Renda Básica da Cidadania versus Imposto de Renda Negativo: O Papel dos Custos de Focalização

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1 Renda Básca da Cdadana versus Imposo de Renda Negavo: O Papel dos Cusos de Focalzação Nelson Leão Paes Marcelo Leer Squera Re s u m o O presene argo procura comparar duas polícas socas alernavas de combae à pobreza e à desgualdade de renda no Brasl. A prmera é baseada na concessão de uma renda fxa unversal, denomnada Renda Básca da Cdadana (RBC), e a segunda, um Imposo de Renda Negavo (IRN), pago apenas às famílas com renda nferor a um deermnado paamar. Para análse, adoou-se um modelo de equlíbro geral compuável. Os resulados mosraram que a RBC é melhor que o IRN quando o cuso de focalzação dese é superor a 50%, e que para um cuso menor que 50% o programa a ser adoado va depender da esraéga de combae à pobreza escolhda. Pa l av r a s -Ch av e renda mínma, pobreza, modelo de equlíbro geral compuável Abs r ac Ths paper compare wo alernave socal polcs o reduce povery and ncome nequaly n Brazl. The frs one s a paymen of a unversal fxed ncome, called Basc Income Gran (BIG), and he second one s a Negave Income Tax (NIT), pay only o he famles wh low ncomes. For analyss, we use a Compuable General Equlbrum Model. The resuls had shown ha he BIG s beer ha NIT when he coss of admnsraon assocaed wh he NIT s hgher han 50%, and ha for a cos beween 0 and 50% he adoped program goes o depend on he sraegy of povery reducon. Ke y w o r d s basc ncome, povery, compuable general equlbrum model Jel Classfcaon I38, C68, D58 PIMES/UFPE. Endereço para conao: Cenro de Cêncas Socas Aplcadas UFPE Av. Professor Moras Rego, s/n, Cdade Unversára. Recfe PE. CEP: E-mal: nlpaes@yahoo.com.br. CAEN/UFC. Endereço para conao: Av. da Unversdade 2700, 2º andar. Foraleza CE. CEP: E-mal: marleer@gmal.com. (Recebdo em mao de Aceo para publcação em junho de 2007). Es. econ., São Paulo, v. 38, n. 3, p , JULHO-SETEMBRO 2008

2 584 Renda Básca da Cdadana versus Imposo de Renda Negavo 1 Inrodução As duas úlmas décadas foram marcadas por uma preocupação crescene e um nenso debae acerca das formas de combae à pobreza mundal. Por ncava da ONU, realzaram-se dversas conferêncas nernaconas que culmnaram no compromsso com os chamados objevos do mlêno. 1 A maora deles esá nmamene relaconada ao enfrenameno da pobreza. Esa preocupação com a pobreza esendeu-se ao Brasl, que nos úlmos anos passou a alocar expressvos recursos públcos em nvesmenos socas. No campo das ações, a leraura apona que, embora o crescmeno econômco seja condção básca para a redução da pobreza, há ambém a necessdade da cração de mecansmos capazes de angr os mas pobres de forma efeva. Para superar ese desafo, város países êm reomado a dscussão acerca dos mpacos dos programas de ransferênca de renda sobre a pobreza e a desgualdade. Segundo Lavnas (1999), podem ser denfcados bascamene dos pos de programas de renda mínma: um, baseado na garana de um mposo de renda negavo (IRN) a odos aqueles que não dspõem do mínmo para sua sobrevvênca; e ouro, denomnado Renda Mínma Unversal (RMU), que em como objevo a ransferênca ncondconal de uma renda básca de mesmo valor a odos os ndvíduos. 2 O que esses programas êm em comum é a déa de raconalzação dos ssemas naconas de proeção socal, o que sgnfca a subsução das dferenes modaldades de benefícos por uma renda moneára únca, permndo aos benefcáros buscarem aender, dreamene no mercado, as suas necessdades báscas. A grande dfculdade da RMU é que se o seu objevo for reduzr a pobreza, o benefíco deve ser relavamene elevado, o que ornara o programa excessvamene caro. Já o IRN apresena rês desvanagens: 1) supõe que os recursos reas dos ndvíduos sejam conhecdos; 2) requer enquees sobre as rendas e as relações famlares; e 3) não pode ser conceddo no exercíco fscal da obenção das rendas. Os dos prmeros compõem o denomnado cuso de focalzação do IRN, que é zero no caso da RMU. 1 Em 2000, a ONU (Organzação das Nações Undas), ao analsar os maores problemas mundas, esabeleceu oo Objevos do Mlêno: acabar com a fome e a mséra, educação básca de qualdade para odos, gualdade enre sexos, reduzr a moraldade nfanl, melhorar a saúde da gesane, combae à AIDS, malára e ouras doenças, respeo ao meo ambene e odos rabalhando pelo desenvolvmeno. 2 No Brasl, uma prmera enava de se adoar um IRN fo aravés do projeo de le nº 80, de 1991, do Senador Eduardo Suplcy. Não endo sdo mplemenado, o projeo fo subsuído por um ouro que preva uma RMU. Ese fo aprovado, dando orgem à Le N.º , de 08/01/2004, que nsuu a Renda Básca da Cdadana.

3 Nelson Leão Paes, Marcelo Leer Squera 585 Para os que advogam que, em função das resrções orçamenáras, somene uma políca socalmene focalzada no pobre erá resulados expressvos 3, o IRN sera a escolha deal. Por ouro lado, os defensores da RMU alegam que o IRN nerfere mas nensamene nas decsões de rabalho, desesmulando-o, e que o cuso de focalzação do IRN pode compromeer boa pare dos recursos do programa, o que jusfcara a adoção da RMU. Nesse conexo, a prncpal movação dese argo é saber em que medda a presença dos cusos de focalzação alera a escolha enre programas socas unversas (como a RMU) e programas selevos (como o IRN). Para sso, adoou-se um modelo de equlíbro geral compuável (MEGC), que, ao represenar o comporameno de dversos agenes, perme que sejam smuladas as resposas dos ndcadores de pobreza e desgualdade à adoção de cada um desses programas e perme, ambém, que se analse o mpaco dos programas sobre ouras varáves econômcas. A leraura coném um grande número de rabalhos que aplcam a abordagem do Equlíbro Geral Compuável (EGC) para emas relaconados à pobreza e dsrbução de renda. Incou-se com Adelman e Robnson (1976), e nclu ambém os rabalhos de Bourgugnon e al. (1991), Khan (1999) e Muller e al. (2004). No Brasl, pode-se car os rabalhos de Cury (1998) e Barros e al. (2000). Enreano, dferenemene da modelagem seguda pelos auores naconas, em que predomnam exercícos de esáca comparava, nese argo prvlegou-se a formulação dnâmca do modelo, de manera a se analsar os efeos de ransção decorrenes das proposas consderadas. 2 O MODELO 2.1 Especfcação do Modelo A análse de equlíbro geral aqu proposa basea-se no modelo neoclássco de acumulação de capal com ulzação de empo dscreo. A economa arfcal é fechada, deermnísca, com população e ecnologa consanes. 4 3 Esse é o enendmeno geral da maora dos esudosos da pobreza no Brasl. Ver Henrques (2000). 4 Com a população crescendo a uma axa consane, o produo deverá crescer à mesma axa, o que não deve afear a proposa da Renda Básca da Cdadana dealhada a segur. Por ouro lado, os saláros serão um pouco menores, o que ende a aumenar a demanda pelo IRN reflendo em menores benefícos. Porano, o crescmeno da população é relavamene favorável à prmera proposa em relação à segunda.

4 586 Renda Básca da Cdadana versus Imposo de Renda Negavo As famílas são heerogêneas, sendo dferencadas pela renda, pela possbldade de poupar e pelo nível de consumo. Há apenas uma únca frma represenava que age de forma compeva na produção de um únco bem. Todas as famílas fornecem mão-de-obra para a frma, mas apenas as que poupam fornecem capal. Em roca, a frma paga saláros e juros. Cada famíla escolhe o quano consumr, sujea a resrções orçamenáras. A renda das famílas é gasa ou oda em consumo (no caso daquelas que não poupam), ou em consumo e poupança (para as que poupam), sendo esa úlma represenada no modelo pelo esoque de capal físco Famílas O modelo cona com nove famílas represenavas, com vda nfna, cada qual com faxa de renda dferene. Para a dferencação da renda das famílas, supõe-se que cada uma possu uma produvdade por hora rabalhada dferene e fxa. O problema de cada famíla é maxmzar a sua uldade, dada por uma função logarímca, respeando a sua resrção orçamenára. As famílas serão dvddas em rês grupos: as famílas que não poupam e cujo consumo per capa esá abaxo da lnha de ndgênca 5 (po I), as que não poupam, mas cujo consumo per capa esá acma da lnha de ndgênca (po II) e as que poupam (po III). Deve-se ressalar que a POF 2002/2003 conempla uma sére de rendmenos que por smplcdade foram agrupados em rês pos de renda. De manera geral, os rendmenos do rabalho, cona própra, aposenadora prvada, pensão almeníca, ransferênca ransóra e rendmenos não-moneáros foram consderados como renda do rabalho; aposenadora públca e bolsa de esudo foram consderadas como ransferênca públca; e rendmenos do empregador, alugués, aplcações de capal, emprésmos e vendas esporádcas foram consderadas renda do capal. Como será vso a segur, as famílas pos I e II êm renda de aé 5 saláros mínmos e, para eses grupos, as rendas de capal represenaram menos de 2,5% do oal de rendmenos, endo sdo al valor ncorporado ao rendmeno do rabalho e adoada a hpóese de que esas famílas não poupam e que, porano, não possuem rendmeno do capal. 5 Conceualmene, a lnha de ndgênca refere-se aos cusos de uma cesa almenar que aenda às necessdades de consumo calórco mínmo de um ndvíduo. Conforme o rabalho Mapa do Fm da Fome 2, do economsa Marcelo Nér (FGV), a lnha de ndgênca represena ½ saláro mínmo, o equvalene a R$ 100,00 em 2002.

5 Nelson Leão Paes, Marcelo Leer Squera 587 a) Famílas Tpo I As famílas po I resolvem um problema dnâmco, omando preços e parâmeros fscas como dados e escolhem as seqüêncas de consumo que maxmzam a sua função uldade (1), obedecda a resrção orçamenára (2). = β +γ = 0 U [ln( c ) ln( g )] (1) As famílas do po I possuem consumo per capa nferor à lnha de ndgênca. Assm, para esas famílas há uma necessdade ão premene em relação ao consumo que oda a sua uldade derva do aendmeno às suas necessdades almenares mínmas. Não há espaço aqu para a clássca escolha consumo x lazer, uma vez que ese grupo de famílas não ange sequer o mínmo necessáro de almenos. As famílas consomem udo o que recebem de saláros e de ransferêncas governamenas. (1 +τ ) c (1 τ ) ξ w h + T (2) c h onde β é o faor de descono neremporal, c é o consumo da famíla no empo e g é o peso dos bens públcos, mposo sobre o consumo pago pela famíla no empo, sobre a renda do rabalho pago pela famíla no empo, g, na uldade da famíla, τ é a alíquoa do c τh é a alíquoa do mposo w é o saláro por hora de rabalho anes dos mposos que a famíla recebe pelo rabalho no empo, ξ é a produvdade da famíla, 6 T é a ransferênca governamenal recebda pela famíla no empo e h é o oal de horas rabalhadas pela famíla. Para a maxmzação da uldade basa apenas que cada famíla consuma oda a sua renda. Assm, a seqüênca óma de consumo para as famílas do po I é: c [ (1 τh ) ξ w h + T ] = (1 +τ ) c (3) 6 Por hpóese, a produvdade é fxa e não há a possbldade de uma famíla enar aumená-la ou gualála à de oura famíla.

6 588 Renda Básca da Cdadana versus Imposo de Renda Negavo b) Famílas Tpo II As famílas po II escolhem as seqüêncas de consumo e horas de rabalho que maxmzam a sua função uldade (4), consderando a resrção orçamenára (5), omando preços e parâmeros fscas como dados: = β α +γ + α = 0 U [ ln( c ) ln( g ) (1 )ln(1 h )] (4) A resrção orçamenára é smlar à do po I, com as famílas consumndo udo o que recebem de saláros e de ransferêncas governamenas, mas com o consumo sendo necessaramene superor à lnha de ndgênca. 7 (1 +τ ) c (1 τ ) ξ w h + T c c h LI.. (5) Resolvendo o Lagrangeano correspondene ao problema acma, enconram-se as seqüêncas ómas de consumo e horas de rabalho: c α[ (1 τh ) ξ w + T ] = (1 +τ ) c (6) h (1 α ) (1 +τc ) c = 1 (7) α (1 τ ) ξ w h c) Famílas Tpo III As famílas po III resolvem um problema dnâmco smlar ao do po II, com preços e parâmeros fscas dados, e escolhem as seqüêncas de consumo, esoques de capal e íulos públcos, no período segune, que maxmzam a sua função uldade (4). Elas, enreano, devem obedecer a duas novas resrções: () uma nova resrção orçamenára (8) e () uma resrção de acumulação de capal (9). j j (1 +τ ) c T + I (1 τ ) ξ wh + (1 τ ) rk (8) c j j j h j j k j kj+ 1 = (1 δ ) kj + I j (9) Além dsso, mpõe-se que k >j 0. 7 Noe que as famílas do po II, apesar de pobres, já aenderam às suas necessdades almenares mínmas, abrndo espaço para a nclusão do lazer na função uldade.

7 Nelson Leão Paes, Marcelo Leer Squera 589 Aqu, r é o preço anes dos mposos sobre o aluguel do capal no empo, represena o esoque de capal da famíla j no empo, τ k é a alíquoa do mposo sobre a renda do capal pago pelas famílas que poupam e I j capal realzado pela famíla j no empo. k j é o nvesmeno em Pode-se junar as duas resrções acma numa só e se ober as condções de prmera ordem do problema: h (1 α ) j j : β =λ (1 τ ) ξ w k (1 h ) j j h j j j j (10) c k j ( ) α j : β = qλ 1+τ (11) c j j c j : λ =λ [(1 δ ) + (1 τ ) r ] (12) j+ 1 j j+ 1 k Fazendo subsuções recursvas, usando sucessvas resrções orçamenáras (8) para elmnar os ermos k j + m, obém-se o valor presene desa resrção. E assm, como condção de omaldade, mpõe-se a segune condção de ransversaldade: lm β = 0 (13) T T k jt Frma Represenava A frma represenava é compeva, com função de produção Cobb-Douglas, e escolhe as quandades de nsumos e produo que maxmzam o seu lucro. θ 1 θ Y wh rk com Y = K H (14) = 0 onde θ é a parcpação do capal na renda, Y é o produo, agregado e K é o esoque de capal H é o número de horas rabalhadas. Maxmzando os lucros, obém-se a axa de juros e o saláro: r =θ K ( H ) (15) θ 1 1 θ

8 590 Renda Básca da Cdadana versus Imposo de Renda Negavo θ θ w = (1 θ ) K ( H ) (16) Governo O governo arrecada mposos das famílas para fnancar seus gasos e ransferêncas. A resrção orçamenára do governo é dada por: Γ = T + g (17) onde empo. Γ é a arrecadação rbuára no empo e T é o oal de ransferêncas no Equlíbro Na economa arfcal supradescra, as famílas do po I escolherão as seqüêncas de consumo{ c }; as do po II, as seqüêncas de consumo e horas de rabalho { c, h } e as do po III, a seqüênca{ c, h, k }, que maxmzam as suas uldades, dada a resrção orçamenára de cada uma. A frma escolhe { K, H } de forma a maxmzar seus lucros. Anes de prossegur, é necessáro nroduzr alguns conceos fundamenas para a análse que será fea adane. Defnção 1. Uma políca fscal plausível do governo é uma seqüênca de alíquoas rbuáras, de despesas e de ransferêncas que sasfazem a resrção do governo (17). Defnção 2. Uma alocação plausível é uma seqüênca de consumo, horas rabalhadas e esoque de capal físco, { C, H, K }, que sasfaz a segune resrção agregada: C + [ K (1 δ ) K ] + g = K H (18) θ Em (18), C denoa a soma do consumo de cada famíla, ponderada pelo amanho da população que cada famíla represena ( η ). Esa mesma caracerzação aplca-se para os saláros, esoque de capal e as ransferêncas.

9 Nelson Leão Paes, Marcelo Leer Squera 591 Defnção 3. Um equlíbro compevo com rbuos dsorcvos é composo por uma políca fscal compaível com a resrção orçamenára do governo, uma alocação plausível e um ssema de preços 8 al que, dado o ssema de preços e a políca fscal, a alocação resolve os problemas da frma e das famílas. Para o cálculo do equlíbro devemos resolver o ssema de equações de dferenças não-lneares composo por (3), (6), (7), (10) a (12), (15), (16), (17) e (18), dado k e com a condção ermnal dada por (13). j0 Começamos subsundo (11) e (15) em (12), obendo a dnâmca do consumo das famílas que poupam (po III): (1 +τ ) c [(1 ) (1 ) K H ] c j c θ 1 1 θ j+ 1 = δ β + τ j k+ 1 βθ j (1 +τc+ 1) (19) Subsundo (11) e (16) em (10) obemos a condção para as horas rabalhadas das famílas que poupam: h j j (1 α j )(1 +τc ) c j = 1 (20) α j (1 τ )(1 θξ ) K θ H θ j h j Subsundo (16) em (6) e (7) obemos, por sua vez, o consumo e as horas rabalhadas das famílas po II: α θ θ c = [(1 τh )(1 θξ ) K H + T ] (1 +τ ) c (21) h (1 α )(1 +τc ) c = 1 (22) α (1 τ )(1 θξ ) K θ H θ h E fnalmene, subsundo (16) em (3), obém-se o consumo das famílas mas pobres, as do po I: 1 c [(1 h )(1 ) K θ θ = τ θξ H h + T ] (1 +τ ) c (23) O algormo mplemenado para o cômpuo do equlíbro acma defndo basea-se no méodo comumene conhecdo como de enava e erro ( shoong ). A déa é resolver 8 O ssema de preços é formado pelo preço do rabalho (saláros), do capal (aluguel) e o do bem únco nesa economa, ese úlmo adoado como numeráro.

10 592 Renda Básca da Cdadana versus Imposo de Renda Negavo o problema com dos valores de conorno, procurando pelos c j 0 que façam com que cada uma das equações de Euler (19) e a resrção agregada (18) mplquem um k S k, em que S represena um número grande o sufcene e k ~ o capal por rabalho efevo no esado esaconáro assocado à políca fscal que esá sendo analsada. Ao fnal do algormo, esarão deermnadas as seqüêncas de c, cj, h, hj, H e K. 9 Logo, ulzando as demas equações do modelo pode-se calcular as ouras varáves, r, g, w e k j. 2.2 Calbragem do Modelo A descrção e análse dealhada da calbragem dos parâmeros não serão desenvolvdas nesa seção, mas consam do anexo. 3 POLÍTICAS ANALISADAS São duas as proposas a serem analsadas, que conemplam duas esraégas dferenes no enfrenameno da pobreza e desgualdade. A prmera é a Renda Básca da Cdadana - RBC, cujo benefíco é unversal, conceddo a odos os brasleros, enquano a segunda é o Imposo de Renda Negavo - IRN, uma políca socal seleva, cujo benefíco é calculado ndvdualmene de forma a fazer com que a renda famlar anja um deermnado paamar mínmo. Evdenemene, nese segundo caso há dfculdades relevanes em se denfcar não só a famíla apa a receber o benefíco como ambém o valor que lhe será enregue. Traa-se do conhecdo cuso de focalzação e represena quano do orçameno do programa é gaso na denfcação do benefcáro e/ou desvado para famílas que não deveram receber o benefíco. 10 A prncpal movação do rabalho é saber em que medda a presença dos cusos de focalzação alera a escolha enre programas socas unversas e programas selevos. 9 No algormo de solução calcula-se K +1 pela equação (18) e H +1 por (19) a (24). Após os S períodos compara-se a relação k S = KS HS com k para se deermnar a solução do problema ou realzar nova eração. 10 Harberger (2003) levana uma sére de problemas poencas que poderam ncdr sobre o mposo de renda negavo, noadamene na denfcação dos benefcáros. Segundo o auor, para coner abusos havera necessdade de uma sére de flros lmando os benefcáros do programa, aumenando os cusos admnsravos e elevando o poencal de fraudes.

11 Nelson Leão Paes, Marcelo Leer Squera Proposa 1 Renda Básca da Cdadana (Le N.º , de 08/01/2004) Por esa proposa, aprovada recenemene no Congresso Naconal, cada braslero fara jus ao recebmeno de uma quana fxa a íulo de Renda Básca da Cdadana (RBC). A Le, enreano, não é clara em relação ao valor exao dessa ransferênca, esabelecendo, ão-somene, que O pagameno do benefíco deverá ser de gual valor para odos, e sufcene para aender às despesas mínmas de cada pessoa com almenação, educação e saúde, consderando para sso o grau de desenvolvmeno do País e as possbldades orçamenáras. No enano, o Brasl não em possbldade orçamenára de aender, por meo de ransferêncas dreas, às necessdades mínmas de cada cdadão com almenação, saúde e educação. Se um saláro mínmo fosse sufcene para cobrr as necessdades (o que não é), eríamos, em 2002, um cuso de mas de 30% do PIB, quase o valor da arrecadação rbuára. Fca claro, porano, que o que rá condconar o valor do benefíco é a resrção orçamenára do governo e não as necessdades da população. Sendo assm, opou-se aqu por um benefíco equvalene a R$ 50,00 por famíla, valor do benefíco básco do bolsa-famíla, nsuído pela Le n.º , de 09 de janero de Ese valor mplca um cuso aproxmado de 2,09% do PIB. A Le ambém prevê que o benefíco deve começar a ser pago a parr de 2005, devendo ser mplemenado de forma a benefcar ncalmene as camadas da população mas necessadas, expandndo-se gradualmene aé angr odos os brasleros. Com relação ao fnancameno, seguu-se aqu a sugesão do Senador Eduardo Suplcy, segundo a qual o programa sera assumdo negralmene pelo governo federal, com recursos a serem obdos com a desavação gradual de programas socas compensaóros. A mplemenação da proposa da renda básca da cdadana alera o modelo pela nclusão de um valor de ransferêncas de R$ 50,00 por famíla (ΔT = 0,0115) e pela redução das despesas do governo em monane equvalene a 2,09% do PIB. Como a Le /2004 prevê a mplanação gradava do programa, propõe-se que a parr de 2005 os dos grupos de famílas mas pobres (aé ½ saláro mínmo) recebam o benefíco, passando em 2007 a abranger as demas famílas com renda de aé 5 saláros mínmos e que fnalmene em 2010 alcance oda a população.

12 594 Renda Básca da Cdadana versus Imposo de Renda Negavo 3.2 Proposa 2 Um Imposo de Renda Negavo O Imposo de Renda Negavo 11 (IRN) é um nsrumeno de políca socal que garane aos cdadãos benefcados um valor mínmo de renda em dnhero, e por sso é comumene denomnado Programa de Garana de Renda Mínma (PGRM). Caso a renda do cdadão não alcance o mínmo deermnado, ele recebe um complemeno fnancero para que sua renda anja aquele paamar. Os recursos para a concessão dos benefícos podem vr de rubrcas específcas do orçameno públco desnadas ao programa ou da realocação de ouros gasos (socas ou não). Era esa a déa ncal do Senador Suplcy em 1991 quando propôs o programa, que desa forma benefcara apenas a população com renda abaxo de deermnado valor mínmo. Fredman (1975) fo quem orgnalmene propôs o IRN em seu lvro Capalsmo e Lberdade, num breve capíulo sobre o ssema de asssênca socal. A fórmula para o benefíco (B) recebdo pelo ndvíduo devera ser: B = G Y (24) IRN onde G é a renda mínma garanda, Y é a renda própra do rabalhador (que pode ser zero) e IRN é a alíquoa do IRN Especfcação da Proposa A proposa, aqu, é consrur um IRN que enha o mesmo cuso da proposa especfcada em 3.1 (Renda Básca da Cdadana), de forma a permr uma comparação dos efeos de ambas, dado que cusaram o mesmo para o governo. As daas para a mplanação do programa ambém seram as mesmas, bem como a forma de fnancameno. Para sso, resrngu-se o benefíco oal desa proposa ( ) a 2,09% do PIB, ou seja: 5 = B = 0,0209PIB (25) = 1 O benefíco deve ser conceddo a odas as famílas que recebem aé 5 saláros mínmos (famílas 1 a 5). Assm, G e devem ser as que B = 0 para renda famlar maor que 5 SM, ou seja: G.Y = 0, ou G =.Y, para odo Y > 5 SM. Como a renda do rabalho da famíla (Y ) é dada por w, de (25) em-se: h 11 Para uma dscussão complea sobre o IRN, ver Moff (2003).

13 Nelson Leão Paes, Marcelo Leer Squera ,0209 PIB = η( G wh) (26) = 1 Conjugando (26) com a resrção G = wh para Y > 5 SM, e subsundo os valores das varáves para cada famíla chega-se, aproxmadamene, aos segunes valores: = 11,3% e G = 0,0347 (o equvalene a R$ 113,00). Logo, o IRN erá a segune fórmula de ncdênca: = 0,0347 0,113wh (27) A análse procedda aé o momeno pressupõe que nexsem cusos de focalzação. Para ncluí-los, supõe-se que se referem oalmene a desvos do benefíco para ndvíduos que não se enquadraram na condção de benefcáros. Como esa condção é represenada pela renda, sgnfca que famílas com renda superor a 5 S.M. receberam ndevdamene uma pare dos recursos desnados aos mas pobres. 12 A análse dos efeos do cuso de focalzação é cenral nese rabalho. Busca-se deermnar aé que pono a presença deles fara com que a escolha do programa socal a ser adoado se modfcasse. Para a análse consderaram-se rês percenuas de cusos: 25%, 50% e 75% dos recursos desnados ao programa do IRN. Pressupõe-se que o valor do cuso de focalzação se dsrbu gualmene enre as famílas não abrangdas pelo IRN. Assm, o cuso de focalzação alera não só os valores da renda mínma famlar (G) e da alíquoa do IRN (), mas ambém cra um benefíco para as famílas que poupam, conforme abela abaxo: Tabela 1 Parâmeros do IRN com cuso de focalzação Cuso de Focalzação (% dos recursos do programa IRN) 25% 50% 75% Renda Mínma Famlar (G) 0,0260 (R$ 84,92) 0,0174 (R$ 56,61) 0,0087 (R$ 29,31) Alíquoa do IRN () 8,5% 5,7% 2,8% Transferênca Unforme Famílas com Renda acma de 5 S.M. (TU) Fone: Elaboração Própra. 0,0059 (R$ 19,22) 0,0118 (R$ 38,43) 0,0177 (R$ 57,65) 12 Uma segunda fone do cuso de focalzação refere-se às despesas necessáras à comprovação da renda efeva. Tal cuso não fo consderado explcamene nese rabalho, mas pode-se argumenar que pare subsancal dele se ransforma em renda para famílas que não esão coberas pelo programa, uma vez que ese cuso se raa da compra de maeras e equpamenos para conrole, reverdos em renda para empresáros e rabalhadores dos fornecedores, e conraação de mão-de-obra. Com so, esa segunda fone de focalzação já esara refleda, em pare, no cuso de focalzação cobero pelo rabalho.

14 596 Renda Básca da Cdadana versus Imposo de Renda Negavo Inclusão no Modelo Para nclusão dessa proposa no modelo basa alerar as resrções orçamenáras do governo e das famílas de forma que se enha: Resrção orçamenára das famílas que ganham aé 5 SM: (1 +τ ) c (1 τ ) w h + ( T + G) (28) c h Resrção orçamenára das famílas que ganham mas de 5 SM: j j (1 +τ ) c T TU + I (1 τ ) ξ w h + (1 τ ) r k ) (29) c j j j j h j j k j Resrção orçamenára do governo: Γ = T + ( g ) + (30) 4 RESULTADOS Nesa seção, serão apresenados os resulados das smulações das proposas. Serão verfcados aspecos relavos à redução da pobreza e desgualdade, bem como seus efeos macroeconômcos. Tas resulados servrão de base para consderações a respeo da escolha da políca socal mas adequada quando se consdera a presença dos cusos de focalzação. 4.1 Benefícos Moneáros Dadas as especfcações das proposas, pôde-se calcular o benefíco moneáro a que fará jus cada uma das famílas. A Tabela 2 a segur apresena um resumo desses benefícos. Analsando a Tabela 2, pode-se consaar claramene a vanagem da proposa do IRN para os mas pobres quando não há cuso de focalzação: enquano, na prmera proposa, odos recebem R$ 50,00 de benefíco, na segunda, os muo pobres recebem de R$ 98,58 a R$ 110,43, com valores decrescenes com a renda. Os valores dos benefícos moneáros são superores na proposa do IRN devdo bascamene aos ganhos decorrenes da focalzação. Programas de ransferênca de renda devem concenrar seus recursos naqueles que mas necessam e ese não é o caso da pro-

15 Nelson Leão Paes, Marcelo Leer Squera 597 posa da Renda Básca da Cdadana, que propõe um benefíco unversal e, porano, fornece valores mas baxos do que o IRN para as famílas mas pobres e proporcona recursos para os mas rcos. Tabela 2 - Valores dos benefícos por famíla no Longo Pr azo RBC IRN s/ Cuso IRN Cuso 25% Faxas de Renda (SM) Benefíco (R$) G (R$) IRN (%) Benefíco (R$) G (R$) IRN (%) Benefíco (R$) ATÉ ¼ 50,00 110,43 82,82 DE ¼ A ½ 50,00 106,80 80,10 DE ½ A 1 50,00 98,58 73,93 DE 1 A 2 50,00 91,22 65,89 DE 2 A 3 50,00 113,23 11,3 90,69 84,92 8,5 65,26 DE 3 A 5 50,00 67,94 47,98 DE 5 A 10 50,00 0,00 19,22 DE 10 A 20 50,00 0,00 19,22 ACIMA DE 20 50,00 0,00 19,22 Faxas de Renda (SM) G (R$) IRN Cuso 50% IRN Cuso 75% IRN (%) Benefíco (R$) G (R$) IRN (%) Benefíco (R$) ATÉ ¼ 55,21 27,60 DE ¼ A ½ 53,40 26,70 DE ½ A 1 49,29 24,64 DE 1 A 2 42,36 21,08 DE 2 A 3 56,61 5,7 41,80 28,31 2,8 20,10 DE 3 A 5 30,16 14,22 DE 5 A 10 38,43 57,65 DE 10 A 20 38,43 57,65 ACIMA DE 20 38,43 57,65 Fone: Elaboração Própra. Enreano, à medda que se adcona o cuso da focalzação, o valor do benefíco com o Imposo de Renda Negavo va dmnundo, ornando-se nferor ao da RBC para a maora das famílas que não poupam, quando o cuso ulrapassa 50%.

16 598 Renda Básca da Cdadana versus Imposo de Renda Negavo Assm, meddo pelos recursos ransferdos, o IRN é a melhor opção se o cuso de focalzação for nferor a 25%. Para um cuso enre 25% e 50%, o Imposo de Renda Negavo anda permanece como opção preferda, mas próxmo a 50% a proposa da Renda Básca da Cdadana já benefca mas a maora das famílas. Com cuso acma de 50% a RBC é a melhor escolha. Deve-se ressalar que, ao conráro da maora dos programas socas que ransfere um valor fxo para as famílas denfcadas como pobres, o IRN exge ambém a denfcação da renda da famíla, pos o valor a ser ransferdo é função da renda famlar. Porano, é de se supor que um programa socal baseado no Imposo de Renda Negavo enha cuso de focalzação maor do que os programas mas radconas, como o Bolsa-Escola por exemplo, cujo cuso esmado fca enre 20 e 25% Pobreza e Desgualdade de Renda Adoaram-se, aqu, os valores para as lnhas de ndgênca e pobreza de ½ e 1 Saláro Mínmo por pessoa. Dado o amanho médo de 3,62 ndvíduos por famílas, segundo a POF 2002/2003 do IBGE so mplca uma lnha famlar de ndgênca e pobreza de R$ 362,00 e R$ 724,00, respecvamene. A Tabela 3 a segur apresena os resulados da adoção das proposas sobre os índces de pobreza (P 0, P 1 e P 2 ) e desgualdade (Gn). Tabela 3 Índces de Pobreza e Desgualdade de Renda no Longo Prazo Indcadores RBC IRN s/cuso IRN cuso 25% IRN cuso 50% IRN cuso 75% P 0-0,77% 4,21% 3,26% 2,25% 1,17% P 1-6,95% -0,11% -1,13% -1,98% -1,18% P 2-12,43% -16,82% -14,51% -11,76% -6,30% GINI -2,68% -4,77% -3,80% -2,82% -1,54% Fone: elaboração própra. Analsando a Tabela 3, consaa-se que ambas as proposas êm efeos mporanes sobre a pobreza e a desgualdade de renda. Enreano, quano ao ndcador P 0, as proposas êm efeos conráros. A Renda Básca da Cdadana reduz levemene a 13 Enrevsa com Rcardo Paes de Barros, que esma que 20 a 25% dos que recebem o benefíco do bolsa-escola não se enquadraram no padrão legal de benefcáros. (Valor Econômco, 13/01/2006, págna A10).

17 Nelson Leão Paes, Marcelo Leer Squera 599 proporção de pobres, enquano o IRN a aumena, ndependene do valor do cuso de focalzação. Ese resulado aparenemene conradóro do IRN decorre do fao de que os desncenvos ao rabalho são maores maor nese programa no que no do RBC. Como será vso no em segune, as famílas benefcadas pelo IRN reduzem mas nensamene as suas horas de rabalho, o que, dadas as suas preferêncas, leva a uma redução da renda, nclundo o benefíco, com grande aumeno nas horas de lazer. O fao de a nrodução ou aumeno da generosdade de programas socas levar ao crescmeno da pobreza é um resulado que já fo enconrado nos rabalhos de Bohacek (2002) e Lndbeck (1997). 14 A redução das horas de rabalho, com o conseqüene aumeno na proporção de pobres reflee-se ambém no ndcador do hao da renda (P 1 ). A redução nese ndcador é mas efeva sob a Renda Básca da Cdadana, mesmo nos casos em que o valor do benefíco é menor do que no IRN. Em ermos de nensdade da pobreza, medda pelo hao quadráco da renda (P 2 ), os resulados seguem o valor do benefíco para os muo pobres. Nos casos em que o IRN fornece benefícos maores para eses (renda aé 2 S.M.), a redução nese ndcador é mas expressva, enquano nos casos onde o cuso de focalzação é de 50% ou mas, a RBC leva a reduções maores. Ressale-se que apesar da pequena queda ou aé aumeno no número de pobres, ambas as proposas, em geral, levam a reduções na nensdade da pobreza. Os resulados nos ndcadores de pobreza refleem-se no índce de Gn. A queda na desgualdade mosra-se mas nensa nos casos em que houve maor queda na nensdade da pobreza, reflendo, ambém, os efeos do cuso de focalzação. Quano menor ese cuso maor a redução da desgualdade. A redução ambém fo basane expressva para ambas as proposas, com resulados bem razoáves quando comparada com ouras reduções observadas na hsóra braslera, como a promovda pela mplanação do Plano Real, que baxou o referdo índce em menos de 2% (0,58 para 0,57 enre 1993 e 1995, conforme mosrou ROCHA, 2000). Tas resulados esão razoavelmene próxmos aos obdos por Muller e al. (2004), que realzou smulações para a economa suíça usando a modelagem de equlíbro geral compuável, endo enconrado efeos mas mporanes sobre a desgualdade no caso de um IRN do que com um programa de renda unversal. 14 Bohacek (2002) obém resulados neressanes sobre o nível do consumo mínmo garando e a quandade de pobres. Segundo ese auor, o número de pobres reduz-se com o aumeno do consumo mínmo somene aé cero pono (22% do consumo médo famlar), e acma dese valor o número de pobres aumena. Da mesma forma, Lndbeck (1997), ao analsar a evolução do ssema de segurdade socal sueco, verfcou que o aumeno da generosdade dos programas levou ao ncremeno do número de famílas pobres. O auor arbuu ese resulado aos efeos negavos das polícas de bem-esar sobre a educação, ofera de rabalho e parcpação no mercado de rabalho.

18 600 Renda Básca da Cdadana versus Imposo de Renda Negavo 4.3 Aspecos Macroeconômcos A maora dos esudos exsenes acerca dos efeos das polícas socas normalmene analsa apenas os mpacos das proposas sobre os ndcadores de pobreza e desgualdade de renda, sem se preocupar com os efeos ndreos sobre a economa como um odo. A parr do momeno em que se adoa uma abordagem de equlíbro geral, esses efeos vêm à ona e a análse orna-se mas rca. Vejamos, pos, como cada uma das polícas proposas nese esudo afea o consumo, as horas de rabalho e o produo. Na Tabela 4 a segur são apresenados os resulados de cada proposa. Tabela 4 Efeos Macroeconômcos (em %) Ano RBC IRN s/cuso IRN cuso 25% IRN cuso 50% IRN cuso 75% C H Y C H Y C H Y C H Y C H Y ,56-0,77-0,47 0,88-1,22-0,74 0,86-1,18-0,72 0,85-1,17-0,71 0,89-1,23-0, ,52-0,85-0,61 0,82-1,34-0,96 0,80-1,30-0,94 0,79-1,29-0,93 0,83-1,36-0, ,56-1,06-0,95 1,00-1,66-1,48 0,91-1,62-1,44 0,84-1,61-1,43 0,82-1,69-1, ,20-1,37-1,38 0,86-2,13-2,14 0,86-2,08-2,09 0,87-2,06-2,08 0,82-2,18-2, ,21-1,69-1,67 0,76-3,97-3,26 0,79-3,37-2,87 0,84-2,85-2,55 0,80-2,55-2, ,23-1,74-1,84 0,60-3,92-3,35 0,68-3,34-2,93 0,77-2,83-2,59 0,77-2,54-2, ,30-1,76-1,80 0,21-3,80-3,56 0,41-3,25-3,08 0,61-2,78-2,68 0,70-2,52-2, ,35-1,78-1,78-0,03-3,73-3,70 0,24-3,20-3,18 0,50-2,74-2,73 0,65-2,50-2, ,35-1,78-1,78-0,06-3,72-3,71 0,22-3,19-3,19 0,49-2,74-2,74 0,65-2,50-2,50 Fone: elaboração própra. Como já vso, os dos programas socas êm o mesmo cuso e foram fnancados pela redução dos gasos públcos. A prncpal causa dos dferenes resulados macroeconômcos das duas proposas esá assenada na resposa óma das horas de rabalho das famílas à nrodução dos dos programas. Iso pode ser vso reunndo as equações (21) e (22): h 1 (1 α ) T = (1 τ ) w h (31) Com a nrodução da RBC e do IRN, em-se as segunes equações: h RBC (1 α )( T + T) (1 α )( T + G) = 1 hirn = 1 (1 τ ) w (1 τ ) w h h (32)

19 Nelson Leão Paes, Marcelo Leer Squera 601 Percebe-se que o IRN afea mas negavamene as horas de rabalho das famílas do que a RBC. Independene do cuso de focalzação, a rajeóra das horas de rabalho na Renda Básca da Cdadana é sempre mas favorável do que no Imposo de Renda Negavo. Iso porque o IRN reduz o saláro líqudo (denomnador) e aumena mas as ransferêncas (numerador), pos na maora dos casos analsados G> T. Ese efeo negavo da nrodução de programas de bem-esar socal ocorre bascamene por dos movos: () o valor do benefíco relavamene alo em relação à renda salaral que o ndvíduo obera no mercado de rabalho e () alíquoa de redução do benefíco, IRN, elevada. A combnação deses dos efeos cra o que fo chamado de armadlha de pobreza (BOETERS e al., 2004) e represena uma barrera para o emprego daqueles que se benefcam com esses programas. Assm, quano maor G e, menor a quandade de horas rabalhadas. Em ermos macroeconômcos, no lado da ofera de faores, a escassez relava do rabalho eleva seu preço em comparação com o capal e esse desajuse força paulanamene a redução do esoque de capal. Com menos emprego e capal, o produo ca durane odo o período. Do lado da demanda, no curo prazo, anes do aumeno das ransferêncas já ocorre redução das horas de rabalho e aumeno do consumo das famílas que poupam, anecpando os benefícos fuuros. Dado que a despesa do governo anda esá consane e ocorre queda na produção com aumeno do consumo, há expressva redução do nvesmeno. Na prmera rodada das ransferêncas, em 2005, as horas rabalhadas aceleram a queda e o consumo aumena anda mas, reduzndo o produo e as despesas governamenas, mas recuperando o nvesmeno que, enreano, connua em nível nferor ao de Após 2010, as horas de rabalho se esablzam, com queda gradava do capal e do produo. As despesas do governo angem o seu novo paamar, mas baxo que o aneror, de forma a compensar os benefícos conceddos pelos novos programas (IRN ou RBC), com o nvesmeno se esablzando em nível nferor ao ncal e consumo aumenando no longo prazo. Como a RBC reduz menos nensamene as horas rabalhadas, acaba dmnundo menos o esoque de capal e o produo, manendo uma renda maor para as famílas. Com mas renda, o consumo cresce. Já o IRN produz maor queda nas horas de rabalho, afeando negavamene o esoque de capal, o produo e a renda das famílas, levando a um reduzdo crescmeno do consumo. Observa-se que quano maor o cuso de focalzação menor G e, o que leva a uma redução menor das horas de rabalho e a melhores resulados no produo e no consumo, aproxmando-se dos resulados obdos pela RBC, mas anda nferores. Quedas mas nensas nas horas

20 602 Renda Básca da Cdadana versus Imposo de Renda Negavo de rabalho e no produo para o caso do IRN ambém foram observadas no rabalho de Muller e al. (2004) para a economa suíça CONCLUSÕES O argo procurou comparar duas polícas socas alernavas de combae à pobreza e à desgualdade. A prmera, a concessão de uma renda fxa paga unversalmene a odos os brasleros, denomnada Renda Básca da Cdadana, e a segunda, um mposo de renda negavo, pago apenas às famílas com renda nferor a um deermnado paamar. Para esa úlma, consderou-se o cuso de focalzação e os seus efeos sobre os resulados. A prmera proposa mosrou resulados melhores que a segunda, quando o cuso de focalzação desa era superor a 50%, resulando em maor valor do benefíco, ndcadores de pobreza e desgualdade mas favoráves e resulados menos runs do pono de vsa macroeconômco. Eses números ndcam que a RBC sera o programa socal mas adequado se o cuso de focalzação do IRN fosse maor que 50%. Quando ese se sua enre 0 e 50%, já não há uma ndcação clara de qual programa devera ser adoado. Iso porque a RBC fornece benefícos menores e leva a uma menor redução da nensdade da pobreza e desgualdade, mas, em conraparda, em efeos mas posvos sobre a proporção de pobres e o hao da pobreza, além de resulados muo superores em ermos macroeconômcos. Já o IRN, apesar de desesmular foremene o rabalho e reduzr o produo, é mas efevo no auxílo aos muo pobres e na dmnução da desgualdade, embora provoque um aumeno na proporção de pobres. Nese caso, caberá ao formulador da políca ponderar qual o preço aceável, em ermos de efcênca, e que ganhos mporam no combae à pobreza e desgualdade para defnr qual alernava segur. Em decorrênca do fore desesímulo ao rabalho razdo por programas socas que ulzem apenas a renda como prncpal parâmero para o cálculo do benefíco (como a proposa do IRN nese argo), pesqusas recenes, como a de Kleven e Krener (2005), realçam que a políca de concessão de benefícos assocados apenas aos pobres que rabalham, como no programa EITC nore-amercano, em ocupado espaço cada vez maor na agenda de programas de bem-esar europeus pelos bons resulados ano em ermos de efcênca quano de eqüdade. Há, enreano, quesonamenos em relação à suação daqueles que esão presos ao desemprego nvolunáro e aos que 15 Sob o IRN as horas de rabalho e o produo encolheram 6% e 5,6%, respecvamene, enquano com a renda unversal a queda fo de -2,2% e -2,6%.

21 Nelson Leão Paes, Marcelo Leer Squera 603 não podem rabalhar, já que proposas dese po podem razer perda de bem-esar para grupos socas que já vvem com grande dfculdade. Fuuras pesqusas podem avançar na análse e comparação de programas focados nos pobres que rabalham em relação a ouros programas mas unversas. ANEXO CALIBRAGEM DOS PARÂMETROS A dsrbução das famílas, dada no modelo pelo parâmero η, esá apresenada na Tabela 1A a segur. 16 As famílas 1 a 6 não poupam e as famílas 7 a 9 poupam. 17 Tabela 1A Dvsão das Fa míl as e R epr esenação da População Famíla Faxa de Renda (SM) Número de Famílas Proporção de Famílas (%) Famíla Faxa de Renda (SM) Número de Famílas Proporção de Famílas (%) 01 Aé ¼ ,54% ,98% 02 ¼ a ½ ,70% 07 5 a ,65% 03 ½ a ,21% a ,40% 04 1 a ,93% 09 Mas de ,69% 05 2 a ,90% Toal ,00% Fone: Pesqusa de Orçamenos Famlares (POF) e Censo A.1 Deprecação Para se ober a deprecação lançou-se mão do uso de um algormo adoado por Paes (2004), calculando-se a deprecação em δ = 5,54%. 16 Para a deermnação das quaro prmeras faxas de renda ulzou-se a dsrbução do Censo 2000 de manera a subdvdr a prmera faxa de renda da Pesqusa Orçamenára Famlar (POF) do IBGE. 17 Segundo dados da POF 2002/2003, as famílas com rendmeno superor a 6 SM possuem renda maor que as despesas de consumo. Dessa forma, adoou-se como pono de core para as famílas que não poupam a faxa de 3 a 5 SM, uma vez que a faxa segune, de 5 a 10 SM, já sera composa em sua maora por famílas com capacdade de poupança. Observe que a escolha de 5 SM como pono de core enre as famílas que poupam e as que não poupam ambém dvde as famílas enre as que não pagam e as que pagam Imposo de Renda Pessoa Físca (IRPF), já que, em 2002, o saláro mínmo era de R$ 200,00 e a faxa de senção do IRPF era de R$ 1.058,00.

22 604 Renda Básca da Cdadana versus Imposo de Renda Negavo A.2 Horas Trabalhadas As horas rabalhadas para cada famíla foram deermnadas ulzando-se os dados do Censo 2000 do IBGE, com as nformações do número de horas rabalhadas por ocupação, obendo-se, enão, a quandade méda de horas rabalhadas por cada ocupação, junamene com os dados da dsrbução das ocupações por faxa de renda. Para ese modelo, preferu-se rabalhar com a relação oal de horas rabalhadas por oal de horas mensas. Tabela 2A Horas Trabalhadas por Faxa de Renda Faxa de Renda (SM) Aé ¼ ¼ a ½ ½ a 1 1 a 2 2 a 3 3 a 5 5 a a 20 > 20 Horas Trabalhadas 0,2476 0,2476 0,2476 0,2502 0,2509 0,2501 0,2488 0,2489 0,2494 Fone: Censo A.3 Consumo Desagregado Segundo dados das Conas Naconas do IBGE, a relação consumo das famílas/ PIB fo de 60,15% em Para se deermnar qual sera esa relação para cada famíla ulzaram-se os dados da POF/IBGE. O resulado pode ser vso na abela a segur: Tabela 3A Consumo das Famílas Faxas de Renda (SM) Aé ¼ ¼ a ½ ½ a 1 1 a 2 2 a 3 3 a 5 5 a a 20 > 20 Consumo Toal POF (R$) 37,83 86,32 196,98 388,12 491,25 770, , , ,38 Consumo Líqudo (R$) 31,18 71,15 162,37 319,92 406,30 637, , , ,81 C/Y 0,0137 0,0313 0,0714 0,1406 0,1786 0,2802 0,5055 0,9787 2,4441 Fone: POF Os dados de consumo oal e do percenual do consumo rbuado (despesas de consumo) foram obdos da POF. Consderaram-se odos os ens de consumo como rbuados, exceo mposos, conrbuções rabalhsas, prevdênca prvada e pagamenos de pensões, mesadas, aluguel e doações. 18 O consumo líqudo é calculado desconando-se a rbuação sobre a parcela do consumo oal que é rbuada e adconando-se a parcela do consumo oal que não é rbuada. A relação C/Y para 18 Consderou-se como alíquoa da rbuação do consumo a dsposa na Tabela 7A. É necessáro ressalar que se raa de uma méda, uma vez que as alíquoas do consumo são dferencadas de acordo com o produo e com o Esado (ICMS) ou o muncípo (ISS).

23 Nelson Leão Paes, Marcelo Leer Squera 605 a economa braslera em 2002 fo de 60,15%, e represena a méda ponderada do consumo líqudo em relação ao produo endo como pesos a dsrbução da população, o que nos perme calcular a relação consumo das famílas/pib, dada por C/Y, para cada uma delas. A.4 Saláro Desagregado Para o cálculo do saláro desagregado foram ulzados os dados da POF/IBGE relavos aos rendmenos. Incalmene classfcou-se cada po de rendmeno, de forma a denfcar aqueles que são orundos do rabalho (nclundo aqu o rendmeno não moneáro) e, a parr dese, obeve-se a segune dsrbução salaral: Tabela 4A Dsrbução dos Saláros Faxa de Renda (SM) Aé ¼ ¼ a ½ ½ a 1 1 a 2 2 a 3 3 a 5 5 a a 20 > 20 Rendmeno Trabalho (R$) 31,61 72,13 164,60 324,32 401,70 668, , , ,16 W/Y 0,0561 0,1281 0,2923 0,5698 0,7039 1,1744 2,0796 3,9101 9,9239 Fone: POF Dvdndo o rendmeno do rabalho pelo consumo líqudo calculado no em aneror obeve-se a relação WH/C. Mulplcando ese valor pela relação C/Y obeve-se WH/Y, que dvddo por H fornece o saláro por semana por famíla W/Y. Pode-se ambém deermnar o valor do saláro médo, que é a méda ponderada dos saláros das famílas, w = 2,4444. A.5 Parcpação da Renda do Capal no Produo. Esoque de Capal. Produo. Taxa de Juros Para a deermnação da parcpação do capal no produo (θ) ulzou-se do fao de que θ = 1 wh y. Assm, como w/y= 2,4444 e h = 0,2493, obém-se θ = 0,3905. Já o esoque de capal K fo calculado com o auxílo das equações da acumulação de capal (9), da função de produção e do fao de que em 2002 a relação Invesmeno / PIB fo de 18,99%. Dado θ, obém-se K = 1,8805. O produo decorre dreamene da função de produção (14), de forma que Y = 0,5489. Porano, a relação capal-produo, K / Y, vale 3,4262.

24 606 Renda Básca da Cdadana versus Imposo de Renda Negavo A axa de juros pode ser calculada aravés da equação (15), de onde se em r = 11,40%. A.6 Trbuação Cada famíla erá alíquoas dferencadas de mposo de renda e consumo, e as famílas que poupam esarão sujeas, ambém, a uma alíquoa únca do mposo sobre a renda do capal. A dsrbução da carga fscal em 2002 por fao gerador (renda do rabalho, renda do capal e consumo) proposa por Paes (2004) esá resumda na Tabela 5A a segur: Tabela 5A Resumo da Dsrbução da Carga Trbuára Fao Gerador Percenual do PIB Imposo sobre a Renda do Trabalho 10,71% Imposo sobre a Renda do Capal 7,84% Imposo sobre o Consumo 17,31% Fone: Elaboração Própra. A rbuação sobre a renda do rabalho fo dvdda em duas pares: uma fxa e uma varável. A prmera corresponde aos rbuos pagos sobre a folha de pagameno no oal de 8,51% do PIB. 19 Assm, dado o produo e a renda do rabalho, em-se τ = 13,96%. A pare varável corresponde ao Imposo de Renda Pessoa Físca F h (IRPF), e, com os dados agregados da Declaração de Imposo de Renda Pessoa Físca 2002, calcula-se a alíquoa efeva sobre a renda do rabalho: Tabela 6A Alíquoas do Imposo sobr e a R enda do Trabalho Faxa de Renda (SM) Aé ¼ ¼ a ½ ½ a 1 1 a 2 2 a 3 3 a 5 5 a a 20 > 20 Alíquoa Fxa (%) 13,96 13,96 13,96 13,96 13,96 13,96 13,96 13,96 13,96 Alíquoa Varável (%) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,92 3,26 6,76 Alíquoa Toal (%) 13,96 13,96 13,96 13,96 13,96 13,96 14,88 17,22 20,72 Fone: Elaboração Própra. 19 Nós os consderamos fxos porque há muo pouca ou nenhuma dferencação das alíquoas enre as famílas. Todas pagam 8% de FGTS, 2,5% de Saláro Educação, 3,1% do Ssema S, 20% da conrbução paronal ao INSS e de 8 a 11% de conrbução do empregado para a Prevdênca Socal.

25 Nelson Leão Paes, Marcelo Leer Squera 607 Conforme deermnado prevamene, o mposo sobre a renda do capal represenou 7,84% do PIB em Dados o produo e a renda do capal, obém-se τ k = 20,08%. Assm como no caso da rbuação da renda do rabalho, dvdu-se a rbuação do consumo em duas pares, uma fxa 20 e oura varável, 21 segundo-se a meodologa ulzada por Paes e Bugarn (2006). Ulzando dados da SRF e a desagregação das despesas de consumo conforme a POF, obveram-se as alíquoas efevas de cada um desses rbuos para cada uma das famílas, que, somados à pare fxa, fornecem a alíquoa efeva sobre o consumo das famílas de acordo com a abela a segur. Tabela 7A Trbuação do Consumo - Pare Varável por Famíla 22 Faxa de Rendmenos Aé ¼ ¼ a ½ ½ a 1 1 a 2 2 a 3 3 a 5 5 a a 20 > 20 ISS (%) 0,79 0,79 0,79 0,79 0,83 0,93 1,14 1,31 1,59 ICMS (%) 13,23 13,23 13,23 13,23 13,32 13,42 13,50 13,35 12,45 IPI (%) 2,14 2,14 2,14 2,14 2,15 2,20 2,34 2,45 2,39 PIS/COFINS (%) 7,16 7,16 7,16 7,16 7,09 7,09 7,22 7,44 7,60 CPMF (%) 1,30 1,30 1,30 1,30 1,31 1,31 1,31 1,32 1,32 Alíquoa Pare Fxa (%) 3,39 3,39 3,39 3,39 3,39 3,39 3,39 3,39 3,39 Alíquoa Efeva Toal (%) 28,01 28,01 28,01 28,01 28,08 28,35 28,90 29,27 28,74 Fone: POF e SRF. A.7 Demas Parâmeros e Varáves Para o cálculo do esoque de capal das famílas no esado esaconáro recorreu-se às equações de resrção orçamenára neremporal das famílas que poupam (8). 20 O que se denomna pare fxa da rbuação sobre o consumo são aqueles rbuos que não são ndvdualzados por cada po de bem. Nesa caegora esão os mposos sobre o comérco exeror, axas federas, esaduas e muncpas, além dos rbuos classfcados em ouros na abela 1 de Paes (2004), represenando, em conjuno, 2,04% do PIB. A alíquoa efeva é obda dvdndo-se ese percenual pela parcpação do consumo no PIB. 21 Na pare varável esão o PIS, a COFINS, a CPMF, o ICMS, o ISS e o IPI, que represenam conjunamene 15,27% do PIB. Em cada caso, deve-se deermnar a alíquoa do mposo que será aplcada a cada em de despesa da POF. 22 Como a prmera faxa da POF engloba famílas aé 2 S.M., adoou-se a mesma cesa de consumo para odas as famílas com renda abaxo dese lme, o que mplca alíquoas efevas dêncas para ese grupo de famílas.

26 608 Renda Básca da Cdadana versus Imposo de Renda Negavo As ransferêncas públcas para as famílas dos pos I e II podem ser calculadas aravés das resrções orçamenáras, equações (2) e (5). Para as famílas do po III, calculou-se o valor das ransferêncas oas da economa usando a resrção orçamenára do governo. Dese oal, desconaram-se os valores ransferdos às famílas que não poupam e em seguda dsrbuu-se o resane enre as famílas que poupam de acordo com o valor do em Aposenadora da Prevdênca Públca da POF. As despesas do governo podem ser obdas da resrção agregada (18), que fornece g = 0,1145, o que equvale a 20,86% do PIB. A axa de descono neremporal sa da equação do consumo das famílas po III (20), de onde se obém β = 0,9656. O consumo mínmo equvale ao valor em R$ da lnha de ndgênca e separa as famílas dos pos I e II. Como já vso, adoou-se aqu a lnha de ndgênca per capa de ½ saláro mínmo, o equvalene a R$ 100,00 em Dado que, segundo os dados da POF, cada famíla em em méda 3,62 membros, a lnha de ndgênca famlar sera de R$ 362,00, que no modelo equvale a um consumo mínmo de 0,1112. Ese valor nclu os rbuos sobre o consumo. Com o dados da Tabela 3 corrgdos para se rerar o valor do produo e consderando-se a rbuação, concluse que as famílas do po I englobam aquelas com renda de aé 2 S.M., enquano as com renda enre 2 e 5 S.M. perencem ao po II. O peso do consumo na função uldade das famílas pos II e III, α, pode ser calculado medane as equações de horas de rabalho (20) e (22), enquano o peso do governo, γ, pode ser calculado supondo que a relação enre a uldade margnal do consumo dos agenes e a uldade margnal dos gasos do governo seja gual à relação enre os preços do consumo e o preço pago pelas famílas pelo gasos do governo. 23 Fnalmene, a produvdade do rabalho das famílas pode ser calculada ulzando a equação dos saláros (14). Tudo esá demonsrado na Tabela 8A. 23 Segundo Pedersen (1999), esa gualdade é uma condção padrão em fnanças públcas na qual a uldade margnal do consumo de bens públcos e prvados é gual no esado esaconáro.

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