PROPOSTA DE UM MODELO PARA ANÁLISE DA ACESSIBILIDADE NO TRANSPORTE DE CARGAS
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- Marta Lameira
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1 PROPOSTA DE UM MODELO PARA ANÁLISE DA ACESSIBILIDADE NO TRANSPORTE DE CARGAS Alexadre Coelho Satos Programa de Pós-Graduação em Egehara Cvl - Trasportes Uversdade Federal do Espírto Sato Elaa Zadoade Departameto de Estatístca Uversdade Federal do Espírto Sato Vâa Barcellos Gouvêa Campos Mestrado em Egehara de Trasportes Isttuto Mltar de Egehara RESUMO Apesar de ão ser recete a abordagem do tema acessbldade como medda relevate a avalação dos sstemas de trasportes, este assuto ada se matém atual, pos possu aspectos ada ão devdamete explorados. É o caso específco de dcadores de acessbldade do trasporte de cargas fora do cotexto urbao. Por meo de uma revsão de lteratura buscou-se detfcar algus modelos de acessbldade utlzados em outros estudos. E a partr desta aálse, cosderado-se as característcas do trasporte de carga, propõe-se um modelo para aálse da acessbldade para este tpo de trasporte. ABSTRACT Studes o accessblty are very mportat as cocer the evaluato of trasport systems. It s ot a ew subect, however t keeps bee studed as there are may aspects whch rema uexplored. Most of the accessblty dcators are cocered to urba aspects of the trasportato systems, ad ot cocerg to freght trasport a regoal cotext. A lterature revew allowed the detfcato of some accessblty models used others studes. Thus, startg from ths aalyss, cosderg the freght trasport characterstcs, a model to evaluate the accessblty the cotext of regoal freght trasport, s proposed. 1. INTRODUÇÃO Estudos sobre a utlzação de meddas de acessbldade como ferrameta a avalação de sstemas de trasportes e da teração destes com os sstemas de atvdades, têm sdo desevolvdos ao logo de algumas décadas, sedo a maora das pesqusas drecoadas ao tratameto da movmetação de pessoas em áreas urbaas. Outros trabalhos, ada, baseado-se uma correlação postva etre o desempeho da fraestrutura de trasporte (ou acessbldade regoal) e íves de dcadores ecoômcos, abordam o tema em ível regoal. Observa-se este tratameto, prcpalmete, em estudos que tem como ceáro a Comudade Européa, que a partr da ufcação dos mercados teve como coseqüêca uma crescete preocupação em prover de adequada fra-estrutura as dversas regões, vsado o melhor fluxo de servços e mercadoras (Chsholm, 1985; Frost e Spece, 1995; Vckerma, 1996; Vckerma et al., 1997; Brusma e Retveld, 1998; Gutérrez et al., 1998). Coforme abordado em Saches (1996) e em Almeda e Goçalves (2000), as meddas de acessbldade são utlzadas como uma mportate ferrameta a avalação da acessbldade de dferetes categoras socas aos mas varados sstemas de atvdades. Torado-se útes para sugestão de estratégas a modelagem da localzação de facldades, a avalação da escolha modal em sstemas de trasportes, a avalação de íves de servços em algus sstemas e a descrção de ídces de eqüdade espacal em ambetes urbaos ou regoas. Por meo de uma revsão de lteratura, buscou-se detfcar algumas meddas de acessbldade utlzadas em outros estudos, e assocado-as às característcas do trasporte de
2 cargas reu-se subsídos para proposta de um modelo coveete ao trasporte de cargas em ível regoal. Na seqüêca são abordadas algumas característcas do tema acessbldade. Em seguda são apresetadas algumas poderações de possíves correlações etre meddas de acessbldade e o trasporte de cargas, aalsado os prcpas parâmetros que os compõe para etão propor um modelo coveete ao estudo em questão. Ada são mostrados algus resultados a partr de exemplos de ceáros smulados. 2. MEDIDAS DE ACESSIBILIDADE O tema acessbldade ocorre a lteratura há bastate tempo, sedo cosderado, de certa forma, tutvo e de terpretações varadas (Arruda, 1997). Idetfcam-se estas característcas os dversos trabalhos realzados ao logo dos aos, ode se ecotra uma abragete revsão de lteratura sobre este assuto. Destacam-se trabalhos como os de Joes (1981), Pooler (1995) e Raa Jr. (2000), ode se faz uma mportate abordagem hstórca destacado o poersmo de outros autores e as dversas varações as formulações da acessbldade. Têm-se ada, trabalhos como os de Hase (1959), Igram (1971) e Morrs et al. (1979), que são mportates referêcas a vestgação do tema. Mutas são as varações o coceto de acessbldade, ustfcadas pela dversdade de estudos realzados sobre o assuto e pelas partculardades de cada pesqusa. Raa Jr. et al. (1997), a busca por uma geeralzação do tema, apresetam a acessbldade como sedo uma medda do esforço para vecer uma separação espacal, para que o dvíduo ou grupo de dvíduos possa exercer suas atvdades, fazedo uso do sstema de trasporte exstete, de acordo com as oportudades apresetadas. Detro do obetvo deste trabalho cosdera-se que uma empresa que desea dstrbur a sua carga pode ser cosderada como um dvíduo o cotexto regoal. Observa-se, a lteratura, uma grade varedade de modelos de acessbldade, coveetemete modelada para cada stuação, sofredo os mas dversos arraos em suas formulações com o tuto de obter o melhor desempeho das mesmas, fazedo uso dos prcpas compoetes cosderados a composção dos modelos, tas como: separação espacal, fução mpedâca, atratvdade dos destos e ada um elemeto relatvo ao comportameto dos usuáros. No Quadro 1 pode-se verfcar algus modelos de acessbldade ecotrados a lteratura. Quadro 1: Exemplos de modelos de acessbldade utlzados em outros estudos Autor Formulação Varáves a acessbldade relatva etre um par de potos e (dada por alguma fução de Igram d mpedâca). (1971) A a umero de localzações exstetes detro A da área de estudo. d dstâca em lha reta etre as localdades e. umero de localzações exstetes detro Alle et al. 1 A (1993) 1 a da área de estudo. a tempo de vagem etre as zoas e.
3 Frost e Spece (1995) P Jauáro A (1995) Saches (1996) Raa Jr. et al. A A M C a L f(c ) W f(c ( ) α (1997) Des Dst Gutérrez et al. (1998) A N E W M D Almeda e exp ( λc Goçalves A (2000) D Saches e Ferrera A (2003) T m T ôbus M ) + βu ) P potecal ecoômco da zoa. M medda de atratvdade da zoa. C custos do trasporte etre as zoas e. a expoete freqüetemete assumdo gual a 1. A - acessbldade da zoa em relação às demas zoas de desto L - oferta de lugares o trasporte públco etre as zoas e - úmero de ós da rede f(c ) - fução mpedâca do tpo potêca versa W úmero de empregos a zoa. f(c ) exp β t ), com β 0,11 t tempo de vagem etre as zoas e. úmero de zoas. A - acessbldade da zoa ; Des - desdade populacoal em ; Dst - dstâca etre os cetródes das quadras e através do sstema váro; e α - expoete da fução potêca. A - acessbldade do ó ; N - mpedâca da rede etre o ó e o cetro de atvdade de desto ; E - dstâca Eucldaa etre os dos potos M - reda do desto. C - tempo de vagem etre as zoas e. D - úmero de vagas das escolas da zoa. U - utldade das escolas da zoa para usuáros da zoa. λ, β são parâmetros obtdos por calbração do modelo. A ível de acessbldade dos aluos resdetes a propredade ; T ôbus tempo de vagem etre a propredade e as escolas (veculo escolar); T m - tempo de vagem etre a propredade e as escolas pelo camho mímo (gual a automóvel) 3. ACESSIBILIDADE SOB A ÓTICA DO TRANSPORTE DE CARGAS Na formulação de uma medda de acessbldade são utlzadas algumas compoetes, que podem aparecer soladamete, represetado a própra medda, ou ada, como uma combação etre as mesmas. De uma maera geral, a busca por uma adequação ao trasporte de cargas, as varáves comumete ecotradas os modelos, possvelmete poderam ser adaptadas ao estudo em
4 questão. Assm, com relação a compoete separação espacal, gradezas como o tempo, custo e dstâca, também podem ser cosderadas a avalação do deslocameto da carga. No etato, cosderações relacoadas ao tpo da carga e à modaldade utlzada o trasporte, poderam ser mportates. Toma-se como exemplo, o tempo, que pode se torar um fator lmtate de grade relevâca a cosderação de determadas mercadoras. É o caso dos produtos hortfrutgraeros, que possuem uma alta perecbldade, resultado em estoques de gro rápdo e agldade as operações de trasporte e armazeagem, coforme abordado em Perera et al. (2002). Ou ada, em empresas que adotam estratégas de baxos íves de estoque vsado a redução de custos com armazeagem. Por outro lado quado se cosdera a otmzação de custos, ocasoada pela utlzação de uma dada modaldade o trasporte de determados carregametos, o tempo pode se torar um fator secudáro. Neste caso, a acessbldade podera ser avalada o cotexto de uma rede multmodal de cargas, detfcado a efcêca de cada opção modal dspoível ou avalado a cocorrêca etre regões de desto da carga. Coforme abordado por Kawamoto (1999), o trasporte de cargas, exste uma predomâca dos custos moetáros, dferetemete do que ocorre o trasporte de passageros, em que os chamados custos subetvos, tas como tempo de vagem, coforto, seguraça, detre outros, se sobressaem. O autor argumeta a ocorrêca deste fato, o trasporte de cargas, devdo à maora das varáves poderem ser assocadas ao custo moetáro, e porque os própros usuáros têm esta prátca. Coseqüêca da grade soma de recursos que ormalmete evolve o trasporte de cargas. Numa abordagem dferete, em que se busca eutralzar o efeto da localzação geográfca, Guterrez et al. (1998) avalam o trasporte de passageros detro do terrtóro espahol por rodovas e ferrovas em termos da efcêca da rede, através da relação mpedâca da rede e dstâca Eucldaa. Com a proposção deste modelo os autores argumetam que ão ecessaramete localdades mas afastadas dos destos terão baxa acessbldade. Para represetação da mpedâca por rodovas, os autores utlzaram a fluêca de varáves como o coefcete de qualdade da fra-estrutura e o coefcete de tráfego, o tempo de deslocameto. Os valores relacoados com o coefcete de qualdade da fra-estrutura varam coforme o tpo de va utlzada, e o coefcete de tráfego basea-se o tráfego médo dáro e o percetual de veículos pesados que trafegam pelas vas. Adaptações à movmetação da carga seram ecessáras o que se refere ao tpo da va utlzada para o escoameto, que depede das característcas ecotradas a área de estudo cosderada. Quato às característcas do tráfego, dados levatados sobre a movmetação a área estudada poderam ser utlzados sem maores cosderações. No tratameto da acessbldade pelo modal ferrováro, Guterrez et al. (1998) selecoaram varáves relacoadas com a quatdade de lhas utlzáves, capacdade dára das lhas utlzadas, freqüêca de tres e tempo de vagem, o que sera possível trasferr ao estudo de movmetação da carga. Também abordado a eutralzação do efeto de localzação geográfca, cta-se o trabalho de Saches e Ferrera (2003), ode é feta uma avalação do acesso das rotas dos aluos da área rural às escolas da área urbaa, fazedo uso da relação etre o tempo de vagem do veículo de
5 trasporte escolar rural e o tempo de vagem pelo camho mímo. Os autores avalam a acessbldade em fução do desempeho das rotas utlzadas o trasporte dos aluos, o que podera ser adaptado ao trasporte de mercadoras. Quato a compoete atratvdade do desto, exste certa flexbldade a escolha da medda de atratvdade do desto da carga, tedo em vsta a varedade de meddas ecotradas a lteratura e as partculardades dos estudos realzados. Aalsado a atratvdade, as poderações sobre a carga trasportada oretam-se em dos setdos. Em uma prmera abordagem faz-se referêca à carga destada ao mercado tero, cuas opções de desto podem varar etre cetros cosumdores, dústras de trasformação e cetras de dstrbução, detre outros. Neste setdo, as possíves varáves a serem cosderadas poderam ser do tpo: Produto Itero Bruto da regão de desto (PIB), reda méda, desdade de dústras, capacdade produtva, capacdade de armazeagem, demada, detre outras. Outra reflexão sera com relação à carga destada ao mercado extero. Desta maera, como desto da carga o terrtóro acoal, cosderam-se prcpalmete os termas de embarque da mercadora a ser exportada, como portos, por exemplo. Assm, varáves mportates seram aquelas relacoadas com o ambete dos termas, como: custos operacoas, capacdade de armazeagem, freqüêca de veículos, capacdade operacoal, ível de seguraça, demada, detre outras. A compoete comportametal é um parâmetro que depede do sstema de atvdades a ser aalsado. Faz-se ecessáro um levatameto da percepção dos usuáros dos sstemas de atvdades cosderados medate determadas stuações, que vram a fluecar suas decsões. Pesqusas deste tpo erqueceram o modelo de acessbldade devdo à avalação efetva dos sstemas cosderados, ão somete a exstêca do potecal de acesso, coforme abordado em Morrs et al. (1979). Porém, deve-se ressaltar que pesqusas de opão demadam tempo e recursos para sua realzação, o que pode torá-las váves, depededo do estudo desevolvdo. A compoete fução mpedâca agrega ao modelo o efeto da separação espacal etre os potos de orgem e desto, refletdo a facldade e/ou dfculdade de deslocameto etre as localdades. Assm como os demas estudos sobre acessbldade, para a movmetação da carga, também ão exstem ustfcatvas mas apropradas para a escolha da fução mpedâca. Têm-se assm, as prcpas opções ecotradas a revsão sobre acessbldade, detre elas: a fução potêca e a fução expoecal. 4. MODELO PROPOSTO PARA ANÁLISE DA ACESSIBILIDADE PARA O TRANSPORTE DE CARGAS A partr das aálses dos modelos de acessbldade e cosderado as característcas do trasporte de cargas, apreseta-se uma proposta de um modelo de aálse de acessbldade para o trasporte de cargas, em ível regoal. Precede à apresetação do modelo a detfcação dos parâmetros cosderados a composção do mesmo, assm como as poderações que oretaram a escolha destes parâmetros e das varáves utlzadas.
6 Cosderado que a acessbldade o trasporte de carga é aalsada sob a ótca de um pólo produtor, a compoete atratvdade etra em sua composção a partr da cosderação de uma varável que corpora a demada (D ) pelo carregameto, o desto () da vagem. Com sto, supõe-se que, para ocorrer um fluxo de carga a partr de determado pólo produtor (), deva exstr uma demada por esta mercadora em algum desto. Ocorre também, o fato desta varável servr tato aos fluxos drecoados ao mercado tero quato extero, e também flexblza sua utlzação para os dferetes tpos de carregametos. Com base o coceto de eutralzação do efeto da localzação geográfca, a compoete relacoada com o sstema de trasporte é serda o modelo com a fução de avalar a efcêca da rede de trasporte e a cofguração das facldades cosderadas a área em estudo, cosderado as dferetes opções de rotas exstetes. É represetada pela relação etre o tempo de vagem pratcado pelo trasportador etre orgem e desto (T ) e o tempo estmado de vagem (t ) uma determada rota. O coceto de eutralzação da fluêca da localzação espacal tora-se teressate o tratameto da movmetação da carga em ível regoal, tedo em vsta que exste o deseo de dspoblzar a carga os dferetes mercados, depedetemete dos cetros produtores estarem localzados em regões mas afastadas dos destos ou ão. Assm, a teração, etre a regão produtora e o desto da carga, é avalada em termos do desempeho da rota de trasporte utlzada, dcado que ão ecessaramete um local mas afastado terá sua acessbldade reduzda. Um elemeto relacoado às opções de trasporte da carga é serdo o modelo a partr da cosderação do úmero de rotas exstetes etre orgem e desto (r ). Cosdera-se ada, um parâmetro (α ) que podera o úmero de opções modas em fução da relação etre a meor (C m, ) e a maor (C max, ) tarfa de trasporte detre as dferetes possbldades de trasporte. Com a cosderação do parâmetro α, pretede-se poderar o efeto da possbldade de mas de uma opção de rotas de trasporte, etre orgem e desto, o resultado do modelo de acessbldade. Desta forma, pode ocorrer que para determado par orgem/desto, o fato de exstr mas de uma opção de rotas de trasporte terlgado-os, ão sea uma vatagem, a medda em que se aumeta a dfereça etre as tarfas de trasporte míma e máxma. Ou sea, uma rota de trasporte com uma tarfa muto alta em relação a outra deve ter uma meor fluêca a medda de acessbldade. Assm, a partr das cosderações acma, propõe-se a segute formulação do modelo de acessbldade: A D.r.α T D. t Ode: A : acessbldade relatva etre e ; D : demada pela carga o desto ; r : úmero de rotas de trasporte etre e ; T : tempo pratcado pelo trasportador o trasporte da carga etre e ; t : tempo estmado para o trasporte da carga etre e, cosderado boas codções; (1)
7 α : parâmetro que podera o valor de r etre e, obtdo a partr da fução: R 1 + r. C C m, max, em que: C m, : tarfa míma cosderada etre as opções de rotas dspoíves para o trasporte da carga de para ; e C max, : tarfa máxma cosderada etre as opções de rotas dspoíves para o trasporte da carga de para. Para evtar algumas dstorções os valores de α em fução do úmero de rotas cosderadas r, adotou-se as segutes restrções: α r ; se R > r α R; se R r Para stuações em que r > 2 faz-se a segute aálse: se R < (r 1); elma-se a rota de maor tarfa e calcula-se a expressão segute até a obteção de valores satsfatóros: R 1 + ( r 1 ). C C m, max, Com esta aálse teta-se evtar que rotas de trasporte com tarfas muto elevadas pealzem as demas opções de trasporte para determado par orgem/desto aalsado. 6. AVALIAÇÃO DO MODELO PROPOSTO Com o tuto de se avalar o modelo proposto foram elaborados algus ceáros smulados a partr da varação dos parâmetros que o compõem. Icalmete, as aálses foram fetas cosderado uma cofguração de rede mas smples, com uma orgem e um desto, varado algumas opções de tempo de vagem, tarfa de vagem e o úmero de opções de rotas de trasporte dspoíves. E posterormete, cosderou-se a varação do úmero de destos, e, por cosegute, a varação da demada coforme o desto da carga. Para cada stuação proposta fez-se varar, coforme dto aterormete, uma das varáves compoetes, matedo as demas fxas. Desta forma, as stuações propostas são: varação do úmero de rotas de trasporte (ceáros de 1 a 5), varação dos tempos de vagem (ceáros de 6 a 10), varação das tarfas de vagem (ceáros de 11 a 15) e varação do úmero de destos, sto é, varação da demada (ceáros de 16 a 20). O quadro 2 a segur apreseta todos os valores assumdos para as varáves compoetes em cada ceáro. (2) (3)
8 Quadro 2: Valores cosderados para composção dos ceáros smulados Ceáros r (T / t )/ r C m, / C max, D / ΣD 1 1; 2; 3; 4; 5 1 0, ; 2; 3; 4; 5 1,25 0, ; 2; 3; 4; 5 1,50 0, ; 2; 3; 4; 5 1,75 0, ; 2; 3; 4; 5 2,00 1, ; 1,25; 1,50; 1,75; 2 1, ; 1,25; 1,50; 1,75; 2 0, ; 1,25; 1,50; 1,75; 2 0, ; 1,25; 1,50; 1,75; 2 0, ; 1,25; 1,50; 1,75; 2 1, ,25 0,2; 0,4; 0,6; 0,8; ,50 0,2; 0,4; 0,6; 0,8; ,75 0,2; 0,4; 0,6; 0,8; ,00 0,2; 0,4; 0,6; 0,8; ,20 0,1; 0,3; 0,5; 0,7; 0, ,25 0,40 0,1; 0,3; 0,5; 0,7; 0, ,50 0,60 0,1; 0,3; 0,5; 0,7; 0, ,75 0,80 0,1; 0,3; 0,5; 0,7; 0, ,00 1,00 0,1; 0,3; 0,5; 0,7; 0,9 Estas stuações podem ser vsualzadas através dos gráfcos das Fguras 1, 2, 3 e 4, ode se observam as tedêcas de comportameto do modelo coforme os ceáros smulados. Observado o gráfco da Fgura 1, ota-se uma correlação postva etre a quatdade de opções modas exstete, etre um par orgem / desto, e os valores ecotrados para a acessbldade. Desta forma, se verfca uma tedêca de aumeto da acessbldade coforme o aumeto do úmero de opções de trasporte dspoíves para o deslocameto da carga. Atededo assm, a proposta do modelo de valorzar a quatdade de rotas exstetes. Acessbldade relatva Ceáro 1 Ceáro 2 Ceáro 3 Ceáro 4 Ceáro r Fgura 1: Comportameto do modelo coforme varação do úmero de rotas
9 Aalsado os resultados apresetados a Fgura 2 pode-se observar um decameto dos valores de A em relação à varação do tempo. Demostrado que quato maor a dfereça etre os tempos de vagem meor é o valor obtdo para a acessbldade, ou sea, quato mas efcete for a rede utlzada para o trasporte da carga, melhor será o valor da acessbldade. Ocorredo quado os tempos de vagem, realzado e estmado, forem próxmos. Acessbldade relatva Ceáro 6 Ceáro 7 Ceáro 8 Ceáro 9 Ceáro ,00 1,25 1,50 1,75 2,00 T / t Fgura 2: Comportameto do modelo coforme varação da compoete efcêca da rede A varação da tarfa tem fluêca dreta o parâmetro alfa, que podera a codção de se ter mas de uma opção modal. A Fgura 3 mostra a varação dos valores da acessbldade em fução das tarfas de trasporte smuladas. Quato mas próxma da udade estver, a relação etre as tarfas, maor será o peso do úmero de rotas o modelo e coseqüetemete mas elevado será o valor da acessbldade. Acessbldade relatva Ceáro 11 Ceáro 12 Ceáro 13 Ceáro 14 Ceáro ,20 0,40 0,60 0,80 1,00 C m / C max Fgura 3: Comportameto do modelo coforme varação de alfa
10 Observa-se ada, através da Fgura 3, que o ceáro 1 ão há varação os valores da acessbldade. Fato este, explcado pela codção de umodaldade cosderada o ceáro. Neste cotexto, a varação das tarfas ão fluecará o resultado da acessbldade, de acordo com as restrções adotadas para o parâmetro alfa, cometadas aterormete. Ocorrem também, os casos de multmodaldade, em que a partr de determados valores de tarfas, o valor da acessbldade tede a se mater costate. As stuações apresetadas aterormete são assocadas a apeas uma opção de desto. A cosderação de mas de um desto pode mplcar uma varação da demada coforme o desto e coseqüetemete o resultado fal da acessbldade, como pode ser verfcado pela Fgura 4. A medda em que ocorre um acréscmo a demada de um dado desto (), a acessbldade acompaha este crescmeto. Ou sea, quato maor a atratvdade de um determado desto, maor será seu peso a teração com a orgem da carga. Acessbldade relatva Ceáro 16 Ceáro 17 Ceáro 18 Ceáro 19 Ceáro ,1 0,3 0,5 0,7 0,9 D / Σ D Fgura 4: Comportameto do modelo coforme varação do úmero de destos 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS A proposta do modelo em questão se ortea prcpalmete pelas característcas do trasporte de cargas, das prcpas restrções operacoas e da ecessdade de se buscar ferrametas que possam vr a cotrbur com os tomadores de decsões a avalação de propostas de terveção a estrutura do sstema em estudo, cosderado as atvdades e a estrutura de trasportes exstetes. Neste setdo, etede-se que a proposção de um modelo adequado ao trasporte de cargas deva servr à avalação das dferetes opções de trasporte dspoíves e represetar de alguma forma as codções da fra-estrutura exstete, depedetemete do desto da carga. Possbltado a aálse da equdade espacal da regão aalsada. Cosdera-se que a aálse do comportameto do modelo para dferetes ceáros possbltou verfcar que seus resultados estão coeretes com o coceto de acessbldade, ou sea, de quato maor a facldade de trasporte e a atratvdade do desto, maor é a acessbldade de um pólo produtor, o caso do trasporte de carga.
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Alle, W. B.; Lu, D. e Sger, S. (1993) Accessblty measures of U.S. metropolta areas. Trasportato Research B, v. 27B,. 6, p Almeda, L. M. W. e Goçalves, M. B. (2000) Determação de Ídces de Acessbldade a Servços Escolares. Aas do XI Cogresso Paamercao de Egehara de Trâsto e Trasporte, PANAM, Gramado, p Brusma, F. e Retveld, P. (1998) The Accessblty of Europea Ctes: Theoretcal Framework ad Comparso of Approaches. Evromet ad Plag A, v. 30, p Chsholm, M. (1985) Accessblty ad Regoal Developmet Brta: Some Questos Arsg from Data o Freght Flows. Evromet ad Plag A, v. 17, p Frost, M. E. e Spece, N.A. (1995) The Redscovery of Accessblty ad Ecoomc Potetal: the Crtcal Issue of Self-Potetal. Evromet ad Plag A, v. 27, p Gutérrez, J.; Mozó, A. e Pñero, J. M. (1998) Accessblty, Network Effcecy ad Trasport Ifrastructure Plag. Evromet ad Plag A, v. 30, p Igram, D. R. (1971) The Cocept of Accessblty: A Search for a Operatoal Form. Regoal Studes, v. 5, p Jauáro, M. R. (1995) Procedmeto para determação de ídces de acessbldade de trasporte e tratameto cartográfco dos mesmos. Dssertação (Mestrado) - Isttuto Mltar de Egehara, Ro de Jaero - RJ. Joes, S. R. (1981) Accessblty Measures: A Lterature Revew. Trasport ad Road Research Laboratory, Departmet of the Evromet, Departmet of trasport. Laboratory Report 967, p Kawamoto, E. Aálse de Sstemas de Trasporte, São Carlos, Morrs, J. M.; Dumble, P. L. e Wga, M. R. (1979) Accessblty Idcators for Trasport Plag. Trasportato Research A, v. 13A, p Perera, G. S.; Fae, M. I.; Slva, R. A. P. e Satos, A. C. (2002) Plaeameto Logístco de Cetro de Dstrbução de Produtos Hortfrutgraeros. Aas do XII Cogresso Paamercao de Egehara de Trâsto e Trasporte, PANAM, Quto-Equador. CD-Rom. Pooler, J. A. (1995) The Use of Spatal Separato the Measuremet of Trasportato Accessblty. Trasportato Research A, v. 29A,. 6, p Raa Jr, A. A. (2000) Acessbldade e Mobldade a Estmatva de um Ídce de Potecal de Vages Utlzado Redes Neuras Artfcas e Sstemas de Iformações Geográfcas. Tese (Doutorado) - Escola de Egehara de São Carlos, Uversdade de São Paulo, São Carlos - SP. Raa Jr, A. A.; Slva, A. N. R. e Brodo, N. C. M. (1997) Comparação etre Meddas de Acessbldade para Aplcação em Cdades Brasleras de Médo Porte. Aas do XI Cogresso de Pesqusa e Eso em Trasportes, ANPET, Ro de Jaero, v. 2, p Saches, S. P. (1996) Acessbldade: Um Idcador do Desempeho dos Sstemas de Trasporte as Cdades. Aas do X Cogresso de Pesqusa e Eso em Trasportes, ANPET, Brasíla, v. 1, p Saches, S. P. e Ferrera, M. A. G. (2003) Avalação do Padrão de Acessbldade em Um Sstema de Trasporte de Aluos da Zoa Rural. Aas do XVII Cogresso de Pesqusa e Eso em Trasportes, ANPET, Ro de Jaero, v. 2, p Vckerma, R. (1996) Locato, Accessblty ad Regoal Developmet: The Apprasal of Tras-Europea Networks. Trasport Polcy, v. 2,. 4, p Vckerma, R.; Spekerma, K. e Wegeer, M. (1997) Accessblty ad Ecoomc Developmet Europe. Regoal Studes, v. 33,. 1, p Edereço dos autores: Alexadre Coelho Satos alecsatos@pd.ufes.br alexadrecsatos@yahoo.com.br Elaa Zadoade elaaz@cce.ufes.br elaazadoade@uol.com.br Vâa Barcellos Gouvêa Campos vaa@taurus.me.eb.br Uversdade Federal do Espírto Sato Mestrado em Egehara Cvl Trasportes Cetro Tecológco , Vtóra-ES Foe: (27) Isttuto Mltar de Egehara
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