um número finito de possibilidades para o resto, a saber, 0, 1, 2,..., q 1. Portanto, após no máximo q passos,



Documentos relacionados
Conjuntos Numéricos. Conjuntos Numéricos

AULA 1. 1 NÚMEROS E OPERAÇÕES 1.1 Linguagem Matemática

B ) 2 = ( x + y ) 2 ( ( ) 2 + 2( )( 31 8 MÓDULO 17. Radiciações e Equações

CONJUNTOS NUMÉRICOS NOTAÇÕES BÁSICAS. : Variáveis e parâmetros. : Conjuntos. : Pertence. : Não pertence. : Está contido. : Não está contido.

Matemática. Resolução das atividades complementares. M13 Determinantes. 1 (Unifor-CE) Sejam os determinantes A 5. 2 (UFRJ) Dada a matriz A 5 (a ij

Exercícios. setor Aula 25. f(2) = 3. f(3) = 0. f(11) = 12. g(3) = 14. Temos: 2x 1 = 5 x = 3 Logo, f(5) = 3 2 = 9

OPERAÇÕES ALGÉBRICAS

NÃO existe raiz real de um número negativo se o índice do radical for par.

EQUAÇÃO DO 2 GRAU ( ) Matemática. a, b são os coeficientes respectivamente de e x ; c é o termo independente. Exemplo: x é uma equação do 2 grau = 9

NOTA DE AULA. Tópicos em Matemática

Bhaskara e sua turma Cícero Thiago B. Magalh~aes

FUNÇÕES. Mottola. 1) Se f(x) = 6 2x. é igual a (a) 1 (b) 2 (c) 3 (d) 4 (e) 5. 2) (UNIFOR) O gráfico abaixo. 0 x

Propriedades Matemáticas

Os números racionais. Capítulo 3

Definição 1 O determinante de uma matriz quadrada A de ordem 2 é por definição a aplicação. det

Elementos de Análise - Lista 6 - Solução

Conjuntos Numéricos e Operações I

Professores Edu Vicente e Marcos José Colégio Pedro II Departamento de Matemática Potências e Radicais

Material envolvendo estudo de matrizes e determinantes

INE Fundamentos de Matemática Discreta para a Computação

Vestibular Comentado - UVA/2011.1

Números, Desigualdades e Valores Absolutos

EQUAÇÃO DO 2 GRAU. Seu primeiro passo para a resolução de uma equação do 2 grau é saber identificar os valores de a,b e c.

MATEMÁTICA BÁSICA 8 EQUAÇÃO DO 2º GRAU

Resoluções das atividades

- Operações com vetores:

Matemática I. Prof. Gerson Lachtermacher, Ph.D. Prof. Rodrigo Leone, D.Sc. Colaboração Prof. Walter Paulette. Elaborado por. Seção 2.

FUNÇÃO DO 2º GRAU OU QUADRÁTICA

Linhas 1 2 Colunas 1 2. (*) Linhas 1 2 (**) Colunas 2 1.

RESPOSTAS DA LISTA 2 - Números reais: propriedades algébricas e de ordem

Denominamos matriz real do tipo m x n a toda tabela formada por m x n números reais dispostos em m linhas e n colunas. Exemplos:

Roteiro da aula. MA091 Matemática básica. Divisão e produto. Francisco A. M. Gomes. Março de Exercícios

Apoio à Decisão. Aula 3. Aula 3. Mônica Barros, D.Sc.

ESTUDO SOBRE A INTEGRAL DE DARBOUX. Introdução. Partição de um Intervalo. Alana Cavalcante Felippe 1, Júlio César do Espírito Santo 1.

INTEGRAL DEFINIDO. O conceito de integral definido está relacionado com um problema geométrico: o cálculo da área de uma figura plana.

Área entre curvas e a Integral definida

x 0 0,5 0,999 1,001 1,5 2 f(x) 3 4 4,998 5,

Função Modular. x, se x < 0. x, se x 0

é: y y x y 31 2 d) 18 e) O algarismo das unidades de é igual a: a) 1 b) 3 c) 5 d) 7 e) 9

é: 31 2 d) 18 e) 512 y y x y

Aula 1 - POTI = Produtos Notáveis

Aula 27 Integrais impróprias segunda parte Critérios de convergência

Funções do 1 o Grau. Exemplos

EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES POLINOMIAIS

ACADEMIA DA FORÇA AÉREA PROVA DE MATEMÁTICA 2000

Prof. Jomar. matriz A. A mxn ou m A n

1 ÁLGEBRA MATRICIAL 1.1 TIPOS ESPECIAIS DE MATRIZES. Teorema. Sejam A uma matriz k x m e B uma matriz m x n. Então (AB) T = B T A T

MATRIZES E DETERMINANTES

Prof. Ms. Aldo Vieira Aluno:

Ângulo completo (360 ) Agora, tente responder: que ângulos são iguais quando os palitos estão na posição da figura abaixo?

outras apostilas de Matemática, Acesse:

Prova 1 Soluções MA-602 Análise II 27/4/2009 Escolha 5 questões

Exercícios. setor Aula 25

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA MAT ALGEBRA LINEAR I-A PROF.: GLÓRIA MÁRCIA

ÁLGEBRA LINEAR Equações Lineares na Álgebra Linear EQUAÇÃO LINEAR SISTEMA LINEAR GEOMETRIA DA ESQUAÇÕES LINEARES RESOLUÇÃO DOS SISTEMAS

Capítulo IV. Funções Contínuas. 4.1 Noção de Continuidade

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo. Módulo I: Cálculo Diferencial e Integral

Universidade Federal do Rio Grande FURG. Instituto de Matemática, Estatística e Física IMEF Edital 15 CAPES. FUNÇÕES Parte B

Cálculo de Limites. Sumário

xy 1 + x 2 y + x 1 y 2 x 2 y 1 x 1 y xy 2 = 0 (y 1 y 2 ) x + (x 2 x 1 ) y + (x 1 y 2 x 2 y 1 ) = 0

MÉTODO DA POSIÇÃO FALSA EXEMPLO

Estudo dos Logaritmos

1. Conceito de logaritmo

Gabarito CN Solução: 1ª Solução: 2ª Solução:

1. VARIÁVEL ALEATÓRIA 2. DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADE

MATEMÁTICA. Professor : Dêner Rocha. Monster Concursos 1

(x, y) dy. (x, y) dy =

Matemática A - 10 o Ano Ficha de Trabalho

Desigualdades - Parte II. n (a1 b 1 +a 2 b a n b n ) 2.

Resolução A primeira frase pode ser equacionada como: QUESTÃO 3. Resolução QUESTÃO 2 QUESTÃO 4. Resolução

Formas Quadráticas. FUNÇÕES QUADRÁTICAS: denominação de uma função especial, definida genericamente por: 1 2 n ij i j i,j 1.

2.4. Função exponencial e logaritmo. Funções trigonométricas directas e inversas.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Resumo. Nesta aula, utilizaremos o Teorema Fundamental do Cálculo (TFC) para o cálculo da área entre duas curvas.

PROFESSOR: EQUIPE DE MATEMÁTICA

3 Teoria dos Conjuntos Fuzzy

1 A Integral de Riemann

3. Cálculo integral em IR 3.1. Integral Indefinido Definição, Propriedades e Exemplos

36ª OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA PRIMEIRA FASE NÍVEL 2 (8º e 9º anos do Ensino Fundamental) GABARITO

Autómatos Finitos Determinísticos. 4.1 Validação de palavras utilizando Autómatos

Lista 5: Geometria Analítica

Integral. (1) Queremos calcular o valor médio da temperatura ao longo do dia. O valor. a i

3. Seja Σ um alfabeto. Explique que palavras pertencem a cada uma das seguintes linguagens:

Universidade Federal do Rio Grande FURG. Instituto de Matemática, Estatística e Física IMEF Edital 15 - CAPES MATRIZES

16.4. Cálculo Vetorial. Teorema de Green

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES PROF. JORGE WILSON

MATRIZES. 1) (CEFET) Se A, B e C são matrizes do tipo 2x3, 3x1 e 1x4, respectivamente, então o produto A.B.C. (a) é matriz do tipo 4 x 2

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Ministério da Educação

Revisão EXAMES FINAIS Data: 2015.

Incertezas e Propagação de Incertezas. Biologia Marinha

fundamental do cálculo. Entretanto, determinadas aplicações do Cálculo nos levam a formulações de integrais em que:

I REVISÃO DE CONCEITOS BÁSICOS

Recordando produtos notáveis

XXVIII OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA PRIMEIRA FASE NÍVEL 3 (Ensino Médio) GABARITO

Aplicações da Integral

Comprimento de arco. Universidade de Brasília Departamento de Matemática

IFRN Campus Natal/Central. Prof. Tibério Alves, D. Sc. FIC Métodos matemáticos para físicos e engenheiros - Aula 02.

Matemática. Resolução das atividades complementares. M24 Equações Polinomiais. 1 (PUC-SP) No universo C, a equação

Módulo e Equação Modular (valor absoluto)?

Utilizar tabelas de verdade para avaliar a validade do argumento

6.1: Séries de potências e a sua convergência

Transcrição:

Instituto de Ciêncis Exts - Deprtmento de Mtemátic Cálculo I Profª Mri Juliet Ventur Crvlho de Arujo Cpítulo : Números Reis - Conjuntos Numéricos Os primeiros números conhecidos pel humnidde são os chmdos inteiros positivos ou nturis Temos então o conjunto N,,3,4, { } Os números,, 3, 4, são chmdos inteiros negtivos A união do conjunto dos números nturis com os inteiros negtivos e o zero define o conjunto dos números inteiros que denotmos por Ζ 0, ±, ±, ± 3, ± 4, { } Os números d form q p, onde p e q são inteiros e q 0 são chmdos de frções e formm o conjunto dos números rcionis Denotmos por p Q ; p Ζ, q Ζ e q 0 q Cd número rcionl q p possui, tmém, um representção deciml Pr otê-l, st efetur divisão de p por q Por exemplo: 5 0,5, 0,4857 e 0,46, 4 7 onde rr cim dos lgrismos indic que quele grupo de lgrismos repete-se indefinidmente Dizemos, nesse cso, que se trt de um dízim periódic Oserve que, ddo o número rcionl q p, o dividirmos p por q, temos, em cd psso d divisão, pens um número finito de possiiliddes pr o resto, ser, 0,,,, q Portnto, pós no máximo q pssos, chegremos o resto zero, que é o que ocorre com 4, e representção deciml será finit, ou repetiremos lgum resto, que é o que ocorre com 7 e 5, qundo teremos um representção deciml n form de dízim periódic Reciprocmente, se x possuir um representção deciml finit ou for um dízim periódic, então x será um número rcionl Os exemplos seguir podem ser generlizdos pr dízims quisquer e permitem entender como oter um frção prtir de um representção deciml 5 Exemplo : 0,5 00 4 Exemplo : Como x 0, 4857 possui um período de 6 dígitos, multiplicmos por 0 6 pr oter 0 6 6 6 x 4857,4857 Assim, 0 x x 4857, de modo que ( 0 ) x 4857 e result 4857 4857 5873 443 x 6 0 999999 00 777 7 3 t Regr Gerl: x 0, 3 t, onde o denomindor tem tntos dígitos iguis 9 quntos 9999 forem os lgrismos do período (t, nesse cso)

Exemplo 3: Como os dois primeiros dígitos d prte deciml de x 0,46 não fzem prte do período, 6 43 5 multiplicmos x por 0 pr oter 0 x 4,6 4 0,6 4 4 ; portnto, 9 3 3 3 5 5 x 300 Existem números que não podem ser representdos n form q p, onde p e q são inteiros e q 0, ou sej, números cuj expnsão deciml não é finit e nem periódic, tis como,0000000000,,44, π 3,4597, e,7888 Estes números formm o conjunto dos números irrcionis que denotremos por Q C D união do conjunto dos números rcionis com o conjunto dos números irrcionis result o conjunto dos números reis, que denotremos por C R Q Q Temos tmém os números d form i, onde e são números reis e i, que constituem o conjunto dos números complexos denotdo por C i; R, R e i { } Oservção: As letrs N, Q, R e C são s iniciis ds plvrs número (ou nturl), quociente, rel e complexo, respectivmente A letr Z é inicil d plvr zhl, que signific número em lemão - O Corpo dos Números Reis No conjunto dos números reis introduziremos dus operções, chmds dição e multiplicção, s quis stisfzem os xioms seguir A dição fz corresponder cd pr de elementos, R su som R, enqunto multiplicção ssoci esses elementos o seu produto R - Axioms d dição A Associtividde: Quisquer que sejm,, c R, tem-se ( ) c ( c) A Comuttividde: Quisquer que sejm, R, tem-se A3 Elemento neutro: Existe 0 R tl que 0 0, qulquer que sej R A4 Simétrico: Todo elemento R possui um simétrico em R, denotdo por, tl que ( ) ( ) 0 - Axioms d multiplicção M Associtividde: Quisquer que sejm,, c R, tem-se ( ) c ( c) M Comuttividde: Quisquer que sejm, R, tem-se M3 Elemento neutro: Existe R tl que 0 e, qulquer que sej R M4 Inverso multiplictivo: Todo elemento 0 em R possui um inverso multiplictivo em R, denotdo por - ou /, tl que - - D - Axiom d distriutividde: Quisquer que sejm,, c R, tem-se ( c) c e ( ) c c c

Oservções: Outros conjuntos numéricos presentm-se munidos ds operções de dição e multiplicção, stisfzendo s nove proprieddes nteriormente referids Por exemplo, o conjunto Q dos números rcionis e o conjunto C dos números complexos Um conjunto K munido de dus operções stisfzendo os nove xioms nteriores é denomindo corpo Portnto, reltivmente às operções de dição e multiplicção, R é um corpo Tmém Q e C são corpos 3 Usndo os xioms A4 e M4 podemos definir sutrção e divisão de números reis - Sutrção: Se e são números reis, diferenç entre e, denotd por, é definid por ( ) A operção que ssoci cd pr de elementos, R su diferenç R chm-se sutrção - Divisão: Se e são números reis e 0, o quociente de por, denotdo por, é definido por chm-se divisão A operção que ssoci cd pr de elementos, R, com 0, o quociente R 3- Algums proprieddes que se deduzem dos xioms de corpo P O elemento neutro d dição em R é único Vmos supor que 0 e 0 são elementos neutros pr dição em R 0 é neutro e 0 R 0 0 0 ; 0 R e 0 é neutro 0 0 0 Logo, 0 0 Portnto o elemento neutro d dição em R é único P O elemento simétrico em R é único Vmos supor que e são simétricos de R Então: ' 0 [ ( )] ( ) ( ) 0 ( ) Portnto o elemento simétrico de R é único P3 O elemento neutro d multiplicção em R é único Vmos supor que e são elementos neutros pr multiplicção em R é neutro e R ; R e é neutro Logo, Portnto o elemento neutro d multiplicção em R é único P4 O elemento inverso em R é único Vmos supor que - e são inversos de R, 0 Então: ' ( - ) ( ) - - - Portnto o elemento inverso de R, 0, é único P5 Se R então 0 0 0 (0 0) 0 0 0 [ (0)] 0 0 [ (0)] 0 0 Logo, 0 0 3

P6 Se, R tis que 0 então 0 ou 0 Se 0, não temos nd mostrr Vmos supor, então, 0 Assim existe - R e otemos: 0 - () - 0 ( - ) 0 0 0 P7 Se,, c R então, c c c ( ) c [ ( )] c [( ) ] c 0 c c c ( ) ( ) ( c) ( ) [( ) ] c 0 c c P8 Se,, c R, com 0, então, c c c c c ( ) c ( ) ( c) ( ) c c c c c c P9 Se,, c R então, c c c c ( c) ( c) ( c) ( c) [c ( c)] [c ( c)] 0 0 P0 Se,, c R, com c 0, então, c c c c (c)c - (c)c - (cc - ) (cc - ) P Se, R então, ( ) ; ( ) ; ( ) ( ) ( ); ( ) ( ) ) ( ) ( ) [( ) ] 0 0; logo o simétrico de é ( ), ou sej, ( ) ) ( ) 0; logo o simétrico de ( ) é, isto é, ( ) 3) ( ) [( ) ] 0 0; logo ( ) é o simétrico de, isto é, ( ) () ( ) [( ) ] 0 0; logo ( ) é o simétrico de, ou sej, ( ) () 4) ( )( ) [( )] [ ()] P Se, R então, se, e somente se, ± 0 0 ou 0 ou 4- Desigulddes e sus proprieddes - Axiom de Ordem ( ) ( ) 0 No conjunto dos números reis, existe um suconjunto denomindo de conjunto dos números positivos tl que s seguintes condições são stisfeits: (i) ddo R, extmente um ds três lterntivs seguintes ocorre: ou 0, ou é positivo ou é positivo; (ii) som de dois números positivos é positiv; (iii) o produto de dois números positivos é positivo 4

- Definições O número rel é negtivo se, e somente se, é positivo Os símolos < (menor que) e > (mior que) são definidos como segue: (i) < é positivo; (ii) > é positivo 3 Os símolos (menor que ou igul ) e (mior que ou igul ) são definidos como segue: (i) < ou ; (ii) > ou 4 Expressões envolvendo os símolos <, >, ou são chmds desigulddes Expressões do tipo < e > são desigulddes estrits, enqunto e são desigulddes não estrits - Proprieddes Sejm,, c e d números reis P > 0 é positivo > 0 0 é positivo é positivo P < 0 é negtivo < 0 0 é positivo é positivo é negtivo P3 > 0 < 0 > 0 é positivo é negtivo < 0 P4 < 0 > 0 < 0 é negtivo é positivo > 0 P5 Se R e 0 então > 0 Em prticulr, > 0 Como R e 0 temos, pelo xiom de ordem, que > 0 ou > 0 Tmém pelo xiom de ordem otemos que se > 0 então > 0 e se > 0 então ( )( ) > 0 Em prticulr, 0 e ; logo > 0 P6 Ddos, R, ocorre extmente um ds lterntivs seguintes: ou, ou < ou > Sendo, R então R e, pelo xiom de ordem, temos: ou 0, ou > 0 ou ( ) > 0 Assim, ou, ou < ou > P7 Se < e < c então < c < e < c > 0 e c > 0 ( ) (c ) > 0 c > 0 < c P8 Se < então c < c < > 0 c c > 0 ( c) ( c) > 0 c < c 5

P9 Se < e c > 0 então c < c < e c > 0 > 0 e c > 0 c ( ) > 0 c c > 0 c < c P0 Se < e c < 0 então c > c Em prticulr, < é equivlente > < e c < 0 > 0 e c > 0 ( )( c) > 0 c c > 0 c > c P Se < e c < d então c < d < e c < d > 0 e d c > 0 ( ) (d c) > 0 ( d) ( c) > 0 c < d P Se 0 < < e 0 < c < d então c < d < e c > 0 c < c c < d e > 0 c < d Logo, c < d P3 Se > 0 e < 0 então < 0 > 0 e < 0 > 0 e > 0 ( ) > 0 () > 0 < 0 P4 Se > 0 então - > 0 Segue-se que > 0 e > 0 implic > 0 Como > 0 e - > 0 então - > 0, pois se - 0 então - 0 0 e se - < 0 então - < 0 Se > 0 e > 0 então > 0 e - > 0; logo > 0 P 5 Se 0 < < então - < - Logo, - < - - Oservções: ( ) ( ) ( ) > 0 As proprieddes P7 P5 válids pr relção < tmém são válids pr s relções >, e É evidente que se R então, e ddos, R, tem-se se, e somente se, e Um corpo ordendo é um corpo K no qul se destc um suconjunto P K, chmdo o conjunto dos elementos positivos de K, tl que s seguintes condições são stisfeits: P Ddo x K, extmente um ds três lterntivs seguintes ocorre: ou x 0, ou x P ou x P P A som e o produto de elementos positivos são positivos, ou sej, se x, y P então x y P e xy P Os elementos x de K tis que x P chmm-se negtivos Portnto, R e Q são corpos ordendos 3 Num corpo ordendo K, se 0 então P De fto, sendo 0, ou P ou P No primeiro cso, P No segundo cso, ( )( ) P, pois vlem s mesms regrs de sinis vists pr o conjunto R Em prticulr, num corpo ordendo é sempre positivo e, segue que, é negtivo Portnto, num corpo ordendo, não é qudrdo de elemento lgum Assim, concluímos que C não é ordendo 6

4 Geometricmente, o conjunto dos números reis pode ser visto como um ret, trvés de um correspondênci entre os números reis e os pontos d ret Pr tnto, escolhemos um ponto ritrário d ret, que denominmos origem, e um unidde de medid A origem fic em correspondênci com o número 0 (zero) N semi-ret d direit representmos os números reis positivos e, n semi-ret d esquerd, os números reis negtivos Ess ret, provid d origem e d correspondênci com os números reis, costum ser denomind ret rel e denotd, tmém, por R N correspondênci com ret rel, < signific que fic à esquerd de 5- Vlor soluto de um número rel Se quisermos oter, pr cd número rel x, distânci entre x e origem, devemos considerr os seguintes csos: Nos dois primeiros csos, dizemos que distânci entre x e 0 é o próprio x No terceiro cso, distânci é x - Definição O vlor soluto (ou módulo) de um número rel x, denotdo por x, é definido por: x x, se x 0 x, se x < 0 De cordo com definição temos que se x R então x 0, e x 0 se, e somente se, x 0 Além disso, se x R, ou x e x são mos zero, ou um é positivo e o outro é negtivo Aquele, dentre x e x, que não for negtivo, é x Logo, x é o mior dos elementos x e x, ou sej, x máx { x, x} x x x Temos, portnto, x x e x x Est últim desiguldde pode ser escrit x x e otemos Pelo que vimos, geometricmente, o vlor soluto de um número rel x é distânci entre x e 0 (zero) Pr encontrrmos distânci entre dois números reis e quisquer, devemos nlisr três situções possíveis pr pontos e ritrários d ret rel: No primeiro cso, como > 0, temos ; no segundo cso, como 0, temos 0 ; no terceiro cso, como < 0, temos ( ) Assim, em qulquer cso, temos distânci entre e 7

- Proprieddes P Pr todo R temos Como é um dos elementos ou - então Logo, ou ( ) P Se R então Se 0 então 0 e 0 Se > 0 então < 0; ssim ( ) Se < 0 então > 0; segue que Portnto, e e P3 Se x então x ou x, onde x, R e 0 Como x e x é um dos elementos x ou x então x ou x Logo, x ou x P4 Se, R e então ou Como ou, ou e então ou P5 x < se, e somente se, < x <, onde x, R e > 0 x mx { x, x} < x < e x < x < e x > < x < P6 x se, e somente se, x, onde x, R e > 0 Demonstrção nálog P5 P7 x > se, e somente se, x > ou x <, onde x, R e > 0 ( ) ( ) Como Se x > x > e x x ou x e como x x temos então x > ou x > Se x < x > ; logo x > então x > ou x < e como x x otemos x > P8 x se, e somente se, x ou x, onde x, R e > 0 Demonstrção nálog P7 P9 Se, R então ( ) ( ) ± Como e são reis não negtivos otemos 8

P0 Se, R e 0 então Inicilmente vmos mostrr que De fto, ; ssim é o inverso multiplictivo de, ou sej, Logo, Portnto, P Se, R então (Desiguldde tringulr) Se 0, é clro que Se 0 ou 0, temos: ( ) e P Se, R então ( ) P3 Se, R então Se, é clro que Se, temos: ( ) ( ) Assim otemos: Logo, e, portnto, P4 Se,, c R então c c c c c P5 Se R então Explicção: Ddos um número rel 0 e um número nturl n, demonstr-se que sempre existe um único rel positivo ou nulo tl que n Ao número chmmos riz n-ésim de e indicmos por n, onde é chmdo rdicndo, o símolo é o rdicl e n é o índice 9

Por exemplo: 5 3, pois 5 7 3 0 0, pois 0 7 0 9 3, pois 3 9 6, pois 6 Conseqüêncis: D definição decorre que n ( ) n 3 Pel definição temos que 36 6 e não 36 ± 6 Ms, 8, 4, ± 9 ± 3 são sentençs verddeirs, onde o rdicl não é o cusdor do sinl que o ntecede 3 Note que no cálculo d riz qudrd de um qudrdo perfeito temos: De fto, é, por definição, o único número rel positivo ou nulo que elevdo o qudrdo result Como e 0, segue que Por exemplo, ( 5) 5 5 e não ( 5) 5 6- Intervlos - Definições Sejm e números reis, com Os nove suconjuntos de R definidos seguir são chmdos intervlos: [, ] { x R; x }, (, ] { x R; x }, (, ) { x R; < x < }, (, ) { x R; x < }, [, ) { x R; x < }, [, ) { x R; x}, (, ] { x R; < x }, (, ) { x R; < x}, (, ) R, é erto, é é semi-, pode ser Os qutro intervlos d esquerd são limitdos, com extremos e : [, ] é um intervlo fechdo, ( ) [, ) é fechdo à esquerd, (, ] é fechdo à direit Os cinco intervlos d direit são ilimitdos: (,] semi-ret esquerd, fechd, de origem ; (,) é semi-ret esquerd, ert, de origem ; [, ) ret direit, fechd, de origem ; (, ) é semi-ret direit, ert, de origem ; ( ) considerdo erto ou fechdo Qundo, o intervlo fechdo [ ] [, ] { }, chm-se um intervlo degenerdo, e os outros três intervlos d esquerd, neste cso, são vzios, reduz-se um único elemento - Oservções: Os símolos (lei-se menos infinito) e (lei-se mis infinito) não representm números reis Todo intervlo não-degenerdo é um conjunto infinito e contém números rcionis e números irrcionis 0

7- Exemplos Encontre um número rcionl c e um número irrcionl d tis que < c < d <, pr os números reis e ddos, com < ) e 4 3 ) 0,99437 e 0,99438 c) 0,87479 e 0,874799 d) 0,00000 e 0, 00000 O resultdo d som de dois números irrcionis é um número irrcionl Verifique se é verddeir ou fls ess firmção, justificndo su respost 3 Encontre os números reis que stisfçm s desigulddes ixo Fzer representção gráfic n ret rel ) 3x < 5x 8 ) 4 < 3x 0 7 c) >, x 0 x x d) < 4, x 3 x 3 e) (x 3) (x 4) > 0 4 Resolv s seguintes equções: ) 3 x 5 ) x 4x 3 c) 5x 4 3 d) x x 4x 5 Encontre os números reis que stisfçm s seguintes desigulddes: ) x 5 < 4 3 x ) 4, x x c) 3 x > 5 8- Exercícios Págins 0 e do livro texto