Salário mínimo, Bolsa Família e desempenho relativo recente da economia do Nordeste

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1 Revsta de Economa Polítca, vol. 33, nº 1 (130), pp , janero-março/2013 Saláro mínmo, Bolsa Famíla e desempenho relatvo recente da economa do Nordeste Alexandre Rands Barros Dloá Athas* Mnmum wages, poverty allevaton ncome polces, and the relatve performance of the Northeastern economy n Brazl. Ths paper presents the two major hypotheses explanng the relatvely hgher GDP growth of Northeast, when compared to the one for the whole country. These hypotheses are that governmental transferences towards the poorest and the rses n mnmum wages are responsble for such relatve performance. They are formally presented theoretcally and a method to test ther relatve role s developed, relyng on county data for the perod 2000 to The results ndcate that the Bolsa Famla Program had a hgher postve mpact n the GDP growth rate of the regon than the rses n Mnmum wage. Keywords: mnmum wage; transference polces; Northeastern growth. JEL Classfcaton: R11. Introdução Desde 2002 que o crescmento do PIB per capta do Nordeste tem sdo superor à méda naconal. Essa superordade tem sdo partcularmente relevante quando a comparação é feta com o Sudeste, regão mas populosa do país. Enquanto o crescmento médo em nossa regão fo de 3,2% entre 2002 e 2008, ele atngu apenas 2,85% no Brasl. Outras regões, como o Centro-Oeste e o Norte, até cresceram tanto ou mas que o Nordeste no mesmo período, mas, tendo elas populações nferores, anda assm o desempenho dessa últma fo superor ao encontrado para todo o país. * Departamento de Economa, Unversdade Federal de Pernambuco. E-mal: acrbarros@gmal.com; e Department of Economcs, Unversty of Illnos. E-mal: dloaj@gmal.com. Submetdo: 29/setembro/2009; Aprovado: 13/dezembro/2011. Revsta de Economa Polítca 33 (1),

2 Esse maor desempenho relatvo tem gerado duas questões para as pessoas que são preocupadas com o desenvolvmento regonal braslero. Em prmero lugar, busca-se explcar por que ele fo superor. Em seguda, questona-se se tal comportamento é apenas temporáro e será revertdo no futuro, ou dexará a regão em um novo patamar de desenvolvmento relatvo no país, superor ao que se encontrou nos últmos 30 anos. Obvamente, uma consequênca que permea as buscas de respostas às duas questões apresentadas é a tentatva de se saber até quando a regão contnuará crescendo mas que o Brasl e qual será o novo patamar de equlíbro da renda per capta dessa regão em relação à méda naconal e à encontrada no Sudeste. Essas questões estão longe de ser preocupações apenas acadêmcas. Conhecer as respostas a elas pode nfluencar os nvestmentos que as empresas de város setores deverão fazer para posconar-se no mercado regonal e, de forma mas genérca, dstrbur espacalmente sua produção e estruturas mercadológcas. O desempenho relatvo recente, nclusve, já gerou maor dreconamento de preocupações de grandes empresas para a regão. As ncertezas quanto a sua extensão e duração, contudo, anda lmta essas ações. As dscussões até então sobre essas questões têm apontado duas prncpas hpóteses para explcar o desempenho econômco relatvo recente do Nordeste. A prmera delas é que a expansão das polítcas de transferênca de renda após 2002, prncpalmente os Programas Bolsa Escola e Bolsa Famíla, por serem relatvamente mas dreconados para o Nordeste, regão com maor percentual de pobres, estara elevando a demanda na regão e sso estara gerando esse maor crescmento econômco. A segunda hpótese é que o aumento real do saláro mínmo desde 2003 gerou maor ajuste tecnológco e demanda na regão, que tem uma maor partcpação de trabalhadores cuja renda é nfluencada pelo saláro mínmo. Apesar de ter tdo menor apelo tanto em meos acadêmcos como não acadêmcos, ela tem sdo sempre respetada como plausível e provavelmente com mpacto efetvo, quando apresentada. Dadas essas questões sobre o desempenho recente do Nordeste, este artgo tem dos focos prncpas. Em prmero lugar, ele dscute os possíves fundamentos da capacdade de explcação do maor crescmento do Nordeste advndos das duas hpóteses brevemente apresentadas. O segundo foco será em uma estmação do papel relatvo dessas duas causas do maor crescmento do Nordeste. Obvamente essas estmações partem do pressuposto de que as duas hpóteses não são excludentes e que ambas podem ter tdo algum papel na geração do maor desempenho da regão. O artgo está organzado como segue. Na próxma seção se dscutem os fundamentos teórcos das duas hpóteses. Na tercera seção o método de estmação dos mpactos de cada um dos possíves determnantes é apresentado. A quarta seção apresenta e dscute os prncpas resultados empírcos das estmações e a qunta seção traz uma dscussão das consequêncas dos resultados empírcos para posconamentos empresaras e possíves polítcas de desenvolvmento regonal. 180 Brazlan Journal of Poltcal Economy 33 (1), 2013

3 Fundamentos teórcos das prncpas explcações para o maor crescmento recente do Nordeste Como argumentado anterormente, há duas hpóteses fundamentas para explcar o maor crescmento do Nordeste nos últmos anos. A prmera o faz através do mpacto dos programas socas de transferênca de renda. A segunda recorre ao maor papel do saláro mínmo na regão Nordeste e sua elevação em termos reas nos últmos anos para explcar esse dnamsmo. Essas hpóteses são apresentadas em maores detalhes nas subseções que seguem. 1. O papel dos programas de transferênca de renda Essa hpótese parte do pressuposto ncal de que o Nordeste tem mas benefcáros dos programas de transferênca de renda do Governo Federal, cujo objetvo é o combate à pobreza. Obvamente sso ocorre porque ao longo do período em análse a regão sempre teve maor proporção de sua população vvendo abaxo da lnha de pobreza. Nenhum desses dos pressupostos são objetos de dsputa entre estudosos do problema e ambos são confrmados pelos dados apresentados na Tabela 1. Nos programas de transferênca de renda podem ter duas consequêncas mportantes que possbletem um maor crescmento relatvo do Nordeste. A prmera delas é o aumento da demanda local, que eleva a produção realzada próxma a ela por causa dos custos de transporte e nformação. A segunda é certa escassez relatva de mão de obra na regão a baxas remunerações, o que eleva o desenvolvmento tecnológco. 1 A segur essas duas vsões são um pouco mas detalhadas Efeto demanda A dea de que a maor demanda pode elevar o PIB per capta dos muncípos que são benefcados pelas transferêncas do Governo Federal, como o Bolsa Famíla, parte do pressuposto de que o funconamento da economa é mas apropradamente representado pela competção monopolístca e retornos crescentes de escala em setores sgnfcatvos dela. Isso sgnfca que na oferta de cada bem exste um número fnto de ofertantes e que eles não são perfetamente substtutos entre s, seja por dferencações dos seus produtos ou, mas mportante no problema em questão, pela convenênca de suas localzações espacas. Além dsso, pode se supor que os retornos crescentes de escala advêm da exstênca de custos de gestão que não crescem proporconalmente à produção. Assm, as frmas se defrontam com uma demanda negatvamente nclnada, como a representada pela reta demanda antes das transferêncas na fgura 1. Por 1 Acemoglu (2009) apresenta argumentação rgorosa mostrando em que condções essa relação é verdadera. Revsta de Economa Polítca 33 (1),

4 consequênca, essas frmas, tendo as funções custo margnal (CM g ) e custo médo (C Médo ) também negatvamente nclnadas, como apresentadas na Fgura 1, maxmzam o seu lucro gualando o custo margnal à receta margnal e defnndo o preço no nível que a quantdade defnda dessa forma guala a demanda. Ou seja, elas produzram Q 0 na Fgura 1 e teram preço gual a P 0 nessa mesma fgura. O lucro dessas frmas nesse caso sera como defndo na Fgura 1 pelo retângulo cujos vértces são A 0, A 1, A 2, P 0. Quando há um aumento da demanda por causa da renda maor dos consumdores, cada frma terá sua curva de demanda deslocada para a dreta, como representado na Fgura 1, a partr do deslocamento de demanda antes das transferêncas para demanda após transferêncas. Vale observar que não havera razão para haver choque de produtvdade após o níco das transferêncas. Assm, as curvas de custos margnal e médo das empresas manter-se-am nos mesmos patamares anterores. Consequentemente, o novo equlíbro sera no ponto (Q 1, P 1 ), onde a nova demanda encontra-se com a quantdade Q 1, defnda a partr da gualação do custo margnal à nova receta margnal. Tabela 1: Estatístcas báscas de pobreza e transferêncas va Bolsa Famíla por regão 2004 a 2007 Percentual de domcílos vvendo abaxo da lnha de pobreza por regão Norte 35,9% 32,2% 28,6% 28,9% Nordeste 46,9% 42,8% 38,0% 35,5% Sudeste 15,7% 13,5% 10,7% 9,1% Sul 14,4% 13,3% 11,1% 9,2% Centro-Oeste 15,7% 14,9% 11,7% 8,5% Brasl 24,8% 22,3% 19,1% 17,2% Percentual de famílas benefcáras do Programa Bolsa Famíla por regão Norte Nordeste 13,2% 16,7% 23,8% 24,8% Sudeste 22,8% 28,6% 35,7% 36,0% Sul 7,0% 9,2% 11,0% 10,8% Centro-Oeste 8,1% 11,1% 11,3% 10,2% Brasl 7,3% 10,8% 14,0% 13,2% 11,7% 15,1% 18,6% 18,4% Percentual das transferêncas va Bolsa Famíla no PIB das regões Norte 0,34% 0,46% 0,61% Nordeste 0,88% 1,06% 1,27% Sudeste 0,08% 0,12% 0,14% Sul 0,10% 0,16% 0,17% Centro-Oeste 0,07% 0,13% 0,17% Brasl 0,20% 0,27% 0,32% Fonte: Construído com base em dados da PNAD, IBGE (famílas, domcílos e pobres), Mnstéro do Desenvolvmento Socal (famílas benefcáras e valores pagos) e Contas Regonas IBGE (PIB e preços de mercado). 182 Brazlan Journal of Poltcal Economy 33 (1), 2013

5 Nesse segundo equlíbro o lucro das empresas locas é maor. Isso pode ser concluído porque o novo lucro, defndo pela área do retângulo defndo pelos vértces B 0, B 1, B 2, P 1, nclu o lucro antes do choque como apenas uma parte de sua área. Fgura 1: Lucro adconal gerado pelo efeto demanda Assm, a renda gerada na regão que recebe mas transferêncas se eleva pelo componente lucro e pelo componente emprego, já que ele será maor no novo equlíbro. Em uma versão de equlíbro geral, em que os saláros também possam reagr ao maor emprego, também pode se conclur que haverá um aumento da renda por causa deles. Nesse caso, as curvas de custos margnal e médo graram um pouco para cma, fazendo com que os saláros adconas corroessem parte dos lucros, mas tal aumento não sera sufcente para elmnar o aumento de produção, se for pratcado dentro de certos lmtes plausíves. Com curvas de custo margnal decrescente, e aumentos dos saláros dentro de certos lmtes, o aumento de demanda não corroera a compettvdade das empresas locas, que permtra que elas aumentassem a produção. Numa vsão de contabldade regonal, a renda que entra no muncípo em forma de transferêncas podera até sar toda por maor mportação de bens do resto da economa. Todava, dexara a produção nterna mas efcente e complexa, o que fara com que o consumo total dos agentes nternos venha a ser maor não só pela maor mportação, mas também por maor produção nterna. 2 Apesar de o modelo em que a dea fo exposta ser essencalmente de estátca 2 A exstênca de retorno crescente de escala e os lmtes mpostos para o aumento dos saláros nessa vsão elmnam a possbldade de haver o problema de Dutch dsease. Revsta de Economa Polítca 33 (1),

6 comparatva, pode se pensar em um modelo dnâmco em que a taxa de crescmento a cada momento seja defnda como: Y = g+ γ ( Y Ye ) (1) Y Y = g+ γ ( Y Ye ) onde Y Y é o PIB per capta, g é a taxa de crescmento de equlíbro gerada por outras relações 0< da γ < economa 1 e Y e é o PIB per capta de equlíbro a cada momento. Sendo 0< γ < 1 um parâmetro postvo, obvamente a taxa de crescmento dessa área geográfca α 1 α U = C converge ( 1 L) para a taxa de crescmento g de equlíbro em que Y segue um camnho α de equlíbro 1 α traçado por outros fatores da economa. Entretanto, quando U = C ( 1 L) há o choque de demanda causado pelo níco das transferêncas, essa taxa de crescmento 0< passa α < 1 um tempo sendo superor à taxa de equlíbro, enquanto não houver convergênca. 0< α < 1 Nesse ntervalo, a taxa de crescmento das áreas geográfcas que recebem PC = mas T + transferêncas wl tenderá a ser maor que a méda naconal. PC = A Tpartr + wl dessa vsão, as maores transferêncas para o Nordeste seram responsáves pela maor taxa de crescmento dessa regão nos últmos anos. Vale salentar, contudo, ( 1 α) T ( w1 = que dentro dessa concepção a taxa de crescmento da economa convergra w = para sua α taxa L de equlíbro e não necessaramente havera maor crescmento α) T α L da regão Nordeste a partr de então. Isso ocorre porque, quando as transferêncas pararem de aumentar, a demanda para de se deslocar para cma e o emprego e a produção local em equlíbro já não têm mas motvos para se deslocarem mas rápdo do que o resto da economa (nas demas regões). Ou seja, esse maor crescmento é transtóro e não necessaramente levara a uma convergênca absoluta das rendas per capta regonas no país Efeto desenvolvmento tecnológco O efeto desenvolvmento tecnológco ocorre porque as pessoas preferem não trabalhar a saláros baxos e fcar aptas a receber as transferêncas sem ter de realzar o esforço relaconado com o trabalho. Isso muda a relação de custo entre o fator trabalho e o nvestmento em tecnologa, o que eleva o nvestmento em desenvolvmento tecnológco. Como no Nordeste há maor contngente de pobres com potencal acesso aos programas de transferênca, essa retração da oferta de mão de obra é relatvamente maor, o que elevou o desenvolvmento tecnológco relatvo na regão. O efeto no desenvolvmento tecnológco de programas de transferênca de renda é smlar ao que ocorre quando há aumento de saláro mínmo, pos na prátca há uma aceleração no desenvolvmento tecnológco por causa da elevação do saláro de equlíbro na área geográfca em que resdem os benefcáros de tal polítca. 4 Assm, esse efeto será mas bem explcado na subseção a segur. A ds- 3 Ver Barros (2011, cap. 7) para uma dscussão dessa dnâmca de resposta a tal polítca. 4 Acemoglu (2009) traz uma dscussão mas rgorosa das condções em que o mpacto da escassez de trabalho e da elevação dos saláros no desenvolvmento tecnológco são smlares. 184 Brazlan Journal of Poltcal Economy 33 (1), 2013

7 cussão aqu será apenas de () como um programa de transferênca de renda como o Bolsa Famíla eleva o saláro de equlíbro nos muncípos e () como esse mpacto é maor em muncípos mas pobres.. Impacto de programas de transferênca no saláro de equlíbro dos muncípos Quando as pessoas ofertam seu trabalho, elas o fazem consderando uma Y função utldade = g+ γ ( Yem Yeque ) pesa a utldade negatva do trabalho e a postva do que Y se pode adqurr com a remuneração e a experênca obtda. De forma smplfcada, Y dentro de um padrão teórco comum, pode se dzer que = o g+ consumdor γ ( Y Ye ) maxmza uma Y função 0< γ < 1 Y = g+ utldade γ ( Y Y tpo Cobb-Douglas como a expressa na equação (2). e ) Y α 1 α 0< γ < 1 U = C ( 1 L) (2) 0Y < γ < 1 = g+ γ ( Y Y α 1 α e ) onde U é a utldade total, C é o consumo, meddo em U undades C Lde uma cesta de 0 Y = ( 1 ) < α < 1 bens, L é a α quantdade 1 α U = C ( 1 L) de trabalho que ele despende, medda em tempo em um determnado 0< γ < 1ntervalo, e a é um parâmetro, tal que 0< α < 1. Ele maxmza essa função PCsujeta = T + wl a uma restrção orçamentára, que de forma smplfcada pode ser expressa 0< αcomo < 1 segue: α 1 α PC = T + wl U = C ( 1 ( 1 α ) T L) w = PC = Tα + wl L (3) ( 1 α) T 0< α < 1 w = α L onde T são ( 1 as α) transferêncas T recebdas, w é o saláro nomnal e P é o índce de preços. w = PCAs = demas T α + LwL varáves são como prevamente defndas. A condção de prmera ordem para a solução desse problema gera: w = ( 1 α) T α L (4) Ou seja, quanto maores as transferêncas, maor o saláro que terá de ser pago para que haja um dado patamar de oferta de trabalho. Isso faz com que se gere uma escassez relatva de mão de obra a cada nível salaral. Para uma mesma demanda por trabalho, o saláro de equlíbro tende a se elevar, quando T sobe. É mportante enfatzar que apesar das transferêncas recebdas pelo agente representatvo na equação (4) estarem defndas como constantes, esse não é o caso na realdade. Programas de transferênca como o Bolsa Famíla são drgdos apenas para os mas pobres. Sendo assm, pode se defnr uma função tal que T = T(w), onde a prmera dervada T (w) é negatva, ou T (w) < 0. 5 Ou seja, quando aumenta o saláro recebdo pelos ndvíduos, ca as transferêncas que eles recebem. 5 Mas rgorosamente, deve-se acrescentar que m m T '( T w) '( ) = w= 0) 0e= Te0'( wte) '( = Tw0'( ) wquando = ) 0w= 0w w ww, w R onde w+ ew wé < w R w w w + e < w + e < w w um valor qualquer mde T'( saláro w) = 0defndo e T'( wpor ) = polítca 0 wpúblca w tal wque w R + e w <. w w Revsta de Economa Polítca 33 (1),

8 Além dsso, a partr de certo patamar de saláro, os ndvíduos não recebem mas transferêncas. Sendo assm, a oferta de trabalho defnda pela equação (4) pode ser representada como na Fgura 2, onde aparece a oferta antes e depos das transferêncas serem estabelecdas. Nessa mesma fgura colocou-se uma demanda por mão de obra e dos equlíbros foram apresentados, um em (L 0,w 0 ) e o outro em (L 1,w 1 ). O prmero é antes das transferêncas serem estabelecdas e o outro é após a ntrodução delas. Como pode se ver, as transferêncas elevam os saláros de equlíbro de w 0 para w 1, quando elas são ntroduzdas. Isso decorre da retração da oferta de trabalho promovda pelas transferêncas.. Maor mpacto relatvo nos muncípos mas pobres Nem todos os ndvíduos em uma socedade ntegram o mesmo mercado de trabalho. Indvíduos menos qualfcados não são perfetos substtutos para ndvíduos mas qualfcados. Assm, para smplfcar o racocíno pode se trabalhar com dos mercados de trabalho, um para ndvíduos mas qualfcados e outro para ndvíduos menos qualfcados. Nesse caso, o mercado de trabalho tera duas ofertas e duas demandas, como as apresentadas na Fgura 3. Somente saláros que compõem o ntervalo coberto pela oferta de trabalho menos qualfcado, oferta de trabalho II na Fgura 3, qualfcam para receber transferêncas. Todo o ntervalo da oferta de trabalho I está fora dos valores passíves de qualfcar para transferêncas. Essa economa tera dos saláros após a ntrodução das transferêncas, w 1 e w 2. Eles prevalecem nos mercados de mão de obra menos qualfcada e mas qualfcada, respectvamente. Apenas o segundo mercado possu trabalhadores que podem qualfcar para receber transferêncas. Assm, somente o saláro nesse mercado é afetado pelas transferêncas, como mostra a Fgura 3. As dversas regões geográfcas brasleras têm quantdades de pessoas dferentes com os dversos níves de formação e expectatvas salaras. O Nordeste e o Norte partcularmente são as regões com maor partcpação de pessoas de baxa formação e qualfcação. 186 Brazlan Journal of Poltcal Economy 33 (1), 2013

9 Fgura 2: Equlíbro no mercado de trabalho antes e depos das transferêncas A Tabela 2 traz dados que mostram que há um contngente proporconal maor de pessoas trabalhando com rendmento até um saláro mínmo nessas regões, assm como pessoas com nível de nstrução até quatro anos de estudo. Fgura 3: Equlíbro no mercado de trabalho antes e depos das transferêncas Revsta de Economa Polítca 33 (1),

10 O racocíno sstematzado na Fgura 3 mplca que quanto maor a partcpação de trabalhadores no mercado de trabalho II, maor será a proporção deles afetada por transferêncas governamentas. Assm, pelos dados apresentados, é de supor que o Norte e o Nordeste são as regões cujos mercados de trabalho são mas afetados pela ntrodução das transferêncas. Mas precsamente, nessas regões deve ter havdo maor aumento de saláros em város setores por causa da ntrodução ou expansão de programas de transferêncas do Governo Federal. Suas consequêncas para o crescmento são objeto da próxma subseção, já que o mpacto é de aumento de saláro nos segmentos de menor remuneração, assm como ocorre com a elevação do saláro mínmo. Tabela 2: Proporção de pessoas de 10 anos ou mas de dade recebendo até um saláro mínmo e com até quatro anos de estudo nas dversas regões brasleras em 2007 Proporção de pessoas de 10 anos ou mas de dade recebendo até um saláro mínmo Proporção de pessoas de 10 anos ou mas de dade com até quatro anos de estudo Brasl 23,9% 35,6% Norte 26,3% 38,8% Nordeste 38,3% 45,9% Sudeste 17,1% 30,5% Sul 17,9% 31,5% Centro-Oeste 21,4% 33,1% Fonte: IBGE, PNAD, O papel das elevações do saláro mínmo Há toda uma lteratura que enfatza o papel de mposção de saláros mínmos elevados ou escassez de trabalho como ndutores de desenvolvmento tecnológco. 6 Marx (1887) já enfatzava essa dea na composção de suas concepções sobre a dnâmca do exércto ndustral de reserva. Hcks (1932) também ncorporou tal dea já dentro de um escopo teórco neoclássco. Barros (1993a, 1993b) a ntroduzu dentro de modelos tradconas da nova teora do crescmento, mas especfcamente os modelos de Lucas (1988) e Romer (1990). Alesna e Zera (2006), Acemoglu (2009) e Cahuc e Mchel (1996) trazem modelos recentes que ncorporam essa hpótese. Dante de toda essa lteratura, não será preocupação aqu apresentar ou mesmo desenvolver qualquer modelo que ncorpore essa hpótese. A sua ntução, contudo, será dscutda. A dea é smples. Suponha um mercado de trabalho em equlíbro, como o da fgura 4 com saláro e emprego determnados como w 0 e L 0, respectvamente. De repente alguma legslação eleva o saláro para w 1. Imedatamente haverá desem- 6 Ver, por exemplo, Acemoglu (2009) para um modelo que defne as condções em que tal relação é verdadera e uma revsão de deas sobre o assunto. 188 Brazlan Journal of Poltcal Economy 33 (1), 2013

11 prego, pos o novo equlíbro será em (L 1, w 1 ), onde o novo saláro encontra a demanda D 0 por trabalho. Essa elevação dos saláros, contudo, eleva o ncentvo às frmas nvestrem em tecnologa e aos trabalhadores nvestrem em captal humano. No segundo caso, o efeto é óbvo, pos o custo de oportundade do tempo expenddo passa a ser bem menor, já que mutos trabalhadores estarão desempregados (Barros, 1993a; Cahuc e Mchel, 1996). No caso de nvestmento em tecnologa parece menos óbvo, mas essa relação decorre do fato de que os setores que produzem novas tecnologas são menos ntensvos em trabalho não qualfcado. Assm, o aumento de saláro mínmo leva à elevação de custo de sua produção proporconalmente menor do que ocorre em outros setores produtores de bens fnas. Assm, há um deslocamento de fatores de produção para o prmero setor e com sso acelera-se o processo de desenvolvmento tecnológco. Ele nduz ao deslocamento da demanda para cma, movendo-se na Fgura 4 de D 0 para D 1. Fgura 4: Equlíbro no mercado de trabalho antes e depos de saláro mínmo Vale adconar a esse mecansmo de desenvolvmento tecnológco o própro nvestmento dentro de cada empresa em aperfeçoamentos e controle dos processos produtvos, que são realzados com mão de obra de maor qualfcação e que por tal não tem sua remuneração afetada pelo saláro mínmo. Quando há elevação dos saláros de mão de obra menos qualfcada, passa a ser lucratvo para as empresas gastar mas dnhero com essas atvdades de aperfeçoamentos e controle dos processos produtvos, pos os gastos adconas com mão de obra mas qualfcada podem se tornar menores que os saláros a serem gastos com desperdícos, dados os preços relatvos anterores. Além dsso, os preços relatvos dos bens e servços produzdos são tal que esses desperdícos agora terão valor mas elevado e por tal poderão contrbur para compensar os nvestmentos menconados, que requerem mão de obra mas qualfcada. Revsta de Economa Polítca 33 (1),

12 Ou seja, todos esses mecansmos mostram que haverá uma aceleração do desenvolvmento de produtvdade que deslocará a demanda para cma e com sso restaurará o pleno emprego no longo prazo, mas com taxas de crescmento maores na transção, para que o novo patamar de renda mas elevado seja atngdo. A Fgura 5, extraída de Barros (1993b), bem representa esse movmento do logartmo da renda (Ln Y) entre dos equlíbros (E 0 e E 1 ) a partr de um aumento do saláro mínmo em t 0 e mostra por que a taxa de crescmento na transção (entre t 0 e t 1 ) será maor. Para que a economa alcance E 1, ela terá de crescer mas rápdo do que as nclnações de E 0 e E 1 defnem. 7 Numa regão em que mas pessoas têm seus saláros afetados por esses choques postvos de saláro, seja ele um mínmo nsttuconal ou determnado por elevação da escassez relatva de mão de obra, haverá uma tendênca a proporconalmente maores ajustes tecnológcos e de produtvdade. Isso decorre do fato de que mas setores produtvos terão seus custos mas afetados por tal choque. A consequênca é que essa regão deverá ter seu crescmento proporconalmente mas afetado pelo choque. Como vsto anterormente, o Nordeste tem mas pessoas com rendmentos próxmos ao saláro mínmo e por tal tendem a ser mas afetados por mudanças no saláro mínmo. Assm, ele tenderá a crescer mas após elevações do saláro mínmo ou da remuneração do trabalho por consequênca de maor escassez de mão de obra causada pelas transferêncas. Fgura 5: Dnâmca da renda após um choque postvo no saláro mínmo 7 Obvamente, se o choque no saláro mínmo não for prevsível, a renda terá um recuo e passará a crescer mas rápdo até que o novo equlíbro seja atngdo em t 1. A lnha tracejada na Fgura 5 mostra esse camnho de Ln Y. Entretanto, esse detalhe não é relevante para a análse aqu. 190 Brazlan Journal of Poltcal Economy 33 (1), 2013

13 Método de estmação dos efetos do saláro mínmo e do Programa Bolsa Famíla no crescmento do Nordeste O método empírco utlzado nca com uma equação de regressão de crescmento com dados longtudnas, como a apresentada por Barro e Sala--Martn (1992), que pode ser representada como: y = β + βy + α X + e j j j = 1 n em que y é a taxa de crescmento do PIB do muncípo entre 2000 e 2006; Y 0 é o logartmo yˆb = ynatural αˆ4b + do αˆ 4nível Bˆ ncal do PIB per capta em um muncípo ; X j são outras varáves que a lteratura aponta como relevantes para explcar a taxa de crescmento e e yˆs = y ˆ α é o termo de erro, com méda zero e varânca fnta. As letras S ˆ + α Sˆ gregas α 5 5 j e β j, para qualquer que seja o j, são parâmetros tomados como constantes entre os muncípos. As yˆ varáves B e yˆ ncluídas S B e Bˆ no S evetor Sˆ X aparecem especfcadas na Tabela 3, junto com suas fontes. Elas podem ser dvddas em dos grupos. O prmero nclu aquelas que são consderadas como determnantes do crescmento na maora dos estudos, como é o caso do PIB per capta em 2000 e da méda dos anos de estudo. Também foram ncluídas entre as varáves prncpas duas parcelas da população que possuem comportamentos dstntos no mercado de trabalho e programas socas. São elas: a parcela da população com dade superor a 16 anos e a parcela da população com dade superor a 70 anos. Juntas essas duas varáves dão uma proxy para a oferta de trabalho mas produtva. Apesar de dados do IBGE já ncluírem, na população economcamente atva (PEA) pessoas com mas de 10 anos, após 16 anos é que a população realmente ganha um perfl mas produtvo e tem uma propensão maor a se ntegrar à PEA. Após 70 anos muto pouca gente está anda atva no mercado de trabalho. Assm, a nclusão de uma varável que defne a proporção desse segmento na população também ajuda a delnear a oferta de trabalho. Anda entre as varáves prncpas, ncluu-se aquelas que são relevantes para testar as prncpas hpóteses desse artgo, que são () a proporção de pessoas na população economcamente atva com rendmento entre meo e dos saláros mínmos, e () a partcpação do Bolsa Famíla no PIB muncpal em A partr dessas duas varáves poder-se-á testar as prncpas hpóteses deste trabalho, que podem ser assm apresentadas: Hpótese I: Os aumentos do saláro mínmo desempenharam papel relevante na determnação do maor crescmento relatvo da regão Nordeste nessa década. Hpótese II: As transferêncas do Governo Federal tendo como objetvo alvar a pobreza também tveram papel relevante na determnação do maor crescmento relatvo do Nordeste nessa década. Hpótese III: É possível mensurar o mpacto relatvo desses dos efetos na determnação do crescmento relatvo do Nordeste e compará-los. (5) Revsta de Economa Polítca 33 (1),

14 A prmera hpótese será testada utlzando-se como proxy para o mpacto do saláro mínmo no crescmento do PIB muncpal o mpacto nessa varável capturado pela partcpação das pessoas com rendmento entre meo e dos saláros mínmos na população economcamente atva total que tem algum rendmento. Para que tal proxy possa capturar o mpacto desejado, será necessáro que o mpacto dos aumentos do saláro mínmo seja mas sentdo nos muncípos que têm população com rendmentos mas afetados pelo saláro mínmo e que essa seja exatamente aquela que tenha rendmento mas próxmo dele. Consderou-se que o segmento da PEA com rendmentos mas afetados pelo saláro mínmo dretamente é aquele cujo rendmento está mas próxmo dele, conforme tem sdo sugerdo em város estudos sobre o efeto farol. 8 Para a escolha desse ntervalo utlzou-se um método smples, que tnha dos prncípos báscos. O prmero é que quanto mas afastado do saláro mínmo, menor o efeto dele sobre os rendmentos dos ndvíduos nesse segmento. O segundo é que a própra hpótese ncal supõe que o efeto do mínmo é maor no Nordeste do que nas demas regões brasleras, com possível exceção do Norte. Assm, somente ntervalos de rendmento em que o Nordeste tvesse maor partcpação na PEA deveram ser ncluídos. A partr desses prncípos báscos, ncalmente dentfcaram-se os ntervalos de renda para os quas os dados do Censo de 2000 estavam dsponíves e organzados pelo IBGE. O saláro mínmo é um dvsor nesses ntervalos. Assm, os dos mas próxmos do saláro mínmo foram tomados como ponto de partda. Eles ncluíam a PEA que receba entre ½ e 1 saláro mínmo e um segundo nclundo ndvíduos com rendmento entre 1 e 2 saláros mínmos. Antes de proceder calcularam-se essas partcpações para as dversas regões e confrmou-se que no Nordeste elas eram maores. A partr dessa prmera etapa, calcularam-se as partcpações dos ntervalos adjacentes, que eram de ¼ a ½ e de 2 a 3 saláros mínmos. No caso do ntervalo entre 2 e 3 saláros mínmos, o Nordeste já não era a regão com maor partcpação. Além dsso, quando esses ntervalos somavam-se aos outros, o Nordeste permaneca não sendo a regão com maor partcpação. Ou seja, esse ntervalo entre 2 e 3 saláros mínmos tera ser descartado para manter a coerênca da proxy cujo propósto era capturar o mpacto dele no crescmento. O ntervalo entre ¼ e ½ saláro mínmo também fo dspensado porque a análse de dados de PNADs revelou que esse ntervalo nclu muta mão de obra que não tem plena ocupação no da. Ou seja, mutos desses ndvíduos não são efetvamente atvos, mas fazem parte de um grupo da população em transção entre a atvdade e a natvdade. Esse grupo também já estara muto afastado do saláro mínmo e por tal já tera suas rendas bem menos afetadas por ele. Assm, fcou-se com ntervalo entre ½ e 2 saláros mínmos. A partcpação dos ndvíduos 8 Ver, por exemplo, Nér, Gonzaga e Camargo (2001), Gambag e Franco (2007), e Barros, Carvalho e Franco (2006). 192 Brazlan Journal of Poltcal Economy 33 (1), 2013

15 com rendmento dentro desse ntervalo na PEA com rendmento postvo fo a varável ncluída para servr de proxy para a relevânca do saláro mínmo no muncípo. No caso da proxy para as transferêncas, utlzou-se a partcpação do Programa Bolsa Famíla no PIB dos muncípos como a proxy para elas. Esses dados só estavam dsponíves a partr de Assm, a partcpação ncluída fo exatamente nesse ano. A nclusão de anos posterores causara causaldade nversa. Ou seja, menos crescmento elevara a partcpação do Bolsa Famíla na renda e podera vesar para baxo o coefcente estmado. Obvamente o fato de a sére de crescmento começar em 2000 e essa varável só ser defnda para 2004 permte que haja tal efeto reverso. Consequentemente, a nterpretação dos resultados deve consderar que os efetos das transferêncas encontrados podem estar um pouco subdmensonados. O segundo grupo de varáves contém aquelas que não são sempre ncluídas nas regressões de crescmento, mas que também aparecem em algumas delas. 9 Essas varáves são subdvddas em outros grupos. São eles: efeto escala, ndcadores de pobreza e segmentação socal. Dentro do subgrupo classfcado como de efeto escala, todas capturam a função do efeto escala na taxa de crescmento dos muncípos. São elas: população, área e parcela da população urbana, todas calculadas para o ano Quanto maor for a partcpação da população urbana, maor será o efeto escala dos negócos do muncípo. Quanto maor a sua área, maor é o negóco rural atenddo pelos servços urbanos e, consequentemente, maor serão os benefícos de escala. Quanto maor é a população, maores também tendem a ser os benefícos de escala. 10 O logartmo natural do PIB per capta em 2000 é também uma varável de efeto escala, mas ela fo ncluída entre as varáves prncpas, com o objetvo de capturar a convergênca dos PIBs per capta. O segundo subgrupo de varáves nclu também um ndcador de pobreza, que é o percentual de pessoas vvendo em domcílos cuja renda per capta é nferor ou gual a meo saláro mínmo. Quanto maor for a parcela da população pobre, maor será a parcela de recursos públcos alocados para alvar a pobreza; então uma menor proporção desses recursos serão nvestdos produtvamente. Por conta dsso, menor tende a ser a taxa de crescmento do PIB per capta do muncípo, recursos dos Governos Estaduas e Federal tendem a ser proporconalmente mas dreconados para alvar a pobreza, quanto mas pobre for o muncípo. Como nvestmentos públcos e prvados são complementares, 11 sso tende a reduzr a taxa de crescmento nos muncípos com maores ndcadores de pobreza. 9 Essa nclusão que se consderou no texto é concetual, não sendo as varáves concretamente defndas necessaramente na forma que aparece a segur. 10 Vale salentar que a população já é ncluída como uma varável com efeto postvo a partr de sua partcpação na defnção do PIB per capta. Consequentemente, em algumas regressões, quando utlzada soznha, além da nclusão do PIB per capta, seu efeto pode aparecer negatvo. 11 Ver, por exemplo, Aschauer (1989), Erenburg (1993) e Erenburg e Wohar (1995). Revsta de Economa Polítca 33 (1),

16 Tabela 3: Varáves e suas defnções Representação das Varáves Descrção das Varáves (orgem) Varáves Dependentes Gy Taxa de crescmento real do PIB no período 2000 a (Contas Naconas - IBGE) Varáves Prncpas PIB per capta 2000 Saláro Mínmo Bolsa Famíla 70 anos 16 anos Méda de anos de estudo Logartmo natural do PIB per capta em 2000, meddo em Reas. (Contas Naconas - IBGE) Proporção da população economcamente atva com algum rendmento que ganham entre meo e dos saláros mínmos. (Censo 2000 IBGE) Partcpação do volume repassado do Programa Bolsa Famíla em 2004 no PIB muncpal de 2000 (MDS e IBGE) Parcela da população com 70 anos ou mas como uma proporção da população com 16 anos ou mas em (Censo IBGE) Parcela da população com dade superor a 16 anos em (Censo IBGE) Méda de anos de estudo do muncípo no ano de (Censo IBGE) Efeto escala População 2000 Área 2000 Urbana Indcadores de Pobreza Taxa de pobreza 2000 Segmentação socal Coefcente de Gn População do muncípo em (Censo IBGE) Área do muncípo em (Censo IBGE) Proporção da população urbana sobre o total em (Censo IBGE) Percentual de pessoas vvendo em domcílos com renda méda abaxo da lnha de pobreza em 2000 (meo saláro mínmo). (Censo IBGE) Coefcente de Gn do muncípo para dstrbução da renda em (Censo IBGE) Há um tercero subgrupo de varáves, chamadas de varáves de segmentação socal, no qual apenas o coefcente de Gn fo ncluído. Mutos estudos argumentam que dstrbução de renda causa algum efeto no crescmento econômco, 12 anda que os argumentos que o justfquem sejam não só varados, como mutas 12 Ver, por exemplo, Tabelln e Persson (1994) e Benabou (1996). 194 Brazlan Journal of Poltcal Economy 33 (1), 2013

17 vezes até contradtóros entre eles. Exstem os argumentos polítcos que ressaltam que a concentração de renda tende a conduzr ao poder polítcos que não são muto pró-nvestmentos e são mas propensos a mplementar polítcas dstrbutvas, além de não terem também foco no apoo aos nvestmentos prvados. 13 Assm havera uma relação nversa entre o coefcente de Gn e o crescmento econômco. Há também o argumento do efeto escala, que defende a dea de que uma melhor dstrbução de renda aumenta o tamanho do mercado e cra mas ncentvos para a ntrodução de novas tecnologas. Assm, também nesse caso havera uma relação nversa entre coefcente de Gn e crescmento econômco. Outro argumento que aparece na lteratura defende a exstênca de efeto contráro aos anterores. Ele basea-se na hpótese de que a maor concentração de renda gerara maor poder de nvestmento, pos aumentara a proporção de renda nas mãos de pessoas com maor propensão a poupar e que teram mas facldade em nvestr. Assm, a economa tendera a crescer mas rápdo por causa da maor dsponbldade de recursos para tal. 14 Como consequênca dessas vsões contradtóras, o snal esperado do coefcente de Gn é ncerto. 15 A nclusão das varáves segue uma regra smples: prmero, estma-se o modelo apenas com a nclusão das varáves prncpas; segundo, promove-se uma nova rodada de estmações, na qual serão ncluídas as varáves explcatvas de efeto escala, todas de uma vez; numa tercera rodada de estmações serão ncluídas as varáves de segmentação socal; ou seja, o coefcente de Gn. Por fm, uma quarta e últma rodada de estmações nclurá o coefcente de pobreza, além de todas as demas varáves prevamente ncluídas. Esse método de nclusão progressva de conjunto de varáves vsa gerar nformações sobre a establdade dos coefcentes relevantes para o presente estudo. Com ele será possível se perceber, em algumas crcunstâncas, se as varáves saláro mínmo e Bolsa Famíla estão gerando resultados espúros por consequênca de sua correlação com outras relevantes para explcar o crescmento do PIB. Mesmo que o método não exclua a possbldade de tal problema exstr e não ser percebdo, prncpalmente quando essas outras varáves não são ncluídas no modelo, anda assm ele pode dar alguma ndcação e evtar erros grosseros na nterpretação dos resultados. As estmações foram fetas, para cada conjunto de equações, utlzando o método dos Mínmos Quadrados Ordnáros (MQO), com correção para heterocedastcdade pelo método de Whte (1980), e o método dos Mínmos Desvos Absolutos. A amostra nclurá todos os muncípos lstados no ano 2000 para a regão Nordeste do Brasl que não tveram suas áreas alteradas por desmembramentos. 13 Ver, por exemplo, Alesna e Rodrk (1994). 14 Entre muncípos pode haver mgração de poupança com muta facldade. Assm, essa hpótese só torna-se válda caso algumas outras hpóteses quanto ao comportamento do fluxo de nformação sejam verdaderas. 15 Ver Benabou (1996) para uma pesqusa com dferentes resultados de estudos empírcos e teórcos referentes a esta relação. Bjørnskov (2008) possu uma abordagem dferente a este problema. Revsta de Economa Polítca 33 (1),

18 Essa restrção permte que se mantenha coerênca em váras dessas varáves, como PIB per capta, área e população, por exemplo. Resultados empírcos Os resultados dos dversos modelos estmados foram omtdos por problema de espaço. Entretanto, eles encontram-se dsponíves com os autores e podem ser envados a partr de demanda. Eles foram utlzados para fazer duas smulações mportantes. Em cada uma delas foram crados valores smulados para as duas varáves relevantes para a estmação do mpacto das transferêncas e do saláro mínmo no crescmento do PIB. Esses valores foram crados a partr de uma lógca smples, que fo tornar a méda da regão Nordeste para essas varáves como sendo gual à méda naconal. Para sso recorreu-se a um artfíco matemátco smples, que fo multplcar o valor dessa varável em cada um dos muncípos pela sua méda para todo o país e dvdr pela méda do Nordeste. Assm, obtveram-se valores artfcas para as duas varáves, que poderam ser entenddos como aqueles que deveram prevalecer caso o Nordeste não tvesse tdo condções melhores para se benefcar das duas polítcas. Essas duas séres de valores artfcalmente crados foram utlzadas para substtur as orgnas numa n recomposção das taxas de crescmento. Assm procedeu-se n y às seguntes operações, crando j j j j e = β 0 + β 1 Y α jxj + e novas séres smuladas das taxas de crescmento do jj= j = 1 1 PIB dos muncípos nordestnos: n y = β0 + β1y0 + α jxj + e yˆ B 4 B = y αˆ B + αˆ ˆ B j = ˆ 4 ˆ n (6) ˆ y = β0 + β1y0 + α jxj + e j = 1 yˆ S S S = y αˆ S + αˆ Sˆ yˆb = y Sˆ (7) αˆ B + αˆ 4 4B ˆ 5 5 n 5 5 yˆb = y αˆ B + αˆ y B = β0 + β1y0 + α jxj + e 4 4 ˆ onde yˆb B e B y ˆS B são S as e S taxas Bˆ e Bˆ S de e S crescmento Sˆ yˆ e S = y ˆ α S ˆ + α Sˆ j = Sˆ do PIB do muncípo quando os valores das varáves referentes ao Bolsa Famíla e ao saláro mínmo, respectvamente, são yˆs = y αˆ S ˆ Sˆ 5 + α5 os smulados pela lógca descrta yˆ acma. B e yˆs B e Bˆ são S eos Sˆvalores yˆb = y observados αˆ B + αˆ 4 4B ˆ e smulados da proporção dos recursos dstrbuídos pelo Programa Bolsa Famíla no PIB do muncípo, yˆ respectvamente. B e yˆs B e Bˆ S e Sˆ são os valores observados e smulados da yˆs = y αˆ S ˆ Sˆ 5 + α5 partcpação da população recebendo de ½ a 2 saláros mínmos na PEA com remuneração do muncípo, respectvamente. Os valores smulados das taxas de crescmento, yˆb e yˆs, foram B e Bˆ utlzados S e Sˆ para recompor valores smulados do PIB de 2006 nos dversos muncípos. Esses valores foram agregados para toda a regão e assm gerou-se uma taxa de crescmento do PIB na regão para cada uma das duas hpóteses alternatvas. A prmera, de que não houve maor proporção de transferêncas va Programa Bolsa Famíla para o Nordeste e a segunda, de que não houve maor benefíco da regão com o aumento do saláro mínmo. Essas taxas aparecem na Tabela 4 na sexta e sétma colunas, respectvamente. 196 Brazlan Journal of Poltcal Economy 33 (1), 2013

19 Tabela 4: Resultados das smulações para o cálculo do mpacto do Programa Bolsa Famíla e das varações do saláro mínmo no PIB de 2006 e na sua taxa de crescmento Modelo Coefcente do BF Coeffcente do SM Partcpação percentual do PIB smulado no efetvo quando a méda da partcpação das transferêncas do BF no PIB do Nordeste é gual à méda naconal. Partcpação percentual do PIB smulado no efetvo em 2006 quando a méda da partcpação das pessoas com rendmento entre ½ e 2 saláros mínmos na população com rendmento no Nordeste é gual à méda naconal. Crescmento anual médo do PIB smulado entre 2000 e 2006 quando a méda da partcpação das transferêncas do BF no PIB do Nordeste é gual à méda naconal. Crescmento anual médo do PIB smulado entre 2000 e 2006 quando a méda da partcpação das pessoas com rendmento entre ½ e 2 saláros mínmos na população com rendmento no Nordeste é gual à méda naconal. MQO (1) 0, , ,0% 98,9% 3,3% 4,0% MDA(1) 0, , ,4% 98,7% 3,2% 4,0% MQO(2) 0, , ,1% 98,9% 3,4% 4,0% MDA(2) 0, , ,2% 98,9% 3,0% 4,0% MQO(3) 0, , ,6% 98,9% 3,3% 4,0% MDA(3) 0, , ,3% 99,1% 3,0% 4,1% MQO(4) 0, , ,1% 98,9% 3,3% 4,0% MDA(4) 0, , ,1% 99,0% 3,0% 4,1% Fonte: Cálculos própros. Essas smulações mostram que é possível mensurar o mpacto relatvo dos efetos das transferêncas e do saláro mínmo na determnação do crescmento relatvo do Nordeste e compará-los. Os dados da tabela 4 mostram que as transferêncas va Bolsa Famíla tveram mpacto bem maor que os aumentos do saláro mínmo. Tendo como base de comparação uma taxa de crescmento anual méda efetva para o conjunto dos muncípos ncluídos na amostra de 4,2%, vê-se que, se não houvesse maor proporção de transferêncas va Programa Bolsa Famíla no PIB, a regão tera tdo seu crescmento reduzdo para algo entre 3,0% e 3,4% apenas, varando de acordo com o modelo estmado. Caso não houvesse condções melhores do Nordeste para se benefcar dos aumentos do saláro mínmo, a regão também tera amargado quedas na sua taxa de crescmento, porém menores do que no caso anteror. Essa queda tera sdo para algo em torno de 4,0% a 4,1%, dependendo do modelo. Ou seja, o PIB tera tdo sua taxa de crescmento reduzda de 4,22% para algo entre 4,0% e 4,1%, se não fosse pela sua stuação prvlegada para se benefcar dos aumentos do saláro mínmo. Isso sgnfca que a queda na taxa de crescmento tera sdo menor do que tera ocorrdo caso as transferêncas não tvessem sdo proporconalmente maores na regão. As quarta e qunta colunas trazem resultados cuja ntução é mas fácl de ser percebda. Nessas colunas utlzaram-se as taxas de crescmento para smular os PIBs muncpas em 2006 e comparou-se seu agregado para toda a regão com os valores efetvamente observados. Caso não houvesse o maor benefíco do Programa Bolsa Famíla, o PIB do Nordeste em 2006 tera sdo algo em torno de 93% e 95,1% do Revsta de Economa Polítca 33 (1),

20 que fo efetvamente observado naquele ano. Da mesma forma, sem as condções prvlegadas para se benefcar dos aumentos do saláro mínmo, o Nordeste tera tdo em 2006 um PIB que sera algo em torno de 99% do efetvamente observado. Conclusões Este artgo nsere-se na dscussão exstente sobre os determnantes do maor crescmento do PIB nordestno nos últmos anos, quando se compara à méda naconal, utlzando para tal uma abordagem econométrca. Incalmente fez-se uma síntese dos fundamentos teórcos prncpas das duas hpóteses que têm sdo mas comumente apresentadas como potencas fontes de explcação. Em seguda, desenvolveu-se um método para confrontar a magntude relatva dessas duas prncpas hpóteses e, por fm, estmou-se o mpacto relatvo de cada uma delas. As hpóteses confrontadas foram: () a regão tem se benefcado relatvamente mas dos programas de transferênca de renda do Governo Federal, como o Bolsa Famíla; e () os aumentos do saláro mínmo têm tdo mpacto postvo maor na renda local porque a regão tem um percentual maor de pessoas cujo rendmento é nfluencado por ele. Apesar de dentro da teora ortodoxa o mpacto de ambas as polítcas no crescmento econômco ser negatvo, mostrou-se que sob algumas hpóteses plausíves, como concorrênca monopolístca, retornos crescentes de escala e maor densdade de captal humano no setor gerador de novações tecnológcas, elas podem acelerar o crescmento, como geralmente suposto nas dscussões. O teste empírco baseou-se em regressões de crescmento com dados longtudnas, que são padrão na lteratura. A amostra ncluu dados por muncípo da regão Nordeste. A taxa de crescmento fo calculada entre 2000 e 2006, últmo ano para o qual hava dados dsponíves na época da elaboração das estmações. Algumas smulações de crescmento contrafactuas, sob hpóteses alternatvas, servram de base para a comparação dos efetos relatvos das duas polítcas. Os resultados ndcaram que, conforme prevsto pelas teoras apresentadas, o mpacto das duas polítcas na taxa de crescmento dos muncípos nordestnos é postva e sgnfcatvamente dferente de zero. Tanto os aumentos do saláro mínmo como as transferêncas va Programa Bolsa Famíla tveram mpactos postvos no crescmento da regão no período analsado. As smulações, por sua vez, ndcaram que o efeto do Programa Bolsa Famíla fo superor ao dos aumentos do saláro mínmo. Ou seja, apesar de ambas as polítcas terem contrbuído para o maor crescmento da regão, o Programa Bolsa Famíla contrbuu mas que o saláro mínmo. As dscussões teórcas ndcaram que o maor crescmento do PIB da regão por decorrênca dessas duas polítcas é um fenômeno transtóro. Ambas estão mudando o patamar de equlíbro da relação entre o PIB per capta do Nordeste e o do resto do Brasl. Não há razão, contudo, para acredtar que esse novo patamar atngdo será muto superor ao que já exste hoje ou que as dspardades serão elmnadas a partr de um movmento de convergênca recentemente desencadeado. Se os argumentos teórcos apresentados forem corretos, essa nova relação de equlíbro entre regões deverá depender de quanto o saláro mínmo e os programas de transferênca poderão contnuar aumentando. No caso das transferêncas, elas pa- 198 Brazlan Journal of Poltcal Economy 33 (1), 2013

21 recem ter já atngdo níves a partr dos quas a partcpação delas no PIB não mas se elevará. O saláro mínmo, contudo, anda não deu snas de que terá uma establdade em termos reas, apesar de já começarem a aparecer os prmeros questonamentos sobre sua capacdade de contnuar se elevando. 16 Referêncas bblográfcas Acemoglu, D., (2009) When does labor scarcty encourage nnovaton?, NBER Workng Paper # 14809, NBER, Cambrdge MA, Março. Alesna, A. e D. Rodrk, (1994) Dstrbutve poltcs and economc growth, Quarterly Journal of Economcs, 109(2), Alesna, Alberto F. e Joseph Zera, (2006) Technology and labor regulatons, Harvard Insttute of Economc Research Dscusson Paper, # 2123, October. Aschauer, D., (1989) Does publc captal crowd out prvate captal?, Journal of Monetary Economcs, 24, Barro, R. e X. Sala--Martn, (1992) Convergence, Journal of Poltcal Economy, 100, Barros, A., (1993) Real wages and economc growth: a structuralst hypothess n an endogenous growth model, Anas do XV Encontro Braslero de Econometra, Ro de Janero. Barros, A., (1993) The role of wage stckness n economc growth, Anas do XXI Encontro Naconal de Economa, Belo Horzonte. Barros, R. P. de; M. Carvalho e S. Franco, (2006) A efetvdade do saláro mínmo como um nstrumento para reduzr a pobreza no Brasl. Boletm de Conjuntura, Ro de Janero, Ipea, n. 74, Nota Técnca. Benabou, R., (1996) Inequalty and growth, n B. Bernanke and J. Rotemberg (eds.), NBER Macroeconomcs Annual 1996, 11-73, Cambrdge, MA: MIT Press. Bjørnskov, C., (2008) Inequalty, tolerance and growth, Workng Paper 04-8, Department of Economcs, Aarhus School of Busness. Cahuc, P., e P. Mchel, (1996) Mnmum wage unemployment and growth. European Economc Revew, p Erenburg, S., (1993) The relatonshp between publc and prvate nvestment, The Jerome Levy Economcs Insttute of Bard College and Eastern Mchgan Unversty Workng Paper # 85. Erenburg, S. M. Wohar, (1995) Publc and prvate nvestment: are there causal lnkages?, Journal of Macroeconomcs, 17(1): Gambag, F e S. Franco, (2007) O esgotamento do papel do saláro mínmo como mecansmo de combate à pobreza extrema, IPEA, Texto para Dscussão n Hcks, J., (1932) The Theory of Wages, London: Macmllan. Lucas, R., (1988) On the mechancs of economc development, Journal of Monetary Economcs, 22(1): Marx, K., (1887) Captal, London: Swan Sonnenschen, Lowry & Co. Nér, G., G. Gonzaga e J. M. Camargo, (2001) Saláro mínmo, efeto farol e pobreza, Revsta de Economa Polítca, 21(2): Romer, P., (1990) Endogenous technologcal change, Journal of Poltcal Economy, 98(5): Tabelln, G. e T. Persson, (1994) Is nequalty harmful for growth?, Amercan Economc Revew, 84(3), Whte, H., (1980) A heteroscedastcty-consstent covarance matrx estmator and a drect test for heteroscedastcty, Econometrca, 48: Ver, por exemplo, Gambag e Franco (2007). Revsta de Economa Polítca 33 (1),

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