CENTENÁRIO DA INTEGRAL DE LEBESGUE (*)(**)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CENTENÁRIO DA INTEGRAL DE LEBESGUE (*)(**)"

Transcrição

1 CENTENÁRIO DA INTEGRAL DE LEBESGUE (*)(**) Paulo Adauto Medeiros Istituto de Matemática UFRJ Rio de Jaeiro, RJ (*) Texto de coferêcias miistradas o Istituto de Matemática - UFF; o LNCC-MIT; Istituto de Matemática - UERJ; VI Semaa da Matemática do Istituto de Ciêcias Exatas - UFR-Rural RJ; Departameto de Matematica-UEM. (**) Primeira versão publicada a Revista Uiadrade, Vol. 3, xi.2 (2002), pp.l-5. Autorizada por Clovis Pereira da Silva, Editor Chefe.

2 CENTENÁRIO DA INTEGRAL DE LEBESGUE 1. Itrodução Nas disciplias básicas de Aálise Matemática costuma-se iiciar a oção de itegral para as fuções cotíuas, como fez Cauchy ( ) em seu livro "Le Calcul Ifiitesimal, Paris, 1823, Tome Premier p. 81. Serão resumidas suas idéias como vem a seguir. Seja f: [a, b] R uma fução cotíua e P a partição de [a, b] a = x 0 < x 1 <... < x k 1 < x k <... < x 1 < x = b Escolhe-se um poto x k-1 < ξ k < X k, k = 1, 2,..., e defie-se a soma S(f, P) correspodete à partição P do modo seguite: Seja λ (P) = máx{x k x k-1 k = 1, 2,..., }. Demostra-se que sedo f cotíua em [a, b] existe o limite de S(f, P) quado λ (P) 0. A este limite deomia-se itegral de Cauchy da f em [a, b] deotado-se por Um problema cetral que se põe é a relação etre a itegral de f e sua derivada f', caso esta exista. Demostra-se que se f for cotíua em [a, b] e possui uma derivada f cotíua em [a, b] etão Esta igualdade deomia-se Teorema Fudametal do Cálculo ou Fórmula de Newto- Leibiz. Observação 1. Newto cosiderava a oção primitiva de f isto é, ura fução g (derivável cuja derivada g fosse igual a f. Assim g seria f com o símbolo represetado o iverso da derivada. Ter-se-ia c ± f possui derivada f. Por outro lado Leibiz imagiava a itegral de f como a medida da área A do cojuto formado pelo gráfico de f o eixo dos x e as ordeadas x = a e x = b, supoha f positiva para fixar idéias. Portato, para Leibiz

3 14 Cadero Dá-Liceça Cauchy defiiu um coceito de itegral como Leibiz e relacioou com o de Newto por meio da (1.1) que, por esta razão, deomia-se fórmula de Newto-Leibiz. Quado g for cotíua mostra-se que uma primitiva de g é isto é, f = g. Nas etapas seguites do esio da Aálise Matemática procura-se, em um primeiro estágio, esteder a oção de itegral dada por Cauchy e a fórmula de Newto-- Leibiz a uma classe mais ampla de fuções que ão sejam, em pricípio, ecessariamete cotíuas em [a, b]. Numa primeira fase deste processo ecotram-se as idéias de Riema ( ) reformuladas por Darboux ( ) as quais serão relembradas a seguir. Portato, supõe-se f: [a, b] R apeas limitada. Cosidera-se uma partiçao P de [a, b] como o caso aterior de Cauchy. Represete-se por s k = if{f(x); x k 1 < x < x k } e S k = sup{ f(x); x k 1 < x < x k } para k = 1, 2,..., isto é, o ífimo e o supremo de f em [x k 1, x k ]. Deste modo, são defiidas as somas de Riemau-Darboux iferior s(f, P) e superior S(f, P) cio modo seguite: s(f, P) = (x k 1 x k )s k e S(f, P) = (x k 1 x k )S k, k = 1 k = 1 de f correspodete à partição P. Quado P varia, obtém-se os cojutos uméricos {s(f, P)} limitado superiormete e {S(f, P)} limitado iferiormete. Assim,{s(f, P)} possui um supremo e {S(f, P)} possui um ífimo. Defie-se, portato, as itegrais iferior e superior, por Tem-se para toda f limitada Quado estas itegrais forem iguais diz-se que a fução limitada f em [a, b] éitegrável segudo Riema e represeta-se por Demostra-se que se f: [a, b] R, limitada, for itegrável à Riema etão

4 Dezembro 2004 Número 5 Ao 6 15 ode x k-l < ξ k < x k. Prova-se que toda fução f cotíua em [a, b] é itegrável à Riema e as itegrais de Riea e Cauchy de f são iguais. Logo a classe das fuções cotíuas está cotida a classe das itegráveis à Riema. Seria tão grade a classe das fuções limitadas f itegráveis à Riema em comparação com as cotíuas? A observação a seguir dá uma resposta a esta questão. Observação 2. Diz-se que ura parte E de [a, b] possui medida ula, quado para cada ε > 0 existe uma partição P de [a, b] tal que a soma das amplitudes dos itervalos de P, cuja uião cotém E, é meor que ε. Uma fução f : [a, b] R diz-se quase cotíua quado a coleção dos potos x de [a, b] os quais f ão é cotíua possui medida ula. Lebesgue ( ) demostrou que uma codição ecessária e suficiete para que uma fução f: [a, b] R, limitada, seja itegrável segudo Riema é que f seja quase cotíua. Retore-se à aálise da relação etre a itegral e a derivada o caso Riema. Poder-se-ia pesar que se f limitada em [a, b] itegrável segudo Riema e derivável com derivada f limitada, valesse a fórmula de Newto-Leibiz. Não é verdade. Há muitos exemplos mostrado que é falsa a asserção acima. Proposição 1. Seja f: [a, b] R limitada itegrável à Riema, derivável em [a, b] com derivada f itegrável à Riema, etão vale a igualdade Demostração: Cosidere-se uma partição P de [a, b]. Obtém-se para esta partição Pelo teorera do valor itermediário de Lagrage obtém-se para x k-l < ξ k < x k. Daí resulta f(x k ) f(x k 1 ) = f '(ξ k )(x k x k 1 ), k = 1, 2,...,, sedo f itegrável segudo Riema, quado λ(p) O obtém-se, desta igualdade,

5 16 Cadero Dá-Liceça 2. Itegral de Lebesgue Resumido o que foi dito a Itrodução, coclui-se o seguite: Cauchy (caso cotíuo). Se f: [a, b] R for cotíua com derivada f cotíua em [a, b] vale a fórmula de Newto-Leibiz: Riema (caso limitado). Se f: [a, b] R for limitada e itegrável à Riemam derivável com derivada f itegrável à Riema etão vale a fórmula de NewtoLeibiz: Foi observado que a classe das fuções itegráveis à Riema é costituída pelas fuções f que são quase cotíuas em [a, b]. Em 1901 Lebesgue publicou uma ota o C.R. Acad. Sci. Paris, 132 (1901) pp 86-88, a qual propõe um ovo coceito de itegral cotedo como caso particular a de Riema, coseqüetemete a de Cauchy, elimiado várias deficiêcias destas itegrais e, em particular, dado uma resposta mais geral sobre a validade da fórmula de Newto-Leibiz. Ates da aálise da idéia de Lebesgue sobre a oção de itegral é oportuo chamar a ateção que em 2001 foi comemorado o ceteário desta idéia, decisiva para o desevolvimeto da matemática do século XX em diate. Na ota de Lebesgue, ateriormete mecioada, ecotram-se seis lihas sitetizado sua ova criação, simples e geial. Dada a importâcia da idéia de Lebesgue ao defiir a ova oção de itegral, foi que a sectio des Mathématiques de l Académie de Sciece de Paris Publicou uma ota sobre o ceteário da itegral de Lebesgue (cf. Jeamm Michel BONY, Gustave CHOQUET, Gilles LEBEAU. Le cemiteaire de l itégrale de Lebesgue, C.R.. Acad. Sei. Paris, t 332, Serie 1 (2001) pp 85-90, avec commetaires de Ph. G. Ciarlet et B. Malgrage). Aalisado a defiição de itegral de Riema observou Lebesgue, cf. op. cit., que o caso f: [a, b] R moótoa com m, M o ífimo e o supremo da f, qualquer partição P do itervalo [m, M] isto é, m = y 0 < y 1 <... < y 1 < y = M, correspode uma partição P de [a, b] em itervalos abertos dada por

6 Dezembro 2004 Número 5 Ao 6 17 a = x 0 < x 1 <... < x 1 < x = b sedo ] x k 1, x k [ = { x [a, b]; y k 1 < f(x) < y k } para k = 1, 2,...,. Veja Figura 1 para o caso crescete. Fig. 1 Coclui-se que o caso em que f é moótoa é idiferete cosiderar partições P de [a, b] ou de [m, M] para defiir as somas de Riema s = y k 1 (x k x k 1 ) e S = y k (x k x k 1 ). k = 1 k = 1 Sedo f crescete limitada em [a, b] quado λ(p) 0 as somas s e S covergem para um úico limite que é a itegral de Riema. Supoha que f: [a, b] R ão seja moótoa, porém aida limitada com m o ífimo e M o supremo. Seja P uma partição de [m, M]. Neste caso os cojutos ão são ecessariamete itervalos abertos. Veja Figura 2.

7 18 Cadero Dá-Liceça Fig. 2 Examiado a Figura 2 observa-se, para este gráfico, que Ek ão é um itervalo aberto mas sim a uião de três itervalos abertos e disjutos, logo ão é um itervalo. Quado f oscila bastate em [a, b] os cojutos E k são bem diferetes de itervalos. Note-se que eles serão sempre subcojutos abertos de [a, b]. Deste modo, Lebesgue observa op. cit. que, caso saibamos atribuir aos E k uma medida,µ(e k ), será possível defiir as somas s e S, como o caso moótoo, correspodete a partições P de [, M] em subitervalos abertos ]y k+1, y k [ que dão origem, por meio de f, aos cojutos abertos E k. De fato, é suficiete defiir s = y k 1 µ(e k ) e S = y k µ(e k ) k = 1 k = 1 O problema que restou reside a fução f, isto é, quais as fuções limitadas f em [a, h] tais que seja possível obter cojutos E k mesuráveis, isto é, aos quais é possível atribuir uma medida µ(e k )? Deste modo escolheu a classe das fuções f aquelas que possuem a propriedade seguite: para cada α, β R, o cojuto {x [a, b]; α < f (x) < β} é mesurável, isto é, a ele pode-se atribuir uma medida. Assim ele prova que se f: [a, b] R for limitada e mesurável etão as somas s = y k 1 µ(e k ) e S = y k µ(e k ) k = 1 k = 1 covergem para um úmero úico L quado λ(p) 0, P partição m = y 0 < y 1 <... < y - 1 < y = M de [ m, M ]. Ao úmero L deomiou a itegral da fução f limitada e mesurável em [a, b]. Ao úmero L deomia-se, atualmete, itegral de Lebesgue de f em [a, b] e deota-se por

8 Dezembro 2004 Número 5 Ao 6 19 Demostra-se que se f limitada for itegrável à Riemamm ela é à Lebesgue e as itegrais coicidem. Feito isto ele ficou devedo a oção de cojuto mesurável. Assim toma-se um subcojuto E de ] a, b[. Cosideram-se cojutos eumeráveis de itervalos abertos ] α k,β k [ de ( a, b ) tais que E U ] α k, β k [. A cada uião correspode um úmero positivo que é a soma da série (β k α k ). Deste modo quado varia a sucessão dos ( ] α k,β k [ ) obtém-se um cojuto de úmeros positivos costituído das somas das séries. Ao ífimo deste cojuto deomia-se medida de E e represemmta-se por µ(e). Seja E C o complemeto de E em ]a, b[. Do mesmo modo tem-se µ(e C ). Diz-se que o cojuto E ]a, b[ é mesurável quado µ(e) + µ(e C ) = b a. Note-se que µ(]a,b[) = b a. Retorado à partição P de [m, M], supodo f limitada e mesurável em [a, b] resulta que os cojutos E k, k =1,..., são mesuráveis e a defiição de itegral dada por Lebesgue é perfeita. A itegral de Lebesgue permite reformular muitos coceitos de Aálise Matemática de modo muito mais claro e atural. Assim, a covergêcia de sucessões de fuções, séries de Fourier, itegração termo a termo de sucessões etc, são bem mais simples com as idéias de Lebesgue. Com a oção de distribuição de Schwarz épossível defiir de modo atural os espaços de Sobolev que se baseiam a oção de itegral de Lebesgue. Estes espaços são aturais para o estudo de problemas de cotoro para as equações difereciais parciais. Veja J.-L. Lios, Problémes aux limites das les équatios aux dérivées partielles - Oeuvres choisis de Jacqucs-Louis Lios, Volume 1, SMAI, EDP Scicces, Paris, 2003, pp É mister observar que os cojutos de medida ula ão iflueciam as demostrações. Assim, toda fução quase cotíua (cf. Itrodução), é itegrável à Lebesgue. Daí, as itegráveis a Riema são itegráveis à Lebesgue. Toda a teoria de Lebesgue se passa a meos de cojutos de medida ula. Uma propriedlade que vale em um cojuto a meos de um cojuto de medida ula diz-se uma propriedade válida quase sempre. A seguir, aalisa-se a fórmula ele Newto-Leibiz com a itegral de Lebesgue. (Lebesgue). Seja. f : [a, b] R limitada e mesurável, derivável em [a, b] com derivada f limitada. Etão f é itegrável à Lebesgue e vale a fórmula de Newto-Leibiz Será feito um resumo da demostração. Iicialmete estede-se f ao itervalo [a, b + 1] defiido-se f(x) = f(b) + (x b) f (b) em [b, b + 1]. Assim, f é cotíua e possui derivada limitada em [a, b+1] quase sempre. Cosidere-se a sucessão

9 20 Cadero Dá-Liceça de ode resulta As ϕ são mesuráveis pois f é cotíua. Logo f ' é mesurável como limite de mesuráveis (Lebesgue). Por hipótese f é limitada e sedo mesurável ela é itegrável à Lebesgue. Do teorema de valor itermediário de Lagrage, obtém-se Logo, sedo f limitada daí resulta que a sucessão (ϕ ) é limitada. Do teorema da covergêcia limitada de Lebesgue resulta de (2.1) Vale o teorema do valor itermediário para itegral de f. Logo, com 0 < θ, θ < 1. Sedo f cotíua, tomado limite quado, obtém-se É importate observar que da fórmula de Newto-Leibiz resulta que se a < x < b tem-se permitido recostruir a fução f por meio de sua derivada. Cumpre registrar que o esio da Itegral de Lebesgue foi itroduzido os cursos de Matemática da FNFi da UB desde os aos 40 por José Abdelhay. Veja por exemplo José Abdelhay - Itrodução ao Estudo da Itegral de Lebesgue das Fuções Reais de uma Variável Real, Rev. Bras. Est. 13 ao IV (1943) pp

10 Dezembro 2004 Número 5 Ao Complemetos A resposta de Lebesgue para a validade da fórmula de Newto-Leibiz exige que a derivada seja limitada. Daí idagar-se se ão seria possível obter um coceito de itegral para o qual valesse a fórmula de Newto-Leibiz em codições mais gerais. De modo preciso, obter um coceito de itegral I b a f de modo que se f pertece à classe H(a, b) das fuções itegráveis com este coceito, for derivável, etao f pertece à classe H(a, b) e vale a fórmula de Newto-Leibiz Iicialmete este problema cetral da Aálise Matemática o iício do século XX foi resolvido por A. Dejoy em 1912 obtedo um coceito de itegral, cotedo o de Lebesgue e resolvedo o problema da recostrução de uma fução por meio de sua derivada, ou seja, a fórmula de Newto-Leibiz. Simultaeamete O. Perro em 1914, idealizou um processo de itegração cotedo o de Lebesgue e resolvedo o problema de recostrução da fução por meio de sua derivada (cf. I.P. Nathaso, Theory of Fuctios of a Real Variable, Vol. II, (1960) Fred. Ugar. Publ. Co. N.Y.). Os processos mecioados tiveram como motivação a itegral de Lebesgue. Em 1960 foi ivestigado por R. Hestock um processo de itegração com o objetivo da recostrução de uma fução por meio de sua derivada porém baseado os processos de Cauchy e Riea. Ele deomiou Itegral de Riema Geeralizado e muitos autores deomiam Itegral de Kurzweil-Hestock. Para as idéias iiciais cosulte-se R. Hestock - A Riema type itegral xvith Lebesgue power, Idia J. of Math. 20 (1968) pp Há uma excelete exposição em R.G. Bartle, Retur to the Riema Itegral, Amer. Math. Mothly (1966) pp J. Kurzweil, Geeralized ordiary differetial equatious ad cotiuous depedece ou a parameter, Czechoslovak Math. Joural (82) (1957) pp A seguir será feita, de modo sucito, a costrução da itegral de Hestock. Cosidere-se uma fução f: [a, b] R. Uma partição P a qual escolhe-se um poto t k em cada subitervalo ] x k-1, x k [ diz-se idexada. Deota-se por P = {[x k l, x k ],t k } 1 k uma partição idexada. Cosidere-se a soma de Riema de f, correspodete à P idexacla, dada por S(f, P) = (x k x k 1 ) f (t k ) k= 1 Itegral de Riema - Diz-se que um úmero I é a itegral ele Riema de f em [a, b], quado para cada ε > 0 existe uma costate δ ε > 0 tal que S(f,P) I < ε para toda partição P tal que sua amplitude máxima λ(p) < é δ ε. A grosso modo o coceito de itegral de Hestock cosiste em deixar o δ ε variável como uma fução em [a, b]. Para isto algumas defiições são fixadas.

11 22 Cadero Dá-Liceça Calibre sobre (a, b) - Deomia-se um calibre sobre ]a, b[ a uma qualquer fução δ: [a, b] R estritamete positiva. Partição δ-fia - Cosidere-se um calibre δ sobre ]a, b[ e P = {[x k l, x k ],t k } 1 k uma partição idexada de [a, b]. Diz-se que P é δ-fia quado 0 < x k-l - x k < δ(tk) para k= 1,2,...,. Demostra-se que cohecido um calibre existe uma partição δ-fia (veja R.A. Gordou, The itegrals of Lebesgue, Dejoy, Perro ad Hestock, AMS (1995), USA). Itegral de Riema Geeralizada (Hestock 1996) - Um úmero H deomia-se itegral de Riema Geeralizada da fução limitada f: [a, b] R, quado para cada ε > 0, existe um calibre δ ε sobre ]a, b[ tal que S(f,P) H < ε, para toda partiçao P = {[x k-l,x k ],t k } 1 k que seja δ ε fia. O úmero H com esta propriedade deomia-se itegral de Rierma geeralizada e represeta-se por Deota-se por R* (a, b) a classe das fuções f que possuem itegral de Riema geeralizada. Exemplos 1. A classe elas fuções itegráveis a Riera R (a, b) está cotida em R* (a, b). 2. Cosidere a fução caracteristica dos racioais de (0, 1) eleomimmada fução de Dirichlet. Represetado por x esta fução, obtém-se x(x) = 1 se x racioal e x(r) = 0 os outros potos de (0,1), os irracioais. Será demostrado que x R*(0,1) e De fato, o problema pricipal é defiir um calibre δ ε sobre (0, 1) para cada ε > O. Dado ε > 0 defie-se a fução real δ ε em [0, 1] do modo seguite: A fução δ ε é um calibre em ]0, 1[. Cosidere a partição idexada P = {[x k l, x k ],t k } 1 k

12 Dezembro 2004 Número 5 Ao 6 23 que seja δ ε fia, sedo δ ε acima defiida. Etão para x k 1 t k x k. Ver defiição de δ ε fia. Note-se que há, o máxio, dois subitervalos [x k 1,x k ] possuido r k para ídice cuja amplitude de cada um é meor ou igual a (ε / 2 k+1 ) Logo, a cotribuição para S(x, P) dos itervalos [x k 1,x k ] com t k = r k, para ídice de P, é meor ou igual a ε / 2 k. A cotribuição para S(x, P) das parcelas com ídice t k. irracioal é zero, pois x (t k ) = 0. Cosegüitemete: pala cada ε > 0. Isto prova que a x possui uma itegral de Riema geeralizada igual a zero. Não é verdade que se f R*(a, b) resulte que seu valor absoluto f perteça a R*(a, b). Isto ão acotece corri a itegral de Lebesgite. Sabe-se que se f é itegrável à Lebesgue em (a, b) o mesmo acotece com seu valor absoluto f e reciprocamete. A recostrução de uma fução f por meio de sua derivada com a itegral de Lebesgue exige que a derivada f seja limitada. Etretato o caso da itegral de Riema geeralizada este resultado é mais geral como pode ser visto a seguir. Teorema Fudametal. Supoha que f possua itegral de Riema geeralizada e seja derivável em [a, b]. Etão sua derivada f possui itegral de Riema geeralizada e vale a fórmula de Nexvto-Leibiz Demostração: Seja t [a, b] e f (t) = g(t), isto é, Portato, para cada ε > 0 existe δ ε (t) > 0 defiida para t [a, b] tal que tal que 0 < z t < δ ε (t).

13 24 Cadero Dá-Liceça Note-se que δ ε (t) assim obtido é um calibre em [a, b]. Da desigualdade aterior obtémse f(z) f(t) (z t)g(t) < ε z t, para todo z [a, b] tal que 0 < z t < δ ε (t). Portato, para a ξ t η b com 0 < η ξ < δ ε (t), resulta que Cosidere-se a partição idexada ele [a, b], da qual obtém-se: P = {[x k l, x k ],t k } 1 k f(b) f(a) = Σ(f(x k ) f(x k l )). k=1 Resulta que para todo ε > 0. Coclui-se que g = f possui itegral de Riema geeralizada e 4. Itegrais Impróprias Segudo Cauchy-Riema e Lebesgue No que ficou aalisado até aqui as fuções f: [a, b] R são defiidas em itervalos compactos. Supoha fuções do tipo f: [a, + [ R, em itervalos ão limitados. O que eteder-se-ia por itegral segudo Cauchy-Riema e Lebesgue? Iicia-se com a de Cauchy-Riema. Cosidere-se f: [a, + [ R e [a, b] cotido em [a, + [. Supõe-se que f restrita a cada subitervalo [a, b] seja itegrável segudo Cauchy-Riema. Resulta que a fução

14 Dezembro 2004 Número 5 Ao 6 25 é bem defiida em [a, + [. Quado existe lim g(b), fiito, diz se que f possui itegral imprópria segudo Cauchy-Riema em [a, + [ e deota-se: Aqui refere-se ao livro L.A. Medeiros - 5. Malta - J. Limaco - H.R. Clark Lições de Aálise Matemática, Parte 2, Complemetos e Exercícios, IM-UFRJ, No 55 op. cit. prova-se que a fução f: [0, [ R defiida por possui itegral imprópria segudo Cauchy-Riema em [0, + [. Para comparar com Lebesgue defie-se seu coceito de itegral imprópria. De fato, cosidere-se f: [a, + [ R. Deomia-se parte positiva f + e egativa f de f, as fuções defiidas em [a, + [ do modo seguite: Resulta que f + e f são positivas e f = f + + f Defie-se f, módulo de f, por f (x) = f(x), portato f = f + + f Cosidere-se f: [a, + [ R itegrável à Lebesgue em todo subitervalo [a, b] de [a, + [ As fuções ϕ + e ϕ defiidas em [a, + [ com valores em R, dadas por são positivas e crescetes. Se os limites de ambas forem fiitos defie-se

15 26 Cadero Dá-Liceça dizedo-se que f possui itegral imprópria segudo Lebesgue em [a, + [ e Por coseguite, quado existe a itegral imprópria segudo Lebesgue de f em [a, + [, resulta que também existe a itegral imprópria do módulo ele f, isto é, f = f + - f 1 dada por e reciprocamete. Cosidere a fução do exemplo aterior f(x) = se x se 0 < x < + e f(0)=1. x Como visto possui itegral imprópria segudo Cauchy-Riema, 55, op. cit.. Por outro lado, foi visto em 93 op. cit. que seu módulo f ão possui itegral imprópria segudo Lebesgue, logo f ão possui itegral imprópria segudo Lebesgue. 5. Certos Aspectos Históricos Prefere-se fixar como iício do estabelecimeto do coceito de itegral as ivestigações de Newto ( ) e Leibiz ( ). Estas cocepções são sitetizadas as duas seguites lihas de pesameto. Idealizada por Newto coro itegral idefiida, a omeclatura atual, ou como fução primitiva. Este deomia-se método descritivo. Cocebido por Leibiz como itegral defiida, isto é, como a área. Será deomiado método costrutivo. Segudo Newto uma fução real de variável real f deomia-se uma itegral idefiida ou primitiva quado possui derivada fiita igual a g, isto é: f = g. A fução g deomia-se a itegral de f em [a, b] e f(b) f(a) deomia-se a itegral de Newto de f em [a, b]. A teoria da itegral desevolveu-se, iicialmete, segudo as idéias de Newto como o iverso da derivada. Várias aplicações foram feitas a problemas de Mecâica e de Física, em geral. As idéias de Leibiz permaeceram estáticas. Etretato, Cauchy ( )

16 Dezembro 2004 Número 5 Ao 6 27 retorou à cocepção de Leibiz com o estudo da itegral a classe das fuções cotíuas em um itervalo [a, b]. De posse da oção de limite defiiu a oção de itegral para uma fução cotíua em [a, b] represetada por Posteriormcte o coceito de itegral de Cauchy foi estedido à classe das fuções quase cotíuas por Riema e Darboux. O passo decisivo a teoria da itegral foi dado em 1901 por Lebesgue ( ). A idéia geial de Lebesgue foi descrita a Itrodução do presete artigo. Vários são os processos de defiir a itegral de uma fução. Para acompahar sua evolução, vem orgaizado, a seguir, um quadro sióptico cotedo os métodos e os matemáticos evolvidos rio processo. O quadro foi orgaizado seguido três lihas de idéias: Newto, método descritivo; Leibiz, método costrutivo; Daiel, método axiomático. O quadro mostra a evolução o tempo. Note-se que há outros aspectos da evolução que ão figuram este quadro. Agradecimetos O autor agradece aos colegas Carla Lopes, Fracisco Vieira, Masa Ortegoza, professores do Istituto ele Matemática da UFF, pelas discussões costrutivas que teve sobre vários potos do presete texto.

17 Quadro Sióptico dos Métodos Matemáticos 29

Considerações finais

Considerações finais Cosiderações fiais Bases Matemáticas Defiições prelimiares Defiição 1 Dizemos que y é uma cota superior para um cojuto X se, para todo x X é, verdade que y x. Exemplo 1 os úmeros 2, 3, π e quaisquer outros

Leia mais

Preliminares 1. 1 lim sup, lim inf. Medida e Integração. Departamento de Física e Matemática. USP-RP. Prof. Rafael A. Rosales. 8 de março de 2009.

Preliminares 1. 1 lim sup, lim inf. Medida e Integração. Departamento de Física e Matemática. USP-RP. Prof. Rafael A. Rosales. 8 de março de 2009. Medida e Itegração. Departameto de Física e Matemática. USP-RP. Prof. Rafael A. Rosales 8 de março de 2009. 1 lim sup, lim if Prelimiares 1 Seja (x ), N, uma seqüêcia de úmeros reais, e l o limite desta

Leia mais

Medidas, integração, Teorema da Convergência Monótona e o teorema de Riesz-Markov

Medidas, integração, Teorema da Convergência Monótona e o teorema de Riesz-Markov Medidas, itegração, Teorema da Covergêcia Moótoa e o teorema de Riesz-Markov 28 de Agosto de 2012 1 Defiições de Teoria da Medida Seja (Ω, F, ν) um espaço de medida: isto é, F é σ-álgebra sobre o cojuto

Leia mais

1. Revisão Matemática

1. Revisão Matemática Sequêcias de Escalares Uma sequêcia { } diz-se uma sequêcia de Cauchy se para qualquer (depedete de ε ) tal que : ε > 0 algum K m < ε para todo K e m K Uma sequêcia { } diz-se ser limitada superiormete

Leia mais

AUTO AVALIAÇÃO CAPÍTULO I. 1. Assinale com V as proposições que considere verdadeiras e com F as que considere

AUTO AVALIAÇÃO CAPÍTULO I. 1. Assinale com V as proposições que considere verdadeiras e com F as que considere AUTO AVALIAÇÃO CAPÍTULO I. Assiale com V as proposições que cosidere verdadeiras e com F as que cosidere falsas : a. Sedo A e B cojutos disjutos, ambos majorados, os respectivos supremos ão podem coicidir

Leia mais

2.2. Séries de potências

2.2. Séries de potências Capítulo 2 Séries de Potêcias 2.. Itrodução Série de potêcias é uma série ifiita de termos variáveis. Assim, a teoria desevolvida para séries ifiitas de termos costates pode ser estedida para a aálise

Leia mais

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari MATEMÁTICA II Profa. Dra. Amada Liz Pacífico Mafrim Perticarrari amada@fcav.uesp.br O PROBLEMA DA ÁREA O PROBLEMA DA ÁREA Ecotre a área da região que está sob a curva y = f x de a até b. S = x, y a x b,

Leia mais

BÁRBARA DENICOL DO AMARAL RODRIGUEZ CINTHYA MARIA SCHNEIDER MENEGHETTI CRISTIANA ANDRADE POFFAL SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS. 1 a Edição

BÁRBARA DENICOL DO AMARAL RODRIGUEZ CINTHYA MARIA SCHNEIDER MENEGHETTI CRISTIANA ANDRADE POFFAL SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS. 1 a Edição BÁRBARA DENICOL DO AMARAL RODRIGUEZ CINTHYA MARIA SCHNEIDER MENEGHETTI CRISTIANA ANDRADE POFFAL SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS 1 a Edição Rio Grade 2017 Uiversidade Federal do Rio Grade - FURG NOTAS DE AULA DE CÁLCULO

Leia mais

S E Q U Ê N C I A S E L I M I T E S. Prof. Benito Frazão Pires. Uma sequência é uma lista ordenada de números

S E Q U Ê N C I A S E L I M I T E S. Prof. Benito Frazão Pires. Uma sequência é uma lista ordenada de números S E Q U Ê N C I A S E L I M I T E S Prof. Beito Frazão Pires Uma sequêcia é uma lista ordeada de úmeros a, a 2,..., a,... ) deomiados termos da sequêcia: a é o primeiro termo, a 2 é o segudo termo e assim

Leia mais

δ de L. Analogamente, sendo

δ de L. Analogamente, sendo Teoremas fudametais sobre sucessões Teorema das sucessões equadradas Sejam u, v e w sucessões tais que, a partir de certa ordem p, u w v lim u = lim v = L (fiito ou ão), a sucessão w também tem limite,

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral I Resolução do 2 ō Teste - LEIC

Cálculo Diferencial e Integral I Resolução do 2 ō Teste - LEIC Cálculo Diferecial e Itegral I Resolução do ō Teste - LEIC Departameto de Matemática Secção de Àlgebra e Aálise I.. Determie o valor dos seguites itegrais (i) e x se x dx x + (ii) x (x + ) dx (i) Visto

Leia mais

Sucessões. , ou, apenas, u n. ,u n n. Casos Particulares: 1. Progressão aritmética de razão r e primeiro termo a: o seu termo geral é u n a n1r.

Sucessões. , ou, apenas, u n. ,u n n. Casos Particulares: 1. Progressão aritmética de razão r e primeiro termo a: o seu termo geral é u n a n1r. Sucessões Defiição: Uma sucessão de úmeros reais é uma aplicação u do cojuto dos úmeros iteiros positivos,, o cojuto dos úmeros reais,. A expressão u que associa a cada a sua imagem desiga-se por termo

Leia mais

(i) (1,5 val.) Represente na forma de um intervalo ou de uma união disjunta de intervalos cada um dos conjuntos seguintes:

(i) (1,5 val.) Represente na forma de um intervalo ou de uma união disjunta de intervalos cada um dos conjuntos seguintes: Istituto Superior Técico Departameto de Matemática o TESTE DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I - Versão A MEAero o Sem. 0/3 0//0 Duração: h30m RESOLUÇÃO. 3,0 val. i,5 val. Represete a forma de um itervalo

Leia mais

Análise Matemática I 2 o Exame

Análise Matemática I 2 o Exame Aálise Matemática I 2 o Exame Campus da Alameda LEC, LET, LEN, LEM, LEMat, LEGM 29 de Jaeiro de 2003, 3 horas Apresete todos os cálculos e justificações relevates I. Cosidere dois subcojutos de R, A e

Leia mais

Séries de Fourier. As séries de Fourier são séries cujos termos são funções sinusoidais.

Séries de Fourier. As séries de Fourier são séries cujos termos são funções sinusoidais. Séries de Fourier As séries de Fourier são séries cujos termos são fuções siusoidais. Importâcia prática: uma fução periódica (em codições bastate gerais) pode ser represetada por uma série de Fourier;

Leia mais

Fundamentos de Análise Matemática Profª Ana Paula. Sequência Infinitas

Fundamentos de Análise Matemática Profª Ana Paula. Sequência Infinitas Fudametos de Aálise Matemática Profª Aa Paula Sequêcia Ifiitas Defiição 1: Uma sequêcia umérica a 1, a 2, a 3,,a,é uma fução, defiida o cojuto dos úmeros aturais : f : f a Notação: O úmero é chamado de

Leia mais

1. Definição e conceitos básicos de equações diferenciais

1. Definição e conceitos básicos de equações diferenciais Capítulo 7: Soluções Numéricas de Equações Difereciais Ordiárias. Itrodução Muitos feómeos as áreas das ciêcias, egearias, ecoomia, etc., são modelados por equações difereciais. Supoa-se que se quer determiar

Leia mais

Capítulo VII: Soluções Numéricas de Equações Diferenciais Ordinárias

Capítulo VII: Soluções Numéricas de Equações Diferenciais Ordinárias Capítulo VII: Soluções Numéricas de Equações Difereciais Ordiárias 0. Itrodução Muitos feómeos as áreas das ciêcias egearias ecoomia etc. são modelados por equações difereciais. Supoa-se que se quer determiar

Leia mais

DERIVADAS DE FUNÇÕES11

DERIVADAS DE FUNÇÕES11 DERIVADAS DE FUNÇÕES11 Gil da Costa Marques Fudametos de Matemática I 11.1 O cálculo diferecial 11. Difereças 11.3 Taxa de variação média 11.4 Taxa de variação istatâea e potual 11.5 Primeiros exemplos

Leia mais

Fundamentos de Análise Matemática Profª Ana Paula. Números reais

Fundamentos de Análise Matemática Profª Ana Paula. Números reais Fudametos de Aálise Matemática Profª Aa Paula Números reais 1,, 3, cojuto dos úmeros aturais 0,1,,3, cojuto dos úmeros iteiros p q /p e q cojuto dos úmeros racioais a, a 0 a 1 a a, a e a i 0, 1,, 3, 4,

Leia mais

Séquências e Séries Infinitas de Termos Constantes

Séquências e Séries Infinitas de Termos Constantes Capítulo Séquêcias e Séries Ifiitas de Termos Costates.. Itrodução Neste capítulo estamos iteressados em aalisar as séries ifiitas de termos costates. Etretato, para eteder as séries ifiitas devemos ates

Leia mais

Exponenciais e Logaritmos (MAT 163) - Notas de Aulas 2 Prof Carlos Alberto S Soares

Exponenciais e Logaritmos (MAT 163) - Notas de Aulas 2 Prof Carlos Alberto S Soares Expoeciais e Logaritmos (MAT 163) - Notas de Aulas 2 Prof Carlos Alberto S Soares 1 Prelimiares Lembremos que, dados cojutos A, B R ão vazios, uma fução de domíio A e cotradomíio B, aotada por, f : A B,

Leia mais

Sequências Reais e Seus Limites

Sequências Reais e Seus Limites Sequêcias Reais e Seus Limites Sumário. Itrodução....................... 2.2 Sequêcias de Números Reais............ 3.3 Exercícios........................ 8.4 Limites de Sequêcias de Números Reais......

Leia mais

Cálculo II Sucessões de números reais revisões

Cálculo II Sucessões de números reais revisões Ídice 1 Defiição e exemplos Cálculo II Sucessões de úmeros reais revisões Mestrado Itegrado em Egeharia Aeroáutica Mestrado Itegrado em Egeharia Civil Atóio Beto beto@ubi.pt Departameto de Matemática Uiversidade

Leia mais

Resolva os grupos do exame em folhas separadas. O uso de máquinas de calcular e telemóveis não é permitido. Não se esqueça que tudo é para justificar.

Resolva os grupos do exame em folhas separadas. O uso de máquinas de calcular e telemóveis não é permitido. Não se esqueça que tudo é para justificar. Eame em 6 de Jaeiro de 007 Cálculo ATENÇÃO: FOLHAS DE EXAME NÃO IDENTIFICADAS NÃO SERÃO COTADAS Cálculo / Eame fial 06 Jaeiro de 007 Resolva os grupos do eame em folhas separadas O uso de máquias de calcular

Leia mais

Notas de aula de Probabilidade Avançada

Notas de aula de Probabilidade Avançada Notas de aula de Probabilidade Avaçada Adilso Simois (professor) Tássio Naia dos Satos (aluo) primeiro semestre de 2012 compilado 2 de abril de 2012 Notas de aula de Tássio Naia dos Satos, aluo do curso

Leia mais

DESIGUALDADES, LEIS LIMITE E TEOREMA DO LIMITE CENTRAL. todas as repetições). Então, para todo o número positivo ξ, teremos:

DESIGUALDADES, LEIS LIMITE E TEOREMA DO LIMITE CENTRAL. todas as repetições). Então, para todo o número positivo ξ, teremos: 48 DESIGUALDADES, LEIS LIMITE E TEOREMA DO LIMITE CENTRAL LEI DOS GRANDES NÚMEROS Pretede-se estudar o seguite problema: À medida que o úmero de repetições de uma experiêcia cresce, a frequêcia relativa

Leia mais

Capítulo II - Sucessões e Séries de Números Reais

Capítulo II - Sucessões e Séries de Números Reais Capítulo II - Sucessões e Séries de Números Reais 2 Séries de úmeros reais Sabemos bem o que sigifica u 1 + u 2 + + u p = p =1 e cohecemos as propriedades desta operação - comutatividade, associatividade,

Leia mais

CAPÍTULO IV DESENVOLVIMENTOS EM SÉRIE

CAPÍTULO IV DESENVOLVIMENTOS EM SÉRIE CAPÍTUO IV DESENVOVIMENTOS EM SÉRIE Série de Taylor e de Mac-auri Seja f ) uma fução real de variável real com domíio A e seja a um poto iterior desse domíio Supoha-se que a fução admite derivadas fiitas

Leia mais

Cálculo III - SMA 333. Notas de Aula

Cálculo III - SMA 333. Notas de Aula Cálculo III - SMA 333 Notas de Aula Sumário 1 Itrodução 2 2 Seqüêcias Numéricas 6 2.1 Defiição, Exemplos e Operações........................ 6 2.2 Seqüêcias Limitadas e Ilimitadas........................

Leia mais

FUNÇÕES CONTÍNUAS Onofre Campos

FUNÇÕES CONTÍNUAS Onofre Campos OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA NÍVEL III SEMANA OLÍMPICA Salvador, 19 a 26 de jaeiro de 2001 1. INTRODUÇÃO FUNÇÕES CONTÍNUAS Oofre Campos oofrecampos@bol.com.br Vamos estudar aqui uma ova classe de

Leia mais

CÁLCULO DIFERENCIAL. Conceito de derivada. Interpretação geométrica

CÁLCULO DIFERENCIAL. Conceito de derivada. Interpretação geométrica CÁLCULO DIFERENCIAL Coceito de derivada Iterpretação geométrica A oção fudametal do Cálculo Diferecial a derivada parece ter sido pela primeira vez explicitada o século XVII, pelo matemático fracês Pierre

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral I 1 o Exame - (MEMec; MEEC; MEAmb)

Cálculo Diferencial e Integral I 1 o Exame - (MEMec; MEEC; MEAmb) Soluções da prova. Cálculo Diferecial e Itegral I o Eame - MEMec; MEEC; MEAmb de Juho de 00-9 horas I val.. i!! u!! do teorema das sucessões equadradas vem u 0 dado que ±!! 0. v / + l + / + l + /6 l Para

Leia mais

Capítulo I Séries Numéricas

Capítulo I Séries Numéricas Capítulo I Séries Numéricas Capitulo I Séries. SÉRIES NÚMERICAS DEFINIÇÃO Sedo u, u,..., u,... uma sucessão umérica, chama-se série umérica de termo geral u à epressão que habitualmete se escreve u u...

Leia mais

Cap. VI Histogramas e Curvas de Distribuição

Cap. VI Histogramas e Curvas de Distribuição TLF /11 Capítulo VI Histogramas e curvas de distribuição 6.1. Distribuições e histogramas. 6 6.. Distribuição limite 63 6.3. Sigificado da distribuição limite: frequêcia esperada e probabilidade de um

Leia mais

DERIVADAS. Professor Dr. Jair Silvério dos Santos * e n 2 =

DERIVADAS. Professor Dr. Jair Silvério dos Santos * e n 2 = MATEMATICA APLICADA A NEGÓCIOS 4, 3 (00) Cálculo Cálculo Diferecial e Itegral I DERIVADAS Professor Dr Jair Silvério dos Satos * Prova-se facilmete por idução fiita que para todo N, + + + i i ( + ) e +

Leia mais

Capítulo 3. Sucessões e Séries Geométricas

Capítulo 3. Sucessões e Séries Geométricas Capítulo 3 Sucessões e Séries Geométricas SUMÁRIO Defiição de sucessão Mootoia de sucessões Sucessões itadas (majoradas e mioradas) Limites de sucessões Sucessões covergetes e divergetes Resultados sobre

Leia mais

... Newton e Leibniz criaram, cada qual em seu país e quase ao mesmo tempo, as bases do cálculo diferencial.

... Newton e Leibniz criaram, cada qual em seu país e quase ao mesmo tempo, as bases do cálculo diferencial. DERIVADAS INTRODUÇÃO O Cálculo Diferecial e Itegral, criado por Leibiz e Newto o século XVII, torou-se logo de iício um istrumeto precioso e imprescidível para a solução de vários problemas relativos à

Leia mais

Método alternativo para calcular a constante de Apéry

Método alternativo para calcular a constante de Apéry SCIENTIA PLENA VOL. 7, NUM. 4 0 www.scietiaplea.org.br Método alterativo para calcular a costate de Apéry S. R. Cruz; J. B. Oliveira; D. T. Feitosa; C. M. Silva Departameto de Matemática, Uiversidade de

Leia mais

CÁLCULO I. Exibir o cálculo de algumas integrais utilizando a denição;

CÁLCULO I. Exibir o cálculo de algumas integrais utilizando a denição; CÁLCULO I Prof Edilso Neri Júior Prof Adré Almeida Aula o 9: A Itegral de Riema Objetivos da Aula Deir a itegral de Riema; Exibir o cálculo de algumas itegrais utilizado a deição; Apresetar fuções que

Leia mais

Ficha de Problemas n o 10: Séries (soluções)

Ficha de Problemas n o 10: Séries (soluções) Ficha de Problemas o 0: Séries (soluções) Séries Numéricas (Soluções). a) diverge, o termo geral ão tede para 0; b) série geométrica de razão e π, coverge uma vez que e π

Leia mais

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 1o Ao 00 - a Fase Proposta de resolução GRUPO I 1. Como a probabilidade do João acertar em cada tetativa é 0,, a probabilidade do João acertar as tetativas é 0, 0, 0, 0,

Leia mais

Conjuntos Infinitos. Teorema (Cantor) Se A é conjunto qualquer, #A #P(A). Mais precisamente, qualquer

Conjuntos Infinitos. Teorema (Cantor) Se A é conjunto qualquer, #A #P(A). Mais precisamente, qualquer Cojutos Ifiitos Teorema (Cator) Se A é cojuto qualquer, #A #P(A). Mais precisamete, qualquer f : A P(A) ão é sobrejetora. Cosequêcia. Existe uma herarquia de cojutos ifiitos. Obs. Existe uma bijeção etre

Leia mais

Alguns autores também denotam uma sequência usando parêntesis:

Alguns autores também denotam uma sequência usando parêntesis: Capítulo 3 Sequêcias e Séries Numéricas 3. Sequêcias Numéricas Uma sequêcia umérica é uma fução real com domíio N que, a cada associa um úmero real a. Os úmeros a são chamados termos da sequêcia. É comum

Leia mais

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 11.º Ano de escolaridade Versão 4

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 11.º Ano de escolaridade Versão 4 FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A º Teste º Ao de escolaridade Versão Nome: Nº Turma: Professor: José Tioco 9//8 Apresete o seu raciocíio de forma clara, idicado todos os cálculos que tiver de efetuar

Leia mais

A exponencial. Praciano-Pereira, Tarcisio

A exponencial. Praciano-Pereira, Tarcisio A expoecial Praciao-Pereira, Tarcisio 25 de jaeiro de 206 préprits da Sobral Matemática o. 206.0 Editor Tarcisio Praciao-Pereira tarcisio@member.ams.org Resumo Estou resolvedo, este artigo, a equação y

Leia mais

TEOREMA DE BAIRE. 1. Conceitos Preliminares Exemplos de Aplicações do Teorema de Baire 5 Referências 8

TEOREMA DE BAIRE. 1. Conceitos Preliminares Exemplos de Aplicações do Teorema de Baire 5 Referências 8 TEOREMA DE BAIRE JONAS RENAN MOREIRA GOMES BOLSISTA SANTANDER-USP Sumário 1. Coceitos Prelimiares 1 2. Defiição de Espaço de Baire 2 3. Exemplos de Aplicações do Teorema de Baire 5 Referêcias 8 Esse texto

Leia mais

Alguns autores também denotam uma sequência usando parêntesis:

Alguns autores também denotam uma sequência usando parêntesis: Capítulo 3 Sequêcias e Séries Numéricas 3. Sequêcias Numéricas Uma sequêcia umérica é uma fução real com domíio N que, a cada associa um úmero real a. Os úmeros a são chamados termos da sequêcia. É comum

Leia mais

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 12.º Ano Versão 2

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 12.º Ano Versão 2 FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A.º Ao Versão Nome: N.º Turma: Apresete o seu raciocíio de forma clara, idicado todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações ecessárias. Quado, para

Leia mais

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari MATEMÁTICA II Profa. Dra. Amada Liz Pacífico Mafrim Perticarrari amada@fcav.uesp.br Ecotre a área da região que está sob a curva y = f x de a até b. S = x, y a x b, 0 y f x Isso sigifica que S, ilustrada

Leia mais

Limite, Continuidade e

Limite, Continuidade e Módulo Limite, Cotiuidade e Derivação Este módulo é dedicado, essecialmete, ao estudo das oções de limite, cotiuidade e derivabilidade para fuções reais de uma variável real e de propriedades básicas a

Leia mais

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 12.º Ano Versão 3

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 12.º Ano Versão 3 FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A.º Ao Versão Nome: N.º Turma: Apresete o seu raciocíio de forma clara, idicado todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações ecessárias. Quado, para

Leia mais

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 11.º Ano de escolaridade Versão 3

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 11.º Ano de escolaridade Versão 3 FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A º Teste º Ao de escolaridade Versão Nome: Nº Turma: Professor: José Tioco 9//8 Apresete o seu raciocíio de forma clara, idicado todos os cálculos que tiver de efetuar

Leia mais

Provas de Matemática Elementar - EAD. Período

Provas de Matemática Elementar - EAD. Período Provas de Matemática Elemetar - EAD Período 01. Sérgio de Albuquerque Souza 4 de setembro de 014 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CCEN - Departameto de Matemática http://www.mat.ufpb.br/sergio 1 a Prova

Leia mais

Instituto de Matemática - UFRJ Análise 1 - MAA Paulo Amorim Lista 2

Instituto de Matemática - UFRJ Análise 1 - MAA Paulo Amorim Lista 2 Istituto de Matemática - UFRJ Lista. Sejam (x ), (y ) sequêcias covergetes, com x y,. Mostre que se tem lim x lim y. Sabemos das aulas teóricas que se uma sequêcia z verifica z 0, etão lim z 0 (caso exista).

Leia mais

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 12.º Ano Versão 4

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 12.º Ano Versão 4 FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A.º Ao Versão 4 Nome: N.º Turma: Apresete o seu raciocíio de forma clara, idicado todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações ecessárias. Quado, para

Leia mais

Sobre a necessidade das hipóteses no Teorema do Ponto Fixo de Banach

Sobre a necessidade das hipóteses no Teorema do Ponto Fixo de Banach Sobre a ecessidade das hipóteses o Teorema do Poto Fio de Baach Marcelo Lopes Vieira Valdair Bofim Itrodução: O Teorema do Poto Fio de Baach é crucial a demostração de vários resultados importates da Matemática

Leia mais

Cap. 4 - Estimação por Intervalo

Cap. 4 - Estimação por Intervalo Cap. 4 - Estimação por Itervalo Amostragem e iferêcia estatística População: cosiste a totalidade das observações em que estamos iteressados. Nº de observações a população é deomiado tamaho=n. Amostra:

Leia mais

Sucessões Reais. Ana Isabel Matos DMAT

Sucessões Reais. Ana Isabel Matos DMAT Sucessões Reais Aa Isabel Matos DMAT 8 de Outubro de 000 Coteúdo Noção de Sucessão Limite de uma Sucessão 3 Sucessões Limitadas 3 4 Propriedades dos Limites 4 5 Limites I itos 8 5. Propriedades dos Limites

Leia mais

Estudo da Função Exponencial e Função Logarítmica

Estudo da Função Exponencial e Função Logarítmica Istituto Muicipal de Esio Superior de Cataduva SP Curso de Liceciatura em Matemática 3º ao Prática de Esio da Matemática III Prof. M.Sc. Fabricio Eduardo Ferreira fabricio@fafica.br Estudo da Fução Expoecial

Leia mais

A DESIGUALDADE DE CHEBYCHEV

A DESIGUALDADE DE CHEBYCHEV A DESIGUALDADE DE CHEBYCHEV Quado se pretede calcular a probabilidade de poder ocorrer determiado acotecimeto e se cohece a distribuição probabilística que está em causa o problema, ão se colocam dificuldades

Leia mais

NOTAS DE AULA. Cláudio Martins Mendes

NOTAS DE AULA. Cláudio Martins Mendes NOTAS DE AULA SEQÜENCIAS E SÉRIES NUMÉRICAS Cláudio Martis Medes Primeiro Semestre de 2006 Sumário Seqüêcias e Séries Numéricas 2. Seqüêcias Numéricas............................... 2.2 Séries Numéricas..................................

Leia mais

SUCESSÕES E SÉRIES. Definição: Chama-se sucessão de números reais a qualquer f. r. v. r., cujo domínio é o conjunto dos números naturais IN, isto é,

SUCESSÕES E SÉRIES. Definição: Chama-se sucessão de números reais a qualquer f. r. v. r., cujo domínio é o conjunto dos números naturais IN, isto é, SUCESSÕES E SÉRIES Defiição: Chama-se sucessão de úmeros reais a qualquer f. r. v. r., cujo domíio é o cojuto dos úmeros aturais IN, isto é, u : IN IR u( ) = u Defiição: i) ( u ) IN é crescete IN, u u

Leia mais

Séries de Fourier. As séries de Fourier são séries cujos termos são funções sinusoidais.

Séries de Fourier. As séries de Fourier são séries cujos termos são funções sinusoidais. Séries de Fourier As séries de Fourier são séries cujos termos são fuções siusoidais. Importâcia prática: uma fução periódica (em codições bastate gerais) pode ser represetada por uma série de Fourier;

Leia mais

SUCESSÕES DE NÚMEROS REAIS. Sucessões

SUCESSÕES DE NÚMEROS REAIS. Sucessões SUCESSÕES DE NÚMEROS REAIS Sucessões Chama-se sucessão de úmeros reais ou sucessão em IR a toda a aplicação f do cojuto IN dos úmeros aturais em IR, f : IN IR f ( ) = x IR Chamamos termos da sucessão aos

Leia mais

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 12.º Ano Versão 1

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 12.º Ano Versão 1 FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A.º Ao Versão Nome: N.º Turma: Apresete o seu raciocíio de forma clara, idicado todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações ecessárias. Quado, para

Leia mais

Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI)

Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI) Faculdades Adamatieses Itegradas (FAI) www.fai.com.br BAZÃO, Vaderléa Rodrigues; MEIRA, Suetôio de Almeida; NOGUEIRA, José Roberto. Aálise de Fourier para o estudo aalítico da equação da oda. Omia Exatas,

Leia mais

Análise Infinitesimal II LIMITES DE SUCESSÕES

Análise Infinitesimal II LIMITES DE SUCESSÕES -. Calcule os seguites limites Aálise Ifiitesimal II LIMITES DE SUCESSÕES a) lim + ) b) lim 3 + 4 5 + 7 + c) lim + + ) d) lim 3 + 4 5 + 7 + e) lim + ) + 3 f) lim + 3 + ) g) lim + ) h) lim + 3 i) lim +

Leia mais

4 Teoria da Probabilidade

4 Teoria da Probabilidade 48 4 Teoria da Probabilidade Apresetam-se este capítulo coceitos de probabilidade e de estimação de fuções desidade de probabilidade ecessários ao desevolvimeto e compreesão do modelo proposto (capítulo

Leia mais

Aula 16. Integração Numérica

Aula 16. Integração Numérica CÁLCULO NUMÉRICO Aula 6 Itegração Numérica Itegração Numérica Aula 6 Itegração Numérica Cálculo Numérico 3/4 Itegração Numérica Em determiadas situações, itegrais são diíceis, ou mesmo impossíveis de se

Leia mais

Proposta de teste de avaliação

Proposta de teste de avaliação Proposta de teste de avaliação Matemática A. O ANO DE ESCOLARIDADE Duração: 90 miutos Data: CADERNO I (60 miutos com calculadora). Cosidere um plao em que está fixado um referecial ortoormado xoy, os vetores

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Matemática Departamento de Matemática

Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Matemática Departamento de Matemática Uiversidade Federal do Rio de Jaeiro Istituto de Matemática Departameto de Matemática Disciplia: Cálculo Diferecial e Itegral IV Uidades: Escola Politécica e Escola de Quimica Código: MAC 248 Turmas: Egeharias

Leia mais

Análise Complexa Resolução de alguns exercícios do capítulo 4

Análise Complexa Resolução de alguns exercícios do capítulo 4 Aálise Complexa Resolução de algus exercícios do capítulo 4. Caso de C0, 0, : Caso de C0,, + : Exercício º z z i i z + iz iz iz porque iz < i + z i +3 z. z z i i z + iz iz porque iz > iz i z 3 i 3 z..

Leia mais

ELECTROMAGNETISMO E ÓPTICA

ELECTROMAGNETISMO E ÓPTICA ELECTROMAGNETISMO E ÓPTICA NOTAS DE CURSO Prof. Resposável: Mário J. Piheiro Istituto Superior Técico 008 1 O electromagetismo estuda o efeito das cargas eléctricas em repouso ou em movimeto. Eistem dois

Leia mais

Mas o que deixou de ser abordado na grande generalidade desses cursos foi o estudo dos produtos infinitos, mesmo que só no caso numérico real.

Mas o que deixou de ser abordado na grande generalidade desses cursos foi o estudo dos produtos infinitos, mesmo que só no caso numérico real. Resumo. O estudo das séries de termos reais, estudado as disciplias de Aálise Matemática da grade geeralidade dos cursos técicos de liceciatura, é aqui estedido ao corpo complexo, bem como ao caso em que

Leia mais

Centro de Ciências Tecnológicas - CCT - Joinville Departamento de Matemática Lista 5 de Cálculo Diferencial e Integral II Sequências e Séries

Centro de Ciências Tecnológicas - CCT - Joinville Departamento de Matemática Lista 5 de Cálculo Diferencial e Integral II Sequências e Séries Cetro de Ciêcias Tecológicas - CCT - Joiville Departameto de Matemática Lista 5 de Cálculo Diferecial e Itegral II Sequêcias e Séries. Determie os quatro primeiros termos de cada uma das sequêcias dadas

Leia mais

Probabilidade II Aula 12

Probabilidade II Aula 12 Coteúdo Probabilidade II Aula Juho de 009 Desigualdade de Marov Desigualdade de Jese Lei Fraca dos Grades Números Môica Barros, D.Sc. Itrodução A variâcia de uma variável aleatória mede a dispersão em

Leia mais

(x a) f (n) (a) (x t) n dt. (x t) f (n) (t)

(x a) f (n) (a) (x t) n dt. (x t) f (n) (t) . Aula Resto e Teorema de Taylor revisitado. Seja f : D R uma fução e p,a (x) o seu poliómio de Taylor de grau. O resto de ordem foi defiido ateriormete como sedo a fução: R,a (x) := f(x) p,a (x). O resultado

Leia mais

AULA Subespaço, Base e Dimensão Subespaço.

AULA Subespaço, Base e Dimensão Subespaço. Note bem: a leitura destes apotametos ão dispesa de modo algum a leitura ateta da bibliografia pricipal da cadeira TÓPICOS Subespaço. ALA Chama-se a ateção para a importâcia do trabalho pessoal a realizar

Leia mais

Sumário. 2 Índice Remissivo 11

Sumário. 2 Índice Remissivo 11 i Sumário 1 Esperaça de uma Variável Aleatória 1 1.1 Variáveis aleatórias idepedetes........................... 1 1.2 Esperaça matemática................................. 1 1.3 Esperaça de uma Fução de

Leia mais

Séries e aplicações15

Séries e aplicações15 Séries e aplicações5 Gil da Costa Marques Fudametos de Matemática I 5. Sequêcias 5. Séries 5. Séries especiais 5.4 Arquimedes e a quadratura da parábola 5.5 Sobre a Covergêcia de séries 5.6 Séries de Taylor

Leia mais

Seqüências e Séries. Notas de Aula 4º Bimestre/2010 1º ano - Matemática Cálculo Diferencial e Integral I Profª Drª Gilcilene Sanchez de Paulo

Seqüências e Séries. Notas de Aula 4º Bimestre/2010 1º ano - Matemática Cálculo Diferencial e Integral I Profª Drª Gilcilene Sanchez de Paulo Seqüêcias e Séries Notas de Aula 4º Bimestre/200 º ao - Matemática Cálculo Diferecial e Itegral I Profª Drª Gilcilee Sachez de Paulo Seqüêcias e Séries Para x R, podemos em geral, obter sex, e x, lx, arctgx

Leia mais

n ) uma amostra aleatória da variável aleatória X.

n ) uma amostra aleatória da variável aleatória X. - Distribuições amostrais Cosidere uma população de objetos dos quais estamos iteressados em estudar uma determiada característica. Quado dizemos que a população tem distribuição FX ( x ), queremos dizer

Leia mais

Identifique todas as folhas Folhas não identificadas NÃO SERÃO COTADAS. Faculdade de Economia Universidade Nova de Lisboa EXAME DE CÁLCULO I

Identifique todas as folhas Folhas não identificadas NÃO SERÃO COTADAS. Faculdade de Economia Universidade Nova de Lisboa EXAME DE CÁLCULO I Idetifique todas as folhas Folhas ão idetificadas NÃO SERÃO COTADAS Faculdade de Ecoomia Uiversidade Nova de Lisboa EXAME DE CÁLCULO I Ao Lectivo 009-0 - º Semestre Eame Fial de ª Época em 0 de Jaeiro

Leia mais

UMA INTRODUÇÃO À TEORIA DE PONTOS CRÍTICOS

UMA INTRODUÇÃO À TEORIA DE PONTOS CRÍTICOS UMA INTRODUÇÃO À TEORIA DE PONTOS CRÍTICOS INTRODUÇÃO Carlos Herique Togo e Atôio Carlos Nogueira Hoje em dia, um dos mais produtivos e atraetes ramos da Matemática é a Teoria de Sigularidades A Teoria

Leia mais

FEUP - MIEEC - Análise Matemática 1

FEUP - MIEEC - Análise Matemática 1 FEUP - MIEEC - Aálise Matemática Resolução do exame de Recurso de 6 de Fevereiro de 9 Respostas a pergutas diferetes em folhas diferetes Justifique cuidadosamete todas as respostas. Não é permitida a utilização

Leia mais

1. Revisão Matemática

1. Revisão Matemática Se x é um elemeto do cojuto Notação S: x S Especificação de um cojuto : S = xx satisfaz propriedadep Uião de dois cojutos S e T : S T Itersecção de dois cojutos S e T : S T existe ; para todo f : A B sigifica

Leia mais

Sucessão ou Sequência. Sucessão ou seqüência é todo conjunto que consideramos os elementos dispostos em certa ordem. janeiro,fevereiro,...

Sucessão ou Sequência. Sucessão ou seqüência é todo conjunto que consideramos os elementos dispostos em certa ordem. janeiro,fevereiro,... Curso Metor www.cursometor.wordpress.com Sucessão ou Sequêcia Defiição Sucessão ou seqüêcia é todo cojuto que cosideramos os elemetos dispostos em certa ordem. jaeiro,fevereiro,...,dezembro Exemplo : Exemplo

Leia mais

F- MÉTODO DE NEWTON-RAPHSON

F- MÉTODO DE NEWTON-RAPHSON Colégio de S. Goçalo - Amarate - F- MÉTODO DE NEWTON-RAPHSON Este método, sob determiadas codições, apreseta vatages sobre os método ateriores: é de covergêcia mais rápida e, para ecotrar as raízes, ão

Leia mais

Universidade Federal Fluminense - UFF-RJ

Universidade Federal Fluminense - UFF-RJ Aotações sobre somatórios Rodrigo Carlos Silva de Lima Uiversidade Federal Flumiese - UFF-RJ rodrigouffmath@gmailcom Sumário Somatórios 3 Somatórios e úmeros complexos 3 O truque de Gauss para somatórios

Leia mais

O TEOREMA ERGÓDICO DE BIRKHOFF

O TEOREMA ERGÓDICO DE BIRKHOFF O TEOREMA ERGÓDICO DE BIRKHOFF BRUNO SANTIAGO Resumo. Neste artigo expositório discutiremos a prova clássica do teorema ergódico de Birkhoff, via o teorema ergódico maximal. Buscaremos explorar os sigificados

Leia mais

4 SÉRIES DE POTÊNCIAS

4 SÉRIES DE POTÊNCIAS 4 SÉRIES DE POTÊNCIAS Por via da existêcia de um produto em C; as séries adquirem a mesma relevâcia que em R; talvez mesmo maior. Isso deve-se basicamete ao facto de podermos ovamete formular as chamadas

Leia mais

4.2 Numeração de funções computáveis

4.2 Numeração de funções computáveis 4. Numeração de fuções computáveis 4.1 Numeração de programas 4.2 Numeração de fuções computáveis 4.3 O método da diagoal 4.4 O Teorema s-m- Teresa Galvão LEIC - Teoria da Computação I 4.1 4.1 Numeração

Leia mais

Esta folha é para si, arranque-a e leve-a consigo.

Esta folha é para si, arranque-a e leve-a consigo. Esta folha é para si, arraque-a e leve-a cosigo. Os aluos poderão ser pealizados por apresetação ilegível das resoluções (gatafuhos, riscos, hieróglifos, pituras rupestres, etc.) EXAME DE CÁLCULO I / Ao

Leia mais

Numeração de funções computáveis. Nota

Numeração de funções computáveis. Nota Numeração de fuções computáveis 4.1 Nota Os presetes acetatos foram baseados quase a sua totalidade os acetatos realizados pela Professora Teresa Galvão da Uiversidade de Porto para a cadeira Teoria da

Leia mais

Séries e Equações Diferenciais Lista 02 Séries Numéricas

Séries e Equações Diferenciais Lista 02 Séries Numéricas Séries e Equações Difereciais Lista 02 Séries Numéricas Professor: Daiel Herique Silva Defiições Iiciais ) Defia com suas palavras o coceito de série umérica, e explicite difereças etre sequêcia e série.

Leia mais

Desigualdades Clássicas

Desigualdades Clássicas Desigualdades Clássicas Márcio Nascimeto da Silva 9 de maio de 009 Resumo As desigualdades são de extrema importâcia as ciêcias. Sua utilização vai desde a estimativa de uma gradeza com um certo erro pré-defiido,

Leia mais

Induzindo a um bom entendimento do Princípio da Indução Finita

Induzindo a um bom entendimento do Princípio da Indução Finita Iduzido a um bom etedimeto do Pricípio da Idução Fiita Jamil Ferreira (Apresetado a VI Ecotro Capixaba de Educação Matemática e utilizado como otas de aula para disciplias itrodutórias do curso de matemática)

Leia mais

Aula 3 : Somatórios & PIF

Aula 3 : Somatórios & PIF Aula 3 : Somatórios & PIF Somatório: Somatório é um operador matemático que os permite represetar facilmete somas de um grade úmero de parcelas É represetado pela letra maiúscula do alfabeto grego sigma

Leia mais

(def) (def) (T é contração) (T é contração)

(def) (def) (T é contração) (T é contração) CAPÍTULO 5 Exercícios 5 (def) (T é cotração) a) aa Ta ( ) Ta ( 0) aa0, 0 Portato, a a aa0 (def) (def) (T é cotração) b) a3a Ta ( ) Ta ( ) TTa ( ( ) TTa ( ( 0)) (T é cotração) Ta ( ) Ta ( ) 0 aa0 Portato,

Leia mais