INCLUSÃO DE DISCENTES COM DEFICIÊNCIA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR

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1 INCLUSÃO DE DISCENTES COM DEFICIÊNCIA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR Josenilde Oliveia Peeia; Thelma Helena Costa Chahini Mestanda em Educação; Pós-Doutoa em Educação Especial Univesidade Fedeal do Maanhão, Resumo Este estudo teve po objetivo geal investiga o pocesso de inclusão dos discentes com deficiência na Educação Supeio, tomando como efeência de análise as políticas institucionais de acessibilidade desenvolvidas pela Univesidade Fedeal do Maanhão UFMA a pati do Núcleo de Acessibilidade. Desenvolveu-se uma pesquisa exploatóia, descitiva. Os paticipantes foam 6 discentes atendidos sistematicamente pelo Núcleo, no qual se destacam os discentes com deficiência visual e os com deficiência auditiva e/ou com sudez, segmentos, esses, que mais demandam os seviços especializados do efeido Núcleo. Os instumentos de coleta de dados foam obsevação não paticipante e entevistas semiestutuadas. Os esultados apontam que apesa da existência de baeias que impedem a paticipação plena dos discentes com deficiência na univesidade, o seviço de apoio disponibilizado pelo Núcleo constitui um ecuso fundamental paa assegua aos efeidos discentes, êxito duante suas pemanências na Educação Supeio. Palavas-chave: Educação supeio. Discentes com deficiência. Inclusão Tabalho deivado de Pesquisa de Mestado em Educação pela UFMA. 1 Intodução Na pespectiva de assegua uma política de acessibilidade no âmbito das Instituições Fedeais de Educação Supeio IFES, o goveno fedeal, po meio do Pogama Inclui, o qual é executado po paceia ente a Secetaia de Educação Supeio SESu e a Secetaia de Educação Continuada, Alfabetização, Divesidade e Inclusão SECADI, estabelece a ciação e consolidação de núcleos de acessibilidade nas univesidades fedeais. Nesse sentido, o Pogama Inclui, no peíodo de 2005 a 2011 concetizou-se, confome o seu Documento Oientado (BRASIL, 2013), atavés de chamadas públicas, nas quais as instituições fedeais de educação supeio deveiam esponde aos editais do MEC com pojetos de ciação e consolidação dos Núcleos de Acessibilidade, identificando, paa tanto, baeias físicas e aquitetônicas, pedagógicas, comunicacionais e atitudinais, bem como estabelecendo estatégias de enfentamento.

2 A pati de 2012 o MEC, po meio da SECADI e SESu, apoia os pojetos das Instituições Fedeais de Educação Supeio com apote financeio, numa foma de institucionaliza ações de política de acessibilidade na Educação Supeio, atavés dos Núcleos (BRASIL, 2013) Confome o Ministéio da Educação (BRASIL, 2015), o Pogama de Acessibilidade na Educação Supeio INCLUIR visa popo: ações que gaantem o acesso pleno de pessoas com deficiência às instituições fedeais de ensino supeio (Ifes), tendo como pincipal objetivo fomenta a ciação e a consolidação de núcleos de acessibilidade nas Ifes, os quais espondem pela oganização de ações institucionais que gaantam a integação de pessoas com deficiência à vida acadêmica, eliminando baeias compotamentais, pedagógicas, aquitetônicas e de comunicação. Nesse contexto, questiona-se como o pocesso de inclusão dos discentes com deficiência na UFMA vem se desenvolvendo no contexto dos seviços de apoio do Núcleo de Acessibilidade? Paa da conta de esponde ao poblema levantado, elencou-se como objetivo geal investiga o pocesso de inclusão dos discentes com deficiência na educação supeio, tomando como efeência de análise as políticas institucionais de acessibilidade desenvolvidas pela Univesidade Fedeal do Maanhão UFMA a pati do Núcleo de Acessibilidade. 2 Método Desenvolveu-se uma pesquisa exploatóia, descitiva, com 06 discentes com deficiência, atendidos sistematicamente pelo Núcleo de Acessibilidade da UFMA. Dente esses, 05 possuem baixa visão e 01 é sudo. Sendo 05 discentes do sexo masculino e 01 do sexo feminino, maticulados nos cusos de Seviço Social, Históia Licenciatua, Educação Física, Geogafia Bachaelado, Engenhaia Química e Famácia, com faixa etáia ente 24 a 38 anos. A pati de uma análise cítico-eflexiva, busca-se compeende como o pocesso de inclusão de pessoas com deficiência tem se efetivado na UFMA, tendo em vista que desde 2007 a efeida instituição, po meio de ações afimativas, tem esevado uma vaga paa pessoas com deficiência nos divesos cusos de gaduação em seus pocessos seletivos, que ocoe, atualmente, po meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), após ealização do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Paa consecução deste estudo, utilizaam-se dados pimáios e secundáios, dente esses, documentos intenos, leis e atigos científicos, os quais foam fundamentais paa taça um panoama geal da inclusão da pessoa com deficiência na UFMA desde 2007 até 2015, consideando o númeo de matículas ealizadas; os pincipais tipos de deficiências atendidas; as áeas que mais ecebem alunos com necessidades educacionais específicas; as pincipais baeias

3 enfentadas tanto pelos alunos quanto pelo Núcleo de Acessibilidade, bem como os aspectos que facilitam e/ou dificultam o pocesso de inclusão de pessoas com deficiência na Educação Supeio. Os instumentos de coleta de dados compeendeam obsevação não paticipante e entevistas semiestutuadas, aplicadas po meio de um oteio contendo 10 peguntas, mas paa este estudo, elencaam-se apenas quato questões elevantes. 3 Resultados e Discussão Ao seem questionados se conheciam seus deitos enquanto discentes com defciência e/ou com necessidades educaconais específicas, todos espondeem que sim, poém, alguns (16%) foam impecisos na definição de quais dieitos a univesidade deveia lhes assegua. Isso fez lemba os estudos de Chahini (2006) ao constata que o desconhecimento sobe seus dieitos de discentes com deficiência e/ou com necessidades educacionais específicas, fizeam com que muitos discentes não lutassem pela validade deles. Dente os que conseguiam pontua quais eam seus dieitos, destacam-se o acesso a um ensino de boa qualidade; pofessoes e técnicos qualificados em elação ao atendimento de pessoas com deficiência; acessibilidade; mateial pedagógico adaptado; eliminação de baeias aquitetônicas e atitudinais. Quando se questionou se o Núcleo de Acessibilidade da UFMA, dispunha de ecusos mateiais e humanos, suficientes, paa atende as necessidades educacionais específicas dos discentes com deficiiênca, todos os paticipantes elataam que o núcleo vem atendendo suas necessidades educacionais apenas pacialmente, pois a demanda é maio que a ofeta, isto é, o quantitativo de pofissionais do Núcleo é pouco em elação à demanda de discentes com deficiência na Univesidade. Nesse contexto, se faz impotante esclaece que o Núcleo de Acessibilidade da Univesidade Fedeal do Maanhão, vinculado a Pó-Reitoia de Ensino, foi instituído po meio da Resolução nº 121, de 17 de dezembo de 2009 e passou a funciona efetivamente em 2010 com o objetivo de gaanti o acesso e a pemanência de pessoas com deficiência na univesidade po meio de seviços técnicos e pofissionais especializados (RESOLUÇÃO, nº 121 CONSUN, 2009). Atualmente, é composto po uma coodenação, seis tanscitoes do sistema Baille, nove tadutoes intépetes de Libas, uma assistente social e um assistente administativo. No momento, existem 240 matículas ativas pelo SISU DEFICIENTE na univesidade, dente essas, 108 possuem deficiência física; 43 auditiva; 61 visual e 03 com deficiência intelectual, os demais estão distibuídas em outas categoias como: condutas típicas, múltipla ou outas

4 necessidades. Existe ainda o egisto de 120 matículas canceladas, 16 matículas tancadas, 12 concluídos e 04 fomandos. Diante dos fatos, cita-se Peeia (2008) ao enfatiza o eflexo das Políticas Públicas Afimativas em elação aos dieitos das pessoas com deficiência à Educação Supeio, que objetiva assegua apoio e pomoção aos gupos socialmente disciminados, minimizando, dessa foma, as intensas desigualdades sociais. Convém destaca, que do univeso de alunos que adentam na UFMA utilizando as vagas paa discentes, público alvo da Educação Especial, nem todos demandam atendimento educacional especializado, o que taz implicações dieta nos atendimentos ealizados pelo Núcleo de Acessibilidade. Esse fato elaciona-se dietamente com a difeenciação ente necessidades especiais e necessidades educacionais especiais (ou específicas) defendida po Feeia (2007, p.44), a qual esclaece que caso as necessidades especiais não possam se atendidas pelos meios tadicionais de ensino, po demandaem uma séie de ecusos e estatégias de caáte mais especializado po pate da instituição, elas passam a denomina-se de necessidades educacionais especiais. Assim, Feeia (2007) aponta que há necessidades especiais que não demandam atendimento educacional especializado, é o que ocoe com pate significativa dos alunos que ingessam na UFMA, poém todos os discentes que ingessam pelo sistema de cotas, atualmente, são acolhidos e infomados aceca da existência do Núcleo no ato da matícula, no qual se destacam as pincipais atibuições desse espaço, a equipe técnica, a localização, o público atendido, bem como a entega de mateial infomativo a cada discente. Potanto, apesa de nem todos necessitaem de atendimento educacional especializado, todos ecebem infomações e fazem pate do cadasto deste espaço e podem ecoe ao Núcleo sempe que pecisaem de algum auxílio ou apoio. Em elação aos ecusos mateiais disponibilizados pelo Núcleo, apenas 16,7% dos discentes elataam que são atendidos completamente em suas necessidades educacionais. 83,3% essaltaam que, apesa de teem acesso aos ecusos de tecnologia assistiva disponibilizados pelo Núcleo, existe um equipamento que é de fundamental impotância às suas pemanências na Educação Supeio, mas que o Núcleo ainda não possui, no caso específico, tata-se de uma lupa eletônica com zoom paa longe, que amplia em um monito o que o pofesso esceve na lousa. Nesse contexto, Santana et al (2012, p. 353) enfatizam que a utilização de tecnologia assistiva na educação favoece as pessoas com deficiência, pois, facilita a obtenção de

5 infomações, a autonomia e independência na execução de taefas, além do esgate das suas potencialidades e motivações paa apende. Em face do exposto veificou-se que todos os discentes com necessidades educacionais especiais e/ou específicas ecebem algum tipo de seviço po pate do Núcleo de Acessibilidade, os quais são fundamentais paa que possam pemanece na univesidade com condições de apendizagem. Contudo, nem todos ecebem, integalmente, todos os ecusos de que necessitam e po isso estão sempe buscando desenvolve estatégias pópias a fim de supea as baeias existentes no univeso acadêmico. 4 Conclusão Em elação à opeacionalização de uma política institucional de acessibilidade na UFMA ficou evidente que essa existe, ainda que de maneia bastante fagilizada, mas que já poduz impactos significativos na vida dos discentes com deficiência, visto que os paticipantes enfatizam que suas lutas e/ou expectativas visam o apefeiçoamento dos seviços ofeecidos pelo Núcleo de Acessibilidade, bem como uma maio divulgação deste, a fim de alcança toda comunidade acadêmica. Retonando ao objetivo cental desse estudo que foi investiga o pocesso de inclusão dos discentes com deficiência na Educação Supeio, tomando como efeência de análise as políticas institucionais de acessibilidade desenvolvidas pela UFMA a pati do Núcleo de Acessibilidade. Pode-se constata que apesa da existência de baeias que impedem a paticipação plena dos discentes com deficiência na univesidade, o seviço de apoio disponibilizado pelo Núcleo constitui um ecuso fundamental paa assegua aos efeidos discentes, pemanência com êxito de apendizagem, na Educação Supeio. Faz-se necessáio pontua que a inclusão de discentes com deficiência na Univesidade não é encago exclusivo do Núcleo de Acessibilidade, mas de todos que fazem pate da comunidade acadêmica. Refeências BRASIL. Ministéio da Educação. Secetaia de Educação Especial. Pogama Inclui Acessibilidade à Educação Supeio. SECADI/SESu Oienta a institucionalização da Política de Acessibilidade nas Instituições Fedeais de Educação Supeio IFES, a fim de assegua o dieito da pessoa com deficiência à educação supeio. Disponível em: potal.mec.gov.b/index.php? option=com_content&id= Acesso em: 19 de nov

6 BRASIL. Estatuto da pessoa com deficiência. Lei Basileia de Inclusão. Lei nº , de 06 de julho de Basília DF, RESOLUÇÃO Nº CONSUN, de 17 de dezembo de Apova a ciação do Núcleo Pó Acessibilidade e Pemanência de Pessoas com Deficiência à Educação. Disponível em: Acesso em 10/10/2015. CHAHINI, Thelma Helena Costa. Os desafios do acesso e da pemanência de pessoas com necessidades educacionais especiais nas Instituições de Ensino Supeio de São Luís MA Dissetação (Mestado em Educação) - Univesidade Fedeal do Maanhão, São Luís, GIL, Antonio Calos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Editoa Atlas S.A, PEREIRA, Mailú Mouão. Ações afimativas e a inclusão de alunos com deficiência no Ensino Supeio. PONTO DE VISTA, Floianópolis, n. 10, p , 2008 SANTANA, Cislayne Lima, et al. O uso da tecnologia assistiva na educação egula. In: VI Colóquio Intenacional: Educação e Contempoaneidade. São Cistovão SE/Basil, 20 a 22 de setembo de Disponível em: < Acesso em: 10 jan. 2016