Pº R.P. 212/2009 SJC-CT

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Pº R.P. 212/2009 SJC-CT"

Transcrição

1 Pº R.P. 212/2009 SJC-CT Propriedade horizontal no domínio do Código Civil de Seabra. Compatibilização entre o regime da propriedade horizontal (não registado) e a descrição autónoma de parte de prédio anteriormente à vigência do D.L. nº , de Incerteza sobre a identidade do imóvel objecto do registo peticionado. DELIBERAÇÃO A. Por escritura de / /, lavrada a partir de fls v do livro de escrituras nº, do Cartório Notarial de, foi partilhada a herança de, de quem eram herdeiras as filhas,,,, e Desta herança fazia parte (verba nº ) uma morada de casas nobres no Largo desta cidade [ ], que se compõe de casas altas e baixas e quintal, confinando a nascente com, do norte com..., do poente com... e do sul com o ( ) e é vinte e cinco partes de vinte e oito dos artigos três e cem da matriz predial ( ), que foi adjudicada às herdeiras,, e, em comum e na proporção de 1/5 para cada uma das primeira e segunda e de 3/10 para cada uma das terceira e quarta. Nesta mesma escritura as comproprietárias do prédio anteriormente identificado procederam à sua divisão, ficando a pertencer a e a, em comum, «todas as casas da parte alta do prédio e o quintal, bem como uma casa denominada situada na parte baixa, confinando aquelas casas altas do nascente com, do norte com (descrito sob o número ) 1 que fica pertencendo a, do poente com e do sul com ; e a casa na parte baixa confina do nascente e sul com que fica pertencendo a e a, do norte e poente com ( )». Por força da Ap. de / /, na Conservatória de foram praticados os seguintes actos de registo: 1º. abertura da descrição nº, correspondente à descrição da verba nº. da partilha, mas com a menção de que o prédio estava inscrito na matriz sob o artigo ; 2º. abertura da descrição nº, correspondente à parte que na divisão ficou a pertencer a, com o aditamento de que as casas da parte alta são 12 compartimentos e com a menção de que o prédio corresponde a 6/10 do artigo e foi desanexado do nº ; 3º. feitura da inscrição nº, de transmissão em comum e partes iguais a favor de, divorciada, e de, solteira, maior, de 6/10 do prédio descrito sob o nº, que constituem o prédio descrito sob o nº, por lhes haver ficado a pertencer na 1 - Este prédio, de acordo com a respectiva descrição na escritura, estava inscrito na matriz sob três partes de vinte e oito dos artigos e (sob o resto destes artigos, portanto). 1

2 partilha com subsequente divisão a que procederam com outros interessados por óbito de A cota de referência nº foi lançada em ambas as descrições nºs e No mesmo ano de e pela Ap. de / / foi registada (inscrição nº ) a aquisição da metade de do prédio descrito sob o nº, a favor de, que também usava, casada no regime de simples separação de bens com comunhão de adquiridos com, por sucessão testamentária. B. Em / / o ora recorrente veio requisitar sobre o prédio descrito na ficha nº... 2 os seguintes actos de registo: 1º. aquisição de ½ a favor de, enquanto única e universal herdeira de sua mãe...; 2º. aquisição da totalidade em comum e sem determinação de parte ou direito a favor dos herdeiros daquela Os pedidos de registo foram, porém, recusados, o primeiro (Ap. / / / ) com fundamento nos art.s 68º, 28º e 69º, nº 1, e), do C.R.P., porque o registo já foi lavrado provisoriamente por dúvidas nos termos da ap. / / /, não se encontrando as mesmas removidas, e o prazo para interposição de recurso da decisão no processo de rectificação a que se refere a ap. / / / já decorreu (art. 131º, nºs 1 e 2, do CRP), e o segundo (Ap. / / / ) com fundamento nos mesmos art.s 68º, 28º e 69º, nº 1, e),do C.R.P., também porque o registo já foi lavrado provisoriamente por dúvidas nos termos da ap. / / /, não se encontrando as mesmas removidas, e o prazo para a interposição de recurso da decisão no processo de rectificação a que se refere a ap. / / / já decorreu (art. 131º, nºs 1 e 2 do CRP) Esta descrição em ficha informática resultou da extractação da descrição em livro nº (Ap. / / / ), a que de seguida nos referiremos. 3 - Para bem compreendermos a realidade que subjaz ao presente recurso hierárquico, importa que façamos um breve excurso sobre o que de relevante ocorreu a nível registal desde o que relatámos em A. até à formulação dos pedidos de registo cuja qualificação é objecto da presente impugnação. 1. Em.../ / (Aps e ) (uma das contitulares da herança que integra o prédio cuja situação jurídica se pretende ver definida) requisitou na Conservatória recorrida os registos dos mesmos factos, mas os pedidos foram recusados porque o prédio urbano objecto de registo é composto por casas da parte alta do prédio anterior descrito sob o nº, contudo a propriedade sobre um andar tem por objecto uma fracção autónoma, o que pressupõe a constituição de propriedade horizontal, ou no caso de se aplicar o regime anterior é necessário criar um único objecto, e não a existência de dois objectos distintos. Acresce referir que o mencionado prédio corresponde a 6/10 da inscrição matricial, contudo é apresentada caderneta predial com aquele artigo matricial como sendo o correspondente à totalidade da descrição, pelo que cumpre esclarecer. Estas recusas foram anotadas no Livro G e as cotas levadas à descrição nº..., não tendo havido impugnação. 2. Em / / (Aps. e ) o ora recorrente pediu na Conservatória recorrida os registos dos mesmos factos, mas desta vez a Senhora Conservadora em exercício (ora recorrida) decidiu qualificar o primeiro acto como 2

3 C. Da qualificação dos pedidos de registo vem agora interposto o presente recurso hierárquico, cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos. A Senhora Conservadora recorrida sustentou a recusa em despacho cujos termos também aqui se dão por integralmente reproduzidos. Saneamento: provisório por dúvidas (art.s 68º, 28º, 42º, nº 6, 49º e 70º, do C.R.P., e art.s 1414 e segs. do C.C.) e o 2º acto como provisório por natureza (art. 92º, nº 2, b)) e por dúvidas. No respectivo despacho a Senhora Conservadora começou por defender que o art. 2335º do Código Civil de 1867 previa, ainda que implicitamente, o regime da propriedade horizontal, e que o registo de aquisição de andar não dependia da constituição formal do regime da propriedade horizontal e do registo deste facto, podendo assim os condóminos alienar e onerar os seus direitos. Porém, a Senhora Conservadora entendeu que há necessidade de adequar e harmonizar as referidas descrições [... e ] com a respectiva matriz, promover o registo dos restantes direitos que de certeza estarão titulados na referida escritura de partilha e divisão, e nos termos dos arts 120º e seguintes do Código do Registo Predial a pedido dos interessados adequar as inscrições/descrições aos direitos (partes) que efectivamente consubstanciam e ainda que na declaração a que se refere o art. 49º do CRP não é feita qualquer declaração a essa realidade, sendo apenas apresentada nos termos do art. 30º do CRP caderneta predial urbana de toda uma unidade predial inscrita na matriz sob o artigo, da freguesia de, artigo este que consta efectivamente da cada uma das descrições em aferição. Por força da Ap.../ / / a descrição nº... foi extractada para a ficha informática nº, onde foi reproduzida a inscrição da Ap. de / / (nº ) e a inscrição da Ap. de / / (nº ) e efectuados os registos das Aps.... e... de / /, com a qualificação que lhes foi atribuída pelo despacho supra citado. A descrição nº também foi extractada na ficha informática nº (mas a extractação não está anotada naquela descrição em livro), onde foi reproduzida a inscrição nº Estas recusas também não foram impugnadas. 3. Em / / ( Ap. ) o ora recorrente e outros (co-herdeiros de ) vieram pedir na Conservatória recorrida a rectificação dos prédios nºs... e ( ) no sentido de que constituem um só ( ), alegando que o prédio da verba nº... da escritura de partilha e divisão foi dividido em dois prédios distintos e que o prédio adjudicado em comum a e a se encontra descrito na ficha nº / / / (anteriormente nº ) e na ficha nº / / /, ambas da freguesia de. Ao pedido de rectificação opôs-se, alegando inter allia que do prédio conhecido por... aos herdeiros de pertence a parte correspondente ao prédio descrito sob o nº (actualmente ) e a ela oponente pertence a parte restante, correspondente aos prédios descritos sob os nºs.../ / / e / / /, e que a rectificação do registo do imóvel só pode ser efectuada através da constituição em regime de propriedade horizontal do mesmo ( ) (cfr. art. 28º). Neste processo de rectificação a Senhora Conservadora proferiu decisão em / / (já depois de terem sido apresentados os pedidos de registo cuja qualificação vem agora impugnada), na qual julgou improcedente o pedido por falta de acordo. 3

4 O processo é o próprio, as partes legítimas, o recurso tempestivo, inexistindo questões prévias ou prejudiciais que obstem ao conhecimento do mérito. Pronúncia: A posição deste Conselho vai expressa na seguinte Deliberação 1- O artigo 2335º do Código Civil de 1867 já previa, ainda que timidamente, o regime que veio a ser denominado de propriedade horizontal, ulteriormente disciplinado pelo Decreto-Lei nº , de 14 de Outubro de 1955, e actualmente no Código Civil de Cabia na previsão daquela norma legal a situação jurídica criada em 1915, em partilha de herança, pela adjudicação de uma morada de casas nobres que se compõe de casas altas e baixas e quintal em compropriedade a determinados co-herdeiros, seguida da divisão por estes do prédio em duas partes, sendo uma delas todas as casas da parte alta do prédio e o quintal, bem como uma casa situada na parte baixa, a qual foi adjudicada, também em compropriedade, a dois dos co-herdeiros adjudicatários em compropriedade do prédio na partilha Transcrevemos a conclusão 1ª do parecer emitido no Pº R.P. 86/99 DSJ-CT, in BRN nº 2/2000, págs. 2 e segs. Damos aqui por reproduzida a argumentação alinhada no citado parecer. 5 - Como é consabido, o caso das partilhas foi um dos que mais justificaram o aparecimento do instituto da propriedade horizontal que veio a ser consagrado no citado Decreto-Lei nº No Parecer da Câmara Corporativa nº 30/VI frisou-se que «a situação descrita [graves dificuldades da repartição da riqueza, em virtude do valor avultado dos prédios urbanos] constitui também gravíssimo obstáculo às partilhas por morte, dando lugar, com frequência, à necessidade do pagamento de tornas, onerado pela respectiva sisa, ou, como em muitos casos sucede, à própria alienação dos prédios, privando os interessados da situação de proprietários» (cfr. Armando Guerra, in Da Propriedade Horizontal e da Propriedade Superficiária, 2ª ed., 1964, pág. 56). Porém, o mesmo Parecer da Câmara Corporativa nº 30/VI, ao tratar com proficiência a matéria da natureza jurídica do instituto da propriedade horizontal, dando conta e esclarecendo os sistemas susceptíveis de estruturarem juridicamente esta realidade, e aludindo, dentre outras, a uma concepção inspirada na 4

5 3- A descrição autónoma no registo predial de uma das partes em que foi dividido o prédio urbano, identificada na conclusão anterior, para efeitos da feitura da inscrição da respectiva aquisição a favor dos adjudicatários, no ano de, não obsta a que o estatuto legal a que se encontra sujeito o prédio urbano partilhado e dividido em seja o da propriedade horizontal, tal como ulteriormente veio a ser definido pelo Decreto-Lei nº e pelo Código Civil de jurisprudência francesa que considerava «o prédio dividido simplesmente em alojamentos, que são objecto de propriedade absolutamente exclusiva dos respectivos donos, onerados reciprocamente por servidões, nas quais se conglobariam todos os interessados comuns aos vários andares», e que «semelhante a este seria o sistema de estruturar a propriedade dos andares também em propriedades exclusivas, baseadas ou oneradas por direitos de superfície» - e a outra concepção, a mais difundida que «apresenta a propriedade horizontal como propriedade exclusiva dos apartamentos, completada pela comunhão de todos os proprietários nas parcelas dos prédios não destinadas restritamente a cada uma das habitações» -, afirmava expressamente que «o artigo 2335º do Código Civil contém um regime ambíguo, que permitiria enquadrá-lo, sem esforço, quer nesta concepção, quer na anterior» (cfr. Armando Guerra, ob. cit., págs. 124, 128 e 130). O que aqui pretendemos acentuar é que, perante a ambiguidade, superiormente reconhecida, do regime do artigo 2335º do Código Civil de 1867, não compete ao conservador questionar neste momento, a praticamente cem anos de distância, um facto praticado no domínio daquela norma e que, sem esforço, seria possível integrar na sua fattispecie, facto esse que já se encontra definitivamente registado do que resulta a correspondente presunção de existência e de pertinência do direito inscrito (cfr. art. 7º do C.R.P.) -, não sendo por isso ele mesmo o objecto da qualificação impugnada. Assentemos, portanto, em que os factos partilha e divisão, ou o facto complexo partilha/divisão, da verba nº da escritura de / /, eram permitidos pelo artigo 2335º do Código Civil de 1867, e que, de acordo com uma das concepções que ao tempo procuravam explicar esta realidade, da divisão do prédio urbano resultaram propriedades exclusivas «com exclusão de qualquer fenómeno de comunhão, além dos que têm lugar entre prédios confinantes» (cfr. citado Parecer da Câmara Corporativa nº 30/VI, apud Armando Guerra, ob. cit., pág. 124). 6 - Como consta do Relatório, a parte no prédio da herança partilhada objecto de divisão adjudicada às coherdeiras comproprietárias... e... foi autonomamente descrita (sob o nº..., actual ficha nº ), para aí registar, em..., a aquisição causada pela divisão a favor daquelas adjudicatárias. Podemos, assim, concluir com alguma legitimidade que o conservador que naquele ano de procedeu à qualificação do pedido de registo aderiu à concepção, coberta pelo artigo 2335º do Código Civil de Seabra, de que da divisão resultavam propriedades exclusivas oneradas reciprocamente por servidões ou baseadas ou oneradas por direitos de superfície. Só assim, a nosso ver, se compreende que o conservador, em vez de manter intocável a descrição do prédio urbano objecto da divisão (descrição nº, actual ficha nº... ) e sobre a mesma registar aquisição da pars aedis (cfr. Armindo Ribeiro Mendes, A Propriedade Horizontal no Código Civil de 1966, in ROA Ano 30, 1970, pág. 39) que foi adjudicada aos comproprietários e, tenha procedido à descrição autónoma daquela parte, de acordo com o disposto nos art.s 214º e segs. do Código do Registo Predial de 1929 (aprovado pelo Decreto nº 17070, de 4 de Julho). 5

6 Voltando ao Parecer da Câmara Corporativa nº 30/VI que consideramos nuclear para a compreensão da matéria -, e como já se frisou, o mesmo, considerando embora que a concepção que presumimos ter sido adoptada pelo conservador «do ponto de vista jurídico subverteria, com efeito, a noção de prédio e, com ela, a de servidão» porquanto «o Código Civil Português como outros ( ) consagram uma noção de prédio que se filia na tradição do velho direito germânico, que olhava o solo como um bem fundamental ( ), e isso levou os códigos a considerarem prédio só o próprio terreno, ou qualquer coisa estavelmente incorporada nele» (cfr. Armando Guerra, ob. cit., pág. 125), concluiu que o artigo 2335 do Código Civil de 1867 continha um regime ambíguo que permitia enquadrá-lo na concepção adoptada pelo conservador. Em face do exposto, não cremos que a abertura da descrição nº e os registos de aquisição lavrados no ano de que tiveram por objecto mediato a realidade física representada naquela descrição sofram de qualquer inexactidão, irregularidade ou invalidade que demandem a sua rectificação ou declaração de nulidade. Nesta linha de raciocínio e sem curar de apreciar aspectos vários do processo, v.g., a improcedência do pedido de rectificação por falta de acordo, que se nos afigura desprovida de sentido (após o D.L. nº 273/2001, de 13 de Outubro, o acordo dos interessados na rectificação deixou de ser pressuposto da prolação de decisão sobre o mérito pelo conservador) -, pese embora julgarmos ter percebido o desiderato que ali, sem êxito, se perseguiu precisamente, a adequação do registo à concepção da propriedade horizontal acolhida no D.L. nº e no Código Civil de , não podemos coerentemente concordar com a instauração do processo de rectificação de , que se nos afigura impertinente. 7 - Resulta do anteriormente exposto que, de acordo com uma determinada concepção não rejeitada pelo artigo 2335º do Código Civil de 1867 (LA), a descrição nº (actual ficha nº ) diz respeito a um prédio. Porém, o D.L. nº (LN), ao estabelecer o regime da propriedade por andares ou propriedade horizontal em cumprimento do disposto no art. 30º da Lei nº 2 030, de 22 de Junho de 1948, veio expressamente consagrar a concepção da propriedade horizontal enquanto propriedade exclusiva de uma parte (unidade independente) integrada em edifício comum. Coloca-se então, se não erramos, um problema de «direito transitório» (cfr. Baptista Machado, in Sobre a aplicação no tempo do novo Código Civil, 1968, pág. 47, de cujos ensinamentos nos socorremos com a esperança de não atraiçoarmos o pensamento do Saudoso Mestre; cfr. ainda parecer emitido no Pº R.P. 259/2006 DSJ-CT). A LN não contém «normas de transição» (ob. cit., pág. 47). O momento da constituição da SJ em presença é a data da escritura de partilha e divisão, ou seja, / /, em que os negócios jurídicos de partilha e divisão adquiriram perfeição (ob cit., pág. 88), portanto, no domínio da LA. As normas do art. 2335º do Código Civil de 1867 e do art. 1º do D.L. nº , que define propriedade horizontal, são normas secundárias ou de organização (ob. cit., pág. 313), que se referem ao estatuto legal de uma coisa, pelo que a LN aplica-se à SJ já constituída, de acordo com a 2ª parte do nº 2 do art. 12º do Código Civil de 1966 (ob. cit., pág. 122). A nosso ver, portanto, a parte adjudicada a e a, sendo prédio distinto no domínio da LA, passou a ser pars aedis no domínio da LN. A tese da sobrevigência da LA é para nós insustentável. 8 - Resulta do anteriormente exposto e do exposto no citado parecer emitido no Pº R.P. 86/99 DSJ-CT que, no nosso entendimento, apesar de autonomamente descrita, a realidade física actualmente descrita na ficha nº é uma fracção autónoma dum prédio (actual ficha nº ) submetido ao regime da propriedade horizontal. 6

7 4- Resultando dos documentos apresentados para o registo peticionado incerteza sobre a identidade do imóvel dele objecto, e tendo em anteriores processos com o pedido de registo dos mesmos factos tais dúvidas sido já suscitadas, deverá agora o registo ser recusado nos termos do disposto no art. 69º, nº 1, e), do C.R.P. 9. Bem sabemos que esta realidade física não está (actualmente) descrita como deveria sê-lo. De acordo com o art. 7º do D.L. nº , a cada edifício sob regime de propriedade horizontal corresponderá, no registo predial, uma só descrição, na qual deverá constar a especificação pormenorizada das suas diversas fracções autónomas, individualizando-se cada uma delas. A este artigo sucedeu o nº 2 do art. 146º do Código do Registo Predial de 1960 e a este a al. e) do nº 1 do art. 149º do Código do Registo Predial de No Código do Registo Predial de 1984, para além da descrição genérica do prédio (art. 82º, nº2), há lugar à descrição subordinada de cada uma das fracções autónomas que o integram (cfr. art. 81º). Mas não está nas mãos do conservador a «actualização» da realidade plasmada no Registo. Para além de o D.L. nº , como se disse, não conter norma de transição que permita essa «actualização», a situação jurídica da outra fracção autónoma do prédio não está (antes pelo contrário, como adiante se sublinhará) suficientemente definida de modo a permitir um esforço de «actualização» (em termos naturalmente diversos dos prosseguidos no já citado processo de rectificação) com vista à adaptação possível da realidade registal às novas regras de publicidade. Porém, importa acentuar que as dificuldades de «actualização» da realidade existente às novas regras da publicidade registal não podem em si mesmas constituir obstáculo ao registo de factos que tenham tal realidade por objecto. Sendo ainda de realçar, em reforço desta posição, que nesses factos não intervieram terceiros, mas apenas os sucessores dos titulares inscritos. 9 - A questão da identidade do imóvel objecto dos registos peticionados foi suscitada com inteira pertinência nos processos de registo anteriormente instaurados. Vejamos. A descrição nº foi aberta com o artigo urbano, e a descrição nº foi aberta com o mesmo artigo urbano 6/10. Na petição de rectificação (para cujo processo se remeteu no processo de registo), o prédio (verba nº da escritura de partilha/divisão) é identificado como tendo a área (coberta e descoberta) de 1 012,67m2, inscrito na respectiva matriz sob o artigo urbano (anteriormente ). Portanto, o imóvel da descrição nº... não pode ter aquela área (1 012,67m2) nem ser a totalidade daquele artigo (8633). Por outro lado, afigura-se-nos legítimo concluir, em face das posições assumidas por requerentes e oponente no processo de rectificação, que todos estão de acordo em que o resto do prédio (actualmente a descrição da ficha nº ) corresponde ao conjunto das descrições nºs e, ambas de, sendo certo que à primeira destas descrições corresponde o artigo urbano e à segunda os artigos e Este é o quadro factual, aliás bem confuso. O «apresentante» neste processo de registo não tem que se preocupar com a identificação do resto do prédio. Apenas terá o ónus, de que é beneficiário, de identificar com precisão a fracção autónoma descrita na ficha nº, não só quanto à área mas também quanto à harmonização desta descrição com a matriz. É problema a resolver pelo serviço de finanças competente saber se o prédio deve ou não ser inscrito na matriz em regime de propriedade horizontal (cfr. art. 9º do D.L. nº e art. 92º do CIMI). Se o serviço de 7

8 Em face do exposto, é entendimento deste Conselho que o recurso não merece provimento, embora com fundamentação atinente tão somente à incerteza sobre a identificação do imóvel (fracção autónoma) objecto mediato dos registos peticionados. É ainda o Conselho de opinião que, como resulta da nota (9), às descrições das fichas nºs...,, e, todas da freguesia de, se devem fazer anotações recíprocas no sentido de que as duas últimas descrições, em conjunto, são duplicação da primeira descrição (não sendo, porém, de aplicar a norma do art. 86º do C.R.P.). E que à descrição nº se deve anotar a extractação para a ficha nº Deliberação aprovada em sessão do Conselho Técnico de 29 de Abril de João Guimarães Gomes de Bastos, relator. Esta deliberação foi homologada pelo Exmo. Senhor Presidente em finanças entender que a fracção autónoma descrita na ficha nº s deve ter inscrição matricial própria, esta deve corresponder àquele objecto. No entanto, perante o quadro factual descrito, cremos que ao serviço de registo predial competirá, à margem da qualificação dos pedidos de registo, levar às tábuas os elementos que os autos revelam e que podem contribuir para uma «aproximação», ainda que muito incipiente, da realidade registal à realidade substantiva, porquanto a coincidência entre estas duas realidades só será atingida com a intervenção concordante de todos os interessados, mediante a constituição formal da propriedade horizontal, designadamente através de um novo processo de rectificação onde aquele regime seria consolidado. Ora, resulta para nós claro dos autos (foi aliás reconhecido por todos os interessados) que a descrição nº (actual ficha nº ) é duplicação do conjunto das descrições das fichas nºs e, pelo que a estas fichas deve ser reciprocamente anotado o facto, embora, porque não se trata da duplicação (do mesmo prédio) prevista no art. 86º do C.R.P., não deva ser cumprido o disposto neste artigo. 8

9 Ficha para publicação na intranet Pº R.P. 212/2009 SJC-CT. Súmula das questões tratadas: A propriedade horizontal no domínio do Código Civil de Seabra; Compatibilização entre o regime da propriedade horizontal (não registado) e a descrição autónoma de parte de prédio anteriormente à vigência do D.L. nº , de ; Incerteza sobre a identidade do imóvel objecto do registo peticionado Consequência na qualificação do pedido de registo. 9

Pº R.P. 241/2008 SJC-CT-

Pº R.P. 241/2008 SJC-CT- Pº R.P. 241/2008 SJC-CT- Acção proposta no âmbito do artº 205º CPEREF- Ordem de separação de determinado prédio da massa falida Cancelamento de hipotecas e penhoras Insuficiência do título. DELIBERAÇÃO

Leia mais

P.º n.º R.P. 212/2010 SJC-CT Penhora. Registo de aquisição de imóvel penhorado. Averbamento à descrição. Recusa. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 212/2010 SJC-CT Penhora. Registo de aquisição de imóvel penhorado. Averbamento à descrição. Recusa. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 212/2010 SJC-CT Penhora. Registo de aquisição de imóvel penhorado. Averbamento à descrição. Recusa. DELIBERAÇÃO A ficha... descreve um terreno para construção com a área de 2 080m2, inscrito

Leia mais

Pº R.P. 193/2005 DSJ-CT- Incerteza, resultante do título e das declarações complementares, quanto ao objecto do registo. PARECER

Pº R.P. 193/2005 DSJ-CT- Incerteza, resultante do título e das declarações complementares, quanto ao objecto do registo. PARECER 1 Pº R.P. 193/2005 DSJ-CT- Incerteza, resultante do título e das declarações complementares, quanto ao objecto do registo. I- OS FACTOS: PARECER 1- Em 7 de Agosto de 1979, foi lavrada, na Secretaria Notarial

Leia mais

Pº R.P. 243/2007 DSJ-CT

Pº R.P. 243/2007 DSJ-CT Pº R.P. 243/2007 DSJ-CT- Cancelamento de registo de aquisição em processo executivo com base em decisão judicial que determina a anulação da venda, a restituição do preço e do IMT ao comprador Recusa por

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório:

DELIBERAÇÃO. Relatório: Pº R.P. 230/2004 DSJ-CT Expropriação por utilidade pública Título para registo de aquisição Objecto: parcela integrada em logradouro de fracção autónoma ou fracção autónoma Pressupostos. DELIBERAÇÃO Registos

Leia mais

Sumário: Legado. Interpretação do testamento. Registo de aquisição. Declarações complementares e prova complementar.

Sumário: Legado. Interpretação do testamento. Registo de aquisição. Declarações complementares e prova complementar. P.º n.º R. P. 122/2008 SJC-CT Sumário: Legado. Interpretação do testamento. Registo de aquisição. Declarações complementares e prova complementar. DELIBERAÇÃO 1 O presente recurso vem interposto contra

Leia mais

Pº R.P. 206/2009 SJC-CT

Pº R.P. 206/2009 SJC-CT Pº R.P. 206/2009 SJC-CT Extinção de usufruto causada pelo óbito do usufrutuário. Obrigatoriedade do registo. Sujeito da obrigação de promover o registo. Termo inicial da contagem do prazo de cumprimento

Leia mais

P.º n.º R.P. 123/2009 SJC-CT

P.º n.º R.P. 123/2009 SJC-CT P.º n.º R.P. 123/2009 SJC-CT - Aquisição. Usucapião. Justificação notarial para reatamento do trato sucessivo. Imposto de selo. Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho. Doação. Caducidade do ónus de eventual

Leia mais

P.º n.º R.P. 169/2011 SJC-CT Conversão do arresto em penhora. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 169/2011 SJC-CT Conversão do arresto em penhora. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 169/2011 SJC-CT Conversão do arresto em penhora. DELIBERAÇÃO Sobre o prédio da ficha nº, da freguesia de..., da Conservatória do Registo Predial de prédio urbano situado na Rua...,, inscrito

Leia mais

Pº R.P. 12/2009 SJC-CT-

Pº R.P. 12/2009 SJC-CT- Pº R.P. 12/2009 SJC-CT- Recusa do pedido de registo com base em culpa leve do serviço de registo Restituição do emolumento - descrição do caso em especial. Relatório: DELIBERAÇÃO Pela Ap. 45, de 11 de

Leia mais

P.º n.º R.P. 43/2010 SJC-CT Transmissão de locação financeira. Recusa. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 43/2010 SJC-CT Transmissão de locação financeira. Recusa. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 43/2010 SJC-CT Transmissão de locação financeira. Recusa. DELIBERAÇÃO 1., advogado, apresentou na Conservatória do Registo Predial de, no dia de de ( Ap. ), um pedido de registo a que chamou

Leia mais

Pº R. P. 270/2004 DSJ-CT. Trato sucessivo e compropriedade Facto jurídico uno Transformação da comunhão hereditária em compropriedade.

Pº R. P. 270/2004 DSJ-CT. Trato sucessivo e compropriedade Facto jurídico uno Transformação da comunhão hereditária em compropriedade. Pº R. P. 270/2004 DSJ-CT. Trato sucessivo e compropriedade Facto jurídico uno Transformação da comunhão hereditária em compropriedade. DELIBERAÇÃO Registo a qualificar: Aquisição de 1/8 do prédio da ficha

Leia mais

P.º R. P. 184/2009 SJC-CT

P.º R. P. 184/2009 SJC-CT P.º R. P. 184/2009 SJC-CT Transferência de património, ao abrigo do D. L. n.º 112/2004 de 13 de Maio, entre dois organismos integrantes do sistema de segurança social, o Instituto da... e o Instituto Recusa

Leia mais

Ficou também arquivada a planta topográfica do prédio rectificando elaborada por técnico qualificado.

Ficou também arquivada a planta topográfica do prédio rectificando elaborada por técnico qualificado. P.º n.º R.P. 148/2011 SJC-CT Registo de constituição de propriedade horizontal precedido da anexação de dois prédios urbanos. Tributação emolumentar devida pelo averbamento. Inaplicabilidade das verbas

Leia mais

P.º n.º R.P. 224/2010 SJC-CT Prédio não descrito. Aquisição. Declaração a que se refere o artigo 42.º, n.º 6 do Código do Registo Predial.

P.º n.º R.P. 224/2010 SJC-CT Prédio não descrito. Aquisição. Declaração a que se refere o artigo 42.º, n.º 6 do Código do Registo Predial. P.º n.º R.P. 224/2010 SJC-CT Prédio não descrito. Aquisição. Declaração a que se refere o artigo 42.º, n.º 6 do Código do Registo Predial. DELIBERAÇÃO 1. No dia 27 de Julho de 2010 foi celebrada perante

Leia mais

P.º n.º R.P. 242/2010 SJC-CT

P.º n.º R.P. 242/2010 SJC-CT P.º n.º R.P. 242/2010 SJC-CT Prédio inscrito a favor dos autores da herança. Pagamento das dívidas destes. Penhora. Habilitação dos herdeiros. Identificação dos sujeitos. Documento bastante. DELIBERAÇÃO

Leia mais

R.P. 140, /2006 DSJ-CT-

R.P. 140, /2006 DSJ-CT- P.ºs R.P. 140, 141 e 142/2006 DSJ-CT- Averbamento de alteração da inscrição de aquisição Modificação subjectiva Alteração da firma ou denominação de sociedade estrangeira (no âmbito de transferência de

Leia mais

P.º R. P. 24/2009 SJC-CT-

P.º R. P. 24/2009 SJC-CT- P.º R. P. 24/2009 SJC-CT- Inscrição de penhora efectuada como provisória por dúvidas. Anotação indevida da sua caducidade. Eliminação desta anotação e elaboração do registo de conversão. Relatório DELIBERAÇÃO

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Na verdade, as hipotecas encontram-se inscritas a favor do BS, e a declaração para cancelamento foi emitida pelo BA.

DELIBERAÇÃO. Na verdade, as hipotecas encontram-se inscritas a favor do BS, e a declaração para cancelamento foi emitida pelo BA. P.º R. P. 17/2009 SJC-CT - Cancelamento de inscrições hipotecárias. Prova da integração do crédito hipotecário no património da entidade que autoriza aquele registo. Título. DELIBERAÇÃO 1 Em 14 de Novembro

Leia mais

Pº R. Co. 25/2006 DSJ-CT. Recorrente: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial de.

Pº R. Co. 25/2006 DSJ-CT. Recorrente: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial de. Pº R. Co. 25/2006 DSJ-CT. Recorrente: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial de. Registo a qualificar: Transmissão de dívida com hipoteca a favor de P Sociedade

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório:

DELIBERAÇÃO. Relatório: R.P. 53/2005 DSJ-CT- Propriedade horizontal - Falta de comprovação dos requisitos legais - Recusa - Falta de identificação do objecto e conteúdo do direito - Recusa. DELIBERAÇÃO Registo a qualificar: Constituição

Leia mais

P.º R. P. 231/2007 DSJ-CT

P.º R. P. 231/2007 DSJ-CT P.º R. P. 231/2007 DSJ-CT -Transacção judicial Registo de aquisição Título Reconhecimento do direito de propriedade Trato sucessivo Obrigações fiscais. DELIBERAÇÃO Vem o presente recurso hierárquico interposto

Leia mais

Pº R.P. 42/2008 SJC-CT

Pº R.P. 42/2008 SJC-CT Pº R.P. 42/2008 SJC-CT- Aquisição executiva Registo de acção instaurada contra o executado com pedido de execução específica do contrato-promessa, efectuado já depois de registada a penhora do prédio Cancelamento

Leia mais

N/Referência: PºR.P.128/2016 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: PºR.P.128/2016 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 3/ CC /2017 N/Referência: PºR.P.128/2016 STJ-CC Data de homologação: 16-02-2017 Recorrente: A. Raposo..l, advogado. Recorrido: Conservatóia do Registo Predial

Leia mais

Pº R.P. 132/2008 SJC-CT

Pº R.P. 132/2008 SJC-CT Pº R.P. 132/2008 SJC-CT - Impugnação de decisão de recusa, consoante respeite a acto de registo nos termos requeridos ou rectificação de registos ( nºs 1 e 2, respectivamente, do art. 140º do C.R.P.) Interpretação

Leia mais

N/Referência: P.º R.P. 118/2016 STJSR-CC Data de homologação:

N/Referência: P.º R.P. 118/2016 STJSR-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 1/ CC /2017 N/Referência: P.º R.P. 118/2016 STJSR-CC Data de homologação: 20-01-2017 Recorrente: Francisco J.., representado por Constantino.., advogado.

Leia mais

P.º R. P. 191/2008 SJC-CT- Aquisição em processo de execução rejeição da apresentação - gratuitidade do registo. DELIBERAÇÃO Relatório

P.º R. P. 191/2008 SJC-CT- Aquisição em processo de execução rejeição da apresentação - gratuitidade do registo. DELIBERAÇÃO Relatório P.º R. P. 191/2008 SJC-CT- Aquisição em processo de execução rejeição da apresentação - gratuitidade do registo. DELIBERAÇÃO Relatório 1. Em 01/09/2008 foi apresentado, na Conservatória do Registo Predial

Leia mais

P.º n.º R.P. 192/2011 SJC-CT Declaração de nulidade da venda por sentença. Cancelamento do registo de aquisição. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 192/2011 SJC-CT Declaração de nulidade da venda por sentença. Cancelamento do registo de aquisição. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 192/2011 SJC-CT Declaração de nulidade da venda por sentença. Cancelamento do registo de aquisição. DELIBERAÇÃO A. A ficha informática da freguesia de, do concelho da que descreve o 1º andar

Leia mais

Pº R.P. 182/2008 SJC-CT

Pº R.P. 182/2008 SJC-CT Pº R.P. 182/2008 SJC-CT- (i)legalidade de recusa de registo de aquisição pedido com base em inventário, com fundamento na sua manifesta nulidade, mediante invocação de que o prédio partilhado é alheio

Leia mais

N/Referência: P.º R P 102/2018 STJSR-CC Data de homologação: Arrendamento Provisório por natureza, artigo 92.º, n.º 2, alínea d).

N/Referência: P.º R P 102/2018 STJSR-CC Data de homologação: Arrendamento Provisório por natureza, artigo 92.º, n.º 2, alínea d). DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 46/ CC /2018 N/Referência: P.º R P 102/2018 STJSR-CC Data de homologação: 15-11-2018 Recorrente: Ana, Advogada Recorrido: Conservatória do Registo Predial

Leia mais

P.º n.º R. P. 255/2009 DSJ-CT- PARECER I Relatório 1

P.º n.º R. P. 255/2009 DSJ-CT- PARECER I Relatório 1 P.º n.º R. P. 255/2009 DSJ-CT- Cancelamento de registo de aquisição, causada por usucapião, efectuado com base em escritura de distrate da justificação. Interpretação do n.º 3 do artigo 33.º do Decreto-Lei

Leia mais

P.º R. P. 257/2009 SJC-CT

P.º R. P. 257/2009 SJC-CT 1 P.º R. P. 257/2009 SJC-CT-Rectificação de registo Pedido de conversão registo, lavrado provisoriamente por dúvidas, em consequência do registo rectificando Conexão entre o averbamento peticionado e o

Leia mais

P.º R. P. 240/2008 SJC-CT-

P.º R. P. 240/2008 SJC-CT- P.º R. P. 240/2008 SJC-CT- Escritura de partilha. Cumulação dos bens de heranças distintas. Qualificação do pedido de registo respeitante aos imóveis partilhados. DELIBERAÇÃO Relatório 1 Em 12 de Setembro

Leia mais

P.º n.º R.P. 89/2011 SJC-CT Acção de divisão de coisa comum. Incerteza. quanto ao objecto. Violação do trato sucessivo. Qualificação minguante.

P.º n.º R.P. 89/2011 SJC-CT Acção de divisão de coisa comum. Incerteza. quanto ao objecto. Violação do trato sucessivo. Qualificação minguante. P.º n.º R.P. 89/2011 SJC-CT Acção de divisão de coisa comum. Incerteza quanto ao objecto. Violação do trato sucessivo. Qualificação minguante. PARECER 1 O presente recurso hierárquico vem interposto contra

Leia mais

Pº R.P. 200/2009 SJC-CT-

Pº R.P. 200/2009 SJC-CT- Pº R.P. 200/2009 SJC-CT- Cumulação de decisões impugnadas num só processo - Inscrição de penhora - Legitimidade do exequente para pedir os registos que viabilizem a inscrição do bem em nome do executado

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório:

DELIBERAÇÃO. Relatório: Pº R.P. 217/2006 DSJ-CT- Cancelamento de registo de hipoteca Título para registo Requerimento dirigido ao conservador, invocativo da prescrição Recusa. Relatório: DELIBERAÇÃO Do prédio urbano descrito

Leia mais

DELIBERAÇÃO. recusa da ap. por inicialmente ter sido incorrectamente anotada a descrição predial. respectivamente.

DELIBERAÇÃO. recusa da ap. por inicialmente ter sido incorrectamente anotada a descrição predial. respectivamente. P.º n.º R.P. 82/2010 SJC-CT - Servidão administrativa de gás. Constituição. Título. Gratuitidade prevista no n.º 2 do artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 116/2008. Interposição de um único recurso hierárquico

Leia mais

Pº R. P. 46/2009 SJC-CT-

Pº R. P. 46/2009 SJC-CT- Pº R. P. 46/2009 SJC-CT- Inscrição de penhora efectuada como provisória por dúvidas. Divergência entre as áreas constantes da matriz e as áreas das descrições prediais. Actualização/Rectificação. Conversão

Leia mais

P.º n.º R.P. 92/2010 SJC-CT Aquisição. Contrato promessa. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 92/2010 SJC-CT Aquisição. Contrato promessa. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 92/2010 SJC-CT Aquisição. Contrato promessa. DELIBERAÇÃO 1. Indicando como objecto mediato o prédio descrito sob o nº... da freguesia de..., o recorrente apresentou na Conservatória do Registo

Leia mais

P.º C. P. 65/2008 SJC-CT- Registo das alterações à licença ou à autorização de loteamento pedido pelas Câmaras Municipais. Tributação emolumentar.

P.º C. P. 65/2008 SJC-CT- Registo das alterações à licença ou à autorização de loteamento pedido pelas Câmaras Municipais. Tributação emolumentar. P.º C. P. 65/2008 SJC-CT- Registo das alterações à licença ou à autorização de loteamento pedido pelas Câmaras Municipais. Tributação emolumentar. DELIBERAÇÃO 1 A Senhora Conservadora do Registo Predial

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório

DELIBERAÇÃO. Relatório Pº R. P. 200/2008 SJC-CT- Registo de penhora executado separado de pessoas e bens - registo de aquisição a favor do executado casado no regime da comunhão geral - provisoriedade por natureza (artigo 92.º,

Leia mais

A posição deste Conselho vai expressa na seguinte. Deliberação

A posição deste Conselho vai expressa na seguinte. Deliberação P.º n.º C.P. 68 e 69/2010 SJC-CT Certidão negativa. Informação acerca da omissão de prédio no registo. É indispensável a indicação do anterior artigo da matriz onde o prédio, seja da matriz rústica ou

Leia mais

P.º R. P. 113/2005 DSJ-CT:

P.º R. P. 113/2005 DSJ-CT: P.º R. P. 113/2005 DSJ-CT: Renovação de registo provisório de aquisição lavrado com base em contrato-promessa de alienação. Documento comprovativo do consentimento das partes. Declarações complementares

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório

DELIBERAÇÃO. Relatório P.º n.º R. P. 188/2008 SJC-CT- Escritura de revogação de justificação notarial. Cancelamento do registo de aquisição titulado por escritura de justificação. Direitos inscritos a favor de terceiros. DELIBERAÇÃO

Leia mais

DELIBERAÇÃO. A senhora conservadora manteve a decisão proferida nos termos que aqui igualmente damos por reproduzidos na íntegra.

DELIBERAÇÃO. A senhora conservadora manteve a decisão proferida nos termos que aqui igualmente damos por reproduzidos na íntegra. Proc.º n.º R. P. 10/2010 SJC-CT Impugnação judicial da decisão de recusa de conversão do registo de acção após improcedência do recurso hierárquico. Pedido de conversão desse mesmo registo formulado na

Leia mais

- 1 - Pº R.Co.27/2009 SJC-CT

- 1 - Pº R.Co.27/2009 SJC-CT - 1 - Pº R.Co.27/2009 SJC-CT Recorrente: Joaquim. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial do. Acto impugnado: Indeferimento liminar de pedidos de rectificação das inscrições 3 e 4 relativas à sociedade

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório

DELIBERAÇÃO. Relatório Pº R.P. 70/2007 DSJ-CT- Divergência entre título e descrição quanto à composição do prédio, para efeito da aplicação do disposto no art.º 46º do C.R.P. Enquadramento alternativo da divergência na alínea

Leia mais

P.º n.º R.P. 92/2011 SJC-CT Procedimento especial de transmissão, oneração e registo imediato de imóveis (Casa Pronta) DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 92/2011 SJC-CT Procedimento especial de transmissão, oneração e registo imediato de imóveis (Casa Pronta) DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 92/2011 SJC-CT Procedimento especial de transmissão, oneração e registo imediato de imóveis (Casa Pronta) DELIBERAÇÃO 1. No âmbito de procedimento casa pronta 1, a Senhora Notária Afecta à

Leia mais

Pº C.P. 145/2009 SJC-CT-

Pº C.P. 145/2009 SJC-CT- - 1 - Pº C.P. 145/2009 SJC-CT- Inutilização da descrição sem inscrições em vigor( art. 87º, nº g) do C.R.P.) - Âmbito da previsão legal; Pedidos de registo pendentes; Pedido registo do prédio como omisso,

Leia mais

N/Referência: PºR.P.135/2016 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: PºR.P.135/2016 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 5/ CC /2017 N/Referência: PºR.P.135/2016 STJ-CC Data de homologação: 16-02-2017 Recorrente: A. Raposo l, advogado. Recorrido: Conservatória do Registo Predial

Leia mais

Pº R.P. 241/2004 DSJ-CT. - Distrate de justificação notarial Intervenientes Cancelamento de registo de aquisição. DELIBERAÇÃO

Pº R.P. 241/2004 DSJ-CT. - Distrate de justificação notarial Intervenientes Cancelamento de registo de aquisição. DELIBERAÇÃO Pº R.P. 241/2004 DSJ-CT. - Distrate de justificação notarial Intervenientes Cancelamento de registo de aquisição. DELIBERAÇÃO Recorrente: Olinda. Recorrida: Conservatória do Registo Predial de. Registos

Leia mais

ECLI:PT:TRE:2007: D

ECLI:PT:TRE:2007: D ECLI:PT:TRE:2007:1807.06.2.4D http://jurisprudencia.csm.org.pt/ecli/ecli:pt:tre:2007:1807.06.2.4d Relator Nº do Documento Silva Rato Apenso Data do Acordão 25/01/2007 Data de decisão sumária Votação unanimidade

Leia mais

Pº R.P. 240/2004 DSJ-CT- Matriz- Freguesia- Acção- Trato sucessivo. DELIBERAÇÃO

Pº R.P. 240/2004 DSJ-CT- Matriz- Freguesia- Acção- Trato sucessivo. DELIBERAÇÃO Pº R.P. 240/2004 DSJ-CT- Matriz- Freguesia- Acção- Trato sucessivo. Recorrente: Maria. DELIBERAÇÃO Recorrida: Conservatória do Registo Predial de. Registo a qualificar: Acção sobre os prédios das fichas

Leia mais

P.º n.º R.P. 193/2010 SJC-CT Transmissão da posição contratual. Averbamento à inscrição de aquisição do direito de superfície.

P.º n.º R.P. 193/2010 SJC-CT Transmissão da posição contratual. Averbamento à inscrição de aquisição do direito de superfície. P.º n.º R.P. 193/2010 SJC-CT Transmissão da posição contratual. Averbamento à inscrição de aquisição do direito de superfície. DELIBERAÇÃO 1. O prédio descrito sob nº... da freguesia de foi, na dependência

Leia mais

Venda executiva Caducidade - Impugnação pauliana - Artigo 824º do Código Civil.

Venda executiva Caducidade - Impugnação pauliana - Artigo 824º do Código Civil. DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 5/ CC /2016 N/Referência: Pº R.P.106/2015 STJ-CC Data de homologação: 02-02-2016 Recorrente: Lamberto B, representado por João V., advogado. Recorrido:

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório

DELIBERAÇÃO. Relatório P.º n.º R. P. 253/2007 SJC-CT- Providência de recuperação de empresa mediante reconstituição empresarial. Sentença homologatória do acordo de credores. Título para o registo de cancelamento da inscrição

Leia mais

Pº R.P. 94/2009 SJC-CT

Pº R.P. 94/2009 SJC-CT Pº R.P. 94/2009 SJC-CT- (Im)possibilidade de inscrever provisoriamente por natureza ( art. 92º, nº 1, g) do C.R.P.) a constituição contratual do direito de superfície - Intervenção dos titulares da herança

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório

DELIBERAÇÃO. Relatório 1 PºR. P. 95/2008 SJC-CT- Notificação de qualificação do registo de penhora como provisório por natureza (artigo 92º, nº2, alínea a) do Código do Registo Predial) consequências da sua omissão. DELIBERAÇÃO

Leia mais

N/Referência: PºR.P.95/2016 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: PºR.P.95/2016 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 59/ CC /2016 N/Referência: PºR.P.95/2016 STJ-CC Data de homologação: 23-10-2016 Recorrente: Município de P... Recorrido: Conservatória do Registo Predial

Leia mais

DELIBERAÇÃO. 3. A apresentante, não se conformando com a recusa, vem interpor recurso hierárquico 1 no qual se opõe às razões aduzidas pela

DELIBERAÇÃO. 3. A apresentante, não se conformando com a recusa, vem interpor recurso hierárquico 1 no qual se opõe às razões aduzidas pela Pº RP 67/2007 DSJ-CT- Conversão de inscrições provisórias de aquisição e hipoteca Destino da fracção autónoma D civergência do título com a inscrição de propriedade horizontal e com a descrição subordinada.

Leia mais

Pº R. P. 180/2008 SJC-CT

Pº R. P. 180/2008 SJC-CT Pº R. P. 180/2008 SJC-CT - Inscrição de aquisição em comum e sem determinação de parte ou direito Prédio urbano constituído por várias moradias a que correspondem diferentes artigos matriciais Divergência

Leia mais

N/Referência: P.º C.P. 41/2016 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: P.º C.P. 41/2016 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 10/ CC /2017 N/Referência: P.º C.P. 41/2016 STJ-CC Data de homologação: 20-01-2017 Consulente: Setor Técnico-Jurídico dos Serviços de Registo (STJSR). Assunto:

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Deliberação

DELIBERAÇÃO. Deliberação Pº C.P. 27/2007 DSJ-CT- Regime jurídico excepcional da reabilitação urbana de zonas históricas e de áreas críticas de recuperação e reconversão urbanística Acto de aprovação do documento estratégico e

Leia mais

Relatório. Pº R. Bm. 4/2009 SJC-CT

Relatório. Pº R. Bm. 4/2009 SJC-CT Pº R. Bm. 4/2009 SJC-CT Recorrente: Vítor. Recorrida: Conservatória do Registo de Automóveis de. Acto impugnado: Ap. de 23 de Abril de 2009 recusa de registo de propriedade com referência ao veículo automóvel

Leia mais

N/Referência: Pº R.P.5/2015 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: Pº R.P.5/2015 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 52/ CC /2015 N/Referência: Pº R.P.5/2015 STJ-CC Data de homologação: 26-03-2015. Banco, S.A.. Conservatória do Registo Predial de. Assunto: Descrição aberta

Leia mais

Pº C.P. 34/2010 SJC-CT É

Pº C.P. 34/2010 SJC-CT É Pº C.P. 34/2010 SJC-CT É obrigatória a constituição de advogado no recurso de apelação interposto pelo presidente do Instituto dos Registos e do Notariado, I.P., ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo

Leia mais

MATRIZ MODELO 1 CADERNETA PREDIAL

MATRIZ MODELO 1 CADERNETA PREDIAL MATRIZ MODELO 1 CADERNETA PREDIAL A MATRIZ PREDIAL O IMI é um imposto que incide sobre a detenção de património imobiliário prédios-, tendo como principio base a capacidade contributiva e como sujeito

Leia mais

Pº C.P. 76/2008 SJC-CT- Casa Pronta - princípio da legitimação e princípio do trato sucessivo e dispensa de inscrição intermédia.

Pº C.P. 76/2008 SJC-CT- Casa Pronta - princípio da legitimação e princípio do trato sucessivo e dispensa de inscrição intermédia. Pº C.P. 76/2008 SJC-CT- Casa Pronta - princípio da legitimação e princípio do trato sucessivo e dispensa de inscrição intermédia. Consulta PARECER Por despacho de 17 de Junho de 2009, tendo por base proposta

Leia mais

P.º n.º R.P. 110/2011 SJC-CT Anexação. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 110/2011 SJC-CT Anexação. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 110/2011 SJC-CT Anexação. DELIBERAÇÃO Pelas aps.... e..., de 4 de Março de 2011,, na qualidade de gerente de..., Unipessoal Lda, requisitou no Serviço de Registo Predial de... os seguintes

Leia mais

DELIBERAÇÃO. 2 Actualmente, a situação jurídica reflectida nas tábuas com pertinência para o caso é a seguinte:

DELIBERAÇÃO. 2 Actualmente, a situação jurídica reflectida nas tábuas com pertinência para o caso é a seguinte: Proc.º n.º R. P. 242/2009 SJC-CT Cancelamento da inscrição de aquisição com base em sentença judicial transitada em julgado. Cessação dos efeitos da referida inscrição mediante a sua transferência para

Leia mais

Relatório DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 77/ CC /2015. N/Referência: PºR.P.82/2015 STJ-CC Data de homologação:

Relatório DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 77/ CC /2015. N/Referência: PºR.P.82/2015 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 77/ CC /2015 N/Referência: PºR.P.82/2015 STJ-CC Data de homologação: 18-12-2015 Recorrente: Carla., Advogada. Recorrido: Conservatória do Registo Predial

Leia mais

Pº C.P. 29/2008 SJC- Viabilidade de transformação do licenciamento de operação de loteamento em licenciamento de operação de reparcelamento.

Pº C.P. 29/2008 SJC- Viabilidade de transformação do licenciamento de operação de loteamento em licenciamento de operação de reparcelamento. Pº C.P. 29/2008 SJC- Viabilidade de transformação do licenciamento de operação de loteamento em licenciamento de operação de reparcelamento. Memorando 1- A Senhora Conservadora da 1ª Conservatória do Registo

Leia mais

P.º R.P. 147/2007 DSJ-CT-

P.º R.P. 147/2007 DSJ-CT- P.º R.P. 147/2007 DSJ-CT- Fixação do sentido e alcance da norma contida no n.º 5 do artigo 31.º do D. L. 287/2003, de 12/11 Reconhecimento ao interessado da possibilidade de requerer hoje a liquidação

Leia mais

N/Referência: P.º R.P. 117/2016 STJSR-CC Data de homologação:

N/Referência: P.º R.P. 117/2016 STJSR-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 66/ CC /2016 N/Referência: P.º R.P. 117/2016 STJSR-CC Data de homologação: 16-12-2016 Recorrente:..-ALUGUER DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, LDA Recorrido: Conservatória

Leia mais

Pº R.P. 77/2005 DSJ-CT-

Pº R.P. 77/2005 DSJ-CT- 1 Pº R.P. 77/2005 DSJ-CT- Acção administrativa especial cujo pedido consiste na declaração de nulidade da deliberação camarária que aprovou uma alteração (não registada) ao alvará de loteamento-sua registabilidade

Leia mais

N/Referência: Pº R.P.76/2017 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: Pº R.P.76/2017 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 51/ CC /2017 N/Referência: Pº R.P.76/2017 STJ-CC Data de homologação: 16-11-2017 Recorrente: Helena M.., agente de execução. Recorrido: Conservatória do

Leia mais

Objecto da consulta: Âmbito de aplicação do nº 1 do art. 67º-A do CRCom.

Objecto da consulta: Âmbito de aplicação do nº 1 do art. 67º-A do CRCom. Pº C.Co 6/2010 SJC-CT. Consulente: Conservatória do Registo Comercial de. Objecto da consulta: Âmbito de aplicação do nº 1 do art. 67º-A do CRCom. Relatório: A Senhora Conservadora da Conservatória do

Leia mais

Pº R.P. 108/2008 SJC-CT Pº R.P. 109/2008 SJC-CT-

Pº R.P. 108/2008 SJC-CT Pº R.P. 109/2008 SJC-CT- Pº R.P. 108/2008 SJC-CT Pº R.P. 109/2008 SJC-CT- Ausência de declarações expressas de vontade de vender e de comprar por parte dos outorgantes de escritura intitulada de compra e venda (Im)possibilidade

Leia mais

Departamento Jurídico Sector Jurídico e de Contencioso

Departamento Jurídico Sector Jurídico e de Contencioso P º RP 149/2009 SJC Assunto: Recurso hierárquico interposto por O., notária, contra a Conservatória do Registo Predial d. (Ap. 4084/20090601). Sumário: Registo online hipoteca voluntária verificação da

Leia mais

2ª. Pedido de cancelamento de registo de hipoteca efectuado ulteriormente a , apresentado isoladamente.

2ª. Pedido de cancelamento de registo de hipoteca efectuado ulteriormente a , apresentado isoladamente. P.º C.P. 66/2008 SJC-CT- Alteração do R.E.R.N. efectuada pelo D.L. nº 116/2008, de 4 de Julho A expressão documento comprovativo do direito de transmitente do nº 2 do art. 34º do C.R.P., na redacção do

Leia mais

P.º n.º C.P. 96/2010 SJC-CT Interpretação do n.º 1 do artigo 4.º da Portaria n.º 1535/2008 de 30 de Dezembro. PARECER

P.º n.º C.P. 96/2010 SJC-CT Interpretação do n.º 1 do artigo 4.º da Portaria n.º 1535/2008 de 30 de Dezembro. PARECER P.º n.º C.P. 96/2010 SJC-CT Interpretação do n.º 1 do artigo 4.º da Portaria n.º 1535/2008 de 30 de Dezembro. PARECER A Senhora Conservadora da Conservatória do Registo Predial de... consulta o IRN, I.P.

Leia mais

Consulente: Instituto da Segurança Social, I.P. Centro Distrital de.

Consulente: Instituto da Segurança Social, I.P. Centro Distrital de. Pº C.Co.53/2010 SJC-CT Consulente: Instituto da Segurança Social, I.P. Centro Distrital de. Consulta: Qual a data a considerar como sendo a da designação e da cessação de funções de membros dos órgãos

Leia mais

P.º n.º R.P. 102/2011 SJC-CT Testamento. Interpretação. Lapso quanto à identificação do objecto legado. Título para registo.

P.º n.º R.P. 102/2011 SJC-CT Testamento. Interpretação. Lapso quanto à identificação do objecto legado. Título para registo. 1 P.º n.º R.P. 102/2011 SJC-CT Testamento. Interpretação. Lapso quanto à identificação do objecto legado. Título para registo. PARECER 1. A coberto da ap...., de / /, foi pedido o registo de aquisição

Leia mais

Pº R. Co. 22/2009 SJC-CT. Recorrente: Clube de Futebol. Recorrida: Conservatória do Registo Predial/Comercial de..

Pº R. Co. 22/2009 SJC-CT. Recorrente: Clube de Futebol. Recorrida: Conservatória do Registo Predial/Comercial de.. Pº R. Co. 22/2009 SJC-CT. Recorrente: Clube de Futebol. Recorrida: Conservatória do Registo Predial/Comercial de.. Registo a qualificar: Constituição da sociedade. Futebol SAD com designação dos membros

Leia mais

Registo a qualificar: Transformação da sociedade recorrente, requisitado pela Ap. 4 de e efectuado pela Ap. 38 de

Registo a qualificar: Transformação da sociedade recorrente, requisitado pela Ap. 4 de e efectuado pela Ap. 38 de Pº R.Co. 9/2010 SJC-CT. Recorrente: Agro-, S.A. Recorrida: Conservatória do Registo Comercial de. Registo a qualificar: Transformação da sociedade recorrente, requisitado pela Ap. 4 de 13.02.2010 e efectuado

Leia mais

Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI Nº 294/XI

Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI Nº 294/XI Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI Nº 294/XI ALTERA O ESTATUTO DO NOTARIADO, APROVADO PELO DECRETO-LEI Nº 26/2004, DE 4 DE FEVEREIRO E OS CÓDIGOS DO REGISTO PREDIAL E COMERCIAL, VISANDO A IMPLEMENTAÇÃO

Leia mais

P.º R. P. 80/2006 DSJ-CT-

P.º R. P. 80/2006 DSJ-CT- P.º R. P. 80/2006 DSJ-CT- Configuração actual do prédio submetido a registo. Dificuldade, senão mesmo impossibilidade, em estabelecer a correspondência do prédio, tal como ele existe na realidade, com

Leia mais

Anotação no diário e na ficha Notificação e impugnação da decisão Sentido e

Anotação no diário e na ficha Notificação e impugnação da decisão Sentido e Pº R.Co. 22/2008 SJC-CT Pº C.P. 73/2008 SJC-CT Recorrente (Pº R.Co. 22/2008 SJC-CT):, Lda. Recorrida (mesmo processo): Conservatória do Registo Comercial de.. Consulente (Pº C.P. 73/2008 SJC-CT): Instituto

Leia mais

Pº RP 281/2008 SJC-CT- aquisição com base em partilha extrajudicial. Cumprimento das obrigações fiscais. Prova.

Pº RP 281/2008 SJC-CT- aquisição com base em partilha extrajudicial. Cumprimento das obrigações fiscais. Prova. 1 Pº RP 281/2008 SJC-CT- aquisição com base em partilha extrajudicial. Cumprimento das obrigações fiscais. Prova. DELIBERAÇÃO 1. A coberto da ap.1 de 27 de Outubro de 2008, foi requerido na Conservatória

Leia mais

DELIBERAÇÃO. 3 O registo foi efectuado como provisório por dúvidas com base nos motivos que a seguir se transcrevem:

DELIBERAÇÃO. 3 O registo foi efectuado como provisório por dúvidas com base nos motivos que a seguir se transcrevem: P.º n.º R.P. 175/2010 SJC-CT Partilha extrajudicial. Composição do património comum do dissolvido casal activo e passivo. Assunção das dívidas comuns pela adjudicatária sem liquidação do património comum.

Leia mais

C. P. 110/2009 SJC-CT

C. P. 110/2009 SJC-CT Proc. n.º C. P. 110/2009 SJC-CT Escritura de partilha de herança. Prazo para a promoção do registo dos bens imóveis. Agravamento emolumentar no caso de cumprimento intempestivo da obrigação de registar.

Leia mais

PARECER. Relatório. Instituto dos Registos e do Notariado. mod. 4

PARECER. Relatório. Instituto dos Registos e do Notariado. mod. 4 P.º R. P. 169/2008 SJC-CT- Justificação do direito de propriedade e compra e venda de fracção autónoma de prédio, objecto de fraccionamento e emparcelamento, divisão de coisa comum e constituição de propriedade

Leia mais

P.ºs n.ºs 205 e 205-A/2009 SJC-CT Transmissão de créditos hipotecários. Imposto do selo. (in)aplicabilidade da verba 17.1 da TGIS.

P.ºs n.ºs 205 e 205-A/2009 SJC-CT Transmissão de créditos hipotecários. Imposto do selo. (in)aplicabilidade da verba 17.1 da TGIS. P.ºs n.ºs 205 e 205-A/2009 SJC-CT Transmissão de créditos hipotecários. Imposto do selo. (in)aplicabilidade da verba 17.1 da TGIS. DELIBERAÇÃO Do numeroso conjunto de créditos que por escritura de / /

Leia mais

P.º n.º R.P. 136/2011 SJC-CT Justificação notarial. Artigo 99.º, n.º 1 do Código do Notariado. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 136/2011 SJC-CT Justificação notarial. Artigo 99.º, n.º 1 do Código do Notariado. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 136/2011 SJC-CT Justificação notarial. Artigo 99.º, n.º 1 do Código do Notariado. DELIBERAÇÃO A ficha nº..., da freguesia de, do concelho de..., descreve um prédio misto com a área total de

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0530/09 Data do Acordão: 08-07-2009 Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Tribunal: Relator: Descritores: Sumário: 2 SECÇÃO ANTÓNIO CALHAU IMPUGNAÇÃO JUDICIAL DUPLICAÇÃO DE

Leia mais

P.º n.º R.P. 10/2012 SJC-CT Repúdio da herança. Legitimidade Caducidade do direito de aceitação. Eficácia do repúdio. PARECER

P.º n.º R.P. 10/2012 SJC-CT Repúdio da herança. Legitimidade Caducidade do direito de aceitação. Eficácia do repúdio. PARECER P.º n.º R.P. 10/2012 SJC-CT Repúdio da herança. Legitimidade Caducidade do direito de aceitação. Eficácia do repúdio. ativa. PARECER 1. Pela ap., de 2011/11/14, foi pedido na conservatória do registo predial

Leia mais

na sequência da rectificação do Av. 1 à descrição 7271 da freguesia de para anotação. A devolução daquele emolumento é da mais elementar justiça.

na sequência da rectificação do Av. 1 à descrição 7271 da freguesia de para anotação. A devolução daquele emolumento é da mais elementar justiça. Proc.º R.P.234/2004 DSJ-CT- Inscrição de apreensão em processo de insolvência Emolumento. DELIBERAÇÃO Conta impugnada: Registo de apreensão em processo de falência, dos prédios descritos sob os nºs 06959/,06980/,

Leia mais

P.º R.P. 293/2007 DSJ-CT-

P.º R.P. 293/2007 DSJ-CT- P.º R.P. 293/2007 DSJ-CT-Conversão de inscrição de aquisição, provisória por natureza, nos termos da alínea b) do n.º 2 do artigo 92.º do Código do Registo Predial. Recusa fundada na eventual incompatibilidade

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório:

DELIBERAÇÃO. Relatório: Pº R.P. 175/2008 SJC-CT- Irregistabilidade da aquisição de edifício implantado em parcela dominial - O ingresso definitivo da compra e venda depende da definição do vínculo jurídico existente entre o titular

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório:

DELIBERAÇÃO. Relatório: R. Co. 11/2005 DSJ-CT. Sanação de deficiências do processo de registo Entrada em espécie Trespasse Direito ao local Alvará Quota realizada com o trespasse Bem próprio ou comum Selo. Relatório: DELIBERAÇÃO

Leia mais