Revista de Literatura dos Transportes

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1 Revsta de Lteratura dos Transortes retóro de Pesqusas Volume 4 Número Smulação de Fusão com Varações de Qualdade no Produto das Frmas: Alcação ara o Caso do Code-Share Varg-TAM Mosés Vassallo* Resumo O resente trabalho aresenta um modelo de smulação de reços ós-fusão ajustado às esecfcdades da ndústra do transorte aéreo. O modelo aqu roosto leva em consderação característcas eculares deste setor, ermtndo mensurar os efetos em reços devdo a ganhos de qualdade no roduto nduzdos or uma fusão e com sso relaxar uma hótese forte dos tradconas modelos de smulação de reços de fusões entre comanhas aéreas. A hótese relaxada é a de qualdade constante dos rodutos ré e ós-fusão, tíca dos modelos mlementados em outros setores. Tendo como base algumas esecfcdades do mercado de transorte aéreo, fo ossível desenvolver um modelo caaz de mensurar os efetos em reços devdo ao ganho de qualdade do roduto no ós-fusão. Palavras-chave codesharng, fusões, alanças, anttruste, transorte aéreo. Ctação Recomendada Vassallo, M.. 00 Smulação de Fusão com Varações de Qualdade no Produto das Frmas: Alcação ara o Caso do Code-Share Varg-TAM. Revsta de Lteratura dos Transortes, vol. 4, n., * FIPE - Fundação Insttuto de Pesqusas Econômcas. Emal: vassallo@fe.org.br. O autor agradece o aoo da FAPESP. A RELIT é um Peródco de Acesso Lvre Oen Access Journal mantdo ela Rede de Pesqusas em Transortes RPT, webste sonível gratutamente em

2 Revew of Transortaton Lterature Research rectory Volume 4 Issue Merger Smulaton wth Qualty Imrovement: Alcaton to the Case of a Codeshare between Major Carrers n Brazl Mosés Vassallo* Abstract Ths work resents a model of smulated ost-mergers rces adjusted to the secfctes of arlnes ndustry. The model here roosed takes n consderaton ecular characterstcs of ths sector, n order to measure the effect n rces due to mrovements of qualty n the roduct after the merger. Wth ths develoment, a strong hyothess of the tradtonal ost-merged rces smulaton models was relaxed. Constant qualty before and after mergers s the hyothess relaxed, ths hyothess s tycal of the models mlemented n other sectors. ue to ar transortaton secfctes t was ossble to develo a model able to measure the qualty mrovement effects n the ost-merge rces. Keywords codesharng, mergers, allances, anttrust, ar transortaton Recommended Ctaton Vassallo, M.. 00 Merger Smulaton wth Qualty Imrovement: Alcaton to the Case of a Codeshare between Major Carrers n Brazl. Revew of Transortaton Lterature, vol. 4, n., * FIPE - Fundação Insttuto de Pesqusas Econômcas. Emal: vassallo@fe.org.br. The author thanks FAPESP. RELIT s an Oen Access Journal mantaned by the Brazlan Transortaton Research Network RPT, webste Freely avalable at

3 . Introdução O resente estudo roõe uma metodologa ara a nvestgação anttruste de fusões entre comanhas aéreas. A roosta ermte uma extensão dos modelos tradconas de smulação de reços ós-fusão, largamente usados ara nvestgação de atos de concentração, de forma a ncororar uma esecfcdade dos acordos de comartlhamento de aeronaves: o aumento da qualdade do roduto ofertado no ós-fusão. Para sto, desenvolveu-se um modelo de Smulação de Fusões, utlzando-se de arâmetros estmados através de uma varação do modelo de escolha logt roosto or Berry 994. Para o resente trabalho, tomou-se como estudo de caso o acordo codeshare Varg-Tam que fo a etaa ncal de um rocesso que culmnara em uma fusão das duas emresas. Este acordo teve a sua autorzação revogada em janero de 005, antes mesmo de uma nvestgação mas arofundada, or arte dos órgãos de defesa da concorrênca, dos mactos que a fusão odera causar nos reços do setor. O resente trabalho aresenta, ortanto, o estudo de caso de uma ossível fusão que se orgnara do codeshare entre as duas maores emresas de transorte aéreo do Brasl no ano de 003. Através da estmação da demanda, o estudo busca defnr as varáves que reresentam o comortamento estratégco das frmas na ndústra, como reço, quantdades e atrbutos oeraconas or exemlo, freqüêncas de vôos, resença no aeroorto, arcela de assentos no horáro de co, dentre outros. O estudo também roõe um modelo de smulação de reços ós-fusão ajustado às esecfcdades do setor, levando em conta, or exemlo, o ganho de qualdade do roduto devdo ao acréscmo do número de freqüêncas de vôos aós a fusão. Fo efetuada, elo lado da demanda, a estmação de um modelo de escolha das comanhas aéreas utlzando-se dados de um anel em três dmensões. O banco de dados na forma de anel conta com 680 observações sendo 0 rotas doméstcas descrtas no O codeshare Varg Tam constante do Ato de Concentração nº / fo revogado conforme a solctação da Nota Técnca nº 9/004/COGC-F/SEAE/MF, or contrarar as dsosções - em esecífco as que tratavam da dmnução da oferta de vôos em rotas lucratvas - do Acordo de Preservação de Reversbldade da Oeração - APRO fls. 48/53 do AC nº /003-87, ao qual se submeta esta oeração de codeshare. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 5

4 Aêndce I, 4 emresas Varg, Gol, Vas e Tam e eríodos de temo meses de Julho de 00 a Março de A rncal justfcatva do trabalho está na dfusão e no armoramento de um método de revsão de reços ós-fusão ara o transorte aéreo, de forma a se ter, em stuações de julgamento de ermssões ara fusões e ncororações emresaras, uma metodologa quanttatva embasada na teora econômca que ossa ajudar a sugerr ações que gerem o bem socal. Sem nstrumentos quanttatvos ou aenas com uma análse subjetva, ncorre-se no rsco de não serem dentfcados reços ós-fusões rejudcas ao bem-estar econômco. Esera-se, ortanto, contrbur ara o acréscmo de qualdade na tomada de decsão em julgamentos anttruste, dado que a le braslera não ermte que uma fusão seja revogada aós sua ermssão ser concedda ao fnal de um rocesso. Para cumrr este objetvo, o resente trabalho está assm dvddo: na Seção, é aresentado o ael da defesa da concorrênca na manutenção do bem-estar da economa e como as fusões se nserem dentro desta lnha de esqusa. Na Seção 3, é aresentada uma metodologa tíca de smulação de reços ós-fusão ara rodutos heterogêneos. Na Seção 4, é aresentado o modelo teórco de estmação da demanda com base nos artgos de Berry 994 e Slade 006, bem como a extensão do modelo de fusões desenvolvda neste artgo e que leva em consderação a varação da qualdade do roduto no equlíbro de ós-fusão. O setor de transorte aéreo tem como esecfcdade a característca de que as elastcdades-reço odem ser afetadas or acordos de comartlhamento, ou alanças em geral, or conta da erceção de que as comanhas aéreas aladas se benefcarão de uma maor resença nos aeroortos e conseqüente amlação de suas redes. Assm, emresas assocadas terão maor dsonbldade de horáros de vôos, menor desutldade assocada à esera de um horáro adequado chamado de schedule delay, menor necessdade de conexões com troca de emresas devdo ao ossível aumento do número de localdades atenddas, além do usuáro que rá aumentar sua fdeldade or contar com o aumento da chance de ontuar no rograma de mlhagens devdo à maor dsonbldade de vôos e localdades, dentre outros fatores que agregam valor ao roduto da nova emresa. 3 O anel de dados dá orgem a um banco com 680 lnhas 0 rotas vezes 4 emresas vezes eríodos das varáves usadas no modelo, entre elas têm-se: quantdade de blhetes venddos ela emresa na rota e no eríodo, share de receta da emresa na rota e no eríodo, yeld da emresa na rota e no eríodo, Número de assentos ofertas ela emresa na rota e no eríodo, custos da emresa na rota e no eríodo entre outras, melhor detalhadas no Tóco da Seção 5. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 5

5 Com o objetvo de se estmar a demanda e as elastcdades do transorte aéreo doméstco, em algumas rotas, e também com o objetvo de demonstrar os efetos na elastcdade ós-fusão devdo ao ganho de qualdade no roduto aós o codeshare Varg-Tam, é utlzada a base de dados, com nformações do transorte aéreo doméstco naconal, descrta na Seção 5. Na mesma seção, or sua vez, é realzada a estmação aramétrca da demanda, com a aresentação de seus resultados em termos de elastcdades estmadas no ré e ós-fusão. No últmo tóco desta seção são aresentados os resultados da calbração dos reços ós-fusão do estudo de caso do codeshare Varg Tam em 003. E, or fm é aresentada uma análse comaratva dos resultados do modelo levando em consderação a varação na qualdade do roduto em contraosção ao resultado do modelo de smulação tradconal. São também aresentadas as conclusões do trabalho.. efesa da Concorrênca, Smulação de Fusões e o Transorte Aéreo. Vsão Geral da efesa da Concorrênca A defesa da concorrênca é um dos rncas objetvos de olítcas de acomanhamento econômco mlementadas elas autordades governamentas e vsa garantr a efcênca nos mercados de um aís. Entende-se or efcênca uma stuação onde todos os agentes da economa, sejam eles frmas ou consumdores, conseguem realzar suas trocas até o lmte onde cada um aga, ou recebe, o seu valor de reserva. Isso é faclmente obtdo em mercados comettvos, onde a exstênca de mutas frmas e mutos consumdores mede, or exemlo, que a frma cobre valores suerores ao custo margnal de rodução daquele bem, sob ena de ver sua demanda reduzda a zero e or sso ter que arcar com os rejuízos da rodução assada. ferentemente, em casos de monoólo ou olgoólo, ara que se tenha uma stuação como a descrta, em algumas crcunstâncas, haverá necessdade do uso de meddas de anttruste ou regulatóras or arte de alguma autordade governamental, uma vez que o equlíbro de monoólo roorcona maor lucro à frma do que o desejado equlíbro efcente da concorrênca erfeta. Em mercados olgoolzados, o reço de equlíbro se afasta do conhecdo como de concorrênca erfeta na medda em que se verfca o aumento da concentração de mercado ou quando os agentes tomam decsões coordenadas em busca do lucro máxmo de monoólo. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 53

6 Neste últmo caso, exste uma conduta que comromete o bem-estar econômco, gerando nefcêncas ara o mercado. É no sentdo de corrgr ossíves dstorções decorrentes de estruturas como estas que a defesa da concorrênca surge. Ao realnhar os ncentvos das frmas com aqueles de frmas que oeram em um mercado comettvo, a economa ode exermentar reduções de reços, aumento de oferta e um maor dnamsmo no mercado que ode atrar maores nvestmentos em novas tecnologas e rodutos, dentre outros benefícos. Uma vez que reços comettvos não ermtem lucros excedentes, a dferencação de qualdade do roduto e de rocessos rodutvos mas efcentes será uma busca corrente dos artcantes do mercado. Conforme salentam Werden e Froeb 994 e Mota 004 o oder de mercado ode ser alcançado or uma emresa, devdo a uma maor dferencação dos seus rodutos, que com atrbutos esecífcos se tornam mas exclusvos, roorconando, de uma forma vrtuosa, um maor oder de mercado e caacdade de recfcar em um nível dferente do de equlíbro de concorrênca erfeta. Para revenr ações de concentração os órgãos resonsáves ela defesa da concorrênca têm mantdo a atenção sobre a conduta estratégca das emresas, e vêm realzando um controle révo sobre as oerações de concentração econômca bem como avalando os seus efetos. Para sso são avaladas todas grandes fusões, aqusções e alanças estratégcas que venham a ocorrer 4.. Smulação de Fusões Conforme descreve Poner 003, nos Estados Undos, os anos noventa foram marcados ela consoldação do uso de arcabouços analítcos vnculados à Teora da Organzação Industral no armoramento das nvestgações anttruste. Sobretudo aós a ublcação do Horzontal Mergers Gudelnes em 99, elo eartment of Justce OJ e Federal Trade Commsson, onde maor ênfase assou a ser dada às análses dos chamados efetos unlateras das fusões conforme vsto, aqueles decorrentes de comortamento ndeendente das frmas, sem recurso à colusão ou coordenação de conduta -, em contraosção aos efetos coordenados aqueles decorrentes de conduta colusva, seja tácta ou exressa. 4 e acordo com a Le 8.884/94 sanconada no Brasl em junho de 994, são consderada assíves de nvestgação todas as fusões que envolvam elo menos uma emresa cujo faturamento bruto anual suere 400 mlhões de Reas ou que ossua mas de 0% do mercado relevante. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 54

7 São qualfcados como efetos unlateras aqueles causados ela concentração de oder de mercado, o que ocorre em casos de fusões ou aqusções. Estes efetos são verfcados em função do reforço da osção de domnânca ndvdual das frmas e de decsões nternas de maxmzação de lucros que levam a reços ótmos de equlíbro mas elevados. É neste sentdo, ortanto, que a teora econômca, tem avançado em ermanente dálogo com a rátca anttruste no ntuto de desenvolver teoras caazes de contrbur com a manutenção do bem-estar econômco em casos de julgamentos. Para o desenvolvmento do resente rojeto, fo utlzada modelagem fundamentada na chamada Nova Organzação Industral Emírca NOIE, sntetzada or Bresnahan 989. A NOIE se basea em modelos da teora do olgoólo que embutem raconaldade estratégca teora dos jogos e modelos emírcos de nteração entre as frmas e os consumdores. As novas ferramentas de teora dos jogos e econometra alcada à mcrodados têm vablzado a esecfcação, em modelos quanttatvos, dos resultados da nteração estratégca entre concorrentes. É mortante ressaltar que, mesmo com décadas de estudos na área de fusões, o uso de aarato de smulações de fusão é rátca relatvamente recente. É notável a crescente dfusão de modelos de smulação em dversos deartamentos de justça e anttruste elo mundo afora, sobretudo ela sua caacdade de ermtr nferêncas sobre os reços ós-fusão e de dentfcar, com base nos dados reas, as assocações com caráter não comettvo e em desacordo com as les de defesa da concorrênca. No entanto, segundo o levantamento de Gama e Cavaler 006, o sstema braslero de defesa da concorrênca nunca usou em seus julgamentos um modelo de smulação de fusões como o aqu aresentado. A Portara Conjunta SEAE/SE Nº 50, que defne os rocedmentos de análse dos atos de concentração, mõe como etaas fundamentas de uma análse de fusão aenas regras autadas na análse do ncremento de share das emresas em julgamento ara então defnr se uma fusão terá como resultado um rovável ou não exercíco do oder de mercado. O resente trabalho vsa contrbur ara armorar esse rocesso de julgamento dfundndo técncas mas comletas de análses de fusões. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 55

8 .3 Transorte Aéreo No que tange ao transorte aéreo braslero, or sua vez, desde o níco dos anos noventa, as rodadas de desregulamentação e lberalzação vem sendo sucessvas; verfcando-se a lberdade de entrada de novas emresas e um aumento das freqüêncas de vôos. A artr de agosto de 00, o mercado assou a vvencar a total lberalzação dos reços de tarfas aéreas. Aós assar or etaas consecutvas desse rocesso de desregulamentação, o mercado aéreo braslero, que em 00 já não ossuía controle de reços, mas aenas montoramento, destacou, aós eríodo de concorrênca em tarfas, que a cometção acrrada não sera tão saudável ara as emresas em um mercado com choques contínuos em custos 5. Os choque cambas de 999, 00 e 00, que acarretaram em aumentos exressvo de custos de oeração conjuntamente com a corrda comettva gerada ela desregulamentação, fzeram com que crses fnanceras se nstaurem no setor, sendo que as rncas comanhas aéreas do eríodo regulado Transbrasl, Vas e Varg foram as que mas sentram esse efeto. As fusões, obedecendo corretas meddas da defesa da concorrênca, odem ser um dos camnhos ossíves de serem segudos ara contornar crses no setor. Sobretudo tendo em vsta a exerênca do mercado norte amercano onde, no eríodo ós-desregulamentação dos anos 980, em menos de três anos elo menos 4 fusões foram efetvadas de forma natural elos agentes, como meo de ajuste às modfcações no mercado 6. A busca natural or novas fusões de emresas no mercado, em resosta a um eríodo de cometção exacerbada, é eserada. Sendo, ortanto, etaa fundamental ara se confgurar um verdadero marco regulatóro do transorte aéreo naconal, o conhecmento tanto da socedade quanto da comundade do setor, sobre como efetvamente funconam os mercados e devem se conduzr as olítcas anttruste, dadas as esecfcdades deste setor. esta forma, ode-se dzer que o acomanhamento e o controle dos níves de concentração e do oder de mercado no setor de transorte aéreo tornaram-se tarefas mortantes das autordades do sstema braslero de defesa da concorrênca no novo ambente comettvo, 5 Uma descrção mas detalhada da hstóra recente da regulação do transorte aéreo ode ser encontrada em Olvera Para um maor detalhamento das fusões ocorrdas vde Peters 003. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 56

9 vsando com sso à romoção do bem-estar. Sendo assm, o artgo aqu aresentada busca contrbuções teórcas e emírcas ara o mercado ora em estruturação. Contrbu assm, ara a dfusão de técncas de avalação de varações em reços ós-fusão, a artr de um estudo alcado ao transorte aéreo braslero. A esqusa mostra ser mortante as autordades terem adequado grau de conhecmento acerca de como os mactos de determnadas estratégas assocatvas e de alanças devam ser nvestgados. É, ortanto, objetvo desta esqusa alcar nstrumental de smulação de fusões ara nvestgação de alanças entre comanhas no mercado de transorte aéreo doméstco braslero. Vsa, assm, romover a realzação de estudos quanttatvos que ermtam às autordades regulatóras e de defesa da concorrênca, fazer revsões acerca do comortamento estratégco na ndústra aós atos de concentração fusão, aqusção ou assocações dversas, como dentre acordos de comartlhamento de aeronaves. Com o nstrumental de smulações de fusões, é ossível nvestgar se o novo atamar de reços de equlíbro, decorrente das alanças, é justfcável do onto de vsta da olítca anttruste e do bem-estar econômco. As smulações decorrentes desta esqusa utlzam dados da ndústra braslera e fazem uso de modelos estruturas com hóteses de demanda, cometção olgoolístca e recfcação exlctadas de forma clara e em acordo com a teora da Organzação Industral Emírca. Alguns dos arâmetros utlzados na smulação são dretamente obtdos da base de dados or exemlo, as artcações de mercado em termos de receta, enquanto outros devem ser estmados econometrcamente, como é o caso da elastcdade da demanda. Para romover o objetvo de desenvolver métodos de análse de fusões no mercado de transorte aéreo, o trabalho lda com uma base de dados reresentatva do setor, juntamente com métodos recentes de tratamento e estmação dos modelos, resentes em lteratura e sugerdos elos órgãos anttruste. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 57

10 3. Revsão da Lteratura: Modelagem Tíca das Smulações de Fusão Na teora mcroeconômca são clásscos os modelos de cometção com jogos em reço chamados de cometção à la Bertrand Bertrand e os com jogos em quantdade denomnados cometção à la Cournot Cournot 897 -, dentre outros que, em sua maora, dervam de cenáros esecífcos de um destes dos tos de jogos. Nesta seção, é aresentado um método de smulação de fusões defndo ara ndústras com bens dferencados onde as frmas concorrem à la Bertrand, ou seja, cada frma escolhe o reço que maxmza seu lucro, dado o reço escolhdo elas rvas. Isto não sgnfca que não exstam estudos sobre mactos de fusão na lteratura que assumam homogenedade do roduto; elo contráro, exemlo ode ser encontrado em McAfee e Wllams 99. Entretanto, a maora dos estudos mas recentes assume a dferencação de roduto como hótese básca. Provavelmente, essa tendênca decorre de uma constatação exosta elos recursores da metodologa sugerda no Gudelnes do OJ 7. Werden e Froeb 994 dzem que oucas ndústras ossuem um roduto verdaderamente homogêneo dentre as dversas emresas e or consegunte um reço únco de equlíbro de mercado e cometção em quantdades. Conforme bem mostram eneckere e avdson 985 e Farrell e Sharo 990 a raconaldade de Bertrand arece estar mas de acordo com o observado em mercados comettvos de rodutos dferencados, muto embora os resultados fundamentas de elevação de reços em stuação de ós-fusão sejam obtdos tanto em jogos à la Bertrand ou à la Cournot. Werden e Froeb 994 também sugerem que os modelos de cometção em Cournot com rodutos homogêneos, objeto de análse no níco da década de 90 or alguns autores, teram menor relevânca do que o modelo de concorrênca à la Bertrand aqu aresentado, uma vez que é ouco comum encontrarmos frmas com rodutos homogêneos e um únco reço dentro de uma ndústra, além de ser mas lausível admtr concorrênca não cooeratva em um mercado com rodutos dferencados onde a colusão se torna mas dfícl. Os autores também levantam dúvdas sobre as hóteses de decsão de quantdade ao nvés de reço, conforme o roosto em Kres e Schenkman 983. Werden 99 também crtca a relevânca do 7 Horzontal Merger Gudelnes U.S. eartment of Justce and the Federal Trade Commsson, 99. sonível em: htt:// ste vstado em janero de 007. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 58

11 trabalho de Farrell e Sharo 990 dzendo o mesmo não trazer novos resultados alcáves a estudos de smulação de fusões. Tem-se, entretanto a necessdade de se dscutr e aresentar evdêncas, qualtatvas, de que o mercado sob análse é, de fato, caracterzado or heterogenedade de atrbutos entre as marcas exstentes e se encaxa em um modelo de cometção em reços. Muto embora o transorte aéreo de assageros em seu sentdo rmáro areça ser um bem homogêneo, no sentdo de deslocar essoas de um onto A ara um onto B, o mesmo conta com artculardades de servços restados, dferndo uma emresa da outra. São claras as dferenças de qualdade de atendmento, horáros de vôos, resença de escalas ou conexões, servço de bordo, rogramas de mlhagens, aeronaves entre outros. O mercado chegou a ter segmentos bem determnados entre emresas legacy e low cost, emresas assocadas ou não a constelações, e com dferencados rogramas de mlhagens. São números os textos recentes sobre a cometção em transorte aéreo que tratam a questão da obtenção de maor oder de mercado devdo a dferencação do roduto ofertado elas emresas de transorte aéreo, ode-se ctar: Levne 987, Borensten 989 e Berry 990. No resente artgo, o modelo estátco ara rodutos heterogêneos, que é o sugerdo elo OJ amercano, é utlzado não somente elo domíno e dfusão da técnca, vsto ser o mas usado nos casos de julgamento anttruste em todo mundo, mas sm elo fato do transorte aéreo se caracterzar como um roduto dferencado entre as emresas. No entanto, seja qual for o método de smulação de fusões quantdades ou reços, rodutos homogêneos ou heterogêneos, ele terá como ntuto medr os efetos nos reços ós-fusão. E terá como fundamento básco o fato da unão de duas frmas ermtr ao rodutor, que se une com outro, elevar o reço de uma das marcas, com menores erdas de consumdores na stuação ós-fusão quando comarada a stuação ré-fusão. Isto se dá uma vez que alguns dos consumdores que não dexam de consumr o bem devdo ao aumento no reço, aenas mgram ara outra marca consumdores conhecdos como nframargnas e nesta condção rão, elo menos em uma arcela, mgrar ara o consumo da outra marca, que agora também ertence à mesma frma que aumentou seus reços. Ou seja, em uma stuação ós-fusão uma emresa que assa a contar com duas marcas oderá aumentar o reço de suas marcas e erder os clentes nfra-margnas ara a sua róra segunda marca sem que desta forma reduza o seu lucro devdo a uma maor erda de clentes, Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 59

12 como tera ocorrdo caso a fusão não tvesse se verfcado. esta forma, o onto de lucro máxmo das emresas se altera ara um valor de reços maores. Os consumdores conhecdos como margnas, or sua vez, dexam de consumr o roduto com um aumento de reço, sendo resonsáves ela arcela negatva na evolução do lucro ara o equlíbro em reços mas altos. Estes consumdores otam elo consumo de rodutos que não estão no mercado relevante, ou seja, otam elo que se chama de outsde good na teora economa. Conforme bem mostram eneckere e avdson 985, quando se trata de um mercado com jogo em quantdades, o reço de equlíbro aós a fusão também assa a ser maor devdo a movmentação dos jogadores em suas curvas de melhor resosta, sendo, ortanto, váldo também o racocínos de ganho de oder de mercado. 3. Smulação de Fusões: Estágos Na lteratura os modelos de smulação de reços ós-fusão têm sua mlementação tcamente dvdda em duas fases. A etaa anteror à calbração dos resultados de reços ós-fusão, onde são defndas as hóteses de mercado e são estmados os arâmetros da função de demanda, é chamada de front-end analyss. A fase segunte onde ocorre a calbração do equlíbro do modelo em estágo ré-fusão e, fnalmente, no equlíbro ósfusão, é, or sua vez, conhecda como back-end analyss. São tomados como adrões ara um estudo de fusões e ara a smulação - determnação dos efetos estmados de uma fusão sobre os reços de equlíbro - os seguntes assos: - etermnação do mercado relevante dentfcando o ar: dmensão roduto e dmensão geográfca. O rmero dz reseto ao grau de substtução de cada um dos rodutos ofertados; com sso queremos dzer que rodutos dferentes, consderados smlares elo consumdor reresentatvo, são agruados na mesma dmensão roduto. Um exemlo sera o estudo da substtutabldade do transorte aéreo oferecdo ela Varg ou ela Tam ou a substtutabldade entre transorte aéreo e rodováro. Se o grau de substtução for alto, então os rodutos odem ser consderados ertencentes a um mesmo mercado relevante. Uma regra adotada nos rocessos brasleros ara se defnr o mercado relevante é consderar o menor gruo de rodutos e localdades necessáro ara que um suosto monoolsta esteja Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 60

13 em condções de mor um equeno orém sgnfcatvo e não transtóro 8 aumento dos reços, sendo este o mercado relevante delmtado. Um suosto monoolsta está em condções de mor um equeno orém sgnfcatvo e não transtóro aumento de reço quando os consumdores não uderem desvar uma arcela sgnfcatva da demanda ara bens substtutos ou bens rovenentes de outra regão. Os conjuntos de rodutos e áreas geográfcas que um hotétco monoolsta deve controlar ara que ossa mor um equeno orém sgnfcatvo e não transtóro aumento dos reços determnam, resectvamente, a dmensão do roduto e a dmensão geográfca do mercado relevante. A defnção do mercado relevante assume ael mortante uma vez que, deendendo da delmtação assumda, os resultados mudam de forma sgnfcante. Os mercados mas comettvos e com mas oções de consumo tendem a ter efetos ós-fusão menos danosos ao bem-estar econômco. A defnção da dmensão geográfca no caso de transorte aéreo se auta ela determnação da rota relevante ao estudo, bem como a escolha de adrões de cometção ao nível de aeroortos ou cdades, conforme descreve a nota técnca n.º 9/004/COGC-F/SEAE/MF. - O asso segunte geralmente avalado em estudos de fusões é a dentfcação do grau de concentração no mercado relevante. Este asso é consderado, em geral, mortante ara se defnr a real necessdade de contnudade da análse. Por exemlo, a fusão de emresas muto equenas e com ouco oder de mercado ode não reresentar rsco ao bem-estar econômco socal e, ortanto não será alvo de julgamentos e, or sua vez, de estudos arofundados. A forma mas tradconal de se calcular a concentração em um mercado e sua varação no ósfusão é através do Índce de Herfndahl-Hrschman 9. No Brasl exstem regras artculares ara a defnção dos casos que devem r a julgamento elos órgãos cometentes. Maores detalhes de quas casos devem r a julgamento no Brasl e em quas nstâncas devem tramtar, estão defndos no Gua ara Análse Econômca de Atos de Concentração Horzontal, anexo à ortara conjunta SEAE/SE n o 50 de 00 e na Le de É relevante saber que este rocedmento de defnção de mercado relevante bem como a exressão equeno orém sgnfcatvo e não transtóro aumento derva da exressão small but sgnfcant and nontranstory aresentada no gudelnes do OJ norte amercano. n S 9 O Índce de Herfndahl-Hrschman ou HHI é defndo como: HHI onde S é o quadrado do market share de cada uma das n frmas de uma ndústra. Para rodutos homogêneos o share levado em consderação ode ser o de quantdade enquanto se recomenda o uso do share de receta ara rodutos dferencados. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 6

14 3- É no tercero estágo de exame da robabldade de exercíco de oder de mercado que os esforços deste trabalho foram focados. Neste momento, deve-se defnr em quas ndústras uma maor concentração de mercado é caaz de determnar aumento de reços e or sua vez ser caaz de rejudcar o bem-estar econômco. Este estágo se nca com a estmação da função de demanda, o que ermte gerar estmatvas das elastcdades-reço róras e cruzadas no mercado. A esecfcação da forma funconal da demanda, não aenas com reseto à sua rmera dervada, mas também em relação à dervadas de ordens suerores, caracterza ael mortante na defnção da trajetóra entre o reço ré-fusão e o reço ós-fusão. Crooke et al. 999, dscutem, através de um exermento de Monte Carlo, como dferentes formas funconas odem afetar sgnfcantemente os resultados de revsão de reços ós-fusão. Não somente a forma funconal, mas também o rocedmento econométrco ara a estmação da função demanda, oderá envesar os seus coefcentes e or sua vez as elastcdades reço, eças chave na calbração do reço de equlíbro ós-fusão. Os cudados tomados na estmação da função demanda ara o resente trabalho estão descrtos ao longo da seção. eve-se, or fm, dentro desta 3ª etaa, no que a lteratura chama de back-end analyss, assumr um modelo comortamental das frmas ara as calbrações subseqüentes. É a rátca mas comum ara mercados com roduto heterogêneo, como o transorte aéreo, assumr o modelo de cometção em reços à la Bertrand. Portanto, tendo or base remssas de comortamento dos consumdores e das frmas, e dados dsoníves, um modelo de smulação de fusões ode ser concetuado segundo, Esten e Rubnfeld 00, como o uso de modelos econômcos calbrados ara se efetuar a revsão das varações de reços decorrentes da assocação entre frmas, baseando-se em nformações acerca do conjunto de condções de mercado vgentes revamente à mesma, e em hóteses sobre o comortamento das frmas no mercado relevante. Tem-se, assm, que, assumndo-se a exstênca de um modelo esecífco de olgoólo com razoável oder descrtvo do rocesso comettvo tanto da stuação ré como ós-fusão, a smulação de fusões será um nstrumento de geração de revsões quanttatvas dos efetos unlateras decorrentes da assocação. É mortante salentar que, neste artgo, onde é roosta uma metodologa de estmação de reços ós-fusão ara a determnação da exstênca ou não de exercíco unlateral de oder mercado, exstem duas etaas crucas. Uma etaa de estmação da demanda, que, or se tratar de um rocedmento estatístco, requer mas observações do que o número de Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 6

15 arâmetros e suas estmatvas ossuem ntervalos de confança. E na etaa segunte, feta a calbração um modelo de equlíbro de reços no ós-fusão, que or se tratar de uma solução algébrca de equações smultâneas com restrções, exge aenas o número de equações guas ao número de arâmetros a serem obtdos. Os resultados de uma calbração or sua vez são ontuas e não contam com desvos adrões estmados. 4. Usando os resultados de modelos de smulações de reços no ós-fusão, arte-se ara um estágo osteror dentro de uma análse anttruste, com a dscussão das efcêncas econômcas que odem ser atngdas com uma fusão. As efcêncas odem se dar sob a forma de economas de escala, de escoo ambos caracterzados como redução de custos, da ntrodução de novas tecnologas nos rocessos rodutvos, da aroração de externaldades ostvas ou elmnação de externaldades negatvas. Adconalmente, tem-se como estágo osteror, a análse do saldo de efetos ostvos e negatvos no bem-estar da socedade. Tanto o estudo das efcêncas como do bem-estar não fazem arte do desenvolvmento aresentado neste artgo, embora seja dscutdo nas conclusões como essas análses vêm se desenvolvendo na lteratura recente. 3. A Calbração de um Modelo de Smulação de Fusões Neste tóco é aresentado o modelo de solução algébrca ara a calbração dos reços de mercado ós-fusão de acordo com a remssa de olgoólo comettvo à la Bertrand com rodutos heterogêneos. Para tanto é suosto uma ndústra, aqu denotada or C, com n frmas que roduzem n rodutos 0 substtutos, orém dferencados. N frmas C,,..., n cada uma com um únco roduto C,,..., n. enota-se a demanda da frma =,,...,n or: Q Onde é um vetor com os reços de todos os rodutos da ndústra:,,...,,..., n 0 O modelo aqu aresentado com aenas um roduto or frma ode ser generalzado ara um modelo com frmas multrodutos. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 63

16 Ou seja, a demanda de qualquer roduto é afetada elo seu róro reço e de todos os demas rodutos dsoníves no mercado. Pode-se então defnr a função que determna o lucro de cada frma como a sendo sua receta total menos seu custo total, conforme exlctado na equação 3: Onde c é o custo médo. c 3 Admtndo um jogo estátco à la Bertrand, sto é com cometção em reço, todas as frmas desta ndústra devem maxmzar seus lucros ndvdualmente através da escolha de seu reço ótmo de equlíbro. Isto se verfca quando a condção de rmera ordem CPO ara a função lucro for satsfeta, conforme lustra a equação 4: c 0 Toma-se como a elastcdade róra, ou seja, a varação ercentual da quantdade demandada do roduto em relação a uma varação ercentual no reço deste mesmo roduto, e η j como a elastcdade cruzada, ou seja, a varação ercentual da quantdade demandada do roduto dada uma varação ercentual no reço de outro roduto j. Admtndo um mercado relevante dentro de uma ndústra com bens substtutos e normas tem-se as restrções 5 e 6: 0 5 Ou seja, ara bens normas quanto maor o seu reço, menor a quantdade demandada elastcdade reço róra é negatva. E adconalmente j 0 6 j j 4 Neste modelo o custo médo será consderado gual ao custo margnal, ou seja, admte-se custo fxo gual a zero. Neste trabalho as notações e j utlzadas ara se referr a emresas dstntas semre admtrão. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 64

17 Assm, em se tratando de um mercado com bens substtutos, a elastcdade reço cruzada é ostva, vsto que, quando o reço de um bem substtuto j sobe, a demanda elo roduto em questão aumenta. Pode-se também defnr uma exressão de marku da emresa como aresentado em 7 e relacona-la com a elastcdade aenas fazendo algumas manulações algébrcas na CPO 4 de modo a se obter a relação exressa em 7. Marku c M 7 c e 4 temos que:., logo odemos chegar a: c Marku M. 7 esta relação tem-se que o marku da frma será maor quanto menos elástco for o seu roduto, ou seja, quanto menos a sua quantdade demandada dmnur devdo a um aumento nos reços. Este é um ndcatvo que o oder de mercado, ou seja, de ter um maor marku, está nversamente correlaconado com a elastcdade reço do roduto. No entanto, é mortante notar que se 3 teremos c 0, o que não é ntutvo de acordo com o senso econômco do roblema. Muto embora matematcamente seja ossível obter c 0, ou seja, um custo margnal negatvo, sso não faz sentdo economcamente. esta forma, adotar essa solução de maxmzação de lucro tem como ressuosto básco admtr que as frmas nunca oeram na arte nelástca de sua curva de demanda. Embora esta condção seja ouco dscutda em textos de smulações de fusão, é mortante ter em mente que estmatvas de elastcdades róras menores do que zero em módulo levarão a equlíbros nconsstentes do onto de vsta econômco. Esta stuação ode ser um ndcatvo, or defnção de que o mercado em questão não obedece esta regra de maxmzação de lucros. Por outro lado, quando se tem certeza de que o mercado é comettvo em reços, encontrar um emresa cometndo em sua faxa nelástca de reço ode ser um ndcatvo de que a estmatva da demanda ou da elastcdade não é recsa. A mrecsão ode ser devdo à é o mesmo que dzer: 0 3, ou seja, que um aumento ercentual nos reços do roduto ocasona uma dmnução roorconalmente menor no ercentual demandado. Nesta stuação o roduto é consderado como nelástco a reço. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 65

18 estmação utlzando-se uma forma funconal não adequada, ela falta de cudados econométrcos como o não tratamento da endogenedade de reços, omssão de varáves exlcatvas, roblemas com a amostra, dentre outros fatores que odem estar envesando a estmatva da elastcdade. Genesove e Mulln 998 sugerem que, caso seja ossível obter uma medda dreta de marku através de custos observáves das frmas, ode-se então, através da valdade da gualdade exosta em 8, testar a remssa de conduta de Bertrand, ou seja, mercado comettvo em reços. M 8 Para conclur o desenvolvmento e as equações de equlíbro no ré-fusão, toma-se como o market share em receta da frma o exosto na exressão 9.. S 9 n j Multlcando 4 or e dvdndo or j j n e, aós alguma manulação algébrca, obtem-se 0, que ode ser escrta em função dos market shares de receta, markus e elastcdades das frmas:.. c. n n.. 0 S S. M. 0 0 Tem-se, ortanto, em 0, as relações de equlíbro de Bertrand-Nash que maxmzam o lucro ré-fusão de cada frma do mercado em análse. No estágo ós-fusão, or sua vez, a função lucro da frma = fusonada com a frma = ode ser exressa como em, onde uma únca frma f agora roduz os bens e 4, ou seja, a frma f agora maxmza seu lucro tendo a receta total da frma mas a receta total da frma e os custos de ambas as emresas: c~ c~ f 4 O modelo aqu exosto ode ser faclmente generalzado ara a fusão de mas de duas frmas e também ara frmas multrodutos. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 66

19 Em denota-se o custo médo ós-fusão or c ~, que oderá ser menor do que c caso exstam, or exemlo, economas de escala, densdade e ou qualquer snerga causada ela fusão. A frma fusonada maxmza o seu lucro escolhendo conjuntamente os reços ótmos ara ambos os seus rodutos e defnndo, desta forma, duas equações de CPO: 0 ~ ~ c c f 0 ~ ~ c c f 3 Multlcando a CPO or e a 3 or e dvdndo ambas or n obtémse 4 e 5, que odem ser escrtas como 6 e 7 resectvamente: 0.. ~.... ~... c c n n n ~.... ~... c c n n n M S M S S M S M S S 7 Obtdas as condções de equlíbro das frmas que maxmzam lucros ndvdualmente, como exosto em 0, e das frmas fusonadas que maxmzam lucros através da escolha de reços ótmos de mas de uma frma, como o exosto em 6 e 7, ode-se então organzar o sstema de equlíbro ós-fusão da ndústra na forma matrcal onde, or exemlo, as frmas e se unram e as demas frmas contnuam roduzndo um únco bem: n n nn n M S M S M S M S S S S S 8 Para uma smulação de varações em reços ós-fusão deve-se, ortanto, ter em mãos as nformações de equlíbro ré-fusão relatvas aos shares de receta das emresas que estão se unndo e às elastcdades róras e cruzadas das mesmas emresas. As elastcdades odem ser obtdas a artr de uma função de demanda estmada, que leva em consderação todas as Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 67

20 emresas que fazem arte da ndústra em questão. A varável marku, que resultará da solução do sstema 8 é dervada ara o estágo ré-fusão ou ara as frmas ndvduas da relação exosta em 8 e ara a stuação de ós-fusão da solução do sstema que maxmza o lucro da frma fusonada 6 e 7. É comum se admtr, em casos rátcos de stuações reas, que a elastcdade e o share ósfusão sejam os mesmos do ré-fusão, mlcando em restrções do modelo ara os casos de grandes varações de reços. Isto certamente ode rejudcar a revsão de evolução dos reços, dado que a elastcdade vara em função do reço e da forma funconal da demanda. Crooke et al. 999 dscutem os efetos da varação na elastcdade como função do reço, ara as quatro formas funconas mas comuns utlzadas em estudos de smulação de fusões 5. Com os dados necessáros ara a smulação em mãos, deve-se calcular o marku ré-fusão das frmas através de 8. E, em seguda, obter os markus ós-fusão das frmas que se unram através da solução de um sstema equvalente ao que forma as equações 6 e 7. Os markus ré e ós-fusão devem então ser dvddos um elo outro, or 0, e aós alguma manulação algébrca ode-se obter, que é a varação ercentual do reço ósfusão em relação ao reço ré-fusão. M ~ re os re c os c 0 M re os os re ~ re c M os c M Assm, estará concluída a revsão de varações em reços ara uma fusão. É mortante salentar que, or se tratar de uma calbração de um modelo que obtém através de condções de rmera ordem, os arâmetros que maxmzam os lucros das frma no ré e no ós-fusão e em seguda, nos ndcam a varação de reços, é aenas necessáro ter o número de equações gual ao de ncógntas. Além dsto, os resultados serão ontuas, não resultando, or exemlo, em estatístcas como desvos ou erros adrões dos arâmetros calculados. Já a estmação da função demanda, or sua vez, se dá através de rocedmentos estatístcos onde são necessáros graus de lberdade, ou seja, mas observações do que arâmetros a serem 5 Crooke et al 999 fazem uma análse através de um exermento de Monte Carlo demonstrando a evolução da elastcdade e dos reços de equlíbro ara as quatro formas funconas mas tradconas na análse anttruste. Sejam elas as formas lnear, log-lnear, logt e sstema de demanda quase deal. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 68

21 estmados. os arâmetros obtdos através de uma regressão, or exemlo, resultam estatístcas como desvos adrões e erros adrões, o que ermte avalar as sgnfcâncas desses arâmetros. No tóco segunte, é aresentado um exemlo numérco de como se faz uma smulação através do modelo aqu aresentado e também uma dscussão da mortânca das estmatvas das elastcdades reço da demanda. 4. Método de Estmação da emanda, Elastcdades e Varações na Qualdade do Produto no Pós-Fusão as dscussões elaboradas na seção anteror, fcou clara a mortânca das estmatvas da matrz de elastcdades, reço róro e cruzadas, nos modelos de smulação de fusões. Na resente seção retende-se dscutr um método de estmação da demanda com adequado tratamento econométrco e que, ao mesmo temo, seja um modelo com mlementação vável em um esaço de temo restrto, como exgem os casos de julgamentos anttruste. As escolhas das hóteses de trabalho se autaram na análse do que sera realmente mortante ara uma smulação de fusão com bons resultados, tendo como ênfase emírca o estudo de caso do transorte aéreo braslero. 4. Aresentação da Metodologa do Modelo de Estmação da emanda O resente trabalho tem em suas análse uma varação do modelo logt multnomal, uma vez que o mesmo tem uma forma funconal com dervadas bem defndas e, ortanto, com elastcdades que odem ser tratadas algebrcamente e de forma smles. Por esse motvo e or ser o modelo de escolha dscreta mas dfunddo em análses anttruste, ele é recomendado elo Horzontal Merger Gudelnes do OJ amercano como um modelo de mlementação dreta e smles. e fato, Werden e Froeb 994 dzem que o modelo logt tem uma relevânca olítca or ser o modelo tomado como base no caso de ndústras com rodutos dferencados no gua de fusões horzontas amercano de 99. É mortante salentar que a metodologa básca de smulações de fusões ode ser mlementada com outros modelos de formas funconas de estmação da demanda, que não o multnomal logt, sem erda de generaldade. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 69

22 A varação do modelo logt multnomal aqu utlzada fo roosta or Berry 994, que sugere uma forma lnearzada do modelo logt tradconal com vsta a ermtr o tratamento de um termo dossncrátco exstente no modelo devdo a característcas não observáves do roduto. A forma lnearzada ermtrá a função de utldade ndreta ser tratada econometrcamente através de métodos tradconas e dfunddos ara a estmação or varáves nstrumentas. O modelo roosto or Berry será tratado em uma versão adatada or Slade 006, e que neste trabalho fo ajustada ara soluconar o roblema da não observabldade, or arte do analsta, do tamanho do mercado consumdor, que or sua vez deende da determnação do tamanho do outsde good, ou seja, do tamanho do mercado otencal e que não faz arte do mercado relevante tratado no trabalho. O modelo será detalhado nos arágrafos seguntes. Tem-se em 3 a função utldade ndreta do consumdor 6 l que escolhe entre as j emresas dsoníves no mercado no temo t: v l x yeld 3 Nesta função utldade ndreta tem-se denotado como x o vetor de característcas observáves do roduto, que ode aumentar ou dmnur a utldade do ndvíduo que consome o roduto l em questão. Neste artgo x será denotado também como atrbutos do roduto. Na equação 3, yeld denota o reço do roduto em questão 7 e que quanto maor for, menor esera-se ser a utldade ndreta dervada. Em se tratando de uma função de utldade ndreta de natureza robablístca, se tvermos U l v l, defnda como a utldade do consumdor l que escolhe ela emresa j no l temo t e sendo lj, o termo aleatóro, ndeendentemente e dentcamente dstrbuídos e com méda zero entre todos os ndvíduos e que obedece uma dstrbução extrema do to I. esta 6 Na teora mcroeconômca consdera-se como função utldade ndreta a utldade que um ndvíduo ode retrar do consumo de uma cesta de bens dada a sua restrção orçamentára, os reços dos bens, os atrbutos dos rodutos e as suas referêncas. O consumdor raconal maxmza essa utldade escolhendo uma quantdade ótma de cada um dos bens que deseja consumr, dado suas restrções de reço e referênca. 7 Yeld é uma notação tcamente adotada em transorte aéreo e que reresenta, ou seja, o reço de cada km vajado. É mortante saber que a qulometragem medda entre um ar de aeroortos não consdera, ara efetos de cálculo do yeld, dferentes rotas com conexão ou escalas que ossam afetar a dstânca ercorrda. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 70

23 forma tem-se então uma Função strbução Acumulada Logístca algebrcamente reresentada em 4 e que assume a forma de curva sgmóde. Onde P e v n C e v t 8 P é a robabldade de escolha dos consumdores ela frma j no temo t, e que ode 4 ser defndo como o market share do roduto, aqu denotado como S 9. O market share é tradconalmente consderado como uma dervação da robabldade de um consumdor adqurr um determnado roduto, em uma notação que reresenta de forma agregada as decsões dos consumdores. este modo, ode-se escrever 5: v e S n C P 5 vt e Em um avanço do modelo logístco multnomal tradconal aqu aresentado nas equações 5 e 3, Berry 994 roõe que a função utldade ndreta ossu um vetor de característcas não observáves da emresa j no temo t. Este vetor de característcas é correlaconado com a varável reço 0 devdo a endogenedade da varável reço em um modelo de demanda, este vetor é aqu denotado através de um termo dossncrátco conforme exosto em 6. v x yeld 6 O termo dossncrátco no modelo emírco aqu roosto será tratado como o resíduo anda exstente, mesmo aós o tratamento or efetos fxos e efetos de temo, que rão tentar 8 É mortante lembrar que anda contnuo usando as notações da Seção 3, onde fo defndo que e j são semre emresas dferentes de uma ndústra C com n dferentes emresas. No caso aqu aresentado, a notação n+ sgnfca todas as emresas do mercado relevante mas o outsde good. 9 Adotar é um rocedmento tradconal ara os modelos conhecdos como de escolha dscreta ara dados agruados. Nestes modelos, assume-se que, ou seja, a robabldade de um determnado evento ocorrer é gual a seu número de ocorrêncas sobre o total de eventos. Quando o evento em questão se tratada de uma venda em um mercado defndo, então ode-se dzer analogamente que o número de vendas do roduto sobre o número total de vendas é gual ao share de mercado deste roduto. As transformações ara o uso de dados agregados são alcadas a forma exosta em 4 de modo a ser ossível alcar a forma funconal da logístca em dados que não aenas assumem valores 0 ou, conforme revê o modelo logt de escolha dscreta tradconal, mas sm ermtndo o uso do modelo a dstrbuções entre 0 e como os dados de artcação de mercado. O caítulo 6 de Gujarat 000 demonstra essa dferença de usos da dstrbução logístca com exemlos. 0 Atrbutos do roduto odem nfluencar em seu reço. Por exemlo, se a qualdade de um roduto aumenta ode-se eserar que o seu reço também aumente. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 7

24 controlar o maor número ossível de varáves não observáves de forma a evtar o vés de omssão de varáves. Berry 994 anda assm sugere que o número de varáves que defnem as característcas de um roduto odem ser tantas que em um modelo deal as chances de se ter mas varáves exlcatvas do que graus de lberdade são grandes. Berry 994 também trata de uma forma bem defnda a resença de um bem externo ao mercado relevante em questão, e que deve ser levado em consderação elo modelo roosto. Para este tratamento, é defndo de forma exlcta, através de uma dervação da equação 5, que uma das alternatvas de consumo do modelo de escolha multnomal é o que se chama de outsde good. A resença do outsde good está bem defnda em 7 e reresenta o consumo de bens que estão fora do mercado relevante. Para esta reresentação toma-se o conceto de outsde good, ou seja, defne-se que exste uma robabldade bem defnda de o consumdor otar or não consumr os rodutos do mercado relevante. Um exemlo ao caso do transorte aéreo, aqu estudado, sera o consumdor otando or realzar a sua vagem em algum outro to de modal, ou smlesmente otando or não vajar e consumr outro roduto dferente de transorte aéreo ara comor a sua cesta de consumo. esta forma ode-se reresentar, em 7, a forma funconal do share da demanda onde e v 0t é o outsde good. S e v 0t e v n e C Em um mercado relevante bem defndo e com a resença do outsde good dentre as ossíves escolhas de um consumdor, ode-se defnr que o tamanho do mercado no temo t é defndo v t 7 or M t Q 0 Q, onde Q 0 t é a quantdade total demandada do outsde good e t t Q t n j C q é a quantdade total demandada dos bens nternos ao mercado relevante. e onde ode-se deduzr que Q t S 0 0t M e t t t M t q S e, ortanto, n S 0t S C t. Berry 994 normalza então o modelo de escolha multnomal, de modo que a utldade do outsde good seja zero x yeld 0, de onde se ode escrever então que: 0t 0t 0t Para maores detalhes vde seção 5., onde é aresentado o modelo emírco. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 7

25 S v e n e C v t 8 e S0 t 9 n vt e C Substtundo-se 9 em 8 ode-se escrever 8 na forma: S 0t v S e e, alcando o logartmo natural na exressão chega-se a: Que ode ser escrta como: ln S ln 30 S ot ln S ln S0 x yeld 30` t q e onde Slade 006 chama a atenção ara, que se S então 30` ode ser escrta M como: ln q ln M ln Q ln M x yeld 3 t ot E então ara o resente trabalho desenvolveu-se 3 a artr de 3 e adotou-se como forma funconal da demanda: t ln q ln Q x ot yeld e 3 fca então defndo uma forma funconal que ode ser estmada através de uma função lnear e com técncas bem dfunddas de avanços econométrcos em estmatvas com varáves nstrumentas e efetos fxos. Esta forma funconal ermte ao analsta o uso de um modelo de escolha dscreta, com os seus benefícos em termos do número de elastcdades 3, e de consderação do outsde good. Para a estmação emírca faz-se uso de métodos de estmação ara regressões lneares que exgem menores recursos comutaconas comarado ao que sera o exgdo or um modelo de dados desagregados de escolha dscreta, onde a mlementação de varáves nstrumentas e de efetos fxos exge técncas comutaconalmente mas elaboradas. 3 Para se obter esta forma basta adotar v0 0t 0 e or sua vez e t. 3 Um modelo de demanda lnear, or exemlo, exgra a estmação de um grande número de arâmetros ara o comuto de n elastcdades reço róra e cruzadas dferentes. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 73

26 4. Cálculo e Proredades das Elastcdades Preço da emanda A formulação das elastcdades reço da demanda do modelo logt, exosto em 4, é defnda a artr de dervadas da demanda em relação a reços róros e cruzados. A dervada relatva ao reço róro é, ortanto, defnda como: S e e V j e V V S j V / V S n V S S C e v e n V C e onde é ossível obter a elastcdade reço róra bem defnda e menor do que zero: e v e V V η = = V. S. S. S = V.. S < 0, uma vez que em um mercado de bens normas V = β < 0. Portanto, tem-se, em termos da notação aqu adotada, a elastcdade reço róro defnda como: Yeld S. e 33, tem-se que a elastcdade reço róra é, ortanto, função do arâmetro estmado referente à sensbldade da demanda em varações no reço aqu defndo como β, do onto na curva de demanda onde o reço se encontra aqu denotado como Yeld, e uma relação nversa ao market share da emresa, na forma S. esta forma, tem-se que quanto mas sensível for a demanda em relação a varação no reço do roduto, mas elástco este roduto será, ou seja: lm η = β Quanto maor o valor de β, mas elástca em relação ao seu reço róro será a curva de demanda do roduto. 33 Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 74

27 Tem-se também que, quanto maor for o reço elástca será a demanda. lm Yeld η = Yeld onde a frma estver oerando, mas E que, quanto maor o share da emresa, menos elástco o seu roduto será em relação ao seu reço róro, ou seja: lm S η = 0 e onde se ode dzer que a elastcdade é uma função da sensbldade da demanda em varações no reço β, do reço Yeld e do share da emresa S. η = fβ, Yeld, S Por outro lado, a artr da dervada da função da forma funconal da demanda, exosta em 4, em relação ao reço de um oonente j tem-se: S j V e j j e n V V C / e v S S e onde se ode obter a elastcdade reço cruzada: Vnj j V nj j S S j j S j 0, sendo η j ostvo, uma vez que j j S j j em um mercado de bens normas V j j = β < 0. Portanto, tem-se, em termos da notação aqu adota, a elastcdade reço cruzada 34 gual a: j n C j e e V j v V j j Yeld S 34 j e 34 ode-se, or sua vez, dzer que a elastcdade reço cruzada é função do arâmetro de varação na demanda devdo à varação no reço β, do reço do oonente Yeld j e do market share do oonente S j. E, ortanto, ode ser denotada como: j j Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 75

28 η j = fβ, Yeld j, S j É mortante notar que exstrão em um mercado com n emresas, aenas n elastcdades reço cruzada dferentes, uma vez que todas emresas têm sua elastcdade cruzada relatva a um oonente j qualquer, dêntca a de todas as outras emresas. Isso se dá ela forma como a elastcdade reço cruzada se defne, sendo relevante em sua forma 34 aenas as característcas do oonente j em questão e nenhum característca da frma. Em outras formas funconas, entre elas a lnear, or exemlo, o número de elastcdade dferentes sera de n n, sendo n elastcdades reço róras dferentes e n n elastcdades reço cruzado dferentes. Isso se dá ela dferente forma de esecfcação da função demanda e de suas dervadas em relação ao reço do oonente. A característca esecífca do modelo logt de ossur um número reduzdo de elastcdades dferentes é consderado or mutos autores e o róro OJ amercano, como uma boa característca, uma vez que, devdo a sua forma funconal é necessára a estmação de menos arâmetros ara se obter todas as elastcdades o que roorcona o maor grau de lberdade ara as estmatvas da função demanda das frmas do mercado. Pode-se dzer também das elastcdades reço cruzadas que: lm η j = β Quanto maor o valor de β, maor será a elastcdade reço cruzado da emresa em relação a j ara quasquer e j. Tem-se também que quanto maor for o reço Yeld j do oonente maor será a elastcdade reço cruzada a j. lm η j = Yeld j 4.3 Modelagem das Varações de Qualdade Em uma stuação de ós-fusão, ou anda mas comum no transorte aéreo, em uma stuação de acordo de comartlhamento de assentos entre duas emresas codeshare, os usuáros assam a consderar os vôos das emresas que se unram como um conjunto e não soladamente. Assm, odem escolher dentre uma varedade maor de horáros de artda, mantendo os seus benefícos de, or exemlo, ontuar em seu rograma referdo de Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 76

29 mlhagens ou de descontos. Passando além desta vantagem a contar, or exemlo, com uma maor rede servda, odendo chegar a destnos antes não atenddos elas emresas de seu aeroorto de orgem, tendo aenas que realzar uma conexão entre vôos da nova emresa que surgu com o acordo, não recsando sequer se reocuar com encamnhamento da bagagem. Além dsto, a domnânca de um aeroorto ou em uma rota, como mostrou Borensten 989, ode também ser um atrbuto que benefca a escolha or uma determnada emresa. Quando se fala em maor freqüênca, dsonbldade de vôos, assentos ou artcação no aeroorto, estamos tratando de varáves erfetamente mensuráves e que odem ser somadas a ror em uma stuação onde se retende rever o novo nível de oferta de atrbutos da emresa aós uma fusão ou codeshare. esta forma, nesta seção, é roosto um modelo consderando como varáves que defnem a utldade ndreta do consumdor odem ter seus efetos mensurados no ós-fusão. entre as hóteses dos modelos tradconas utlzados na revsão de reços ós-fusão, dentre eles nclusve o Anttrust Logt Model, ALM de Werden e Froeb 994, está a hótese de que os rodutos não sofrem alterações de qualdade devdo à unão de emresas e or sua vez contnuam com uma mesma elastcdade reço da demanda no ré e no ós-fusão 4, no entanto, em algumas ndústras, como a do transorte aéreo, tal hótese se faz rreal. Peters 003 aresenta um modelo de utldade aleatóra ou RUM random utlty model ara defnr as referêncas e então dervar a demanda do consumdor. O mesmo autor destaca que os arâmetros obtdos de característcas dos consumdores são constantes, ou seja, as referêncas or determnado atrbuto contnuam as mesmas aós uma fusão, mas as característcas de uma emresa se alteram aós a fusão. Em seu artgo, Peters aenas controla essas varações ossíves ara os atrbutos das emresas através da ntrodução de efetos fxos que odem se alterar entre o ré e ós-fusão. 4 Vale a ena comentar que outros fatores também odem ser resonsáves ela alteração dos valores da elastcdade no ós-fusão, entre eles o róro reço do bem que rá se alterar afetando a elastcdade que é função do reço como vmos anterormente. O efeto que a varação no reço causa na elastcdade já é consderado nos modelos tradconas entre eles no modelo ALM. A novação aqu roosta é justamente acrescentar a mudança nos atrbutos do roduto como mas uma varável que afeta a elastcdade do roduto no ós-fusão. Vale lembrar que exstem formas funconas que ndeendem dos reços como é o caso das conhecdas como de elastcdade constantes CES e algumas também não vablzarão a consderação na varação de qualdade do roduto como será dscutdo no fnal deste tóco. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 77

30 No sentdo de nternalzar ao modelo de smulação de reços ós fusão o efeto das mudanças nos atrbutos da emresa no eríodo ós-fusão, neste trabalho desenvolveu-se uma extensão à metodologa de Peters 003, crando um método novo caaz de quantfcar e mensurar os efetos em reço devdo a alterações nos atrbutos. Sendo assm, o trabalho se aroveta de uma esecfcdade do setor de transorte aéreo, onde as característcas que se alteram no ósfusão, são característcas váves de serem mensuradas e se destacam como atrbutos do roduto que nfluencam na decsão de demanda elo roduto de uma emresa ou de outra e or consegunte no reço dos mesmos. Pode-se consderar atrbutos relevantes ara a demanda ou rocesso de escolha de emresas no transorte aéreo e que se alteram com a fusão o número de freqüêncas dáras de vôo, o que gera assmetras com relação às dstâncas entre horáro de vôo ofertado e horáro desejado de artda chamado de schedule delay ; oferta nos horáros de co; tamanhos dferentes de rede doméstca e nternaconal; artcação em alanças globas de comanhas aéreas; número de cdades atenddas; níves de roaganda; e número de vôos e destnos artcantes do rograma de mlhagem. Nesta lnha de nvestgação de defnção de quas atrbutos são relevantes ara a demanda do roduto de uma emresa no transorte aéreo odese ctar alguns artgos como Borensten 989, Evans e Kessdes 993, Peters 003 e Rchard 003 dentre outros. Uma boa lustração com relação a como a varação nos atrbutos devdo à fusão ode afetar a escolha de um consumdor é o caso do tomador de decsões que costuma vajar or uma determnada emresa, ontuando em seu rograma de mlhagem, mas que também tem horáros rígdos ara realzar vagens a negócos e, ortanto rá referr a emresa que mas lhe dá oções de horáros ermtndo acumular bônus ara um mesmo rograma na maora de suas vagens. Uma emresa ao se unr com outra, adqure concessão de novos slots, e assa a oerar um número maor de vôos, e ortanto, aumenta a chance do consumdor ontuar em seu rograma de mlhagem devdo a fusão. Esse fator ode ser um mulsonador da demanda, or conta de uma maor qualdade dos rodutos da emresa resultante da fusão. Internalzar no modelo de smulações de fusões este fator de ncremento da demanda elo roduto das emresas que se unram é um dos rncas objetvos deste artgo. Para sso, desenvolveu-se a modelagem que se aresenta a segur. Como forma de se realzar a smulação de fusão onde a assocação das frmas nduz a varações na qualdade dos rodutos das mesmas, há que se modelar a forma na qual essas Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 78

31 varações serão geradas. Para sso, atrbutos que afetam a demanda, ou seja, a escolha elo roduto de uma determnada emresa, devem ser ncluídos no modelo de demanda estmado, obtendo-se, com sso, arâmetros que ndcam a magntude dos efetos na demanda devdo à alteração desses atrbutos. O asso subseqüente é justamente mensurar quas seram as alterações nesses atrbutos causadas ela fusão. Os efetos unlateras no reço de equlíbro de ós-fusão são verfcados, não aenas orque a demanda elo roduto rá se alterar devdo a alterações em seus atrbutos, mas também orque as elastcdades dos rodutos, que são chave fundamental ara o cálculo do equlíbro de reço no ós-fusão, serão afetadas. Sendo as elastcdades reço róra e cruzada defndas como função do arâmetro β, reço e share, uma alteração nos atrbutos rá afetar as elastcdades através do efeto dreto na demanda ou seja, no share estmado. Ao defnr as elastcdades reço róra e cruzada como η = fβ, Yeld, S e η j = fβ, Yeld j, S j, resectvamente, e ao defnr que o share estmado de cada emresa é função do seu reço e de seus atrbutos, S = freço, atrbutos e S j = freço j, atrbutos j, tem-se o efeto na elastcdade e, or consegunte, nos reços de equlíbro de ós-fusão. Assm, se os atrbutos varam com a fusão, o share eserado ara o ós-fusão rá se alterar e, or sua vez, a elastcdade no ós-fusão, que é uma função do share, também será afetada, afetando em últma nstânca o novo reço de equlíbro. esta forma, as equações 6 e 7 odem ser re-escrtas como 6 e 7, exostas abaxo, onde as mesmas assam a levar em consderação as elastcdades reço ós-fusão, de forma a se efetuar um cálculo mas recso do reço de equlíbro no ós-fusão. S ós ós S. M. S. M. 0 6 ós ós S S. M. S. M. 0 7 efne-se então a elastcdade reço róra ós-fusão como 35 e a elastcdade reço cruzado como 36: η ós = β. Yeld. S ós 35 Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 79

32 η j ós = β. Yeld j. S j ós 36 Onde em 35 e em 36 S ós é: S ós = S r é + S h atrbuto atrbuto h 37 h E a dervada demanda é exressa como: S atrbuto h, que reresenta o efeto margnal das mudanças dos atrbutos na S atrbuto = n C V v e / e = S atrbuto j S j Onde, γ é o arâmetro estmado ara o atrbuto na função de demanda estmada exosta em atrbuto h é a varação que o atrbuto sofre com a fusão, or exemlo, a magntude do aumento do número de vôos no horáro de co, ou quanto aumenta a artcação da emresa no aeroorto ou rota. Essas varações nos atrbutos são mensuráves sob hóteses de que, or exemlo, serão mantdos todos os vôos de ambas as emresas. Outros cenáros, como nos casos de ajustes do número de freqüêncas de vôo, também odem ser consderados. Por consegunte, ortanto, basta calbrar o modelo de smulação roosto nas equações 8 5 ara o marku ré-fusão e 6 e 7 ara o marku ós-fusão e, desta forma estará sendo levada em consderação ara a determnação do equlíbro de reços ós-fusão a varação na qualdade do roduto. É mortante salentar que, embora o modelo aqu aresentado consdere a forma funconal de uma curva de demanda logístca, esta modelagem com varação em qualdade ode ser mlementada em qualquer forma funconal onde as elastcdades sejam uma função da quantdade ou share do roduto, que or sua vez deve ser função de atrbutos do roduto. 5. Estudo de Caso: Smulação dos Efetos do Codeshare Varg-Tam Com o ntuto de mlementar emrcamente o modelo de smulação de fusões e os avanços aqu roostos, utlzou-se o estudo de caso do codeshare Varg-Tam. 5 Na equação 8 a elastcdade é de ré-fusão, calculada sem consderar mudanças de qualdade. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 80

33 Em 06 de feverero de 003, Tam e Varg assnaram um rotocolo de entendmento aventando a ossbldade de consttução de uma nova emresa holdng de catal aberto. Este fo o níco de um lanejamento de fases ara o que ntenconavam fnalzar com uma fusão de fato entre as duas maores emresas de transorte aéreo no Brasl à éoca. Em 8 de feverero de 003 se deu a assnatura de um nstrumento artcular de acordo entre Varg Ro-Sul, Nordeste lnhas aéreas regonas e Tam, acordando uma oeração de comartlhamento de aeronaves, chamado de codeshare. Em 0 de março do mesmo ano, entrou em vgor a fase I do codeshare, onde rotas das regões sul e sudestes começaram a oerar de forma conjunta. Em 6 de março de 003, o sstema braslero de defesa da concorrênca recebe o acordo de reservação de reversbldade da oeração APRO, assnado elas emresas e dá andamento a fase de julgamento da ermssão ara a contnudade da oeração de fusão. Em 5 de feverero de 005, reresentantes das duas maores comanhas aéreas do aís, Varg e Tam, comrometeram-se a aresentar um rograma que revê o rogressvo encerramento do comartlhamento de aeronaves codeshare, aós decsão contrára à contnuação do rocesso de fusão, exedda or arte dos órgãos de defesa da concorrênca. 5. Base de ados Para mlementação emírca do trabalho fez-se valer da base de dados desenvolvda no âmbto do Núcleo de Estudos em Cometção e Regulação do Transorte Aéreo NECTAR. A base de dados do NECTAR conta com três fontes rmáras de nformações, obtdas junto a junto ao eartamento de Avação Cvl atual Agênca Naconal de Avação Cvl 6. Os dados dsoníves no momento do desenvolvmento deste trabalho se referem ao eríodo de Julho de 00 a Março de 004 e contemlam 0 rotas doméstcas ares de cdades, sendo que em todos os meses e em todas as rotas abrangdas ela base de dados, as quatro rncas emresas aéreas do aís estavam oerando vôos. Organzou-se a base no formato de anel, emresa-rota-mês, de todas as nformações, ou seja, cada lnha ou observação do banco de dados, corresonde as nformações de uma 6 Os dados utlzados ara este trabalho foram tabulados e tratados semre medante o comromsso de confdencaldade das nformações. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 8

34 emresa em uma dada rota em um dado mês. Como exstem meses, 0 rotas e 4 emresas a base de dados comleta conta com 680 observações, ou seja, 680 lnhas. 5. Estmação da emanda: Modelo Emírco Conforme o roosto na equação 3, exosta na seção 4. deste trabalho, desenvolveu-se com os dados dsoníves o segunte modelo emírco. ln q ln Q x ot yeld o relatóro Mensal de Yeld do AC, extrau-se os dados ara as varáves q e yeld jkt, sendo que a varável exlcada lnq, daqu em dante denotada como lnq jkt 7, reresenta o número de assagens aéreas venddas na ela emresa j, na rota k, no mês t. Inclu todos os blhetes comercalzados ela emresa, ara o ar de cdades, naquele mês, ndeendentemente das característcas e restrções assocadas ao blhete; desta forma, engloba blhetes reresentatvos de vôos tanto non sto, quanto com escala. entre as varáves exlcatvas, o modelo conta com o reço, daqu em dante denotado como yeld jkt, sendo o reço médo or assagero-qulômetro, obtdo a artr da méda das tarfas da comanha aérea j no ar de cdades k no mês t, onderada elo número de assagens venddas or base tarfara e dvdndo-se essa méda elo número de qulômetros assocados ao resectvo ar de aeroortos. Esta varável é medda em centavos de real x 00, atualzada a valor resente de janero de 006 elo IPCA Índce de Preços ao Consumdor Amlo do IBGE Insttuto Braslero de Geografa e Estatístca 8. No modelo emírco é roosta uma confguração onde o consumdor ode dferencar a sua sensbldade ao reço or emresa. Essa confguração nos leva a obter um arâmetro estmado β ara cada emresa e analtcamente se confgura na forma 4 j = 3 β j Yeld jkt, onde a base de dados conta com 4 varáves de yeld sendo que cada uma delas assume o valor de Yeld quando a lnha corresonder ao dado da emresa j e 0 quando a lnha for de uma emresa dferente de j. Cada uma das 4 varáves de Yeld é construída ela smles multlcação da varável Yeld orgnal ela dummy de uma das 4 emresa resentes no 7 aqu em dante todas as varáves do modelo ganham mas um índce, os no modelo emírco trabalhou-se com um anel de dados trdmensonal, emresa, rota, mês. O índce de três letras deve ser nterretado com emresa j, rota ar de cdades k, mês t. 8 O IPCA do IBGE fo escolhdo uma vez que o transorte aéreo é tratado como um bem fnal ao consumdor, e nclusve faz arte da POF Pesqusa de Orçamento Famlar utlzada ara o cálculo deste índce. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 8

35 mercado. Tem-se desta forma que o coefcente de reço será esecífco ara cada emresa - β j, e não aenas β, como nos modelos tradconas. O uso deste artfíco ermte que o modelo tenha caacdade de catar se os consumdores consderam de forma dferencada varações nos reços dos rodutos de cada uma das emresas. Além de reços, está roosto, e foram ncluídos na equação emírca, alguns atrbutos que afetam a decsão do consumdor na escolha or um dos rodutos do mercado. Os atrbutos ncluídos na equação de demanda são os defndos elas seguntes varáves: Varáves Extraídas das Posções Mensas do HOTRAN do AC: Snst jkt market share seats - non sto - total: fata de mercado da comanha aérea j, na rota k e mês t, meddos em termos de assentos ofertados em vôos non sto sem escala. Snstca jkt market share seats - non sto - total - central arorts: fata de mercado da comanha aérea j, na rota k e mês t, meddos em termos de assentos ofertados em vôos non sto em que elo menos um dos aeroortos é central. Fltmer jkt average flght tme relatve ndex: índce relatvo do temo médo de ercurso da comanha aérea j no ar de cdades k no mês t. Calculado de forma a ter a osção relatva da comanha aérea em relação à méda das outras comanhas aéreas no ar de cdades k no mês t. O temo de vagem é afetado, or exemlo, ela resença e número de escalas em uma determnada rota. Sk jkt market share seats - eak: fata de mercado da comanha aérea j, na rota k e mês t, meddos em termos de assentos ofertados com artda durante horáros de co. São consderados horáros de co os ntervalos das 07:00 às 0:00 horas da manhã e das 7:00 às :00 horas. Swdk jkt market share seats - week day - eak: fata de mercado da comanha aérea j, na rota k e mês t, meddos em termos de assentos ofertados durante os das de semana e com artda em horáro de co. São consderados horáros de co os ntervalos das 07:00 às 0:00 horas da manhã e das 7:00 às :00 horas. as de semana são todos os das exceto sábados e domngos. Afora as varáves já ctadas, controladores de efeto fxos também foram adconados ao modelo emírco, arovetando desta manera da estrutura de anel da base de dados no ntuto de mnmzar os veses ela omssão de varáves relevantes. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 83

36 A ausênca de algumas varáves relevantes dentre os determnantes da escolha do consumdor or um dos rodutos do mercado nduz ao vés na estmação dos arâmetros das varáves ncluídas, como demonstra ddatcamente Wooldrdge 003. O roblema de varáves omtdas ode ser mnmzado com a nclusão de controladores de efetos fxos e efetos de temo. No ntuto de buscar uma confguração que mnmzasse a ossbldade de vés nas estmatvas dos arâmetros, adconou-se à confguração emírca as seguntes varáves: Efeto fxo de rota - 0 varáves dummy, uma ara cada rota contda na base de dados. Esse efeto busca controlar qualquer artculardade de uma rota que seja constante no temo e entre as emresas. No modelo emírco essas varáves ossuem o índce dr dummy de rota. Efeto fxo de emresa foram cradas 4 varáves dummy, uma ara cada emresa contda na base de dados. Esse efeto busca controlar qualquer artculardade de uma emresa que seja constante no temo e nas dversas rotas. No modelo emírco essas varáves ossuem o índce de dummy de emresa. Em uma base de dados com três dmensões 9, como a utlzada neste trabalho, exste a ossbldade do uso de efetos fxos com duas varantes. Esta alternatva de uso se mostrou relevante ara este trabalho. A base de dados dsonível se confgura em três dmensões e, ortanto, vablza a nserção de efetos fxos que varam em duas dmensões, mantendo uma dmensão fxa. Por exemlo, ode-se nclur um efeto fxo de emresa e temo que é fxo em todas as rotas. Esse efeto controla, or exemlo, as ações das emresas em um determnado mês e que atnjam todo o aís, ndeendentemente da rota. Camanhas de marketng naconal é um bom exemlo de ação não controlada or nenhuma outra varável, mas que ode ser catado elo efeto fxo de emresa temo. São, ortanto, as varáves de efeto fxo com mas de uma dmensão: Efeto fxo de emresa temo totalza 84 varáves dummy, uma vez que cada emresa está sendo controlada or suas artculardades em cada eríodo de temo 4 9 Consdero como dmensões do banco de dados as 3 varações ossíves dentre as observações. Varação no temo meses, varação entre emresas 4 emresas e varação entre rotas 0 rotas. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 84

37 emresas x eríodos. Esse controlador cata efetos de roaganda, crse, entre outros. No modelo emírco essas varáves ossuem o índce det dummy de emresa-temo. Efeto fxo de cdade temo totalza 47 varáves dummy 7 cdades x meses. É um mortante controlador de varáves não observadas que atngem o mercado relevante e os consumdores otencas de cada uma das cdades da base de dados em cada um dos eríodos de temo. Esse controlador tem esecal mortânca na defnção do tamanho do mercado otencal e na mensuração do tamanho do bem externo. No modelo emírco essas varáves ossuem o índce dct dummy de cdade-temo. Tem-se que, ao controlar efetos não-observáves, e que são, smultaneamente, varáves tanto de cdade ara cdade como temo a temo, o analsta obtém maor acuráca no controle dos fenômenos que se assam ao nível dos mercados conforme mostram Olvera e Huse 007. Os efetos fxos e de decomosção de temo assam a assumr mortante ael na defnção do tamanho de mercado e do outsde good no modelo emírco aqu roosto. A nserção destes controladores de efeto fxo no modelo roorcona a maor qualdade na estmação dos efetos das demas varáves no rocesso de decsão do consumdor, e, o que é melhor, sem recurso a uso de roxes arbtráras ara o tamanho do mercado como é tcamente encontrado na lteratura. A lteratura recente defne o tamanho de mercado otencal através de varáves roxys ara então obter o tamanho do outsde good. Os exemlos mas tradconas ara tamanho de mercado otencal são o tamanho da oulação ou o tamanho do mercado de substtutos róxmos. O outsde good nestes casos é obtdo através da subtração do tamanho do mercado nterno observado do tamanho roxy defndo ara o mercado otencal, ou seja, Q outsde = M roxy Q nsde. entre alguns exemlos de roxys utlzadas ara defnr o tamanho de mercado e or sua vez o tamanho do outsde good ode-se ctar: Nakane et al 006 que ara o mercado bancáro braslero consderou como mercado otencal a oulação resdente do muncíos e em alguns casos onde o número de contas bancáras era sueror a oulação da cdade obteve outsde goods negatvos; Slade 004 utlza o número total de venda de bebdas alcoólcas ara defnr o tamanho de mercado otencal ara o mercado de cervejas, Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 85

38 Berry et al 995 utlzou o número de domcílos norte amercanos ara o mercado de automóves; Nevo 00 or sua vez usa o número de das vezes essoas ara uma roxy de tamanho de mercado de orções de cereal. O roosto neste trabalho é que o outsde good seja determnado elos efetos fxos anterormente elencados, conforme exõe a roosção 39: j = + ln Q okt = dr = θ dr rota jkt + de = θ de emresa jkt + θ det emresa temo jkt 47 θ j cdade temo jkt dct = A novação aqu roosta está na forma como o outsde good será obtdo, conforme mostra a equação 39. O outsde good será estmado dentro do modelo emírco roosto, através das varáves de controle de efetos fxos. Portanto, a roosta deste artgo é de que o outsde good seja obtdo de 39 ara que então no estágo segunte se obtenha o tamanho do mercado otencal M t. e onde tem-se então que: 39 e M t = Q okt + Q j 40 S jkt q Mˆ jkt t Fca, ortanto o modelo emírco baseado no modelo teórco defndo ela equação 3 defndo como: 4 4 ln q jkt = j = β j yeld jkt + γ Snst jkt + γ Snstca jkt + γ 3 Fltmer jkt + γ 4 Sk jkt γ 5 Swdk jkt + dr = θ dr rota jkt + de = θ de emresa jkt + θ det emresa temo jkt 47 θ j cdade temo jkt + ξ jkt dct = j = + Sendo que os graus de lberdade serão de 680 observações menos 4 coefcentes estmados 43 ara o Yeld, 5 coefcente ara os atrbutos do roduto, 55 coefcente ara os efetos fxos mas 3 varáves que são elmnadas or ossuírem multcolneardade erfeta 30 dentre os controladores de efeto fxo, totalzando assm 448 graus de lberdade ara o modelo emírco a ser estmado. Os resultados da estmação do modelo emírco são aresentados no quadro A resença de multcolneardade erfeta mede a matrz de estmação dos coefcentes de ser nvertda e, ortanto, obrga a exclusão de alguns dos efetos fxos. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 86

39 Quadro 3 OLS - FE - TE* GMM* Varáves Coefcente P-Valor ** Coefcente P-Valor ** Yeld Gol kt -0,004 0,000-0,093 0,000 Yeld Vas kt -0,086 0,000-0,0636 0,000 Yeld Varg kt -0,0063 0,049-0,048 0,000 Yeld Tam kt -0,0045 0,073-0,0345 0,03 Share Assentos Sem Escalas kt 0,009 0,000 0,03 0,000 Share Assentos Sem Escalas Aeroortos Centras kt 0,0 0,000 0,0088 0,000 Indce de Temo de Vôo kt -0,090 0,758 0,565 0,448 Share Assentos Hora Pco kt 0,085 0,000 0,0449 0,335 Share Assentos em as de Semana e Hora Pco kt -0,070 0,00-0,0409 0,343 Estatístca LR Anderson - - 5,54 0,0 Estatístca J - Hansen - - 7,80 0,0 Estatístca F 58,96 0, , 0,00 R Graus de Lberdade N Observações 0, , * Foram omtdos ara esta tabela os coefcentes do efetos fxos e efetos de temo. ** Inferêncas Robustas a Heterocedastcdade Os métodos de estmação dos resultados aresentados foram:. Ordnary Least Squares OLS com Efetos Fxos;. Generalzed Method of Moments GMM com Efetos Fxos. Embora os coefcentes de Yeld sejam sgnfcantemente dferentes de zero a um nível máxmo de confança de 0% ara os dos estmadores, o vés de smultanedade causado ela endogena da varável reços na função de demanda está resente e com snal ostvo como ode-se erceber quando se comara os resultados da estmação or OLS com os resultados da estmação or GMM 3. É mortante notar, que embora os coefcentes de reços na estmação or OLS sejam negatvos, a função demanda, quando estmada or mínmos quadrados ordnáros, se torna muto menos elástca quando comarada com a estmação com o uso de nstrumentos. Conforme Wooldrdge 00 demonstra, o GMM é um estmador em dos estágos robusto à resença de adrão de heteroscedastcdade de forma desconhecda. O estmador solucona o roblema da não homocedastcdade através da ntrodução da matrz de onderação ótma ara os erros se tornando assm mas efcente que o estmador adrão de dos estágos two stage least square SLS. 3 Alguns autores ao estmar funções de demanda sem o uso de estmadores com varáves nstrumentas chegam a obter coefcentes com snal ostvo ara reços. Berry 994 destaca o caso de Traenberg 989 no estudo da demanda or scanners de tomográfca comutadorzada, onde o reço tem efetos ostvos na demanda em algumas das estmatvas aresentadas e calculadas sem o uso varáves nstrumentas. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 87

40 Uma menção fnal fca or conta das varáves nstrumentas utlzadas, quando da estmação com uso de GMM. Utlzou-se, no resente trabalho, bascamente duas classes de nstrumentos sejam eles: os custos de rodução, consderados tradconas nstrumentos deslocadores da oferta; e os nstrumentos de reços em outras raças, conforme roõem Hausman, et al 994. Hausman, et al 994 artem da déa de que os reços de um mesmo roduto ossuem comonentes comuns de custos em todas as raças, além de um comonente não observado de demanda esecfco de cada regão. Na medda em que estes choques de demanda esecífcos a cada regão são ndeendentes entre s e os reços são formados com base em custos comuns o reço em outra localdade será um bom nstrumento não correlaconado com o erro da demanda na regão em questão, mas será correlaconado com a varável endógena reço através do fatores de custos comuns. Atngndo assm os dos objetvos de uma varável nstrumental, ser correlaconada com a varável endógena e ortogonal ao erro da equação sendo estmada. É mortante saber que choques que odem estar afetando a demanda em todas as regões como romoção ou roaganda em nível naconal e sazonaldade, estão sendo controlados elos efetos fxos ncluídos, em esecífco os efetos emresa e emresa temo. esta forma o erro da demanda em cada regão está sento de choques de abrangênca naconal o que odera nvaldar os nstrumentos. Foram defndos como nstrumentos excluídos da demanda ara o modelo emírco as seguntes varáves: Km jkt klometers: dstânca méda voada ela comanha aérea j no ar de cdades k no mês t. Uma varável extraída do HOTRAN, com o ntuto de ser um deslocador de custo. E demas varáves aqu aresentadas extraídas do relatóro mensal de oerações, sendo que as que se referem dretamente a custos foram atualzados a reços de janero de 006 elo IPA- I Índce de Preços ao Atacado da FGV, uma vez que as varáves de custos são consderadas nsumos e de venda no atacado. fuel jkt unt costs of fuel: custo médo com combustível, calculado dvdndo-se o total de gastos com combustível elo total de horas voadas. Valores em centavos de reas. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 88

41 Mant jkt unt costs of mantenance: custo médo com manutenção e revsão, calculado dvdndo-se o total de gastos com manutenção elo total de horas voadas. Valores em reas. Rental jkt unt costs of rental: custo médo com aluguel, calculado dvdndo-se o total de gastos com leasng de aeronaves elo total de horas voadas. Valores em reas. Avstl jkt average stage length: Méda das etaas ercorrdas médas das aeronaves que oeram a rota k ela comanha aérea j no temo t. Ponderada elo número total de assentos oferecdos or cada um dos tos de aeronave. Meddo em qulômetros. Para valdar os nstrumentos escolhdos foram realzados testes de valdade e relevânca dos nstrumentos. O teste LR de Correlação Canônca de Anderson defne a qualdade dos nstrumentos em termos de correlação com a varável endógena, sendo os nstrumentos arovados neste teste conforme mostra o resultado do quadro 3 onde os nstrumentos se mostram sgnfcantes ao nível de %. O teste J de Hansen, de ortogonaldade dos nstrumentos ossbltou nferr não ser ossível rejetar a hótese nula de que os nstrumentos são váldos sto é, eles são ortogonas ao vetor de resíduos desde que se admta qualquer nível de sgnfcânca nferor a 0%. Com a realzação dos dos testes arovou-se os nstrumentos seleconados como correlaconados com a varável endógena reço e não correlaconados com o erro. 5.3 Smulação da Fusão: Calbração dos Preços Pós-fusão Para fns da análse de smulação de reços ós-fusão, os resultados das estmatvas or OLS não serão consderados uma vez que a baxa sensbldade da demanda ao reço é resultado do vés da smultanedade e nclusve resulta em elastcdades nferores a em módulo. Esses resultados, conforme mostrou-se no tóco 3., através da equação 7, mlcaram em custos negatvos ara que a fórmula do marku de rodutos em concorrênca olgoolístca fosse válda. Antes de artr ara os resultados da calbração de reços ós-fusão, é mortante dscutr os resultados obtdos no quadro 3. entre os coefcentes obtdos ara a varável Yeld de cada emresa, ode-se notar uma consstênca com o eserado ela sensbldade de um analsta do setor, onde, a emresa com a demanda de maor sensbldade a uma elevação em reços é a Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 89

42 Gol seguda da Vas, Varg e Tam, nesta ordem. este resultado ode-se conclur que uma elevação em reços afetará de forma menos negatva a Varg e a Tam, ndcando que estas emresas realmente têm um roduto dferencado, o que lhes confere maor caacdade de recfcação. Afora esse resultado consstente com a exectatva de analstas, o resultado dos coefcentes das varáves de atrbutos dos rodutos ndca a relevânca de uma maor artcação no share de assentos non sto ofertados e com efeto adconal se este share for em um aeroorto central 3. Com este resultado fca rovado que atrbutos como maor oferta de assentos e, em esecal, a maor oferta em aeroortos centras, também são dferencas na decsão de escolha ela comanha aérea, corroborando desta forma com os resultados de Borensten 989. É desta remssa que se faz valer um dos avanços roostos neste artgo, uma vez que com uma fusão o share de oferta de uma emresa automatcamente rá aumentar, lhe conferndo com sso maor oder de mercado, conforme dscutdo anterormente. A maor resença em uma rota confere a emresa uma maor dsonbldade de assentos e / ou horáros, dmnundo com sso a desutldade enfrentada elo consumdor devdo a um ossível longo temo de esera ou falta de lugares. Esses nconvenentes odem ser enfrentado ao se vajar or uma emresa menor. Por outro lado, uma maor arcela de mercado em horáros de co não se mostrou relevante na determnação da quantdade demandada. O fato da base de dados abranger aenas grandes emresas em rotas densas ode ter dfcultado a erceção deste efeto dentro do modelo roosto, uma vez que os dados ndcam a resença de vôos em horáros de co de todas as emresas em 98% das rotas e meses. Portanto, a resença de todas as comanhas oerando nestes horáros ode ter dfcultado a dentfcação do efeto deste atrbuto na demanda elo roduto desta emresa. A falta de varabldade ode ter sdo rejudcal aos resultados da regressão. O coefcente de varação desta varável é de aenas 0,5. O atrbuto temo relatvo de vôo também não se mostrou sgnfcante, o que ode ser devdo também a uma baxa varabldade deste atrbuto, com coefcente de varação de 0,3. 3 É mortante lembrar que a análse aqu consdera ar de cdades, ortanto nas localdades com dos aeroortos exste um efeto adconal na qualdade do roduto ara o caso de uma maor arcela de assentos ofertados em aeroortos centras. Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 90

43 Um asso segunte da análse dos resultados é a defnção das elastcdades ara que se ossa então rossegur com a calbração dos resultados de equlíbro ós-fusão. Fca defnda, a artr da formulação emírca que a elastcdade ré-fusão calculada leva em conta o share defndo em 4 calculado com base no tamanho de mercado defndo conforme exosto em 40. E que a elastcdade ós-fusão é calculada com base em 4, 40 e quando consderando as varações de qualdade no roduto devdo a fusão é calculada conforme os ré-suostos de 36 e 37. Onde em 36 e 37, os atrbutos que se mostraram relevantes ara a determnação do share revsto são as varáves share de assentos sem escalas e share de assentos sem escala em aeroortos centras. O quadro 4 exbe os resultados das elastcdades médas calculada em termo de todas as rotas bem como o seu desvo adrão. Quadro 4 O quadro 5 or sua vez exbe os resultados das elastcdade observadas caso exstsse uma fusão entre Varg e Tam. Estas elastcdades levam em consderação a varação na qualdade do roduto qualty mrovement devdo ao ganho de share de assentos non sto no total e em aeroortos centras. Quadro 5 Vol. 4, N. 00 Revsta de Lteratura dos Transortes - RELIT Págna 9

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