Módulo de Função Logarítmica. Função logarítmica e propriedades - Parte 3. Primeiro Ano - Ensino Médio

Material Teórico - Módulo de Função Logarítmica. Função logarítmica e propriedades - Parte 3. Primeiro Ano - Ensino Médio Material Teórico - Módulo de Fução Logarítmica Fução logarítmica e propriedades - Parte 3 Primeiro Ao - Esio Médio Autor: Prof. Agelo Papa Neto Revisor: Prof. Atoio Camiha M. Neto Nesta terceira parte,

Leia mais

Universidade de São Paulo Instituto de Física

Universidade de São Paulo Instituto de Física Equipe Uiversidade de São Paulo Istituto de Física 4331 Física Experimetal A NOTA POFESSO 1 1)... fução... Turma:... )... fução... Data:... 3)... fução... Mesa o :... EXP Movimeto uiformemete acelerado,

Leia mais

Objetivo. Estimar a média de uma variável aleatória X, que representa uma característica de interesse de uma população, a partir de uma amostra.

Objetivo. Estimar a média de uma variável aleatória X, que representa uma característica de interesse de uma população, a partir de uma amostra. Objetivo Estimar a média de uma variável aleatória X, que represeta uma característica de iteresse de uma população, a partir de uma amostra. Exemplos: : peso médio de homes a faixa etária de 20 a 30 aos,

Leia mais

CEDERJ - CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CEDERJ - CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CEDERJ - CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO MATERIAL DIDÁTICO IMPRESSO CURSO: Física DISCIPLINA: Iformática para o Esio de Física CONTEUDISTA: Carlos Eduardo Aguiar AULA

Leia mais

Uma relação entre sincronização no mapa do círculo e os números racionais

Uma relação entre sincronização no mapa do círculo e os números racionais Uma relação etre sicroização o mapa do círculo e os úmeros racioais Mariaa P. M. A. Baroi Elbert E. N. Macau Laboratório Associado de Computação e Matemática Aplicada Istituto Nacioal de Pesquisas Espaciais

Leia mais

-0,4-0,6 -0,9 -1,5 -3,4 -13,6 EXERCÍCIOS

-0,4-0,6 -0,9 -1,5 -3,4 -13,6 EXERCÍCIOS EXERCÍCIOS FÍSICA MODERNA ÁTOMO DE BOHR PROF. MARENGÃO. (UFRN) Um átomo de hidrogêio, ao passar de um estado quâtico para outro, emite ou absorve radiação eletromagética de eergias bem defiidas. No diagrama

Leia mais

ESCOLA BÁSICA DE ALFORNELOS

ESCOLA BÁSICA DE ALFORNELOS ESCOLA BÁSICA DE ALFORNELOS FICHA DE TRABALHO DE MATEMÁTICA 9.º ANO VALORES APROXIMADOS DE NÚMEROS REAIS Dado um úmero xe um úmero positivo r, um úmero x como uma aproximação de x com erro iferior a r

Leia mais

Capítulo 3. Sucessões e Séries Geométricas

Capítulo 3. Sucessões e Séries Geométricas Capítulo 3 Sucessões e Séries Geométricas SUMÁRIO Defiição de sucessão Mootoia de sucessões Sucessões itadas (majoradas e mioradas) Limites de sucessões Sucessões covergetes e divergetes Resultados sobre

Leia mais

Figura 4.53 Sinais coletados para as componentes da velocidade (a) u, (b) v e (c) w na sonda 1 estação A do escoamento a Re =

Figura 4.53 Sinais coletados para as componentes da velocidade (a) u, (b) v e (c) w na sonda 1 estação A do escoamento a Re = 90 a) b) c) Figura 4.53 Siais coletados para as compoetes da velocidade (a) u, (b) v e (c) w a soda 1 estação A do escoameto a Re = 1.000. 91 Figura 4.54 Variação do úmero de Strouhal em fução do úmero

Leia mais

3ª Lista de Exercícios de Programação I

3ª Lista de Exercícios de Programação I 3ª Lista de Exercícios de Programação I Istrução As questões devem ser implemetadas em C. 1. Desevolva um programa que leia dois valores a e b ( a b ) e mostre os seguites resultados: (1) a. Todos os úmeros

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA ENG 008 Fenômenos de Transporte I A Profª Fátima Lopes

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA ENG 008 Fenômenos de Transporte I A Profª Fátima Lopes Tipos de fluidos: Os vários tipos de problemas ecotrados em Mecâica dos Fluidos podem ser classificados com base a observação de características físicas do campo de fluxo. Uma possível classificação é

Leia mais

Material Teórico - Módulo Binômio de Newton e Triangulo de Pascal. Soma de Elementos em Linhas, Colunas e Diagonais. Segundo Ano do Ensino Médio

Material Teórico - Módulo Binômio de Newton e Triangulo de Pascal. Soma de Elementos em Linhas, Colunas e Diagonais. Segundo Ano do Ensino Médio Material Teórico - Módulo Biômio de Newto e Triagulo de Pascal Soma de Elemetos em Lihas, Coluas e Diagoais Segudo Ao do Esio Médio Autor: Prof Fabrício Siqueira Beevides Revisor: Prof Atoio Camiha M Neto

Leia mais