Mestrado em Engenharia e Tecnologia. Espacial e Controle.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Mestrado em Engenharia e Tecnologia. Espacial e Controle."

Transcrição

1 INTRODUÇÃO À MECÂNICA ORBITAL -A EDIÇÃO Hélio Koiti Kuga Valdemi Caaa Kondapalli Rama Rao Tópicos de mecânica obital da disciplina de Adaptação, no Cuso de Mestado em Engenhaia e Tecnologia Espaciais, modalidade Mecânica Espacial e Contole. URL do documento oiginal: < INPE São José dos Campos 01

2 PUBLICADO POR: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE Gabinete do Dieto (GB) Seviço de Infomação e Documentação (SID) Caixa Postal CEP São José dos Campos - SP - Basil Tel.:(01) /691 Fax: (01) pubtc@sid.inpe.b CONSELHO DE EDITORAÇÃO E PRESERVAÇÃO DA PRODUÇÃO INTELECTUAL DO INPE (RE/DIR-04): Pesidente: Maciana Leite Ribeio - Seviço de Infomação e Documentação (SID) Membos: D. Antonio Fenando Betachini de Almeida Pado - Coodenação Engenhaia e Tecnologia Espacial (ETE) D a Inez Staciaini Batista - Coodenação Ciências Espaciais e Atmosféicas (CEA) D. Geald Jean Fancis Banon - Coodenação Obsevação da Tea (OBT) D. Gemano de Souza Kienbaum - Cento de Tecnologias Especiais (CTE) D. Manoel Alonso Gan - Cento de Pevisão de Tempo e Estudos Climáticos (CPT) D a Maia do Camo de Andade Nono - Conselho de Pós-Gaduação D. Plínio Calos Alvalá - Cento de Ciência do Sistema Teeste (CST) BIBLIOTECA DIGITAL: D. Geald Jean Fancis Banon - Coodenação de Obsevação da Tea (OBT) REVISÃO E NORMALIZAÇÃO DOCUMENTÁRIA: Maciana Leite Ribeio - Seviço de Infomação e Documentação (SID) Yolanda Ribeio da Silva Souza - Seviço de Infomação e Documentação (SID) EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Ivone Matins - Seviço de Infomação e Documentação (SID)

3 INTRODUÇÃO À MECÂNICA ORBITAL -A EDIÇÃO Hélio Koiti Kuga Valdemi Caaa Kondapalli Rama Rao Tópicos de mecânica obital da disciplina de Adaptação, no Cuso de Mestado em Engenhaia e Tecnologia Espaciais, modalidade Mecânica Espacial e Contole. URL do documento oiginal: < INPE São José dos Campos 01

4

5 RESUMO Este documento foi poduzido paa sevi como mateial de apoio à disciplina de Adaptação, ministada como pé-equisito paa o aceite de candidatos ao cuso de mestado em Engenhaia e Tecnologia Espacial, modalidade Mecânica Espacial e Contole, no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Ela foi atualizada em anos ecentes e a pesente vesão constitui a segunda edição, evista e melhoada. Inicia-se o estudo das óbitas de satélites atificiais com a aplicação das leis de Newton ao movimento de copos e o estudo de tajetóias em campo de foça cental. As leis de Keple são intoduzidas a segui, bem como as elações do movimento elíptico. Mostase então que as leis de Keple oiginam-se do movimento causado pela foça gavitacional ente dois copos, apesentando-se as pincipais elações geométicas que definem a elipse obital. Estuda-se em seguida o movimento no espaço, o que pemite extai as elações geométicas que tansfomam o movimento kepleiano em espaço de estados. Como últimos tópicos de estudo são apesentados os pincipais sistemas de coodenadas e de tempo paa o estudo do movimento obital. iii

6 iv

7 ABSTRACT This document aims to suppot students in the Adaptation class of the Space Mechanics and Contol Space Engineeing and Technology post-gaduate couse at INPE. It has been updated and evised in ecent yeas, so this is the second and most ecent vesion. It intoduces the obit mechanics concepts by applying the Newton s laws to the two-body poblem and to the study of tajectoies in a cental foce field. The Keple s laws ae pesented togethe with the equations of the elliptical motion. It is shown that the Keple s laws ae deived fom the gavitational foce between two bodies, aising the geometical elations of the obital ellipse. The obital elements in space ae then studied, which allows to convet the geometic obit epesentation, o kepleian elements, to space state epesentation. It is also pesented the main coodinate system used in obit and astonomic studies, as well as seveal time and date measuing systems. v

8 vi

9 SUMÁRIO Pág. 1 INTRODUÇÃO... 1 CAMPO CENTRAL Leis de Newton Lei da gavitação univesal Foça cental Integal do momento angula Velocidade aeola Tajetóias devido à foça cental Integal da enegia Equação de Binet Execícios LEIS DE KEPLER As 3 leis de Keple Popiedades da elipse Intepetação das leis de Keple ª lei ª lei ª lei Execícios PROBLEMA DOS DOIS CORPOS Redução do poblema dos dois copos Solução do poblema dos dois copos Integal das áeas Integal da enegia Solução Enegia da óbita elíptica Equação da vis-viva Movimento elíptico Coodenadas catesianas de posição Relação ente f e u Equação de Keple Coodenadas catesianas de velocidade Óbita cicula Execícios POSICIONAMENTO DE SATÉLITES - PROBLEMA DIRETO Elementos kepleianos Tansfomação de coodenadas Resumo da tansfomação Execícios POSICIONAMENTO DE SATÉLITES-PROBLEMA INVERSO Semi-eixo maio a Excenticidade e vii

10 6.3 Anomalia média M Inclinação i Ascensão eta do nodo ascendente Ω Agumento do peigeu ω Execícios SISTEMAS DE COORDENADAS CELESTES Sistemas pincipais Sistema hoizontal (topocêntico) Sistema hoáio (topocêntico ou geocêntico) Sistema equatoial (geocêntico) Sistema eclíptico Coodenadas catesianas geocênticas Sistema catesiano teeste Sistema catesiano celeste Coodenadas catesianas topocênticas Sistema topocêntico astonômico Sistema topocêntico geodésico Movimento apaente do Sol Execícios TRANSFORMAÇÕES DE COORDENADAS Tansfomação no plano Tansfomação no espaço Popiedades das matizes de tansfomação Exemplos de tansfomações Execícios SISTEMAS DE TEMPO Tempo univesal Tempo sideal Data Juliana Cálculo do tempo sideal de Geenwich Execícios REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS viii

11 1 INTRODUÇÃO A mecânica celeste, segundo Laplace, é um conjunto de teoias que contém os esultados das leis de gavitação univesal sobe o equilíbio e o movimento dos copos sólidos e fluidos que compõem o sistema sola e sistemas semelhantes distibuídos no univeso. Atualmente, o conceito estende-se ao estudo dos fenômenos puamente mecânicos que ocoem no univeso, e dos poblemas matemáticos que sugeem os métodos utilizados em seu estudo, seja de copos celestes (planetas ao edo do Sol, as estelas na galáxia), ou mesmo de sondas e satélites atificiais. O pesente tabalho apesenta uma intodução à teoia de mecânica obital. O pincipal objetivo é o estudo da teoia da gavitação univesal, a lei do inveso do quadado das distâncias, e suas implicações no movimento de satélites atificiais teestes. O tabalho é essencialmente oientado paa aplicações páticas, com uso extensivo da mecânica newtoniana. A pecisão atual da maioia dos instumentos de medida utilizados em mecânica obital dispensa o uso da teoia da elatividade de foma a simplifica a matemática utilizada bem como possibilita o uso das hipóteses newtonianas. A bibliogafia da áea é vasta, poém poucos tabalhos abodam exclusivamente os conceitos intodutóios. Recomenda-se ao leito busca infomações adicionais em livos de astodinâmica, em especial nos de Bate et al. (1971), Bowe e Clemence (1961), Chobotov (1996), Deutsch (1963), Escobal (1965), Montenbuck e Gill (000) e Moulton (1970). A compeensão deste tabalho eque do leito conhecimentos básicos de cálculo difeencial e integal, álgeba vetoial, e familiaidade com o uso de computadoes. 1

12

13 CAMPO CENTRAL O movimento de um copo quando imeso em um campo gavitacional pode se analisado se foem adotadas algumas hipóteses. Admite-se, a pincípio, a existência de apenas um copo geado de foças, suficientemente afastado dos demais a ponto de se pode negligencia os efeitos desses. Considea-se igualmente que o as dimensões do copo sejam pequenas quando compaadas às distâncias obitais, de foma que a foça possa se consideada como sendo geada no cento de massa, ou seja, num campo cental de foças..1 Leis de Newton Recapitula-se aqui as tês leis fundamentais de Newton, que foam publicadas em seu tatado "Philosophia e Natualis Pincipia Mathematica", em Todo copo pemanece em epouso ou em movimento unifome, quando a foça execida sobe ele é nula, F = 0. A taxa de mudança do momento linea (ou quantidade de movimento) é popocional à foça e na mesma dieção da foça: ( v) d m dt = F (.1) onde m é a massa do copo, v é o veto velocidade do copo, e F é a foça execida no copo. No caso de m se constante, vêm: F = ma (.) com a = dv / dt, onde a é a aceleação do copo. A toda ação coesponde uma eação igual e oposta (Lei da ação e eação): F = F. (.3) A B. Lei da gavitação univesal Duas patículas A e B se ataem com uma foça dietamente popocional ao poduto de suas massas e invesamente popocional ao quadado da distância ente elas: mamb AB F A = G (.4) 11 onde G é a constante de gavitação univesal valendo 6, Nm /kg, m A e m B são as massas dos dois copos, é a distância ente eles, e AB é o veto distância que une os copos. 3

14 A lei se aplica em pincípio, a sistemas de patículas, não a copos de dimensões finitas. Poém, a lei ainda pode se aplicada ao assumi-se que copos com simetia esféica se ataem como se suas massas estivessem concentadas em seus centos..3 Foça cental Uma foça é dita "cental" quando a foça esultante que causa o movimento aceleado de uma patícula passa atavés de um ponto fixo, confome a Figua.1. O ponto fixo é o cento da foça. Devido a essa caacteística a foça pode se epesentada po: F = F ( ), (.5) onde F( ) é o módulo da foça que é função do veto distância. Tajetóia F Ponto fixo O.4 Integal do momento angula Figua.1 Tajetóia da foça cental Sob a ação de uma foça cental, existem quantidades que se consevam, isto é, existem as integais pimeias do movimento. Tais integais pemitem simplifica e mesmo auxilia a esolução das equações de movimento. Mosta-se-á que o momento angula é uma das quantidades consevadas. Seja a definição do momento angula: H = m v (.6) i i i i onde H é o veto momento angula, epesenta o poduto vetoial, e com O sendo o ponto fixo. = P O, i Deivando-se H em elação ao tempo têm-se: 4

15 d( mi vi) H& = & i mi vi + i dt i = v m v + F i i i i i i i i (.7) onde a pimeia pacela do lado dieito é nula devido ao poduto vetoial de vetoes paalelos. Lembando ainda que no caso de foça cental vale a Equação.5, chega-se a: H& = ( ) i i Fi i = 0, (.8) i i pois novamente têm-se um poduto vetoial de vetoes paalelos. Desta foma conclui-se que: H = C, (.9) onde C é um veto constante. Existem dois casos possíveis a seem analisados. O pimeio caso é quando a constante C é o veto nulo 0: C = 0 v = 0. (.10) Neste caso ou é paalelo a v e o movimento é etilíneo, ou v é nulo e é constante. Este é um caso sem inteesse. O segundo caso é quando a constante C não é nula. Neste caso, v 0 e o movimento é "plano". Veja-se a Figua.. H O v Figua. Movimento plano da foça cental 5

16 Em esumo, o momento angula de uma patícula que se move sob a ação de uma foça cental pemanece constante em magnitude e dieção..5 Velocidade aeola A velocidade aeola ou taxa aeola é a taxa na qual uma deteminada áea é vaida duante a tajetóia do aio veto. A Figua.3 mosta o conceito. P + d da d P Figua.3 Velocidade aeola Na Figua.3, da é a fação de áea, e d é a fação de aco pecoida. Lembando que a b é a áea do paalelogamo delimitada pelos vetoes a e b, têm-se que: 1 A, (.11) ou seja: A 1. (.1) t t No limite paa t 0 têm-se: 1 A & = v. (.13) Recapitulando que o momento angula é dado po compaando com a Equação.13, chega-se a: H = m v, constante, e H m = A &. (.14) Conclui-se potanto que o momento angula é popocional à taxa aeola e, po conseqüência, a taxa aeola é constante sob a ação de uma foça cental. 6

17 .6 Tajetóias devido à foça cental Seja o movimento plano confome mostado na Figua.4, onde x e y são o sistema de eixos catesianos no plano do movimento, ê é o veso adial, ê t é o veso tansvesal pependicula a ê, e f é o ângulo pola ente o eixo x e o copo em movimento. Nota-se que ê t não é tangente à tajetóia, mas sim pependicula a. y ê t ê O f x Figua.4 Movimento plano De maneia geal, a velocidade do copo no plano pode se descita po suas componentes adial e tansvesal na foma: v = & eˆ + f& eˆ. (.15) t A aceleação do copo é obtida deivando-se a velocidade em elação ao tempo: a = v & = && eˆ + & e& ˆ + & f & eˆ + && f eˆ + f & e& ˆ, (.16) t t t e lembando a ega de Poisson paa a deivada de veso: ê& ê& t = f& kˆ ê = f& êt, = f& kˆ êt = f& ê,,, (.17) 7

18 chega-se a: ( ) ˆ ( ) a = && f& e + & f& + && f eˆ. (.18) Sejam as coodenadas catesianas do movimento plano dadas po: t x y = = cos sen f, f. Então as componentes de velocidade são: x& = & cos f f& sen f, y& = & sen f + f& cos f. (.19) (.0) Lembando a expessão paa o momento angula H = m v, têm-se: x y 0 v = x& y& 0 = ( xy& xy & ) kˆ, (.1) iˆ ˆj kˆ onde kˆ é o veso do eixo z. Logo, catesianas vêm: H = H kˆ, e po substituição das componentes H cos f ( sen f f cos f ) sen f ( cos f f sen f ) m = & + & & &. (.) Simplificando, chega-se a H m = f& = / cte, ou seja: H = m f = & cte. (.3) Lembando a Equação.14da velocidade aeola, H / m = A &, têm-se também: A& = f& =. (.4) cte Desta foma, deivando H em elação ao tempo na Equação.3 vêm: ou dh = 0, dt d m dt f m f f = 0, ( & ) = ( & & + && ) donde se conclui que:, (.5) 8

19 & f& && f. (.6) + = 0 Finalmente, as componentes da aceleação, confome a Equação.18 ficam: a a t ( & & && ) = f + f eˆ, = 0, ( & ) = && f eˆ, (.7) ( ) F = 0 m t onde a t é a componente tansvesal, e a é a componente adial. Potanto, as seguintes conclusões podem se extaídas no caso da foça cental: H é constante, a taxa aeola A & é constante, e o movimento é puamente plano. A expessão final paa a aceleação devido à foça cental é: ( ) F a = ( && f& ) eˆ =. (.8) m.7 Integal da enegia Se um sistema é consevativo, então a enegia do sistema se conseva. Se o tabalho só depende dos extemos de integação, i.e., independe do caminho, o sistema é consevativo. Se o sistema é consevativo a foça deiva de um potencial. As asseções acima podem se encontadas em livos básicos de Física. Analisa-se-á o caso da foça cental. A foça cental tem como equação caacteística F = F. Logo, pela definição de tabalho vêm: ( ) / W 1 = F d, 1 = F ( ) d, = 1 1 F ( ) d. (.9) onde " " epesenta o poduto escala. Po exemplo, no caso da foça gavitacional F = G M m /, e o tabalho vale: ( ) W 1 G M m d =, (.30) 1 9

20 que só depende dos extemos 1 e. Logo, pode-se conclui que uma foça cental sob a ação de um campo cental faz pate de um sistema consevativo. A conseqüência imediata é que a foça deiva de um potencial U e pode potanto se epesentada po: U F = = U, (.31) onde é a epesentação do gadiente. Em esumo, paa um campo cental, a enegia se conseva, e o potencial só depende da posição..8 Equação de Binet A equação de Binet é impotante pois fonece a tajetóia de um copo num campo de foça cental. Define-se pimeio o opeado d/dt, lembando que H = m f& é a magnitude do momento angula. O desdobamento dessa equação leva a: H = m dt m dt = H df, df, de onde se extai o opeado: (.3) d H d =. (.33) dt m df Sua segunda deivada é simplesmente a aplicação do opeado sobe ele mesmo: =. (.34) d H d H d dt m df m df Potanto, paa se calcula a aceleação adial chega a: d dt, aplica-se este opeado paa =, (.35) d H d H d dt m df m df e lembando que && & = ( ) f F m, ou seja d df F = + H F = + 3 m m ( ) ( ) dt dt m,, (.36) 10

21 igualam-se ambas as expessões paa a aceleação: ( ) F + =, H H d H d 3 m m m df m df H 1 1 d H d F = ( ) m m H df m df m Usa-se agoa a seguinte tansfomação de vaiáveis paa simplifica a expessão: u = 1, 1 du = d, d =. du Tal tansfomação poduz o seguinte desenvolvimento:. ( ) H u u 1 d H d du = m m H df m du df m e finalmente, a foma da equação de Binet: F, (.37) (.38) (.39) ( ) H u d u F u + = m df m. (.40) Esta equação diz que paa qualque foça cental F(), pode-se detemina a tajetóia de um copo sujeito a essa foça cental..9 Execícios 1. Calcula o módulo das foças de atação do Sol, Lua e Mate sobe a Tea. Utilize os seguintes dados: Distância Lua-Tea = 60, R t 6 Distância Sol-Tea = 149, 6 10 Km 6 Distância Tea-Mate = Km Raio da Tea R t = 6378 Km 4 Massa da Tea = 5, Kg Massa do Sol = Massa da Tea Massa de Mate = 0, 1 Massa da Tea Massa da Lua = 7, Kg 11

22 . Demonsta que o sistema de equações fomado pelas integais pimeias da áea e da enegia fomam um sistema equivalente ao das equações difeenciais do movimento, isto é, se &, e ( ) ϕ = C = constante 1 constante, m & U = E = então: ( & ϕ ) = ( ) m && f, onde f du = f =. d 1

23 3 LEIS DE KEPLER O astônomo dinamaquês Tycho Bahe ( ) deu uma gande contibuição quando montou um gigantesco catálogo de obsevações dos planetas. A caacteística mais impotante de tais obsevações ea a pecisão. A pecisão ea suficiente paa discimina ente hipóteses vedadeias ou falsas sobe as váias teoias especulativas existentes na época. O pópio Tycho Bahe não conseguiu fomula um modelo que ajustasse as obsevações, contendo o movimento dos planetas ao edo do Sol. O pincipal poblema ea o planeta Mate. Óbitas ciculaes não ajustavam o movimento de Mate (Mate tem uma óbita elíptica com excenticidade igual a 0,1). Keple ( ) analisou as obsevações de Tycho Bahe e após anos de tentativas de ajuste, conseguiu conceitua o movimento de Mate. Seu tatado "Astonomia Nova" discute o movimento de Mate, bem como fomula as famosas leis de Keple. 3.1 As 3 leis de Keple 1 ª lei: "Lei das óbitas elípticas". As óbitas dos planetas são elipses com o Sol como foco. Genealizando, a óbita de um copo num campo de foça cental é uma cônica (elipse, hipébole, paábola) com o foco no cento de atação. ª lei: "Lei das áeas". O aio veto de cada planeta com elação ao Sol como oigem, vae áeas iguais em tempos iguais. Esta é de fato uma popiedade de seções cônicas, expessa po A & = cte, onde A é a áea. 3 ª lei: "Lei hamônica". A elação dos quadados dos peíodos ente planetas é igual à elação do cubo do semi-eixo maio de suas óbitas. Assim, seja o planeta p i com = peíodo T i e semi-eixo maio a i. Vale então ( T ) = ( a a ) cte 3. Popiedades da elipse T. Elipse é um luga geomético de um ponto que se move de foma a que sua distância a pati de um ponto fixo, o foco, mantém uma elação constante (<1) com sua distância a pati de uma linha fixa, a dietiz. De acodo com a Figua 3.1, valem as seguintes definições: é a distância do foco ao ponto P, f é o ângulo ente o eixo oigem e o ponto P, centado no foco, e < 1 = SP / PM é a excenticidade, S é o foco, S' é o outo foco (vitual), a é o semi-eixo maio, com AA'=a, e b é o semi-eixo meno, com BB'=b. As seguintes elações são também válidas: e = CS / CA, (3.1) a = SP + PS ' = cte, (3.) p = QQ', (3.3) ( 1 ) p = a e, (3.4) 13

24 ( 1 e ) a =, (3.5) 1 + e cos f = p 1 + e cos f, (3.6) onde p ecebe a denominação de "semi-latus ectum". B Q P M A S C S f A dietiz Q B Figua 3.1 Paâmetos da elipse 3.3 Intepetação das leis de Keple ª lei A 1 ª lei diz que o movimento planetáio é elíptico. Dada a equação da elipse: ( 1 e ) a =, (3.7) 1 + e cos f e lembando a Equação de Binet.40: ( ) H 1 ( 1/ ) F d = + m m df deiva-se 1/ atavés da equação da elipse:, (3.8) 14

25 ( ) d 1/ e sen f = df a e ( ) ( 1 ) 1/ cos = df a e d e f paa se chega a: ( 1 ),, (3.9) ( 1/ ) 1 d 1 + = df a e ( 1 ). (3.10) A pati do fato de que só existe aceleação adial num campo cental, i.e., F = F, chega-se à seguinte expessão: ( ) ( ) / H 1 F( ) =. (3.11) m a ( 1 e ) Logo se conclui que a foça está diigida paa o Sol, e é invesamente popocional ao quadado da distância Sol-planeta. Fica evidente que esta expessão edunda na lei de Newton da gavitação univesal, na foma: onde m F( ) = µ, (3.1) H µ = m a 3.3. ª lei ( 1 e ). (3.13) De fato, já foi obtido que da / dt = cte = H / m. Dado que a taxa aeola A & equivale à elação ente a áea da elipse pelo peíodo obital, têm-se que ab A& π =, (3.14) T ou seja, a ª lei decoe das leis de campo cental ª lei A 3 ª lei é de fato apenas uma deivação da ª lei. Quadando a taxa aeola têm-se: 15

26 A& = π a b / T ( ) = π a 1 e / T = H 4 / 4m (3.15) Isolando o temo µ vem: H µ = m a 4π a = T = cte ( 1 e ) 3 (3.16) Logo chega-se a conclusão que: 3 a cte. T = (3.17) 3.4 Execícios 1. Calcula o semi-eixo maio de um satélite geocêntico, estacionáio em elação a um ponto na supefície da Tea. Supo o cento da Tea como o ponto fixo da foça 5 cental. Usa µ = Km 3 /s.. Pova que o semi-latus ectum p vale p a ( 1 e ) a excenticidade. =, onde a é o semi-eixo maio e e 3. Pova que a equação da elipse em coodenadas polaes pode se dada po: ( 1 e ) a = 1 + e cos f 4. Se a equação de um satélite teeste é dada po: x y 9 R 4 + = 1 t Rt 5 onde R t é o aio da Tea, µ = Km 3 /s, e x e y são os eixos siméticos da elipse, e dada que a enegia da óbita vale E = µ / a, obte: a) A distância da Tea a pati do eixo y, b) O semi-eixo maio, excenticidade da óbita e semi-latus ectum, c) O peíodo da óbita, d) A velocidade tangencial do satélite quando a anomalia vedadeia (ângulo pola f) é 60, 16

27 e) Analisa se o satélite foi lançado numa óbita possível. 17

28

29 4 PROBLEMA DOS DOIS CORPOS Considee-se um satélite atificial em óbita kepleiana ao edo da Tea. Suponha que a massa da Tea esteja concentada em seu cento. O poblema a se estudado é o de detemina a tajetóia de um ponto mateial (satélite) de massa m sujeito à ação de uma foça diigida ao cento da Tea. 4.1 Redução do poblema dos dois copos Seja o sistema de efeência "inecial" Oxyz, com a Tea sendo o ponto P 1 de massa m 1 e aio veto 1, e com o satélite sendo P de massa m e aio veto, confome a Figua 4.1. z 1 P 1 P x O = 1 + y Figua Sistema de coodenadas no poblema dos dois copos. De acodo com a lei de gavitação univesal de Newton, a foça que m j exece sobe m i é dada po: com Pi Pj ij = G mim j, 3 F (4.1) i j e =. Pela ª lei de Newton tem-se: m m P P m && = G (4.) , m m P P m && = G (4.3) 1 1. Basicamente, a edução do poblema dos dois copos consiste em detemina o movimento de P em elação a P 1. As aceleações podem se escitas na foma: 1 = +Gm &&, (4.4) 3 = Gm &&. 1 (4.5) 3 19

30 Como o sistema de coodenadas é inecial pode-se esceve também que: && = && &&, (4.6) 1 de modo que: G ( m m && = 1 + ). (4.7) 3 Esta é a equação difeencial do movimento de um copo em elação ao outo. Na teoia de satélites atificiais, identifica-se que: m m 1 = m = m Tea Sat,, e como m1 m G m1 + m G mtea = µ. Potanto, a expessão final da aceleação é simplificada paa: >>> tem-se ( ) = G M &&, (4.8) 3 onde M é a massa da Tea, e G é a constante gavitacional univesal. O valo da 14 constante geo-gavitacional µ é 3, m 3 /s. 4. Solução do poblema dos dois copos Notou-se que a edução do poblema dos dois copos leva a uma expessão paa a aceleação, com caacteística de foça cental: ou = G M &&, (4.9) 3 G M m F =. (4.10) Potanto, o movimento de satélites ao edo da Tea pode se intepetado como uma tajetóia sob a ação de um campo cental, onde o ponto fixo é o cento da Tea. Po conseguinte, valem todas as teoias já vistas sobe o campo cental. Existem duas integais pimeias que auxiliaão na solução do poblema dos dois copos: Integal das áeas, e Integal da enegia Integal das áeas Esta integal já foi obtida anteiomente. Recapitula-se que a tajetóia de patículas sob a influência de um campo cental gea um movimento plano: 0

31 H & = = cte. (4.11) m Mostou-se que esta expessão é equivalente a: f & H = = A& = cte. (4.1) m 4.. Integal da enegia A integal da enegia, pode se deivada a pati da seguinte expessão: && & = µ &. (4.13) 3 Lembando que: 1 d 1 d & = ( & & ) = && &, dt dt 1 d & =, dt (4.14) pois =, e substituindo tais elações na Equação 4.9 têm-se: 1 d µ 1 d & =, 3 dt dt d & = µ. 3 Uma vez que se faça seguinte tansfomação de vaiáveis integal fica: u = e potanto 3 (4.15) 3 u / =, a d du 1/ = = u = / 3 3/. (4.16) u Logo a integação fonece Lembando que & = µ / + E, onde E é uma constante de integação. & = v onde v é a magnitude da velocidade, a equação final fica: v µ = E, (4.17) onde E é a enegia (constante) da óbita Solução Com o conhecimento das integais pimeias do movimento obital, qual sejam, integal da áea e integal da enegia, é possível obte a solução do movimento obital plano. Inicia-se a pati do quadado da velocidade: 1

32 v = & eˆ + f& eˆ, (4.18) t v = v v = & + f&. (4.19) Lembando da integal da áea, & = = f h H / m, têm-se: v d df H df = +, df dt m dt d H H H =, + df m m m H d H = + m df m Poém, pela integal da enegia, v ( E µ / ). = +, têm-se: (4.0) H d H ( E + µ / ) =. + m df m (4.1) Daí, isolando o temo em d / df, obtém-se: d m µ H = E +, df H m (4.) 1/ d m H E µ = +. df H m (4.3) Agoa, a solução podeá se obtida ao se nota a tansfomação de vaiáveis que simplifica a equação difeencial. Definindo: 1 µ u =, (4.4) H m tem-se que: ( / ) ( ) du d 1/ 1 = = df df df d df = du. df d, Lembando a Equação 4.1, tem-se o seguinte desenvolvimento: (4.5)

33 4 du m µ H = E +, df H m du m µ H = E +, df H m E µ 1 = +. ( H / m) ( H / m) Mas pela Equação 4.4, u vale: (4.6) u 1 µ µ = +, (4.7) ( / ) ( / ) 4 H m H m que substituída na equação difeencial paa du/df esulta: du E µ = + df H m H m u 4 ( / ) ( / ) du E µ + u = + 4 df H m H m ( / ) ( / ), (4.8). (4.9) Nota-se que os temos do lado dieito são constantes, de foma que é conveniente edefini-los paa: E µ β +, (4.30) 4 ( H / m) ( H / m) de modo que a equação difeencial a se integada é simplesmente: du df ( β u ) 1/ =, (4.31) ou seja: du ( β u ) 1/ = df. (4.3) A integal indefinida do lado esquedo tem a seguinte solução: du -1 = sen 1/. (4.33) ( β u ) u β Logo, a Equação difeencial 4.3 têm como solução final: 3

34 ( ) -1 sen / u β = θ θ, (4.34) onde θ é uma constante de integação. Coloca-se-á a solução em temos do co-seno o po conveniência, po exemplo, fazendo θ = θ o 90 : u cos θ =, (4.35) β onde θ = θ θ o. A substituição das definições de u e β, Equações 4.4 e 4.30, junto com h=h/m (momento angula específico), leva a: 1 µ E µ cos θ = u/ β = / + 4 h h h 1/, (4.36) 1/ 1 µ 1 µ = + E + cos θ, h h h 1/ µ h µ = 1 + E cos θ, + h µ h e finalmente: (4.37) ( Eh ) 1/ 1 1+ / µ + 1 cos θ =. (4.38) h / µ Pecebe-se que esta equação é a pópia equação da elipse disfaçada. Recapitulando a equação da elipse: 1 1+ ecos f =, (4.39) p pode-se extai as seguintes igualdades: 1/ h e = E + 1, µ (4.40) h p =, (4.41) µ onde e é a excenticidade da elipse, e p é o "semi-latus ectum". Identifica-se ainda cos θ = cosf, onde f é o ângulo pola desde o peigeu. O valo e sinal da enegia E define o tipo de cônica da óbita, como mostado na Tabela

35 Tabela 4.1 Excenticidade obital Enegia Excenticidade Cônica E < 0 0 e < 1 elipse E = 0 e = 1 paábola E > 0 e > 1 Hipébole Obsevou-se que em óbitas elípticas, o "semi-latus ectum" p vale p a ( 1 e ) Potanto a ( 1 e ) = h / µ. Pela integal das áeas H / m = h = A &, ou seja: ( e ) 1/ =. ab π a 1 A& π = =. (4.4) T T Potanto, vale: ( ) ( 1 e ) 4π a 1 e / T a µ = = π a T que é novamente a já familia expessão da 3 ª lei de Keple Enegia da óbita elíptica, (4.43) O valo da enegia paa óbitas elípticas pode agoa se deduzido a pati da expessão paa a excenticidade. Dada a Equação 4.40, obtém-se: e Eh = 1 +, µ p = 1+ E. µ Isolando E chega-se a: µ e 1 E =, p e potanto: µ e = a(1 e ) ( 1), (4.44) (4.45) µ E =. (4.46) a 5

36 4..5 Equação da vis-viva A chamada equação da "vis-viva" (enegia viva) é uma expessão que pemite cálculo imediato da velocidade obital. Ela é deduzida a pati do conhecimento do valo da enegia obital. Obteve-se anteiomente que: v / µ / = E. (4.47) Agoa, com o valo da enegia calculada pela Equação 4. chega-se a: v µ µ =, a 1 = µ, a que é a equação da "vis-viva". (4.48) 4.3 Movimento elíptico Mosta-se aqui as elações geométicas do movimento elíptico. Seja a Figua 4., com as seguintes definições: f é a anomalia vedadeia, u é a anomalia excêntica, p é o peiapse, peihélio, ou peigeu; a é o apoapse, afélio, ou apogeu; a é o semi-eixo maio, b é o semi-eixo meno, e p é o "semi-latus ectum". Como + = a e = c tem-se: p a a p e = c / a = a a p + p. (4.49) B y P a b a a p Q P S a a C u a e S p f x Figua 4. - Elipse do movimento obital 6

37 A pati da equação da elipse = p / (1 + e cos f ) deduz-se que quando está no ponto da tajetóia mais póxima da Tea (peigeu) onde o f = 0 o satélite = p, e quando o f = 180 o satélite está mais distante (apogeu), onde = a. Daí vêm que o "semi-latus ectum" vale: p = (1 + e) = (1 e). (4.50) p a Coodenadas catesianas de posição A pati da Figua 4. pode-se calcula as coodenadas catesianas de posição efeidas ao sistema Oxy, com a oigem O no foco da elipse, o eixo Ox apontando paa o peigeu, e o eixo Oy a 90 de Ox no sentido anti-hoáio. A coodenada x vale: x = cos f = a cosu c, (4.51) x = a (cos u e). (4.5) Em seguida, calcula-se o aio em temos da anomalia excêntica u. A pati da equação da elipse = p / (1 + e cos f ) tem-se que: p = + e cos f, = + ex, a e e a u e (1 ) = + (cos ), = a a e a e cos u + a e, (4.53) (4.54) ou seja, = a (1 ecos u). (4.55) Paa a coodenada y pate-se de y = x, e daí: y = a (1 ecos u) a (cos u e), = a (1 ecosu + e cos u cos u + e cos u e ), = a (1 e )(1 cos u). (4.56) Logo, y sen f a sen u (1 e ) 1/ = =. (4.57) 4.3. Relação ente f e u Dado x = cos f = a (cos u e), e = a (1 ecos u), têm-se: 7

38 cosu e cos f = x / =. (4.58) 1 e cosu Mas, lembando a elação tigonomética do aco metade vem: 1 cos f tan ( f / ) =, (4.59) 1 + cos f 1 (cos u e) / (1 ecos u) tan ( f / ) =, 1 + (cos u e) / (1 ecos u) e potanto f 1 e cosu cosu + e =, 1 e cosu + cosu e (1 + e)(1 cos u) =, (1 e)(1 + cos u) tan ( / ) tan ( / ) Equação de Keple, (4.60) 1+ e = u. (4.61) 1 e A equação de Keple fonece uma elação ente a anomalia excêntica e o tempo. Atavés dela é possível localiza onde o satélite se enconta em deteminado instante. A dedução da equação de Keple se inicia com a equação da elipse: 1 1+ ecos f =, p 1 e cos f = + a e a e (1 ) (1 ). (4.6) Deivando 1 / em elação a f vem: d(1/ ) e sen f =, (4.63) df a (1 e ) e como d(1/ ) 1 d =, (4.64) df df vem 8

39 a(1 e ) df = d. (4.65) e sen f Lembando que: = a (1 ecos u), (4.66) d = a e sen u du, (4.67) e lembando a Equação 4.57, com sen f = y /, tem-se: 1/ asen u (1 e ) sen f =, a (1 e cos u) sen u (1 e ) = 1 e cosu 1/. Substituindo este esultado na Equação 4.65, junto com 4.67 chega-se a: a e e u e sen u (1 e ) (1 ) 1 cos df = a e u du 1/ 1/ = a (1 e ) (1 e cos u) du. sen, (4.68) (4.69) Dividindo ambos os membos po dt, e lembando da integal da áea, df 1/ = h = ( µ p), (4.70) dt vem du µ p a e e u dt 1/ 1/ ( ) = (1 ) (1 cos ) 1/ 1/ ( ) = (1 ) (1 cos ) µ p dt a e e u du 1/ 1/ µ a(1 e ) dt = a (1 e ) (1 e cos u) du µ a dt = a e u du 1/ ( ) (1 cos ) µ a dt = e u du 3 1/ ( / ) (1 cos ) (4.71) Supondo a constante de integação T, de tal modo que paa t = T (passagem pelo peigeu), u = 0, a integação da equação fonece: 3 1/ ( µ a ) t T = ( e u du) u / ( ) 1 cos ), 0 [ u e u] = sen, = u e sen u. u 0 (4.7) 9

40 3 Agoa, definindo-se a velocidade angula n ( / a ) 1/ = µ, também chamada de movimento médio ("mean mean motion"), po se a velocidade angula média do movimento obital, tem-se: n( t T ) = u e sen u. (4.73) O lado esquedo da equação é um ângulo M denominado de anomalia média: M = n( t T ). (4.74) Potanto a foma final da equação de Keple é: M = u e sen u. (4.75) É impotante lemba que dada a anomalia vedadeia f, pode-se calcula a anomalia excêntica u e daí, pela equação de Keple, calcula a anomalia média. O caminho contáio também é válido. A equação de Keple é uma equação tanscendental que pode se esolvida de váias maneias. A mais comum é a utilização do método de Newton-Raphson, com o auxílio de computado Coodenadas catesianas de velocidade Anteiomente obteve-se as coodenadas catesianas de posição pelas seguintes expessões: x = cos f = a (cos u e), (4.76) y sen f a sen u (1 e ) 1/ = =, (4.77) a (1 e ) = = a (1 ecos u). (4.78) 1+ e cos f Paa se obte as coodenadas de velocidade, basta deivá-las em elação ao tempo: x& = a sen u u&, (4.79) & = cos (1 ) &, (4.80) 1/ y a u e u v = x& + y&. (4.81) A vaiação tempoal da anomalia excêntica u& pode se obtida a pati da equação de Keple: M = n( t T ) = u e sen u. (4.8) Deivando-se em elação ao tempo, obtém-se: n = u& (1 e cos u), (4.83) donde se conclui que: 30

41 n u& =. (4.84) 1 e cos u Lembando que / a = 1 e cosu, vem: na u& =, (4.85) na x& = senu, (4.86) na y = cos u (1 e ) 1/ &. (4.87) 4.4 Óbita cicula Uma óbita cicula é um caso paticula da óbita elíptica. Na óbita cicula a excenticidade é nula, e, como conseqüência, não há como identifica o peigeu. Impondo a condição de que a excenticidade seja nula na equação de Keple, pecebe-se que a anomalia média coincide com a anomalia excêntica em óbitas ciculaes, isto é, M = u. Da mesma foma, a Equação 4.61 mosta que a anomalia excêntica fica igual à anomalia vedadeia nesta óbita, e assim M = u = f. A Equação 4.55 indica, po sua vez, que na óbita cicula o aio é constante e igual ao semi-eixo maio a em qualque local dela. A velocidade, calculada po meio da equação da vis-viva (Equação 4.48), esulta, na óbita cicula, um valo também constante que independe da posição: v µ =. (4.88) a Decoe disto que a foça gavitacional é também constante em toda a óbita e pependicula à velocidade. Investiga-se agoa a elação ente o módulo da velocidade em óbitas que se tocam no peigeu ou no apogeu, como mostado na Figua 4.3. As óbitas H e L são ciculaes, enquanto que E é uma óbita elíptica cujo aio do peigeu coincide com o aio da óbita baixa L e cujo aio do apogeu é igual ao aio da óbita alta H. Da equação da vis-viva tia-se que as velocidades no peigeu e apogeu da óbita elíptica são dadas espectivamente po: v p = µ 1+ e a 1 e e (4.89) e 31

42 v a = µ 1 e a 1+ e e (4.90) Po outo lado, da imposição dos pontos de contacto na óbita, tia-se que a h = a = a e (1 + e). Igualmente, a l = p = a e (1 e), de onde tem-se: a l < a e < a h. E v p H L v l a h = a a l = p v a v h Figua 4.3 Geometia com tês óbitas co-planaes. Com base na expessão da velocidade paa a óbita cicula, as velocidades nas óbitas L e H em função dos elementos da óbita elíptica ficam, espectivamente: v l = µ a e 1 1 e (4.91) e v h = µ a e 1 1+ e (4.9) Po meio destas expessões pecebe-se que a velocidade no peigeu v p é a maio delas. A velocidade na óbita L pode se posta em função da velocidade no peigeu, esultando: vp vl = < v 1+ e p (4.93) Faz-se agoa o mesmo pocedimento, e calcula-se a velocidade da óbita H em função de v l : 3

43 1 e vh = vl < vl, (4.94) 1+ e e a velocidade no apogeu em função da velocidade v h : v = v 1 e < v (4.95) a h h Pecebe-se que as elações envolvendo a excenticidade no segundo membo são todas menoes do que a unidade, o que leva à seguinte desigualdade: va < vh < vl < vp. Isto mosta que paa tansfei um satélite de uma óbita mais baixa L paa uma óbita mais alta H deve-se impulsioná-lo de foma a tansfoma a óbita cicula inicial numa óbita elíptica, e, em seguida, aumenta novamente a velocidade no apogeu de foma a tansfoma a óbita elíptica em cicula. Apesa destes dois impulsos a óbita final tem velocidade meno do que a óbita inicial, pois va < vl. 4.5 Execícios 1. Demonsta a equação da "vis-viva" v = µ ( / 1 / a), a pati das coodenadas de velocidade do movimento plano em temos da anomalia excêntica: na x& = sen u, na 1/ y& = u e. cos (1 ) 5. Dados µ = 3, Km 3 /s, P (peíodo da óbita) = 7000 seg., e (excenticidade) = 0,08, e T (tempo de passagem pelo peigeu) = 1987-fev-1 00:00:00 hoas, a) calcula as coodenadas de posição e velocidade no plano obital paa o instante t = 1987-fev-1 00:30:00 hoas; b) acha as anomalias excêntica, vedadeia e média; c) faze um esboço da elipse e dos ângulos envolvidos. 3. Dada a anomalia excêntica π / às 07h57min, quando foi a última passagem pelo peigeu de um satélite com semi-eixo maio de 4R t (aios teestes) e excenticidade 5 de π / 4? (Dados R t =6378 Km e µ = 3, Km 3 /s ) 4. Um satélite é lançado no peigeu com altua de 6 Km sobe a Tea (R t = 6378 Km), e cujo apogeu atinge 36 Km de altua. Detemine: a) a constante da velocidade aeola; b) a velocidade no apogeu; c) o peíodo da óbita. 33

44 5. Se a anomalia excêntica de uma óbita geocêntica desconhecida é 30, e 0 minutos após é 60, quais são a excenticidade e o semi-eixo maio se em outos 0 5 minutos a anomalia excêntica é de 90? ( µ = 3, Km 3 /s ) 6. Um satélite tem sua óbita com excenticidade 0,3 e altua do peigeu de 380 Km. Detemina a altua do apogeu, a enegia total, o momento angula específico e o 5 peíodo. (Raio da Tea = 6378 Km, µ = 3, Km 3 /s ) 7. Calcule os incementos de velocidades necessáios paa tansfoma uma óbita cicula a 00 km de altua numa óbita também cicula a km de altua. Admita que estes incementos ocoam apidamente, e considee o Raio da Tea = Km e µ = 3, Km 3 /s 34

45 5 POSICIONAMENTO DE SATÉLITES - PROBLEMA DIRETO O movimento plano obital, ou seja, o movimento no plano da óbita já foi discutido no capítulo anteio. Passa-se agoa a analisa o movimento do satélite no espaço, em elação à Tea. 5.1 Elementos kepleianos Os elementos kepleianos ou clássicos constituem coodenadas que posicionam completamente o satélite e sua óbita. No movimento plano, foam definidos 3 dos elementos kepleianos: o semi-eixo maio a, a excenticidade e, e a anomalia média M, que definem a elipse e localizam o satélite no plano da elipse. Entetanto, paa se defini completamente a óbita necessita-se localizá-la espacialmente. Paa tanto se deve defini os chamados ângulos de Eule da óbita, que ecebem nomes bastante específicos. Assim, seja o sistema OXYZ centado no cento da Tea e cujo plano fundamental OXY é o plano do Equado. O eixo OX aponta paa o chamado ponto venal γ, e o sistema OXYZ é potanto consideado inecial. Pela Figua 5.1, pode-se defini alguns pontos notáveis da geometia obital: Ω é o nodo ascendente, ponto onde a óbita cuza o plano do Equado, a pati do hemisféio sul paa o note, Π é o peigeu, ponto da elipse mais póximo do foco, cento da Tea. Pela mesma figua pode-se nota os ângulos de Eule i, Ω, ω, denominados: i : é a inclinação da óbita em elação ao Equado, 0 i 180, Ω: é ascensão eta do nodo ascendente, ângulo ente a oigem do eixo OX e o OΩ, 0 Ω 360 o, e o ω: é o agumento do peigeu, ângulo ente OX e OΠ, 0 ω 360 o. Nota-se que ω e f são ângulos medidos no plano da elipse obital, ao passo que Ω é medido no plano do Equado. Os elementos a, e, i, Ω, ω, e M definem a óbita no espaço, e são chamados de elementos kepleianos. 5. Tansfomação de coodenadas O poblema aqui é o de se obte as coodenadas catesianas X, Y, Z, X &, Y &, e Z &, a pati dos elementos kepleianos. Inicialmente, deve-se calcula as coodenadas no plano obital Oxy, confome visto no capítulo anteio. Recapitulando: o o 35

46 x = a (cos u e), (5.1) y a sen u (1 e ) 1/ =, (5.) z = 0, (5.3) na x& = senu, (5.4) na 1/ y& = u e, (5.5) cos (1 ) z& = 0, (5.6) onde z = z& = 0 espelha o fato do movimento se da no plano obital. z i Z y a equado γ X O Ω p ω Ω f Π peigeu x Y nodo ascendente óbita Figua Geometia paa definição dos elementos obitais Dados os ângulos de Eule da óbita i, Ω, e ω, existe uma matiz de otação R, função desses ângulos, que poduz a tansfomação: X = R ( i, Ω, ω) x, (5.7) onde X = ( X Y Z) T, e x = ( x y z) T. A tansfomação completa é ealizada atavés de 3 otações dos ângulos Ω, i, e ω em tono dos eixos instantâneos de otação Z, X, e Z. Em outas palavas: X = R ( Ω) R ( i) R ( ω) x. (5.8) Z X Z 36

47 Lembando que as matizes de otação R z ( θ ) e R x( θ ) são definidas po: cosθ sen θ 0 R z ( θ ) = sen cos 0 θ θ, (5.9) R x( θ ) = 0 cos sen θ θ, (5.10) 0 sen θ cosθ chega-se a: cω cω sω ci sω cω sω sω ci cω sω si R( i, Ω, ω ) = c ws s c c ci s s s c ci c c si Ω ω + Ω ω Ω ω+ Ω ω Ω, (5.11) si sω si cω ci onde c cos, s sen, paa simplifica a notação. Paa se obte as componentes de velocidade utiliza-se a mesma matiz de otação: X & = R ( i, Ω, ω) x &, (5.1) onde X & = ( X & Y & Z & ) T, e x& = ( x& y& z& ) T. 5.3 Resumo da tansfomação Dados os elementos kepleianos a, e, i, Ω, ω, e M, calcula o veto de estado x, y z, x&, y& e z&. Os seguintes passos de cálculo podem se seguidos: 1. esolve a equação de Keple M = u e sen u paa se obte u,. calcula o movimento médio n atavés de n = µ, e a distância geocêntica po meio de = a (1 ecos u). 3. calcula as coodenadas x, y, x& e y& do plano obital via: x = a (cos u e), (5.13) y a sen u (1 e ) 1/ =, (5.14) na x& = sen u, (5.15) na 1/ y& = u e, (5.16) cos (1 ) 4. monta o veto de estado no plano obital com x = ( x y 0) T e x& = ( x& y& 0) T a 3 37

48 5. calcula a matiz de otação R ( i, Ω, ω), 6. calcula o veto de estado X e X & via: X = R ( i, Ω, ω) x, (5.17) X & = R ( i, Ω, ω) x &. (5.18) 5.4 Execícios 5 1. Dados R t = 6378 km, µ = 3, km 3 /s, a = 1,5 R t, e = 0,1, i = 30, Ω = 45 o, ω = 60 o, e T (Tempo de passagem pelo peigeu) = 196-jun- 16:01:05 hoas. Calcula o veto de estado (X, Y, Z, X &, Y &, e Z & ) no sistema geocêntico paa o instante 196-jun-3 0:15:00 hoas. 38

49 6 POSICIONAMENTO DE SATÉLITES-PROBLEMA INVERSO Neste capítulo desceve-se-á o poblema inveso do posicionamento de satélites. Isto é, dadas as coodenadas catesianas (ou veto de estado) X, Y, Z, X &, Y &, e Z &, calcula os elementos kepleianos da óbita a, e, i, Ω, ω, e M. 6.1 Semi-eixo maio a Inicialmente calcula-se os módulos do veto posição e velocidade: = X + Y + Z, (6.1) v = X& + Y& + Z&. (6.) e lembando a equação da "vis-viva": 1 v = µ, a chega-se a: (6.3) 1 v =. (6.4) a µ 6. Excenticidade e Lembando a equação do aio veto: = a (1 ecos u), (6.5) vem que e cosu = 1 / a. Deivando-se em elação ao tempo obtém-se: e sen u u& = & / a. (6.6) Como na u& = vêm & e sen u =. (6.7) na O temo & pode se calculado a pati de um simples tuque. Calcula-se: & = XX& + YY& + ZZ&, (6.8) e lembando que & = v cosθ, onde v cosθ é a velocidade adial, ou seja, &, tem-se: & = & = XX& + YY& + ZZ&, (6.9) Potanto, tem-se as seguintes elações: 39

50 & e sen u =, (6.10) na ecosu = 1 (6.11) a Agoa, a excenticidade e pode se obtida quadando-se e somando-se as Equações 6.10 e 6.11: & e = + 1 na a 1/. (6.1) A anomalia excêntica u pode se obtida dividindo-se membo a membo as Equações 6.10 e 6.11: tanu = & ( ) / ( na ) 1 / a, (6.13) e ealizando análise de quadante paa defini o ângulo u. Outa maneia de se calcula a excenticidade é a pati da expessão do "semi-latus ectum": = (1 ) (6.14) p a e donde e h = v vem: = 1 p / a. Como p = h / µ, e h pode se calculado pelo poduto vetoial h e = 1. (6.15) µ a Esta expessão, apesa de simples, não é feqüentemente utilizada pois poduz eos numéicos quando e 0. Po exemplo, o temo dento da aiz quadada pode se tona negativo. 6.3 Anomalia média M A anomalia média é obtida facilmente atavés da equação de Keple: M = u e sen u. (6.16) Se a excenticidade foi obtida atavés da expessão e = 1 h / µ a, então deve-se acha u de outa maneia. Po exemplo, acha a anomalia vedadeia f, e depois utiliza a elação: 1/ 40

51 f 1+ e = u. (6.17) 1 e tan ( / ) tan ( / ) 6.4 Inclinação i A inclinação da óbita pode se obtida com o cálculo do momento angula específico h: h = v, X Y Z = X& Y& Z&, Iˆ Jˆ Kˆ ( & & ) ( & & ) ( & & ) = YZ ZY Iˆ + ZX XZ Jˆ + XY YX Kˆ, = h Iˆ + h Jˆ + h Kˆ, x y z (6.18) h = h + h + h (6.19) x y z, onde Î,Ĵ, Kˆ são os vesoes nas dieções X, Y e Z, e h x, h y, e h z são as componentes do momento angula nas mesmas dieções. Pela Figua 6.1 nota-se que o veto momento angula, que é pependicula ao plano da óbita, foma o ângulo i com o eixo Z. Potanto: cos i = h / h, (6.0) z com o 0 i 180. o Z h z h i i plano da óbita equado Figua Veto momento angula 6.5 Ascensão eta do nodo ascendente Ω A melho maneia de calcula Ω é po meio da definição de um veto Ω, com oigem no cento O e passando pela linha dos nodos, confome mosta a Figua

52 Z i h Ω y Y γ X Ω Ω Y Ω x X Ω Ω Figua 6. - veto Ω Como o momento angula h é pependicula ao plano da óbita, ele também é pependicula ao veto Ω que está contido no plano da óbita. Assim, pode-se esceve: Ω = ˆK h, (6.1) onde Kˆ é o veso no eixo Z. Daí, têm-se que: Ω = Iˆ Jˆ Kˆ 0 0 1, h h h x y z (6.) = h Iˆ + h Jˆ. y x Pela mesma Figua 6., tia-se que: Ω y hx tan Ω = = Ω h x y, (6.3) onde Ω x e Ω y são as componentes do veto Ω nas dieções X e Y. O sinal negativo em h y foi mantido no denominado paa enfatiza o sinal do co-seno paa fins de análise de quadante no cálculo de Ω. 6.6 Agumento do peigeu ω O cálculo do ângulo ω denominado agumento do peigeu, eque a definição de um ângulo auxilia υ chamado de longitude vedadeia. A longitude vedadeia é simplesmente a soma do agumento do peigeu com a anomalia vedadeia: 4

53 υ = ω + f. (6.4) A anomalia vedadeia f pode se obtida atavés das expessões paa as coodenadas x e y do plano obital: x = cos f = a (cos u e), (6.5) y sen f a sen u (1 e ) 1/ = =. (6.6) Calcula-se a tangente via: tan f = sen u (1 e ) cosu e 1/, (6.7) onde u foi calculado na Equação Em seguida, deve-se analisa coetamente os quadantes paa se obte o ângulo f. A Figua 6.3 mosta os ângulos envolvidos. Nota-se que com duas otações, pode-se tansfoma coodenadas efeidas ao sistema OXYZ até o ponto onde se localiza o satélite. Z Y satélite f Π peigeu equado Ω ω i Y γ X óbita X nodo ascendente Figua Longitude vedadeia Assim, as coodenadas coespondentes a OX Y, onde X aponta paa o nodo e Y está no plano obital, a 90 de X, podem se obtidas via: X' = R ( i) R ( Ω) X, (6.8) x z Poém, as coodenadas do satélite no sistema OX Y Z são facilmente calculadas po 43

54 X ' = cosυ = cos( ω + f ), Y ' = sen υ = sen ( ω + f ), Z ' = 0. Explicitando essa tansfomação vem: (6.9) cos υ cosω sen Ω 0 X sen υ = 0 cosi sen i sen Ω cosω 0 Y, 0 0 sen i cosi Z, (6.30) cosω sen Ω 0 X = cosi sen cosi cos sen i Y Ω Ω. sen i sen Ω sen i cos Ω cosi Z e potanto: donde, cos υ = cosω X + sen Ω Y, (6.31) sen υ = cosi sen Ω X + cosi cosω Y + sen i Z, (6.3) tan υ = cosi sen Ω X + cosi cos Ω Y + sen i Z cosω X + sen Ω Y. (6.33) Finalmente, o agumento do peigeu é calculado po: ω = υ f. (6.34) 6.7 Execícios 1. Dados R t = 6378 Km, 5 µ = 3, Km 3 /s, X = 1R t, Y = R t, Z = 3R t, X & = 0,5 km/s, Y & = 1,5 km/s, e Z & = km/s no sistema geocêntico, calcula os elementos kepleianos coespondentes hoas mais tade. 44

55 7 SISTEMAS DE COORDENADAS CELESTES Sabe-se que as posições na supefície da Tea são completamente especificadas com efeência ao meidiano de Geenwich e ao Equado. A especificação das posições na esfea celeste é um pocesso simila e existem váios métodos paa faze isso dependendo dos cículos maioes escolhidos como cículos pincipais. O sistema é definido de acodo com o cento de coodenadas ou a oigem da efeência escolhida: topocêntico, se o cento estive na supefície teeste; geocêntico, se o cento coincidi com o cento da Tea; heliocêntico, se o cento de coodenadas coincidi com a posição do Sol; planetocêntico, se a oigem estive coincidindo com a posição de um planeta escolhido; baicêntico se a oigem estive no cento de massa de um sistema de copos, etc. Define-se um cículo maio como a cicunfeência obtida pela inteseção de um plano com a supefície de uma esfea, e tal que o plano contenha o cento da esfea. Um cículo meno é também obtido pela inteseção do plano com a esfea, poém neste caso o plano não contém o cento da esfea. 7.1 Sistemas pincipais Existem quato sistemas pincipais paa especifica as posições de copos celestes na esfea celeste Sistema hoizontal (topocêntico) Refeindo-se a Figua 7.1, seja O' um obsevado na supefície da Tea e Z, o zênite, que é definido po um ponto na esfea celeste veticalmente em cima do obsevado. Isto é, O'Z é a continuação da eta que liga o cento da Tea ao ponto O'. O plano pependicula a O Z, e que cota a esfea celeste no cículo maio NOS, é chamado hoizonte celeste ou simplesmente hoizonte. Seja X a posição de um copo celeste. O cículo maio passando atavés dos pontos Z, X e X é chamado um cículo vetical. No plano de ZXX, o ângulo XO X ou o aco X X é denominado elevação (ou altitude), h, de X. Agoa, ZX = ZX ' X ' X, = 90 o h, (7.1) é chamada distância do zênite. Seja KXM um cículo meno paalelo ao hoizonte. Então, todos os copos celestes, cujas posições ficam no cículo meno KXM num ceto instante têm a mesma elevação e a mesma distância do zênite. Potanto, paa defini a posição do copo em questão completamente, pecisa-se especifica o cículo vetical sobe o qual ele está situado. 45

56 Seja O P paalelo ao eixo da otação da Tea. Quando a latitude do obsevado é note, a posição P é chamada pólo celestial note ou simplesmente pólo note. A posição de Polais, a estela do pólo note, é apoximadamente dada pela dieção de O'P. Z K S X h O M P X O A Hoizonte local E Figua Sistema hoizontal N O cículo vetical atavés dos pontos Z, P e N é definido como cículo vetical pincipal e o ponto N como ponto note do hoizonte. O ponto S, exatamente oposto a N, é o ponto sul, e o ponto O, o ponto oeste. Conseqüentemente, pode-se defini a segunda coodenada paa especifica a posição do copo celeste X num dado momento em elação ao cículo vetical pincipal. O ângulo NO'X' ou o aco NX' é chamado azimute, A, do X. Se X estive na pate oeste da esfea celeste, como mostado na Figua 7.1, o azimute é denominado azimute (O) e, se não, azimute (E). Assim, num dado instante, a posição de um copo celeste na esfea celeste é completamente especificada em elação ao hoizonte e ao ponto note do hoizonte em temos de elevação e azimute (O ou E), ou distância de zênite e azimute. Uma outa maneia de medi o azimute é no sistema NESO (Note-Este-Sul-Oeste), onde o azimute vaia ente 0 e 360 e é medido a pati do ponto N na dieção leste. Resumindo, as caacteísticas do sistema hoizontal são apesentadas na Tabela 7.1. Devido ao movimento de otação da Tea, a elevação e o azimute de um copo celeste (uma estela, po exemplo) vaiam com o tempo. 46

Figura 14.0(inicio do capítulo)

Figura 14.0(inicio do capítulo) NOTA DE AULA 05 UNIVESIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPATAMENTO DE MATEMÁTICA E FÍSICA Disciplina: FÍSICA GEAL E EXPEIMENTAL II (MAF 0) Coodenação: Pof. D. Elias Calixto Caijo CAPÍTULO 14 GAVITAÇÃO 1. O MUNDO

Leia mais

APOSTILA. AGA Física da Terra e do Universo 1º semestre de 2014 Profa. Jane Gregorio-Hetem. CAPÍTULO 4 Movimento Circular*

APOSTILA. AGA Física da Terra e do Universo 1º semestre de 2014 Profa. Jane Gregorio-Hetem. CAPÍTULO 4 Movimento Circular* 48 APOSTILA AGA0501 - Física da Tea e do Univeso 1º semeste de 014 Pofa. Jane Gegoio-Hetem CAPÍTULO 4 Movimento Cicula* 4.1 O movimento cicula unifome 4. Mudança paa coodenadas polaes 4.3 Pojeções do movimento

Leia mais

Prof. Dr. Oscar Rodrigues dos Santos

Prof. Dr. Oscar Rodrigues dos Santos FÍSICA 017-1º. Semeste Pof. D. Osca Rodigues dos Santos oscasantos@utfp.edu.b ou pofoscafisica@gmail.com EMENTA Gavitação. Mecânica dos Fluidos. Oscilações. Ondas Mecânicas. Óptica Geomética. Tempeatua.

Leia mais

Série II - Resoluções sucintas Energia

Série II - Resoluções sucintas Energia Mecânica e Ondas, 0 Semeste 006-007, LEIC Séie II - Resoluções sucintas Enegia. A enegia da patícula é igual à sua enegia potencial, uma vez que a velocidade inicial é nula: V o mg h 4 mg R a As velocidades

Leia mais

VETORES GRANDEZAS VETORIAIS

VETORES GRANDEZAS VETORIAIS VETORES GRANDEZAS VETORIAIS Gandezas físicas que não ficam totalmente deteminadas com um valo e uma unidade são denominadas gandezas vetoiais. As gandezas que ficam totalmente expessas po um valo e uma

Leia mais

Energia no movimento de uma carga em campo elétrico

Energia no movimento de uma carga em campo elétrico O potencial elético Imagine dois objetos eletizados, com cagas de mesmo sinal, inicialmente afastados. Paa apoximá-los, é necessáia a ação de uma foça extena, capaz de vence a epulsão elética ente eles.

Leia mais

ASPECTOS GERAIS E AS LEIS DE KEPLER

ASPECTOS GERAIS E AS LEIS DE KEPLER 16 ASPECTOS GERAIS E AS LEIS DE KEPLER Gil da Costa Maques Dinâmica do Movimento dos Copos 16.1 Intodução 16. Foças Centais 16.3 Dinâmica do movimento 16.4 Consevação do Momento Angula 16.5 Enegias positivas,

Leia mais

Mecânica. Conceito de campo Gravitação 2ª Parte Prof. Luís Perna 2010/11

Mecânica. Conceito de campo Gravitação 2ª Parte Prof. Luís Perna 2010/11 Mecânica Gavitação 2ª Pate Pof. Luís Pena 2010/11 Conceito de campo O conceito de campo foi intoduzido, pela pimeia vez po Faaday no estudo das inteacções elécticas e magnéticas. Michael Faaday (1791-1867)

Leia mais

MECÂNICA. F cp. F t. Dinâmica Força resultante e suas componentes AULA 7 1- FORÇA RESULTANTE

MECÂNICA. F cp. F t. Dinâmica Força resultante e suas componentes AULA 7 1- FORÇA RESULTANTE AULA 7 MECÂICA Dinâmica oça esultante e suas componentes 1- ORÇA RESULTATE oça esultante é o somatóio vetoial de todas as foças que atuam em um copo É impotante lemba que a foça esultante não é mais uma

Leia mais

CAPÍTULO 04 CINEMÁTICA INVERSA DE POSIÇÃO

CAPÍTULO 04 CINEMÁTICA INVERSA DE POSIÇÃO Capítulo 4 - Cinemática Invesa de Posição 4 CAPÍTULO 04 CINEMÁTICA INVERSA DE POSIÇÃO 4.1 INTRODUÇÃO No capítulo anteio foi visto como detemina a posição e a oientação do ógão teminal em temos das vaiáveis

Leia mais

Teo. 5 - Trabalho da força eletrostática - potencial elétrico

Teo. 5 - Trabalho da força eletrostática - potencial elétrico Teo. 5 - Tabalho da foça eletostática - potencial elético 5.1 Intodução S.J.Toise Suponhamos que uma patícula qualque se desloque desde um ponto até em ponto sob a ação de uma foça. Paa medi a ação dessa

Leia mais

Mecânica. Teoria geocêntrica Gravitação 1ª Parte Prof. Luís Perna 2010/11

Mecânica. Teoria geocêntrica Gravitação 1ª Parte Prof. Luís Perna 2010/11 1-0-011 Mecânica Gavitação 1ª Pate Pof. Luís Pena 010/11 Teoia geocêntica Foi com Ptolomeu de Alexandia que sugiu, po volta de 150 d.c. no seu livo Almagest, uma descição pomenoizada do sistema sola. Cláudio

Leia mais

Prof. Dr. Oscar Rodrigues dos Santos

Prof. Dr. Oscar Rodrigues dos Santos FÍSICA 018-1º. Semeste Pof. D. Osca Rodigues dos Santos oscasantos@utfp.edu.b ou pofoscafisica@gmail.com EMENTA Oscilações. Ondas I. Ondas II. Tempeatua. Pimeia Lei da Temodinâmica. Teoia Cinética dos

Leia mais

Mecânica Técnica. Aula 5 Vetor Posição, Aplicações do Produto Escalar. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues

Mecânica Técnica. Aula 5 Vetor Posição, Aplicações do Produto Escalar. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues ula 5 Veto Posição, plicações do Poduto Escala Pof. MSc. Luiz Eduado Mianda J. Rodigues Pof. MSc. Luiz Eduado Mianda J. Rodigues Tópicos bodados Nesta ula Vetoes Posição. Veto Foça Oientado ao Longo de

Leia mais

CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL II 014.2

CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL II 014.2 CÁLCULO IFERENCIAL E INTEGRAL II Obsevações: ) Todos os eecícios popostos devem se esolvidos e entegue no dia de feveeio de 5 Integais uplas Integais uplas Seja z f( uma função definida em uma egião do

Leia mais

Aula 6: Aplicações da Lei de Gauss

Aula 6: Aplicações da Lei de Gauss Univesidade Fedeal do Paaná eto de Ciências xatas Depatamento de Física Física III Pof. D. Ricado Luiz Viana Refeências bibliogáficas: H. 25-7, 25-9, 25-1, 25-11. 2-5 T. 19- Aula 6: Aplicações da Lei de

Leia mais

Licenciatura em Engenharia Civil MECÂNICA II

Licenciatura em Engenharia Civil MECÂNICA II Licenciatua em Engenhaia Civil MECÂNICA II Exame (época de ecuso) 11/0/003 NOME: Não esqueça 1) (4 AL.) de esceve o nome a) Diga, numa fase, o que entende po Cento Instantâneo de Rotação (CIR). Sabendo

Leia mais

1ªAula do cap. 10 Rotação

1ªAula do cap. 10 Rotação 1ªAula do cap. 10 Rotação Conteúdo: Copos ígidos em otação; Vaiáveis angulaes; Equações Cinemáticas paa aceleação angula constante; Relação ente Vaiáveis Lineaes e Angulaes; Enegia Cinética de Rotação

Leia mais

Problema de três corpos. Caso: Circular e Restrito

Problema de três corpos. Caso: Circular e Restrito Poblema de tês copos Caso: Cicula e Restito Tópicos Intodução Aplicações do Poblema de tês copos Equações Geais Fomulação do Poblema Outas vaiantes Equações do Poblema Restito-Plano-Cicula Integal de Jacobi

Leia mais

Uma derivação simples da Lei de Gauss

Uma derivação simples da Lei de Gauss Uma deivação simples da Lei de Gauss C. E. I. Caneio de maço de 009 Resumo Apesentamos uma deivação da lei de Gauss (LG) no contexto da eletostática. Mesmo paa cagas em epouso, uma deivação igoosa da LG

Leia mais

Cap014 - Campo magnético gerado por corrente elétrica

Cap014 - Campo magnético gerado por corrente elétrica ap014 - ampo magnético geado po coente elética 14.1 NTRODUÇÃO S.J.Toise Até agoa os fenômenos eléticos e magnéticos foam apesentados como fatos isolados. Veemos a pati de agoa que os mesmos fazem pate

Leia mais

DA TERRA À LUA. Uma interação entre dois corpos significa uma ação recíproca entre os mesmos.

DA TERRA À LUA. Uma interação entre dois corpos significa uma ação recíproca entre os mesmos. DA TEA À LUA INTEAÇÃO ENTE COPOS Uma inteação ente dois copos significa uma ação ecípoca ente os mesmos. As inteações, em Física, são taduzidas pelas foças que atuam ente os copos. Estas foças podem se

Leia mais

7.3. Potencial Eléctrico e Energia Potencial Eléctrica de Cargas Pontuais

7.3. Potencial Eléctrico e Energia Potencial Eléctrica de Cargas Pontuais 7.3. Potencial Eléctico e Enegia Potencial Eléctica de Cagas Pontuais Ao estabelece o conceito de potencial eléctico, imaginamos coloca uma patícula de pova num campo eléctico poduzido po algumas cagas

Leia mais

APÊNDICE. Revisão de Trigonometria

APÊNDICE. Revisão de Trigonometria E APÊNDICE Revisão de Tigonometia FUNÇÕES E IDENTIDADES TRIGONOMÉTRICAS ÂNGULOS Os ângulos em um plano podem se geados pela otação de um aio (semi-eta) em tono de sua etemidade. A posição inicial do aio

Leia mais

Seção 8: EDO s de 2 a ordem redutíveis à 1 a ordem

Seção 8: EDO s de 2 a ordem redutíveis à 1 a ordem Seção 8: EDO s de a odem edutíveis à a odem Caso : Equações Autônomas Definição Uma EDO s de a odem é dita autônoma se não envolve explicitamente a vaiável independente, isto é, se fo da foma F y, y, y

Leia mais

Sistemas de Referência Diferença entre Movimentos Cinética. EESC-USP M. Becker /58

Sistemas de Referência Diferença entre Movimentos Cinética. EESC-USP M. Becker /58 SEM4 - Aula 2 Cinemática e Cinética de Patículas no Plano e no Espaço Pof D Macelo ecke SEM - EESC - USP Sumáio da Aula ntodução Sistemas de Refeência Difeença ente Movimentos Cinética EESC-USP M ecke

Leia mais

carga da esfera: Q densidade volumétrica de carga: ρ = r.

carga da esfera: Q densidade volumétrica de carga: ρ = r. Detemine o módulo do campo elético em todo o espaço geado po uma esfea maciça caegada com uma caga distibuída com uma densidade volumética de caga dada po ρ =, onde α é uma constante ue tona a expessão

Leia mais

. Essa força é a soma vectorial das forças individuais exercidas em q 0 pelas várias cargas que produzem o campo E r. Segue que a força q E

. Essa força é a soma vectorial das forças individuais exercidas em q 0 pelas várias cargas que produzem o campo E r. Segue que a força q E 7. Potencial Eléctico Tópicos do Capítulo 7.1. Difeença de Potencial e Potencial Eléctico 7.2. Difeenças de Potencial num Campo Eléctico Unifome 7.3. Potencial Eléctico e Enegia Potencial Eléctica de Cagas

Leia mais

a) A energia potencial em função da posição pode ser representada graficamente como

a) A energia potencial em função da posição pode ser representada graficamente como Solução da questão de Mecânica uântica Mestado a) A enegia potencial em função da posição pode se epesentada gaficamente como V(x) I II III L x paa x < (egião I) V (x) = paa < x < L (egião II) paa x >

Leia mais

carga da esfera: Q. figura 1 Consideramos uma superfície Gaussiana interna e outra superfície externa á esfera.

carga da esfera: Q. figura 1 Consideramos uma superfície Gaussiana interna e outra superfície externa á esfera. Detemine o módulo do campo elético em todo o espaço geado po uma esfea maciça caegada com uma caga distibuída unifomemente pelo seu volume. Dados do poblema caga da esfea:. Esuema do poblema Vamos assumi

Leia mais

FGE0270 Eletricidade e Magnetismo I

FGE0270 Eletricidade e Magnetismo I FGE7 Eleticidade e Magnetismo I Lista de eecícios 1 9 1. As cagas q 1 = q = µc na Fig. 1a estão fias e sepaadas po d = 1,5m. (a) Qual é a foça elética que age sobe q 1? (b) Colocando-se uma teceia caga

Leia mais

Aula Invariantes Adiabáticos

Aula Invariantes Adiabáticos Aula 6 Nesta aula, iemos inicia o estudo sobe os invaiantes adiabáticos, finalizando o capítulo 2. Também iniciaemos o estudo do capítulo 3, onde discutiemos algumas popiedades magnéticas e eléticas do

Leia mais

Seção 24: Laplaciano em Coordenadas Esféricas

Seção 24: Laplaciano em Coordenadas Esféricas Seção 4: Laplaciano em Coodenadas Esféicas Paa o leito inteessado, na pimeia seção deduimos a expessão do laplaciano em coodenadas esféicas. O leito ue estive disposto a aceita sem demonstação pode dietamente

Leia mais

3.1 Potencial gravitacional na superfície da Terra

3.1 Potencial gravitacional na superfície da Terra 3. Potencial gavitacional na supefície da Tea Deive a expessão U(h) = mgh paa o potencial gavitacional na supefície da Tea. Solução: A pati da lei de Newton usando a expansão de Taylo: U( ) = GMm, U( +

Leia mais

Departamento de Física - Universidade do Algarve FORÇA CENTRÍFUGA

Departamento de Física - Universidade do Algarve FORÇA CENTRÍFUGA FORÇA CENTRÍFUGA 1. Resumo Um copo desceve um movimento cicula unifome. Faz-se vaia a sua velocidade de otação e a distância ao eixo de otação, medindo-se a foça centífuga em função destes dois paâmetos..

Leia mais

PROCESSO SELETIVO TURMA DE 2013 FASE 1 PROVA DE FÍSICA E SEU ENSINO

PROCESSO SELETIVO TURMA DE 2013 FASE 1 PROVA DE FÍSICA E SEU ENSINO PROCESSO SELETIVO TURM DE 03 FSE PROV DE FÍSIC E SEU ENSINO Cao pofesso, caa pofessoa esta pova tem 3 (tês) questões, com valoes difeentes indicados nas pópias questões. pimeia questão é objetiva, e as

Leia mais

Influência do torque residual na deriva do eixo de rotação de satélites artificiais em órbitas circulares

Influência do torque residual na deriva do eixo de rotação de satélites artificiais em órbitas circulares Influência do toque esidual na deiva do eixo de otação de satélites atificiais em óbitas ciculaes Maia Cecília Zanadi, Sheila Cisley de Assis, Isaua M. P. Quielli Gupo de Planetologia e Dinâmica da UNESP,

Leia mais

carga da esfera: Q densidade volumétrica de carga: ρ = r.

carga da esfera: Q densidade volumétrica de carga: ρ = r. Detemine o módulo do campo elético em todo o espaço geado po uma esfea maciça caegada com uma caga Q distibuída com uma densidade volumética de caga dada po ρ =, onde α é uma constante ue tona a expessão

Leia mais

A dinâmica estuda as relações entre as forças que actuam na partícula e os movimentos por ela adquiridos.

A dinâmica estuda as relações entre as forças que actuam na partícula e os movimentos por ela adquiridos. CAPÍTULO 4 - DINÂMICA A dinâmica estuda as elações ente as foças que actuam na patícula e os movimentos po ela adquiidos. A estática estuda as condições de equilíbio de uma patícula. LEIS DE NEWTON 1.ª

Leia mais

Física I para Engenharia. Aula 9 Rotação, momento inércia e torque

Física I para Engenharia. Aula 9 Rotação, momento inércia e torque Física I paa Engenhaia 1º Semeste de 014 Instituto de Física- Uniesidade de São Paulo Aula 9 Rotação, momento inécia e toque Pofesso: Valdi Guimaães E-mail: aldi.guimaaes@usp.b Fone: 3091.7104 Vaiáeis

Leia mais

carga da esfera: Q. figura 1 Consideramos uma superfície Gaussiana interna e outra superfície externa á esfera.

carga da esfera: Q. figura 1 Consideramos uma superfície Gaussiana interna e outra superfície externa á esfera. Detemine o módulo do campo elético em todo o espaço geado po uma esfea maciça caegada com uma caga distibuída unifomemente pelo seu volume. Dados do poblema caga da esfea:. Esuema do poblema Vamos assumi

Leia mais

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Escola de Engenharia. 1 Cinemática 2 Dinâmica 3 Estática

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Escola de Engenharia. 1 Cinemática 2 Dinâmica 3 Estática UNIVERSIDDE PRESITERIN MKENZIE Escola de Engenhaia 1 inemática 2 Dinâmica 3 Estática 1ºs/2006 1) Uma patícula movimenta-se, pecoendo uma tajetóia etilínea, duante 30 min com uma velocidade de 80 km/h.

Leia mais

Swing-By Propulsado aplicado ao sistema de Haumea

Swing-By Propulsado aplicado ao sistema de Haumea Tabalho apesentado no DINCON, Natal - RN, 015. 1 Poceeding Seies of the Bazilian Society of Computational and Applied Mathematics Swing-By Populsado aplicado ao sistema de Haumea Alessanda Feaz da Silva

Leia mais

UFABC - Física Quântica - Curso Prof. Germán Lugones. Aula 14. A equação de Schrödinger em 3D: átomo de hidrogénio (parte 2)

UFABC - Física Quântica - Curso Prof. Germán Lugones. Aula 14. A equação de Schrödinger em 3D: átomo de hidrogénio (parte 2) UFABC - Física Quântica - Cuso 2017.3 Pof. Gemán Lugones Aula 14 A equação de Schödinge em 3D: átomo de hidogénio (pate 2) 1 Equação paa a função adial R() A equação paa a pate adial da função de onda

Leia mais

1. cosh(x) = ex +e x senh(x) = ex e x cos(t) = eit +e it sen(t) = eit e it

1. cosh(x) = ex +e x senh(x) = ex e x cos(t) = eit +e it sen(t) = eit e it UFRG INTITUTO DE MATEMÁTICA Depatamento de Matemática Pua e Aplicada MAT1168 - Tuma C - 14/1 Pimeia avaliação - Gupo 1 1 3 4 Total Nome: Catão: Regas a obseva: eja sucinto, completo e clao. Justifique

Leia mais

Aula Prática 5: Preparação para o teste

Aula Prática 5: Preparação para o teste Aula Pática 5: Pepaação paa o teste Tipo I: Equação Newton Foças não estauadoas & Enegia Tipo II: Equação Newton Foças estauadoas & Enegia Tipo III: Cicula & Gavidade & Enegia Poblema tipo 1: Equação Newton

Leia mais

Campo Gravítico da Terra

Campo Gravítico da Terra Campo Gavítico da Tea 3. otencial Gavítico O campo gavítico é um campo vectoial (gandeza com 3 componentes) Seá mais fácil tabalha com uma gandeza escala, que assume apenas um valo em cada ponto Seá possível

Leia mais

APÊNDICE DO CAPÍTULO 12.

APÊNDICE DO CAPÍTULO 12. APÊNDICE DO CAPÍTULO 12. GRAVITAÇÃO A foça gavitacional é o paadigma de foça em mecˆanica newtoniana. Este esumo visa auxilia o estudo dessa foça no capítulo 12 do livo-texto, cujas figuas e exemplos complementam

Leia mais

PROCESSO SELETIVO TURMA DE 2012 FASE 1 PROVA DE FÍSICA E SEU ENSINO

PROCESSO SELETIVO TURMA DE 2012 FASE 1 PROVA DE FÍSICA E SEU ENSINO PROCESSO SELETIVO TURMA DE FASE PROVA DE FÍSI E SEU ENSINO Cao pofesso, caa pofessoa esta pova tem 3 (tês) questões, com valoes difeentes indicados nas pópias questões. A pimeia questão é objetiva, e as

Leia mais

Licenciatura em Engenharia Civil MECÂNICA II

Licenciatura em Engenharia Civil MECÂNICA II Licenciatua em Engenhaia Civil MECÂNC Recuso 08/02/2002 Não esqueça de esceve o nome NOME: 1) ESCOLH MÚLTPL ssinale nas quadículas vedadeio V ou falso F. Nota: Podeão eisti nenhuma ou mais do que uma esposta

Leia mais

Total. UFRGS - INSTITUTO DE MATEMÁTICA Departamento de Matemática Pura e Aplicada MAT Turma C /1 Prova da área I

Total. UFRGS - INSTITUTO DE MATEMÁTICA Departamento de Matemática Pura e Aplicada MAT Turma C /1 Prova da área I UFRG - INTITUTO DE MATEMÁTIA Depatamento de Matemática Pua e Aplicada MAT1168 - Tuma - 19/1 Pova da áea I 1-6 7 8 Total Nome: Ponto exta: Wikipédia Apesentação Nenhum Tópico: atão: Regas Geais: Não é pemitido

Leia mais

Cap.2 - Mecanica do Sistema Solar II: Leis de Kepler do movimento planetário

Cap.2 - Mecanica do Sistema Solar II: Leis de Kepler do movimento planetário Cap. - Mecanica do Sistea Sola II: Leis de Keple do oviento planetáio Johannes Keple Tycho Bahe Mateático e Astônoo Aleão 57-630 Astônoo Dinaaquês 546-60 = Cicunfeência achatada = Elipse Lei das Elipses

Leia mais

3 Torção Introdução Análise Elástica de Elementos Submetidos à Torção Elementos de Seções Circulares

3 Torção Introdução Análise Elástica de Elementos Submetidos à Torção Elementos de Seções Circulares 3 oção 3.1. Intodução pimeia tentativa de se soluciona poblemas de toção em peças homogêneas de seção cicula data do século XVIII, mais pecisamente em 1784 com Coulomb. Este cientista ciou um dispositivo

Leia mais

3.3 Potencial e campo elétrico para dadas configurações de carga.

3.3 Potencial e campo elétrico para dadas configurações de carga. . Potencial e campo elético paa dadas configuações de caga. Emboa a maio utilidade do potencial se evele em situações em ue a pópia configuação de caga é uma incógnita, nas situações com distibuições conhecidas

Leia mais

CURSO DE DINÂMICA ORBITAL E CONTROLE CAPÍTULO I: FUNDAMENTOS DA MECÂNICA CELESTE

CURSO DE DINÂMICA ORBITAL E CONTROLE CAPÍTULO I: FUNDAMENTOS DA MECÂNICA CELESTE CADERNO DE FÍSICA DA UEFS, 03 (01): 47-59, 004 CURSO DE DINÂMICA ORBITAL E CONTROLE CAPÍTULO I: FUNDAMENTOS DA MECÂNICA CELESTE Antonio Delson de Jesus Depatamento de Física - UEFS 1. Apesentação e Objetivos

Leia mais

SOLUÇÃO PRATIQUE EM CASA

SOLUÇÃO PRATIQUE EM CASA SOLUÇÃO PRATIQUE EM CASA SOLUÇÃO PC1. [A] A velocidade linea de cada ponto da hélice é popocional ao aio: v ωr I A intensidade da foça de atito é popocional à velocidade linea: Fat kv II O toque da foça

Leia mais

ELETRICIDADE CAPÍTULO 3 LEIS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

ELETRICIDADE CAPÍTULO 3 LEIS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS ELETICIDADE CAPÍTULO 3 LEIS DE CICUITOS ELÉTICOS - CONSIDEE A SEGUINTE ELAÇÃO: 3. LEI DE OHM - QUALQUE POCESSO DE CONVESÃO DE ENEGIA PODE SE ELACIONADO A ESTA EQUAÇÃO. - EM CICUITOS ELÉTICOS : - POTANTO,

Leia mais

PROVA COMENTADA. Figura 1 Diagrama de corpo livre: sistema de um grau de liberdade (1gdl) F F F P 0. k c i t

PROVA COMENTADA. Figura 1 Diagrama de corpo livre: sistema de um grau de liberdade (1gdl) F F F P 0. k c i t ? Equilíbio da estutua PROVA COMENTADA a) Diagama de copo live (DCL): Paa monta o diagama de copo live deve-se inclui todas as foças atuando no bloco de massa m. Obseve que o bloco pode movimenta-se somente

Leia mais

Cap. 4 - O Campo Elétrico

Cap. 4 - O Campo Elétrico ap. 4 - O ampo Elético 4.1 onceito de ampo hama-se ampo a toda egião do espaço que apesenta uma deteminada popiedade física. Esta popiedade pode se de qualque natueza, dando oigem a difeentes campos, escalaes

Leia mais

UFSCar Cálculo 2. Quinta lista de exercícios. Prof. João C.V. Sampaio e Yolanda K. S. Furuya

UFSCar Cálculo 2. Quinta lista de exercícios. Prof. João C.V. Sampaio e Yolanda K. S. Furuya UFSCa Cálculo 2. Quinta lista de eecícios. Pof. João C.V. Sampaio e Yolanda K. S. Fuua Rega da cadeia, difeenciais e aplicações. Calcule (a 4 w (0,, π/6, se w = 4 4 + 2 u (b (c 2 +2 (, 3,, se u =. Resposta.

Leia mais

MECÂNICA DOS MEIOS CONTÍNUOS. Exercícios

MECÂNICA DOS MEIOS CONTÍNUOS. Exercícios MECÂNICA DO MEIO CONTÍNUO Execícios Mecânica dos Fluidos 1 Considee um fluido ideal em epouso num campo gavítico constante, g = g abendo que p( z = 0 ) = p a, detemine a distibuição das pessões nos casos

Leia mais

(b) Num vórtice de raio R em rotação de corpo sólido a circulação para qualquer r R é zero. A. Certo B. Errado. + u j

(b) Num vórtice de raio R em rotação de corpo sólido a circulação para qualquer r R é zero. A. Certo B. Errado. + u j Pova II Nome: Infomações: Duação de 2:30 hoas. Pode come e bebe duante a pova. Pode faze a pova à lápis. Pode usa calculadoa (sem texto. A pova tem complexidade pogessiva. A tentativa de violação de qualque

Leia mais

SISTEMA DE COORDENADAS

SISTEMA DE COORDENADAS ELETROMAGNETISMO I 1 0 ANÁLISE VETORIAL Este capítulo ofeece uma ecapitulação aos conhecimentos de álgeba vetoial, já vistos em outos cusos. Estando po isto numeado com o eo, não fa pate de fato dos nossos

Leia mais

Uma dedução heurística da métrica de Schwarzschild. Rodrigo Rodrigues Machado & Alexandre Carlos Tort

Uma dedução heurística da métrica de Schwarzschild. Rodrigo Rodrigues Machado & Alexandre Carlos Tort UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de Física Pogama de Pós-Gaduação em Ensino de Física Mestado Pofissional em Ensino de Física Uma dedução heuística da mética de Schwazschild Rodigo Rodigues

Leia mais

CÁLCULO VETORIAL E GEOMETRIA ANALÍTICA Luiz Francisco da Cruz Departamento de Matemática Unesp/Bauru

CÁLCULO VETORIAL E GEOMETRIA ANALÍTICA Luiz Francisco da Cruz Departamento de Matemática Unesp/Bauru Luiz Fancisco da Cuz Depatamento de Matemática Unesp/Bauu EXERCÍCIOS SOBRE CÁLCULO VETOTIL E GEOMETRI NLÍTIC 01) Demonste vetoialmente que o segmento que une os pontos médios dos lados não paalelos de

Leia mais

O sofrimento é passageiro. Desistir é pra sempre! Gravitação

O sofrimento é passageiro. Desistir é pra sempre! Gravitação O sofimento é passageio. Desisti é pa sempe! Gavitação 1. (Upe 015) A figua a segui ilusta dois satélites, 1 e, que obitam um planeta de massa M em tajetóias ciculaes e concênticas, de aios 1 e, espectivamente.

Leia mais

É o trabalho blh realizado para deslocar um corpo, com velocidade idd constante, t de um ponto a outro num campo conservativo ( )

É o trabalho blh realizado para deslocar um corpo, com velocidade idd constante, t de um ponto a outro num campo conservativo ( ) 1. VAIAÇÃO DA ENEGIA POTENCIAL É o tabalho blh ealizado paa desloca um copo, com velocidade idd constante, t de um ponto a outo num campo consevativo ( ) du W = F. dl = 0 = FF. d l Obs. sobe o sinal (-):

Leia mais

Cap.12: Rotação de um Corpo Rígido

Cap.12: Rotação de um Corpo Rígido Cap.1: Rotação de um Copo Rígido Do pofesso paa o aluno ajudando na avaliação de compeensão do capítulo. Fundamental que o aluno tenha lido o capítulo. 1.8 Equilíbio Estático Estudamos que uma patícula

Leia mais

Licenciatura em Engenharia Civil MECÂNICA II

Licenciatura em Engenharia Civil MECÂNICA II Licenciatua em Engenhaia Civil MECÂNICA II Exame (época nomal) 17/01/2003 NOME: Não esqueça 1) (4 AL.) de esceve o nome a) Uma patícula desceve um movimento no espaço definido pelas seguintes tajectóia

Leia mais

Cap03 - Estudo da força de interação entre corpos eletrizados

Cap03 - Estudo da força de interação entre corpos eletrizados ap03 - Estudo da foça de inteação ente copos eletizados 3.1 INTRODUÇÃO S.J.Toise omo foi dito na intodução, a Física utiliza como método de tabalho a medida das qandezas envolvidas em cada fenômeno que

Leia mais

Componente de Física

Componente de Física Disciplina de Física e Química A 11º ano de escolaidade Componente de Física Componente de Física 1..8 Movimento de queda, na vetical, com efeito da esistência do a apeciável É um facto que nem sempe se

Leia mais

Material Teórico - Círculo Trigonométrico. Radiano, Círculo Trigonométrico e Congruência de arcos. Primeiro Ano do Ensino Médio

Material Teórico - Círculo Trigonométrico. Radiano, Círculo Trigonométrico e Congruência de arcos. Primeiro Ano do Ensino Médio Mateial Teóico - Cículo Tigonomético Radiano, Cículo Tigonomético e Conguência de acos Pimeio Ano do Ensino Médio Auto: Pof. Fabício Siqueia Benevides Reviso: Pof. Antonio Caminha M. Neto de setembo de

Leia mais

PUC-RIO CB-CTC. P2 DE ELETROMAGNETISMO segunda-feira GABARITO. Nome : Assinatura: Matrícula: Turma:

PUC-RIO CB-CTC. P2 DE ELETROMAGNETISMO segunda-feira GABARITO. Nome : Assinatura: Matrícula: Turma: PUC-RIO CB-CTC P2 DE ELETROMAGNETISMO 16.05.11 segunda-feia GABARITO Nome : Assinatua: Matícula: Tuma: NÃO SERÃO ACEITAS RESPOSTAS SEM JUSTIFICATIVAS E CÁLCULOS EXPLÍCITOS. Não é pemitido destaca folhas

Leia mais

ESCOAMENTO POTENCIAL. rot. Escoamento de fluido não viscoso, 0. Equação de Euler: Escoamento de fluido incompressível cte. Equação da continuidade:

ESCOAMENTO POTENCIAL. rot. Escoamento de fluido não viscoso, 0. Equação de Euler: Escoamento de fluido incompressível cte. Equação da continuidade: ESCOAMENTO POTENCIAL Escoamento de fluido não viso, Equação de Eule: DV ρ ρg gad P Dt Escoamento de fluido incompessível cte Equação da continuidade: divv Escoamento Iotacional ot V V Se o escoamento fo

Leia mais

Grandezas vetoriais: Além do módulo, necessitam da direção e do sentido para serem compreendidas.

Grandezas vetoriais: Além do módulo, necessitam da direção e do sentido para serem compreendidas. NOME: Nº Ensino Médio TURMA: Data: / DISCIPLINA: Física PROF. : Glênon Duta ASSUNTO: Gandezas Vetoiais e Gandezas Escalaes Em nossas aulas anteioes vimos que gandeza é tudo aquilo que pode se medido. As

Leia mais

Modelagem Matemática de Sistemas Mecânicos Introdução às Equações de Lagrange

Modelagem Matemática de Sistemas Mecânicos Introdução às Equações de Lagrange Modelagem Matemática de Sistemas Mecânicos Intodução às Equações de Lagange PTC 347 Páticas de Pojeto de Sistemas de Contole º semeste de 7 Buno Angélico Laboatóio de Automação e Contole Depatamento de

Leia mais

XForça. Um corpo, sobre o qual não age nenhuma força, tende a manter seu estado de movimento ou de repouso. Leis de Newton. Princípio da Inércia

XForça. Um corpo, sobre o qual não age nenhuma força, tende a manter seu estado de movimento ou de repouso. Leis de Newton. Princípio da Inércia Física Aistotélica of. Roseli Constantino Schwez constantino@utfp.edu.b Aistóteles: Um copo só enta em movimento ou pemanece em movimento se houve alguma foça atuando sobe ele. Aistóteles (384 a.c. - 3

Leia mais

NOTAS DE AULA DE ELETROMAGNETISMO

NOTAS DE AULA DE ELETROMAGNETISMO UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA NOTAS DE AULA DE ELETROMAGNETISMO Pof. D. Helde Alves Peeia Maço, 9 - CONTEÚDO DAS AULAS NAS TRANSPARÊNCIAS -. Estágio

Leia mais

Lei de Ampère. (corrente I ) Foi visto: carga elétrica com v pode sentir força magnética se existir B e se B não é // a v

Lei de Ampère. (corrente I ) Foi visto: carga elétrica com v pode sentir força magnética se existir B e se B não é // a v Lei de Ampèe Foi visto: caga elética com v pode senti foça magnética se existi B e se B não é // a v F q v B m campos magnéticos B são geados po cagas em movimento (coente ) Agoa: esultados qualitativos

Leia mais

Aula 4. (uniforme com ); (Gradiente de B ) // B ; 2. Movimento de Partículas Carregadas em Campos Elétrico

Aula 4. (uniforme com ); (Gradiente de B ) // B ; 2. Movimento de Partículas Carregadas em Campos Elétrico Aula 4 Nesta aula iniciaemos o estudo da dinâmica de uma única patícula, sujeita aos campos elético e magnético unifomes ou não no espaço. Em paticula, a deiva do cento guia paa os seguintes casos: x E

Leia mais

4 Modelo para Extração de Regras Fuzzy a partir de Máquinas de Vetores Suporte FREx_SVM 4.1 Introdução

4 Modelo para Extração de Regras Fuzzy a partir de Máquinas de Vetores Suporte FREx_SVM 4.1 Introdução 4 Modelo paa Extação de Regas Fuzzy a pati de Máquinas de Vetoes Supote FREx_SVM 4.1 Intodução Como já mencionado, em máquinas de vetoes supote não se pode explica a maneia como sua saída é obtida. No

Leia mais

IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO

IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO AULA 10 IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO 1- INTRODUÇÃO Nesta aula estudaemos Impulso de uma foça e a Quantidade de Movimento de uma patícula. Veemos que estas gandezas são vetoiais e que possuem a mesma

Leia mais

O Paradoxo de Bertrand para um Experimento Probabilístico Geométrico

O Paradoxo de Bertrand para um Experimento Probabilístico Geométrico O Paadoxo de etand paa um Expeimento Pobabilístico Geomético maildo de Vicente 1 1 Colegiado do Cuso de Matemática Cento de Ciências Exatas e Tecnológicas da Univesidade Estadual do Oeste do Paaná Caixa

Leia mais

E = F/q onde E é o campo elétrico, F a força

E = F/q onde E é o campo elétrico, F a força Campo Elético DISCIPLINA: Física NOE: N O : TURA: PROFESSOR: Glênon Duta DATA: Campo elético NOTA: É a egião do espaço em ue uma foça elética pode sugi em uma caga elética. Toda caga elética cia em tono

Leia mais

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Departamento de Engenharia Mecânica

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Departamento de Engenharia Mecânica ª Questão ( pontos. Um caetel de massa M cento e aios (exteno e (inteno está aticulado a uma baa de massa m e compimento L confome indicado na figua. Mediante a aplicação de uma foça (constante a um cabo

Leia mais

4.4 Mais da geometria analítica de retas e planos

4.4 Mais da geometria analítica de retas e planos 07 4.4 Mais da geometia analítica de etas e planos Equações da eta na foma simética Lembemos que uma eta, no planos casos acima, a foma simética é um caso paticula da equação na eta na foma geal ou no

Leia mais

Figura 6.6. Superfícies fechadas de várias formas englobando uma carga q. O fluxo eléctrico resultante através de cada superfície é o mesmo.

Figura 6.6. Superfícies fechadas de várias formas englobando uma carga q. O fluxo eléctrico resultante através de cada superfície é o mesmo. foma dessa supefície. (Pode-se pova ue este é o caso poue E 1/ 2 ) De fato, o fluxo esultante atavés de ualue supefície fechada ue envolve uma caga pontual é dado po. Figua 6.6. Supefícies fechadas de

Leia mais

Exercício 1 Escreva as coordenadas cartesianas de cada um dos pontos indicados na figura abaixo. Exemplo: A=(1,1). y (cm)

Exercício 1 Escreva as coordenadas cartesianas de cada um dos pontos indicados na figura abaixo. Exemplo: A=(1,1). y (cm) INTRODUÇÃO À FÍSICA tuma MAN / pofa Mata F Baoso EXERCÍCIOS Eecício Esceva as coodenadas catesianas de cada um dos pontos indicados na figua abaio Eemplo: A=(,) (cm) F E B A - O (cm) - D C - - Eecício

Leia mais

LOM Teoria da Elasticidade Aplicada

LOM Teoria da Elasticidade Aplicada Depatamento de Engenhaia de Mateiais (DEMAR) Escola de Engenhaia de Loena (EEL) Univesidade de São Paulo (USP) LOM30 - Teoia da Elasticidade Aplicada Pate 3 - Fundamentos da Teoia da Elasticidade (Coodenadas

Leia mais

Material Teórico - Sistemas Lineares e Geometria Anaĺıtica. Sistemas com Três Variáveis - Parte 2. Terceiro Ano do Ensino Médio

Material Teórico - Sistemas Lineares e Geometria Anaĺıtica. Sistemas com Três Variáveis - Parte 2. Terceiro Ano do Ensino Médio Mateial Teóico - Sistemas Lineaes e Geometia Anaĺıtica Sistemas com Tês Vaiáveis - Pate 2 Teceio Ano do Ensino Médio Auto: Pof. Fabício Siqueia Benevides Reviso: Pof. Antonio Caminha M. Neto 1 Sistemas

Leia mais

Dinâmica do Movimento Circular

Dinâmica do Movimento Circular Dinâmica do Movimento Cicula Gabaito: Resposta da questão 1: [E] A fita F 1 impede que a gaota da cicunfeência extena saia pela tangente, enquanto que a fita F impede que as duas gaotas saiam pela tangente.

Leia mais

IF Eletricidade e Magnetismo I

IF Eletricidade e Magnetismo I IF 437 Eleticidade e Magnetismo I Enegia potencial elética Já tatamos de enegia em divesos aspectos: enegia cinética, gavitacional, enegia potencial elástica e enegia témica. segui vamos adiciona a enegia

Leia mais

Eletromagnetismo Aplicado

Eletromagnetismo Aplicado Eletomagnetismo plicado Unidade 1 Pof. Macos V. T. Heckle 1 Conteúdo Intodução Revisão sobe álgeba vetoial Sistemas de coodenadas clássicos Cálculo Vetoial Intodução Todos os fenômenos eletomagnéticos

Leia mais

3 Formulação Matemática

3 Formulação Matemática 3 Fomulação Matemática 3. Descição do poblema O poblema a se analisado é mostado na fig. 3.. O fluido escoa atavés de um duto cicula de diâmeto d, passa atavés de um duto maio ( diâmeto D ) e sofe uma

Leia mais

5 Estudo analítico de retas e planos

5 Estudo analítico de retas e planos GA3X1 - Geometia Analítica e Álgeba Linea 5 Estudo analítico de etas e planos 5.1 Equações de eta Definição (Veto dieto de uma eta): Qualque veto não-nulo paalelo a uma eta chama-se veto dieto dessa eta.

Leia mais

Licenciatura em Engenharia Civil MECÂNICA I

Licenciatura em Engenharia Civil MECÂNICA I Licenciatua em Engenhaia Civil MECÂNIC I Exame de Época Nomal 04/07/2003 NOME: 1) (3 VL.) a) Considee o sistema de foças τ { F,F, } magnitude F 1 = 2kN ; F 2 = 2 2 kn 1 2 F3, de ; F 3 = 2 kn. z 2 F 1 Nota:

Leia mais

MECÂNICA DOS FLUIDOS I Engenharia Mecânica e Naval Exame de 2ª Época 10 de Fevereiro de 2010, 17h 00m Duração: 3 horas.

MECÂNICA DOS FLUIDOS I Engenharia Mecânica e Naval Exame de 2ª Época 10 de Fevereiro de 2010, 17h 00m Duração: 3 horas. MECÂNICA DOS FLUIDOS I Engenhaia Mecânica e Naval Exame de ª Época 0 de Feveeio de 00, 7h 00m Duação: hoas Se não consegui esolve alguma das questões passe a outas que lhe paeçam mais fáceis abitando,

Leia mais

Lei de Gauss II Revisão: Aula 2_2 Física Geral e Experimental III Prof. Cláudio Graça

Lei de Gauss II Revisão: Aula 2_2 Física Geral e Experimental III Prof. Cláudio Graça Lei de Gauss II Revisão: Aula 2_2 Física Geal e Expeimental III Pof. Cláudio Gaça Revisão Cálculo vetoial 1. Poduto de um escala po um veto 2. Poduto escala de dois vetoes 3. Lei de Gauss, fluxo atavés

Leia mais

Carga Elétrica e Campo Elétrico

Carga Elétrica e Campo Elétrico Aula 1_ Caga lética e Campo lético Física Geal e peimental III Pof. Cláudio Gaça Capítulo 1 Pincípios fundamentais da letostática 1. Consevação da caga elética. Quantização da caga elética 3. Lei de Coulomb

Leia mais