ANÁLISE DA OFERTA E DEMANDA DE EXPORTAÇÕES DE PESCADO: O CASO DO COMÉRCIO ENTRE O CEARÁ E OS ESTADOS UNIDOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ANÁLISE DA OFERTA E DEMANDA DE EXPORTAÇÕES DE PESCADO: O CASO DO COMÉRCIO ENTRE O CEARÁ E OS ESTADOS UNIDOS"

Transcrição

1 ANÁLISE A OFERTA E EMANA E EXORTAÇÕES E ESCAO: O CASO O COMÉRCIO ENTRE O CEARÁ E OS ESTAOS UNIOS rmelo@ufc.br Apresenação Oral-Comércio Inernacional ROSEMEIRY MELO CARVALHO; ERO CARNEIRO KOLB; JOSÉ CÉSAR VIEIRA INHEIRO. UNIVERSIAE FEERAL O CEARÁ, FORTALEZA - CE - BRASIL. ANÁLISE A OFERTA E EMANA E EXORTAÇÕES E ESCAO: O CASO O COMÉRCIO ENTRE O CEARÁ E OS ESTAOS UNIOS Grupo de esquisa: Comércio Inernacional Resumo: Esse rabalho em como objeivo principal analisar o comércio de pescado enre o Ceará e os Esados Unidos, no período de 996 a 2008, com base na esimação das equações de ofera e demanda, gráficos e axas de crescimeno. Com base nos resulados obidos conclui-se que a demanda nore-americana pelo pescado cearense apresenou uma endência crescene e a ofera apresenou comporameno inverso. As equações esimadas mosram que, devido a grande dependência dos exporadores em relação a esse mercado, os produores são mais sensíveis às variações de preços do que os consumidores. Nesse mercado o pescado cearense é considerado como um bem normal de luxo, pois os principais produos exporados são os camarões, as lagosas e os peixes congelados. essa forma, um aumeno na renda desses consumidores aumenará as exporações do seor pesqueiro cearense. enre as variáveis incluídas no modelo, a axa de câmbio é a que em maior influência sobre as exporações. Isso ocorre porque as variações cambiais provocam mudanças ano no preço exerno quano no poder de compra dos consumidores. Essas duas variáveis junas, por sua vez, aleram, simulaneamene, a ofera e a demanda. alavras-chaves: Comércio inernacional, Brasil, Esados Unidos, escado Absrac: This work has as main objecive o analyze he rade in fish beween Ceará and he Unied Saes in he period 996 o 2008, based on he esimaion of supply and demand equaions, graphs and growh raes. Based on he resuls i is concluded ha Norh American demand for fish Ceará showed an increasing rend and offer presened inverse behavior. The esimaed equaions show ha, due o heavy reliance of exporers on he marke, producers are more sensiive o changes in prices han he consumer. In Ceará he fish marke is considered as a sandard of luxury, as he main producs expored are shrimp, crawfish, and he frozen fish. Thus, an increase in income of consumers will increase expors of he fisheries secor Ceará. Among he variables included in he model, he exchange rae is ha which has greaer influence on expors. This is because he exchange rae changes cause changes in boh exernal prices as he purchasing power of consumers. These wo variables ogeher, in urn, affec boh he supply and demand.

2 Key Words: Inernaional rade, Brazil, Unied Saes, Fish. INTROUÇÃO O processo de globalização veio inegrar o mundo não só no aspeco econômico, mas ambém nos aspecos sociais, culurais, políicos e ambienais. O comércio inernacional é uma das conseqüências desse processo, de modo que, as relações comerciais enre as nações vêm ganhando posição de desaque na economia de muios países. No Brasil, o desempenho das conas exernas em sido um dos principais ponos discuidos no âmbio da políica econômica, sendo dada especial aenção para a balança comercial - regisro das imporações e exporações realizadas por um esado ou país durane um período de empo. Embora o crescimeno das imporações, como conseqüência da liberalização comercial, seja o foco principal dessas discussões, é cero que as exporações desempenham imporane papel no processo de ajusameno das conas exernas (BARROS e al, 2002). Os recursos proporcionados pelas exporações assumem imporância fundamenal para os países em desenvolvimeno. No Brasil, as relações comerciais exernas êm-se manido relaivamene concenradas em produos agropecuários, o que moiva a condução de análises enfocando os mercados desses produos. esse modo, esse rabalho em como objeivo principal analisar o comércio de pescado enre o Ceará e os Esados Unidos, no período de 996 a 2008, com base na esimação das equações de ofera e demanda, gráficos e axas de crescimeno. rocura-se, adicionalmene, idenificar quão afeado é o mercado cearense e o americano pelas variações nos preços do produo, e na renda dos consumidores. ara Barros e al (2002), a esimação de equações de ofera e demanda de exporação e imporação possibilia verificar ex-ane os resulados de políicas de incenivo e alerações nas variáveis condicionanes, permiindo análises prospecivas sobre o comporameno do comércio exerno. Isso pode auxiliar o processo de definição de políicas comerciais e de programas de ajusameno do seor exerno. Adicionalmene, o conhecimeno das elasicidades de ofera e demanda de exporação pode auxiliar os agenes ligados ao seor na omada de decisão sobre produção e comercialização. esse modo, verifica-se que as curvas de ofera e demanda são insrumenos de grande imporância para análise de uma relação comercial. essa forma, a realização de um rabalho que mosre o comporameno das curvas de demanda e ofera do comércio de pescado enre o Ceará e os Esados Unidos jusifica-se por permiir idenificar se há 2

3 vanagens em invesir na expansão da relação comercial enre os dois mercados, apoiando ou não um acordo comercial enre essas duas economias. O presene rabalho foi dividido em cinco capíulos. O primeiro é a inrodução, onde é feia uma breve explicação da imporância das relações comerciais enre os mercados e coném os objeivos do rabalho. A seguir, no capíulo dois apresena-se um resumo das exporações cearense de pescado, mosrando a siuação aual dos principais iens exporados. A meodologia enconra-se no capíulo rês, dealhando os passos seguidos para a consecução dos objeivos. Também é feia uma explanação de elasicidades, correlação e axa de crescimeno. No quaro e quino capíulos são apresenados, respecivamene, os resulados e as principais conclusões do rabalho. 2. EXORTAÇÕES CEARENSES E ESCAO O Ceará localiza-se na região Nordese do Brasil, no exremo orienal da América do Sul. A capial cearense é Foraleza, o esado possui uma área de ,602 km², um oal de 84 municípios e população esimada, no ano de 2007, de (IBGE, 2009). Segundo o Minisério do esenvolvimeno Indúsria e Comércio (MIC, 2009), enre 996 e 2008 o Brasil exporou kg de pescado para os EUA. Na paua de exporação de pescado do Brasil desacam-se os seguines produos: os camarões, represenando 44% das exporações; as lagosas com 23% do valor oal e os peixes congelados com 2%. Em ermos de valores moneários, os principais desinos das exporações de pescado cearense enre 996 e 2008 foram: os Esados Unidos (60,79%), Espanha (8,7%), França (,66%), Japão (3,29%), Holanda (3,07%) e orugal (,00%). ercebese que eses seis países foram responsáveis por 98,52% do valor exporado, porém as exporações enconram-se basane concenradas nos Esados Unidos, o mais imporane comprador das mercadorias cearenses. Enre 996 e 2008 o seor pesqueiro brasileiro obeve US$ ,00 com as exporações de pescado para os Esados Unidos, sendo que a região Nordese responde por 60% do valor oal das exporações e o Ceará foi responsável por 34,84% desse valor. No Ceará, os principais pescados de exporação são camarão, lagosa e ilápia. A parir de 988 a carciniculura começou a desenvolver-se na região nordesina, volada quase sempre para as exporações. E o seor, verdadeiramene experimenou, por um longo período, significaiva ala nas vendas além froneiras brasileiras. Os Esados Unidos foram, por muios anos, os principais compradores do camarão. No enano, a parir de 2003, quando os americanos abriram uma ação anidumping conra os seis maiores exporadores, denre eles, o Brasil, o quadro começou a se reverer e o mercado europeu passou a ser viso como boa oporunidade de negócios. Segundo o presidene da ABCC, Iamar de aiva Rocha, as empresas do Ceará, além de senirem a crise com mais força, por serem de maior pore, sofrem ainda com a fala de incenivos do governo esadual. Fala uma políica de incenivo de formação de mão-de-obra. Também é preciso que se facilie o acesso às linhas de crédio para melhorar a produção, cobra Rocha (IÁRIO O NORESTE, 2008). 3

4 Apesar da crise econômica mundial, os produores cearenses de camarão em caiveiro esão oimisas e com expecaivas de aumenar o mercado de carciniculura em cerca de 30%, o que elevaria a produção de 20 mil oneladas, em 2008, para 26 mil oneladas, em ara aingir essa mea, eles esperam a regulamenação pelo IBAMA de algumas áreas ambienais, repovoação de fazendas e maior aproximação do seor com o governo esadual, por meio da Câmara Seorial do Camarão, criada no dia 23 de janeiro de 2009 (IÁRIO O NORESTE, 2009). Em 99, a produção de lagosa no Ceará era de oneladas, passando para 2.86 oneladas em 2007, uma queda de 72,%. Apesar da queda veriginosa dos úlimos anos, o Ceará ainda é o maior produor do país. Mercado consumidor de cerca de 90% das exporações cearenses de lagosa, os Esados Unidos querem impor novas resrições para a lagosa cearense. A parir de 2009 a cauda do crusáceo deverá er um amanho mínimo de 3,75 cm para enrar no mercado nore-americano. A solução que vem sendo enconrada pelo seor é focar as exporações em ouros mercados, que comprem a lagosa viva. Uma alernaiva em sido a Europa (IÁRIO O NORESTE, 2008). Esima-se que no período de 996 a 2005, a produção de ilápias no Brasil cresceu em média 23% ao ano. A produção brasileira de 2005 exrapolou a produção conjuna dos principais países exporadores de filé fresco de ilápia para o mercado nore-americano (Equador, Honduras, Cosa Rica e Colômbia). O Ceará é o maior produor de ilápia do Brasil, com uma produção média anual variando enre 22 e 24 mil oneladas. O seor de pisciculura é considerado o maior agronegócio do mundo. aricipa com 6% da ofera mundial de proeína animal e oaliza US$ 55 bilhões em exporações anuais (LAVRENSE, 2008). 3. METOOLOGIA ara aender aos objeivos proposos nesse rabalho uilizou-se a seguine meodologia: a princípio, foi feia uma revisão de lieraura e adoou-se um modelo economérico que fosse capaz de originar esimações eficienes das equações de ofera e demanda. Em seguida foram feias coleas e riagens de variáveis para o modelo adoado; poseriormene, foi analisada a idenificação do modelo; a parir do qual foram obidas as equações reduzidas; e por fim, foram esimados os coeficienes das equações reduzidas. As variáveis selecionadas foram aquelas cujos coeficienes apresenaram valores esaisicamene significaivos. ariu-se enão para a obenção e análise dos coeficienes das equações esruurais a parir dos coeficienes das equações na forma reduzida; analisou-se ambém o grau de correlação exisene enre as séries de dados; fez-se a esimação das axas de crescimeno para fundamenar a análise dos resulados e gráficos foram usados para faciliar a visualização. 3. Fone dos ados Nesse esudo fez-se uso de dados secundários divulgados pelo Minisério do esenvolvimeno, Indúsria e Comércio (MIC) pelo sisema ALICEWEB (2008); no sie do Insiuo de esquisa Econômica e Aplicada Sisema IEAATA (2008); e no sie do 4

5 Fundo Moneário Inernacional IMF (2008). As séries de dados uilizadas referem-se ao período de 996 a como segue: A definição e operacionalização das variáveis uilizadas no modelo são descrias a) Quanidades demandada e oferada de pescado: foram consideradas as quanidades comercializadas enre Ceará e os EUA, em kg, obidas juno ao Minisério de esenvolvimeno, Indúsria e Comércio Exerior (MIC) que disponibiliza as informações para consula, aravés do banco de dados ALICEWEB. (código 03 da Nomenclaura Comum do Mercosul NCM). b) reço do pescado: foi obido pela divisão enre o valor, em US$, e a quanidade, em kg, de pescado comercializado enre Ceará e os EUA em cada período. c) Renda per capia do americano: foi obida juno ao Fundo Moneário Inernacional IMF e fornecida em US$ consanes. d) Taxa de câmbio: obida do sisema IEAATA. A axa adoada foi a comercial para compra: real (R$) / dólar americano (US$) fim período. 3.2 Modelo Economérico A esimação das equações de ofera e demanda de exporação uilizada nesse esudo baseia-se na meodologia proposa por Goldsein e Khan (978), a qual em sido adoada em diversos esudos empíricos sobre comércio inernacional. Kolb (2007) fez uso desa meodologia para esudar o comércio de pescado enre Brasil e os EUA. e acordo com a qual, exise um equilíbrio enre quanidade oferada e demanda de exporação. Em geral, as análises empíricas consideram, como condicionanes da demanda de exporação, uma variável que reraa o nível de renda exerna (real) alocada ao consumo de bens comercializáveis exernamene e uma variável que represena os preços relaivos dos produos exporados e dos produos subsiuos no mercado inernacional (ambos expressos em moeda esrangeira). Conudo, a definição das variáveis efeivamene uilizadas nas invesigações varia de acordo com o país ou o período analisado e com a disponibilidade de dados. A renda pode ser represenada pelos níveis de renda agregada ou de imporações de um subgrupo relevane de países ou do mundo como um odo. Alguns rabalhos uilizam os índices relaivos aos principais parceiros comerciais do país sob análise, ponderados pela paricipação de cada um na paua de exporação desse país. A escolha dos preços dos bens subsiuos no mercado inernacional ambém pode recair sobre índices de preços mundiais ou sobre preços relevanes para os parceiros comerciais em geral, preços de imporação ou de algum índice represenaivo dos produos comercializáveis inernacionalmene. 5

6 Nesse esudo a equação de demanda por pescado cearense pelos consumidores dos Esados Unidos foi especificada como: log X α log + α 2 logy + α u () d = 3 + Onde: d X = quanidade demandada de pescado do Ceará pelos Esados Unidos no - ésimo período, em kg; = preço médio dos produos demandados, em US$ FOB/kg, no -ésimo período; Y = renda per capia do americano, em US$, no -ésimo período. = componene de endência. Opou-se pelo uso de modelo do ipo log-log, dio modelo a elasicidade consane, já que os coeficienes obidos nos informam as elasicidades, que é um dos objeivos do rabalho. e acordo com a equação 2, a demanda americana por pescado cearense é expressa em ermos dos preços desse produo e da renda moneária dos consumidores, podendo apresenar uma endência ao longo do empo. Espera-se que α seja negaivo, pois de acordo com a Lei da demanda, quando o preço de um produo aumena, ceeris paribus, a quanidade demandada do mesmo diminui endo em visa que o preço mais elevado esimula os consumidores reduzirem seu uso (FERGUSSON, 999). or ouro lado, α 2 pode apresenar sinal posiivo ou negaivo. Em geral, o aumeno da renda faz aumenar a quanidade demanda dos bens. Esse fao permie-nos disinguir enre bens normais e bens inferiores. Bem normal é aquele que, quando aumena a renda, aumena a quanidade demandada. Bem inferior é aquele que em a quanidade demandada diminuída com o aumeno da renda (TROSTER, 2002). O componene de endência indica a evolução da demanda ao longo do empo. Quando α 3 é posiivo, indica que ocorreu um aumeno da quanidade demandada ao longo do período; por ouro lado, se α 3 for negaivo ocorreu uma queda na quanidade demandada ao longo do período. or ouro lado, a lei da ofera posula que, quano mais alo for o preço, mais produores esarão disposos a produzir e vender seu produo durane cero período de empo (GARÓFALO, 995). Além do preço do produo, a função de ofera de exporação pode incluir uma diversidade de variáveis explicaivas, em razão da muliplicidade dos faores que podem afear a capacidade dos produores de deerminado país em produzir e exporar seus produos. Nesse esudo, a ofera de exporações é expressa em função do preço de exporação, da axa de câmbio no período e da endência no empo, sendo expressa por: log X β log + β 2 log TC + β w (2) s = 3 + 6

7 Onde: s X = valor em kg da quanidade oferada de pescado do Ceará para os Esados Unidos no -ésimo período; TC = axa de câmbio a cada período, em R$/US$. esse modo, a equação 3 incorpora a premissa de que, se o preço das exporações aumena enão a produção desinada à exporação orna-se mais lucraiva e, por conseguine, os exporadores aumenarão a ofera. Adicionalmene, considera-se que, ceeris paribus, deve haver uma relação posiiva enre a axa de câmbio e a quanidade oferada para exporações. A axa de câmbio pode ser definida como o valor de uma moeda em ermos de oura por exemplo, o valor de reais necessários para comprar um dólar. Também se define axa de câmbio como o numero de unidades de moeda esrangeira para comprar uma unidade da moeda local. A valorização ou desvalorização do real afea os exporadores cearenses de acordo com as seguines siuações: se o esá real valorizado, os exporadores enconram mais dificuldades para concorrer no mercado exerno; se o real esá desvalorizado, os exporadores enconram facilidade para vender seus bens nos mercados esrangeiros e as empresas cearenses ornam-se mais compeiivas (CARBAUGH, 2004). essa forma, espera-se que o coeficiene β seja posiivo e β 2 seja maior que a unidade. No caso de β 3, será posiivo se iver ocorrido um aumeno da ofera no período ou negaivo se ocorreu uma redução. A idenificação das equações do modelo, apresenada nas Tabelas e 2, foi feia com a aplicação das condições de ordem e de poso. As variáveis das equações de demanda e de ofera esão represenadas na Tabela 2. As variáveis excluídas em cada equação são represenadas por zero e as incluídas são represenadas por um. Eliminam-se os coeficienes da equação que esá sendo considerada e uilizam-se os coeficienes das variáveis que se enconram nas colunas cujos coeficienes da equação considerada esão represenados por zero. Formam-se marizes de ordem M com os coeficienes das variáveis resanes e obêm-se os deerminanes. elo menos um deerminane deve ser diferene de zero. Tabela Condição de ordem: idenificação das equações de demanda e ofera. Número de Variáveis Número de Variáveis Endógenas Equações redeerminadas excluídas Incluídas Menos (M ) emanda Ofera Fone: Elaborada pelo auor. Idenificação Idenificada Idenificada Tabela 2 Condição de poso: idenificação das equações de demanda e Ofera. Equações Quanidade reço Renda Taxa de Tendência Câmbio emanda 0 7

8 Ofera 0 Fone: Elaborada pelo auor. ara as equações de demanda e ofera o deerminane das marizes geradas foi [] o que saisfaz a condição de poso para a idenificação. Assim, verifica-se que ambas as equações esão exaamene idenificadas e, porano, será uilizado o méodo dos mínimos quadrados indireos para a esimação das equações Obenção das equações reduzidas Igualando-se as equações e 2, obêm-se o de equilíbrio de mercado d s X = X = X, a parir do qual são esimadas as equações reduzidas para variável endógena preço (3) e para a variável endógena quanidade (4): log = 3 + π logtc + π 2 logy + π z (3) Onde: π β 2 = ; α β π 2 α α β 2 = ; π β α = e α β w u z = α β Subsiuindo log da equação 4 em 3, emos: log X π 4 log TC + π 5 log Y + π q (4) s = 6 + Onde: π β α 2 4 = ; α β π 5 β α α β 2 = ; π 6 β α β α 3 3 = e α β αw βu q = α β Observa-se que o modelo de demanda e ofera nesse esudo apresena seis coeficienes esruurais α, α 2, α 3, β, β 2 e β 3 e há seis coeficienes na forma reduzida π, π 2, π 3, π 4, π 5, e π 6 para esimá-los. orano, os parâmeros de ambas as equações podem ser idenificados e o modelo como um odo pode ser idenificado. Com base nos valores dos coeficienes esimados (π) para as equações na forma reduzida foram obidos os coeficienes das equações esruurais (α e β) Esudo das Elasicidades 8

9 A eoria da elasicidade é uma imporane ferramena econômica empregada ano na ofera como na demanda. efine-se elasicidade como uma medida da proporcionalidade enre variações na quanidade e variações em um ouro faor qualquer, udo o mais permanecendo consane, ou seja, ceeris paribus (CUNHA, 2004). e acordo com assos (2003) e Mankiw (2005), o conceio de elasicidade referese à relação enre variáveis iner-relacionadas de maneira funcional, medindo a reação dos demandanes e oferanes às mudanças do mercado. e modo geral, a elasicidade pode ser deerminada por: ε = ( q / q) /( fv / fv) (5) fv Onde ε fv é o coeficiene de elasicidade da quanidade (q) em relação ao faor variável (fv). e acordo com esse conceio foram analisadas, paricularmene, nesse esudo a elasicidade-preço da demanda, a elasicidade-preço da ofera e a elasicidade-renda, para que se possam idenificar os possíveis efeios de uma aleração dos preços e do poder aquisiivo do nore-americano sobre o seor de pescado do Ceará. A elasicidade-preço da demanda fundamena-se na lei da demanda, a qual esabelece que quando o preço de um bem diminui, a quanidade demandada do produo aumena. O valor do coeficiene de elasicidade preço da demanda é calculado, em ermos discreos, como: ε ( dq / dp) /( p / q) (6) p = Onde ε é o coeficiene de elasicidade-preço da demanda; ( dq / dp ) é a variação p infiniesimal da quanidade demandada em relação ao preço; p e q correspondem a um dado nível de preço e quanidade, respecivamene. ada a relação negaiva enre a quanidade demandada de um bem e o seu próprio preço, a variação percenual da quanidade sempre erá sinal oposo ao da variação percenual do preço. essa forma a elasicidade - preço da demanda sempre será represenada por um número negaivo, de modo que, sua análise é feia em ermos de valor absoluo. O coeficiene de elasicidade-preço da demanda pode variar, em ermos absoluos de zero ao infinio. Quano maior o seu valor, maior sensibilidade da quanidade em relação ao preço (MANKIW, 2005). esse modo, a demanda de um bem pode ser classificada, de modo geral, como elásica ( ε >) ou inelásica ( elásica ( ε ε ), perfeiamene inelásica ( <). aricularmene, poderá ser ainda, perfeiamene ε =0) ou apresenar elasicidade uniária ( ε =). esse modo, a demanda de um bem é dia elásica quando a sua quanidade apresena variação percenual mais que proporcional às mudanças percenuais no preço; é inelásica quando apresena variação percenual na quanidade menos que proporcional às mudanças percenuais no preço; em elasicidade uniária quando as variações percenuais 9

10 nos preços e nas quanidades ocorrem na mesma proporção; é dia perfeiamene elásica quando a quanidade demandada varia mesmo que as variações nos preços sejam aproximadamene zero; e, a demanda é dia perfeiamene inelásica quando as variações na quanidade demandada são praicamene nulas, independene da variação percenual dos preços. O esudo da elasicidade-renda da demanda conrapõe-se ao argumeno de que, um aumeno na renda do consumidor aumena a quanidade demandada dos bens. Esse argumeno represena, no enano, um caso geral. ois, há produos para os quais a demanda se reduz à medida que aumena o poder aquisiivo do consumidor. A elasicidade-renda da demanda, por definição, mede o grau de sensibilidade da quanidade demandada de um bem às variações percenuais na renda do consumidor, em um deerminado período de empo, udo o mais permanecendo consane (CUNHA, 2004). Em forma de equação eremos: ε ( dq / dr) /( R / q) (7) R = Onde ( dq / dr ) é a variação infiniesimal da quanidade demandada em relação à renda do consumidor e R corresponde a um dado nível de renda. e acordo com o valor de ε os bens podem ser classificados como normais ou inferiores. Quando ε R R >0 um aumeno da renda provocará um aumeno na quanidade demandada do bem, caracerizando-o como bem normal. Caso conrário, ou seja, ε R <0, uma elevação no poder aquisiivo do indivíduo ou da sociedade provocará reduções na demanda do bem em quesão, o qual é denominado bem inferior ou de segunda caegoria (MANKIW, 2005). Uma classificação mais dealhada dos bens considerados normais é: se ε, o bem é considerado normais de luxo e quando 0 < ε < emos bens normais de primeira necessidade. Assim como a elasicidade-preço da demanda fundamena-se na lei da demanda, a elasicidade-preço da ofera apóia-se na Lei da Ofera, a qual esabelece que os produores esejam disposos a oferecer mais de um deerminado produo à medida que o seu preço aumena. e modo complemenar à Lei da Ofera, a elasicidade preço da ofera procura quanificar a variação percenual na quanidade oferada em resposa às variações percenuais no preço do produo. odendo ser calculada por: Onde S p ε ( dq / dp) /( p / q) (8) S p = ε é o coeficiene de elasicidade-preço da ofera; ( dq / dp ) é a variação infiniesimal da quanidade oferada em relação ao preço; p e q correspondem a um dado nível de preço e quanidade, respecivamene. ada a relação posiiva enre a quanidade oferada de um bem e o seu próprio preço, o coeficiene de elasicidade-preço da ofera sempre apresenará sinal posiivo. orém, assim como para a demanda, a ofera de um bem pode ser elásica ( ε S > ), 0

11 inelásica ( ε S < ), elasicidade uniária ( S S ε = ), perfeiamene elásica ( ε ) e perfeiamene inelásica ( ε S = 0). A ofera de um bem é dia elásica quando a variação percenual na quanidade oferada é mais que proporcional à variação, em ermos percenuais, no preço; e, é classificada como inelásica quando as variações na quanidade são percenualmene menores. A inerpreação dos coeficienes de elasicidade-preço da ofera é análoga a dos coeficienes de elasicidade-preço da demanda descria aneriormene Análise de Correlação A análise de correlação em como objeivo deerminar o grau de relacionameno linear (força e direção) enre duas variáveis, iso é, a covariabilidade enre elas. Não é necessário que uma variável seja dependene e a oura independene. As equações (9) e (0) fornecem o cálculo do coeficiene para uma população e para uma amosra respecivamene: σ xy r xy = (9) σ. σ r xy x x y y S xy = (0) S. S Onde: r xy é o coeficiene de correlação das variáveis X e Y; σ xy e S xy represenam a covariância das variáveis X e Y em ermos populacionais e amosrais respecivamene; σ e σ ou S e S represenam o desvio padrão populacional e amosral de X e Y x y x y respecivamene. O resulado dessas medidas numéricas pode ser posiivo; negaivo; nulo; apresenando valores enre - e +. Se r xy = 0, não há associação enre as variáveis. Quando r xy > 0, há uma correlação posiiva, nesse caso, à medida que x cresce y ambém varia no mesmo senido. or ouro lado, a correlação negaiva, r xy < 0, indica que, em média, se x cresce, y decresce. Quano maior o valor de r xy (posiivo ou negaivo), mais fore será essa associação indicando a presença de mulicolinearidade no modelo esimado, quebrando os pressuposos do MQO. ara eliminar a mulicolinearidade reira-se do modelo uma das variáveis que são alamene correlacionadas, resolvendo o problema de aplicação do méodo dos mínimos quadrados. O Quadro fornece inervalos de valores assumidos pelo coeficiene de correlação e como inerpreá-lo. Quando exise mulicolinearidade perfeia é impossível ober as esimaivas de parâmeros pelo méodo dos mínimos quadrados; as variâncias e covariâncias dos parâmeros são muio elevadas, iso é, as esimaivas podem er erros elevados; mascara a influência de variáveis imporanes no fenômeno; os coeficienes obidos para o modelo variam muio de amosra para amosra; e, a adição de algumas observações alera os resulados.

12 Valor de r (+ ou -) Inerpreação 0,00 a 0,9 correlação muio fraca 0,20 a 0,39 correlação fraca 0,40 a 0,69 correlação moderada 0,70 a 0,89 correlação fore 0,90 a,00 correlação muio fore Quadro Inerpreação dos valores do coeficiene de correlação. Fone: Elaborada de acordo com os criérios de Levin (987). No enano, de acordo com Lapponi (2005), um alo valor do coeficiene de correlação não garane a exisência de relação causa-efeio enre as variáveis, pois ouras variáveis não consideradas na análise podem provocar essa causalidade Taxas de crescimeno e Análise gráfica Em um esudo de mercado os conceios de axa ariméica e geomérica de crescimeno são uilizados principalmene para fazer projeções (de demanda e de ofera), as quais podem ser realizadas a parir de méodos quaniaivos com o uso de regressões lineares ou com base em cálculo de axas de crescimeno (axa ariméica, geomérica e ponderada). A axa de crescimeno ariméica é uilizada para descrever o comporameno hisórico de uma série de valores de uma variável observada e projear seu valor fuuro (SANTOS, 2002). Seu cálculo é feio considerando um dado inervalo de empo, sendo que a axa R de variação enre o momeno inicial, o, e o n-ésimo período de empo, n, é dada por: yn y0 R = () y0 Se a variável observada y evolui de forma cumulaiva siuação em que o incremeno de um momeno soma-se ao valor anerior da variável como base de cálculo para o momeno seguine sua rajeória pode ser descria por uma função exponencial. y ) n n = yo ( + r (2) Onde r corresponde à axa média geomérica de crescimeno de y no período analisado. Nese rabalho foi uilizada a axa ariméica de crescimeno, pois não há o efeio cumulaivo da variável y. O uso de gráficos é uma imporane ferramena de análise econômica, pois em a vanagem de mosrar de forma visível o relacionameno enre variáveis. Nese rabalho a análise gráfica e as axas de crescimeno das variáveis são uilizadas como insrumenos auxiliares na discussão dos resulados. 4. RESULTAOS E ISCUSSÕES 2

13 Os resulados das esimações das equações de demanda e ofera de pescado, obidos pelo méodo dos mínimos quadrados indireos, serão apresenados nessa seção. Inicialmene, apresena-se a análise de correlação enre as variáveis do modelo. A seguir, são analisados, esaisicamene, os coeficienes das variáveis nas equações reduzidas, por fim são esabelecidas as equações esruurais e feios os esudos das elasicidades. ara uma melhor compreensão dos resulados obidos foi feia uma análise gráfica complemenada com os valores das axas de crescimeno das variáveis analisadas. 4. Análise de Correlação O cálculo dos coeficienes de correlação enre as variáveis do modelo, exceo a endência, foi realizado aravés da função correlação na planilha elerônica Excel. Os valores obidos enconram-se na Tabela 3. Tabela 3 - Coeficienes de correlação enre as variáveis do modelo. Quanidade,0000 Quanidade reço Renda Taxa de Câmbio reço -0,884,0000 Renda -0,0576 0,3505,0000 Taxa de Câmbio Fone: Esimaiva do auor. 0,7632-0,597 0,534,0000 Com base nos dados da Tabela 3 e na inerpreação dos valores do coeficiene de correlação apresenados no Quadro, pode-se analisar a correlação enre as variáveis incluídas nas equações esruurais de demanda e de ofera. ara a equação de demanda é imporane considerar a relação enre a quanidade demandada as seguines variáveis: preço médio do pescado e renda per capia dos Esados Unidos. or ouro lado, para a equação de ofera as relações relevanes são enre: a quanidade, o preço e a axa de câmbio. Inicialmene, verifica-se que exise uma fore correlação negaiva enre o preço e a quanidade comercializada de pescado (-88,4%), indicando que um aumeno de preço esá associado a uma redução da quanidade comercializada. Enre a renda e a quanidade comercializada há uma correlação negaiva muio fraca (-5,76%), indicando que aumenos na renda esão associados à diminuição na quanidade demandada. A axa de câmbio mosra fore correlação posiiva (76,32%) com a quanidade exporada e uma moderada correlação negaiva (-5,97%) com o preço do pescado. A 3

14 desvalorização cambial indica que o Real se desvalorizou em relação ao ólar, ou seja, serão necessários menos ólares para adquirir a mesma quanidade de pescado. Essa desvalorização provoca uma redução do preço no mercado exerno, dando margem para que exporadores enham melhores lucros aumenando a quanidade exporada. Verifica-se ainda, uma moderada correlação posiiva enre a renda dos americanos e a axa de câmbio (53,4%), indicando que a redução do valor do Real aumena o poder de compra dos residenes nore-americanos, esimulando o comércio do pescado cearense. Enre a variável renda e a preço exise uma fraca correlação posiiva (35,05%), sugerindo que aumenos na renda esimulam os produores a aumenarem o preço. Isso ocorre devido ao surgimeno de um possível excesso de demanda no mercado inernacional. Essa demanda insaisfeia dispõe-se a pagar mais por cada unidade adicional a ser adquirida, causando uma elevação no preço do produo. No enano, deve-se ressalar que o coeficiene de correlação apenas analisa a força e a direção do relacionameno linear enre as variáveis, logo não se pode afirmar que exisa causalidade enre as variáveis, para iso faz-se necessário a esimação das equações uilizando o méodo economérico aneriormene descrio Análise das equações reduzidas Analisando as Tabelas 4 e 5 observa-se que, na a primeira coluna são apresenadas as variáveis explicaivas do modelo; na segunda em-se o valor do coeficiene associado a cada variável; a erceira mosra a esimaiva do desvio padrão do coeficiene; a quara indica o valor calculado da esaísica e a úlima nos dá a probabilidade exaa de comeermos um erro do Tipo, ou seja, rejeiar uma hipóese quando a mesma deveria ser aceia. O valor da esaísica pode ser obido pela razão enre os valores do coeficiene e desvio padrão (SOARES, 2003). Tabela 4 Esimação da equação reduzida para a variável quanidade* Variáveis Coeficiene esvio adrão Esaísica robabilidade Tx de Câmbio (TC) 2,524 0,2923 7,3648 0,0000 Renda (Y),3869 0,079 77,4352 0,0000 Tendência () -0,799 0,0280-6,4203 0,000 R 2 0,8480 Fone: esimaiva do auor * Variável ependene: Quanidade (X); méodo de esimação: Mínimos Quadrados; Amosra: ; Observações incluídas: 3. Tabela 5 Esimação da equação reduzida para a variável preço * Variáveis Coeficiene esvio adrão Esaísica robabilidade 4

15 Tx de Câmbio (TC) -,325 0,863-7,092 0,0000 Renda (Y) 0,2865 0,04 25,0893 0,0000 Tendência () 0,006 0,079 5,6288 0,0002 R 2 0,8427 Fone: esimaiva do auor * Variável ependene: reço (); méodo de esimação: Mínimos Quadrados; amosra: ; observações incluídas: 3. ara as variáveis cujos valores da úlima coluna são menores do que os esabelecidos para o nível de significância, geralmene de, 5 ou 0%, dizemos que os valores enconrados para os seus coeficienes são esaisicamene significaivos. enomina-se nível de significância do ese a máxima probabilidade do risco que nos dispomos a correr para resular em um erro do Tipo (SIEGEL, 993). O coeficiene de deerminação R 2 é usado para análise do ajusameno do modelo. or definição, R 2 mede a proporção da variação da variável dependene explicada pelo modelo de regressão (pelas variáveis exógenas). O valor de R 2 siua-se enre 0 e. Quando R 2 é igual a zero, não há qualquer relação enre regressando e regressor; se R 2 é igual a exise um ajusameno perfeio. Ao propor um modelo espera-se que R 2 seja próximo ou igual a. Na Tabela 4 o valor de R 2 indica que 84,80% das alerações na quanidade comercializada de pescado são explicadas pelas mudanças das variáveis explicaivas: axa de câmbio, renda e endência. Na Tabela 5 o valor de R 2 indicando que 84,27% das alerações no preço são explicadas pelas mudanças das variáveis explicaivas. ode-se observar que, para um nível de significância de %, odos os coeficienes das variáveis explicaivas incluídas no modelo foram esaisicamene diferenes de zero, ano na equação reduzida para o preço como na equação reduzida para a quanidade 4.3 Análise das equações esruurais e esudo das elasicidades Os coeficienes das equações esruurais foram obidos por meio dos coeficienes das equações reduzidas. essa forma, as equações esruurais são represenadas por: d log X =,63ln +,85ln Y + 0, 2 u (3) + s log X = 4,84 ln + 8,55ln TC 0, 53 w (4) + Analisando o sinal do coeficiene de cada variável da equação 3 observa-se que o coeficiene do preço é negaivo indicando que quano maior (menor) o preço, menor (maior) a quanidade demandada, esando, porano, de acordo com a eoria econômica (lei da demanda). Em ermos de elasicidade-preço da demanda, em-se que um aumeno de 5

16 0% no preço do pescado poderá ocasionar um decréscimo de 6,3% na quanidade demandada, sendo o bem considerado de demanda elásica. e acordo com o Gráfico 2 no período enre 996 e 2003 o preço apresena endência de decréscimo enquano a quanidade demandada de pescado analisando como sendo o peso em kg - possui endência de crescimeno. No período enre 2003 e 2008 o comporameno dessas variáveis invere-se, porém permanece de acordo com a lei da demanda. O coeficiene da variável renda é posiivo, indicando que no mercado noreamericano o pescado cearense é um bem normal de luxo, ou seja, quano maior a renda do consumidor maior a quanidade que ele esá disposo a adquirir desse produo. Em ermos de elasicidade um aumeno de 0% na renda do americano, poderá ocasionar um acréscimo de 8,5% na demanda desse produo. peso(kg) preço(us$/kg) peso(kg) preço(us$/kg) Gráfico 2 Relação enre preço e quanidade de pescado exporado do Ceará para os Esados Unidos, 996 a Fone: Elaborado pelo auor com base nos dados do MIC/ALICEWEB. No enano, de acordo com o Gráfico 3 esse comporameno verifica-se apenas para o período enre 996 a A parir de 2003, houve uma redução na quanidade demandada, mesmo com um aumeno de renda nesse mercado consumidor. As axas de crescimeno para a renda apresenam-se posiivas, exceo no período Com relação à quanidade o sinal muda para negaivo no período permanecendo assim aé peso(kg) peso(kg) renda(us$) renda(us$) 6

17 Gráfico 3 Relação enre renda per capia do americano e quanidade de pescado exporado do Ceará para os Esados Unidos, 996 a Fone: Elaborado pelo auor com base nos dados do MIC/ALICEWEB. O coeficiene associado à endência na equação de demanda é posiivo indicando houve um acréscimo na demanda ao longo do período analisado. orém, de acordo com a Gráfico 4, esse aumeno ocorreu apenas no período enre 996 e A parir de 2003 aé o final do período, houve uma queda nas exporações. or ouro lado, na equação da ofera o coeficiene da variável endência apresena-se negaivo indicando que ocorreu uma redução na ofera no período analisado. e acordo com o Gráfico 4 esa diminuição pode ser observada a parir do período peso(kg) peso(kg) Gráfico 4 Evolução da quanidade de pescado exporado do Ceará para os Esados Unidos, 996 a Fone: Elaborado pelo auor com base nos dados do MIC/ALICEWEB. Na equação de ofera o sinal do coeficiene associado ao preço do produo é posiivo, esando de acordo com a eoria econômica Lei da Ofera a qual posula que quano maior o preço de um produo, mais o produor esará disposo a aumenar a ofera do mesmo. e acordo com o valor do coeficiene da variável, o qual corresponde à elasicidade-preço da ofera, um aumeno de 0% no preço aumenará a ofera em 48,4%, ou seja, a ofera é elásica. Comparado as elasicidades-preço da demanda e da ofera, verifica-se que o demanda é menos sensível às variações de preços do que a ofera. e modo que, se o preço de venda para os Esados Unidos cair 0%, a demanda aumenará em 6,3%, enquano as vendas cairão em, aproximadamene, 50%. ara a axa de câmbio (R$/US$), o coeficiene maior que a unidade relaa uma siuação de fraqueza da moeda nacional frene ao dólar. Essa siuação favorece ao exporador, pois ese enconra facilidade para comercializar nos mercados esrangeiros. Em 7

18 ermos de elasicidade, um aumeno de 0% na axa de câmbio provocará um incremeno de 85,5% na quanidade oferada, ou seja, uma maior desvalorização da moeda nacional esimulará o produor, fazendo com que ele disponibilize uma maior quanidade do produo no mercado inernacional. O Gráfico 5 mosra essa relação enre a axa de câmbio e a quanidade. Ao longo do período analisado essas duas variáveis seguem, aproximadamene, a mesma rajeória. Somene no período em 2008 observa-se que mesmo com aumeno na axa de câmbio a quanidade comercializada diminuiu 2. peso(kg) ,5 3 2,5 2,5 0,5 0 x de câmbio(r$/us$) peso(kg) x de câmbio(r$/us$) Gráfico 5 Relação enre axa de câmbio e quanidade de pescado oferada do Ceará para os Esados Unidos, 996 a Fone: Elaborado pelo auor com base nos dados do MIC/ALICEWEB. ode-se observar dois momenos disinos na análise gráfica: ) de 996 a 2003 e 2) de 2003 a O primeiro momeno revela crescimeno da quanidade comercializada enre o Ceará e os EUA ao longo do período e isso pode ser aribuído a: aumeno da quanidade capurada devido ao aumeno do esforço de pesca e ambém ao desenvolvimeno da aqüiculura; desvalorização da moeda brasileira em relação ao dólar americano; e pouca diversificação de mercados. O segundo momeno é de redução na quanidade comercializada de pescado do Ceará para os Esados Unidos e alguns faores que podem er conribuídos são: redução das capuras em virude da sobrepesca de alguns recursos pesqueiros como a lagosa; aumeno das barreiras proecionisas como a ação de dumping movida pelos pescadores nore-americanos conra produores brasileiros, incluindo os cearenses; valorização do real frene ao dólar; aumeno da promoção do pescado cearense em ouros mercados como o europeu; e em anos recenes a dificuldade de acesso a crédio pelas empresas do seor pesqueiro em razão da crise econômica mundial. 2 As possíveis causas para esse comporameno foram ciadas aneriormene na discussão sobre a endência das exporações. 8

19 5. CONCLUSÃO Nesse esudo procurou-se analisar o comércio de pescado enre o Ceará 3 e os Esados Unidos, no período de 996 a 2008, de modo que fosse possível idenificar a endência do volume exporado e o efeio das variações do preço, da renda dos consumidores, da axa de câmbio sobre a quanidade comercializada. Com base nos resulados obidos pode-se concluir que a demanda nore-americana pelo pescado produzido no Ceará apresenou uma endência crescene. orém, a ofera apresenou comporameno inverso. Essa redução do volume exporado deve-se, denre ouros faores, à queda na produção de lagosas, à redução na produção de camarão, bem como ao incenivo à conquisa de novos mercados de modo a desconcenrar o desino dos produos desse seor. Apesar da elevada concenração do desino das exporações cearenses nos Esados Unidos, a enrada no mercado da Espanha, França, Japão, Holanda e orugal pode garanir aos produores e ao esado uma maior segurança em períodos de insabilidade inernacional. As equações esimadas confirmam as leis da ofera e da demanda, de acordo com as quais um aumeno no preço do produo provoca uma redução na demanda e um aumeno na ofera. orém, os produores são mais sensíveis às variações de preços do que os consumidores. Isso ocorre devido a grande dependência dos exporadores em relação a esse mercado, que concenra mais de 60% das vendas, enquano esse produo possui subsiuos próximos, podendo ser pronamene reirado da cesa de bens desses consumidores. O pescado cearense é considerado pelos nore-americanos como um bem normal de luxo. Isso ocorre porque os principais produos exporados são os camarões, as lagosas e os peixes congelados. essa forma, um aumeno na renda desses consumidores aumenará as exporações do seor pesqueiro cearense. A axa de câmbio é uma variável de grande imporância para o seor pesqueiro, pois os empresários conduzem seus negócios com base no preço de uma unidade de moeda esrangeira por unidades da moeda nacional no mercado de câmbio. enre as variáveis incluídas no modelo, a axa de câmbio é a que em maior influência sobre as exporações, pois um aumeno de 0% na axa de câmbio incenivará o produor a aumenar o volume exporado em, aproximadamene, 90%. Isso ocorre porque as variações cambiais provocam mudanças ano no preço exerno quano no poder de compra dos consumidores. Essas duas variáveis junas, por sua vez, aleram, simulaneamene, a ofera e a demanda. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALICEWEB. Minisério do esenvolvimeno Indúsria e Comércio Exerior. isponível em: < hp://aliceweb.desenvolvimeno.gov.br/> Acesso em: 2 de dezembro de 2008 e 22 de fevereiro de Uma das 27 unidades federaivas do Brasil. Localizada na região Nordese. 9

20 BARROS, G. C.; BACCHI, M. R..; BURNQUIST, H. L. Esimação de equações de ofera de exporação de produos agropecuários para o Brasil (992/2000). Brasília: Insiuo de esquisa Econômica Aplicada. IEA, (Texo para discussão Nº. 865). CARBAUGH, Rober J. Economia inernacional. São aulo: ioneira, CUNHA, F. C da. Microeconomia: eoria, quesões e exercícios. Campinas, S: Ediora Alínea, IÁRIO O NORESTE. CAMARÃO de caiveiro. Foraleza/CE, 23 jun isponível em: <hp://diariodonordese.globo.com> Acesso em: 25 de fevereiro de ROUÇÃO de camarão deve salar 30% no CE. iariodonordese.globo.com, Foraleza/CE, 0 fev isponível em: <hp://diariodonordese.globo.com/> Acesso em 5 de março de FERGUSSON, C. E. Microeconomia. 20. ed. Rio de Janeiro: Forense Universiária, p. GARÓFALO, G. de L.; CARVALHO, L.C.. Teoria microeconômica. 3. ed. São aulo: Alas, p GOLSTEIN, M. e KHAN, M. The supply and demand for expors: a simulaneous approach. The Review of Economics and Saisics, Cambridge, v. 60, p , 978. LAONI, Juan Carlos. Esaísica usando Excel. 4. ed.rev. e aual. Rio de Janeiro: Campus, MANKIW, N. Gregory. rincípios de microeconomia. São aulo: ioneira, ASSOS, C. R. M; NOGAMI, O. rincípios de economia. São aulo: ioneira, SANTOS, V.. dos. Elaboração de projeos: eoria e práica. São aulo: V. dos Sanos, p. SOARES, I. ; CASTELAR, L. I. de M. Economeria aplicada com o uso do Eviews. Foraleza, Ce: UFC/CAEN, p. SIEGEL, M. R.; CONSENTINO,. Esaísica. 3. ed. São aulo: Makron, p. TROSTER, R. L.; MOCHON MORCILLO, F. Inrodução à economia. São aulo: Makron Books, IMF - Inernaional Moneary Fund. World Economic Oulook aabase Lis. isponível em: < hp:// > Acesso em: 3 dez IEA - Insiuo de esquisa Econômica Aplicada. IEAATA. isponível em:< <hp:// > Acesso em: 8 dez

21 IBGE. Insiuo Brasileiro de Geografia e Esaísica. isponível em: < hp:// Acesso em: 0 mar KOLB,. C. Análise da ofera e demanda de exporações de pescado: o caso do comércio enre Brasil e os Esados Unidos. 45 pág. efendida em UFC- Foraleza/CE LAVRENSE. ISCICULTURA no Ceará. Lavrense.com.br. Lavras da Mangabeira/CE, 2 jun isponível em <hp:// Acesso em 0 de março de

ANÁLISE DO COMÉRCIO DE PESCADO ENTRE O CEARÁ E OS ESTADOS UNIDOS

ANÁLISE DO COMÉRCIO DE PESCADO ENTRE O CEARÁ E OS ESTADOS UNIDOS ANÁLISE DO COMÉRCIO DE PESCADO ENTRE O CEARÁ E OS ESTADOS UNIDOS Rosemeiry Melo Carvalho Pedro Carneiro Kolb 2 José César Vieira Pinheiro 3 Resumo - Esse rabalho em como objeivo principal analisar o comércio

Leia mais

ANÁLISE DO COMÉRCIO DE PESCADO ENTRE BRASIL E OS ESTADOS UNIDOS ROSEMEIRY MELO CARVALHO; PEDRO CARNEIRO KOLB; UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ANÁLISE DO COMÉRCIO DE PESCADO ENTRE BRASIL E OS ESTADOS UNIDOS ROSEMEIRY MELO CARVALHO; PEDRO CARNEIRO KOLB; UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ ANÁLISE DO COMÉRCIO DE PESCADO ENTRE BRASIL E OS ESTADOS UNIDOS ROSEMEIRY MELO CARVALHO; PEDRO CARNEIRO KOLB; UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FORTALEZA - CE - BRASIL rmelo@ufc.br APRESENTAÇÃO ORAL Comércio

Leia mais

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise 4 O Papel das Reservas no Cuso da Crise Nese capíulo buscamos analisar empiricamene o papel das reservas em miigar o cuso da crise uma vez que esa ocorre. Acrediamos que o produo seja a variável ideal

Leia mais

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção Análise de séries de empo: modelos de suavização exponencial Profa. Dra. Liane Werner Séries emporais A maioria dos méodos de previsão se baseiam na

Leia mais

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO 1 Quesão: Um fao esilizado sobre a dinâmica do crescimeno econômico mundial é a ocorrência de divergências

Leia mais

3 Modelo Teórico e Especificação Econométrica

3 Modelo Teórico e Especificação Econométrica 3 Modelo Teórico e Especificação Economérica A base eórica do experimeno será a Teoria Neoclássica do Invesimeno, apresenada por Jorgensen (1963). Aneriormene ao arigo de Jorgensen, não havia um arcabouço

Leia mais

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa 42 3 Meodologia do Esudo 3.1. Tipo de Pesquisa A pesquisa nese rabalho pode ser classificada de acordo com 3 visões diferenes. Sob o pono de visa de seus objeivos, sob o pono de visa de abordagem do problema

Leia mais

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc.

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc. ECONOMETRIA Prof. Paricia Maria Borolon, D. Sc. Séries Temporais Fone: GUJARATI; D. N. Economeria Básica: 4ª Edição. Rio de Janeiro. Elsevier- Campus, 2006 Processos Esocásicos É um conjuno de variáveis

Leia mais

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição Análise de séries de empo: modelos de decomposição Profa. Dra. Liane Werner Séries de emporais - Inrodução Uma série emporal é qualquer conjuno de observações ordenadas no empo. Dados adminisraivos, econômicos,

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA EAE 206 Macroeconomia I 1º Semesre de 2017 Professor Fernando Rugisky Lisa de Exercícios 3 [1] Considere

Leia mais

4 Análise Empírica. 4.1 Definição da amostra de cada país

4 Análise Empírica. 4.1 Definição da amostra de cada país 57 4 Análise Empírica As simulações apresenadas no capíulo anerior indicaram que a meodologia desenvolvida por Rigobon (2001 é aparenemene adequada para a análise empírica da relação enre a axa de câmbio

Leia mais

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho NOTA TÉCNICA Noa Sobre Evolução da Produividade no Brasil Fernando de Holanda Barbosa Filho Fevereiro de 2014 1 Essa noa calcula a evolução da produividade no Brasil enre 2002 e 2013. Para ano uiliza duas

Leia mais

4 O modelo econométrico

4 O modelo econométrico 4 O modelo economérico O objeivo desse capíulo é o de apresenar um modelo economérico para as variáveis financeiras que servem de enrada para o modelo esocásico de fluxo de caixa que será apresenado no

Leia mais

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço 5 Meodologia Probabilísica de Esimaiva de Reservas Considerando o Efeio-Preço O principal objeivo desa pesquisa é propor uma meodologia de esimaiva de reservas que siga uma abordagem probabilísica e que

Leia mais

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr.

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr. Moivação rof. Lorí Viali, Dr. vialli@ma.ufrgs.br hp://www.ma.ufrgs.br/~vialli/ Na práica, não exise muio ineresse na comparação de preços e quanidades de um único arigo, como é o caso dos relaivos, mas

Leia mais

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield 5 Erro de Apreçameno: Cuso de Transação versus Convenience Yield A presene seção em como objeivo documenar os erros de apreçameno implício nos preços eóricos que eviam oporunidades de arbiragem nos conraos

Leia mais

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1.

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1. 1 Modelo de crescimeno neoclássico, unisecorial com PT e com axa de poupança exógena 1.1 Hipóeses Função de Produção Cobb-Douglas: (, ) ( ) 1 Y = F K AL = K AL (1.1) FK > 0, FKK < 0 FL > 0, FLL < 0 Função

Leia mais

3 Metodologia 3.1. O modelo

3 Metodologia 3.1. O modelo 3 Meodologia 3.1. O modelo Um esudo de eveno em como obeivo avaliar quais os impacos de deerminados aconecimenos sobre aivos ou iniciaivas. Para isso são analisadas as diversas variáveis impacadas pelo

Leia mais

3 Uma metodologia para validação estatística da análise técnica: a busca pela homogeneidade

3 Uma metodologia para validação estatística da análise técnica: a busca pela homogeneidade 3 Uma meodologia para validação esaísica da análise écnica: a busca pela homogeneidade Ese capíulo em como objeivo apresenar uma solução para as falhas observadas na meodologia uilizada por Lo e al. (2000)

Leia mais

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA Nesa abordagem paramérica, para esimar as funções básicas da análise de sobrevida, assume-se que o empo de falha T segue uma disribuição conhecida

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA

CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA Inrodução Ese arigo raa de um dos assunos mais recorrenes nas provas do IME e do ITA nos úlimos anos, que é a Cinéica Química. Aqui raamos principalmene dos

Leia mais

Aplicações à Teoria da Confiabilidade

Aplicações à Teoria da Confiabilidade Aplicações à Teoria da ESQUEMA DO CAPÍTULO 11.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS 11.2 A LEI DE FALHA NORMAL 11.3 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL 11.4 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL E A DISTRIBUIÇÃO DE POISSON 11.5 A LEI

Leia mais

Grupo I (Cotação: 0 a 3.6 valores: uma resposta certa vale 1.2 valores e uma errada valores)

Grupo I (Cotação: 0 a 3.6 valores: uma resposta certa vale 1.2 valores e uma errada valores) INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO Esaísica II - Licenciaura em Gesão Época de Recurso 6//9 Pare práica (quesões resposa múlipla) (7.6 valores) Nome: Nº Espaço reservado para a classificação (não

Leia mais

Utilização de modelos de holt-winters para a previsão de séries temporais de consumo de refrigerantes no Brasil

Utilização de modelos de holt-winters para a previsão de séries temporais de consumo de refrigerantes no Brasil XXVI ENEGEP - Foraleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Ouubro de 2006 Uilização de modelos de hol-winers para a previsão de séries emporais de consumo de refrigeranes no Brasil Jean Carlos da ilva Albuquerque (UEPA)

Leia mais

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares (Chiang e Wainwrigh Capíulos 17 e 18) Caracerização Geral de Equações a diferenças Lineares: Seja a seguine especificação geral de uma equação a diferença

Leia mais

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque:

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque: DEMOGRAFIA Fone: Ferreira, J. Anunes Demografia, CESUR, Lisboa Inrodução A imporância da demografia no planeameno regional e urbano O processo de planeameno em como fim úlimo fomenar uma organização das

Leia mais

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração Teorias do Crescimeno Económico Mesrado de Economia Modelos de Crescimeno Endógeno de 1ªgeração Inrodução A primeira geração de modelos de crescimeno endógeno ena endogeneiar a axa de crescimeno de SSG

Leia mais

Modelos Não-Lineares

Modelos Não-Lineares Modelos ão-lineares O modelo malhusiano prevê que o crescimeno populacional é exponencial. Enreano, essa predição não pode ser válida por um empo muio longo. As funções exponenciais crescem muio rapidamene

Leia mais

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Matemática e Estatística Econometria

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Matemática e Estatística Econometria Universidade do Esado do Rio de Janeiro Insiuo de Maemáica e Esaísica Economeria Variável dummy Regressão linear por pares Tese de hipóeses simulâneas sobre coeficienes de regressão Tese de Chow professorjfmp@homail.com

Leia mais

Gráfico 1 Nível do PIB: série antiga e série revista. Série antiga Série nova. através do site

Gráfico 1 Nível do PIB: série antiga e série revista. Série antiga Série nova. através do site 2/mar/ 27 A Revisão do PIB Affonso Celso Pasore pasore@acpasore.com Maria Crisina Pinoi crisina@acpasore.com Leonardo Poro de Almeida leonardo@acpasore.com Terence de Almeida Pagano erence@acpasore.com

Leia mais

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto Exercícios sobre o Modelo Logísico Discreo 1. Faça uma abela e o gráfico do modelo logísico discreo descrio pela equação abaixo para = 0, 1,..., 10, N N = 1,3 N 1, N 0 = 1. 10 Solução. Usando o Excel,

Leia mais

FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, BRASIL,

FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, BRASIL, FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, BRASIL, 993-0 Alfredo Tsunechiro (), Vagner Azarias Marins (), Maximiliano Miura (3) Inrodução O milho safrinha é

Leia mais

3 A Função de Reação do Banco Central do Brasil

3 A Função de Reação do Banco Central do Brasil 3 A Função de Reação do Banco Cenral do Brasil Nese capíulo será apresenada a função de reação do Banco Cenral do Brasil uilizada nese rabalho. A função segue a especificação de uma Regra de Taylor modificada,

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL42 Coneúdo 8 - Inrodução aos Circuios Lineares e Invarianes...1 8.1 - Algumas definições e propriedades gerais...1 8.2 - Relação enre exciação

Leia mais

O Efeito das Importações Mundiais sobre as Exportações do Agronegócio Brasileiro Uma Análise Empírica para o período 2000/2007

O Efeito das Importações Mundiais sobre as Exportações do Agronegócio Brasileiro Uma Análise Empírica para o período 2000/2007 O EFEITO DAS IMPORTAÇÕES MUNDIAIS SOBRE AS EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO UMA ANÁLISE EMPÍRICA PARA O PERÍODO 2000/2007 HUMBERTO FRANCISCO SILVA SPOLADOR; GERALDO SANT ANA DE CAMARGO BARROS; ESALQ/USP

Leia mais

Lista de Exercícios nº 3 - Parte IV

Lista de Exercícios nº 3 - Parte IV DISCIPLINA: SE503 TEORIA MACROECONOMIA 01/09/011 Prof. João Basilio Pereima Neo E-mail: joaobasilio@ufpr.com.br Lisa de Exercícios nº 3 - Pare IV 1ª Quesão (...) ª Quesão Considere um modelo algébrico

Leia mais

3 Fluxos de capitais e crescimento econômico: o canal do câmbio

3 Fluxos de capitais e crescimento econômico: o canal do câmbio 3 Fluxos de capiais e crescimeno econômico: o canal do câmbio Nese capíulo exploraremos as implicações de um imporane canal de ransmissão pelo qual um volume maior de fluxos de capiais exernos enre países

Leia mais

Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indústria de Óleos Vegetais

Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indústria de Óleos Vegetais XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 8 a 1 de novembro de 24 Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indúsria de Óleos Vegeais Regiane Klidzio (URI) gep@urisan.che.br

Leia mais

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO Breno Richard Brasil Sanos

Leia mais

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACUDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III icenciaura de Economia (ºAno/1ºS) Ano ecivo 007/008 Caderno de Exercícios Nº 1

Leia mais

4 Método de geração de cenários em árvore

4 Método de geração de cenários em árvore Méodo de geração de cenários em árvore 4 4 Méodo de geração de cenários em árvore 4.. Conceios básicos Uma das aividades mais comuns no mercado financeiro é considerar os possíveis esados fuuros da economia.

Leia mais

4 Filtro de Kalman. 4.1 Introdução

4 Filtro de Kalman. 4.1 Introdução 4 Filro de Kalman Ese capíulo raa da apresenação resumida do filro de Kalman. O filro de Kalman em sua origem na década de sessena, denro da área da engenharia elérica relacionado à eoria do conrole de

Leia mais

*UiILFRGH&RQWUROH(:0$

*UiILFRGH&RQWUROH(:0$ *UiILFRGH&RQWUROH(:$ A EWMA (de ([SRQHQWLDOO\:HLJKWHGRYLQJ$YHUDJH) é uma esaísica usada para vários fins: é largamene usada em méodos de esimação e previsão de séries emporais, e é uilizada em gráficos

Leia mais

Exportações e Consumo de Energia Elétrica: Uma Análise Econométrica Via Decomposição do Fator Renda.

Exportações e Consumo de Energia Elétrica: Uma Análise Econométrica Via Decomposição do Fator Renda. XVIII Seminário Nacional de Disribuição de Energia Elérica Olinda - Pernambuco - Brasil SENDI 2008-06 a 0 de ouubro Exporações e Consumo de Energia Elérica: Uma Análise Economérica Via Decomposição do

Leia mais

4 Análise de Sensibilidade

4 Análise de Sensibilidade 4 Análise de Sensibilidade 4.1 Considerações Gerais Conforme viso no Capíulo 2, os algorimos uilizados nese rabalho necessiam das derivadas da função objeivo e das resrições em relação às variáveis de

Leia mais

Seção 5: Equações Lineares de 1 a Ordem

Seção 5: Equações Lineares de 1 a Ordem Seção 5: Equações Lineares de 1 a Ordem Definição. Uma EDO de 1 a ordem é dia linear se for da forma y + fx y = gx. 1 A EDO linear de 1 a ordem é uma equação do 1 o grau em y e em y. Qualquer dependência

Leia mais

Contabilometria. Séries Temporais

Contabilometria. Séries Temporais Conabilomeria Séries Temporais Fone: Corrar, L. J.; Theóphilo, C. R. Pesquisa Operacional para Decisão em Conabilidade e Adminisração, Ediora Alas, São Paulo, 2010 Cap. 4 Séries Temporais O que é? Um conjuno

Leia mais

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico 30 Capíulo 2: Proposa de um Novo Reificador Trifásico O mecanismo do descobrimeno não é lógico e inelecual. É uma iluminação suberrânea, quase um êxase. Em seguida, é cero, a ineligência analisa e a experiência

Leia mais

Tabela: Variáveis reais e nominais

Tabela: Variáveis reais e nominais Capíulo 1 Soluções: Inrodução à Macroeconomia Exercício 12 (Variáveis reais e nominais) Na abela seguine enconram se os dados iniciais do exercício (colunas 1, 2, 3) bem como as soluções relaivas a odas

Leia mais

5 Resultados empíricos Efeitos sobre o forward premium

5 Resultados empíricos Efeitos sobre o forward premium 5 Resulados empíricos Efeios sobre o forward premium A moivação para a esimação empírica das seções aneriores vem da relação enre a inervenção cambial eserilizada e o prêmio de risco cambial. Enreano,

Leia mais

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Cálculo do valor em risco dos aivos financeiros da Perobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Bruno Dias de Casro 1 Thiago R. dos Sanos 23 1 Inrodução Os aivos financeiros das companhias Perobrás e Vale

Leia mais

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 163 22. PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 22.1. Inrodução Na Seção 9.2 foi falado sobre os Parâmeros de Core e

Leia mais

Professor: Danilo Dacar

Professor: Danilo Dacar . (Pucrj 0) Os números a x, a x e a3 x 3 esão em PA. A soma dos 3 números é igual a: é igual a e o raio de cada semicírculo é igual à meade do semicírculo anerior, o comprimeno da espiral é igual a a)

Leia mais

Professor: Danilo Dacar

Professor: Danilo Dacar Progressão Ariméica e Progressão Geomérica. (Pucrj 0) Os números a x, a x e a x esão em PA. A soma dos números é igual a: a) 8 b) c) 7 d) e) 0. (Fuves 0) Dadas as sequências an n n, n n cn an an b, e b

Leia mais

VANTAGENS COMPARATIVAS E DESEMPENHO DAS EXPORTAÇÕES DO SETOR PESQUEIRO BRASILEIRO NO MERCADO NORTE-AMERICANO

VANTAGENS COMPARATIVAS E DESEMPENHO DAS EXPORTAÇÕES DO SETOR PESQUEIRO BRASILEIRO NO MERCADO NORTE-AMERICANO VANTAGENS COMPARATIVAS E DESEMPENHO DAS EXPORTAÇÕES DO SETOR PESQUEIRO BRASILEIRO NO MERCADO NORTE-AMERICANO ROSEMEIRY MELO CARVALHO; ROCHELE ALVES DE ARAÚJO; UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FORTALEZA -

Leia mais

Calcule a área e o perímetro da superfície S. Calcule o volume do tronco de cone indicado na figura 1.

Calcule a área e o perímetro da superfície S. Calcule o volume do tronco de cone indicado na figura 1. 1. (Unesp 017) Um cone circular reo de gerariz medindo 1 cm e raio da base medindo 4 cm foi seccionado por um plano paralelo à sua base, gerando um ronco de cone, como mosra a figura 1. A figura mosra

Leia mais

4 Modelagem e metodologia de pesquisa

4 Modelagem e metodologia de pesquisa 4 Modelagem e meodologia de pesquisa Nese capíulo será apresenada a meodologia adoada nese rabalho para a aplicação e desenvolvimeno de um modelo de programação maemáica linear misa, onde a função-objeivo,

Leia mais

IV. METODOLOGIA ECONOMÉTRICA PROPOSTA PARA O CAPM CONDICIONAL A Função Máxima Verosimilhança e o Algoritmo de Berndt, Hall, Hall e Hausman

IV. METODOLOGIA ECONOMÉTRICA PROPOSTA PARA O CAPM CONDICIONAL A Função Máxima Verosimilhança e o Algoritmo de Berndt, Hall, Hall e Hausman IV. MEODOLOGIA ECONOMÉRICA PROPOSA PARA O CAPM CONDICIONAL 4.1. A Função Máxima Verosimilhança e o Algorimo de Bernd, Hall, Hall e Hausman A esimação simulânea do CAPM Condicional com os segundos momenos

Leia mais

DFB 2006 Economia para Advogados: Microeconomia. Lista de exercícios sobre peso morto do imposto e de barreiras comerciais.

DFB 2006 Economia para Advogados: Microeconomia. Lista de exercícios sobre peso morto do imposto e de barreiras comerciais. FB 2006 Economia para Advogas: Microeconomia. Lisa de exercícios sobre peso moro imposo e de barreiras comerciais. Robero Guena de Oliveira 12 de junho de 2011 1. O merca de pizza se caraceriza por uma

Leia mais

6 Processos Estocásticos

6 Processos Estocásticos 6 Processos Esocásicos Um processo esocásico X { X ( ), T } é uma coleção de variáveis aleaórias. Ou seja, para cada no conjuno de índices T, X() é uma variável aleaória. Geralmene é inerpreado como empo

Leia mais

Universidade Federal de Lavras

Universidade Federal de Lavras Universidade Federal de Lavras Deparameno de Esaísica Prof. Daniel Furado Ferreira 11 a Teoria da Decisão Esaísica 1) Quais são os erros envolvidos nos eses de hipóeses? Explique. 2) Se ao realizar um

Leia mais

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL*

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* Nikolay Iskrev** Resumo Arigos Ese arigo analisa as fones de fluuação dos ciclos económicos em Porugal usando a meodologia de conabilidade dos ciclos

Leia mais

1 Pesquisador - Embrapa Semiárido. 2 Analista Embrapa Semiárido.

1 Pesquisador - Embrapa Semiárido.   2 Analista Embrapa Semiárido. XII Escola de Modelos de Regressão, Foraleza-CE, 13-16 Março 2011 Análise de modelos de previsão de preços de Uva Iália: uma aplicação do modelo SARIMA João Ricardo F. de Lima 1, Luciano Alves de Jesus

Leia mais

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3 3 eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3.. eorno de um Aivo Grande pare dos esudos envolve reorno ao invés de preços. Denre as principais

Leia mais

DINÂMICA DE MERCADO COM AJUSTAMENTO DEFASADO RESUMO

DINÂMICA DE MERCADO COM AJUSTAMENTO DEFASADO RESUMO DINÂMICA DE MERCADO COM AJUSTAMENTO DEFASADO Luiz Carlos Takao Yamaguchi 1 Luiz Felipe de Oliveira Araújo 2 RESUMO O modelo eia de aranha é uma formulação que ena explicar o comporameno da produção agropecuária

Leia mais

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas Séries de Tempo Inrodução José Faardo EBAPE- Fundação Geulio Vargas Agoso 0 José Faardo Séries de Tempo . Por quê o esudo de séries de empo é imporane? Primeiro, porque muios dados econômicos e financeiros

Leia mais

ANÁLISE DA OFERTA E DA DEMANDA DE FEIJÃO NO ESTADO DO CEARÁ: UMA APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE SISTEMAS LINEARES DE EQUAÇÕES SIMULTÂNEAS

ANÁLISE DA OFERTA E DA DEMANDA DE FEIJÃO NO ESTADO DO CEARÁ: UMA APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE SISTEMAS LINEARES DE EQUAÇÕES SIMULTÂNEAS ANÁLISE DA OFERTA E DA DEMANDA DE FEIJÃO NO ESTADO DO CEARÁ: UMA APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE SISTEMAS LINEARES DE EQUAÇÕES SIMULTÂNEAS Araguacy P. A. Filgueiras Rosemeiry Melo Carvalho RESUMO: O Esado do Ceará

Leia mais

5.1. Filtragem dos Estados de um Sistema Não-Linear Unidimensional. Considere-se o seguinte MEE [20] expresso por: t t

5.1. Filtragem dos Estados de um Sistema Não-Linear Unidimensional. Considere-se o seguinte MEE [20] expresso por: t t 5 Esudo de Casos Para a avaliação dos algorimos online/bach evolucionários proposos nese rabalho, foram desenvolvidas aplicações em problemas de filragem dos esados de um sisema não-linear unidimensional,

Leia mais

2 Reforma Previdenciária e Impactos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos

2 Reforma Previdenciária e Impactos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos Reforma Previdenciária e Impacos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos Em dezembro de 998 foi sancionada a Emenda Consiucional número 0, que modificou as regras exisenes no sisema de Previdência Social.

Leia mais

Circuitos Elétricos I EEL420

Circuitos Elétricos I EEL420 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL420 Coneúdo 1 - Circuios de primeira ordem...1 1.1 - Equação diferencial ordinária de primeira ordem...1 1.1.1 - Caso linear, homogênea, com

Leia mais

Choques estocásticos na renda mundial e os efeitos na economia brasileira

Choques estocásticos na renda mundial e os efeitos na economia brasileira Seção: Macroeconomia Revisa Economia & Tecnologia (RET) Volume 9, Número 4, p. 51-60, Ou/Dez 2013 Choques esocásicos na renda mundial e os efeios na economia brasileira Celso José Cosa Junior* Resumo:

Leia mais

3 LTC Load Tap Change

3 LTC Load Tap Change 54 3 LTC Load Tap Change 3. Inrodução Taps ou apes (ermo em poruguês) de ransformadores são recursos largamene uilizados na operação do sisema elérico, sejam eles de ransmissão, subransmissão e disribuição.

Leia mais

F B d E) F A. Considere:

F B d E) F A. Considere: 5. Dois corpos, e B, de massas m e m, respecivamene, enconram-se num deerminado insane separados por uma disância d em uma região do espaço em que a ineração ocorre apenas enre eles. onsidere F o módulo

Leia mais

Política fiscal: Um resumo CAPÍTULO 26. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

Política fiscal: Um resumo CAPÍTULO 26. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Políica fiscal: Um resumo Olivier Blanchard Pearson Educaion CAPÍTULO 26 2006 Pearson Educaion Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard 26.1 Capíulo 26: Políica fiscal um resumo Resrição orçamenária do governo

Leia mais

UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE HOLT-WINTERS PARA PREVISÃO DO LEITE ENTREGUE ÀS INDÚSTRIAS CATARINENSES

UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE HOLT-WINTERS PARA PREVISÃO DO LEITE ENTREGUE ÀS INDÚSTRIAS CATARINENSES UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE HOLT-WINTERS PARA PREVISÃO DO LEITE ENTREGUE ÀS INDÚSTRIAS CATARINENSES Rober Wayne Samohyl Professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sisemas UFSC. Florianópolis-SC.

Leia mais

Problema de controle ótimo com equações de estado P-fuzzy: Programação dinâmica

Problema de controle ótimo com equações de estado P-fuzzy: Programação dinâmica Problema de conrole óimo com equações de esado P-fuzzy: Programação dinâmica Michael Macedo Diniz, Rodney Carlos Bassanezi, Depo de Maemáica Aplicada, IMECC, UNICAMP, 1383-859, Campinas, SP diniz@ime.unicamp.br,

Leia mais

Cap. 5 - Tiristores 1

Cap. 5 - Tiristores 1 Cap. 5 - Tirisores 1 Tirisor é a designação genérica para disposiivos que êm a caracerísica esacionária ensão- -correne com duas zonas no 1º quadrane. Numa primeira zona (zona 1) as correnes são baixas,

Leia mais

Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos

Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos Os ponos de equilíbrio de um modelo esão localizados onde o gráfico de + versus cora a rea definida pela equação +, cuja inclinação é (pois forma um ângulo

Leia mais

DEMANDA DE CAMARÃO ROSA NO ESTADO DO PARÁ: APLICAÇÃO DO MODELO DE EXPECTATIVAS ADAPTATIVAS

DEMANDA DE CAMARÃO ROSA NO ESTADO DO PARÁ: APLICAÇÃO DO MODELO DE EXPECTATIVAS ADAPTATIVAS DEMANDA DE CAMARÃO ROSA NO ESTADO DO PARÁ: APLICAÇÃO DO MODELO DE EXPECTATIVAS ADAPTATIVAS Rosana Tie Kiabayashi Márcia Eliza da Cunha Marins Maria Crisina das Neves Silva Anônio Cordeiro de Sanana RESUMO

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara Insiuo de Física USP Física V - Aula 6 Professora: Mazé Bechara Aula 6 Bases da Mecânica quânica e equações de Schroedinger. Aplicação e inerpreações. 1. Ouros posulados da inerpreação de Max-Born para

Leia mais

INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO

INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO Luiz Henrique Paraguassú de Oliveira 1, Paulo Robero Guimarães Couo 1, Jackson da Silva Oliveira 1, Walmir Sérgio da Silva 1, Paulo Lyra Simões

Leia mais

A entropia de uma tabela de vida em previdência social *

A entropia de uma tabela de vida em previdência social * A enropia de uma abela de vida em previdência social Renao Marins Assunção Leícia Gonijo Diniz Vicorino Palavras-chave: Enropia; Curva de sobrevivência; Anuidades; Previdência Resumo A enropia de uma abela

Leia mais

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 1ª Época (v1)

EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL 1ª Época (v1) Nome: Aluno nº: Duração: horas LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DE ENGENHARIA - ENGENHARIA DO AMBIENTE EXAME DE ESTATÍSTICA AMBIENTAL ª Época (v) I (7 valores) Na abela seguine apresena-se os valores das coordenadas

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO D. DINIS 12º ANO DE ESCOLARIDADE DE MATEMÁTICA A Tema II Introdução ao Cálculo Diferencial II

ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO D. DINIS 12º ANO DE ESCOLARIDADE DE MATEMÁTICA A Tema II Introdução ao Cálculo Diferencial II ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO D. DINIS 2º ANO DE ESCOLARIDADE DE MATEMÁTICA A Tema II Inrodução ao Cálculo Diferencial II TPC nº 9 Enregar em 4 2 29. Num loe de bolbos de úlipas a probabilidade de que

Leia mais

Observação: No próximo documento veremos como escrever a solução de um sistema escalonado que possui mais incógnitas que equações.

Observação: No próximo documento veremos como escrever a solução de um sistema escalonado que possui mais incógnitas que equações. .. Sisemas Escalonados Os sisemas abaio são escalonados: 7 Veja as maries associadas a esses sisemas: 7 Podemos associar o nome "escalonado" com as maries ao "escalar" os eros ou energar a "escada" de

Leia mais

Plano de Aulas. Matemática. Módulo 17 Estatística

Plano de Aulas. Matemática. Módulo 17 Estatística Plano de Aulas Maemáica Módulo 17 Esaísica Resolução dos exercícios proposos Reomada dos conceios CAPÍTULO 1 1 População: 1, milhão de habianes da cidade. Amosra: 8.00 pessoas enrevisadas. 2 Variáveis

Leia mais

DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA - UFSCar 6 a Lista de exercício de Teoria de Matrizes 28/06/2017

DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA - UFSCar 6 a Lista de exercício de Teoria de Matrizes 28/06/2017 DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA - UFSCar 6 a Lisa de exercício de Teoria de Marizes 8/06/017 1 Uma pesquisa foi realizada para se avaliar os preços dos imóveis na cidade de Milwaukee, Wisconsin 0 imóveis foram

Leia mais

A CONTABILIZAÇÃO DOS LUCROS DO MANIPULADOR 1

A CONTABILIZAÇÃO DOS LUCROS DO MANIPULADOR 1 16 : CADERNOS DO MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS A CONTABILIZAÇÃO DOS LUCROS DO MANIPULADOR 1 PAULO HORTA* A esimaiva dos lucros obidos pelo preenso manipulador apresena-se como uma arefa imporane na análise

Leia mais

Análise de Informação Económica e Empresarial

Análise de Informação Económica e Empresarial Análise de Informação Económica e Empresarial Licenciaura Economia/Finanças/Gesão 1º Ano Ano lecivo de 2008-2009 Prova Época Normal 14 de Janeiro de 2009 Duração: 2h30m (150 minuos) Responda aos grupos

Leia mais

Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa Faculdade de Economia e Administração. Daniel Cunha Coelho MODELOS DE PREVISÃO DA TAXA DE CÂMBIO NO BRASIL

Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa Faculdade de Economia e Administração. Daniel Cunha Coelho MODELOS DE PREVISÃO DA TAXA DE CÂMBIO NO BRASIL Insper - Insiuo de Ensino e Pesquisa Faculdade de Economia e Adminisração Daniel Cunha Coelho MODELOS DE PREVISÃO DA TAXA DE CÂMBIO NO BRASIL São Paulo 2010 Daniel Cunha Coelho Modelos de previsão da axa

Leia mais

Equações Simultâneas. Aula 16. Gujarati, 2011 Capítulos 18 a 20 Wooldridge, 2011 Capítulo 16

Equações Simultâneas. Aula 16. Gujarati, 2011 Capítulos 18 a 20 Wooldridge, 2011 Capítulo 16 Equações Simulâneas Aula 16 Gujarai, 011 Capíulos 18 a 0 Wooldridge, 011 Capíulo 16 Inrodução Durane boa pare do desenvolvimeno dos coneúdos desa disciplina, nós nos preocupamos apenas com modelos de regressão

Leia mais

Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1

Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1 Jovens no mercado de rabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1 Luís Abel da Silva Filho 2 Fábio José Ferreira da Silva 3 Silvana Nunes de Queiroz 4 Resumo: Nos anos 1990,

Leia mais

Conceito. Exemplos. Os exemplos de (a) a (d) mostram séries discretas, enquanto que os de (e) a (g) ilustram séries contínuas.

Conceito. Exemplos. Os exemplos de (a) a (d) mostram séries discretas, enquanto que os de (e) a (g) ilustram séries contínuas. Conceio Na Esaísica exisem siuações onde os dados de ineresse são obidos em insanes sucessivos de empo (minuo, hora, dia, mês ou ano), ou ainda num período conínuo de empo, como aconece num elerocardiograma

Leia mais

Análise de Pós-optimização e de Sensibilidade

Análise de Pós-optimização e de Sensibilidade CPÍULO nálise de Pós-opimização e de Sensibilidade. Inrodução Uma das arefas mais delicadas no desenvolvimeno práico dos modelos de PL, relaciona-se com a obenção de esimaivas credíveis para os parâmeros

Leia mais

Prof. Carlos H. C. Ribeiro ramal 5895 sala 106 IEC

Prof. Carlos H. C. Ribeiro  ramal 5895 sala 106 IEC MB770 Previsão usa ando modelos maemáicos Prof. Carlos H. C. Ribeiro carlos@comp.ia.br www.comp.ia.br/~carlos ramal 5895 sala 106 IEC Aula 14 Modelos de defasagem disribuída Modelos de auo-regressão Esacionariedade

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr. UFRGS Instituto de Matemática - Departamento de Estatística

Prof. Lorí Viali, Dr. UFRGS Instituto de Matemática - Departamento de Estatística Conceio Na Esaísica exisem siuações onde os dados de ineresse são obidos em insanes sucessivos de empo (minuo, hora, dia, mês ou ano), ou ainda num período conínuo de empo, como aconece num elerocardiograma

Leia mais

Questão 1. Questão 3. Questão 2. alternativa B. alternativa E. alternativa C. Os números inteiros x e y satisfazem a equação

Questão 1. Questão 3. Questão 2. alternativa B. alternativa E. alternativa C. Os números inteiros x e y satisfazem a equação Quesão Os números ineiros x e y saisfazem a equação x x y y 5 5.Enãox y é: a) 8 b) 5 c) 9 d) 6 e) 7 alernaiva B x x y y 5 5 x ( ) 5 y (5 ) x y 7 x 6 y 5 5 5 Como x e y são ineiros, pelo Teorema Fundamenal

Leia mais

Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre

Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre 1. Objeivos. Inrodução 3. Procedimeno experimenal 4. Análise de dados 5. Quesões 6. Referências 1. Objeivos Nesa experiência, esudaremos o movimeno da queda de

Leia mais