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1 Tecnologa e Socedade ISSN: revstappgte@gmal.com Unversdade Tecnológca Federal do Paraná Brasl Stankewcz Serra, drana; guar Serra, Mauríco Pobreza e Meo mbente no Paraná Tecnologa e Socedade, vol. 9, núm. 16, enero-juno, 2013, pp Unversdade Tecnológca Federal do Paraná Curtba, Brasl Dsponível em: Como ctar este artgo Número completo Mas artgos Home da revsta no Redalyc Sstema de Informação Centífca Rede de Revstas Centífcas da mérca Latna, Carbe, Espanha e Portugal Projeto acadêmco sem fns lucratvos desenvolvdo no âmbto da ncatva cesso berto

2 ISSN (versão onlne): Pobreza e Meo mbente no Paraná 40 Poverty and envronment n Paraná drana Stankewcz Serra 41 Mauríco guar Serra Resumo rtgo recebdo em para publcação em ma/2013 e aceto para publcação em jun/2013 Em função da mportânca de determnantes ambentas para váras dmensões de pobreza apontada pela lteratura e das desgualdades socoeconômcas exstentes no Paraná, o objetvo deste artgo é analsar a relação entre pobreza e meo ambente nos muncípos paranaenses. O nstrumento de análse é um ndcador composto pelas duas temátcas, ntegradas por meo de análse de regressão, denomnado Índce de Pobreza e Meo mbente (IPM). Utlzando ndcadores relatvos ao tema do saneamento como proxes ambentas, os resultados comprovam o nexo pobreza- meo ambente e, ao mesmo tempo, mostram dferenças sgnfcatvas entre os muncípos paranaenses. Palavras-chave: Pobreza. Meo ambente. Índce de Pobreza e Meo mbente (IPM). Paraná. bstract Because of the mportance of envronmental determnants for varous dmensons of poverty suggested by the lterature and also of the exstng socoeconomc nequaltes n Parana, the am of ths paper s to analyze the relatonshp between poverty and the envronment n the muncpaltes of Parana. The analyss tool s an ndcator composed by these two ssues, whch are ntegrated through regresson analyss, s named Poverty and Envronment Index (IPM). By usng ndcators of santaton as envronmental proxes, the results not only confrm the poverty-envronment nexus, but also show sgnfcant dfferences between muncpaltes n Paraná. Keywords: Poverty. Envronment. Poverty and Envronment Index (IPM). Paraná. Introdução s questões ambentas vêm ganhando cada vez mas destaque nos debates nternaconas acerca do desenvolvmento. O crescmento econômco acelerado, assocado à utlzação ndscrmnada de recursos naturas e ntensfcado após a Segunda Guerra Mundal, contrbuu não só para a geração de sgnfcatvos mpactos ambentas adversos, como também para a percepção de que a capacdade de suporte da Terra estava chegando ao seu lmte, em função da polução crescente do ar e da água e da própra exaustão dos recursos naturas. o mesmo tempo, observou-se que o progresso econômco do pós-guerra, sem precedentes na hstóra, aconteceu com a manutenção de fortes dspardades socoeconômcas entre países e dentro deles. Segundo os últmos dados dsponíves (UNITED NTIONS, 2012), quase 1,4 blhão de pessoas nos países em desenvolvmento vvam em pobreza extrema em 2008 (24% da população), com menos de 1,25 dólar por da. 40 Uma versão amplada deste artgo fo aceta para publcação pela Revsta Planejamento e Polítcas Públcas PPP em 3 ago drana Stankewcz Serra: Doutoranda em Desenvolvmento Econômco pelo Insttuto de Economa da Unversdade Estadual de Campnas (IE/UNICMP). E-mal: adrst@hotmal.com. Mauríco guar Serra: Professor do Insttuto de Economa da Unversdade Estadual de Campnas (IE/UNICMP). E-mal: mserra@eco.uncamp.br.

3 ISSN (versão onlne): Exste uma ampla lteratura nternaconal evdencando as conexões entre meo ambente e pobreza. lém da sua contrbução dreta para o bem-estar por meo de servços essencas à vda, o meo ambente fornece os nsumos materas e energétcos para as atvdades de produção. degradação ambental e o esgotamento dos recursos afetam a qualdade de vda da socedade em geral, mas prncpalmente as condções das pessoas mas pobres, na medda em que elas estão mas expostas a ambentes de rsco e mutas vezes dependem da natureza como fonte dreta dos meos de subsstênca por exemplo, através da agrcultura ou da pesca. No Brasl, verfca-se uma carênca de estudos empírcos das relações entre as dmensões ambentas e de pobreza. Este tema é de grande relevânca tanto para o país quanto para o Estado do Paraná, devdo às dspardades socoeconômcas exstentes e às evdêncas de danos ambentas. No caso paranaense, a regão formada pela aglomeração metropoltana de Curtba, pelo entorno de Ponta Grossa e Paranaguá apresenta a maor concentração econômca e populaconal do Estado. Por outro lado, muncípos da regão central e do Vale do Rbera/Guaraqueçaba apresentam condções socas bastante precáras e não têm ndcadores econômcos de relevânca (IPRDES, 2004, 2006). Em 2009, hava no Paraná aproxmadamente 1 mlhão de pessoas pobres, segundo o crtéro de pobreza como nsufcênca de renda para atender a todas as necessdades báscas almentação, habtação, transporte, saúde, lazer, educação, etc. Essa população representava 9,5% do total do Estado e 47,9% dos pobres da Regão Sul. O número de ndgentes (ou pessoas vvendo em condção de pobreza extrema) aqueles cuja renda famlar per capta é nferor ao valor necessáro para atender tão somente as necessdades mínmas de almentação era de 273 ml pessoas (2,6%) 42 (IETS, 2013). O objetvo deste artgo é analsar a relação entre pobreza e meo ambente no Estado do Paraná, tendo o muncípo como undade de análse. nvestgação ao nível muncpal, anda que lmtada pela dsponbldade de dados, se faz necessára para conhecer as dversas realdades em termos da falta de acesso a bens ambentas adequados, uma vez que meddas agregadas encobrem varações espacas. Para atngr o objetvo proposto, o artgo está estruturado em cnco seções. pós esta ntrodução, a segunda seção apresenta uma revsão da lteratura sobre os vínculos exstentes entre pobreza e meo ambente. tercera seção mostra o Índce de Pobreza Humana (IPH) adaptado aos muncípos paranaenses. quarta seção trata da construção de um ndcador composto por dmensões ambentas e de pobreza, denomnado Índce de Pobreza e Meo mbente (IPM), que consttu o prncpal nstrumento para analsar a relação entre as duas dmensões no Paraná. Por fm, a qunta seção traz as consderações fnas. Os nexos entre pobreza e meo ambente mportânca das questões ambentas para o bem-estar humano tem sdo ressaltada pela lteratura econômca. Na dscussões acerca das relações entre meo ambente e pobreza, ganha mportânca a concepção de que os pobres são mas afetados pela deteroração ambental, em função da sua maor dependênca de recursos naturas para sobrevvênca e da maor exposção a rscos (DSGUPT, 1995, 1996; MRKNDY, 2001). Ecossstemas degradados aumentam a fome e a vulnerabldade, dfcultando as possbldades das pessoas mas pobres saírem da stuação precára em que vvem (COMIM, 2008; DFID et al., 2002). Nesse sentdo, o meo ambente é uma peça-chave na elaboração de estratégas para redução da pobreza. De acordo com o Banco Mundal (WORLD BNK, 2008), a redução da pobreza é um problema dvddo em três partes: ela envolve a nterrupção do declíno das pessoas na dreção de uma stuação de maor pobreza, a capactação das pessoas para sar da condção de pobreza, e o mpedmento de que as pessoas que não são pobres se tornem pobres. Na verdade, a redução da vulnerabldade das pessoas é tão mportante quanto a redução da pobreza. lgumas defnções precsam ser explctadas de modo que os vínculos entre pobreza e meo ambente possam ser analsados. Em prmero lugar, a pobreza é entendda como uma prvação nacetável de bem-estar multdmensonal, segundo a abordagem das organzações nternaconas. 42 Valores das lnhas de pobreza e de ndgênca estmadas por Sona Rocha. Indcadores de pobreza e de ndgênca dsponíves em

4 ISSN (versão onlne): Segundo, o meo ambente é defndo por dferentes ecossstemas 43 e servços, sendo que os ecossstemas podem varar em escala temporal, espacal e admnstratva, e também entre escalas. s múltplas dmensões e a complexdade dos fenômenos resultam em grande dfculdade para dentfcar as relações de causaldade (DURIPPH, 1998; MRKNDY, 2001). Um exame detalhado da lteratura sobre a relação pobreza-degradação ambental fo realzado por Duraappah (1998). Este trabalho fo estruturado em quatro possíves relações de causaldade, que podem coexstr: (a) pobreza exógena (causada por fatores não ambentas) causa degradação ambental; (b) o poder, a rqueza e a ganânca ocasonam a degradação ambental; (c) falhas nsttuconas e de mercado são causas prmáras de degradação ambental; e (d) a degradação ambental causa pobreza, sendo que esta últma possbldade mplca a presença de uma das relações anterores, ou de uma combnação entre elas. retroalmentação também é plausível: o ambente degradado causa pobreza que, por sua vez, resulta em maores danos ambentas. Há consderáves evdêncas apontadas por Duraappah (1998) para se refutar a hpótese hegemônca de que os mpactos ambentas negatvos são gerados pela pobreza. Na realdade, o meo ambente é ncalmente degradado por aqueles que concentram maor rqueza e poder, o que ocorre quando há falhas nsttuconas e de mercado. Barber (2005) também defende que a relação ocorre da melhora na gestão ambental para o desenvolvmento econômco e o bem-estar, e não o contráro. É nteressante notar que o Relatóro de Desenvolvmento Humano de 1990 (PNUD, 1990) já destacava a degradação ambental como um dos obstáculos à melhora da vda humana, o que consttu um verdadero desafo para todos os países, nclusve os de maor renda. Os prncpas fatores menconados foram os rscos à saúde, decorrentes da polução ndustral e desastres ambentas, além do desmatamento, da carênca de acesso à água e nstalações santáras adequadas, da falta de tratamento de esgoto, do envenenamento por pestcdas e da polução atmosférca. Segundo a Organzação Mundal da Saúde (OMS), o custo de meddas para remedar a degradação ambental e elmnar os sgnfcatvos rscos à saúde públca é superor ao custo de prevenção. Fgura 1 possblta uma melhor vsualzação da forma como a gestão ambental pode contrbur para a redução da pobreza. Torna-se mportante ressaltar aqu que a dmensão saúde envolve algumas questões essencas na relação entre pobreza e meo ambente, tas como água potável, saneamento, polução do ar e doenças transmtdas por vetores. 43 Ecossstemas são complexos dnâmcos de comundades vegetas, anmas e de mcrorgansmos e seu meo norgânco, que nteragem como uma comundade funconal, em um determnado espaço, de dmensões varáves (IBGE, 2008, p. 442).

5 ISSN (versão onlne): Fgura 1 Dmensões e determnantes da pobreza Fonte: daptado de Bojö et al. (2001) Um aspecto mportante a ser observado é como as dmensões da pobreza mas afetadas pelo meo ambente saúde, oportundade econômca, segurança e empoderamento se relaconam com os prncpas determnantes ambentas. Com base na Fgura 1, podem ser destacadas quatro mportantes conexões: (a) entre meo ambente e saúde; (b) entre meo ambente e oportundade econômca; (c) entre meo ambente e segurança; e (d) entre meo ambente e empoderamento. Em relação à prmera conexão, deve-se sublnhar que a polução do ar e da água pode provocar, respectvamente, nfecções respratóras e darrea, que estão entre as prncpas causas de mortaldade entre cranças pobres. Outros fatores, aos quas as famílas pobres costumam estar mas expostas, são a água parada e o acúmulo de lxo próxmo às resdêncas, condções favoráves à propagação de doenças de transmssão vetoral, como a malára e a dengue. Os prncpas fatores de rsco à saúde nos países em desenvolvmento, de acordo com a OMS (WHO, 2002), são: desnutrção, sexo nseguro, água contamnada, falta de saneamento e hgene, e fumaça no nteror dos ambentes provenente de combustíves sóldos. prevalênca da desnutrção está assocada não somente à nsegurança almentar, mas também a um ambente nsalubre, uma vez que a falta de hgene é um fator determnante na desnutrção entre as cranças (WORLD BNK, 2008). Já no que tange à segunda relação, observa-se que pode ser estabelecda através de três canas: (a) renda, consumo e desgualdade; (b) saúde; e (c) educação. O acesso aos recursos naturas e sua qualdade são fatores mportantes, sobretudo para os pobres das áreas ruras, uma vez que a almentação e a renda mutas vezes dependem dretamente dos ecossstemas. carênca de servços báscos (energa, água e saneamento) também lmta as oportundades produtvas, além da prestação de servços de saúde e educação, pela dfculdade de atrar profssonas qualfcados para as áreas ruras e as comundades urbanas pobres (DFID et al., 2002; UNDP et al., 2005). O tempo gasto quando há necessdade de coleta de água e de lenha, que podera ser dedcado à educação e atvdades geradoras de renda, é outro exemplo bastante lustratvo. lém desses aspectos, Vega (2007) ressalta a mportânca da educação centífca, que depende de servços báscos, como energa e saneamento. De fato, a compatbldade entre crescmento econômco e sustentabldade ambental, redução da pobreza e melhor qualdade de vda para o conjunto da socedade depende consderavelmente de nvestmentos em cênca, tecnologa e novação.

6 ISSN (versão onlne): Quanto à tercera conexão, a questão central é a redução da vulnerabldade dos mas pobres em relação aos choques macroeconômcos e desastres naturas. s famílas pobres são mas vulneráves pela dependênca dreta dos recursos naturas para sobrevvênca e pela morada em áreas margnas degradadas, ruras ou urbanas. Por sso, são mas afetadas pela ocorrênca de secas (no caso da agrcultura como atvdade prncpal) e nundações. Barber (2005) ressalta a forte assocação entre pobreza extrema e concentração de pessoas em áreas vulneráves nos países em desenvolvmento, tendo como exemplos regões sem acesso a sstemas de rrgação, solos mprópros para agrcultura, terrenos com declves acentuados e sstemas florestas fráges. Por fm, a quarta relação dz respeto à autonoma dos pobres e depende, fundamentalmente, da educação e do acesso à nformação ambental. Dessa forma, a comundade pode ter partcpação na tomada de decsões, contrbundo para a redução das desgualdades e o uso sustentável dos recursos (BOJÖ et al., 2001). Não se pode dexar de chamar a atenção para o fato de que todas as conexões acma menconadas estão relaconadas às três dmensões essencas do desenvolvmento e da pobreza humana, ou seja, vda longa e saudável, nível de conhecmento e nível de vda dgno (PNUD, 1990, 1997). Quando nsufcentes, em quantdade ou qualdade, os fatores ambentas consttuem formas de prvação de lberdade de escolha das pessoas para realzarem aqulo que elas valorzam (SEN, 2000). Com base em uma amostra de sessenta países em desenvolvmento que tnham uma parte consderável de suas populações (de 20 a 70%) vvendo em ambentes fráges e também um elevado percentual (45,3% em méda) delas em pobreza extrema, Barber (2008) mostrou que a ncdênca da pobreza rural aumentava na medda em que os países em desenvolvmento tnham maor concentração de suas populações em terras fráges. Dasgupta et al. (2005), ao analsarem o nexo pobreza-meo ambente em três países pobres do sudoeste asátco Camboja, Laos e Vetnam, apontaram para o fato de que as populações ruras pobres destes países estavam agrupadas na maor parte das terras margnas, o que corrobora a assertva de Barber, muto embora sso esteja longe de se consttur uma tendênca porque há entre os países dferenças consderáves. Nos países em desenvolvmento, os esforços para compatblzar as pressões do desenvolvmento com a preservação ambental resultaram em alguns mecansmos de mercado, que vão desde os nstrumentos fscas, tas como o Imposto sobre Crculação de Mercadoras e Servços (ICMS) Ecológco no Brasl, até o sequestro de carbono, sendo o pagamento pelos servços ambentas (PS) um deles (PGIOL, BISHOP e LNDELL-MILLS, 2004). Na realdade, o PS, cujo foco é o fnancamento da conservação ambental, obedece a um prncípo bem smples: quem se benefca dos servços proporconados pelo meo ambente deve pagar por eles, enquanto quem contrbu para gerar estes servços deve ser pago por eles (WORLD BNK, 2008). Segundo Barber (2008), o PS pode mtgar a pobreza de três formas: (a) canalzando os pagamentos pelos servços ambentas dretamente para as populações ruras pobres que geram estes servços, proporconando desta manera uma renda monetára; (b) recebendo ou não os pagamentos dretos, as populações ruras pobres podem se benefcar ndretamente de qualquer melhora resultante na provsão dos servços ambentas; e (c) as populações ruras pobres também podem ganhar com as oportundades econômcas extras geradas pelos esquemas de pagamento, tas como o emprego adconal crado pelo reflorestamento. s relações entre meo ambente e pobreza são dnâmcas e específcas para cada contexto, em função da localzação geográfca e das característcas econômcas, socas e culturas. Enquanto nas áreas ruras as prncpas preocupações se referem ao acesso e à qualdade de recursos naturas (terra, água, florestas, bodversdade, etc.), nas áreas urbanas o acesso à água, energa, saneamento e coleta de lxo estão entre as questões mas crítcas (DFID et al., 2002). Nesse sentdo, a amplação do acesso aos recursos ambentas é uma medda mportante na elaboração de estratégas de combate à pobreza. Embora haja uma crescente lteratura nternaconal acerca dos vínculos entre pobreza e meo ambente, o mesmo não acontece no Brasl, que anda carece de trabalhos que aprofundem a compreensão desta mportante e atual temátca. Entretanto, alguns se destacam e, por consegunte, merecem ser menconados. s polítcas de conservação da mazôna braslera foram analsadas por Fearnsde (2003), que destacou os confltos de nteresse entre os prncpas agentes. negocação com povos ndígenas fo apontada como uma das questões mas crítcas para o futuro dos ecossstemas da regão, uma vez que suas terras correspondem a uma área superor à área total das undades de conservação, e essa população pode responder a ncentvos econômcos que resultem em desmatamento. redução da

7 ISSN (versão onlne): pobreza em undades de conservação é mportante do ponto de vsta ambental, sobretudo para a manutenção da bodversdade. Hecht, nderson e May (1988 apud DSGUPT, 2001) descreveram qualtatvamente a mportânca do extratvsmo de babaçu para a população sem-terra do Maranhão, mostrando a relevânca da atvdade como fonte de renda para a população mas pobre no período de entressafra agrícola, especalmente para as mulheres. s prncpas causas de desmatamento nos muncípos da mazôna Legal braslera foram o objeto de análse de Dnz et al. (2009). Os resultados empírcos mostraram a exstênca de causaldade bdreconal entre desmatamento e varáves agropecuáras (áreas de lavoura permanente e temporára; tamanho do rebanho bovno). Em relação às varáves socoeconômcas, os autores encontraram causaldade undreconal do desmatamento para a matrícula no ensno fundamental regular, e bdreconal entre o desmatamento e a educação de adultos. Charn (2008) analsou a conexão entre pobreza e meo ambente na área urbana. Para tanto, realzou uma análse estatístca tendo o Índce de Desenvolvmento Humano (IDH) como proxy para a pobreza, e como proxes para degradação ambental o percentual de domcílos sem acesso a saneamento e o percentual de domcílos com acesso ao servço de coleta de lxo. Os resultados obtdos apontaram para o fato de que o vínculo pobreza-meo ambente possu uma dupla relação, ou seja, a pobreza afeta o meo ambente, assm como o meo ambente mpacta a pobreza. Índce de pobreza humana para os muncípos paranaenses De modo smlar à adaptação do IDH para os muncípos brasleros (IDH-M) 44, Rolm (2005) construu um índce de pobreza humana muncpal (IPH-M). Mantdas as mesmas dmensões do IPH-1 (países em vas de desenvolvmento), foram realzadas algumas adaptações nos ndcadores, tendo como fonte a base de dados dsponível no tlas de Desenvolvmento Humano no Brasl (PNUD, 2003). fórmula de cálculo do IPH-M é a mesma do IPH 45 : IPHM 1 P P 3 2 P onde P 1 é o índce de longevdade (probabldade de morrer antes dos 40 anos), P 2 é o índce de educação (percentual de pessoas de 15 anos ou mas analfabetas) e P 3 é o índce relatvo ao padrão de vda (méda artmétca smples entre o percentual de pessoas que vvem em domcílos sem água encanada e a mortaldade com até 5 anos de dade). O IPH-M vara entre 0 e 100 e, ao contráro do IDH- M, é melhor quanto mas próxmo de zero. O índce pode ser vsto como uma proxy da ncdênca de pobreza nos muncípos (Rolm, 2005). O Gráfco 1 mostra a dstrbução dos muncípos paranaenses por ntervalos de pobreza humana, em dez estratos do IPH-M, a partr da aplcação da metodologa proposta por Rolm (2005). Pode-se observar uma concentração do índce em apenas três estratos, não havendo muncípos classfcados nos estratos correspondentes às pores condções. 44 O IDH-M é calculado a partr de ndcadores apurados dretamente dos censos demográfcos do IBGE e resulta da combnação das mesmas três dmensões do IDH longevdade, educação e renda, com adaptação de ndcadores para as duas últmas dmensões. O índce de longevdade é obtdo a partr do ndcador esperança de vda ao nascer. O índce de educação é a méda de dos ndcadores: taxa de alfabetzação de adultos (peso 2) e taxa bruta de frequênca combnada (peso 1), em substtução à taxa bruta de matrícula combnada, empregada no IDH. renda famlar per capta méda do muncípo substtuu o PIB per capta no cálculo do índce de renda. O IDH-M é a méda artmétca smples dos índces de longevdade, educação e renda (PNUD, 2003). Da mesma forma que o IDH, o IDH-M vara entre 0 e 1. Quanto mas próxmo de 1, maor é o nível de desenvolvmento humano do muncípo. 45 Com a mesma base teórca do IDH, o IPH fo apresentado no Relatóro de Desenvolvmento Humano de 1997 (PNUD, 1997), composto pelos seguntes ndcadores: (a) percentual de pessoas com probabldade ao nascer de não vver até os 40 anos; (b) percentual de adultos analfabetos; (c) percentual da população sem acesso à água tratada; e (d) percentual de cranças desnutrdas abaxo de 5 anos.

8 ISSN (versão onlne): ,4% 36,3% 1,3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,00-9,99 10,00-19,99 20,00-29,99 30,00-39,99 40,00-49,99 50,00-59,99 60,00-69,99 70,00-79,99 80,00-89,99 90,00-100,00 IPH-M 2000 Gráfco 1 Dstrbução dos muncípos por ntervalos de pobreza humana Paraná (2000) Fonte: PNUD (2003). Elaboração dos autores. Os cnco pores colocados no rankng do IPH-M, classfcados no tercero estrato do gráfco 3 (1,3% dos muncípos paranaenses) são: Laranjal (21,35), Ortguera (21,25), Tunas do Paraná (20,52), Godoy Morera (20,48) e Mato Rco (20,04). São muncípos de pequeno porte populaconal (população nferor a habtantes) e com baxo grau de urbanzação, localzados nas regões reconhecdamente mas carentes: regão central do estado (Laranjal, Ortguera, Godoy Morera e Mato Rco) e Vale do Rbera (Tunas do Paraná). No extremo oposto, para os vnte melhores colocados no rankng do IPH-M, os muncípos da Mesorregão Oeste Paranaense destacam-se nas melhores posções (dez dos vnte muncípos com menor IPH-M). dstrbução dos muncípos por ntervalos do IPH-M é lustrada na Fgura 2. 2,86 7,48 (47) 7,48 12,11 (189) 12,11 16,73 (139) 16,73 21,35 (24) Fgura 2 - Índce de pobreza humana muncpal (IPH-M) Paraná (2000) Fonte: PNUD (2003). Elaboração dos autores. Obs.: mapa construído com auxílo do programa OpenGeoDa (Geoda, 2009). Na dstrbução por mesorregões, aquelas que tveram maor parcela dos seus muncípos classfcados no estrato nferor (IPH-M entre 0,00 e 9,99) foram: Centro Orental, Oeste, Sudoeste e

9 ISSN (versão onlne): Sudeste paranaense, além da Regão Metropoltana de Curtba. Com maor percentual dos muncípos classfcados no segundo estrato (IPH-M entre 10,00 e 19,99), que concentrou 62,4% dos muncípos paranaenses, fcaram as mesorregões Noroeste, Centro Ocdental, Norte Central, Norte Ponero e Centro-Sul Paranaense. Construção de um índce de pobreza e meo ambente para os muncípos paranaenses Para analsar as relações entre dmensões ambentas e de pobreza no Paraná, fo calculado um índce para os muncípos, tendo como referênca prncpal a metodologa proposta no relatóro Poverty & envronment ndcators (COMIM, 2008), preparado pela equpe do Capablty and Sustanablty Centre (CSC) da Unversdade de Cambrdge, em parcera com o Programa das Nações Undas para o Desenvolvmento e o Programa das Nações Undas para o Meo mbente (PNUD-PNUM). O relatóro apresenta os resultados do modelo aplcado a países para demonstração, mas ressalta que o método fo concebdo para aplcação local, consderado o deal para o estudo do grau em que o meo ambente afeta a pobreza, levando em conta as especfcdades de cada localdade. Em função das sgnfcatvas desgualdades socoeconômcas exstentes entre os muncípos paranaenses e da lmtada dsponbldade de dados, algumas mudanças metodológcas tveram de ser realzadas e serão explctadas ao longo desta seção. daptações se tornam necessáras, prncpalmente, pela escassez de ndcadores ambentas adequados, problema que é anda maor no âmbto local. Metodologa metodologa proposta (COMIM, 2008) para a elaboração de um ndcador composto de pobreza e meo ambente recomenda o uso de fatores de ajuste e análse de regressão, assumndo que a relação de causaldade exstente é da degradação ambental para a pobreza. Em outras palavras, as dmensões de pobreza representam a varável dependente, e os ndcadores ambentas as varáves explcatvas: Pobreza = f (varáves ambentas + varáves de controle) Embora não sejam foco da análse, as varáves de controle podem ajudar a explcar a varável dependente. No modelo especfcado por Comm (2008), por exemplo, foram ncluídos o PIB e gastos públcos em saúde e educação. lém de serem relaconados, no sentdo de assocarem duas dmensões (pobreza e meo ambente), os ndcadores propostos se caracterzam pela objetvdade e pela multdmensonaldade. Desta forma, evta-se o vés de nterpretação decorrente de vsões subjetvas a respeto da pobreza, e também análses restrtas, como a pobreza medda apenas pelo crtéro de nsufcênca de renda. Os fatores de ajuste são calculados para ntegrar as dmensões de pobreza e meo ambente, alterando as meddas de pobreza (para mas ou para menos) de acordo com a natureza e extensão dos problemas ambentas. São obtdos pela multplcação dos ndcadores ambentas pelo grau de assocação entre as duas dmensões (coefcentes obtdos nas regressões). construção dos ndcadores contempla os seguntes passos: a) coleta de dados; b) seleção dos dados relevantes (nesta pesqusa, através de matrz de correlação); c) harmonzação das escalas ambentas, alnhando a dreção das varáves ambentas (quanto mas próxmo de 1, por o ndcador); d) dvsão das varáves ambentas pelos crtéros de sustentabldade ou, na ausênca destes crtéros, obtenção de médas para saber sua posção relatva; e) execução de uma regressão para cada componente de pobreza, nclundo como fatores explcatvos todas as varáves ambentas, mas as varáves de controle: seleção dos ndcadores estatstcamente sgnfcatvos; verfcação dos coefcentes de assocação (das regressões); 2 testes de multcolneardade, R, heterocedastcdade e valores t de sgnfcânca estatístca (dados em corte transversal);

10 ISSN (versão onlne): f) após as regressões, retorno à base de dados consoldada e construção de novas colunas com aquelas varáves que são estatstcamente sgnfcatvas; g) normalzação das varáves (escalas [0-1]), a fm de possbltar a sua ntegração; h) cálculo dos fatores de ajuste: varáves ambentas relevantes do passo (e); coefcentes de regressão do passo (e); multplcação das varáves ambentas pelos coefcentes de regressão para obter novas varáves relaconadas de pobreza e meo ambente; ) agregação dos ndcadores em dmensões: depos de colocar todos os ndcadores de pobreza e meo ambente em escalas [0-1], obter médas smples de acordo com as dferentes regões para os ndcadores relevantes; e j) elaboração de rankngs e nterpretação (quanto mas próxmo de 1, por o ndcador). O ndcador resultante, chamado de poverty & envronment (P&E) ndcator, mostra o grau em que o meo ambente afeta a pobreza: P&E ndcator = (dmensão ambental * coefcente da regressão) * dmensão de pobreza Fator de ajuste Torna-se mportante enfatzar que a fnaldade desses ndcadores compostos é nclur uma perspectva ambental na nvestgação da pobreza, com base na lteratura exstente sobre o nexo pobreza-meo ambente. Portanto, não há pretensão de se obter uma medda abrangente de qualdade de vda. Seleção de Varáves Segundo as recomendações de Comm (2008) para o desenvolvmento de ndcadores de pobreza e meo ambente, o levantamento de dados buscou contemplar os seguntes fatores: acesso e qualdade da água; degradação do solo (nclundo rsco de erosão); estmatvas de bocapacdade e vulnerabldade a rscos naturas; dsponbldade e uso de energa; qualdade do ar; desnutrção e meddas antropométrcas; taxas de mortaldade; e educação. Nesta prmera etapa, foram pesqusadas dversas bases de dados dsponíves na nternet. Vsto que exste no Brasl uma vasta base de dados socoeconômcos, cuja prncpal fonte é o Insttuto Braslero de Geografa e Estatístca (IBGE), o desafo fo levantar as varáves ambentas dsponíves para os muncípos. Foram examnados os ndcadores de desenvolvmento sustentável (IDSs) do IBGE, os ndcadores dos Objetvos de Desenvolvmento do Mlêno (ODMs) e do tlas de Desenvolvmento Humano no Brasl do PNUD, além de outros dados de acesso públco destas e de outras nsttuções, como o Insttuto Paranaense de Desenvolvmento Econômco e Socal (Ipardes), o Insttuto mbental do Paraná (IP) e a Companha de Saneamento do Paraná (Sanepar). Embora relevantes, a maor parte das fontes menconadas apresenta problemas para a realzação de uma análse no âmbto muncpal. Os IDSs do IBGE, por exemplo, são meddas demasadamente agregadas, que ocultam varações espacas mportantes. Para este estudo, o tlas de Desenvolvmento Humano no Brasl (PNUD, 2003) mostrou ser a fonte mas adequada. Elaborado a partr dos censos demográfcos de 1991 e 2000 do IBGE, o tlas apresenta ndcadores agrupados pelos temas: demografa, educação, renda, habtação, vulnerabldade, população e desenvolvmento humano. O tema habtação abrange ndcadores de acesso a bens e servços báscos, que podem ser empregados como proxes ambentas para o estudo do nexo pobreza-meo ambente (por exemplo, varáves referentes a saneamento e energa). Para auxlar a seleção das varáves a serem ncluídas no modelo proposto, fo elaborada uma matrz de correlação 46. Incalmente, foram avaladas 26 varáves, agrupadas nas dmensões que 46 O coefcente de correlação mede o grau de assocação lnear entre duas varáves, não mplcando qualquer relação de causa e efeto. Stua-se entre os lmtes de -1 e +1, sendo que -1 ndca assocação negatva perfeta e, +1, assocação postva perfeta (GUJRTI, 2006).

11 ISSN (versão onlne): compõem o IDH e o IPH (longevdade, conhecmento e padrão de vda decente), além de pobreza e desgualdade de renda, proxes ambentas e varáves de controle. Como proxes ambentas, foram verfcados ndcadores de acesso a bens e servços báscos: banhero e água encanada, energa elétrca e servço de coleta de lxo, este últmo dsponível apenas para domcílos urbanos. Dada a elevada correlação entre, por um lado, a exstênca de banhero e água encanada e, por outro, de energa elétrca nos domcílos (0,8401), alada ao destaque dado na lteratura aos problemas ambentas decorrentes da falta de acesso à água lmpa e ao saneamento adequado, e os consequentes danos à população, prncpalmente de baxa renda, o artgo está lmtado ao tema saneamento. ssm sendo, os ndcadores escolhdos como proxes ambentas para as regressões (varáves explcatvas) foram o percentual de pessoas que vvem em domcílos com banhero e água encanada e o percentual de pessoas que vvem em domcílos urbanos com coleta de lxo posterormente, multplcado pela partcpação da população urbana no muncípo, para evtar dstorções em função dos dferentes graus de urbanzação. s varáves de controle também foram seleconadas com base na matrz de correlação. Em relação ao modelo estmado por Comm (2008) e aplcado aos países, o PIB per capta fo substtuído pela renda famlar per capta méda mensal, segundo a adaptação feta pelo PNUD (2003) para o cálculo do IDH-M. lém dsso, a correlação entre a renda per capta e as dmensões de pobreza fo, em todos os casos, superor à correlação entre PIB per capta e pobreza 47. s despesas com saúde e educação, dvulgadas pela Secretara do Tesouro Naconal do Mnstéro da Fazenda, apresentaram correlação fraca com as varáves dependentes do modelo. Como alternatva, foram nvestgados os seguntes ndcadores: número de médcos resdentes por ml habtantes; percentual de enfermeros resdentes com curso superor; percentual de professores do fundamental resdentes com curso superor; e percentual de mulheres sem nstrução e com menos de um ano de estudo. Os dos prmeros apresentaram correlação fraca e, por sso, foram descartados. Os últmos foram seleconados como varáves de controle, juntamente com a renda per capta, tendo apresentado grau médo de correlação com as dmensões de pobreza. O ndcador referente à educação femnna fo obtdo do IBGE (2009) e ncluído na análse em função da sua reconhecda nfluênca sobre as condções de saúde da famíla e, prncpalmente, da relação com a mortaldade nfantl. matrz de correlação 48 fo elaborada para dversas varáves de desenvolvmento e pobreza que podem ser utlzadas no modelo como varáves dependentes, além das varáves ambentas e de controle pré-seleconadas (varáves explcatvas), sendo todas referentes ao ano , conforme relaconado a segur: a) Desenvolvmento humano: esperança de vda ao nascer; taxa bruta de frequênca à escola; taxa de alfabetzação de adultos 50 ; e percentual de cranças de 7 a 14 anos que estão frequentando o curso fundamental 51. b) Pobreza humana: probabldade de sobrevvênca até 40 anos; percentual de pessoas de 15 anos ou mas analfabetas; mortaldade até 5 anos de dade. c) Pobreza e desgualdade de renda: percentual da renda aproprada pelos 20% mas pobres da população; ntensdade da pobreza 52 ; e percentual de pessoas com renda per capta abaxo de R$ 75, Por exemplo, em relação à mortaldade até 5 anos de dade, o coefcente fo de -0,4141 para a renda e de -0,1984 para o PIB. 48 matrz completa não é apresentada devdo à lmtação de espaço. 49 té a conclusão deste artgo, o tlas de Desenvolvmento Humano 2013 anda estava sendo produzdo pelo PNUD Brasl, com base nos dados do Censo 2010 e lançamento prevsto para o prmero semestre de Percentual com dade a partr de 15 anos. 51 Varável relaconada à taxa bruta de frequênca à escola, componente do IDH que consdera os níves de ensno fundamental, médo e superor.

12 ISSN (versão onlne): d) Meo ambente: percentual de pessoas que vvem em domcílos com banhero e água encanada 54 ; e percentual de pessoas que vvem em domcílos urbanos com servço de coleta de lxo 55. e) Varáves de controle: renda per capta; percentual de professores do ensno fundamental resdentes com curso superor; e percentual de mulheres sem nstrução e com menos de um ano de estudo. correlação entre as proxes ambentas e as varáves das dmensões de desenvolvmento e pobreza seleconadas é, na maor parte, sgnfcatva ao nível de 1%. O grau de assocação lnear é superor para o percentual de pessoas em domcílos com banhero e água encanada, quando comparado ao servço de coleta de lxo. mbas são mantdas nas regressões, podendo haver elmnação posteror, caso se constate rrelevânca para o modelo estmado. Embora a metodologa proposta recomende a adoção de um crtéro de sustentabldade, ou seja, um ponto de referênca para as varáves ambentas, aqu este procedmento não é realzado. Quanto maor o percentual de pessoas com acesso à água lmpa e ao saneamento, espera-se que melhores sejam as condções de saúde, maor a frequênca das cranças à escola e melhores as oportundades de renda para os mas pobres. O processo de seleção das varáves para o modelo está apoado na lteratura exstente (BNCO MUNDIL, 1994; MOTT, 1996; SEN, 2000; BOJÖ et al., 2001; DFID et al., 2002; SHYMSUNDR, 2002; MRKNDY, 2006; PNUD, 1990; 2007; UNDP et al., 2005; COMIM, 2008; IBGE, 2008) e na dsponbldade de dados. Segundo o modelo aplcado por Comm (2008) aos países, optou-se pela utlzação de dados em corte transversal para os muncípos paranaenses referentes ao ano Os mcrodados da Pesqusa Naconal de mostra por Domcílos (PND) do IBGE poderam ser utlzados para analsar o período mas recente, porém não permtram o recorte por muncípo, consderado o mas adequado para o estudo das relações entre meo ambente e pobreza, em função da heterogenedade exstente no Paraná. Do conjunto de possíves varáves dependentes nvestgadas, foram seleconadas: mortaldade até 5 anos de dade; percentual de cranças de 7 a 14 anos que estão frequentando o curso fundamental; e ntensdade da pobreza (Quadro 2). Consderando que o objetvo é nvestgar o nexo pobreza-meo ambente, a dea básca é escolher poucos ndcadores para compor um índce para os muncípos, procurando manter as mesmas dmensões do desenvolvmento e da pobreza humana e o foco em oportundades para cranças e adultos (representada através da renda méda das pessoas pobres, componente da ntensdade da pobreza). Para facltar a letura dos resultados e evtar problemas no momento da ntegração dos ndcadores, torna-se necessáro adaptar algumas varáves extraídas do tlas de Desenvolvmento Humano no Brasl (PNUD, 2003). Desta forma, garante-se a harmonzação entre os ndcadores, sendo que todos representam uma condção por, quanto maor o valor. s adequações realzadas foram: Percentual de cranças de 7 a 14 anos que não estão frequentando o curso fundamental (nfrqef) = 100 (percentual de cranças que estão frequentando o curso fundamental). Percentual de pessoas que vvem em domcílos sem banhero e água encanada (domsba) = 100 (percentual de pessoas que vvem em domcílos com banhero e água encanada). 52 Dstânca que separa a renda domclar per capta méda dos ndvíduos pobres (defndos como os ndvíduos com renda domclar per capta nferor a R$ 75,50) do valor da lnha de pobreza medda em termos de percentual do valor dessa lnha de pobreza. Este índce mostra quão pobres são as pessoas que se stuam abaxo da lnha da pobreza. 53 Valor equvalente a meo saláro mínmo vgente em agosto de 2000 (PNUD, 2003). 54 Percentual de pessoas que vvem em domcílos com água encanada em pelo menos um de seus cômodos e com banhero, defndo como cômodo que dspõe de chuvero ou banhera e aparelho santáro (PNUD, 2003). 55 Percentual de pessoas que vvem em domcílos em que a coleta de lxo é realzada dretamente por empresa públca ou prvada, ou em que o lxo é depostado em caçamba, tanque ou depósto fora do domcílo, para posteror coleta pela prestadora do servço. São consderados apenas os domcílos localzados em área urbana (PNUD, 2003).

13 ISSN (versão onlne): Percentual de pessoas que vvem em domcílos sem servço de coleta de lxo (domscl) = [100 (percentual de pessoas que vvem em domcílos urbanos com servço de coleta de lxo)] * [(população urbana) / (população total)]. O Quadro 2 apresenta todas as varáves empregadas nas regressões. Os modelos estmados, abrangendo as dmensões saúde, educação e renda, são respectvamente: Mort5 edufem e (1) Nfrqef Intpob 1domsba 2domscl 3rendpc 4 profef 5 1domsba 2domscl 3rendpc 4 profef 5 1domsba 2domscl 3rendpc 4 profef 5 edufem e (2) edufem e (3) sendo o muncípo (no caso do Paraná, 399 muncípos no ano 2000). Varáves dependentes (dmensões pobreza) de Varáves explcatvas (dmensão ambental) Varáves explcatvas (controle) Varável Descrção Undade mort5 nfrqef Mortaldade até 5 anos de dade Percentual de cranças de 7 a 14 anos que não estão frequentando o curso fundamental Mortes por nascdos vvos Percentual ntpob Intensdade da pobreza Percentual domsba Percentual de pessoas que vvem em domcílos sem banhero e água encanada Percentual de pessoas que vvem em domcílos sem servço Percentual Snal esperado do coefcente Varável nteresse Varável nteresse Varável nteresse Postvo domscl de coleta de lxo 1 Percentual Postvo rendpc Renda per capta Reas de 2000 Negatvo Percentual de professores do profef fundamental resdentes com Percentual Negatvo curso superor edufem Percentual de mulheres sem nstrução e menos de um ano de estudo Percentual Quadro 2 Varáves utlzadas no modelo Fonte: PNUD (2003). Elaboração dos autores. Nota: 1 Consdera apenas o servço de coleta de lxo em domcílos urbanos. Obs.: todas as varáves se referem ao ano Postvo Tendo especfcado os modelos, torna-se mportante comentar a dreção de causaldade adotada no presente estudo das questões ambentas para as dmensões de pobreza, de acordo com a metodologa proposta por Comm (2008). nda que a lteratura aponte a exstênca de relações bdreconas, é reconhecdo o maor peso da degradação e da falta de acesso a bens ambentas para as pessoas mas pobres (DURIPPH, 1998; MRKNDY, 2001). No caso de séres temporas, é possível aplcar o teste de causaldade de Granger, com base na dea de que se X causa Y, então varações em X deveram preceder varações em Y (PINDYCK e RUBINFELD, 2004; GUJRTI, 2006). Duas hpóteses devem ser testadas: X causa Y; e Y não causa X. O número de termos defasados a serem ncluídos nos testes é de grande mportânca, uma vez que a dreção da causaldade pode ser sensível à sua escolha. Como estão sendo utlzados dados em corte transversal para os muncípos paranaenses e os ndcadores estão dsponíves em base comparável apenas para os anos 1991 e 2000 ou seja, somente uma defasagem, não fo possível testar a causaldade. de de de

14 ISSN (versão onlne): Cabe, anda, um breve comentáro sobre o problema de possível endogenedade no modelo, pela nclusão da varável renda famlar per capta méda, dado que maor renda pode resultar em melhora nos ndcadores de pobreza e vce-versa. Levando em consderação o problema da smultanedade, o método de varáves nstrumentas fo aplcado, a fm de comparar os estmadores com aqueles resultantes dos mínmos quadrados ordnáros (MQO), já que a exstênca da smultanedade gera estmadores nconsstentes e nefcentes por MQO. Como os resultados foram muto próxmos, a decsão fo manter o método de MQO, adotando a smplcdade como prncípo na escolha metodológca. Resultados das Regressões Tabela 1 apresenta a estatístca descrtva das varáves ncluídas nos modelos estmados, aplcados aos 399 muncípos paranaenses constantes do Censo Demográfco de Como se pode observar por meo dos valores mínmo e máxmo para cada varável das dmensões de pobreza e meo ambente, o Paraná se caracterza por fortes dspardades entre os muncípos. Destaca-se a ampltude da mortaldade até 5 anos de dade, varando de 7,02 a 52,25 mortes por nascdos vvos. Também é notável a heterogenedade dos muncípos em relação ao percentual de pessoas que vvem em domcílos sem banhero e água encanada, de 0,46% a 69,20%. Mesmo consderando os dferentes graus de urbanzação, estes percentuas são muto expressvos. Varável Méda Desvo padrão Mínmo Máxmo Mortaldade até 5 anos de dade 24,5491 7,6515 7,02 52,25 Percentual de cranças de 7 a 14 anos que não estão frequentando o curso fundamental 9,4642 4,2877 2,96 29,06 Intensdade da pobreza 41,0653 6, ,47 62,85 Percentual de pessoas que vvem em domcílos sem banhero e água encanada 17, ,8782 0,46 69,20 Percentual de pessoas que vvem em domcílos sem servço de 56 3,0274 2,8798 0,09 22,13 coleta de lxo Renda per capta 202, , ,00 619,82 Percentual de professores do fundamental resdentes com curso superor 23, ,6630 0,15 71,53 Percentual de mulheres sem nstrução e menos de um ano de estudo 15,6593 6,0322 1,09 36,56 Tabela 1 Estatístca descrtva das varáves analsadas no modelo econométrco Elaboração própra Os resultados das estmações pelo método de mínmos quadrados ordnáros (MQO) são mostrados na Tabela 2. Como a metodologa proposta por Comm (2008) recomenda, após executar a regressão e executá-la novamente apenas com as varáves estatstcamente sgnfcatvas, a tabela apresenta somente os coefcentes fnas, sgnfcatvos até 10%. Varável dependente Varáves explcatvas Mortaldade até 5 anos de dade Percentual de cranças de 7 a 14 anos que não estão frequentando o curso fundamental Intensdade da pobreza 56 Consdera apenas o servço de coleta de lxo em domcílos urbanos.

15 ISSN (versão onlne): Percentual de pessoas que vvem em domcílos sem banhero e água encanada 0, (5,52) 0, (9,72) 0, (18,67) Percentual de pessoas que vvem 57 0,3503 em domcílos sem servço de coleta de lxo 58 (2,98) Renda per capta 0, (2,99) Percentual de professores do fundamental resdentes com curso superor -0, (-2,63) -0, (-2,79) -0, (-4,44) Percentual de mulheres sem nstrução e com menos de um ano de estudo 0, (5,09) 0, (3,22) Constante 17, (11,90) 2, (1,68) 37, (58,91) Observações R 2 ajustado 0,2943 0,3948 0,5697 Tabela 2 Resultados dos modelos de regressão estmados Obs.: entre parênteses, a estatístca t de Student. Na prmera regressão, que tem como varável dependente a mortaldade até 5 anos de dade (equação 1), somente a renda per capta não é sgnfcatva. Todos os coefcentes apresentaram o snal esperado: quanto maor o percentual de pessoas vvendo em domcílos sem banhero e água encanada e sem servço de coleta de lxo, maor a mortaldade nfantl. falta de acesso ao servço de coleta de lxo em domcílos urbanos apresentou o maor coefcente entre as varáves explcatvas (0,3503). Nota-se também a nfluênca da educação femnna sobre o ndcador: quanto maor o percentual de mulheres sem nstrução e com menos de um ano de estudo, maor a mortaldade até 5 anos. Na segunda regressão, em que o percentual de cranças de 7 a 14 anos que não estão frequentando o curso fundamental é a varável dependente (equação 2), o servço de coleta de lxo em domcílos urbanos não fo sgnfcatvo. ausênca de banhero e água encanada nos domcílos apresentou a maor nfluênca sobre a frequênca escolar (0,1797), com snal postvo, conforme prevsto. últma regressão, referente à ntensdade de pobreza (equação 3), apresentou o maor mpacto do percentual de pessoas vvendo em domcílos sem banhero e água encanada sobre a varável dependente (0,3008). Como na regressão anteror, o snal é postvo e está de acordo com o esperado, e 2 a varável relatva à coleta de lxo não fo sgnfcatva. O R ajustado apresentou o maor valor entre todas as regressões de MQO (56,97%). O fator de nflação da varânca (FIV) ndcou ausênca de multcolneardade elevada 60 em todas as regressões. No entanto, pelos testes de Breusch-Pagan e de Whte, fo rejetada a hpótese de varânca constante dos erros (homocedastcdade) nas duas prmeras regressões, ou seja, para a mortaldade nfantl e a frequênca à escola. Para evtar estmadores nefcentes, em decorrênca do problema de heterocedastcdade, as varâncas estmadas foram corrgdas usando Whte. 57 Sgnfcânca a 1% 58 Elaboração própra consdera apenas o servço de coleta de lxo em domcílos urbanos. 59 Sgnfcânca a 10%. 60 Uma varável é dta altamente colnear se o fator de nflação da varânca (FIV) for maor que 10 (GUJRTI, 2006, p. 292).

16 ISSN (versão onlne): Índce de Pobreza e Meo mbente (IPM) Tendo os coefcentes estmados nas regressões, conforme resultados apresentados na Tabela 2, o próxmo passo é o cálculo de um ndcador composto para cada muncípo. Como todas as varáves utlzadas nas regressões varam entre 0 e 100, apontando por condção quanto maor o valor, não fo necessáro normalzá-las. Em seguda, foram calculados os fatores de ajuste, multplcando-se cada varável ambental pelo coefcente da regressão, consderando somente as varáves estatstcamente sgnfcatvas (Tabela 2). O ndcador composto para cada dmensão de pobreza é obtdo por meo da multplcação do fator de ajuste pela respectva varável de pobreza. Desta forma, no caso dos muncípos paranaenses, foram calculados os seguntes ndcadores parcas: 11 = mortaldade até 5 anos de dade pela falta de acesso a banhero e à água encanada = [(percentual de pessoas que vvem em domcílos sem banhero e água encanada * 0,1575) * (mortaldade até 5 anos de dade)]/ = mortaldade até 5 anos de dade pela falta de acesso a servço de coleta de lxo em domcílos urbanos = [(percentual de pessoas que vvem em domcílos urbanos sem servço de coleta de lxo * 0,3503) * (mortaldade até 5 anos de dade)]/100 2 = redução na frequênca escolar de cranças de 7 a 14 anos pela falta de acesso a banhero e à água encanada = [(percentual de pessoas que vvem em domcílos sem banhero e água encanada * 0,1797) * (percentual de cranças de 7 a 14 anos que não estão frequentando o curso fundamental)]/100 3 = ntensdade de pobreza pela falta de acesso a banhero e à água encanada = [(percentual de pessoas que vvem em domcílos sem banhero e água encanada * 0,3008) * (ntensdade de pobreza)]/100 Como a mortaldade nfantl fo a únca varável dependente a apresentar assocação sgnfcatva com as duas proxes ambentas empregadas no modelo (carênca de acesso a banhero e água encanada e a servço de coleta de lxo), os respectvos ndcadores ( 11 e 12) foram ntegrados por méda smples: 1 fm de possbltar a ntegração dos ndcadores, todos foram colocados em escala [0-1], sendo por o ndcador quanto mas próxmo de 1. transformação fo realzada adaptando-se a fórmula empregada no cálculo dos índces que compõem o IDH. Defndos os índces relatvos a cada dmensão de pobreza saúde ( 1 ), educação ( 2 ) e nível de vda (renda) ( 3 ) e dados os valores máxmo e mínmo para cada dmensão, dado por: ' j é o índce normalzado relatvo à dmensão para o muncípo j e é ' j ( j mn j ) j (max mn ) j j j j Por fm, o índce de pobreza e meo ambente (IPM) para cada muncípo é a méda artmétca smples dos índces normalzados em relação às três dmensões: IPM j ' ' ' 1 j 2 j 3 j 3

17 ISSN (versão onlne): Tomando-se como exemplo a captal paranaense, as varáves extraídas do tlas de Desenvolvmento Humano no Brasl (PNUD, 2003) relatvos ao ano de 2000 foram: (a) percentual de pessoas que vvem em domcílos com banhero e água encanada: 97,56%; (b) percentual de pessoas que vvem em domcílos urbanos com servço de coleta de lxo: 99,48%; (c) grau de urbanzação (população urbana/população total): 100,00%; (d) mortaldade até 5 anos de dade: 24,26 mortes por nascdos vvos; (e) percentual de cranças de 7 a 14 anos que estão frequentando o curso fundamental: 92,70%; e (f) ntensdade da pobreza: 43,76%. Os ndcadores parcas, de acordo com as defnções dadas anterormente, são: 11 = mortaldade até 5 anos de dade pela falta de acesso a banhero e à água encanada = [(100 97,56) * 0,1575 * 2,43] / 100 = 0, = mortaldade até 5 anos de dade pela falta de acesso a servço de coleta de lxo em domcílos urbanos = [(100 99,48) * 0,3503 * 2,43] / 100 = 0, = redução na frequênca escolar de cranças de 7 a 14 anos pela falta de acesso a banhero e à água encanada = [(100 97,56) * 0,1797 * (100 92,70)] / 100 = 0, = ntensdade de pobreza pela falta de acesso a banhero e à água encanada = [(100 97,56) * 0,3008 * 43,76] / 100 = 0,3211 Do cálculo de cada um desses ndcadores para todos os muncípos foram extraídos os respectvos valores mínmo e máxmo, utlzados para colocar os ndcadores parcas em escalas [0-1], possbltando a sua ntegração. Os ndcadores normalzados são: ' 0,0093 0, ,0170 0,4840 0,0011 ' 0,0044 0, ,0160 0,2528 0,0004 ' 0,0320 0, ,0090 3,0498 0,0045 ' 0,3211 0, , ,5784 0,0458 O ndcador relatvo à saúde ( ) é a méda smples de e : ' 0,0170 0, , Logo, o índce de pobreza e meo ambente de Curtba no ano 2000 é: IPM Curtba 0,0165 0,0090 0,0239 0,016 3 Torna-se mportante sublnhar que o índce é melhor quanto mas próxmo de zero. Neste sentdo, o resultado para Curtba apresenta um baxo grau de pobreza assocado ao meo ambente, o que é justfcado pela elevada parcela da população vvendo em domcílos com banhero e água encanada e com servço de coleta de lxo. nálse dos resultados De acordo com os resultados das regressões apresentados na seção 4.3, as proxes ambentas utlzadas no modelo (percentual de pessoas que vvem em domcílos sem banhero e água encanada; e

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