FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO RAPHAEL ALMEIDA VIDEIRA UMA ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA NO SETOR BRASILEIRO DE CELULOSE

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1 FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO RAPHAEL ALMEIDA VIDEIRA UMA ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA NO SETOR BRASILEIRO DE CELULOSE SÃO PAULO 2005

2 FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO RAPHAEL ALMEIDA VIDEIRA UMA ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA NO SETOR BRASILEIRO DE CELULOSE Dssertação apresentada à Escola de Economa de São Paulo da Fundação Getúlo Vargas, como requsto para a obtenção do título de mestre em Economa de Empresas. Campo de Conhecmento: Organzação Industral Orentador: Prof. Dr. Arthur Barronuevo Flho SÃO PAULO 2005

3 Vdera, Raphael Almeda Uma análse da concorrênca no setor braslero de celulose / Raphael Almeda Vdera f. Orentador: Arthur Barronuevo Flho Dssertação (Mestrado) Escola de Economa de São Paulo 1. Celulose Indústra Braslera. I. Barronuevo Flho, Arthur. II. Dssertação (Mestrado) Escola de Economa de São Paulo. III. Título.

4 RAPHAEL ALMEIDA VIDEIRA UMA ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA NO SETOR BRASILEIRO DE CELULOSE Dssertação apresentada à Escola de Economa de São Paulo da Fundação Getúlo Vargas, como requsto para a obtenção do título de mestre em Economa de Empresas. Campo de Conhecmento: Organzação Industral Data de Aprovação: / / Banca Examnadora: Prof. Dr. Arthur Barronuevo Flho (Orentador) FGV-EESP e EAESP Prof. Dr. Cláudo Rbero de Lucnda FGV-EESP e EAESP Prof. Dr. Paulo Furqum de Azevedo FGV-EESP e EAESP Prof. Dr. César Costa Alves de Mattos UNB e Câmara dos Deputados

5 À Deus, aos meus pas, Anbal e Mara do Carmo, aos meus rmãos, Adrano e Solange e à Káta.

6 Agradecmentos Em prmero lugar gostara de agradecer à Deus e aos meus pas Anbal e Mara do Carmo, pos sem o seu apoo e motvação eu sequer tera começado a mnha camnhada. O apoo acadêmco fo muto mportante por parte de dos professores que consdero não só como colegas de profssão, mas também como amgos. O Professor Arthur Barronuevo Flho, meu orentador e conselhero, que me socorreu em momentos de angústa com calma e tranqüldade e o Professor Cláudo Rbero de Lucnda pela sua partcpação efetva em váras dscussões acadêmcas e metodológc as. Na Escola de Economa de São Paulo, agradeço os meus amgos de turma do mestrado e do doutorado que possbltaram o aprmoramento deste trabalho: Sílvo, Alexander, Alexandra, Fabana, Alexandre, Fábo e Izabel. Exstem dos, em especal, que acompanharam mas de perto o sofrmento acadêmco por mm vvencado e sempre tveram palavras ou attudes que amenzavam um pouco este sofrmento. Carlos e Tomas: valeu! Agradeço a secretára Joana, que acompanhou todo o trabalho e partcpou ndretamente. Agradeço a mnha banca de qualfcação, Professores Ramon Fernandez e Mara Carolna Leme, pelos comentáros fetos na fase ncal do trabalho. Agradeço ao Professor Cláudo Furtado pelo período de aprendzado e pelo apoo durante esta camnhada. Agradeço à atenção e ao tempo dsponblzado por Cezar Thomé e Tâna Regna Gofredo, da Votorantm Celulose e Papel, que me auxlaram a entender o setor de manera mas precsa. Agradeço aos amgos do peto Fernando, Déborah, Regane, Solange e Marcos Colares, Llan, Solange Kleber, Carolna, Homero e Dego que nunca nos dexam na mão, seja para dscutr, desabafar e que sempre me apoaram em momentos decsvos. À Edane, pelas broncas, conselhos e rsadas na hora certa. Agradeço aos meus rmãos pelo apoo e carnho até aqu, Adrano e Solange, e também ao meu "meo-rmão", companhero, brother e outras defnções, Pablo. Agradeço com muto amor à Káta, mnha namorada e companhera nos momentos mas dfíces.

7 É um agradecmento um pouco estranho este, mas agradeço por ser Cornthano, Maloquero e Sofredor, Graças à Deus! Obrgado, pelos momentos de sofrmento nas horas de folga. Agradeço ao apoo de todas as pessoas que me ajudaram na conclusão de mas uma etapa da mnha vda.

8 RESUMO Este trabalho analsa o setor braslero de celulose e tenta responder a duas questões prncpas: a abrangênca do mercado relevante e a exstênca de poder de mercado das empresas que atuam neste setor. A dmensão produto do mercado relevante fo defnda a partr de dados qualtatvos. Devdo à ndsponbldade de dados para uma análse qualtatva mas apurada, a opção fo pela celulose de fbra curta de eucalpto, produto mas mportante do setor, tanto pela posção braslera em tecnologa como pela pauta de exportações. Já quanto à dmensão geográfca, o procedmento realzado baseou-se em Forn (2004) que utlza testes de raz untára para a defnção do mercado. Concluu-se que, com os dados dsponíves, o mercado deste produto pode ser consderado como nternaconal, não somente pelo resultado do teste como também pelo modo de funconamento deste mercado. Defndo o mercado de produto e geográfco, realzou-se um teste de poder de mercado, pos neste ncho, a Aracruz é líder mundal. Tal teste fo realzado com base na demanda resdual descrta por Mayo, Kaserman e Kaha (1996) e estmado segundo Motta (2004). Concluu-se que, apesar de a Aracruz possur um elevado market share no setor, ela não possu poder de mercado. Palavras-Chave: Celulose, Poder de mercado e demanda resdual.

9 ABSTRACT Ths paper studes the brazlan pulp ndustry and tres to answer two man questons. The frst s about the defnton of geographc relevant market. The second one ntends to verfy the exstance of market power n ths ndustry. The product relevant market, bleached eucalyptus pulp, was defned by qualtatve aspects. The frst queston used a methodology proposed by Forn (2004), who used unt root tests (ADF and KPSS) to defne the geographc relevant market. The results of these tests ndcated an nternatonal geographc relevant market whch was corroborated analysng the functonng of ths market. After these tests, a market power test was done, because n ths market, the world leader s a brazlan company, Aracruz. Ths test was proposed by Mayo, Kaserman e Kaha (1996) and they used a demand resdual model. The estmaton of ths test was proposed by Motta (2004). The results ndcated that Aracruz does not have market power n ths sector. Keywords: Pulp, Market Power, Resdual Demand.

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11 SUMÁRIO 1. Introdução Concorrênca no Mercado de Celulose Análse do Mercado de Celulose Mercado relevante: Concetuação Defnção do mercado relevante de produto Mercado relevante geográfco Evdêncas empírcas Metodologa de Forn (2004) Augmented Dckey Fuller (ADF) Kwatkowsk, Phllps, Schmdt & Shn (KPSS) Teste empírco Forn Índces de concentração e poder de mercado Índces de concentração Razões de Concentração Índce de Herfndahl-Hrschmann (HHI) Estmatvas do C5 e do HHI Índce de Lerner Modelo teórco para a aplcação da demanda resdual Estmação da demanda resdual Estmação da demanda resdual Resultados empírcos Consderações fnas Bblografa... 54

12 ÍNDICE DE FIGURAS Gráfco 1 - Evolução da produção braslera de celulose desde Gráfco 2 - Evolução das exportações brasleras de celulose fbra curta... 6 Gráfco 3 - Evolução dos Preços ( ) Gráfco 4 - Evolução do Logarítmo da Varável de Preços Relatvos Esquema 1 Hpóteses Báscas do Paradgma Estrutura-Conduta-Desempenho Esquema 2 Estrutura-Conduta-Desempenho versus Nova Organzação Industral Empírca... 34

13 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Vendas para o exteror do setor de celulose ( ) em toneladas... 7 Tabela 2 - Prncpas fusões e aqusções ocorrdas no setor de papel e celulose... 8 Tabela 3 - Comparatvo dos custos da produção de celulose (US$/toneladas)... 9 Tabela 4 - Estatístcas descrtvas Tabela 5 - Estatístcas descrtvas Tabela 6 - Resultados do Teste ADF Tabela 7 - Resultados do Teste KPSS Tabela 8 - Partcpação de mercado dos produtores de celulose (%) Tabela 9 - Partcpação de mercado dos produtores de celulose (%) Tabela 10 - Estmatva do C5 e do HHI Brasl e Mundo Tabela 11 - Resultados do teste de Hausmann Modelo em nível Tabela 12 - Resultados do teste de Hausmann Modelo em logartmo Tabela 13 - Resultados do teste de Hausmann Modelo em dferenças Tabela 14 - Resultados da estmação Tabela 15 - Teste de Breusch-Godfrey Tabela 16 - Valores estmados para as elastcdades de Curto Prazo Tabela 17 - Valores calculados para as elastcdades de Longo Prazo... 51

14 1 1. Introdução O presente trabalho estuda o setor de celulose com o ntuto de testar a exstênca ou não de poder de mercado nesta ndústra. Para o estudo deste ponto, é necessára a dvsão do trabalho em duas partes prncpas. A prmera fcará encarregada do estudo do mercado de manera ampla, com atenção especal para a defnção do mercado relevante. A segunda parte estudará o setor de manera breve, porém desagregada e por empresa, buscando testar a exstênca de poder de mercado para o setor. O prmero aspecto consderado no estudo deste setor é o de suas característcas estruturas: como o mercado está organzado, quas são os produtos que o compõem, quem são os maores competdores, entre outras questões. Para o estudo de mercado recorrer-se-á à lteratura de organzação ndustral e a sua aplcação à análse concorrencal, pos é necessáro estabelecer o mercado relevante de produto e geográfco para a análse do setor. Para concetuar as dmensões produto e geográfca do mercado relevante, o procedmento adotado pela lteratura é o teste do monopolsta hpotétco. Com relação à parte empírca, no presente trabalho, a análse da dmensão produto não será feta, em razão da ndsponbldade dos dados para cada produto do setor. Portanto, nesta parte do trabalho será focado essencalmente o grau de dferencação técnca entre os produtos e sua conseqüente substtubldade. Quanto à dmensão geográfca, a metodologa aplcada neste trabalho fo a proposta por Forn (2004), que pela qual fo possível testar se o mercado relevante geográfco é nternaconal ou naconal, com testes de raz untára (ADF e KPSS) para os preços relatvos. Com base na defnção do mercado em suas dmensões de produto e geográfca, será analsado o comportamento e a atuação das empresas neste setor. Tas característcas serão abordadas pela lteratura de Organzação Industral, assm como a modelagem que caracterza o setor. A caracterzação deste mercado será feta com base nas estmatvas dos índces de concentração, como proxy para a concentração do mercado. O índce de Lerner, que é pouco utlzado como medda de concentração, será estmado com o objetvo de verfcar a exstênca de poder de mercado para o setor, e este será o prncpal objetvo do trabalho aqu desenvolvdo.

15 2 A estmação do índce de Lerner pode ser obtda a partr de um modelo teórco e que possu grande dfculdade para a sua mensuração, pos conta com a varável custo margnal. Uma alternatva empírca pode ser a estmação do índce pela demanda resdual, que será apresentada em sua modelagem teórca e econométrca. O trabalho está dvddo em quatro partes, sendo a prmera parte esta ntrodução. Na segunda parte será defndo o mercado relevante. Este estudo se nca com uma breve ntrodução. Na seqüênca, é realzado um estudo sobre o mercado de celulose no Brasl, e algumas característcas sobre os produtos deste mercado e os agentes que dele fazem parte. Embasados em tas estudos, será defndo o conceto de mercado relevante e sua delmtação das dmensões produto e geográfca, nclundo nesta últma defnção, a realzação de testes econométrcos. Na tercera parte será feta a utlzação do nstrumental de organzação ndustral para determnar o grau de concentração do setor, assm como a descrção da modelagem de demanda resdual para a obtenção de uma estmatva para o índce de Lerner. Por fm, na quarta parte serão apresentadas as consderações fnas.

16 3 2. Concorrênca no Mercado de Celulose A análse de mercados faz-se necessára para lustrar a exstênca de alguma conduta antcompettva para o mercado em questão. No caso deste trabalho, o produto a ser analsado será a celulose, com ênfase prncpal no mercado naconal. Alguns pontos serão abordados nesta análse: o hstórco do setor no Brasl, as característcas que propcaram o desenvolvmento deste setor no país, a partcpação braslera no mercado nternaconal, entre outras. O prmero refere-se à dmensonaldade geográfca do produto de celulose fbra curta de eucalpto, pergunta esta que será respondda pelo procedmento de Forn (2004), testando se a sére de preços relatvos possu um comportamento estaconáro ao longo do período analsado. Tal questão envolve também como está construída a demanda do setor e sua estrutura de oferta. Além do procedmento econométrco, é necessára uma análse das condções de mercado para a verfcação do teste. A segunda refere-se à exstênca ou não de poder de mercado no setor. Tal questonamento será responddo de forma empírca, como realzado em Fúza (2003), e em modelo proposto por Mayo, Kaserman & Kaha (1996). A análse de mercado faz-se necessára para a dentfcação das maores frmas ofertantes do mundo. Nesta análse, exste a necessdade da dentfcação das duas maores frmas do setor, sendo que a líder mundal é a braslera Aracruz e a segunda maor é a espanhola Ence. O teste que será realzado busca mensurar se a Aracruz possu poder de mercado neste setor, prncpalmente levando em consderação a sua maor concorrente, a espanhola Ence. Este capítulo está dvddo da segunte forma: na prmera parte será realzada uma vsão geral sobre o mercado braslero de celulose. Na segunda, será desenvolvdo o conceto de mercado relevante em ambas as dmensões (produto e geográfca). Na tercera, é apresentada a metodologa de Forn (2004) para o teste empírco do mercado relevante e são apresentados os resultados da análse. 2.1 Análse do Mercado de Celulose

17 4 Esta seção analsa o setor desde os aspectos hstórcos relaconados ao estabelecmento da ndústra no país até a sua estrutura atual. Para tanto, devdo ao fato de se tratar de um produto ntermedáro, não há meo de estudar o setor de celulose totalmente desvnculado do setor de papel, que é o produto fnal. O setor de celulose começou a ganhar mportânca no cenáro econômco braslero, efetvamente, a partr das prmeras décadas do século vnte, prncpalmente com a nstalação de algumas fábrcas de papel no Brasl: Fábrca de Papel Paulsta Salto, a Companha Melhoramentos, a Companha Fabrcadora de Papel (que deu orgem ao grupo Klabn 1 ), a fábrca de papel Smão e Companha (que orgnou o grupo Smão, adqurdo, posterormente, pela VCP) e a Indústra de Papelão Lmera S.A. (que orgnou o grupo Rpasa). Incalmente, a celulose utlzadas por estas fábrcas era totalmente mportada. Na década de 30, com a crse da bolsa de valores de Nova York, em 1929, houve uma deteroração tanto na balança de pagamentos braslera como na taxa de câmbo. A celulose mportada sofreu forte reajuste de preços, o que causou um prncípo de crse no setor, e forçou o governo a adotar algumas meddas para que a produção não fosse tão prejudcada. Tas meddas consstam em ncentvar as mportações de máqunas e equpamentos necessáros à produção de celulose, que correspondam à lógca do modelo de substtução de mportações com a produção naconal dos nsumos necessáros. Já na década de 50, outros dos fatores foram mportantes para o fortalecmento do setor. O prmero fo a crse exstente nos países de clma temperado, pos devdo à nsufcênca de coníferas (fonte de matéra-prma para a celulose) a produção se deslocou aos países com florestas tropcas e temperadas, sendo que o Brasl fo o prncpal benefcáro deste movmento. O segundo fator refere-se ao apoo governamental dado pelo BNDE (Banco Naconal de Desenvolvmento Econômco) 2 às empresas do setor. A partcpação do BNDE ocorreu por meo de meddas de ncentvo ao setor, como: o Decreto Le 5.106/66 3 e a Decsão 196/68 4 do BNDE. Os prmeros resultados de tal polítca de ncentvo governamental surgram anda em 1968, quando aproxmadamente 11% do total de fnancamentos conceddos pelo BNDE 1 Em 1934, a Klabn fo a prmera empresa do setor a realzar o processo de ntegração vertcal na produção de papel e celulose. 2 Atual BNDES (Banco Naconal de Desenvolvmento Econômco e Socal). 3 Tratava da regulamentação dos ncentvos fscas destnados à geração de recursos para nvestmentos em reflorestamentos. 4 Estabeleca que os ncentvos fnanceros do banco seram dreconados a empresas com uma determnada escala mínma de produção de celulose, no caso 100 t/da.

18 5 destnavam-se ao setor de papel e celulose, sendo que grande parte deste valor fo conceddo à empresa Borregard, cuja escala, de 500 t/da, era consderável na época. Na década de 70, a atuação governamental fo concretzada por duas meddas. A prmera, em 1972, fo a Resolução 11/72 do BNDE, que teve como objetvo aumentar a efcênca e reduzr os custos de produção de celulose do setor, por meo de aumento da escala mínma de produção de 100 t/da para 500 t/da, sendo que a empresa devera se comprometer em chegar a t/da. Com tal medda, o banco buscava ressaltar as vantagens comparatvas da celulose exstentes no Brasl, em relação ao cenáro nternaconal. A segunda medda refere-se ao I Plano Naconal de Papel e Celulose (lançado juntamente com o II Plano Naconal de Desenvolvmento, em 1974) que buscava ntegrar setor públco, prvado naconal e estrangero. Este plano não produzu resultados efcentes, pos da construção das 13 fábrcas ncalmente prevstas, somente 5 foram construídas, por atuação preponderante do governo. Mesmo com o nsucesso do Plano Naconal de Papel e Celulose, os nvestmentos do BNDES no setor não cessaram (mesmo com a crse da década, foram conceddos ncentvos fscas e lnhas de crédto para a produção, entre outros benefícos). Durante a década de 80, exstu um plano de apoo ao setor, o II PNPC, que fo lançado desta vez pelos própros nvestdores e preva cerca de US$ 10 blhões de dólares de nvestmento entre 1987 até Nos anos 90, o setor braslero ntensfcou as vantagens comparatvas exstentes por meo de novas técncas de manejo florestal, grandes nvestmentos em botecnologa e pela ntegração vertcal ocorrda entre as empresas do setor. Alguns desses nvestmentos realzados em botecnologa resultaram na elmnação do cloro molecular da produção, o que dexou os processos químcos da cadea de produção menos agressvos ao meo ambente. Além dos nvestmentos assocados à botecnologa, as vantagens naturas brasleras colaboraram para o crescmento da produção no setor, comparatvamente aos demas países. Por exemplo, o tempo de maturação de um eucalpto no Brasl é de 7 anos, enquanto que na Europa Península Ibérca tal prazo vara entre 30 e 40 e no Chle vara entre 11 e 12 anos. Isto representa uma sgnfcatva redução de custos de planto para as empresas produtoras no mercado naconal. Além das questões ambentas, as empresas do setor preocuparam-se em realzar nvestmentos em amplação da capacdade das plantas ndustras exs tentes, fato que possbltou ao Brasl aumentar a sua partcpação nternaconal.

19 6 Esse conjunto de vantagens comparatvas possbltou à produção braslera de celulose um crescmento acentuado durante a década de 90 e, conjugado com os fatores expostos anterormente, tornou-se o prncpal produto de exportação do setor. O maor destaque nesse mercado é a fbra curta dervada de eucalpto, cuja lderança braslera está consoldada Mlhões de Toneladas Fbra Longa Fbra Curta Gráfco 1 - Evolução da produção braslera de celulose desde 1990 Fonte: Bracelpa Elaboração Própra Mlhões de Toneladas Gráfco 2 - Evolução das exportações brasleras de celulose fbra curta Fonte: SECEX Elaboração Própra

20 7 Quanto ao comérco nternaconal, o saldo da balança comercal do setor esteve sempre postvo durante os últmos anos. Dentre os setores analsados, o de celulose apresentou um desempenho claramente superor ao setor de papel para o período em análse. O setor de celulose concentra suas exportações bascamente em um únco produto, a fbra curta branqueada de eucalpto. Além de representar papel mportante no total das exportações (a celulose de fbra curta representa cerca de 2% das exportações brasleras 5 ), o setor possu grande relevânca no mercado nterno. Tabela 1 - Vendas para o exteror do setor de celulose ( ) em toneladas Produtos Fbra Curta Fbra Longa Total Fonte: Bracelpa (2003) A mportânca do setor pode ser refletda em alguns números, tas como: Presença naconal (450 muncípos, 16 estados); 220 empresas no setor, empregando dretamente 100 ml pessoas. A mportânca atngda pelo setor pode ser consderada como conseqüênca das mudanças realzadas durante a década de 90. A reestruturação produtva possbltou aumento de produtvdade e ganhos de efcênca, a exemplo da técnca de manejo florestal e da logístca de transporte da matéra-prma até a fábrca. Além das mudanças ocorrdas, a ntegração vertcal pode ser consderada como fundamental para o ganho de efcênca e escala que o setor teve durante a últma década. A ntegração vertcal é um processo que consste em assocar o fornecedor de nsumos com a empresa que rá transformá-los em produto fnal. A mportânca deste tpo de acordo é destacada em Banco Mundal & OCDE (1998) em que tas decsões, explíctas ou mplíctas determnam os custos de produção, a natureza e a qualdade do produto ou servço à venda, o preço a que esse produto é venddo, a qualdade oferecda, o mercado geográfco ou os clentes que são ou não atenddos. (BANCO MUNDIAL & OCDE, 1998, p.96) 5 Segundo dados da Balança Comercal, referentes à Junho de 2004, fornecdos pelo Mnstéro do Desenvolvmento.

21 8 A ntegração vertcal pode ser feta entre empresas de um mesmo setor, de setores dferentes ou por meo de assocações entre empresas naconas e estrangeras. Tal operação pode ser realzada por contrato ou operações de fusão e aqusção, tanto por empresas do mesmo país como de países dferentes. Tal tendênca de fusões e aqusções pode levar a uma concentração no setor, que afeta fortemente seu grau de concorrênca. Por sso faz-se necessára a análse dos potencas efetos antcompettvos. Tas vantagens de custos das empresas brasleras, assocadas à crse nternaconal de preços no setor de celulose, ocorrda na metade da década de 90, propcaram a entrada de nvestdores estrangeros e ntensfcou o processo de reestruturação patrmonal do segmento, tanto naconal como nternaconal, prncpalmente por fusões e aqusções. Na tabela a segur estão lstadas algumas das prncpas operações envolvendo o setor no Brasl 6 : Tabela 2 - Prncpas fusões e aqusções ocorrdas no setor de papel e celulose Empresa Fusão/Aqusção Incorporado por Data Partcpação Produto Capacdade em Mlhares de Toneladas Celulose Fbra Curta Smão Votorantm % Branqueada e Papel de 250 Imprmr e Escrever Igaras Rverwood Klabn % Celulose / Kraftlner 360 / 460 Jarcel Orsa % Celulose 300 Klabn Tssue Kmberly - Klabn Kmberly % Tssue 155 Inpacel Champon Internatonal Paper % LWC 185 Celpav Votorantm % Imprmr e Escrever 100 Fonte: UNICAMP(2003) Devdo às vantagens técncas já ctadas e outros fatores como baxo custo da mão-deobra, o eucalpto possu uma vantagem de custos em relação às outras fontes de celulose de fbra curta, como a bétula que é comum em países europeus, como Fnlânda e Suéca. Esta afrmação pode ser corroborada pela tabela a segur onde os custos são comparados entre os países: 6 Em 2005, a Rpasa que estava entre as maores ndústras do setor fo adqurda em uma operação conjunta entre Votorantm Celulose e Papel e Suzano, sendo que esta operação anda não fo aprovada pelo CADE.

22 9 Tabela 3 - Comparatvo dos custos da produção de celulose (US$/toneladas) Brasl Indonésa Portugal Fnlânda Espanha Suéca Canadá EUA Custos Varáves Madera Materas Químcos Energa Custos Fxos Mão-de-obra Outros Custos Operaconas Outros Custos Frete para a Europa Vendas Marketng Custo Total Fonte: Braskem (2004) Pela tabela acma, verfca-se que os países que produzem a fbra curta de eucalpto possuem custos de produção menores que os produtores de fbra curta de outras árvores, como Fnlânda e Suéca. Desta forma com essa vantagem compettva nos custos, além das vantagens técncas assocadas à produção, a posção braslera neste mercado fo consoldada durante os últmos anos. Após essa breve caracterzação do setor, será realzada a análse de mercado relevante e o procedmento econométrco que será efetuado. 2.2 Mercado relevante: Concetuação O conceto de mercado relevante é fundamental dentro da análse concorrencal, pos a partr desta defnção é que serão nvestgadas se fusões ou as prátcas adotadas, tas como cartés e preços predatóros, afetam o poder de fxar preços das frmas envolvdas. O conceto de mercado relevante pode ser expresso como o menor espaço econômco no qual seja factível a uma empresa atuando de forma solada, ou a um grupo de empresas, agndo de forma coordenada exercer o poder de mercado.(portara 50 da SEAE/SDE de 1 de Agosto de 2001).

23 10 Conceto equvalente ao apontado em Banco Mundal & OCDE (1998), onde o mercado relevante é defndo como: Um produto ou grupo de produtos e uma área geográfca na qual ele é venddo, de forma que uma empresa hpotétca, maxmzadora de lucros, que sera a únca vendedora de produtos nessa área, pudesse elevar os preços em uma quanta mínma, porém sgnfcatva e não-transtóra, acma dos níves predomnantes. (BANCO MUNDIAL & OCDE, 1998, p. 46) Para a operaconalzação deste conceto de mercado relevante, é utlzado o teste do monopolsta hpotétco. Tal mecansmo é necessáro para o estabelecmento do mercado relevante e ndcará o nível de substtução a um determnado produto (ou uma determnada regão geográfca) a partr de um dado aumento de preços, mínmo, sgnfcatvo e nãotranstóro. Formalmente, a Portara 50 da SEAE/SDE defne o teste da segunte forma: Consste em se consderar, para um conjunto de produtos e áreas específcos, começando com os bens produzdos e venddos pelas empresas partcpantes da operação, e com a extensão terrtoral que estas empresas atuam, qual sera o resultado fnal de um pequeno, porém sgnfcatvo e não-transtóro aumento de preços para um suposto monopolsta de bens nesta área. Se o resultado for tal que o suposto monopolsta não consdere o aumento de preços rentável, então a SEAE e a SDE acrescentarão à defnção orgnal de mercado relevante o produto que for o mas próxmo substtuto do produto da nova empresa crada e a regão de onde provém a produção que for a melhor substtuta da produção da empresa em questão. Esse exercíco deve ser repetd o sucessvamente até que seja dentfcado um grupo de produtos e um conjunto de localdades para os quas seja economcamente nteressante, para um suposto monopolsta, mpor um pequeno porém sgnfcatvo e não-transtóro aumento dos preços. O prmero grupo de produtos e localdades dentfcado segundo este procedmento será o menor grupo de produtos e localdades necessáro para que um suposto monopolsta esteja em condções de mpor um pequeno, porém sgnfcatvo e nãotranstóro aumento de preços, sendo este o mercado relevante delmtado. (Portara 50 da SEAE/SDE de 1 de Agosto de 2001). O teste do monopolsta hpotétco pode ser realzado tanto de manera qualtatva como quanttatva. Um mercado relevante pode ser obtdo, em termos prátcos, por algumas formas:

24 11 Análse fundamentada em bases estrtamente teórcas; defnndo de manera préva (ex-ante) o escopo e a área de mercado; Entrevsta com consumdores e possíves partcpantes do mercado. O objetvo deste método é mapear as preferênc as dos consumdores; Obtenção das elastcdades cruzadas que ndcara o nível de substtução entre os consumdores, dado um aumento sgnfcatvo e não transtóro de preços. Supondo que exsta um produto homogêneo que é venddo em ambas as regões, podem ser realzados procedmentos econométrcos com o objetvo de verfcar se o comportamento dos preços é o mesmo em regões dstntas. As técncas quanttatvas estão sendo utlzadas crescentemente pelas autordades anttruste na defnção de mercados relevantes. Defnda a estratéga, passar-se-á às defnções de mercado relevante em suas dmensões produto e geográfca, respectvamente Defnção do mercado relevante de produto Para a defnção do mercado relevante em suas dmensões produto e geográfca, a autordade anttruste deve levar em consderação alguns fatores mportantes. Na dmensão produto, os prncpas fatores que devem ser colocados em análse são as característcas físcas e de utlzação do produto em questão. No caso deste setor celulose encontram-se três grandes produtos, segundo BNDES (2001): Celulose de mercado de fbra longa; Celulose de mercado de eucalpto (fbra curta), e Celulose de mercado de outras fbras curtas. Entre esses três produtos, a prncpal dfere nça exstente é a sua utlzação para a produção de papel, sendo que cada um deles serve para um produto específco. Quanto aos dos últmos produtos (celulose fbra curta, ndependente da orgem), a fnaldade de ambos é para a produção de um papel menos resstente, porém com maor macez e suavdade, tal como os papés de

25 12 mprmr e escrever, tssue 7 e especas. Sendo que a celulose de mercado de fbra longa é utlzada mas comumente para papés que precsam de maor durabldade e resstênca, como para embalagens e cartão. Como exposto na seção anteror, o Brasl possu enorme vantagem compettva na produção de celulose fbra curta de eucalpto, quando comparado aos seus prncpas concorrentes. Por ser o produto mas mportante do setor, tanto em volume, como em valor transaconado, a escolha do mercado de produto será a celulose de fbra curta de eucalpto. Esta defnção fo realzada de modo qualtatvo, devdo a baxa dsponbldade de dados para o setor para o cálculo econométrco de uma elastc dade cruzada, por exemplo. A hpótese feta é de que este produto possu um baxo grau de substtução com os outros produtos do setor, o que não contradz o argumento acma retrado de BNDES (2001). Resta apenas delmtar a dmensão geográfca para o produto em questão, sendo que a técnca utlzada para a defnção do mercado relevante geográfco, testes de raz untára, será apresentada na próxma seção, bem como seus resultados. Os testes de raz untára que serão apresentados neste trabalho foram aplcados na defnção de mercado relevante geográfco feta por Forn (2004) para o mercado talano de lete. O estudo basea-se em testar a estaconaredade da sére de preços para a defnção do mercado. Tas testes serão explorados mas detalhadamente na próxma seção, nclusve com a apresentação do modelo de Forn (2004) que será utlzado na defnção do mercado relevante geográfco Mercado relevante geográfco Segundo Banco Mundal & OCDE (1998), o conceto de mercado relevante geográfco pode ser defndo de manera smlar ao conceto na dmensão produto, e assm segue que: É defndo pela perspectva dos compradores quanto à possbldade de substtução de produtos fetos ou venddos em váras localdades. Se os compradores de um produto venddo em uma localdade passarem a 7 Papel utlzado mas comumente para guardanapos e fns santáros.

26 13 adqurr o produto de uma fonte em outra localdade, em resposta a um aumento de preços pequeno, porém sgnfcatvo e não-transtóro, então essas localdades pertencem ao mesmo mercado geográfco. Se for o oposto, essas duas localdades pertencerão a mercados geográfcos dferentes. (BANCO MUNDIAL & OCDE, 1998, p. 51). Porém exstem outros fatores que podem nfluencar a defnção geográfca do mercado relevante, o que ocorre pela exstênca de custos de transporte, tarfas alfandegáras e regulamentações. Esses três fatores atuam de modo a alterar o preço de um determnado produto de uma localdade para outra qualquer. Os custos de transporte podem encarecer um determnado produto, fazendo com que seja compensador para um consumdor se deslocar de sua cdade para comprar o mesmo produto em uma cdade vznha. Um exemplo claro de determnação do mercado geográfco nfluencado pelos custos de transporte é o caso do cmento no Brasl, no qual o mercado relevante geográfco pode ser consderado como regonal. No caso das tarfas alfandegáras e regulamentações, ambas atuam de forma análoga ao caso do custo de transporte. Defndo o conceto de dmensão geográfca de um mercado relevante, pode ser apresentado um teste empírco para a mensuração de tal mercado. Na próxma seção será apresentada a metodologa proposta por Forn (2004) na defnção de mercados relevantes geográfcos para o lete na Itála, fazendo uso de testes de raz untára. 2.3 Evdêncas empírcas A base de dados que fo montada para o teste do mercado relevante geográfco baseou-se em duas varáves prncpas, preço nternaconal e naconal, sendo que ambas referem-se à celulose de fbra curta de eucalpto. A varável de preço nternacona l fo montada a partr de dados dsponíves para o produto, pela FOEX Indexes Ltd 8. A varável de preço naconal fo montada com base na coleta dos boletns do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economa Aplcada) da ESALQ (Escola Superor de Agrcultura Luz de Queroz) da Unversdade de São Paulo e refere-se ao 8 Os preços lstados pela FOEX para a celulose de fbra curta são de entrega em portos do Atlântco Norte ou no Mar do Norte (europeu) e ncluem custos, seguros e fretes.

27 14 preço pratcado no Estado de São Paulo, o que pode ser tomado como proxy para o preço pratcado no mercado nterno 9. A amostra ncorpora o período de Março de 2002 à Dezembro de 2004, e esta escassez de dados decorre, prncpalmente, da varável preço naconal, pos tas boletns que nformam os preços encontram-se dsponíves apenas a partr do prmero mês da amostra. O número de observações (trnta) pode gerar ausênca de robustez em alguns dos testes que serão realzados neste trabalho. Após essa descrção das varáves, o gráfco abaxo lustra a exstênca ou não de alguma tendênca de comportamento semelhante entre as duas séres Preço em Reas jul/02 set/02 nov/02 jan/03 mar/03 ma/03 jul/03 set/03 Gráfco 3 - Evolução dos Preços ( ) Naconal nov/03 jan/04 mar/04 FOEX ma/04 jul/04 set/04 nov/04 Fonte: Elaboração do Autor O gráfco 3 lustra que ambos os preços da celulose de fbra curta aparentemente possuem um comportamento smlar, excetuando-se o período de maor turbulênca na sére, o trmestre fnal de Tas preços ncluem frete e mpostos e são para pagamentos à vsta.

28 15 Tabela 4 - Estatístcas descrtvas Naconal FOEX Méda 535,67 508,86 Medana 543,34 508,01 Máxmo 590,33 556,63 Mínmo 440,50 452,13 Desvo Padrão 38,30 25,58 Observações Para que esta análse prelmnar seja confrmada, partr-se-á para uma metodologa mas formal e que fará uso da econometra de séres temporas, mas especfcamente dos testes de raz untára. A modelagem que será utlzada fo desenvolvda por Forn (2004) em um estudo para a defnção do mercado relevante geográfco do lete na Itála. Para sso, o autor utlzou-se de uma pequena transformação nas varáves e de testes de raz untára (ADF e KPSS). O estudo e sua metodologa serão apresentados na seqüênca, bem como os resultados que deste trabalho Metodologa de Forn (2004) Em Forn (2004), o autor busca testar se cada uma das regões talanas é um mercado dstnto para o produto lete. A justfcatva para Forn ter utlzado o procedmento econométrco apresentado a segur se deve ao fato deste método ser concetualmente smples e envolver técncas econométrcas bem conhecdas e dfunddas. Para esta análse, o autor tomou as séres de preço em logartmo e transformou-as em uma sére de proporção do preço nternaconal sobre o preço naconal. Na seqüênca, Forn utlza-se dos testes de raíz untára, ADF (Dckey e Fuller (1979)) e KPSS (Kwatkowsk et. al (1992)), com o objetvo de descobrr se a sére de preço é estaconára ou não. Se a sére de preço não for estaconára, pode ser dto que o mercado para o determnado produto não é o mesmo; porém, quando a sére é estaconára, exste uma evdênca que o mercado é o mesmo, embora não conclusva. A possbldade mas concreta de que estaconaredade ndca que os mercados são os mesmos, segundo o autor, é quando a sére de preço em logartmo é estaconára em nível e não

29 16 apenas em prmera dferença. Em seu estudo, o autor conclu que os mercados para lete são regonas na Itála, chegando a englobar duas ou mas regões em alguns casos. As duas próxmas seções estarão encarregadas de apresentar a metodologa que será utlzada neste trabalho Augmented Dckey Fuller (ADF) O teste Augmented Dckey Fuller (ADF) consste da estmação da segunte equação pelo método de mínmos quadrados ordnáros: x = α + β 1 + ε,sendo que t = 1,..., T t x t t Onde x t é a varável de nteresse e εt é um processo que não possu auto-correlação seral. No teste de Dckey Fuller, o ADF, as dferenças defasadas da varável x t, (no caso, x t 1, xt 2,..., x k ) podem atuar como varáves explcatvas para o teste. Se a máxma defasagem do teste é k, sgnfca que o ADF é de ordem k, sendo que o teste Dckey Fuller possuía a máxma defasagem como sendo zero. A hpótese nula do teste é de que H : β 0 mplca que a prmera dferença da sére 0 = analsada é estaconára, mas a sére em nível não. A hpótese alternatva é de que H : β 0, que 1 < mplca que a varável é estaconára em nível, sem a necessdade de dferencação. Ou seja, caso a hpótese nula seja rejetada, a sére é estaconára em dferenças. O teste utlza a estatístca de MacKnnon como base para o teste de hpótese Kwatkowsk, Phllps, Schmdt & Shn (KPSS) O teste KPSS pode ser expresso da segunte forma:

30 17 s T l T ( l) = T xt + 2T w( s, l ) t= 1 s = 1 t = 1 x x t t s de Onde a varável x + x x 1 2 t. A função w( s, l) x t é expressa em desvos com relação à méda e St é a soma acumulada é uma ponderação que corresponde à escolha da janela espectral. Em Kwatkowsk et. al. (1992), os autores utlzam o procedmento de janela de Bartlett. A estatístca de teste KPSS é dada por: ^ η = T 2 S 2 t / s 2 ( l) A dstrbução assntótca desta estatístca de teste sob a hpótese nula pode ser usada para computar os valores crítcos. As hpóteses do teste são exatamente o nverso das apresentadas pelo teste ADF, ou seja, a hpótese nula não rejetada em nível sgnfca que a sére é estaconára, sendo que a hpótese alternatva é de não estaconaredade para a mesma varável Teste empírco Forn O teste empírco sugerdo na metodologa utlzada por Forn (2004) pode ser separado em duas partes. Na prmera parte serão analsadas as estatístcas descrtvas que correspo ndem a varável em análse, os preços relatvos em logartmo.

31 18 0,2 0,15 0,1 0,05 0-0,05-0,1-0,15-0,2 jul/02 set/02 nov/02 jan/03 mar/03 ma/03 jul/03 set/03 Relatvo nov/03 jan/04 mar/04 Gráfco 4 - Evolução do Logarítmo da Varável de Preços Relatvos Fonte: Elaboração do Autor ma/04 jul/04 set/04 nov/04 Analsando o gráfco acma, podemos notar que prncpalmente no fnal do ano de 2002, a sére possu um período de turbulênca nos preços, como mostrado pelo Gráfco 4, no tópco anteror. Prelmnarmente, pode ser nferdo que tal sére de preços é estaconára, prncpalmente se o período de turbulênca for retrado da aná lse, o que não será feto neste trabalho. A realzação dos testes será necessára para que tal afrmação possa ser feta com maor propredade. Tabela 5 - Estatístcas descrtvas Relatvo Méda -0,050 Medana -0,057 Máxmo 0,144 Mínmo -0,137 Desvo Padrão 0,059 Observações 30 Com o reduzdo número de observações que a amostra possu, o resultado do teste possu um menor poder em dscrmnar as hpóteses. Forn (2004) realza dos testes de raz untára, o ADF e o KPSS. No prmero teste, o ADF, a hpótese nula que será testada é de que a varável é não estaconára, ou seja, admte uma ou mas raízes untáras.

32 19 Na tabela a segur, os resultados do teste são apresentados: Tabela 6 - Resultados do Teste ADF Modelo Ln Relatvo Sem constante Estatístca -3,103732*** Nível Constante Constante e Tendênca Estatístca -5,820616*** Constante -0,050440*** Estatístca -6,727815*** Constante -0,01729 Tendênca -0,002953** Sem constante Estatístca -14,65985*** Prmera Dferença Constante Constante e Tendênca Estatístca -14,50415*** Constante -0, Estatístca -14,29150*** Constante -0, Tendênca 0,00062 Sem constante Estatístca -21,84437*** Segunda Dferença Constante Constante e Tendênca Estatístca -21,36535*** Constante -0, Estatístca -21,15568*** Constante -0, *** - Sgnfcantes a 1% ** - Sgnfcantes a 5% * - Sgnfcantes a 10% Tendênca 0, Com a realzação do teste ADF, percebe-se que a sére de preços relatvos é estaconára mesmo em nível, pela rejeção da hpótese nula do teste. O próxmo passo é a realzação do teste KPSS, cuja dferença fundamental para o teste ADF é a hpótese nula ser de estaconaredade, o que mplcara em não rejeção da hpótese nula, corroborando assm com o resultado apresentado pelo teste ADF.

33 20 Tabela 7 - Resultados do Teste KPSS Nível Prmera Dferença Segunda Dferença Modelo Constante Constante e Tendênca Constante Constante e Tendênca Constante Constante e Tendênca Ln Relatvo Estatístca *** Constante *** Estatístca ** Constante Tendênca *** Estatístca Constante Estatístca ** Constante Tendênca Estatístca * Constante Estatístca Constante *** - Sgnfcantes a 1% ** - Sgnfcantes a 5% * - Sgnfcantes a 10% Tendênca Pela tabela 7, o teste KPSS ndca que o mercado relevante pode ser o mesmo, pos o teste ndcou estaconaredade para a varável, mesmo em nível, o que ndca certa robustez no resultado. Os testes realzados nesta seção apresentam o mercado como sendo nternaconal para o produto celulose de fbra curta de eucalpto. Os dados utlzados para o teste são recentes e sera necessára uma base de dados mas ampla para um grau de confabldade maor. Porém, o mercado de celulose de fbra curta de eucalpto será tratado neste trabalho como nternaconal, com base em tas testes. Tal comportamento do setor é evdencado por sua característca exportadora e pelo mercado nterno deste produto anda ser ncpente, pos este tpo de celulose é

34 21 mas comumente utlzado na fábrca ntegrada de papel. Com esta caracterzação, é razoável afrmar que este mercado possa ser consderado como nternaconal Índces de concentração e poder de mercado A lteratura de Organzação Industral preocupa-se, em grande parte, com análses de mercados, seus comportamentos e suas conseqüêncas sobre os consumdores. Com respeto à análse dos mercados, é mportante levar em conta a estrutura em que o mercado está nserdo e como atuam os agentes que nele estão presentes. A estrutura de concorrênca de mercado pode assumr duas caracterzações opostas: perfeta e mperfeta. Nos mercados em concorrênca perfeta, o setor ndustral possu grande número de frmas produzndo um únco produto, lvre entrada, sendo que a condção de equlíbro neste mercado é a de gualar o custo margnal de produção ao preço de mercado. Este modelo possu baxíssma aplcabldade e não será de nteresse na análse do setor de celulose, anda que seus resultados srvam de balzamento para análses de mercados em competção mperfeta. Um caso polar dos mercados em concorrênca mperfeta é o de monopólo, caracterzado pela exstênca de apenas um vendedor, cujo produto será colocado no mercado por um preço que exceda o custo margnal e a quantdade oferecda pelo monopolsta será nferor à ofertada em concorrênca perfeta. Tal estrutura vgorou em alguns setores da economa braslera, como o de telecomuncações até o fnal da década passada. Entre as váras razões possíves para o surgmento de monopólos, uma delas é o chamado monopólo natural, em que a exstênca de apenas um produtor é a estrutura mas efcente para 10 Além da caracterzação do mercado e dos resultados dos testes econométrcos ndcarem que o mercado relevante possa ser consderado como nternaconal, é necessára uma ressalva. Na hpótese de exstr apenas um produtor no mercado de celulose, que tenha poder de mercado, o preço razoável pratcado por este produtor é o de monopólo e consderado como preço doméstco. Se um concorrente externo entrar no mercado naconal, e pratcar um preço menor e dado pelo mercado nternaconal, a empresa naconal rá pratcar um preço pelo menos gual ao do concorrente estrangero. O preço de ambas as empresas será aproxmadamente o mesmo e sto poderá ocasonar uma dstorção quanto à defnção de mercado relevante e de poder de mercado. No prmero caso, o mercado relevante poderá ser consderado como nternaconal, quando não necessaramente o seja. No segundo caso, a mensuração de poder de mercado pode sofrer algum vés pelo fato da empresa naconal adotar o preço nternaconal como base para o mercado nterno.

35 22 um mercado em especal. Um exemplo deste tpo de estrutura de mercado é o setor de saneamento básco. O mercado analsado no presente trabalho apresenta característcas que permtem defn-lo como sendo um mercado de concorrênca mperfeta; em especal, com uma estrutura de olgopólo. Tal estrutura será melhor dentfcada na próxma seção, quando serão estmados os índces de concentração. O olgopólo se caracterza por alguns vendedores de um determnado produto e que conseguem ofertá-lo por um preço entre o de concorrênca perfeta e o de monopólo, ou seja, a frma que atua em um mercado como esse consegue estabelecer uma margem entre o preço e o custo margnal. Quanto às formas de competção em um mercado em olgopólo, elas podem ser modeladas com base em algumas varáves denomnadas estratégcas - tas como: preços (modelo de Bertrand), quantdades (Cournot ou Stackelberg) ou até a nexstênca de competção, formando uma coalzão. Dado que os mercados olgopolstas possuem agentes com partcpações de mercado, sendo que podem ndcar concentração ou não em cada um dos setores. Para tanto, foram desenvolvdos alguns nstrumentos que possbltam medr o grau de concentração de um determnado mercado os índces de concentração, os mas utlzados sendo : Razões de concentração (Índces C4, C5) Índce de Herfndahl-Hrschmann (HHI) Índce de Lerner A análse a ser feta neste capítulo terá como base a estrutura concorrencal exstente no setor, sendo que será testada a exstênca de poder de mercado por parte da Aracruz, que é a líder mundal neste setor. 3.1 Índces de concentração Razões de Concentração

36 23 Tal índce é defndo como a soma das partcpações de mercado das frmas. Se o índce a ser estmado for o C4, então deve ser realzada a soma das partcpações de mercado das 4 maores empresas exstentes no setor. Se o índce a ser estmado for o C5, então deve ser realzada a soma das partcpações de mercado das 5 maores empresas exstentes no setor, e assm sucessvamente. Podemos demonstrar tal índce supondo M frmas no mercado em que as N prmeras frmas ( 1,2,..., N ) são as que possuem alguma partcpação no mercado. Temos que o índce pode ser defndo como: C N = N = 1 β, em que Q β = M é a defnção de partcpação de mercado da empresa. = 1 Tal índce pode ser obtdo com a varável produzdas, venddas, faturamento, entre outras varáves. Q Q assumndo valores como: as quantdades Este índce é muto utlzado nas análses anttruste e de defesa da concorrênca por sua facldade de aplcação e dsponbldade de nformação pelas maores empresas pertencentes a um determnado mercado Índce de Herfndahl-Hrschmann (HHI) A obtenção do HHI pode ser conseguda pela manpulação do índce de razão de concentração, sendo que o HHI é defndo pela soma dos quadrados das partcpações de mercado. Com as mesmas hpóteses do índce anteror, temos que o HHI pode ser defndo da segunte manera: HHI = N = 1 β 2 em que Q β = M é a partcpação de mercado da empresa. Q = 1 Segundo Schmdt (2002), exstem duas formas de expressar o HHI. A prmera é consderar o valor em porcentagem, sto é, se houver monopólo a frma tem a totaldade (100%) do mercado e, portanto, o HHI = N = 1 2 ( 100) = Portanto, nessa formulação o HHI está

37 24 defndo no ntervalo ( 0,10000 ]. Se exstrem N frmas no setor, com partcpações de mercado guas, o índce smplesmente sera 1 N. A segunda forma de se expressar o HHI é desconsderar a porcentagem. Assm, o ntervalo de varação sera de ( 0,1] em que 1 sera o caso onde a frma tera o monopólo do setor. Assm percebe-se que quanto maor o poder de mercado, maor será o HHI. Algumas autordades anttruste utlzam o HHI como uma medda para a razão de concentração de um determnado setor, e esta concentração está descrta na legslação anttruste do país, como é o caso da Federal Trade Comsson. No manual para fusões horzontas amercano, o órgão destaca três categoras dstntas do índce HHI. A prmera é quando o índce é nferor a 1.000, sendo que o setor pode ser caracterzado como não concentrado. A segunda categora é quando o índce encontra-se entre e 1.800, e o setor pode ser consderado como moderadamente concentrado. Acma de 1.800, o setor é consderado altamente concentrado Estmatvas do C5 e do HHI Algumas estmatvas destes índces foram realzadas para o Brasl e para o mundo, sendo que a prmera está baseada no anuáro de 2003 da Bracelpa (Assocação Braslera de Celulose e Papel) e a segunda no relatóro anual de 2003 da Aracruz (Tabela 4).

38 25 Tabela 8 - Partcpação de mercado dos produtores de celulose (%) Empresas Aracruz Celulose S/A 20,38 24,23 Klabn S/A 19,46 15,16 Votorantm Celulose e Papel S/A 9,9 12,33 Suzano Baha Sul 12,46 11,27 Celulose Npo-Braslera S/A - Cenbra 10,22 9,65 Internatonal Paper do Brasl Ltda 5,25 4,76 Rpasa S/A Celulose e Papel 3,76 4,62 Jar Celulose S/A 3,57 3,72 Rgesa Celulose, Papel e Embs. Ltda 2,53 2,29 Norske Skog Psa Ltda 1,81 1,67 Lwarcel Celulose e Papel Ltda. 1,31 1,42 Iguaçu Celulose, Papel S/A 1,12 0,98 Orsa Celulose, Papel e Embs. S/A 1,05 0,94 Celulose Iran S/A 0,95 0,92 Cocelpa - Ca de Cel. E Papel do Paraná 0,59 0,6 Nobrecel S/A - Celulose e Papel 0,72 0,55 Subtotal 95,08 95,11 Demas Empresas 4,92 4,89 Fonte: Bracelpa (2003) Elaboração do autor Tabela 9 - Partcpação de mercado dos produtores de celulose (%) Empresas 2003 Aracruz Celulose S/A 28 Espanha 13 Portugal 11 Chle 5 Talânda 5 Outras - Noruega, França, Nova Zelânda e Marrocos 9 Outras Empresas Brasleras 29 Total 100 Fonte: Merrl Lynch (2003) n Elaboração do autor Pela tabela acma, pode ser vsto que a estrutura do mercado braslero de celulose pouco se alterou entre 2002 e As cnco maores empresas deste mercado são as mesmas, porém com pequenas alterações nas posções da CENIBRA, SUZANO e VCP, sendo que esta últma alcançou a tercera posção no mercado naconal. As estmatvas dos índces de concentração lustram esta constânca no mercado.

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