REALIDADE OU UTOPIA DE UMA ESCOLA ESTADUAL: A formação de pequenos leitores e produtores de textos!?¹. Aline Serra de Jesus Graduanda em Pedagogia
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- Marco Antônio Faria Pinheiro
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1 REALIDADE OU UTOPIA DE UMA ESCOLA ESTADUAL: A fomação de pequenos leitoes e podutoes de textos!?¹ Aline Sea de Jesus Gaduanda em Pedagogia Univesidade Fedeal do Maanhão (UFMA). antoniojose1@hotmail.com Tyciana Vasconcelos Batalha Gaduanda em Pedagogia Univesidade Fedeal do Maanhão (UFMA). alftyci@gmail.com Joelma Reis Coeia Doutoa em Educação, pofessoa e oientadoa da pesquisa. Univesidade Fedeal do Maanhão (UFMA). joelmaeis1970@hotmail.com RESUMO Este atigo apesenta uma discussão quanto a foma como os docentes têm alfabetizado as cianças e tem como objetivo analisa se as fomas como os/as pofessoes têm ensinado as cianças a le e esceve na escola têm fomado cianças leitoas e podutoas de textos. Paa tanto ealizou-se uma pesquisa empíica em uma instituição da ede pública de São luís Maanhão, cujo os sujeitos de pesquisa foam duas pofessoas do pimeio ano do ensino fundamental. Utilizouse como instumento de geação de dados a obsevação paticipante. Os autoes mais utilizados na fundamentação dos dados foam Picolli e Camini (2012), Soaes (2004), Feinet (1975), ente outos. Conclui-se que os alunos estão se alfabetizando, apenas atavés da codificação e decodificação dos códigos da escita, poém quanto ao se leito e poduto de textos ainda falta um longo caminho a segui, pois está faltando uma constução do sabe baseado nos conhecimentos e expeiências das cianças. Palavas-chaves: Alfabetização. Cianças. Leitoas. INTRODUÇÃO Este atigo é o esultado de um estudo uma obsevação paticipante duante a disciplina de Fundamentos e Metodologia da Alfabetização, no cuso de Pedagogia da UFMA. Quando efletimos sobe a eal situação da alfabetização no Basil nos depaamos com inúmeos questionamentos. Seá que estamos ealmente fomando leitoes cíticos? Ou apenas epodutoes de um sistema em decadência? Estamos fomando podutoes de textos? Ou apenas copiadoes? Estamos fazendo algo de difeente paa muda a situação em que nos encontamos? Estes questionamentos efletem a gavidade da situação em que se enconta o ensino basileio. Este tabalho é esultado de uma pesquisa ealizada no cuso de Pedagogia, na disciplina Estágio em Gestão de Tabalho Docente II no pimeio semeste de Este tabalho é esultado de uma pesquisa ealizada no cuso de Pedagogia, na disciplina Estágio em Gestão de Tabalho Docente II no pimeio semeste de
2 Sendo assim, neste tabalho, o nosso olha se volta paa a docência, e a sua elação com a alfabetização dos anos iniciais. Com o objetivo de analisa se as fomas como os/as pofessoes têm ensinado as cianças a le e esceve na escola têm fomado cianças leitoas e podutoas de textos. O campo da pesquisa empíica foam duas salas de pimeio ano de uma escola pública estadual de São Luís Maanhão, na qual se analisou a sua estutua pedagógica e pautou-se na abodagem qualitativa. A geação de dados foi ealizada atavés da obsevação paticipante, buscando compeende a complexidade do pocesso educativo. Os autoes que nos deam inspiação e conduziam a nossa pesquisa foam: Soaes (2004), Feinet (1975), Picolli e Camini (2012), ente outos, deste modo obteve-se os esultados de como está configuado o modelo de alfabetização paa as cianças nesta escola. ALFABETIZAR E LETRAR: os gandes desafios da educação infantil De acodo com Feeia (2008, p. 109) alfabetiza significa ensina ou apende a le e esceve (com a devida compeensão do significado das palavas e do conceito). Isto é o que deveia ocoe nas nossas escolas, poém às vezes nos depaamos com uma ealidade não satisfatóia. Acedita-se que só se alfabetiza na escola. E isso é um gande eo, pois, apesa do pocesso fomal da alfabetização começa na escola, a ciança antes de chega ao espaço escola, faz uma leitua do mundo que a ceca, desde o seu nascimento até o último dia de vida. A alfabetização, confome Kame e Abamovay (1985), é um ecuso utilizado paa a leitua e intepetação de textos, onde os alunos não apenas codificam e decodificam, mas apendem a detemina vinculo e intepeta textos, não se estingindo a epetições, mas ciando juntos um mundo de conhecimentos. E essa constução, não se baseia apenas em codifica e decodifica os códigos da escita, pecisa-se antes de tudo envolve a ciança, fazendo com que ela sinta paze em apende. A escita e a leitua, na maioia das vezes, têm um papel muito esumido dento da escola, ficando limitadas apenas a cópias e intepetações de texto, deixando de lado o eal sentido da alfabetização, que sobe o nosso ponto de vista, é foma cidadãos capazes, não só de decifa códigos, mas também de sabe intepeta cultualmente em qual contexto o assunto está inseido.
3 Com base nos Paâmetos Cuiculaes Nacionais (BRASIL, 1997), é essencial a compeensão da língua, oal e escita paa a comunicação, pois é po meio dela eu obtemos conhecimentos e visões distintas do mundo que vivemos. Consequentemente a instituição educadoa é a esponsável em assegua esse dieito a todos os alunos, paa que possam exece sua condição de cidadão. Segundo Soaes (2004, p. 27) alfabetização [é] ação de ensina/apende a le e a esceve, [enquanto] letamento [é] o estado ou condição de quem não apenas sabe le e esceve, mas cultiva e exece as páticas sociais que usam a escita. E quando as cianças são envolvidas em um ambiente estimulante, é muito mais fácil a assimilação de um vocabuláio extenso e coodenado. A alfabetização é um dieito, uma feamenta de eniquecimento pessoal e um meio de desenvolvimento humano e social. As opotunidades educacionais dependem de um bom pocesso de alfabetização e letamento. Leta é mais que alfabetiza, é ensina a le e esceve dento de um contexto onde a escita e a leitua tenham sentido e façam pate da vida do aluno. A metodologia utilizada neste tabalho foi qualitativa, com base na pesquisa empíica e obsevação paticipante em uma instituição de Educação Básica da ede Púbica de Ensino de São Luís, localizada na Cidade Opeáia. Os sujeitos de pesquisa foam duas pofessoas que atuam no pimeio ano do ensino fundamental, as quais indicaemos po P1 e P2 e as salas compostas po 25 alunos cada, indicaemos po S1 e S2 espectivamente. Quanto a faixa etáia dos sujeitos é assim distibuída: P1, ente 30 a 40 anos e P2 ente 40 a 50 anos. P1 é fomada em pedagogia, e possui pós-gaduação incompleta; P2 tem o magistéio, é pedagoga, possui pós-gaduação completa e fomação continuada em: educação infantil, póletamento, educação especial, libas, ente outos. Duante a nossa pemanência na escola pecebemos que a escita se apesenta escaça, nos coedoes obsevamos apenas tês infomativos sobe a povinha basil e na S2 encontamos alguns desenhos feitos pelos alunos e um alfabeto ilustado, o que nos deixou incomodadas pois se os alunos se sentiem ogulhosos de suas obas seão capazes de i muito longe (FREINET, 1975, p. 58). E apesa de fazeem atividades e poduções diáias as pofessoas têm pouca peocupação em expo, compatilha e valoiza o que os alunos fazem. A metodologia que ambas as pofessoas utilizam paa ensina as cianças a le e esceve ainda está um pouco acaica, pois utilizam os livos que mais paecem catilhas, ensinam letas, depois as famílias. E a maioia das cianças não conseguem entende o que estão escevendo
4 pois fazem muitas cópias do pópio nome, além das cópias do alfabeto maiúsculo e minúsculo e epetias vezes. Notamos que P1 ensina mais pela pota do técnico e a P2 se esfoça paa ensina pela pota dos sentidos. No dia 14 de abil, P2 distibuiu livos de históias paa os alunos e disse paa eles leem, pois cada um iia conta a sua históia paa a tuma, o que ocasionou o seguinte diálogo: - Pofessoa, eu não sei le. _então vai obseva as imagens e imagine a históia. - Mas eu não sei pofessoa. - Você se lemba das emana passada quando lemos um livo sem palavas, somente com figuas? - Sim, mais eu não sei faze. _ sabe sim, você vai olha as figuas e passando as páginas e quando você vie le aqui na fente eu te ajudo. Esse momento foi lindo, cada um contando a históia a sua maneia, apenas olhando as imagens e a P2 ajudando. Quando de epente a aluna R ao le o seu livo, estava ealmente lendo as palavas com a P2 ao seu lado, lhe ajudando nos momentos de dificuldade, pois paa ajuda as cianças pecisamos: - Aconselhando-a na véspea, na escolha de um texto que esteja de acodo com a sua capacidade, utilizando paa isso os numeosos manuais escolaes de leitua que temos na nossa biblioteca de tabalho, os quais são uteis neste caso; - Ajudando-a ou fazendo que um camaada mais sabedo e ajude a compeende o texto escolhido; Mantendo-nos a seu lado duante a leitua, paa a apoia discetamente, mumuando-lhe as palavas difíceis, velando paa que os seus camaadas não façam uído se a impefeição técnica não os encoaja a ouvi. Se a ciança tem demasiadas dificuldades, pegaemos simplesmente no livo paa continua ou temina a leitua, a fim de que não se veifique um total sentimento de malogo... fa-se-á melho na seguinte. (FREINET, 1975, p ) E foi exatamente o que pesenciamos nesse dia, um exemplo de incentivo. P2 estava estimulando seus alunos a não teem medo de faze o melho que pudessem. Quanto aos mateiais utilizados paa tabalha a leitua e escita, P1 utiliza os didáticos e um livo de históia sem figuas, entetanto P2 utiliza divesos livos infantis coloidos e ilustados distibuído ente os alunos, deixando-os com as cianças paa seem devolvidos no fim da semana, com o poposito deles leem com a família. CONCLUSÃO Esta pesquisa buscou como pincipal objetivo analisa se as fomas como os/as pofessoes/as da ede pública de ensino têm ensinado as cianças a le e esceve na escola tem
5 fomado cianças leitoas e podutoas de textos, atavés da obsevação paticipante e da pesquisa empíica. O papel do pofesso é media o desenvolvimento, a autonomia e a constução do apendizado nos seus alunos, pomovendo atividades que despetem a cuiosidade das cianças, fazendo com que exploem os difeentes tipos e linguagens e textos. Podemos conclui a pati dessa análise, que as pofessoas pesquisadas, estão fomando leitoes de textos, poém não estão fomando escitoes, podutoes, posto eu, não utilizam de maneia adequada os poucos mateiais que têm acesso. Pois deixam os alunos ociosos quanto à escita, não envolvendo com a ealidade que conhecem. Apesa das estições financeias impostas pelo goveno, não há impossibilidade de as pofessoas usaem de sua ciatividade paa tona o ambiente em que tabalham mais estimulante paa o apendizado, fazendo cantinhos, usando mateiais eciclados, constuindo com eles um ambiente dinâmico e cheio de expeiências vivenciadas e expeimentadas. Teminamos o atigo com a espeança que contibua paa melhoa a constução do ensino com nossas cianças, que os eos encontados possam se sanados e as vitudes vividas espalhadas.
6 REFERÊNCIAS BRASIL, Secetaia de educação Fundamental. Paâmetos cuiculaes nacionais. Língua Potuguesa. Basília: MEC/SEF, 1997 FERREIRA, Auélio Buaque de Holanda. AURÉLIO: o dicionáio da língua potuguesa. Cuitiba: Ed. Positivo, 2008 FRENEIT, Celestin. As técnicas Feinet da escola modena. Tad. Silva Leta. 2. Ed. São Paulo: Estampa, KOURILSKY-BELLIARD, Fançoise. Do desejo ao paze de muda: compeende e povoca a mudança. Tadução de Sônia. 2. ed. Bauei/SP: Manole, 2004 KRAMER, Sônia; ABRAMOVAY, Miiam. Alfabetização na pé-escola: exigência ou necessidade. Cadenos de Pesquisa, São Paulo, n. 52, p , fev SOARES, Magda. Letamento: um tema em tês gêneos. 2. Ed. Belo Hoizonte: Autentica
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