Os Efeitos da Inflação Sobre o Orçamento do Governo: Uma Análise Empírica

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1 Os Efeios da Inflação Sobre o Orçameno do Governo: Uma Análise Empírica Crisiano O. Porugal Analisa de Orçameno da Secrearia de Orçameno Federal do Minisério do Planejameno Marcelo S. Porugal Professor do Programa de Pós-Graduação da UFRGS e pesquisador do CNPq RESUMO Ese rabalho em como objeivo invesigar o efeio da inflação sobre o orçameno do governo. Para ano, pare-se do modelo desenvolvido por Barbosa (1987), aplicando, porém, uma meodologia de esimação diferene, baseada em modelos com parâmeros variáveis. Os resulados mosram que odos os ribuos e a arrecadação oal do Tesouro Nacional são oalmene indexados em relação ao nível de preços e sensíveis ao problema da defasagem enre o fao gerador e a colea do imposo (efeio Tanzi). Pelo lado das despesas, os resulados mosram que os gasos com pessoal são afeados pela inflação, via componene ransiório. Além disso, nossas esimaivas mosram ambém que a elasicidade-renda da arrecadação e da despesa oal vem crescendo durane oda a década de novena, sendo que a elasicidade da úlima se mosra bem maior do que a da primeira a parir do Real, indicando um grave problema fiscal. PALAVRAS CHAVE efeio Tanzi, elasicidades de arrecadação, finanças públicas ABSTRACT This paper aemps o evaluae he effecs of inflaion on he governmen budge. We examine he inflaion effec due o lags in ax collecion (he Tanzi effec), on he real value of ax revenue and also he level of ax indexaion. We follow he model presened by Barbosa (1987), applying a differen esimaion mehod based on ime varying parameers. The resuls show all axes are indexed o he price level and ha he Tanzi effec reduces he real value of axes. Inflaion has a ransiory, bu no permanen, effec on pay roll expendiure. Our esimaes show also ha boh income elesiciies of he ax revenue and expendiures have been increasing during he nineies. Moreover, afer 1994 he expendiures income elasiciy is greaer han revenue income elasiciies, which indicaes a srucural fiscal problem. JEL Classificaion C22, H2. KEY WORDS Tanzi effec, revenue elasiciies, public finance EST. ECON., SÃO PAULO, V. 31, N. 2, P , ABRIL-JUNHO 2001

2 240 Os Efeios da Inflação sobre o Orçameno do Governo INTRODUÇÃO Anes da esabilização econômica advinda do Plano Real, o que se podia consaar era que o défici público brasileiro vinha sendo inferior ao de muios países com axas de inflação inexpressivas para os nossos padrões de dois dígios ao mês. Na verdade, o défici público era pequeno porque a inflação brasileira era exremamene elevada. Devido à nossa longa convivência com uma inflação ala, o sisema ribuário ornou-se sujeio a uma indexação que praicamene anulou os efeios perversos da inflação sobre a receia pública. As despesas, por ouro lado, sofreram violenamene o efeio da inflação. O défici efeivo no fim de cada ano era reduzido drasicamene por uma repressão fiscal produzida por uma reenção periódica das verbas dos vários programas e projeos, do seu conigenciameno ou dos arasos em sua liberação. Esse fenômeno cria uma siuação muio perversa em que o governo orna-se o grande parceiro da inflação, pois além de ocular o défici (por meio de seu efeio sobre a despesa), a inflação acaba por er a função de prover receia via imposo inflacionário. O objeivo dese rabalho é, enão, fazer uma análise sobre como a inflação influencia o orçameno do governo. Para realizar al objeivo pare-se basicamene dos modelos desenvolvidos por Barbosa (1987), aplicando, porém, uma meodologia diferene para a esimação dos mesmos, baseada em modelos de parâmeros variáveis. 1 A grande vanagem dese méodo é que o mesmo permie que se esime mais facilmene o movimeno e as possíveis mudanças, permanenes ou emporárias, dos parâmeros das variáveis envolvidas no modelo a cada insane do empo. Nese senido, a principal conribuição dese rabalho é a apresenação de novas e mais confiáveis esimaivas para as elasicidades de arrecadação e despesa, o que é fundamenal para a condução da políica econômica em uma época de primazia de ajuse fiscal. 1 HERNÁNDEZ (1998) desenvolveu um esudo paralelo com um méodo semelhane ao nosso, mas para um período de análise e freqüência de dados disinos. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

3 Crisiano O. Porugal, Marcelo S. Porugal 241 A análise é feia em cima de dados fornecidos pelo Boleim do Banco Cenral e relaivos à arrecadação e a despesa oal do Tesouro Nacional. 2 Além da receia oal, alguns dos principais ribuos federais e o ICMS oal, correspondene à soma dos monanes arrecadados por cada Esado, serão objeos dese rabalho. Ese arigo esá composo de quaro seções, além desa inrodução. Na seção 1 discuem-se os efeios da inflação na arrecadação do governo. Na seção 2 é apresenado o méodo de esimação uilizado. Na seção 3 serão apresenados os resulados dos modelos economéricos esimados, e a úlima seção é dedicada às conclusões. 1. REFERENCIAL TEÓRICO Os ribuos são afeados pelas variações na renda real na medida em que esas variações geram alerações na base ribuária. Porano, os ribuos direos, como o imposo de renda, serão maiores se houver um crescimeno nos salários e nos lucros reais. Por sua vez, imposos indireos, como o IPI e o ICMS, aumenarão com o nível de aividade da economia. Por udo iso, espera-se que um aumeno no produo gere um aumeno nos imposos. Com relação às despesas, a renda funciona basicamene como um referencial de endência, já que afea a demanda pelos bens e serviços públicos. A idéia que esá por rás aqui é similar à desenvolvida por Wagner, há mais de cem anos, de que o crescimeno do gaso público é resulado do crescimeno econômico. 3 Barbosa (1987) chama a aenção para o fao de que a arrecadação real dos imposos direos e indireos pode ser afeada pela inflação por dois moivos. 2 Uilizamos dados rimesrais, parindo da década de 80 aé o erceiro rimesre de De acordo com a Lei de Wagner, os gasos públicos devem aumenar mais rapidamene que o produo, em função de uma demanda cada vez maior por gasos públicos. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

4 242 Os Efeios da Inflação sobre o Orçameno do Governo O primeiro, é a exisência de um empo de defasagem enre o fao gerador e a colea dos imposos, que faz com que a arrecadação real acabe caindo com uma elevação da axa de inflação. É o chamado efeio Tanzi. 4 O segundo moivo esá ligado à não indexação dos imposos. Se eses não forem perfeiamene indexados, a arrecadação real varia com o nível geral de preços. Esa variação pode ser ambém posiiva. Iso ocorre quando há um aumeno dos valores correnes das bases de arrecadação e em decorrência diso forem axados em alíquoas mais alas, mesmo que em ermos reais não ocorra nenhuma modificação. Admiindo que o imposo (T) é parcialmene indexado com relação ao nível de preços (P), e depende ainda do nível de produo (y), emos que T β α = γ P θ y θ (1.1) Dividindo (1.1) por P e admiindo uma axa de inflação consane enre os insanes e -θ, emos T P β P θ α = γ y θ P. Mas sabendo que β β θ P P ( T θβ = 1+ π ) β β θ θβ P θ β 1 (1 + π ) = (1 + β T P P P P = π ) T θβ. Assim T P β 1 θβ α = γ P (1 + π T ) y θ. Aplicando logs T ln P = lnγ + α ln y βθ ln(1 + π ) + ( β 1)ln P θ T (1.2) 4 Para maiores dealhes a respeio do assuno ver TANZI (1977) e TANZI (1978). Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

5 Crisiano O. Porugal, Marcelo S. Porugal 243 Quando β for igual a 1, o imposo é compleamene indexado com relação ao nível de preços já que a arrecadação real independe do nível de preços. Noe que a arrecadação real aumena quando o nível de preços aumena se β for maior que 1. No caso das despesas, a inflação ambém pode afear de forma ransiória ou permanene. No caso das despesas com pessoal, por exemplo, o efeio ransiório decorre de diferenças enre a inflação realizada e aquela que era anecipada. As alerações permanenes ocorrem em virude da exisência de perdas salariais devido à inflação, as quais não são compensadas em períodos subseqüenes. Em geral, espera-se que a relação enre os gasos e os coeficienes deses efeios seja negaiva. No enano, vale noar que ais coeficienes podem ser posiivos, caso o poder de barganha dos funcionários seja al que permia que os salários dos mesmos sejam reajusados acima da inflação. Iso ocorre quando, por exemplo, a inflação esperada nos conraos salariais for maior que a ocorrida. Suponhamos a seguine função para se descrever o comporameno da despesa oal: D α Y β = F( Y, Π ) = A Π (1.3) onde D é a despesa oal real no empo, A é uma consane, e α e β represenam as elasicidades-renda e inflação, respecivamene. Aplicando logs na equação (1.3) emos: ln D = ln A + β ln Π + α lny (1.4) d = K + βπ + αy d onde d = ln D,ln A = K,ln Π = π,ln Υ = y. Com > 0 y ou > 0 d e 0 π Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

6 244 Os Efeios da Inflação sobre o Orçameno do Governo 2. METODOLOGIA UTILIZADA Os modelos esruurais de séries de empo êm por objeivo a esimação dos componenes não-observáveis subjacenes a uma série emporal, quais sejam, endência, ciclo, sazonalidade e componene irregular. 5 Escrevendo eses modelos no formao do espaço de esados podemos esimá-los pelo filro de Kalman, o que permie que ais componenes sejam esocásicos. Esa meodologia é basane úil, pois além de possibiliar a esimação dos componenes sazonal, cíclico e endência, permie esar se os seus respecivos padrões são consanes ou variáveis no empo, omando como base a significância esaísica da variância do componene ou hiperparâmero. Além disso, esa meodologia permie a inclusão de variáveis explicaivas e de inervenções por meio de variáveis dummy. O modelo a ser uilizado nese rabalho para os ribuos, os gasos com pessoal e a despesa oal são descrios, respecivamene, pelas equações (2.1- a) a (2.1-c). T P ln = µ + γ + α1 ln y + α 2 ln + α3 ln P + ε (2.1-a) P P 1 e ( π π ) + α5π + α y ε ln g = µ + γ + α 4 6 ln + (2.1-b) P ln D = 7 8 ε (2.1-c) µ + γ + α ln + α ln y + P 1 onde T /p é a arrecadação real, g corresponde aos gasos com pessoal, D é a despesa oal, π é a axa de inflação, π e é a axa de inflação esperada,6 µ é a endência, γ é a sazonalidade, p /p -1 = π + 1, y é o índice do produo 5 Para mais dealhes ver HARVEY (1989). 6 Uma hipóese basane simples, adoada nese rabalho, consise em admiir que a axa de inflação esperada em seja igual a do período anerior ( 1), de modo a admiir que as expecaivas sejam adapaivas. Assim, emos que π e = π -1 Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

7 Crisiano O. Porugal, Marcelo S. Porugal 245 inerno bruo real, p é o índice geral de preços (IGP-DI) e ε é o componene aleaório. A endência e a sazonalidade 7 podem ser descrias pelas equações µ + ν = µ 1 + β 1 (2.2 a) β + δ = β 1 (2.2-b) γ 4 = γ j= 1 j + w (2.2-c) onde ν, δ, e w são ruídos brancos. Colocando os conjunos de equações (2.1) e (2.2) no formao espaço de esados podemos uilizar o filro de Kalman para esimar o modelo descrio, que, como foi viso, considera como esocásicos os componenes nãoobserváveis subjacenes a uma série emporal, quais sejam, endência, ciclo, sazonalidade e componene irregular, o que possibilia que o modelo cape mais facilmene mudanças neses componenes, sejam esas emporárias ou permanenes. Além disso, por inermédio da esimação recursiva do modelo, esa meodologia permie que as elasicidades relaivas às variáveis dependenes sejam ambém variáveis no empo. Em cada um dos casos o processo de esimação foi o mesmo. Parimos sempre de um modelo geral com odos os componenes esocásicos e resringimos ese modelo aé ober um modelo final mais parcimonioso. Nas esimaivas finas foram colocadas dummies em rimesres que apresenassem grandes erros e foram considerados não-esocásicos aqueles componenes cujos hiperparâmeros não se mosraram significaivamene diferenes de zero. 7 Poderíamos ambém er descrio a sazonalidade via funções rigonoméricas. A escolha do modelo da sazonalidade em nosso rabalho será feia por meio dos criérios de seleção de Akaike (AIC) e Bayes (BIC). Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

8 246 Os Efeios da Inflação sobre o Orçameno do Governo 3. RESULTADOS 3.1 Receia Toal Parindo do modelo geral, 8 apresenado pela equação (2.1-a), as esimaivas para os desvios padrões dos disúrbios dos componenes indicaram que a inclinação da endência não era esocásica, pois o desvio padrão esimado para o disúrbio da inclinação mosrou-se igual a zero. 9 Considerando um modelo com inclinação nula, as esimaivas para os desvios padrões dos disúrbios dos componenes irregular, sazonal e o nível coninuam a ser diferenes de zero, como mosra a Tabela TABELA 1 - ESTIMATIVA DOS DESVIOS PADRÕES DOS DISTÚRBIOS Irregular (σ ε ) Nível (σ ν ) Sazonal (σw) TABELA 2 - ESTIMATIVA FINAL DOS COEFICIENTES DO VETOR DE ESTADOS Coeficienes Desvios padrões Esaísicas µ ** ln(1+π) ** lny lnp γ γ Obs: (*) indica que a hipóese nula é rejeiada a um nível de 5% de significância e (**) indica que a hipóese nula é rejeiada a 1%. 8 A sazonalidade pode ser ambém descria por funções rigonoméricas. No enano, opou-se pelo uso de dummies sazonais pois esas geraram um modelo com melhores criérios de seleção ipo Akaike (AIC) e Bayes (BIC). 9 O período de esimação para odas as equações de ribuos vai do primeiro rimesre de 1980 ao erceiro rimesre de Para decidir se deveríamos considerar ou não a exisência da inclinação, uilizamos ambém os criérios de seleção de Akaike (AIC) e de Bayes (BIC). Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

9 Crisiano O. Porugal, Marcelo S. Porugal 247 A Tabela 2 apresena a esimaiva final do veor de esados (a T/T ). Os desvios padrões apresenados na Tabela 3 correspondem à raiz quadrada da variância dos esimadores da mariz de esado, ou seja, correspondem à raiz quadrada dos elemenos da diagonal principal da mariz s 2 Σ T/T. 11 Podemos observar enão, com relação à elasicidade-inflação, que um aumeno em 1% na inflação deve gerar, em média, uma redução de 0.2% na arrecadação real oal devido à defasagem exisene enre o fao gerador e a colea de imposo. Já as elasicidades-renda e preço não se mosraram significaivamene diferenes de zero. Com relação à úlima, iso indica que a arrecadação é indexada oalmene com relação ao nível de preços, pois a arrecadação real não depende do nível de preços. Os componenes esimados quando alisamos os dados são mosrados no Gráfico 1. Vale noar que a sazonalidade vai aumenando levemene com o decorrer do empo. A endência é represenada apenas pelo nível, uma vez que a inclinação foi posa como nula. A grande vanagem em se colocar um modelo como ese, em que a endência é esocásica, é que nos permie observar mais claramene como a arrecadação oal, no caso, é influenciada pela políica macroeconômica vigene. Enre 1980 a 1984 houve uma queda na endência, que pode ser explicada pela políica recessiva de ajuse do balanço de pagamenos. Por ouro lado, durane o período de 1985 a 1986 houve um crescimeno na endência em virude do relaxameno das políicas recessivas de ajuse exerno e do Plano Cruzado, o que deerminou um grande aquecimeno da economia. A endência se maném parcialmene esável a parir de meados de 1987 aé 1990, período inicial do governo Collor, quando apresena uma fore queda aé 1992, volando a crescer a parir de enão. 11 Para dealhes, ver HARVEY (1989). Analisando o comporameno do erro de previsão um passo à frene observou-se que o mesmo não apresena qualquer problema com respeio à normalidade, à heeroscedasicidade e à auocorrelação enre os resíduos. Com relação aos resíduos auxiliares, que são os resíduos relaivos ao componene irregular e ao nível, enconrou-se, em ambos, problema de normalidade. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

10 248 Os Efeios da Inflação sobre o Orçameno do Governo GRÁFICO 1 - COMPONENTES ESTRUTURAIS Componene de endência Componene sazonal Inervindo-se de modo a colocar variáveis dummy no componene irregular no segundo rimesre de 90, no erceiro rimesre de 80, no quaro rimesre de 84 e no primeiro rimesre de 86, verifica-se, como é mosrado pela Tabela 3, que o componene sazonal parece não ser esocásico, pois o desvio padrão esimado para o disúrbio do mesmo se mosra igual a zero. TABELA 3 - ESTIMATIVA DOS DESVIOS PADRÕES DOS DISTÚRBIOS Irregular (σ ε ) Nível (σ ν ) Sazonal (σw) A esimaiva final do veor de esados (a ) nese caso, admiindo-se o T/T componene sazonal fixo, é dada pela Tabela Assim, analisando a esimaiva final do veor de esados consaa-se, com relação à elasicidadeinflação, que um aumeno de 1% na axa de inflação deve gerar, em média, uma redução de 0,145% na arrecadação oal real. Noe-se que al esimaiva se mosra, em módulo, cerca de 27% menor do que a obida aneriormene, sem inervenção. Com relação à elasicidade-preço, esa novamene não se 12 Observando o comporameno do erro de previsão um passo à frene, consaado-se novamene, após as inervenções, a inexisência dos problemas de normalidade, heeroscedasicidade e de auocorrelação. Com relação aos resíduos auxiliares, que são os resíduos relaivos ao componene e ao nível, o problema da normalidade dos mesmos foi compleamene resolvido. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

11 Crisiano O. Porugal, Marcelo S. Porugal 249 mosra significaivamene diferene de zero, indicando que a arrecadação real oal é indexada oalmene com relação ao nível de preços. 13 A novidade com relação à esimaiva anerior é a elasicidade-renda, que se mosra agora significaivamene diferene de zero, esperando-se que um aumeno de 1% no PIB gere, em média, um aumeno de 1,24% na arrecadação real. TABELA 4 - ESTIMATIVA FINAL DOS COEFICIENTES DO VETOR DE ESTADOS Coeficienes Desvios padrões Esaísicas µ * ln(1+π ) ** lny ** lnp γ γ γ * D80_ ** D84_ ** D86_ * D90_ ** Obs: (*) indica que a hipóese nula é rejeiada a um nível de 5% de significância e (**) indica que a hipóese nula é rejeiada a 1%. GRÁFICO 2 - ELASTICIDADE-INFLAÇÃO -0,05 ln(p/p-1) -0,09-0,13-0,17 90/3 91/1 91/3 92/1 92/3 93/1 93/3 94/1 94/3 95/1 95/3 96/1 96/3 97/1 97/3 13 Em ermos da equação (1.2) iso significa dizer que b-1 = 0. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

12 250 Os Efeios da Inflação sobre o Orçameno do Governo GRÁFICO 3 - ELASTICIDADE-RENDA 1,3 1,2 1,1 1 0,9 lny 0,8 90/3 91/1 91/3 92/1 92/3 93/1 93/3 94/1 94/3 95/1 95/3 96/1 96/3 97/1 97/3 GRÁFICO 4 - ELASTICIDADE-PREÇO 0,02 0,015 0,01 0, ,005 lnp -0,01 90/3 91/1 91/3 92/1 92/3 93/1 93/3 94/1 94/3 95/1 95/3 96/1 96/3 97/1 97/3 No que ange aos coeficienes das variáveis dummy, pode-se consaar que os mesmos se mosram significaivos em 80-3, 84-4, 86-1 e 90-2, indicando possíveis quebras esruurais. Algumas desas inervenções esão claramene ligadas aos planos de esabilização com congelameno de preços implemenados durane os anos oiena. Ese é o caso da dummy em 86-1 Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

13 Crisiano O. Porugal, Marcelo S. Porugal 251 referene ao Plano Cruzado e 90-2 referene ao Plano Collor I. Nese úlimo caso, boa pare da quebra esruural pode ser explicada pela variação na ribuação do IOF sobre os aivos financeiros. Comparando os resulados acima com aqueles obidos por Barbosa (1987) para o período , noa-se que as elasicidades-inflação e renda se mosram aqui menores em módulo. 14 Por ouro lado, nossos resulados coincidem com Barbosa (1987) no que diz respeio ao fao de que a receia oal é indexada ao nível de preços, é sensível à renda e à inflação, o que indica que a defasagem exisene enre o fao gerador e a colea dos ribuos afea a arrecadação. Uma vez definido um modelo que ajusou saisfaoriamene os dados, o passo seguine foi a esimação recursiva do mesmo, de forma a permiir a esimação das elasicidades que fosse variável no empo. Os Gráficos 2, 3 e 4 mosram o comporameno das elasicidades-inflação, renda e preço para o período a Noe-se que, embora a esimação enha envolvido dados a parir dos anos 80, os gráficos mosram os coeficienes apenas a parir dos anos 90, pois, como a esimaiva dos parâmeros filrados pariu de uma priori difusa, as primeiras esimaivas não são confiáveis. Com relação à elasicidade-preço, consaou-se valores não significaivamene diferenes de zero para odo o período em quesão. A elasicidaderenda, por sua vez, apresena uma cera endência de crescimeno, com valores significaivamene diferenes de zero durane odo o período. Analisando-se a elasicidade-inflação, consaa-se que depois do Plano Real, mais precisamene em 97-3, houve um grande aumeno, em módulo, da elasicidade-inflação, com esa passando a se mosrar significaivamene diferene de zero. 15 Tal crescimeno pode ser explicado pelo processo de desindexação razido com o Plano Real. No dia primeiro de julho de 1994, 14 As elasicidades-renda e inflação obidas em BARBOSA (1987) são, respecivamene, iguais a 1,27 e -0,75. Deve-se salienar, no enano, que as esimações feias por BARBOSA (1987) são para dados anuais e que além de uilizar o méodo de esimação por mínimos quadrados apresena problemas de especificação. 15 Ese resulado para a arrecadação oal é foremene influenciado pelo comporameno do Imposo de Renda, como veremos a seguir. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

14 252 Os Efeios da Inflação sobre o Orçameno do Governo por meio da Lei 8.880, a Ufir diária foi suspensa por 180 dias. 16 A Ufir mensal passou, enão, a ser aplicada apenas em casos específicos, ais como para imposos pagos em araso, como deflaor para efeio de cálculo de base para incidência do imposo de renda. Aos poucos a Ufir foi perdendo imporância, sendo que em 1995 passou a ser rimesral, em 1996 semesral e em 1997 anual. 3.2 Imposo Sobre Produos Indusrializados (IPI) Esimando o mesmo modelo (2.1-a) para o IPI enconraram-se valores para os desvios padrões dos disúrbios dos componenes que indicam novamene que a inclinação da endência parece não ser esocásica e nula. A Tabela 5 apresena as esimações para os hiperparâmeros considerando uma inclinação não-esocásica. TABELA 5 - ESTIMATIVA DOS DESVIOS PADRÕES DOS DISTÚRBIOS Irregular (σ ε ) Nível (σ ν ) Sazonal (σw) Observando a esimaiva final do veor de esado (a T/T ), 17 por meio da Tabela 6, e avaliando-se a elasicidade-inflação, noa-se que a cada aumeno de 1% na inflação gera-se, em média, uma queda de 0,19% na arrecadação real oal do IPI, sendo al resulado conseqüência da defasagem exisene enre o fao gerador e a colea de imposo. A esimaiva da elasicidade-renda, por sua vez, mosra que aumenando-se em 1% o PIB real gera-se, em 16 A Ufir diária foi exina a parir de primeiro de seembro de 1994 por meio do arigo 43 da Lei nº 9.069/ Analisando o erro de previsão um passo à frene, por meio da realização de eses de normalidade, de heeroscedasicidade e de auocorrelação, consaou-se a exisência de problemas de normalidade e de auocorrelação enre os resíduos. Com relação aos resíduos auxiliares, que são os resíduos relaivos ao componene irregular e ao nível, enconrou-se problema de normalidade em ambos. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

15 Crisiano O. Porugal, Marcelo S. Porugal 253 média, um aumeno de 1,52% na arrecadação real do IPI. Com relação à elasicidade-preço, esa não se mosra significaivamene diferene de zero, indicando que a arrecadação do IPI é indenizada oalmene com relação ao nível de preços, TABELA 6 - ESTIMATIVA FINAL DOS COEFICIENTES DO VETOR DE ESTADOS Coeficienes Desvios padrões Esaísicas µ ln(1+π ) ** lny ** lnp γ γ γ Obs: (*) indica que a hipóese nula é rejeiada a um nível de 5% de significância e (**) indica que a hipóese nula é rejeiada a 1%. Por meio do Gráfico 5 podemos perceber que a sazonalidade sofre uma queda aé o ano de 1986, sendo que uma parcial esabilidade começa a ser manida a parir de enão. A grande volailidade do período pode jusificar a mudança no padrão da sazonalidade, uma vez que ese período é marcado pela recessão de e o período de aquecimeno de A endência mosra que o período enre 1980 e 1984 é marcado por uma queda que pode ser explicada pela políica recessiva de ajuse do balanço de pagamenos. Por sua vez, durane o período de 1985 a 1986, houve um crescimeno na endência, alvez ligado ao relaxameno das políicas recessivas de ajuse exerno e ao Plano Cruzado. Inroduzino uma variável dummy no componene irregular, correspondene a 84-4, e rês variáveis dummy no nível, correspondenes a 84-3, 85-4 e 86-1, obêm-se, como é mosrado pela Tabela 7, novas esimaivas para os desvios padrões dos disúrbios dos componenes, que se mosram significaivamene diferenes de zero. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

16 254 Os Efeios da Inflação sobre o Orçameno do Governo GRÁFICO 5 - COMPONENTES ESTRUTURAIS Componene de endência Componene sazonal TABELA 7 - ESTIMATIVA DOS DESVIOS PADRÕES DOS DISTÚRBIOS Irregular (σ ε ) Nível (σ ν ) Sazona l(σw) A esimaiva final do veor de esados (a T/T ), visualizada na Tabela 8, 18 após essas inervenções, mosra que um aumeno de 1% na axa de inflação gera, em média, uma redução de 0,17% na arrecadação real do IPI. Esa esimaiva se mosra, em módulo, aproximadamene 8,5% menor do que a obida aneriormene, sem inervenção. A elasicidade-renda se mosra significaivamene diferene de zero, cerca de 16% menor que a esimaiva anerior, esperando-se que um aumeno de 1% no PIB gere, em média, um aumeno de 1,28% na arrecadação real do IPI. Já a elasicidade-preço, novamene não se mosra significaivamene diferene de zero, demonsrando enão que a arrecadação é oalmene indexada com relação ao nível de preços. 18 Analisando novamene o resíduo um passo à frene consaou-se que o problema da normalidade foi eliminado e o problema da auocorrelação residual, por sua vez, foi praicamene resolvido, enconrando-se apenas o problema no lag 4, a 5% de significância. Com relação aos resíduos auxiliares, que são os resíduos relaivos ao componene irregular e ao nível, o problema da normalidade dos mesmos foi compleamene resolvido. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

17 Crisiano O. Porugal, Marcelo S. Porugal 255 Consaou-se que odos os coeficienes das variáveis dummy se mosraram significaivos. As quebras de 85-4 e 86-1 são jusificadas pelo Plano Cruzado, enquano que as de 84-3 e 84-4 podem ser explicadas pelo inesperadamene fore crescimeno do produo após um período de recessão. Comparando-se os resulados obidos por nossa pesquisa com os obidos por Barbosa (1987), observa-se que o IPI se mosra igualmene sensível em relação à renda. Enreano, Barbosa (1987) conclui, ao conrário dese rabalho, que a inflação não afea a arrecadação do IPI e que ese não é compleamene indexado com relação ao nível de preços, pois a elasicidadeinflação não apresena significane diferença de zero e a elasicidade-preço é significaivamene diferene de zero. 19 TABELA 8 - ESTIMATIVA FINAL DOS COEFICIENTES DO VETOR DE ESTADOS Coeficienes Desvios padrões Esaísicas µ ln(1+π ) ** lny ** lnp γ γ γ D84_ ** D84_ * D85_ ** D86_ * Obs: (*) indica que a hipóese nula é rejeiada a um nível de 5% de significância e (**) indica que a hipóese nula é rejeiada a 1%. 19 As elasicidades-renda e preço obidas por BARBOSA (1987) são, respecivamene, iguais a 1,03 e 0,13. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

18 256 Os Efeios da Inflação sobre o Orçameno do Governo GRÁFICO 6 - ELASTICIDADE-INFLAÇÃO -0,06-0,08 ln(p/p-1) -0,1-0,12-0,14-0,16-0,18-0,2 90/3 91/1 91/3 92/1 92/3 93/1 93/3 94/1 94/3 95/1 95/3 96/1 96/3 97/1 97/3 GRÁFICO 7 - ELASTICIDADE-RENDA 1,3 1,25 1,2 1,15 1,1 1,05 lny 1 90/3 91/1 91/3 92/1 92/3 93/1 93/3 94/1 94/3 95/1 95/3 96/1 96/3 97/1 97/3 Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

19 Crisiano O. Porugal, Marcelo S. Porugal 257 GRÁFICO 8 - ELASTICIDADE-PREÇO 0-0,005-0,01-0,015-0,02-0,025 lnp -0,03 90/3 91/1 91/3 92/1 92/3 93/1 93/3 94/1 94/3 95/1 95/3 96/1 96/3 97/1 97/3 Realizando as esimações recursivas enamos capar alerações nas elasicidades ao longo do empo. Os Gráficos 6, 7 e 8 apresenam o comporameno das elasicidades-inflação, renda e preço. A elasicidadepreço apresenou valores não significaivamene diferenes de zero para odo o período em quesão. Analisando-se as elasicidades-inflação e renda noase uma cera esabilidade, principalmene se compararmos com o que foi viso na arrecadação oal. O Plano Real parece não er afeado muio a elasicidade-inflação, enquano que a elasicidade-renda, que vinha variando enre 1,05 e 1,25, permaneceu esável nese úlimo valor a parir de Imposo de Renda As esimações para o Imposo de Renda apresenaram valores para os desvios padrões dos disúrbios dos componenes que indicam, como nos casos aneriores, que a inclinação da endência parece não ser esocásica e nula. Passamos enão a considerar um modelo com inclinação nula, e esimamos novamene os desvios padrões dos disúrbios dos componenes irregular, sazonal e o nível, que coninuam a se mosrar diferenes de zero, como mosra a Tabela 9. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

20 258 Os Efeios da Inflação sobre o Orçameno do Governo TABELA 9 - ESTIMATIVA DOS DESVIOS PADRÕES DOS DISTÚRBIOS Irregular (σ ε ) Nível (σ ν ) Sazonal (σw) TABELA 10 - ESTIMATIVA FINAL DOS COEFICIENTES DO VETOR DE ESTADOS Coeficienes Desvios padrões Esaísicas µ ln(1+π ) lny lnp γ γ γ Obs: (*) indica que a hipóese nula é rejeiada a um nível de 5% de significância e (**) indica que a hipóese nula é rejeiada a 1%. A esimaiva final do veor de esado (a T/T ), 20 apresenada pela Tabela 10, mosra que a elasicidade-inflação e renda não mosraram significane diferença de zero. A elasicidade-preço ambém não se mosra significaivamene diferene de zero, indicando que a arrecadação do imposo de renda é indexada oalmene com relação ao nível de preços. Com relação aos componenes esimados, mosrados no Gráfico 9, podese perceber que a endência apresena grande crescimeno na primeira meade da década de 80, jusificado alvez pelas medidas omadas pelo governo, visando, fundamenalmene, à ampliação na base de cálculo do 20 Analisando o erro de previsão um passo à frene, por meio da realização de eses de normalidade, de heeroscedasicidade e de auocorrelação, consaou-se a exisência apenas do problema de auocorrelação enre os resíduos, que foi deecada no lag 3, a 5% de significância. Com relação aos resíduos auxiliares, que são os resíduos relaivos ao componene irregular e ao nível, não se enconrou, em ambos, problema de normalidade. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

21 Crisiano O. Porugal, Marcelo S. Porugal 259 imposo de renda das pessoas físicas e jurídicas para aumenar a receia. Esas medidas se concenraram principalmene na pessoa física, não ocorrendo de forma similar para a pessoa jurídica. A parir da segunda meade da década de 80 a endência passa a fluuar de acordo com os planos de esabilização adoados. Durane o período mais recessivo do governo Collor, de 1990 a 1991, há uma queda na endência, e a parir do segundo rimesre de 1992 ocorre uma reomada do crescimeno. No período do Plano Real é possível observar um aumeno da endência do erceiro rimesre de 1994 aé o segundo rimesre de 1996 quando, enão, a mesma começa a cair. GRÁFICO 9 - COMPONENTES ESTRUTURAIS Componene de endência Componene sazonal TABELA 11 - ESTIMATIVA DOS DESVIOS PADRÕES DOS DISTÚRBIOS Irregular (σ ε ) Nível (σ ν ) Sazonal (σw) Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

22 260 Os Efeios da Inflação sobre o Orçameno do Governo TABELA 12 - ESTIMATIVA FINAL DOS COEFICIENTES DO VETOR DE ESTADOS Coeficienes Desvios padrões Esaísicas µ ln(1+π ) ** lny ** lnp D81_ * D85_ * D86_ * D90_ ** D82_ ** γ ** γ γ Obs: (*) indica que a hipóese nula é rejeiada a um nível de 5% de significância e (**) indica que a hipóese nula é rejeiada a 1%. A inrodução de quaro variáveis dummy no componene irregular, correspondenes a 81-4, 85-3, 86-1 e 90-1, e uma variável dummy no nível, em 82-4, gera novas esimaivas para os desvios padrões dos disúrbios dos componenes que se mosram diferenes de zero, sendo esas apresenadas na Tabela 11. A esimaiva final do veor de esado (a T/T ), 21 apresenada pela Tabela 12, mosra que, com as inervenções, a elasicidade-inflação e renda passam a se apresenar significaivamene diferenes de zero. Com relação à elasicidade-inflação, 1% de aumeno na inflação cria, em média, uma redução de 0.23% na arrecadação real oal do imposo de renda, devido à defasagem exisene enre o fao gerador e a colea de imposo. Na verdade, 21 Analisando novamene o resíduo um passo à frene, consaou-se a inexisência de problemas de normalidade, heeroscedasicidade e auocorrelação enre os resíduos. Com relação aos resíduos auxiliares, que são os resíduos relaivos ao componene irregular e ao nível, não foi deecado de novo o problema de normalidade. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

23 Crisiano O. Porugal, Marcelo S. Porugal 261 é imporane noar que exise um cero problema conceiual em aplicarmos o efeio Tanzi à arrecadação do imposo de renda, pois não esá claro como definir o momeno de ocorrência do fao gerador do imposo. A esimaiva da elasicidade-renda indica, por sua vez, que um aumeno de 1% no PIB real deve gerar, em média, um aumeno de 1,35% na arrecadação real do imposo. A elasicidade-preço não se mosra significaivamene diferene de zero, o que indica que a arrecadação do imposo de renda é indexada oalmene com relação ao nível de preços. Todos os coeficienes das variáveis dummy se mosram significaivos. É imporane ressalar que, na primeira meade da década de 80, o governo esava preocupado em omar medidas que buscassem um aumeno na arrecadação do imposo e que, no final da década de 80, na eseira das ransformações razidas pela nova Consiuição, o Imposo de Renda sobre Pessoas Jurídicas sofreu profundas alerações em sua legislação, com visas a uma maior simplificação, ganhos de funcionalidade em relação à inflação e redução da carga sobre a poupança. 22 Ao compararmos com os resulados obidos por Barbosa (1987), observase que, igualmene nos dois rabalhos, o IR se mosra oalmene indexado e sensível no que diz respeio à renda e à inflação. 23 GRÁFICO 10 - ELASTICIDADE-INFLAÇÃO -0,05-0,07-0,09-0,11-0,13-0,15-0,17-0,19-0,21-0,23 ln(p/p -1) -0,25 90/3 91/1 91/3 92/1 92/3 93/1 93/3 94/1 94/3 95/1 95/3 96/1 96/3 97/1 97/3 22 Ver DAIN & MENANDRO (1993). 23 As elasicidades-renda e inflação obidas por BARBOSA (1987) são, respecivamene, iguais a 1,14 e 0,61. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

24 262 Os Efeios da Inflação sobre o Orçameno do Governo GRÁFICO 11 - ELASTICIDADE-RENDA 1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 1 0,9 0,8 lny 0,7 90/3 91/1 91/3 92/1 92/3 93/1 93/3 94/1 94/3 95/1 95/3 96/1 96/3 97/1 97/3 GRÁFICO 12 - ELASTICIDADE-PREÇO 0,02 0,015 lnp 0,01 0, ,005-0,01-0,015-0,02 90/3 91/1 91/3 92/1 92/3 93/1 93/3 94/1 94/3 95/1 95/3 96/1 96/3 97/1 97/3 Os Gráficos 10, 11 e 12 mosram o comporameno no empo das elasicidades-inflação, renda e preço. Com relação à elasicidade-preço, consaaram-se valores não significaivamene diferenes de zero para odo o período em quesão. O comporameno das elasicidades-inflação e renda apresenam uma cera similaridade com a arrecadação oal. Por sua vez, a elasicidade-renda apresena uma cera endência de crescimeno e a Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

25 Crisiano O. Porugal, Marcelo S. Porugal 263 elasicidade-inflação exibe, durane o Plano Real, um grande aumeno, em módulo. Assim sendo, os resulados obidos nese aspeco para a arrecadação oal são foremene influenciados pelo comporameno do Imposo de Renda. Ao conrário do que foi observado para o IPI, o Plano Real muda subsancialmene o comporameno dese imposo. 3.4 Imposo Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) Considerando agora o ICMS oal, seguimos o mesmo procedimeno enconrando novamene uma inclinação não-esocásica e igual a zero para a endência. Assim, levando-se em cona um modelo com inclinação nula, as esimaivas para os desvios padrões dos disúrbios dos componenes irregular, sazonal e o nível coninuam a se mosrar diferenes de zero, como mosra a Tabela 13. TABELA 13 - ESTIMATIVAS DOS DESVIOS PADRÕES DOS DISTÚRBIOS Irregular (σ ε ) Nível (σ ν ) Sazonal (σw) TABELA 14 - ESTIMATIVA FINAL DOS COEFICIENTES DO VETOR DE ESTADOS Coeficienes Desvios padrões Esaísicas µ ** ln(1+π ) ** lny ** lnp γ γ ** γ * Obs: (*) indica que a hipóese nula é rejeiada a um nível de 5% de significância e (**) indica que a hipóese nula é rejeiada a 1%. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

26 264 Os Efeios da Inflação sobre o Orçameno do Governo Observando a Tabela 14, que apresena a esimaiva final do veor de esado (a T/T ), 24 consaa-se, com relação à elasicidade-inflação, que um aumeno em 1% na inflação deve gerar, em média, uma redução de 0.29% na arrecadação real oal do ICMS, devido à defasagem exisene enre o fao gerador e a colea de imposo. A esimaiva da elasicidade-renda indica, por sua vez, que um aumeno de 1% no PIB real deve gerar, em média, um aumeno de 1,34% na arrecadação real do ICMS. Com referência à elasicidade-preço, podemos ver que a mesma não é significaivamene diferene de zero, o que mosra que a arrecadação do ICMS é indexada oalmene com relação ao nível de preços. GRÁFICO 13 - COMPONENTES ESTRUTURAIS Componene de endência Componene sazonal Fazendo uma análise dos componenes esimados quando alisamos os dados, podemos perceber, por meio do Gráfico 13, que, assim como ocorreu 24 Analisando o erro de previsão um passo à frene, por meio da realização de eses de normalidade, de heeroscedasicidade e de auocorrelação, consaou-se a exisência de problemas de normalidade e de auocorrelação enre os resíduos. Com relação ao problema da auocorrelação serial, ese foi deecado apenas nos lags 3, 8 e 9, a um nível de 5% de significância. Com relação aos resíduos auxiliares, que são os resíduos relaivos ao componene irregular e ao nível, enconrouse, em ambos, problema de normalidade. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

27 Crisiano O. Porugal, Marcelo S. Porugal 265 para o IPI, o componene sazonal vem se reduzindo com o empo. Por ouro lado, o componene de endência mosra-se muio mais voláil que no caso do IPI. TABELA 15 - ESTIMATIVAS DOS DESVIOS PADRÕES DOS DISTÚRBIOS Irregular (σ ε ) Nível (σ ν ) Sazonal (σw) Incorporando variáveis dummy no componene irregular e no nível em 83-4 e 89-2, respecivamene, obêm-se novas esimaivas para os hiperparâmeros e para o veor de esados, apresenadas nas Tabelas 15 e 16, 25 respecivamene. Com relação à elasicidade-inflação, um aumeno de 1% na inflação deve gerar, em média, uma redução de 0.29% na arrecadação real oal do ICMS, devido à defasagem exisene enre o fao gerador e a colea de imposo. Esa elasicidade se mosra, em módulo, cerca de 1,3% maior do que a obida aneriormene, sem inervenção. A esimaiva da elasicidade-renda, por sua vez, se mosra ambém significaivamene diferene de zero e cerca de 22,9% menor que a obida aneriormene, indicando que um aumeno de 1% no PIB real deve gerar, em média, um aumeno de 1,04% na arrecadação real do ICMS. Com relação à elasicidade-preço, podemos ver que a mesma não se mosra, de novo, significaivamene diferene de zero, o que indica que a arrecadação do ICMS é indexada oalmene com relação ao nível de preços. Observando os coeficienes das variáveis dummy pode-se consaar que os mesmos se mosram significaivos. A dummy em 89-2 pode explicar uma possível quebra esruural causada pelas mudanças razidas pela Consiuição de 88 em relação à base de incidência do ICM e pelo Plano Verão, que gerou uma queda abrupa da inflação seguida por um aumeno de demanda, e que eve efeios posiivos sobre a arrecadação. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

28 266 Os Efeios da Inflação sobre o Orçameno do Governo TABELA 16 - ESTIMATIVA FINAL DOS COEFICIENTES DO VETOR DE ESTADOS Coeficienes Desvios padrões Esaísicas µ ** ln(1+π ) ** lny ** lnp D83_ ** D89_ ** γ γ ** γ Obs: (*) indica que a hipóese nula é rejeiada a um nível de 5% de significância e (**) indica que a hipóese nula é rejeiada a 1%. GRÁFICO 14 - ELASTICIDADE-INFLAÇÃO -0,1-0,15 ln(p/p-1) -0,2-0,25-0,3-0,35-0,4 90/3 91/1 91/3 92/1 92/3 93/1 93/3 94/1 94/3 95/1 95/3 96/1 96/3 97/1 97/3 Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

29 Crisiano O. Porugal, Marcelo S. Porugal 267 GRÁFICO 15 - ELASTICIDADE-RENDA 1,1 1,03 0,96 0,89 0,82 lny 0,75 90/3 91/1 91/3 92/1 92/3 93/1 93/3 94/1 94/3 95/1 95/3 96/1 96/3 97/1 97/3 GRÁFICO 16 - ELASTICIDADE-PREÇO 0,01 0,008 0,006 0,004 0, ,002-0,004-0,006-0,008 lnp -0,01 90/3 91/1 91/3 92/1 92/3 93/1 93/3 94/1 94/3 95/1 95/3 96/1 96/3 97/1 97/3 Fazendo uma comparação com os resulados obidos por Barbosa (1987) consaa-se que, al como nese rabalho, o ICMS se mosra oalmene indexado e sensível em relação à renda e à inflação, o que indica que a defasagem exisene enre o fao gerador e a colea dos ribuos afea a Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

30 268 Os Efeios da Inflação sobre o Orçameno do Governo arrecadação dese ribuo. 26 Conudo, as elasicidades obidas por Barbosa (1987) são subsancialmene maiores que as por nós enconradas. O comporameno das elasicidades-inflação, renda e preço, para o período de aé , pode ser viso nos Gráficos 14, 15 e 16. Com relação à elasicidade-preço, consaou-se valores não significaivamene diferenes de zero para odo o período em quesão. Analisando as elasicidades-inflação e renda noa-se, como no IPI, uma cera esabilidade, com os valores para ais elasicidades mosrando-se mais ou menos consanes. 3.5 Gasos Com Pessoal e Encargos Sociais 27 Esimando o modelo descrio pela equação (2.1-b), observou-se que ano a inclinação da endência quano o componene sazonal parecem não ser esocásicos. 28 A Tabela 17 apresena as esimaivas para os desvios padrões dos disúrbios dos componenes irregular e o nível, admiindo um modelo com inclinação nula e sazonalidade fixa. 29 TABELA 17 - ESTIMATIVAS DOS DESVIOS PADRÕES DOS DISTÚRBIOS Irregular (σ ε ) Nível (σ ν ) Analisando novamene o resíduo um passo à frene consaou-se que o problema da normalidade foi resolvido. O problema da auocorrelação residual, por sua vez, foi enconrando apenas nos lags 15, 16 e 19, a um nível de significância de 5%. Com relação aos resíduos auxiliares, que são os resíduos relaivos ao nível, o problema da normalidade dos mesmos foi compleamene resolvido. 26 As elasicidades-renda e inflação obidas por BARBOSA (1987) são, respecivamene, iguais a 1,27 e 0, Engloba pessoal civil e miliar da adminisração direa, ransferências para enidades da adminisração indirea Federal, ransferências inergovernamenais e ransferências a inaivos, pensionisas, salário-família e apoio financeiro a esudanes. 28 O período de esimação vai do primeiro rimesre de 1986 ao erceiro rimesre de O modelo com sazonalidade fixa e inclinação nula gera melhores criérios de Akaike e Bayes. nenhum problema com os resíduos auxiliares. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

31 Crisiano O. Porugal, Marcelo S. Porugal 269 TABELA 18 - ESTIMATIVA FINAL DOS COEFICIENTES DO VETOR DE ESTADOS Coeficienes Desvios padrões Esaísicas µ (π - π -1 ) * π lny * γ γ ** γ * Obs: (*) indica que a hipóese nula é rejeiada a um nível de 5% de significância e (**) indica que a hipóese nula é rejeiada a 1%. A Tabela 18, que apresena a esimaiva final do veor de esado, mosra que a hipóese de a inflação afear permanenemene o gaso real de pessoal é rejeiada. 30 No enano, ao nível de 5%, a hipóese de que exise um efeio ransiório não é rejeiada. A elasicidade-renda é significaivamene diferene de zero, a um nível de 5%, indicando que um aumeno de 1% na renda real deve gerar, em média, um aumeno em 2,04% no gaso real com pessoal. Observando a endência, via Gráfico 17, podemos consaar que no início de 1990, marcado pelo fim do governo Sarney, houve um grande salo, e a parir de enão, com o governo Collor, houve uma queda da mesma. A parir do erceiro rimesre de 1992 (final do governo Collor) a endência vola a crescer aé o primeiro rimesre de 1996, quando apresena uma pequena queda aé o segundo rimesre de Com relação ao erro de previsão um passo à frene, não se consaou nenhum problema de normalidade, de heeroscedasicidade e de auocorrelação. Da mesma forma, não se enconrou nenhum problema com os resíduos auxiliares. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

32 270 Os Efeios da Inflação sobre o Orçameno do Governo GRÁFICO 17 - COMPONENTES ESTRUTURAIS Componene de endência Componene sazonal Por meio de duas variáveis dummies no componene irregular (correspondenes a 88-4 e 94-2) e uma variável dummy no nível (em 90-1) realizam-se inervenções, obendo-se, segundo as Tabelas 19 e 20, novas esimaivas para os desvios padrões dos disúrbios dos componenes irregular e do nível e para o veor de esados. A hipóese de que a inflação afea permanenemene o gaso real de pessoal é novamene rejeiada. 31 Já a hipóese de que exise, de novo, um efeio ransiório, não é rejeiada a 5% de significância. Esa elasicidade se mosra, em módulo, cerca de 17% menor do que a obida aneriormene, sem inervenção. Com relação à elasicidade-renda, verifica-se que a mesma é significaivamene diferene de zero, a um nível de 1% de significância, e 31% maior do que a obida aneriormene, indicando que um aumeno de 1% na renda real deve gerar, em média, um aumeno de 2,65% no gaso real com pessoal. Comparando com a elasicidade-renda da receia oal, visa aneriormene, podemos perceber que a obida para o gaso com pessoal é bem maior, em orno de 114%. Tal resulado indica que o problema fiscal ende só a piorar com crescimeno econômico. Iso só reforça a necessidade de uma reforma fiscal no País. 31 Novamene não se enconrou qualquer problema com relação ao erro de previsão a um passo à frene e aos resíduos auxiliares. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

33 Crisiano O. Porugal, Marcelo S. Porugal 271 TABELA 19 - ESTIMATIVAS DOS DESVIOS PADRÕES DOS DISTÚRBIOS Irregular (σ ε ) Nível (σ ν ) Observando os coeficienes das variáveis dummy pode-se consaar que odos se mosram significaivos. Ao se analisar eses resulados deve-se levar em cona que a Consiuição 32 de 1988 gerou, além de um aumeno das vinculações da receia, um aumeno e um enrijecimeno dos gasos do governo federal e encareceu o cuso da mão-de-obra, ano para o seor público quano para o seor privado. (MODIANO, 1990) Criaram-se..novos encargos na área de pessoal (como o pagameno adicional de um erço do salário mensal, por ocasião das férias), abriu-se a possibilidade de aumenos salariais, por razões de isonomia salarial, concedeu-se esabilidade no emprego a odos os servidores celeisas que ivessem, no mínimo, cinco anos de exercício na daa de sua promulgação. Além disso, a implanação do Regime Jurídico Único implicou a exensão os benefícios da aposenadoria com vencimenos inegrais para odos os servidores públicos. (VELLOSO, 1994, p ) Segundo Velloso (1994), a despesa com pessoal aumenou, em média, no âmbio federal, de 3,1% do PIB, de , para cerca de 5% do PIB, após a Consiuição de Realizando uma comparação com o rabalho de Barbosa (1987), observase que, diferenemene dese, a inflação afea apenas o gaso real por meio do componene ransiório. Tal fao pode ser explicado pela aleração nos prazos de reajuse do funcionalismo público, que foram sendo paulainamene encurados. 32 A nova Consiuição foi promulgada em Ouubro de Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

34 272 Os Efeios da Inflação sobre o Orçameno do Governo TABELA 20 - ESTIMATIVA FINAL DOS COEFICIENTES DO VETOR DE ESTADOS Coeficienes Desvios padrões Esaísicas µ (π - π -1 ) * π lny ** D88_ * D90_ * D94_ ** γ ** γ ** γ ** Obs: (*) indica que a hipóese nula é rejeiada a um nível de 5% de significância e (**) indica que a hipóese nula é rejeiada a 1%. Podemos perceber, por meio dos Gráficos 18, 19 e 20, que mosram o comporameno dos coeficienes do modelo em quesão para o período de 93-3 aé 97-3, que a elasicidade-renda e o coeficiene do componene ransiório, ao conrário da inflação, se mosram significaivamene diferenes de zero durane odo o período. Noe-se que com o Plano Real, que levou a uma inerrupção dos reajuses salariais para o funcionalismo público, o coeficiene da inflação sofre uma grande queda, passando a se mosrar com um sinal negaivo, o que vem indicar uma direção de perda em relação à inflação. A elasicidade-renda apresena valores muio alos, acima de 2,5, apesar de parecer demonsrar uma endência de queda nos úlimos períodos. Noe-se ainda, mediane o Gráfico 21, que a elasicidaderenda da despesa com pessoal se mosra muio maior que a da receia oal durane odo o período de análise, o que apona, como já foi ressalado aneriormene, um problema grave no sisema fiscal brasileiro. Es. econ., São Paulo, 31(2): , abr-jun 2001

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