Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Matemática e Estatística Econometria

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Matemática e Estatística Econometria"

Transcrição

1 Universidade do Esado do Rio de Janeiro Insiuo de Maemáica e Esaísica Economeria Variável dummy Regressão linear por pares Tese de hipóeses simulâneas sobre coeficienes de regressão Tese de Chow professorjfmp@homail.com

2 Variável dummy Variável explicaiva (X) que assume apenas dois valores: 0 e 1 (variável indicadora). Indica a presença (1) ou ausência (0) de um aribuo. Finalidade: Permiir a inserção de variáveis qualiaivas em um modelo de regressão, por exemplo, esado civil e sexo. Por exemplo, considere um modelo de regressão linear em que o rendimeno anual do rabalho (Y) é explicado por variáveis que caracerizam o perfil do rabalhador: escolaridade (anos de esudo), idade e sexo. rendimeno anual (Y i ) = escolaridade i + idade i + 3 sexo i + i A variável sexo é qualiaiva com duas caegorias: feminino e masculino. Para inserir a variável sexo no modelo devemos criar uma variável dummy que aribui os valores 0 e 1: Sexo i = 1 se o sexo do rabalhador i é masculino Sexo i = 0 se o sexo do rabalhador i é feminino A inversão na aribuição dos valores 0 e 1 aos sexos não muda as conclusões obidas a parir do modelo.

3 Variável dummy Se a variável qualiaiva em K caegorias, enão devemos incluir K-1 variáveis dummies no modelo. Exemplo: Uma forma usual de mensurar o nível de escolaridade consise em pedir ao enrevisado que marque uma das opções abaixo: Analfabeo Ensino básico incompleo Ensino básico compleo Ensino fundamenal compleo Ensino fundamenal incompleo Ensino Superior compleo Ensino Superior incompleo Esa variável qualiaiva em see caegorias (K=7), logo K-1=6 variáveis dummies devem ser incluídas no lado direio do modelo de regressão, por exemplo: Caegorias Variáveis dummies Dummy(1) Dummy() Dummy(3) Dummy(4) Dummy(5) Dummy(6) Analfabeo Ensino básico incompleo Ensino básico compleo Ensino fundamenal incompleo Ensino fundamenal compleo Ensino superior incompleo Ensino superior compleo Para um rabalhador analfabeo odas as variáveis dummies são iguais a 0. Para um rabalhador com nível superior compleo, apenas a variável dummy 6 assume valor igual a 1

4 Variável dummy Modelo de regressão linear múlipla com as variáveis dummies rendimeno anual i = j1 Dummy j Escolaridade j i + idade i + 3 dummy i + i Dummy = 1 se rabalhador i é masculino Dummy = 0 se rabalhador i é feminino

5 Variável dummy Três formas de inserção das variáveis dummies em um modelo de regressão linear: Forma adiiva Forma muliplicaiva Forma misa

6 Variável dummy Forma adiiva A variável dummy alera o ermo consane (inercepo) do modelo de regressão linear. Y i X 0 1 i D i i Y = salário do indivíduo i X = anos de esudo do indivíduo i D = variável dummy: 1 para indivíduo do sexo masculino 0 para indivíduo do sexo feminino Por hipóese E i 0 logo: Y i 0 X i E 1 E 0 1 Y i X i Salário esperado, em função da escolaridade, para indivíduos do sexo masculino (D =1) Salário esperado, em função da escolaridade, para indivíduos do sexo feminino (D =0)

7 Variável dummy Forma adiiva Salário Y Rea de regressão para os homens E 1 Y i 0 X i 0 Rea de regressão para as mulheres E Y i 0 1X i Os ponos são as observações mulheres homens 0 Escolaridade X é o diferencial enre os salários médios de homens e mulheres O modelo adiivo admie que ese diferencial é consane e independe do nível de escolaridade do rabalhador. Esa hipóese parece pouco plausível para ese problema.

8 Variável dummy Forma muliplicaiva A variável dummy alera o coeficiene de uma variável explicaiva do modelo de regressão linear. Y i X 0 1 i Por hipóese D i X Y i 0 1 X i E E i 0 E 0 1 Y i X i logo: i Ineração enre escolaridade e sexo i Y = salário do indivíduo i X = anos de esudo do indivíduo i D = variável dummy: 1 para indivíduo do sexo masculino 0 para indivíduo do sexo feminino Salário esperado, em função da escolaridade, para indivíduos do sexo masculino (D =1) Salário esperado, em função da escolaridade, para indivíduos do sexo feminino (D =0)

9 Variável dummy Forma muliplicaiva O efeio de cada ano de esudo adicional sobre o salário médio depende do sexo do indivíduo (EFEITO DE INTERAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS EXPLICATIVAS) Salário Y Rea de regressão para os homens E Y i 0 1 X i 0 Rea de regressão para as mulheres E Y i 0 1X i Os ponos são as observações mulheres homens 0 Escolaridade X Para as mulheres cada ano de esudo adicional acrescena 1 $ ao salário médio. Para os homens cada ano de esudo adicional acrescena 1 + $ ao salário médio.

10 Variável dummy Forma misa A variável dummy alera o inercepo e o coeficiene de uma variável explicaiva do modelo de regressão linear. Y i 0 1X i Di 3Di X i i Y = salário do indivíduo i Por hipóese E i 0 logo: X = anos de esudo do indivíduo i D = variável dummy: 1 para indivíduo do sexo masculino 0 para indivíduo do sexo feminino Y i 0 1 X i E 3 Salário esperado, em função da escolaridade, para indivíduos do sexo masculino (D =1) E 0 1 Y i X i Salário esperado, em função da escolaridade, para indivíduos do sexo feminino (D =0)

11 Variável dummy Forma misa Salário Y Rea de regressão para os homens E 3 Y i 0 1 X i Rea de regressão para as mulheres E Y i 0 1X i 0 Os ponos são as observações mulheres homens 0 Escolaridade X

12 Variável dummy em séries de empo Indicador de períodos com racionameno e sem racionameno de energia: uma dummy que assume valor 0 para o período anerior e o valor 1 para o período poserior. Também permie disinguir o comporameno de um fenômeno em períodos de empo com caracerísicas diversas, por exemplo: Sazonalidade: para dados mensais usamos 11 dummies, enquano para dados rimesrais usamos 3 dummies. Por exemplo, para represenar as quaro esações do ano podemos usar rês variáveis dummies. Noe que no verão odas as dummies valem zero (caegoria de referência). Esações Variáveis dummies Dummy(1) Dummy() Dummy(3) Verão Ouono Inverno Primavera Períodos anerior e poserior a uma medida econômica: uma dummy que assume valor 0 para o período anerior e o valor 1 para o período poserior.

13 Exemplo 1 (Maos, 1997) A redução de consumo provocada pelo horário de verão em efeio significaivo no consumo anual de energia elérica? Para responder esa perguna vamos esimar o seguine modelo de regressão linear múlipla a parir de dados anuais do Sisema Elérico Brasileiro: Q 0 1T P 3 D u Q = demanda de energia elérica no ano T = arifa média no ano P = PIB no ano D = variável dummy: 0 se ano não em horário de verão 1 se ano em horário de verão Com base na eoria econômica esperamos que as esimaivas dos coeficienes de regressão perençam aos seguines inervalos:

14 Exemplo 1 (Maos, 1997) As séries de demanda (Q), arifa média (T) e PIB (P) esão expressas em índices (ano base = 1986). O horário de verão foi inroduzido em Y X Esimador de mínimos quadrados ˆ T 1 T X X X Y ˆ 5,7319 ˆ 0,645 1 ˆ ˆ 0 3 1,660 0,5958

15 Saída do Excel Exemplo 1 (Maos, 1997) P-valor > 5% Tese não rejeia a hipóese nula 3 =0 Inervalo de confiança coném o zero, logo não rejeiamos a hipóese 3 =0 Qˆ 5,73 0,6T 1,7P 0, 60D Apesar da pequena amosra, os sinais dos coeficienes de regressão esão de acordo com o esperado. O coeficiene da variável dummy não é esaisicamene significaivo, logo pode-se inferir que a economia de energia promovida pelo horário de verão não significaiva em relação ao consumo anual.

16 Vendas ($) Exemplo (Ragsdale, 004) Previsão de vendas rimesrais com modelo de regressão linear A série hisórica das vendas apresena endência e sazonalidade rimesres

17 Exemplo (Ragsdale, 004) Modelo de regressão linear a ser ajusado Vendas 0 1 3D1 4D 5D3 u = conador de rimesres endência sazonalidade No hisórico vai de 1 aé 0 4 rimesres, logo a sazonalidade é represenada por 3 dummies D D D Se primeiro rimesre Se não é primeiro rimesre Se segundo rimesre Se não é segundo rimesre Se erceiro rimesre Se não é erceiro rimesre

18 Exemplo (Ragsdale, 004) Vendas 0 1 3D1 4D 5D3 u Vendas esperadas E E E Vendas Vendas Vendas Vendas E 0 1 primeiro rimesre segundo rimesre erceiro rimesre quaro rimesre

19 Exemplo (Ragsdale, 004) Hisórico Objeivo: com base no hisórico gerar previsões rimesrais para 003

20 RESUMO DOS RESULTADOS Esaísica de regressão R múliplo 0,99741 R-Quadrado 0, R-quadrado ajusad 0, Erro padrão 8,1965 Observações 0 Exemplo (Ragsdale, 004) Valores menores que o nível de significância usual 5%, logo aceio as hipóese nulas 1 =0 e 3 =0 R Menor que os nívei de significância usual 5%, logo rejeio a hipóese nula 1 = = 3 = 4 = 5 = 0 ANOVA gl SQ MQ F F de significação Regressão , ,768,3157E-1 Resíduo , ,631 Toal ,653 Coeficienes Erro padrão Sa valor-p 95% inferiores 95% superiores Inerseção 84,477 71, , ,53E , , Period 17, , ,8968 0,18-11, , Time^ 3, , , ,37E-05, , ,805 5, ,6417 0, , , ,737 5, ,1058 1,18E , , ,453 5, , , , , Vendas 84,47 17,31 3,46 86,81D1 44,74D 13,45D3

21 vendas Exemplo (Ragsdale, 004) previso observado rimesres

22 Exemplo (Ragsdale, 004) Previsão de vendas para o rimesre Vendas 84,47 17,31 3,46 86,81D1 44,74D 13,45D3 Previsão de vendas para o primeiro rimesre de 003 (=1) Vendas 1 84,47 17,311 3,461 86,81 57,03 Previsão de vendas para o segundo rimesre de 003 (=) Vendas 84,47 17,31 3,46 44,74 455,19 Previsão de vendas para o erceiro rimesre de 003 (=3) Vendas 3 84,47 17,313 3,463 13,45 99,49 Previsão de vendas para o quaro rimesre de 003 (=4) Vendas 4 84,47 17,314 3, ,4

23 Regressão linear por pares piece-wise regression

24 Regressão linear por pares (piecewise regression) Uso de efeios de ineração com variáveis dummy Exemplo: No esado do Amazonas, o consumo de energia elérica na classe residencial (MWh) guarda uma associação com o PIB do seor comercial (R$ milhões) Correlação = 0,9548

25 Regressão linear por pares (piecewise regression) Na modelagem da demanda por energia elérica é basane comum o uso da seguine especificação: Elasicidade E PIB 1e 0 Erro Consumo de energia elérica da classe residencial PIB do seor comercial Transformação logarímica Equação de regressão linear ln E ln ln PIB 0 1

26 Dados Regressão linear por pares (piecewise regression) Esimação por MQO ln Eˆ 1,811,4ln PIB R = 0,89 Noe que há uma esruura nos resíduos.

27 Regressão linear por pares (piecewise regression) O gráfico do Ln E conra Ln PIB sugere uma mudança de endência. A mudança de endência foi provocada por uma modificação na meodologia do cálculo do PIB em 00. Rea de regressão ln Eˆ 1,811,4ln PIB 00

28 Regressão linear por pares (piecewise regression) Por meio da regressão linear por pares pode-se ajusar um modelo que considere a mudança de endência, mas sem desconinuidade em 00. Especificação com adição de um ermo de ineração (piecewise). ermo de ineração enre Ln PIB e uma dummy ln E ln PIB PIB D ln 0 1 ln PIB ln 00 D é uma variável dummy D = 1 para 00 D = 0 para 001 Observe que com uma única equação de regressão podemos ajusar equações diferenes para os períodos anerior e poserior ao ano de 00. No ano de 00 as duas equações fornecem o mesmo valor esperado da variável dependene. ln E ln 0 1 ln PIB Para 001 ln PIB 0 ln 00 1 ln ln E PIB Para 00

29 Dados Regressão linear por pares (piecewise regression) ln Eˆ 6,98,ln PIB 1,47ln PIB ln PIB00D Esimação por MQO R = 0,9839 R ajusado = 0,981

30 Regressão linear por pares (piecewise regression) ln Eˆ 6,98,ln PIB 1,47ln PIB ln PIB00D ln Eˆ 6,44 0,75ln PIB ln Eˆ 6,98,ln PIB

31 Tese de hipóeses simulâneas sobre coeficienes de regressão

32 Tese de hipóeses simulâneas sobre coeficienes Considere o modelo de regressão linear múlipla Y i = X i, m X i,m + m+1 X i,m k X i,k + i Esamos ineressados em avaliar a significância esaísica de um subconjuno dos coeficienes de regressão. Por exemplo, avaliar a significância dos m primeiros coeficienes simulâneamene. Para ese fim, vamos esar a hipóese nula de que nennhum dos m componenes sejam significaivos, conra a hipóese alernaiva de que pelo menos um deles seja: H 0 : 1 =... = m =0 Y i = 0 + m+1 X i,m k X i,k i Modelo resrio H 1 : 1 0 ou... ou m 0 Esaísica ese sob H0 SQE SQE J SQEIrresrio n k 1 Resrio Rejeia H 0 se F calculado >F críico Irresrio ~ F J, n k 1 Y i = X i, k X i,k + i Modelo irresrio SQE Resrio = Soma dos quadrados dos resíduos do modelo resrio SQE Irresrio = Soma dos quadrados dos resíduos do modelo irresrio n = número de observações K = número de variáveis explicaivas J = número de resrições em H0 (nese caso, J=m)

33 Exemplo 3 ( Oliveira e al, 1997) Exemplo: Uma análise das imporações poruguesas, para o período 1981 a 1999, forneceu o seguine conjuno de resulados, esimados a parir de observações rimesrais: ln(imp ) = 4,9 + 0,0491 (R = 0,9814) ln(imp ) = 4,9 + 0,0487-0,365D + 0,01D. (R = 0,9869) onde é um conador de rimesres. IMP é o oal de imporações no rimesre. D é uma variável dummy que vale 1 para observações após a enrada de Porugal na CEE, em 1986, e 0 caso conrário. Tese a hipóese que as imporações após a enrada de Porugal na CEE iveram comporameno semelhane ao período anes da adesão.

34 Exemplo 3 ( Oliveira e al, 1997) Exemplo: Uma análise das imporações poruguesas, para o período 1981 a 1999, forneceu o seguine conjuno de resulados, esimados a parir de observações rimesrais: ln(imp ) = 4,9 + 0,0491 (R = 0,9814) 0 1 Variáveis associadas com a enrada de Porugal no CEE ln(imp ) = 4,9 + 0,0487-0,365D + 0,01D. (R = 0,9869) Tese a hipóese que as imporações após a enrada de Porugal na CEE iveram comporameno semelhane ao período anes da adesão. H 0 : = 3 = 0 (modelo resrio) Esaísica ese sob H0 H 1 : 0 ou 3 0 (modelo irresrio) SQE SQE J SQEIrresrio n k 1 Resrio Irresrio ~ F J, n k 1

35 Exemplo 3 ( Oliveira e al, 1997) Exemplo: SQE SQE J SQEIrresrio n k 1 Resrio Irresrio R J, n k 1 SQR SQT Subsiuindo SQE por (1-R )SQT em-se que ~ F SQT SQE SQT R No lugar das somas dos quadrados dos resíduos (SQE) foram fornecidos os coeficienes de deerminação (R ) Irresrio R n R J Irresrio SQE 1 SQE 1 R SQT Resrio k 1 ~ F J, n k 1 variação oal da variável dependene Y SQT Parcela não explicada da variação oal da variável dependene Y

36 Conclusão: não rejeiamos H0 Exemplo: Exemplo 3 ( Oliveira e al, 1997) Uma análise das imporações poruguesas, para o período 1981 a 1999, forneceu o seguine conjuno de resulados, esimados a parir de observações rimesrais: n = 19 x 4 = 76 rimesres ln(imp ) = 4,9 + 0,0491 modelo resrio (R resrio = 0,9814) ln(imp ) = 4,9 + 0,0487-0,365D + 0,01D. (R irresrio = 0,9869) R Irresrio R n R J Irresrio Resrio k F calculado = 0,0175 0,9869 0,9814 0,9814 0,0175 F críico = INVF(0.05;;7) no Excel = 3,1 qf(0.95,,7) no R

37 Tese de Chow ese de mudança esruural

38 Tese de Chow Tese de quebra esruural (Gregory Chow, 1960) Tesa a igualdade dos coeficienes de duas equações de regressão. Úil na avaliação de quebra esruural. Permie deerminar se as variáveis independenes êm impacos disinos em diferenes subrupos da população. Considere o modelo de regressão linear: Y i = X i, k X i,k + i Se os dados são divididos em dois grupos, podemos er duas esimaivas para o mesmo modelo: Y i = 0,1 + 1,1 X i, k,1 X i,k + i Y i = 0, + 1, X i, k, X i,k + i Modelo a ser esimado com n 1 obs. do grupo 1 Modelo a ser esimado com n obs. do grupo O ese de Chow envolve as seguines hipóeses: H 0 : 0,1 = 0,, 1,1 = 1,,..., k,1 = k, H 1 : 0,1 = 0,, 1,1 = 1,,..., k,1 = k,

39 Tese de Chow H 0 : 0,1 = 0,, 1,1 = 1,,..., k,1 = k, H 1 : 0,1 = 0,, 1,1 = 1,,..., k,1 = k, Esaísica ese SQE resrio SQE Modelo_1 n SQE 1 n Modelo_1 k 1 SQE SQE Modelo_ k 1 Modelo_ SQE resrio é obida na ANOVA do modelo esimado com oda a amosra SQE Modelo_1 é obida na ANOVA do modelo esimado com a amosra do grupo 1 SQE Modelo_ é obida na ANOVA do modelo esimado com a amosra do grupo

40 Exemplo 4 (OLIVEIRA e al, 1997) Com o objeivo de avaliar o impaco ambienal de diferenes políicas de gesão de Parques Naurais, foi efeuado um esudo, cobrindo os anos de 1960 a 1987, referene ao Parque Naural em Porugal (siuado numa região froneiriça), que enre ouras, produziu a seguine esimação, pelo méodo dos mínimos quadrados: S Y =54.893,18 Y 1,67 3,74X1 9,61X 1,09 17,30,16 R =0,984 Onde Y = número de espécies animais e vegeais em perigo de exinção, no ano X = número de visianes no parque (em milhares), no ano X 3 = despesa com pessoal especializado na conservação da naureza, a preços de 1980 (em milhões de escudos), no ano. No início de 197, foi abero à circulação de auomóveis em um das froneiras do parque. As seguines equações de regressão foram esimadas: S Y =143,33 Y 34,9 0,51X 0,51X 1 6,3 0,98 9,9 R =0, S Y =8.956,48 Y 31,11 3,4X 8,31X 1 9,34 0,07 1,73 R =0,997

41 A um nível de significância de 5% e face à evidência esaísica disponível em 197, um aumeno do número de visianes não influencia significaivamene o número de espécies em exinção, a afirmação não podia ser refuada. Exemplo 4 (OLIVEIRA e al, 1997) Em 197, durane a polêmica gerada, um auarca defensor da aberura da froneira do parque afirmou que, com base na experiência anerior, o aumeno do número de visianes não iria provocar efeios significaivos ao nível das espécies exisenes no parque. Poder-se-ia refuar, na alura, al afirmação? Para responder, precisamos omar os resulados da regressão esimada com dados período S Y =143,33 Y 34,9 0,51X 0,51X 1 6,3 0,98 9,9 R =0,344 H 0 : 1 =0 ( número de visianes em efeio nulo sobre conservação das espécias ) H 1 : 1 0 ( número de visianes em efeio não nulo sobre conservação das espécias ) Esaísica ese ˆ 1 ~ s ˆ 1 n 3 calculado 0,51 0,051 9,98 críico ao nível alfa de 5% = INVT(0,05;9) =,6 calculado < críico, não rejeiamos a hipóese nula.

42 Exemplo 4 (OLIVEIRA e al, 1997) O enão direor do parque conrapôs, na alura, que o passado não podia ser validamene uilizado como guia do que se passaria após a aberura da froneira, uma vez que era de recear uma aleração do ipo de visianes, menos preocupados com o ambiene, com repercussões que se alargariam ao impaco de ouras variáveis. Verifique, se o emop veio dar ou não razão ao direor. A argumenação do direor do parque baseia-se na possibilidade de aleração dos impacos ambienais, uma mudança esruural. Enão é apropriado aplicar o ese de Chow e esar a hipóese de permanência da equação de regressão anes e após a aberura da froneira do parque. 0 1 Modelo I S Y =143,33 Y 34,9 0,51X 0,51X 1 6,3 0,98 9,9 R =0,344 Modelo II S Y =8.956,48 Y 31,11 3,4X 8,31X 1 9,34 0,07 1,73 R =0,997 H 0 : 0,I = 0,II e 1,I = 1,II e,i =,II ( não houve mudança esruural ) H 1 : 0,I 0,II ou 1,I 1,II ou,i,ii ( houve mudança esruural )

43 Tese de Chow Exemplo 4 (OLIVEIRA e al, 1997) H 0 : 0,I = 0,II e 1,I = 1,II e,i =,II ( não houve mudança esruural ) H 1 : 0,I 0,II ou 1,I 1,II ou,i,ii ( houve mudança esruural ) Esaísica ese SQE resrio SQE Modelo_ I n SQE 1 n Modelo_ I k 1 SQE SQE Modelo_ II k 1 Modelo_ II ~ F k 1, n n 1 ( k 1) k+1 = 3 n 1 = 1 n = 16 No lugar das somas dos quadrados dos resíduos (SQE) foram fornecidos os coeficienes de deerminação (R ) e S Y

44 Tese de Chow Exemplo 4 (OLIVEIRA e al, 1997) H 0 : 0,I = 0,II e 1,I = 1,II e,i =,II ( não houve mudança esruural ) H 1 : 0,I 0,II ou 1,I 1,II ou,i,ii ( houve mudança esruural ) Esaísica ese SQE resrio SQE SQE Modelo_ I Modelo_ I 3 SQE SQE Modelo_ II Modelo_ II R SQT SQE SQR SQT n i1 SQT SQE SQT Y Y SQT n S i R n 1S 1 Y SQE 1 SQE 1 R SQT 1 Y SQT

45 Exemplo 4 (OLIVEIRA e al, 1997) Tese de Chow H 0 : 0,I = 0,II e 1,I = 1,II e,i =,II ( não houve mudança esruural ) H 1 : 0,I 0,II ou 1,I 1,II ou,i,ii ( houve mudança esruural ) SQE SQE SQE resrio Modelo_ I Modelo_ II 1 0, , , 1 0, , ,7 1 0, , , 04 F calculado 3.686, 1.034, , , ,04 66,98 F calculado = 66,98 F críico = INVF(0,05;3;) = 3,04 F calculado > F críico, logo rejeiamos H 0 A evidência esaísica disponível poseriormene (aé 1987) veio dar razão aos argumenos apresenados em 197, pelo direor do parque

46 Referências Bibliográficas Maos, O.C. Economeria básica: eoria e aplicações. Ediora Alas, São Paulo, Oliveira, M.M., Aguiar, A., Carvalho, A., Mendes, V., Porugal, P. Economeria: Exercícios, Ediora McGraw Hill de Porugal, Alfragide, Ragsdale, C.T. Spreadshee Modeling & Decision Analysis: A pracical inroducion o managemen science, 4e, Thompson, 004.

Grupo I (Cotação: 0 a 3.6 valores: uma resposta certa vale 1.2 valores e uma errada valores)

Grupo I (Cotação: 0 a 3.6 valores: uma resposta certa vale 1.2 valores e uma errada valores) INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO Esaísica II - Licenciaura em Gesão Época de Recurso 6//9 Pare práica (quesões resposa múlipla) (7.6 valores) Nome: Nº Espaço reservado para a classificação (não

Leia mais

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção Análise de séries de empo: modelos de suavização exponencial Profa. Dra. Liane Werner Séries emporais A maioria dos méodos de previsão se baseiam na

Leia mais

Instituto Superior de Economia e Gestão Universidade Técnica de Lisboa Econometria Época Normal 17/06/2013 Duração: 2 horas. Nome Turma: Processo:

Instituto Superior de Economia e Gestão Universidade Técnica de Lisboa Econometria Época Normal 17/06/2013 Duração: 2 horas. Nome Turma: Processo: Insiuo Superior de Economia e Gesão Universidade Técnica de Lisboa Economeria Época Normal 7/6/3 Duração: horas Nome Turma: Processo: Espaço reservado para classificações Noas: a uilização do elemóvel

Leia mais

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL Ano lectivo 2015/16-1ª Época (V1) 18 de Janeiro de 2016

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL Ano lectivo 2015/16-1ª Época (V1) 18 de Janeiro de 2016 Nome: Aluno nº: Duração: h:30 m MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA DO AMBIENTE EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL Ano lecivo 05/6 - ª Época (V) 8 de Janeiro de 06 I (7 valores) No quadro de dados seguine (Tabela

Leia mais

Conceito. Exemplos. Os exemplos de (a) a (d) mostram séries discretas, enquanto que os de (e) a (g) ilustram séries contínuas.

Conceito. Exemplos. Os exemplos de (a) a (d) mostram séries discretas, enquanto que os de (e) a (g) ilustram séries contínuas. Conceio Na Esaísica exisem siuações onde os dados de ineresse são obidos em insanes sucessivos de empo (minuo, hora, dia, mês ou ano), ou ainda num período conínuo de empo, como aconece num elerocardiograma

Leia mais

4 Análise dos tributos das concessionárias selecionadas

4 Análise dos tributos das concessionárias selecionadas 4 Análise dos ribuos das concessionárias selecionadas Nese capíulo serão abordados os subsídios eóricos dos modelos esaísicos aravés da análise das séries emporais correspondenes aos ribuos e encargos

Leia mais

Circuitos Elétricos I EEL420

Circuitos Elétricos I EEL420 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL420 Coneúdo 1 - Circuios de primeira ordem...1 1.1 - Equação diferencial ordinária de primeira ordem...1 1.1.1 - Caso linear, homogênea, com

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr. UFRGS Instituto de Matemática - Departamento de Estatística

Prof. Lorí Viali, Dr. UFRGS Instituto de Matemática - Departamento de Estatística Conceio Na Esaísica exisem siuações onde os dados de ineresse são obidos em insanes sucessivos de empo (minuo, hora, dia, mês ou ano), ou ainda num período conínuo de empo, como aconece num elerocardiograma

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL42 Coneúdo 8 - Inrodução aos Circuios Lineares e Invarianes...1 8.1 - Algumas definições e propriedades gerais...1 8.2 - Relação enre exciação

Leia mais

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise 4 O Papel das Reservas no Cuso da Crise Nese capíulo buscamos analisar empiricamene o papel das reservas em miigar o cuso da crise uma vez que esa ocorre. Acrediamos que o produo seja a variável ideal

Leia mais

3 O Modelo SAGA de Gestão de Estoques

3 O Modelo SAGA de Gestão de Estoques 3 O Modelo SG de Gesão de Esoques O Sisema SG, Sisema uomaizado de Gerência e poio, consise de um sofware conendo um modelo maemáico que permie fazer a previsão de iens no fuuro com base nos consumos regisrados

Leia mais

4 O modelo econométrico

4 O modelo econométrico 4 O modelo economérico O objeivo desse capíulo é o de apresenar um modelo economérico para as variáveis financeiras que servem de enrada para o modelo esocásico de fluxo de caixa que será apresenado no

Leia mais

3 Metodologia 3.1. O modelo

3 Metodologia 3.1. O modelo 3 Meodologia 3.1. O modelo Um esudo de eveno em como obeivo avaliar quais os impacos de deerminados aconecimenos sobre aivos ou iniciaivas. Para isso são analisadas as diversas variáveis impacadas pelo

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara Insiuo de Física USP Física V - Aula 6 Professora: Mazé Bechara Aula 6 Bases da Mecânica quânica e equações de Schroedinger. Aplicação e inerpreações. 1. Ouros posulados da inerpreação de Max-Born para

Leia mais

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc.

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc. ECONOMETRIA Prof. Paricia Maria Borolon, D. Sc. Séries Temporais Fone: GUJARATI; D. N. Economeria Básica: 4ª Edição. Rio de Janeiro. Elsevier- Campus, 2006 Processos Esocásicos É um conjuno de variáveis

Leia mais

Instituto de Física USP. Física Moderna. Aula 23. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física Moderna. Aula 23. Professora: Mazé Bechara Insiuo de Física USP Física Moderna Aula 3 Professora: Mazé Bechara Aula 3 Bases da Mecânica quânica e equações de Schroedinger: para odos os esados e para esados esacionários. Aplicação e inerpreações.

Leia mais

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição Análise de séries de empo: modelos de decomposição Profa. Dra. Liane Werner Séries de emporais - Inrodução Uma série emporal é qualquer conjuno de observações ordenadas no empo. Dados adminisraivos, econômicos,

Leia mais

Decomposição Clássica

Decomposição Clássica Méodos Esaísicos de Previsão MÉTODOS ESTATÍSTICOS DE PREVISÃO 0 08 06 04 02 00 98 96 94 92 90 0 5 0 5 20 Decomposição Clássica Bernardo Almada-Lobo Méodos Esaísicos de Previsão 2 Decomposição Clássica

Leia mais

1 Pesquisador - Embrapa Semiárido. 2 Analista Embrapa Semiárido.

1 Pesquisador - Embrapa Semiárido.   2 Analista Embrapa Semiárido. XII Escola de Modelos de Regressão, Foraleza-CE, 13-16 Março 2011 Análise de modelos de previsão de preços de Uva Iália: uma aplicação do modelo SARIMA João Ricardo F. de Lima 1, Luciano Alves de Jesus

Leia mais

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield 5 Erro de Apreçameno: Cuso de Transação versus Convenience Yield A presene seção em como objeivo documenar os erros de apreçameno implício nos preços eóricos que eviam oporunidades de arbiragem nos conraos

Leia mais

DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA - UFSCar 6 a Lista de exercício de Teoria de Matrizes 28/06/2017

DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA - UFSCar 6 a Lista de exercício de Teoria de Matrizes 28/06/2017 DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA - UFSCar 6 a Lisa de exercício de Teoria de Marizes 8/06/017 1 Uma pesquisa foi realizada para se avaliar os preços dos imóveis na cidade de Milwaukee, Wisconsin 0 imóveis foram

Leia mais

Função de risco, h(t) 3. Função de risco ou taxa de falha. Como obter a função de risco. Condições para uma função ser função de risco

Função de risco, h(t) 3. Função de risco ou taxa de falha. Como obter a função de risco. Condições para uma função ser função de risco Função de risco, h() 3. Função de risco ou axa de falha Manuenção e Confiabilidade Prof. Flavio Fogliao Mais imporane das medidas de confiabilidade Traa-se da quanidade de risco associada a uma unidade

Leia mais

5.1. Filtragem dos Estados de um Sistema Não-Linear Unidimensional. Considere-se o seguinte MEE [20] expresso por: t t

5.1. Filtragem dos Estados de um Sistema Não-Linear Unidimensional. Considere-se o seguinte MEE [20] expresso por: t t 5 Esudo de Casos Para a avaliação dos algorimos online/bach evolucionários proposos nese rabalho, foram desenvolvidas aplicações em problemas de filragem dos esados de um sisema não-linear unidimensional,

Leia mais

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO Breno Richard Brasil Sanos

Leia mais

FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, BRASIL,

FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, BRASIL, FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, BRASIL, 993-0 Alfredo Tsunechiro (), Vagner Azarias Marins (), Maximiliano Miura (3) Inrodução O milho safrinha é

Leia mais

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3 3 eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3.. eorno de um Aivo Grande pare dos esudos envolve reorno ao invés de preços. Denre as principais

Leia mais

Exportações e Consumo de Energia Elétrica: Uma Análise Econométrica Via Decomposição do Fator Renda.

Exportações e Consumo de Energia Elétrica: Uma Análise Econométrica Via Decomposição do Fator Renda. XVIII Seminário Nacional de Disribuição de Energia Elérica Olinda - Pernambuco - Brasil SENDI 2008-06 a 0 de ouubro Exporações e Consumo de Energia Elérica: Uma Análise Economérica Via Decomposição do

Leia mais

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto Exercícios sobre o Modelo Logísico Discreo 1. Faça uma abela e o gráfico do modelo logísico discreo descrio pela equação abaixo para = 0, 1,..., 10, N N = 1,3 N 1, N 0 = 1. 10 Solução. Usando o Excel,

Leia mais

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque:

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque: DEMOGRAFIA Fone: Ferreira, J. Anunes Demografia, CESUR, Lisboa Inrodução A imporância da demografia no planeameno regional e urbano O processo de planeameno em como fim úlimo fomenar uma organização das

Leia mais

Contabilometria. Séries Temporais

Contabilometria. Séries Temporais Conabilomeria Séries Temporais Fone: Corrar, L. J.; Theóphilo, C. R. Pesquisa Operacional para Decisão em Conabilidade e Adminisração, Ediora Alas, São Paulo, 2010 Cap. 4 Séries Temporais O que é? Um conjuno

Leia mais

IV. METODOLOGIA ECONOMÉTRICA PROPOSTA PARA O CAPM CONDICIONAL A Função Máxima Verosimilhança e o Algoritmo de Berndt, Hall, Hall e Hausman

IV. METODOLOGIA ECONOMÉTRICA PROPOSTA PARA O CAPM CONDICIONAL A Função Máxima Verosimilhança e o Algoritmo de Berndt, Hall, Hall e Hausman IV. MEODOLOGIA ECONOMÉRICA PROPOSA PARA O CAPM CONDICIONAL 4.1. A Função Máxima Verosimilhança e o Algorimo de Bernd, Hall, Hall e Hausman A esimação simulânea do CAPM Condicional com os segundos momenos

Leia mais

Teste F na Regressão Linear Múltipla para Dados Temporais com Correlação Serial.

Teste F na Regressão Linear Múltipla para Dados Temporais com Correlação Serial. Deparameno de Ciências e ecnologias Mesrado em Esaísica, Maemáica e Compuação ese F na Regressão Linear Múlipla para Dados emporais com Correlação Serial. Bruno Fernando Pinheiro Faria Lisboa, Mesrado

Leia mais

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA Nesa abordagem paramérica, para esimar as funções básicas da análise de sobrevida, assume-se que o empo de falha T segue uma disribuição conhecida

Leia mais

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 1ª Época (v1)

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 1ª Época (v1) Nome: Aluno nº: Duração: horas LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DE ENGENHARIA - ENGENHARIA DO AMBIENTE EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL ª Época (v) I (7 valores) Na abela seguine apresena-se os valores das coordenadas

Leia mais

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 2ª Época (V1)

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 2ª Época (V1) Nome: Aluno nº: Duração: horas LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DE ENGENHARIA - ENGENHARIA DO AMBIENTE EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL ª Época (V) I (7 valores) Na abela seguine apresena-se os valores das coordenadas

Leia mais

Notas de Aulas Econometria I- EPGE/FGV Eduardo P. Ribeiro, Do ponto de vista estatístico, quero que a média do y seja dada pelo modelo linear:

Notas de Aulas Econometria I- EPGE/FGV Eduardo P. Ribeiro, Do ponto de vista estatístico, quero que a média do y seja dada pelo modelo linear: Noas de Aulas Economeria I- EPGE/FGV Eduardo P Ribeiro, 008 *Hipóeses do Modelo Clássico de Regressão Linear (0) Modelo é linear => y i = α + β x i + + β k x ki + ε i Do pono de visa esaísico, quero que

Leia mais

Prof. Carlos H. C. Ribeiro ramal 5895 sala 106 IEC

Prof. Carlos H. C. Ribeiro  ramal 5895 sala 106 IEC MB770 Previsão usa ando modelos maemáicos Prof. Carlos H. C. Ribeiro carlos@comp.ia.br www.comp.ia.br/~carlos ramal 5895 sala 106 IEC Aula 14 Modelos de defasagem disribuída Modelos de auo-regressão Esacionariedade

Leia mais

Enunciado genérico. Trabalho: Séries Temporais Disciplina: Estatística Ambiental

Enunciado genérico. Trabalho: Séries Temporais Disciplina: Estatística Ambiental Enunciado genérico Trabalho: Séries Temporais Disciplina: Esaísica Ambienal Criérios de escolha da série 1. A série escolhida deverá er uma exensão, N, de pelo menos 150 observações da variável em esudo;.

Leia mais

Utilização de modelos de holt-winters para a previsão de séries temporais de consumo de refrigerantes no Brasil

Utilização de modelos de holt-winters para a previsão de séries temporais de consumo de refrigerantes no Brasil XXVI ENEGEP - Foraleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Ouubro de 2006 Uilização de modelos de hol-winers para a previsão de séries emporais de consumo de refrigeranes no Brasil Jean Carlos da ilva Albuquerque (UEPA)

Leia mais

Análise de Informação Económica e Empresarial

Análise de Informação Económica e Empresarial Análise de Informação Económica e Empresarial Licenciaura Economia/Finanças/Gesão 1º Ano Ano lecivo de 2008-2009 Prova Época Normal 14 de Janeiro de 2009 Duração: 2h30m (150 minuos) Responda aos grupos

Leia mais

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa 42 3 Meodologia do Esudo 3.1. Tipo de Pesquisa A pesquisa nese rabalho pode ser classificada de acordo com 3 visões diferenes. Sob o pono de visa de seus objeivos, sob o pono de visa de abordagem do problema

Leia mais

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Cálculo do valor em risco dos aivos financeiros da Perobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Bruno Dias de Casro 1 Thiago R. dos Sanos 23 1 Inrodução Os aivos financeiros das companhias Perobrás e Vale

Leia mais

Módulo de Regressão e Séries S Temporais

Módulo de Regressão e Séries S Temporais Quem sou eu? Módulo de Regressão e Séries S Temporais Pare 4 Mônica Barros, D.Sc. Julho de 007 Mônica Barros Douora em Séries Temporais PUC-Rio Mesre em Esaísica Universiy of Texas a Ausin, EUA Bacharel

Leia mais

Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indústria de Óleos Vegetais

Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indústria de Óleos Vegetais XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 8 a 1 de novembro de 24 Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indúsria de Óleos Vegeais Regiane Klidzio (URI) gep@urisan.che.br

Leia mais

UM MÉTODO RÁPIDO PARA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO TÉRMICO DO ENROLAMENTO DO ESTATOR DE MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS DO TIPO GAIOLA

UM MÉTODO RÁPIDO PARA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO TÉRMICO DO ENROLAMENTO DO ESTATOR DE MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS DO TIPO GAIOLA ART643-07 - CD 262-07 - PÁG.: 1 UM MÉTD RÁPID PARA ANÁLISE D CMPRTAMENT TÉRMIC D ENRLAMENT D ESTATR DE MTRES DE INDUÇÃ TRIFÁSICS D TIP GAILA 1 - RESUM Jocélio de Sá; João Robero Cogo; Hécor Arango. objeivo

Leia mais

4 Filtro de Kalman. 4.1 Introdução

4 Filtro de Kalman. 4.1 Introdução 4 Filro de Kalman Ese capíulo raa da apresenação resumida do filro de Kalman. O filro de Kalman em sua origem na década de sessena, denro da área da engenharia elérica relacionado à eoria do conrole de

Leia mais

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACUDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III icenciaura de Economia (ºAno/1ºS) Ano ecivo 007/008 Caderno de Exercícios Nº 1

Leia mais

*UiILFRGH&RQWUROH(:0$

*UiILFRGH&RQWUROH(:0$ *UiILFRGH&RQWUROH(:$ A EWMA (de ([SRQHQWLDOO\:HLJKWHGRYLQJ$YHUDJH) é uma esaísica usada para vários fins: é largamene usada em méodos de esimação e previsão de séries emporais, e é uilizada em gráficos

Leia mais

4 Análise Empírica. 4.1 Definição da amostra de cada país

4 Análise Empírica. 4.1 Definição da amostra de cada país 57 4 Análise Empírica As simulações apresenadas no capíulo anerior indicaram que a meodologia desenvolvida por Rigobon (2001 é aparenemene adequada para a análise empírica da relação enre a axa de câmbio

Leia mais

FACULDADE DE ECONOMIA DO PORTO. Licenciatura em Economia E C O N O M E T R I A II

FACULDADE DE ECONOMIA DO PORTO. Licenciatura em Economia E C O N O M E T R I A II FACULDADE DE ECONOMIA DO PORTO Licenciaura em Economia E C O N O M E T R I A II (LEC310) Exame Final Época de Recurso 14 de Julho de 2006 NOTAS PRÉVIAS: 1. A primeira pare da prova em duração de 75 minuos

Leia mais

Respondidos (parte 13)

Respondidos (parte 13) U Coneúdo UNoas de aulas de Transpores Exercícios Respondidos (pare 3) Hélio Marcos Fernandes Viana da pare 3 Exemplo numérico de aplicação do méodo udo-ou-nada, exemplo de cálculo do empo de viagem equações

Leia mais

4. Modelagem (3) (4) 4.1. Estacionaridade

4. Modelagem (3) (4) 4.1. Estacionaridade 24 4. Modelagem Em um modelo esaísico adequado para se evidenciar a exisência de uma relação lead-lag enre as variáveis à visa e fuura de um índice é necessário primeiramene verificar se as variáveis logarimo

Leia mais

Econometria de Séries Temporais Rogério Silva de Mattos, D.Sc.

Econometria de Séries Temporais Rogério Silva de Mattos, D.Sc. Economeria de Séries Temporais Rogério Silva de Maos, D.Sc. UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF) FACULDADE DE ECONOMIA (FE) Economeria III O COMEÇO Box e Jenkins (1970) processos esocásicos nãoesacionários/inegrados

Leia mais

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração Teorias do Crescimeno Económico Mesrado de Economia Modelos de Crescimeno Endógeno de 1ªgeração Inrodução A primeira geração de modelos de crescimeno endógeno ena endogeneiar a axa de crescimeno de SSG

Leia mais

Regressão Linear Simples

Regressão Linear Simples Origem hisórica do ermo Regressão: Regressão Linear Simples Francis Galon em 1886 verificou que, embora houvesse uma endência de pais alos erem filhos alos e pais baios erem filhos baios, a alura média

Leia mais

4 Modelagem e metodologia de pesquisa

4 Modelagem e metodologia de pesquisa 4 Modelagem e meodologia de pesquisa Nese capíulo será apresenada a meodologia adoada nese rabalho para a aplicação e desenvolvimeno de um modelo de programação maemáica linear misa, onde a função-objeivo,

Leia mais

Questão 1. Questão 3. Questão 2. alternativa B. alternativa E. alternativa C. Os números inteiros x e y satisfazem a equação

Questão 1. Questão 3. Questão 2. alternativa B. alternativa E. alternativa C. Os números inteiros x e y satisfazem a equação Quesão Os números ineiros x e y saisfazem a equação x x y y 5 5.Enãox y é: a) 8 b) 5 c) 9 d) 6 e) 7 alernaiva B x x y y 5 5 x ( ) 5 y (5 ) x y 7 x 6 y 5 5 5 Como x e y são ineiros, pelo Teorema Fundamenal

Leia mais

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos.

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos. 4 Meodologia Proposa para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Mone Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algorimos Genéicos. 4.1. Inrodução Nese capíulo descreve-se em duas pares a meodologia

Leia mais

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares (Chiang e Wainwrigh Capíulos 17 e 18) Caracerização Geral de Equações a diferenças Lineares: Seja a seguine especificação geral de uma equação a diferença

Leia mais

Capítulo 7. O Modelo de Regressão Linear Múltipla

Capítulo 7. O Modelo de Regressão Linear Múltipla Capíulo 7 O Modelo de Regressão Linear Múlipla Quando ornamos um modelo econômico com mais de uma variável explanaória em um modelo esaísico correspondene, nós dizemos que ele é um modelo de regressão

Leia mais

DINÂMICA DA EVOLUÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA NO SETOR RESIDENCIAL. José Francisco Moreira Pessanha

DINÂMICA DA EVOLUÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA NO SETOR RESIDENCIAL. José Francisco Moreira Pessanha SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 16 a 21 Ouubro de 2005 Curiiba - Paraná GRUPO VII GRUPO DE ESTUDO DE PLANEJAMENTO DE SISTEMAS ELÉTRICOS GPL DINÂMICA DA EVOLUÇÃO

Leia mais

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico 30 Capíulo 2: Proposa de um Novo Reificador Trifásico O mecanismo do descobrimeno não é lógico e inelecual. É uma iluminação suberrânea, quase um êxase. Em seguida, é cero, a ineligência analisa e a experiência

Leia mais

Uma interpretação estatística do PIB, da PNAD e do salário mínimo

Uma interpretação estatística do PIB, da PNAD e do salário mínimo Revisa de Economia Políica, vol. 35, nº 1 (138), pp. 64-74, janeiro-março/2015 Uma inerpreação esaísica do PIB, da PNAD e do salário mínimo Edmar Bacha Rodolfo Hoffmann* Saisical inerpreaion of he GDP,

Leia mais

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO 1 Quesão: Um fao esilizado sobre a dinâmica do crescimeno econômico mundial é a ocorrência de divergências

Leia mais

4 Análise de Sensibilidade

4 Análise de Sensibilidade 4 Análise de Sensibilidade 4.1 Considerações Gerais Conforme viso no Capíulo 2, os algorimos uilizados nese rabalho necessiam das derivadas da função objeivo e das resrições em relação às variáveis de

Leia mais

INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO

INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO Luiz Henrique Paraguassú de Oliveira 1, Paulo Robero Guimarães Couo 1, Jackson da Silva Oliveira 1, Walmir Sérgio da Silva 1, Paulo Lyra Simões

Leia mais

di L Ri v V dt + + = (1) dv dt

di L Ri v V dt + + = (1) dv dt Experiência Circuio RLC érie Regime DC Aluno: Daa: / /. Objeivos de Aprendizagem dese Experimeno A experiência raa de circuios ransiórios de segunda ordem. O objeivo dese experimeno é: Analisar as diferenes

Leia mais

Cap. 5 - Tiristores 1

Cap. 5 - Tiristores 1 Cap. 5 - Tirisores 1 Tirisor é a designação genérica para disposiivos que êm a caracerísica esacionária ensão- -correne com duas zonas no 1º quadrane. Numa primeira zona (zona 1) as correnes são baixas,

Leia mais

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho NOTA TÉCNICA Noa Sobre Evolução da Produividade no Brasil Fernando de Holanda Barbosa Filho Fevereiro de 2014 1 Essa noa calcula a evolução da produividade no Brasil enre 2002 e 2013. Para ano uiliza duas

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA MONOGRAFIA DE FINAL DE CURSO

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA MONOGRAFIA DE FINAL DE CURSO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA MONOGRAFIA DE FINAL DE CURSO EFEITO DA EVOLUÇÃO DO ESTOQUE DE MÃO-DE-OBRA QUALIFICADA SOBRE O PRODUTO POTENCIAL BRASILEIRO. Rodrigo

Leia mais

2 Reforma Previdenciária e Impactos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos

2 Reforma Previdenciária e Impactos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos Reforma Previdenciária e Impacos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos Em dezembro de 998 foi sancionada a Emenda Consiucional número 0, que modificou as regras exisenes no sisema de Previdência Social.

Leia mais

Duas opções de trajetos para André e Bianca. Percurso 1( Sangiovanni tendo sorteado cara e os dois se encontrando no ponto C): P(A) =

Duas opções de trajetos para André e Bianca. Percurso 1( Sangiovanni tendo sorteado cara e os dois se encontrando no ponto C): P(A) = RESOLUÇÃO 1 A AVALIAÇÃO UNIDADE II -016 COLÉGIO ANCHIETA-BA PROFA. MARIA ANTÔNIA C. GOUVEIA ELABORAÇÃO e PESQUISA: PROF. ADRIANO CARIBÉ e WALTER PORTO. QUESTÃO 01. Três saélies compleam suas respecivas

Leia mais

APOSTILA DE MODELOS LINEARES EM SÉRIES TEMPORAIS

APOSTILA DE MODELOS LINEARES EM SÉRIES TEMPORAIS UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG INSIUO DE CIÊNCIAS EXAAS ICEx DEPARAMENO DE ESAÍSICA ES APOSILA DE MODELOS LINEARES EM SÉRIES EMPORAIS Glaura da Conceição Franco (ES/UFMG) Belo Horizone, agoso

Leia mais

Modelos Não-Lineares

Modelos Não-Lineares Modelos ão-lineares O modelo malhusiano prevê que o crescimeno populacional é exponencial. Enreano, essa predição não pode ser válida por um empo muio longo. As funções exponenciais crescem muio rapidamene

Leia mais

EFEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIA SOBRE PREÇOS AGRÍCOLAS E INDUSTRIAIS: UMA ANÁLISE EMPÍRICA PARA O BRASIL PÓS-PLANO REAL RESUMO

EFEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIA SOBRE PREÇOS AGRÍCOLAS E INDUSTRIAIS: UMA ANÁLISE EMPÍRICA PARA O BRASIL PÓS-PLANO REAL RESUMO EFEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIA SOBRE PREÇOS AGRÍCOLAS E INDUSTRIAIS: UMA ANÁLISE EMPÍRICA PARA O BRASIL PÓS-PLANO REAL GERALDO LOPES DE SOUZA JUNIOR MARIA ISABEL DA SILVA AZEVEDO ALVIM 2 RESUMO O rabalho

Leia mais

Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos

Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos Os ponos de equilíbrio de um modelo esão localizados onde o gráfico de + versus cora a rea definida pela equação +, cuja inclinação é (pois forma um ângulo

Leia mais

4 Modelo de fatores para classes de ativos

4 Modelo de fatores para classes de ativos 4 Modelo de aores para classes de aivos 4.. Análise de esilo baseado no reorno: versão original (esáica A análise de esilo baseada no reorno é um procedimeno esaísico que visa a ideniicar as ones de riscos

Leia mais

Previsão de Demanda. Logística. Prof. Dr. Claudio Barbieri da Cunha

Previsão de Demanda. Logística. Prof. Dr. Claudio Barbieri da Cunha Previsão de Demanda Logísica Prof. Dr. Claudio Barbieri da Cunha Escola Poliécnica da Universidade de São Paulo Deparameno de Engenharia de Transpores março de 206 Previsão de Demanda Conhecer a demanda

Leia mais

Capítulo 4. Propriedades dos Estimadores de Mínimos Quadrados

Capítulo 4. Propriedades dos Estimadores de Mínimos Quadrados Capíulo 4 Propriedades dos Esimadores de Mínimos Quadrados Hipóeses do Modelo de Regressão Linear Simples RS1. y x e 1 RS. Ee ( ) 0 E( y ) 1 x RS3. RS4. var( e) var( y) cov( e, e ) cov( y, y ) 0 i j i

Leia mais

As demais variáveis macroeconômicas são a variação (série dessazonalizada) do produto interno bruto,

As demais variáveis macroeconômicas são a variação (série dessazonalizada) do produto interno bruto, 5 Análise de Regressão Nesa seção, esimamos o volume de ransações de ações lisadas na Bovespa (em milhares de reais de seembro de 2002), V, a parir da seguine equação empírica, onde i e indicam a ação

Leia mais

APÊNDICE A. Rotação de um MDT

APÊNDICE A. Rotação de um MDT APÊNDICES 7 APÊNDICE A Roação de um MDT 8 Os passos seguidos para a realização da roação do MDT foram os seguines: - Deerminar as coordenadas do cenro geomérico da região, ou pono em orno do qual a roação

Leia mais

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1.

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1. 1 Modelo de crescimeno neoclássico, unisecorial com PT e com axa de poupança exógena 1.1 Hipóeses Função de Produção Cobb-Douglas: (, ) ( ) 1 Y = F K AL = K AL (1.1) FK > 0, FKK < 0 FL > 0, FLL < 0 Função

Leia mais

ACELERAÇÃO EDUCACIONAL E A QUEDA RECENTE DA INFORMALIDADE

ACELERAÇÃO EDUCACIONAL E A QUEDA RECENTE DA INFORMALIDADE ACELERAÇÃO EDUCACIONAL E A QUEDA RECENTE DA INFORMALIDADE Rafael F. Mello * e Daniel D. Sanos Resumo O objeivo dese arigo é apresenar a hipóese, que difere dos principais argumenos correnes e os complemena,

Leia mais

Introdução às Medidas em Física

Introdução às Medidas em Física Inrodução às Medidas em Física 43152 Elisabeh Maeus Yoshimura emaeus@if.usp.br Bloco F Conjuno Alessandro Vola sl 18 agradecimenos a Nemiala Added por vários slides Conceios Básicos Lei Zero da Termodinâmica

Leia mais

4 Aplicação do Modelo

4 Aplicação do Modelo Aplicação do Modelo É possível enconrar na lieraura diversas aplicações que uilizam écnicas esaísicas e de compuação inensiva para realizar previsões de curo prazo na área de energia elérica. Enre elas

Leia mais

PREVISÃO DA PRECIPITAÇÃO MENSAL DO MUNICÍPIO DE OURO BRANCO MG, POR MEIO DE MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS

PREVISÃO DA PRECIPITAÇÃO MENSAL DO MUNICÍPIO DE OURO BRANCO MG, POR MEIO DE MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI TATIANA PEREIRA MIRANDA PREVISÃO DA PRECIPITAÇÃO MENSAL DO MUNICÍPIO DE OURO BRANCO MG, POR MEIO DE MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS OURO BRANCO 2016 TATIANA PEREIRA

Leia mais

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL*

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* Nikolay Iskrev** Resumo Arigos Ese arigo analisa as fones de fluuação dos ciclos económicos em Porugal usando a meodologia de conabilidade dos ciclos

Leia mais

O PIBINHO, A PNADONA E O MÍNIMO: UMA INTERPRETAÇÃO ESTATÍSTICA

O PIBINHO, A PNADONA E O MÍNIMO: UMA INTERPRETAÇÃO ESTATÍSTICA O PIBINHO, A PNADONA E O MÍNIMO: UMA INTERPRETAÇÃO ESTATÍSTICA Edmar Bacha * Rodolfo Hoffmann ** Resumo: Por que enre 2011 e 2012 a renda das famílias na PNAD cresceu muio mais do que o consumo das famílias

Leia mais

Lista de Exercícios #11 Assunto: Séries Temporais

Lista de Exercícios #11 Assunto: Séries Temporais . ANPEC 995 - Quesão 5 Lisa de Exercícios # Assuno: Séries Temporais Sea yi xi i ordinários (MQO) de e, respecivamene. Pode-se afirmar que: uma equação de regressão e seam a e b esimadores de mínimos quadrados

Leia mais

PROVA PARA OS ALUNOS DO 1o. ANO DO ENSINO MÉDIO. 15 a ORMUB/2007 OLIMPÍADA REGIONAL DE MATEMÁTICA PROVA PARA OS ALUNOS DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO

PROVA PARA OS ALUNOS DO 1o. ANO DO ENSINO MÉDIO. 15 a ORMUB/2007 OLIMPÍADA REGIONAL DE MATEMÁTICA PROVA PARA OS ALUNOS DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO 5 a ORMUB/7 OLIMPÍADA REGIONAL DE MATEMÁTICA PROVA PARA OS ALUNOS DO º ANO DO ENSINO MÉDIO NOME: ESCOLA: CIDADE: INSTRUÇÕES AVALIAÇÃO Ese caderno coném 5 (cinco) quesões. A solução de cada quesão, bem

Leia mais

SISTEMAS DE EQUAÇÕES A DIFERENÇAS LINEARES

SISTEMAS DE EQUAÇÕES A DIFERENÇAS LINEARES 8//7 SISTEMAS DE EQUAÇÕES A DIFERENÇAS LINEARES Teorema: Considere o seguine sisema de k equações a diferenças lineares de primeira ordem, homogêneo: x a x a x... a x k k x a x a x... a x k k x a x a x...

Leia mais

5 Resultados empíricos Efeitos sobre o forward premium

5 Resultados empíricos Efeitos sobre o forward premium 5 Resulados empíricos Efeios sobre o forward premium A moivação para a esimação empírica das seções aneriores vem da relação enre a inervenção cambial eserilizada e o prêmio de risco cambial. Enreano,

Leia mais

Função Exponencial 2013

Função Exponencial 2013 Função Exponencial 1 1. (Uerj 1) Um imóvel perde 6% do valor de venda a cada dois anos. O valor V() desse imóvel em anos pode ser obido por meio da fórmula a seguir, na qual V corresponde ao seu valor

Leia mais

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 163 22. PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 22.1. Inrodução Na Seção 9.2 foi falado sobre os Parâmeros de Core e

Leia mais

MÉTODOS ESTATÍSTICOS DE SUAVIZAÇÃO EXPONENCIAL HOLT- WINTERS PARA PREVISÃO DE DEMANDA EM UMA EMPRESA DO SETOR METAL MECÂNICO

MÉTODOS ESTATÍSTICOS DE SUAVIZAÇÃO EXPONENCIAL HOLT- WINTERS PARA PREVISÃO DE DEMANDA EM UMA EMPRESA DO SETOR METAL MECÂNICO Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Campus Pona Grossa - Paraná - Brasil ISSN 1808-0448 / v. 08, n. 04: p. 154-171, 2012 D.O.I: 10.3895/S1808-04482012000400009 Revisa Gesão Indusrial MÉTODOS

Leia mais

2 Formulação do Problema

2 Formulação do Problema 30 Formulação do roblema.1. Dedução da Equação de Movimeno de uma iga sobre Fundação Elásica. Seja a porção de viga infinia de seção ransversal consane mosrada na Figura.1 apoiada sobre uma base elásica

Leia mais

O Modelo Linear. 4.1 A Estimação do Modelo Linear

O Modelo Linear. 4.1 A Estimação do Modelo Linear 4 O Modelo Linear Ese capíulo analisa empiricamene o uso do modelo linear para explicar o comporameno da políica moneária brasileira. A inenção dese e do próximo capíulos é verificar se variações em preços

Leia mais

3 Modelos de Markov Ocultos

3 Modelos de Markov Ocultos 23 3 Modelos de Markov Oculos 3.. Processos Esocásicos Um processo esocásico é definido como uma família de variáveis aleaórias X(), sendo geralmene a variável empo. X() represena uma caracerísica mensurável

Leia mais

A LEI DE THIRLWALL MULTISSETORIAL: NOVAS EVIDÊNCIAS PARA O CASO BRASILEIRO *

A LEI DE THIRLWALL MULTISSETORIAL: NOVAS EVIDÊNCIAS PARA O CASO BRASILEIRO * A LEI DE THIRLWALL MULTISSETORIAL: NOVAS EVIDÊNCIAS PARA O CASO BRASILEIRO * Crisiane Soares ** Joanílio Rodolpho Teixeira *** Resumo Desde quando foi publicado, em 1979, o modelo de Thirlwall em se confirmado

Leia mais

5 Aplicação da Modelagem Estrutural ao problema de previsão de Preço Spot de Energia Elétrica.

5 Aplicação da Modelagem Estrutural ao problema de previsão de Preço Spot de Energia Elétrica. Aplicação da Modelagem Esruural ao problema de previsão de Preço Spo de Energia Elérica. 41 5 Aplicação da Modelagem Esruural ao problema de previsão de Preço Spo de Energia Elérica. 5.1. Inrodução Nesa

Leia mais