Um modelo setorial baseado na abordagem kaleckiana da distribuição setorial funcional da renda e na teoria schumpeteriana da concorrência

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1 Um modelo seorial baseado na abordagem kaleckiana da disribuição seorial funcional da renda e na eoria schumpeeriana da concorrência Taiana Massaroli Melo ** *** * Mario Luiz Possas Esher Dweck ***** Resumo Ese arigo uiliza um referencial eórico schumpeeriano e kaleckiano para apresenar um modelo seorial capaz de capar os efeios dinâmicos das inovações sobre a compeiividade e a disribuição seorial funcional da renda. Adoa-se a eoria disribuiva de Kaleck segundo a qual a disribuição funcional da renda é vinculada ao processo de formação de preços por mark-up. É desenvolvido um modelo de simulação para as inerações enre firmas denro de seores específicos a parir do méodo Agen-based modelling. A principal conclusão é que os resulados obidos pelas simulações mosram que as inovações ecnológicas, ao influenciarem preço e mark-up, afeam direamene a disribuição. Palavras-chave: Modelo seorial; Disribuição funcional da renda; Processo de concorrência; Kalecki; Schumpeer. Absrac A secoral model based on he Kaleckian approach of secoral funcional income disribuion and he Schumpeerian heory of compeiion This aricle uses he schumpeerian and kaleckian heories o presen a secoral model able o capure he dynamic effecs of innovaion on compeiiveness and secoral funcional income disribuion. Kalecki s disribuion heory, according o which he funcional income disribuion is linked o markup pricing, is adoped. A simulaion model for ineracion beween companies wihin specific secors is developed from agen-based modelling. The main conclusion drawn from he resuls obained wih simulaions shows ha echnological innovaions direcly affec income disribuion by influencing boh price and markup. Keywords: Secoral model; Funcional disribuion of income; Compeiion process; Kalecki; Schumpeer. JEL B520, O300, O390. Arigo recebido em 14 de julho de 2013 e aprovado em 8 de janeiro de * Professora do Deparameno de Economia da Universidade Esadual Paulisa Júlio de Mesquia Filho (UNESP), Araraquara, SP, Brasil. massaroli@fclar.unesp.br. ** Professor do Insiuo de Economia (IE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil. mariopossas@gmail.com. *** Professora do Insiuo de Economia (IE/UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil. esher.dweck@gmail.com. Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

2 Taiana Massaroli Melo / Mario Luiz Possas / Esher Dweck Inrodução Ese arigo é definido a parir de um referencial eórico schumpeeriano e kaleckiano para analisar os efeios dinâmicos da inovação de produo sobre a compeiividade e a disribuição funcional da renda no nível seorial. A análise deses efeios é realizada a parir da idenificação dos deerminanes das inovações ecnológicas endógenos ao processo compeiivo e ao acúmulo de conhecimeno denro da firma, o qual é expresso em roinas que direcionam parcialmene o processo de busca ecnológica para a solução de problemas específicos (Dos 1988; Nelson; Winer, 1982). Os processos de busca, dirigidos pelas roinas da firma ou modificadores de roinas, êm como consequência o reforço da posição oligopolísica da firma, raduzida em aumeno do mark-up desejado e do marke share. Regras e roinas de comporameno coordenam o processo compeiivo em diferenes esruuras de mercado, desde aquelas em que a concorrência se desenvolve sob condições de pouca complexidade. Por exemplo, a baixa diferenciação de produos viabilizando esraégias compeiivas basane simples, como a compeição em preço, aé os mercados caracerizados por maior complexidade. Quano mais complexo o ambiene em que a compeição se desenvolve, iso é, ala diferenciação de produo, sofisicação dos processos produivos envolvidos e incereza fore acerca dos resulados de deerminada ação, maior a imporância relaiva da inovação ecnológica como esraégia compeiiva. As inovações ecnológicas, sejam de produo ou de processo, endem a afear a disribuição funcional seorial da renda na medida em que ampliam as assimerias enre as firmas, aumenando as diferenças enre firmas inovadoras e imiadoras. A análise dos efeios da combinação de inovações de processo e produo sobre a dinâmica compeiiva de seores específicos é realizada a parir do comporameno do marke share das firmas que compõem o seor, da capacidade desas de maner mark-ups elevados, do grau de concenração do seor, bem como da disribuição funcional da renda no nível seorial. Apesar de reconhecer a imporância conjuna dos efeios dos dois ipos de inovação, espera-se que as inovações de produo exerçam maior impaco sobre a dinâmica compeiiva dos seores, em função do reconhecimeno dese ipo de inovação como elemeno fundamenal no processo de mudança ecnológica (Verona; Ravas 2003; Doughery, 1992; Nonaka, 1994; Savio 2001; Daneels, 2002). Ao flexibilizar o rade off enre mark-up e marke share, a inovação de produo permie a subsiuição da concorrência em preço pela concorrência em diferenciação, ampliando as vanagens compeiivas das firmas inovadoras. A criação de novos produos é o elemeno cenral uilizado pelas organizações para se adaparem ou mesmo modificarem seu ambiene de auação (Eisenhard; Trabiz 1996). Nas indúsrias de ala ecnologia, a compeição é foremene baseada em diferenciais de desempenho do produo. Em conraparida, em indúsrias ecnologicamene maduras, a necessidade de redução de cuso, em 110 Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

3 Um modelo seorial baseado na abordagem kaleckiana da disribuição seorial funcional da renda... virude da compeição em preço, ende a concenrar os gasos de P&D em inovações de processo (Pleaska; Teece, 2001). Ademais, as inovações de produo represenam rajeórias observáveis de mudança écnica incremenal provenienes de processos de aprendizado não observados, ais como learning by searching e learning by ineracing (Corsino; Gabriele, 2010; Malerba, 1992). Em indúsrias mais inensivas em inovação de produo, o crescene uso de diferenciação verical de produos e as mudanças periódicas de paradigmas ecnológicos endem a mudar rapidamene parcelas de mercado preexisenes, emergindo novas lideranças. Dessa forma, a compeição em indúsrias de ala ecnologia e inensivas em inovação de produo é mais inensa que a compeição nas indúsrias maduras e inensivas em inovação de processo (Pleaska; Teece, 2001). A obenção de rendas diferenciais a parir de um processo dinâmico de inrodução de inovações bem-sucedidas pode culminar no surgimeno de maior variedade e diversidade seorial, promovendo mudanças endógenas na composição do sisema econômico. Nese cenário, seores cujo desempenho ecnológico se assemelha àquele da froneira ecnológica endem a apresenar maior chance de sobrevivência, dada a ala axa de inrodução de inovações observada. Dessa forma, é possível que rabalho e ouros recursos produivos possam ser deslocados de seores anigos, menos dinâmicos ecnologicamene, para os novos seores, mais dinâmicos (Savio 2001; Savioi; Pika, 2008). A análise das inerações enre as diferenes firmas em seores esilizados é feia a parir de um méodo de modelagem baseado em agenes Agen-Based Modelling (ABM). O uso da modelagem baseada em agenes é jusificado pelo fao de aprendizado e ineração serem elemenos cenrais para a compreensão de sisemas complexos (Sorper, 1996; Dosi e al., 1990). Porano, a dinâmica compeiiva e o processo de mudança ecnológica não podem ser compreendidos a parir de modelos analíicos, baseados em exercícios de esáica comparaiva e nos pressuposos de equilíbrio e obenção de resulados maximizadores, mas como um processo que, consanemene, gera mudanças enre os aores econômicos ao longo do empo (Nelson; Winer, 1982; Dos 1988; Dosi e al., 1997). Nese ipo de abordagem o agene represena as pares que consiuem o sisema, definidas a parir de regras de comporameno e dados iniciais, com capacidade de omar decisões e aprender (Dawid, 2005; Arhur, 2005). Em relação ao méodo de simulação, observa-se sua crescene aplicação na economia, apesar das críicas ao seu emprego (Cyer; March, 1963; Valene, 1999; Axelrod, 2005). A principal críica ao uso de simulações diz respeio à liberdade associada à écnica, levando à fala de rigor na formulação do modelo e na inerpreação dos resulados. No enano, esa críica é errônea, pois a liberdade dos modelos de simulação é fundamenal para a compreensão de sisemas complexos, na Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

4 Taiana Massaroli Melo / Mario Luiz Possas / Esher Dweck medida em que orna o insrumenal meodológico compaível com as caracerísicas do objeo de análise, e não o conrário, como ocorre com os modelos analíicos (Valene, 1999; Dawid, 2005; Garson, 2009) O modelo aqui uilizado foi originalmene desenvolvido em Possas (1983) e Possas, Kobliz e al. (2001). Algumas alerações foram realizadas em relação ao modelo original, ais como: (i) inrodução de inovação de produo; (ii) o salário passa a ser deerminado endogenamene, possibiliando a análise da disribuição seorial funcional da renda; (iii) a demanda do seor orna-se parcialmene endógena, sendo influenciada pela inovação de produo. Denre os elemenos da dinâmica indusrial, desacam-se algumas variáveis seoriais que possuem implicação disribuiva: (i) marke share; (ii) concenração indusrial; (iii) disribuição de renda (salários/renda); (iv) excedene bruo. O modelo é essencialmene eórico, no senido de que não incorpora dados reais (embora os dados uilizados nas simulações sejam empiricamene plausíveis), e esá baseado em microfundamenos schumpeerianos e kaleckianos, com os quais preende explicar a dinâmica seorial como resulado das inerações das firmas. 1 Esruura do modelo Nese rabalho, os impacos das inovações de produo sobre a compeiividade e a disribuição enre salários e lucros no nível da firma serão analisados a parir da comparação enre seores esilizados. Em odos os cenários os seores serão consiuídos de firmas inovadoras e imiadoras, que realizam inovações de produo e processo. Os faores que diferenciam os seores nos diversos cenários simulados são: (i) a inensidade dos gasos em P&D desinados à inovação de produo e inovação de processo; (ii) diferenças seoriais enre os coeficienes de elasicidade-preço e elasicidade-qualidade da compeiividade, com maior peso do primeiro em relação ao segundo no caso de o seor ser mais inensivo em inovação de processo, e vice-versa para um seor mais inensivo em inovação de produo. A diferença das elasicidades informará acerca da esraégia compeiiva predominane em cada seor, iso é, se a compeição em inovação de produo é mais ou menos inensa em relação à inovação de processo. Em relação à esraégia compeiiva em preços, como firmas mais inovadoras endem a serem líderes de preço, enquano firmas mais imiaivas endem a ser seguidoras de preço, um faor que diferenciará as empresas denro do mesmo seor é a imporância dada ao mark-up desejado e ao mark-up efeivo na deerminação do preço. No caso de firmas mais inovadoras, a escolha do preço praicado será al que o preço desejado (e porano o mark-up desejado) erá maior peso que o preço de mercado, o inverso ocorrendo com firmas mais imiadoras. Dessa forma, os cenários a serem simulados compreenderão basicamene dois ipos de seores: (1) seores inensivos em inovação de produo; (2) seores inensivos em inovação de processo. 112 Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

5 Um modelo seorial baseado na abordagem kaleckiana da disribuição seorial funcional da renda... Os seores serão esilizados com base na rajeória ecnológica de suas firmas, cuja principal fone de ecnologia é a aividade de P&D. As inovações inroduzidas pelas firmas do primeiro ipo de seor, associadas em grande pare ao desenvolvimeno das ciências básicas, êm um efeio posiivo sobre sua compeiividade, permiindo ampliação do mark-up e da parcela dos lucros na renda sem compromeer o marke share. O desenvolvimeno das ciências básicas ende a promover maior dinamismo compeiivo, já que os resulados de pesquisa produzidos na área de ciências básicas permiem a criação de produos e mercados genuinamene novos. No caso dos seores do segundo grupo, as inovações de processo inroduzidas pelas firmas geram ganhos de produividade e redução de cusos que, ao serem repassados para os preços, permiem elevação do marke share, embora ese aumeno não seja necessariamene acompanhado por elevação do mark-up. Os benefícios econômicos do progresso écnico serão disribuídos enre os salários e os lucros de cada seor de acordo com a esraégia ecnológica de suas firmas e seus efeios direos e indireos ao longo do empo, conforme será dealhado mais à frene. A escolha de seores esilizados é pare do objeivo de consruir um modelo eórico capaz de explicar a dinâmica da economia como um sisema complexo adapaivo evolucionário. Paricularidades hisóricas, nacionais e insiucionais, como já assinalado, não serão consideradas expliciamene, mas em versões poseriores poderão ser raadas como parâmeros ou variáveis exógenas ao modelo (Possas, 1983). Com o inuio de permiir uma análise dinâmica, deverão ser incorporados ao modelo os mecanismos pelos quais as firmas enam se adapar ao ambiene. Em Possas, Kobliz e al. (2001), os mecanismos adapaivos podem ser incorporados à análise pela inrodução de elemenos ais como: aspecos relaivos à demanda efeiva nas decisões de produção e invesimeno; uso de uma equação de preços em que o mark-up desejado esá sujeio a mudanças endógenas em virude das avaliações esraégicas das firmas; resrições financeiras relaivas à decisão de invesir; enre ouros. Seguindo a meodologia adoada no modelo evolucionário seorial desenvolvido por Possas, Kobliz e al. (2001) e uilizada em Dweck (2006), ais elemenos são esruurados em quaro blocos de equações, sendo o quaro inroduzido de forma explícia para efeio dese rabalho: Bloco 1: deerminação das variáveis produção, preços e lucros; Bloco 2: deerminação das decisões de invesimeno; Bloco 3: deerminação dos procedimenos de busca ecnológica; Bloco 4: geração e disribuição da renda no nível seorial. No modelo de Possas, Kobliz e al. (2001), as decisões de produção e invesimeno são omadas considerando o princípio da demanda efeiva, o que implica a disinção enre produção e vendas e ausência de equilíbrio como posulado. Os preços são deerminados a parir da média ponderada enre preço médio desejado Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

6 Taiana Massaroli Melo / Mario Luiz Possas / Esher Dweck e preço médio do mercado. O preço médio desejado é definido pelo mark-up desejado e cusos variáveis, sendo o mark-up desejado sujeio a variações endógenas devidas a avaliações esraégicas e resrições financeiras no âmbio das decisões de invesir. Os seores simulados nos diferenes cenários, diferenciados pelo grau de inensidade ecnológica, são caracerizados como oligopólios em que a concorrência se dá via preço e diferenciação de produos. Nos seores mais inensivos em inovação de processo, a concorrência via preço será mais inensa que a concorrência em diferenciação de produos (e vice-versa), o que é operacionalizado no modelo por meio de mudanças nos parâmeros de elasicidade da compeiividade em relação a preço (ε p) e elasicidade da compeiividade em relação à qualidade (ε q). 2 Equações do modelo 2.1. Bloco 1a: demanda e decisões de produção Demanda Em virude de ese ser um modelo seorial, a demanda e seu crescimeno são deerminados exogenamene. No enano, a exisência de inovação de produo faz com que o crescimeno da demanda seja em pare deerminado endogenamene, dado que os seores mais inensivos em inovação de produo, ao criarem novos segmenos de auação, ou novos mercados, permiem que a demanda se ajuse à inovação 1, frene a uma inovação de produo bem sucedida. A equação de demanda é descria como: λ( + q α. e = p D em que, é a demanda oal do mercado, α é o amanho inicial do mercado, λ é a axa de crescimeno da demanda do mercado, D é o preço médio do mercado 2 e ε represena a elasicidade-preço do mercado. A variável represena a qualidade máxima obida no seor, iso é, a maior qualidade alcançada enre as firmas do seor 3. ε MAX ) p q MAX (1) (1) No modelo aqui proposo, o ajuse da demanda à inovação de produo ocorre com defasagem de 4 períodos de produção. (2) p é a média harmônica da razão enre o marke-share (s ) e o preço praicado por cada firma p :. 1 p = s i, p 3 Nas simulações foram adoados: α=60.000; γ=0,01; p =100 e ε= Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

7 Um modelo seorial baseado na abordagem kaleckiana da disribuição seorial funcional da renda Decisões de produção As decisões de produção são baseadas na deerminação da produção programada, a qual depende das seguines variáveis: (a) vendas previsas; (b) esoques; (c) encomendas efeivas. A produção programada é deerminada por: * e s xi, = xi, ( 1+ σ ) xi, 1 * 0 x x onde σ é deerminado exogenamene 4. A produção no início do período é represenada por x * e visa aender os seguines objeivos: (a) as vendas previsas ou esperadas e x i, para o final do período de produção; (b) a manuenção do esoque s i O nível do esoque é deerminado como uma proporção fixa σ das vendas, uilizando as vendas previsas como proxy das vendas, dado que esas ainda não são conhecidas. O nível máximo de produção é dado pela capacidade produiva insalada x, i, medida em unidades de produção. As vendas previsas são definidas por:, (2) x,. e x e + γ ( e e 2) = 1 1 (3) onde γ é definido exogenamene 5. Os auores supõem que a formação de expecaivas da firma quano às vendas segue a regra de expecaivas exrapolaivas, a parir das encomendas efeivas e 1, definidas como: e = si, e (4) em que e e marke share da firma. s i, represenam, respecivamene, a demanda oal do mercado e o Os esoques de produos acabados são esabelecidos conforme equação abaixo: sendo x i, as vendas. s * s x = xi, + x 1 xi, (5) (4) No modelo de Possas, Kobliz e al. (2001), fixou-se σ =0,1, iso é, as empresas esão disposas a esocar 10% das vendas como margem de segurança. (5) No modelo supraciado, γ =1. Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

8 Taiana Massaroli Melo / Mario Luiz Possas / Esher Dweck As encomendas efeivas (equação 4) dependem de um faor exógeno i (demanda oal do mercado) e um faor endógeno (marke share). O marke share é deerminado pela replicaor dynamic equaion e definido como função de um E i índice de compeiividade, com base no preço e no araso de enrega (a seguir, equação 3). A compeiividade da firma é dada por: s, E = p ε p q ε q. dd ε dd (6) p em que i dd é o preço, i q é o araso de enrega da firma represena a qualidade εp do produo,, dd ε εq e são, respecivamene, as elasicidades da compeiividade da firma em relação ao preço, ao araso de enrega 6 e à qualidade do produo. s i, A parir da definição dos índices de compeiividade é possível deerminar como função da razão enre a compeiividade da firma e a compeiividade média do mercado: onde E s = s µ 1 E, (7) 0 µ 1 e i = 1. A noção de compeiividade adoada é compaível com a observação de Silverberg (1987), segundo a qual são as alerações relaivas de preços, e não variações absoluas, que levam o consumidor a desviar suas encomendas de um fornecedor para ouro. 2.2 Bloco 1b: decisões de preço E = n E s i, i, 1 A equação de preços é consisene com a replicaor equaion apresenada em Silverberg, Dosi e Orsenigo (1988) e com a equação de preços uilizada em Kalecki (1954, cap. 1) para a análise do grau de monopólio : p p p 1 1 d p p = θ p 1 1 ( 1 θ ) 1 O parâmero (aualizável) θ, uilizado no cálculo do mark-up desejado e do preço, define a agressividade compeiiva da empresa em preço, e é aualizado por: 1 + E ei, 1 dd = x 1 (6) O índice de araso de enrega, acompanhando Silverberg e al. (1988), é deerminado por. E 1 (8) 116 Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

9 Um modelo seorial baseado na abordagem kaleckiana da disribuição seorial funcional da renda... d s 1 si, θ = + θ 1 1 ϕ d si, (9) em que s 1 e s, represenam, respecivamene, o marke share médio (dos úlimos d i 8 períodos) da firma com 1 período de defasagem, e o marke share desejado, sendo 0 < θ < 1. Ι feia uma avaliaηγo do parβmero θ a cada oio períodos de produção a parir da comparação enre o marke share médio defasado em um d período e o marke share desejado da firma i. Quando 1 > s, haverá um s incremeno da variável θ, caso conrário, ela será reduzida. O parâmero φ, por sua vez, define o peso da diferença relaiva enre o marke share médio defasado e o marke share desejado na aualização do valor da variável θ. No presene modelo, φ = 1. A especificação da equação (8) acima é simplificada da seguine forma: o preço da firma é formado por uma média ponderada enre o preço desejado e o preço médio do seor. Esa ideia pode ser melhor compreendida rearranjando os ermos da equação de preços, deixando de lado o araso de enrega, considerando ε p=1 e subsiuindo a equação de compeiividade original 7 na equação de preços: ou p ( θ ) p 1 d = θp + 1 (10) k i d p = θki + ( 1 θ ) u 1 (11) d d p O preço i = ki ui na equação (6) represena o preço desejado da firma, d k u quando esa aplica o mark-up desejado, i, sobre os cusos variáveis médios i,. 8 Na equação (11) o mark-up efeivo (k i) é resulado de uma solução de conciliação enre o mark-up desejado, ou mark-up esraégico de longo prazo, e as condições vigenes no curo prazo e corresponde ao preço efeivo (p i) a cada período. Esa equação equivale à uilizada por Kalecki (1954, cap. 1), que pode ser inerpreada como uma exensão do princípio do cuso oal em condições de oligopólio diferenciado, pois ao formar seu preço a firma considera, além de seu nível de aspiração desejado de longo prazo ou mark-up desejado (k d ), as condições vigenes no mercado no curo prazo, iso é, o preço praicado pelas demais firmas. (7) A equação de compeiividade, originalmene proposa em Siverberg e al. (1988) e incorporada 1 em E Possas, Kobliz e al. (2001), sem considerar os efeios das inovações de produo, era definida como: i, = ε p εdd p. ddi, (8) Para deerminar o mark-up desejado a firma considera, além de seu preço desejado, o comporameno do mercado, com base na diferença enre sua compeiividade e a compeiividade média. A equação do mark-up desejado será definida poseriormene. Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

10 Taiana Massaroli Melo / Mario Luiz Possas / Esher Dweck A inrodução de inovações de produo possibilia uma ampliação mais acenuada do mark-up desejado, pois a compeiividade deixa de depender exclusivamene do preço. Dessa forma, o mark-up desejado será influenciado pela variação da qualidade do produo, que aumena a compeiividade da firma, e reajusado a cada oio períodos de produção de acordo com a expressão abaixo: De acordo com a equação acima, o mark-up desejado é formado, em, 1 primeiro lugar, pela variável, que esabelece o mark-up que a firma uiliza para calcular seu preço desejado, definida respeiando as condições abaixo: d d * d k < k 1 k ki (i) Se enão i, =, 1. p E + χ. k ϕ Nese caso, sempre que o mark-up desejado do período aual for inferior ao mark-up desejado do período anerior, a variável E k d * 1 1 d k = k * k i assumirá ese úlimo valor. d d k k u * d max 1 u 1 k = min( k, k ) (ii) Se e < 0 enão. u 1 A variável assumirá no período o menor valor enre o mark-up desejado e o valor máximo que o mark-up pode assumir de forma a maner o preço desejado max k consane ( ) 9, o que ocorrerá sempre que o mark-up desejado do período aual for maior ou igual ao mark-up desejado do período anerior e ocorrer uma redução do cuso variável uniário enre os períodos. Dessa forma, é possível aumenar o mark-up desejado em função da redução dos cusos variáveis uniários, manendo consane o preço desejado. d d * * k k u 1 u 1 k (iii) Se e enão i, = k, 1 > 0 i. u 1 Nese úlimo caso, ainda que o mark-up desejado do período aual seja maior ou igual ao mark-up desejado do período anerior, o aumeno do cuso variável uniário impede qualquer reajuse da variável, manendo seu valor aual igual ao valor assumido no passado. Em ais circunsâncias, o preço desejado aumenará na mesma proporção do aumeno do cuso variável uniário. * k E * k (12) uniário: k max (9) A variável k é calculada a parir do mark-up do período anerior e da variação do cuso variável = k max * 1 1 u 1 u. + u. 118 Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

11 Um modelo seorial baseado na abordagem kaleckiana da disribuição seorial funcional da renda... A oura pare do mark-up desejado será deerminada pela diferença enre o mark-up poencial médio do período anerior ajusado pela variação da compeiividade ( 1 ) 10, e o mark-up desejado da firma no período anerior. Esa diferença é ponderada pelo parâmero χ o qual, conceiualmene, indica a imporância aribuída pela firma ao comporameno do mercado, iso é, à diferença * p k d k 1 * p k enre 1 e, na deerminação de seu mark-up desejado. A regra de deerminação do mark-up desejado revela o caráer esraégico desa variável para a firma. Como as alerações no mark-up desejado dependem da posição compeiiva da firma no seu mercado de auação, a ampliação desa variável esá condicionada à capacidade de aumenar seu marke share, por meio da inrodução de inovações de processo reduoras de cuso e/ou inovações de produo que permiam a obenção de um preço prêmio. A práica de mark-ups que crescem a axas elevadas, gerando rajeórias explosivas, seria compaível apenas com siuações de elevada e crescene concenração do mercado. No enano, como o modelo prevê enrada e saída de firmas e oporunidade ecnológica para imiação, a possibilidade de concenração oal no mercado é baixa. Dessa forma, a ampliação do mark-up sempre esará condicionada ao posicionameno da firma no seu mercado de auação. 2.3 Bloco 2 Deerminação das decisões de invesimeno A decisão de invesir é omada com base em dois componenes: (a) ajuse do grau de uilização de capacidade; (b) modernização ecnológica. p (10) O mark-up poencial médio da firma, k i, é obido a parir do mark-up poencial da firma nos úlimos p p p p p p k... oio períodos: + k + k + k + + k p k =, em que, p p. O mark-up poencial ( k k 8 = i, ) represena u a margem do preço médio do mercado ( p ) sobre o cuso variável uniário da firma ( u, ). Ese cuso, i u i,, é a soma do cuso uniário com maéria-prima e ouros insumos, m, e o cuso uniário com mão de obra, o qual depende da i axa de salário nominal, w i,, e da produividade média da firma, π, de forma que: wi, u = mi +. m é i π definido como parâmero ( m = 40), enquano as variáveis w i, e π possuem, respecivamene, as condições i iniciais 40 e 1. Por sua vez, o mark-up poencial médio do período anerior ajusado pela variação da compeiividade da firma ( E ) em relação à média do seor ( i, E ), ponderada pelo parâmero ϕ, é definido por: p* p E 1 E 1 k 1 = k ϕ E 1. Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

12 Taiana Massaroli Melo / Mario Luiz Possas / Esher Dweck Ajuse do grau de uilização da capacidade O período de invesimeno (T) é composo por quaro períodos de produção. Os equipamenos encomendados ao final do período de invesimeno correne esarão disponíveis apenas no segundo período de invesimeno à frene (T+2). A previsão de encomendas (vendas poenciais) para o período T+2, e xi T 2, +, é feia por exrapolação das encomendas médias dos períodos de invesimenos aneriores. Modernização ecnológica A decisão de invesimeno em modernização ecnológica é feia a parir da comparação enre os cusos de reposição dos equipamenos anigos e os ganhos de redução de cusos pelo uso de uma nova safra de bem de capial ao longo de um período de payback (pb), no qual se espera ober o reorno para o invesimeno em modernização: p bk F, pb 1 1 w F π i j i,, π, bk Na equação acima p F, é o preço do novo bem de capial, π i, j, é a F produividade correne do bem de capial da safra aniga e π a produividade do bem de capial da froneira ecnológica. 2.4 Bloco 3 Procedimenos de busca ecnológica (13) Seguindo Nelson e Winer (1982), na deerminação dos procedimenos de busca ecnológica as firmas são divididas em imiaivas e inovaivas. As novas ecnologias são adquiridas via esraégia de imiação das inovações inroduzidas por ouras firmas ou via esraégia de inovação, em que a própria firma inroduz a inovação primária. O modelo é consruído sob o pressuposo de que a difusão do sucesso inovaivo ou imiaivo denro da firma depende dos invesimenos em capial fixo, iso é, a ecnologia é capial embodied. A hipóese do modelo é que a inrodução de avanços ecnológicos em cada seor seja feia basicamene por meio de aquisições de bens de capial, porém considera-se que a aividade de P&D inerna das firmas é crucial para o projeo, operação adequada e aperfeiçoameno ecnológico dos equipamenos adquiridos via aprendizado. O modelo supõe que o esoque de capial fixo da firma é composo por equipamenos de diferenes produividades, de forma que esa depende de quais 120 Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

13 Um modelo seorial baseado na abordagem kaleckiana da disribuição seorial funcional da renda... desses bens são uilizados. Os efeios do aprendizado são incorporados no modelo por meio das seguines regras de comporameno, com base em Possas e al. (2001): onde: SKILL = 1+ BONUS 1 exp V _ SKILL CQ 1 SKILL i, é uma variável que represena o efeio do aprendizado da firma i sobre a produividade a parir da produção acumulada ( CQ, ) de cada bem de capial; BONUS é um parâmero que mede o aumeno máximo de produividade alcançado por meio do efeio aprendizado 11. V_SKILL é um parâmero que define a axa de crescimeno do efeio de aprendizado em função da produividade acumulada 12. A vanagem compeiiva associada ao uso de um equipameno mais produivo é poencializada pelos ganhos de produividade provenienes do efeio do aprendizado do ipo learning by doing, sendo eses oalmene incorporados pela firma. A exisência dese efeio de aprendizagem ende a reforçar aé cero pono o sucesso das firmas inovadoras, em especial aquelas que realizam inovações de processo. Ese efeio é comenado nas simulações apresenadas na próxima seção. No modelo de Possas e al. (2001), os efeios de learning by doing são específicos a cada equipameno; quando ese é subsiuído por ouro mais produivo a firma passa para uma nova curva de aprendizado. Um pressuposo imporane do modelo é que o aumeno de produividade, proveniene do processo de learning by doing, denro de um mesmo equipameno ende progressivamene a se esgoar. Ese efeio leva à necessidade de aquisição de novos equipamenos para maner os ganhos de produividade no longo prazo, dando oporunidade às firmas que ficaram para rás realizarem o caching-up ou mesmo ulrapassarem as firmas líderes em ecnologia no modelo anigo. Assume-se que a firma adquire o equipameno com maior produividade, por imiação ou inovação, seguindo processos esocásicos em dois eságios: a) Produividade associada à imiação de processo M 1º eságio: escolha da produividade π z, a imiar i (14) π M = 0 z, d m max π j, z, j (15) (11) No modelo BONUS = 0,15. (12) No modelo V_SKILL = 0,05. Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

14 Taiana Massaroli Melo / Mario Luiz Possas / Esher Dweck 0 onde π é a produividade do bem de capial j da firma i no seor z (ecnologia j, z, da froneira). 2º eságio: probabilidade de sucesso imiaivo em processo (d m=1) Pr ( = 1) = 1 exp( ρ p x a ) d m m, i em que d m é uma variável aleaória com disribuição de Bernoull represenando, respecivamene, sucesso ou fracasso do esforço imiaivo, conforme d m= 1 e d m= 0. O parâmero ρ expressa quano a firma gasa em P&D imiaivo como proporção m, i da receia, e a m é um parâmero exógeno de oporunidade ecnológica de sucesso imiaivo 13. b) Produividade associada à inovação de processo 1º eságio: probabilidade de sucesso inovaivo em processo ( 1) = 1 exp ρ ρ x a Pr d n = n, n onde analogamene d n é uma variável aleaória com disribuição de Bernoull ρ n é a proporção da receia gasa com P&D inovaivo e a n é o parâmero exógeno de oporunidade ecnológica de sucesso inovaivo em processo. 14 d n = 1) 2º eságio: produividade obida pela inovação de processo (ocorre se m (16) (17) log( π ) ~ N(µ ; σ 2 ) N (18) onde σ é dado exogenamene. A produividade da nova ecnologia será dada por uma variável lognormal com valor esperado crescendo, por hipóese, a uma axa exógena, devido ao pressuposo de regime science based 15, em que o parâmero µ equivale à oporunidade ecnológica para inovação de processo no seor. A escolha ecnológica final definirá a produividade da froneira inerna da firma (π F ): F N M ( π π ) π, = max π F i 1 (19) (13) O parâmero de oporunidade ecnológica de sucesso imiaivo foi ajusado para gerar o valor esperado de dois sucessos imiaivos no mercado por período de invesimeno, resulando no valor 0,00008 para o parâmero. (14) Idem à noa anerior. O parâmero assume o valor 0,0002. (15) Nas simulações foi suposo µ = 1 + g µ e σ fixo. O parâmero g µ reflee a axa de crescimeno da produividade laene, iso é, a axa de crescimeno da oporunidade ecnológica no seor. 122 Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

15 Um modelo seorial baseado na abordagem kaleckiana da disribuição seorial funcional da renda... No caso da inovação de produo, o efeio posiivo sobre a compeiividade é capado pela inrodução de diferenciais de qualidade do produo, a parir de gasos em inovação e imiação seguindo processos esocásicos em dois eságios, como aqueles descrios aneriormene. No caso da qualidade obida por meio dos gasos em inovação de produo, aplica-se a mesma regra definida na equação (18). A diferença, nese caso, é que o parâmero µ equivale à qualidade laene ou oporunidade ecnológica para inovação de produo e g µ corresponde ao rimo de deslocameno da froneira ecnológica dada pela axa de crescimeno do valor esperado do logarimo da qualidade obida com uma inovação bem-sucedida. 2.5 Bloco 4 Geração e disribuição da renda O avanço ecnológico, ao influenciar preço e mark-up, afea a disribuição seorial funcional da renda. Esa ideia pare da proposa Kaleckiana de deerminação da disribuição funcional da renda considerando as especificidades do processo de formação de preços. Uma vez que os preços e salários, em mercados regidos por mark-up, são definidos no momeno da decisão de produção ou pouco anes, é possível deerminar o excedene uniário de cada firma subraindo do preço o pagameno de imposos indireos e cusos uniários de salários e insumos. ex i ( ) p u = 1 τ, i em que, ex é o veor dos excedenes bruos uniários das firmas, τ é o veor formado pelas alíquoas de imposo indireo sobre as vendas 16, p e u são respecivamene os veores de preços e cusos uniários. O excedene bruo oal de cada firma é obido muliplicando o excedene uniário pelas vendas deerminadas ex pos. A inrodução de inovações de produo e de processo influencia o excedene bruo por meio dos veores de preço e cusos uniários. No primeiro caso, o progresso écnico permie que o aumeno de qualidade do produo (q ) exerça impaco posiivo sobre o preço e o excedene bruo, sem compromeer a compeiividade da firma. No segundo caso, o aumeno da produividade do rabalho e a consequene redução dos cusos variáveis, decorrene da inovação de processo, leva à redução de u e p, o que permie aumeno de compeiividade e expansão do marke share, enquano o efeio sobre o mark-up depende da magniude da redução do preço frene à queda do cuso variável de produção. A equação de salário é definida por: π j, 1 π j, 5 w j = +, wj, 1 1 γ, π j, 5 (20) (21) (16) No modelo, supõe-se um imposo indireo sobre as vendas de 10%. Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

16 Taiana Massaroli Melo / Mario Luiz Possas / Esher Dweck onde γ é dado exogenamene e deermina a parcela do aumeno de produividade devido ao progresso écnico que é incorporada no salário. 3 Resulados As simulações serão apresenadas nas seguines variáveis: (1) marke share; (2) excedene bruo; (3) salários; (4) paricipação dos salários na renda no nível da firma; (5) paricipação dos salários na renda seorial; (6) concenração de mercado medida pelo índice Inverso de Hirschman-Herfindahl. Os resulados a seguir êm o objeivo de apresenar os ipos de rajeórias geradas pelo modelo para as variáveis escolhidas acima 17. As simulações foram realizadas comparando rês ipos de seores esilizados: (i) seor em condiçõespadrão, com inovação de processo e sem inovação de produo; (ii) seor inensivo em inovação de produo; (iii) seor inensivo em inovação de processo. Nese modelo, as firmas diferem segundo os seguines aspecos: (1) escolha da esraégia de preços, definida em ermos do peso aribuído ao mark-up desejado (variável Ө da equação de preços) vis-à-vis o preço médio do mercado; (2) esraégia de busca ecnológica inensiva em inovação (ou imiação) de produo ou inovação (ou imiação) de processo, sendo definida com base na parcela da receia gasa em P&D. As firmas esão divididas enre inovadoras fores (4% da receia gasa em P&D inovaivo e 2% desinados à imiação), inovadoras fracas (2% da receia gasa em P&D inovaivo e 4% desinado à imiação) e imiadoras esrias (4% da receia gasa em P&D imiaivo). No caso dos seores (ii) e (iii), a parcela da receia gasa em P&D para inovações de processo e inovações de produo deermina se o seor é inensivo em inovação de processo ou em inovação de produo. 3.1 Resulados das simulações nas condições-padrão As simulações apresenadas a seguir correspondem às condições-padrão, pois represenam as condições mais ípicas para os parâmeros e condições iniciais. Esas simulações êm o objeivo de apresenar o funcionameno básico do modelo e as rajeórias por ele geradas. Nese caso, as simulações supõem um seor que não realiza inovações de produo; a elasicidade-preço da compeiividade é uniária; e o (17 ) O sofware uilizado para ober os resulados das simulações foi o Laboraory for Simulaion Developmen (LSD). Os resulados apresenados em cada uma das simulações foram comparados com os resulados de dez rodadas de simulações, uilizando dez semenes aleaórias disinas. Não foram idenificados resulados subsancialmene diferenes enre cada uma das rodadas de simulação uilizando semenes aleaórias diferenes. A uilização de várias rodadas com semenes aleaórias disinas em o objeivo de esar a validade do modelo, mosrando que os resulados obidos não são fruo de aleaoriedade. No caso das variáveis agregadas no nível seorial - (a) Disribuição seorial funcional da renda; (b) Índice inverso de Hirschman-Herfindahl os resulados apresenados correspondem a valores médios, a parir das diferenes rodadas supraciadas. 124 Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

17 Um modelo seorial baseado na abordagem kaleckiana da disribuição seorial funcional da renda... repasse dos ganhos de produividade para os preços, expresso pelo parâmero γ, não é inegral (γ = 0,75). Seor com inovação de processo e sem inovação de produo A escolha dos valores iniciais de variáveis e parâmeros específicos em o propósio de represenar o comporameno de um seor cuja esraégia ecnológica reside apenas na inrodução de inovações de processo. Com a finalidade de comparar as rajeórias obidas em diferenes configurações de variáveis e parâmeros, as condições iniciais e parâmeros a seguir represenam um seor em condições-padrão. As variáveis em que as simulações são apresenadas, delimiadas no ópico anerior, são analisadas primeiramene em um seor sem inovação de produo, para que seja possível verificar os impacos da inovação de produo no modelo. As simulações a seguir parem da premissa de que um oligopólio ecnologicamene dinâmico enderá a compeir em preço, mas eviando a queda do mark-up das empresas inovadoras, como resulado das inovações de processo, sem acarrear guerras de preços. As simulações foram feias considerando um seor com oio firmas e com as seguines condições iniciais: Tabela 1 Condições iniciais Seor em condições-padrão (sem inovação de produo) Mercado Oporunidade ecnológica para inovação de processo 0,005 Velocidade do aprendizado 0,025 Oporunidade ecnológica para inovação de produo 0,00 Elasicidade-preço da compeiividade 1,00 Elasicidade-qualidade da compeiividade 0,00 Firma F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 Parcela da receia gasa com inovação de processo 0,04 0,04 0,04 0,02 0,02 0,00 0,00 0,00 Parcela da receia gasa com imiação de processo 0,02 0,02 0,02 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 Parcela da receia gasa com inovação de produo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Parcela da receia gasa com imiação de produo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Parâmero γ (equação de salário) 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 Variável Ө (equação de preço) 0,70 0,70 0,70 0,60 0,60 0,30 0,30 0,30 Os parâmeros de oporunidade ecnológica para inovação de processo e inovação de produo informam, respecivamene, o crescimeno exógeno da produividade correspondene à froneira ecnológica (produividade laene) e o crescimeno exógeno da qualidade correspondene à froneira ecnológica (qualidade laene). A variável θ da equação de preços (peso do mark-up desejado na formação do preço) revela a esraégia compeiiva da firma em relação à escolha do preço praicado. Como as firmas mais inovadoras endem a ser líderes de preço e firmas mais imiadoras endem a ser seguidoras, o maior θ associado às firmas inovadoras indica que o mark-up desejado é mais relevane que o mark-up ao preço de mercado na deerminação do preço desas firmas, e vice-versa. Firmas mais inovadoras, seja Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

18 Taiana Massaroli Melo / Mario Luiz Possas / Esher Dweck em processo ou produo, aposam no sucesso inovaivo para redução de cusos ou aumeno de qualidade dos produos, de maneira a aumenar sua margem de lucro. Nesa simulação-padrão (Figura 1) não há grande variabilidade enre os marke shares de empresas inovadoras e imiadoras, indicando que o efeio de aprendizado permie às imiadoras maner faias de mercado próximas àquelas obidas pelas inovadoras, o que jusifica a baixa concenração de mercado, verificada pelo índice de concenração inverso de Hirschman-Herfindahl. Não há grande dispersão do excedene bruo enre as empresas e a endência declinane da paricipação do salário na renda é basane suil; porano, a inovação de processo, nese caso, não aumena significaivamene a paricipação do excedene bruo, em derimeno dos salários, na renda seorial. Figura 1 Marke share, excedene bruo, salário, disribuição funcional seorial da renda e concenração de mercado em um seor sem inovação de produo Gráfico 1 - Marke Share MS_1 MS_2 MS_3 MS_4 MS_5 MS_6 MS_7 MS_8 Gráfico 3 - Salários 35 Salário_1 Salário_2 Salário_3 Salário_4 Salário_5 Salário_6 Salário_7 Salário_8 Gráfico 5 - Paricipação dos salários na renda seorial Gráfico 2 - Excedene Bruo 0 Excedene_1 Excedene_2 Excedene_3 Excedene_4 Excedene_5 Excedene_6 Excedene_7 Excedene_8 Gráfico 4 - Paricipação dos salários na renda no nível da firma Disribuição_1 Disribuição_2 Disribuição_3 Disribuição_4 Disribuição_5 Disribuição_6 Disribuição_7 Disribuição_8 Gráfico 6 - Índice Inverso de Hirschman-Herfindahl y = x Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

19 Um modelo seorial baseado na abordagem kaleckiana da disribuição seorial funcional da renda Simulações específicas alerando variáveis esraégicas e parâmeros As seguines simulações apresenam alerações na parcela da receia desinada a P&D inovaivo e P&D imiaivo em relação ao seor em condiçõespadrão. O gaso em P&D passa a ser dividido enre P&D desinado às inovações de produo e inovações de processo, bem como enre P&D desinado às imiações de produo e processo. Assim como nas simulações em condições-padrão, o seor é composo por rês empresas inovadoras fores, duas inovadoras fracas e rês imiadoras. No enano, o gaso em P&D pode ser mais elevado em inovação de produo ou de processo. A aleração desa variável esraégica jusifica mudança em parâmeros do ambiene de mercado, como o crescimeno exógeno da produividade e da qualidade na froneira ecnológica, iso é, produividade e qualidade laenes. Uma hipóese razoável é que em um seor inensivo em inovação de produo a qualidade laene cresça mais rápido que a produividade laene e vice-versa para um seor inensivo em inovação de processo Seor inensivo em inovação de produo As simulações a seguir represenam um seor com firmas que realizam inovações e imiações de produo e processo, mas com maior inensidade dos gasos de P&D em inovações de produo. Como a compeição via inovação de produo é mais fore, foi aribuído um menor valor para a elasicidade-preço da compeiividade em comparação à elasicidade-qualidade da compeiividade. Da mesma forma, o parâmero de oporunidade ecnológica para inovação de produo (i.e. o rimo de deslocameno exógeno da froneira ecnológica em ermos do valor esperado da qualidade laene) é superior àquele para inovação de processo (idem para a produividade laene). As condições iniciais esão definidas na Tabela 2: Tabela 2 Condições iniciais Seor inensivo em inovação de produo Mercado Oporunidade ecnológica para inovação de processo 0,002 Velocidade do aprendizado 0,025 Oporunidade ecnológica para inovação de produo 0,003 Elasicidade-preço da compeiividade 0,50 Elasicidade-qualidade da compeiividade 0,75 Firma F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 Parcela da receia gasa com inovação de processo 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 Parcela da receia gasa com imiação de processo 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 Parcela da receia gasa com inovação de produo 0,03 0,03 0,03 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 Parcela da receia gasa com imiação de produo 0,01 0,01 0,01 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 Parâmero γ (equação de salário) 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 Variável Ө (equação de preço) 0,70 0,70 0,70 0,60 0,60 0,30 0,30 0,30 Na Figura 2 são apresenados os resulados das simulações. Observa-se um claro predomínio das inovadoras no aumeno do marke share e na geração de excedene bruo. O desempenho compeiivo médio das inovadoras especialmene as inovadoras fracas supera o das imiadoras. No enano, a esraégia de busca Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

20 Taiana Massaroli Melo / Mario Luiz Possas / Esher Dweck imiaiva, associada aos efeios do aprendizado, proporciona às firmas imiadoras sobrevivência e renabilidade. Em comparação com a simulação padrão, ocorre concenração de mercado e queda da parcela dos salários na renda seorial. O aumeno do parâmero de oporunidade ecnológica para inovação de produo aumena a concenração do mercado em favor das firmas inovadoras, conforme observado nos Gráficos 1 e 6 da Figura 2. Figura 2 Marke share, excedene bruo, salário, disribuição seorial funcional da renda e concenração de mercado em um seor inensivo em inovação de produo Gráfico 1 - Marke Share MS_1 MS_2 MS_3 MS_4 MS_5 MS_6 MS_7 MS_8 Gráfico 3 - Salário 35 Salário_1 Salário_2 Salário_3 Salário_4 Salário_5 Salário_6 Salário_7 Salário_8 Gráfico 5 - Parcela dos salários na renda seorial Gráfico 2 - Excedene bruo Excedene_1 Excedene_2 Excedene_3 Excedene_4 Excedene_5 Excedene_6 Excedene_7 Excedene_8 Gráfico 4 - Parcela dos salários na renda no nível da firma 0.6 Disribuição_1 Disribuição_2 Disribuição_3 Disribuição_4 Disribuição_5 Disribuição_6 Disribuição_7 Disribuição_8 Gráfico 6 - Índice Inverso de Hirschman-Herfindahl y = x Em relação à apropriabilidade dos benefícios do progresso écnico, ainda que os salários aumenem ao longo do empo, a disribuição da renda ende a privilegiar a paricipação do excedene bruo em derimeno dos salários não só em ermos absoluos, como ambém relaivamene à simulação nas condições-padrão, sem inovação de produo. Foi realizado um ese de comparação de médias em paired 128 Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

21 Um modelo seorial baseado na abordagem kaleckiana da disribuição seorial funcional da renda... samples 18 para saber se as médias dos resulados obidos para um seor inensivo em inovação de produo são esaisicamene diferenes dos resulados obidos nas simulações de um seor em condições padrão. O ese mosrou que as médias enre os dois cenários de simulação são esaisicamene diferenes, com confiança de 95% (esaísica =3.256) 19. Dessa forma, o desvio da variável disribuição seorial funcional da renda observado no caso de um seor com inovação de produo em relação ao seor em condições-padrão provém de mudanças nos parâmeros e condições iniciais. Isso sugere que quano mais elevado o crescimeno da qualidade laene (oporunidade ecnológica para inovação de produo), maior a possibilidade de as firmas inovadoras exercerem seu poder de mercado, em função da compeição por maior qualidade dos produos (Figura 3). Nese seor, a esraégia de compeição via diferenciação de produos possibilia às empresas inovadoras, com exceções, exercerem seu poder de mercado por meio do aumeno de preço, sem prejuízo de marke share, como observado no Gráfico 1 da Figura 2. Seguindo a radição schumpeeriana, a inovação de produo opera como um elemeno que revoluciona a esruura indusrial, de forma al que a firma consegue influenciar o ambiene compeiivo a seu favor, ornando possível o exercício de poder de mercado (Schumpeer, 1943, p. 110). O ganho compeiivo proveniene da esraégia de compeição via inrodução de inovações de produo é expresso no aumeno do excedene bruo na renda seorial, Gráfico 2 da Figura 2, acompanhado por uma queda da paricipação dos salários na renda gerada, Gráfico 5. Figura 3 Trajeória dos preços praicados pelas firmas em dois seores: seor sem inovação de produo e seor inensivo em inovação de produo Gráfico 1: Preços - Seor sem inovação de produo 90 Preço_1 Preço_2 Preço_3 Preço_4 Preço_5 Preço_6 Preço_7 Preço_8 Gráfico 2: Preços - seor inensivo em inovação de produo Preço_1 Preço_2 Preço_3 Preço_4 Preço_5 Preço_6 Preço_7 preço_8 (18) Num esudo pareado em-se duas amosras, sendo que cada observação da primeira amosra é pareada com uma observação da segunda amosra. Tal procedimeno é aplicado quando há ineresse em analisar medidas de um deerminado objeo em duas siuações, anes e depois da ocorrência de um eveno. Como as duas observações perencem ao mesmo objeo, não se espera que elas sejam esaisicamene independenes. (19) Os resulados dos eses de comparação enre médias para amosras pareadas enconram-se no Anexo. Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 1 (56), p , abr

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