24/05/2018 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 1

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "24/05/2018 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 1"

Transcrição

1 Professor do Deparameno de Economia da Universidade de Brasília. Pesquisador Nível IB do CNPq Presidene da Associação Keynesiana Brasileira ( ) 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB

2 Posuras Financeiras Todo o invesimeno em aivos de capial envolve a roca de algo cero por algo incero. Qualquer aivo de capial adquirido por uma firma em uma expecaiva de fluxos de caixa que excedem em alguma margem o preço pago pelos mesmos. Essas expecaivas esão sujeias a desaponamenos. Variações nas axas de juros podem ransformar firmas solvenes em firmas inadimplenes dependendo : (a) do perfil do endividameno (curo versus longo-prazo); (b) da margem de segurança uilizada pelas firmas. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 2

3 Posuras... As relações enre os pagamenos conrauais (juros + amorizações) e os fluxos de caixa (primários) permiem a definição de rês posuras financeiras, a saber: Hedge Especulaiva. Ponzi. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 3

4 Posura Hedge É aquela na qual o fluxo de caixa esperado excede em muio os encargos conrauais para cada período. CC i Q i 2 ; Q i 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 4

5 Definições CC i : fluxo de compromissos financeiros no período i. Q i : Valor esperado da receia no período i. i2 : Variância do reorno esperado. : margem de segurança no pagameno. : grau de confiança da empresa na disribuição de probabilidades do fluxo de caixa. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 5

6 Posura Hedge Como as firmas hedge operam com uma margem de segurança, enão mesmo em siuações adversas o fluxo de caixa deverá ser suficiene para fazer frene aos pagamenos dos serviços da dívida (juros e amorizações). Tais empresas não precisam recorrer ao refinanciameno de posições. Variações da axa de juros não afeam a solvência das firmas. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 6

7 Posura Hedge As unidades hedge ambém maném um colchão de liquidez para fazer frene a imprevisos fuuros desfavoráveis que façam com que o fluxo de caixa se reduza muio além da margem de segurança esperada pelas empresas. Defina-se como o liquid asse kicker, ou seja, a relação desejada enre o volume de aivos líquidos e o valor presene das obrigações conrauais. Firmas hedge: > 0 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 7

8 Posura Especulaiva O fluxo de caixa esperado é menor do que os encargos conrauais (pagamenos de juros e amorizações) para ceros períodos; mas é suficiene para o pagameno de juros. > i =,..., T < i = T+,..., T+N Firmas com essa posura financeira em que recorrer ao refinanciameno periódico de suas posições para honrar os seus compromissos conrauais. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 8

9 Posura Especulaiva O VPL dessas firmas pode se ornar negaivo se as axas de juros aumenarem no momeno em que as firmas iverem que recorrer ao refinanciameno, ornando-se assim insolvenes. Essas firmas especulam com a possibilidade de que o refinanciameno esará disponível quando necessário em condições favoráveis. O refinanciameno, no enano, limia-se as parcelas vencidas das amorizações. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 9

10 Posura Ponzi O fluxo de caixa esperado no curo-prazo é menor do que os encargos conrauais, sendo insuficiene sequer para o pagameno da pare relaiva aos juros. Exemplo: emprésimos feios para financiar a aquisição de aivos que geram pouca ou nenhuma renda, mas cujo valor de revenda esperado desses aivos no fuuro é ido como suficiene para pagar as dívidas acumuladas e ainda deixar um lucro considerável. A fragilidade financeira da economia como um odo depende da composição enre as posuras hedge, especulaiva e ponzi. Quano maior for a paricipação das unidades especulaiva e ponzi no oal de empresas maior será a vulnerabilidade da economia a uma variação da axa de juros. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 0

11 Fragilidade Financeira Se o nível de fragilidade financeira for muio alo, enão uma pequena elevação da axa de juros pode ornar uma grande pare das firmas insolvenes, forçando-as a buscar fones secundárias de caixa para honrarem os seus compromissos conrauais. Venda de aivos 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB

12 Índice de Fragilidade Financeira Dreizzen, J. (985). O Conceio de Fragilidade Financeira em um Conexo Inflacionário. Prêmio BNDES de Economia. f S G 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 2

13 Índice... S D 0 ( a i) G D mv 0 e e 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 3

14 Definições S: Serviços financeiros (juros + amorizações) G: fundos auo-gerados pelas firmas. D o : Dívida inicial. a: coeficiene de amorização (%) i: axa de juros. m: margem de lucro. v: axa de roação dos aivos (vendas/aivo inicial). e: coeficiene de endividameno (dívida inicial/parimônio líquido inicial). 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 4

15 Fragilidade... Subsiuindo as definições de S e G na fórmula do índice de fragilidade, emos: f a i mv e e 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 5

16 Fragilidade O nível de fragilidade financeira de uma empresa (e da economia como um odo) será ão maior quano: Maior for a axa de juros nominal. Maior for o coeficiene de amorização da dívida, ou seja, quano menor for o prazo de pagameno dos emprésimos. Maior for o coeficiene de endividameno das empresas. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 6

17 Invesimeno e Financiameno Invesimeno: gasos com a ampliação da capacidade produiva da economia (máquinas, equipamenos e insalações). Dois mercados ineragem na deerminação do invesimeno. Mercados financeiros: mercados nos quais os preços dos aivos de capial e dos aivos financeiros são deerminados. Mercados de bens: mercados nos quais o invesimeno é deerminado por inermédio da combinação das condições de ofera e de financiameno. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 7

18 Fluxos de Caixa Todos os aivos da economia podem ser visos como fones alernaivas de fluxos de caixa. Os fluxos de caixa podem ser de dois ipos: Resulanes da operação de um aivo (fones primárias). Resulanes da venda do aivo (fones secundárias). 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 8

19 Fluxos de Caixa O fluxo de caixa obido com a venda de um aivo depende, enre ouros faores, de sua liquidez. Definição de liquidez: É a capacidade de um aivo em ser converido em meio de pagameno, de forma rápida e a um preço elevado relaivamene ao que poderia ser obido caso o vendedor esperasse por um prazo maior para se desfazer dele. A probabilidade de que a firma enha que ober um fluxo de caixa aravés da venda de seus aivos depende da sua esruura de passivo. Os pagamenos conrauais que uma firma deve efeuar incluem ano o pagameno do principal como o pagameno de juros. Se os passivos forem de curo-prazo enão os pagamenos conrauais podem exceder o fluxo de caixa obido pela operação dos aivos. Refinanciameno de posições. Se esse refinanciameno não esiver disponível em condições favoráveis (baixas axas de juros) enão as firmas serão obrigadas a vender os seus aivos. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 9

20 Valorização dos Aivos A valorização de um aivo numa economia capialisa pode ser visa como um processo em dois eságios: Esima-se o valor presene do fluxo de caixa que o aivo pode proporcionar devido ao seu uso. Esima-se o valor presene do fluxo de caixa que o aivo pode proporcionar ao ser vendido. Se os aivos são equivalenes quano ao fluxo de caixa que se espera ober dos mesmos devido ao seu uso, enão aqueles que possuírem um mercado secundário menos organizado serão vendidos com um descono relaivamene aos demais. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 20

21 Seja: Valorização dos Aivos P k : preço de mercado do aivo de capial. P l : preço de mercado de um aivo financeiro. Q i : fluxo de caixa esperado pela operação do aivo de capial CC: fluxo de caixa esperado pela posse do aivo financeiro. C k : faor de capialização do aivo de capial C l : faor de capialização do aivo financeiro. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 2

22 Faores de Capialização C k r k C l r l 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 22

23 Descono e liquidez Como os aivos de capial são menos líquidos do que os aivos financeiros, segue-se que a axa de reorno necessária para induzir os agenes a comprar um aivo de capial é maior do que a axa de reorno necessária para induzir os agenes a comprar um aivo financeiro. r k >r l logo: C k <C l 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 23

24 Descono e Liquidez C k C l ( M); A razão de proporcionalidade enre o faor de capialização dos aivos de capial e o faor de capialização dos aivos financeiros é uma função crescene da quanidade de moeda em circulação na economia 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 24

25 Descono e Liquidez Quano maior for a quanidade de moeda no porfólio dos agenes menor a probabilidade de que uma redução não-previsa nas receias force a venda de aivos. Menor é o prêmio de liquidez da moeda. Quano maior a quanidade de moeda exisene na economia mais fácil é a conversão dos aivos em meio de pagameno. Maior a liquidez dos aivos de capial. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 25

26 Valorização dos Aivos P k C P k P k k C P ( Q) ( M ( M k k ) C ( M ) ) C l l ( Q) 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 26

27 Valorização dos Aivos Quando o Banco Cenral aumena a quanidade de moeda em circulação na economia, ocorre um aumeno do faor de capialização dos aivos de capial relaivamene ao faor de capialização dos aivos financeiros. O prêmio de liquidez da moeda se reduz induzindo uma subsiuição de aivos financeiros por aivos de capial Como resulado dessa subsiuição de aivos no porfólio dos agenes ocorre um aumeno dos preços dos aivos de capial. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 27

28 P k P k P (M ) k M o M 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 28

29 Deerminanes da Posição da Curva P k Expecaivas sobre o fluxo de caixa fuuro dos aivos de capial. Esado de confiança sobre as quase-rendas esperadas. Depende do comporameno recene da economia. Se a economia em apresenado um bom desempenho no passado recene, enão os empresários endem a ficar gradaivamene mis confianes em suas próprias expecaivas sobre o fuuro. Esse aumeno do esado de confiança se raduz num aumeno dos preços dos aivos de capial. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 29

30 Ofera de Bens de Capial Suposos sobre a indúsria produora de equipamenos de capial: Rendimenos marginais decrescenes: o aumeno da produção de bens de capial é seguido por um aumeno do preço de ofera desses bens. Esabilidade da axa de salário nominal ao longo do empo. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 30

31 P I I 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 3

32 Financiameno do Invesimeno O Invesimeno pode ser financiado por inermédio de recursos próprios ou recursos exernos. O percenual de recursos próprios e de capial de erceiros no passivo da empresa deermina a sua esruura de capial. Teorema da irrelevância de Modigliani-Miller: num mundo com informações compleas e sem disorções ribuárias, a esruura de capial da empresa é irrelevane. Em ouras palavras: a forma pela qual a empresa financia os seus gasos de invesimeno não afea o volume óimo de invesimeno a ser realizado pela empresa. A regra é invesir em odos aqueles projeos para os quais o VPL seja maior do que zero. Por que razão uma firma não seria capaz de ober financiameno para um projeo de invesimeno que possua um VPL maior do que zero? 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 32

33 Financiameno... No mundo real as informações não são compleas, exise incereza sobre os evenos fuuros. Essa incereza cria uma preferência por recursos próprios no financiameno do invesimeno. Risco do omador: o grau de exposição da firma aumena a medida em que o percenual do invesimeno que é financiado com recursos de erceiros aumena (risco de inadimplência) Risco do empresador : À medida em que o percenual do invesimeno financiado com recursos de erceiros aumena, os credores ficam mais reluanes em financiar novos projeos da mesma firma pois consideram esar compromeendo uma quanidade muio grande de recursos num único omador. Redução do grau de diversificação de porfólio: aumeno do risco. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 33

34 Risco do Tomador O risco do omador age aravés da redução do faor de capialização aplicado aos rendimenos esperados dos aivos de capial. O preço máximo que uma empresa esá disposa a pagar por um aivo de capial (preço de demanda) se reduz a medida em que ela financia uma proporção crescene do invesimeno com capial de erceiros. O preço de demanda fica abaixo do valor de mercado do aivo. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 34

35 Risco do Empresador O risco do empresador age aravés de um aumeno da axa de juros sobre os emprésimos concedidos a firma. O cuso do invesimeno para a firma aumena a medida em que uma proporção maior desse invesimeno é financiado com recursos de erceiros. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 35

36 Observação Tano o risco do omador como o risco do empresador são subjeivos. Ambos dependem do esado de confiança do empresador e do omador no fluxo de caixa esperado das firmas. Um aumeno do oimismo dos omadores e dos empresadores vai se raduzir numa redução da percepção de risco de ambos, levando a um aumeno do invesimeno e do endividameno. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 36

37 Deerminação do invesimeno e da Esruura de Capial P K,P I P k Risco do omador Risco do empresador P I Capial próprio I 0 I N I Capial de erceiros 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 37

38 Quesão para Discussão Comene a seguine afirmação: No modelo de Minsky a esruura de capial da empresa é irrelevane porque o invesimeno é deerminado independenemene da esruura de capial Uilize o modelo de Minsky para analisar os efeios sobre o invesimeno desejado pelas firmas, a sua esruura de capial e o preço dos aivos de capial de um aumeno do esado de confiança das empresas nas suas projeções quano ao fluxo de caixa de seus projeos de invesimeno. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 38

39 A Deerminação dos Lucros e a Validação das Dívidas As firmas precisam ober um volume mínimo de lucros para validar a esruura de passivo resulane das decisões de invesimeno omadas no passado. O que deermina o volume de lucros das firmas como um odo? Modelo de rês deparamenos de M. Kalecki. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 39

40 Modelo Economia com rês deparamenos: Deparameno produor de bens de capial Deparameno produor de bens de consumo necessários. Deparameno produor de bens de consumo de luxo. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 40

41 Modelo DI DII DIII TOTAL WI WII WII W PI PII PIII P I C K C W Y 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 4

42 Relações Conábeis Y = P + W Y = I + C k + C w Suposo Kaleckiano: os rabalhadores gasam udo o que ganham. W = C w Temos: P = I + C k Suposo simplificador: P = I Kalecki: os capialisas não podem decidir sobre aquilo que irão ganhar; mas apenas sobre aquilo que irão gasar. O invesimeno deermina os lucros, e não o conrário. Uma redução do invesimeno correne irá resular numa redução do fluxo de lucros; fazendo com que empresas que anes inham posuras do ipo hedge passem a er posuras do ipo especulaivo e ponzi. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 42

43 Fragilização Endógena das Esruuras de Passivo A experiência indica que as economias capialisas oscilam enre esruuras financeiras robusas e frágeis. Como a fragilidade emerge do funcionameno endógeno das economias capialisas e como as siuações de robusez são reconsiuídas? Hipóese da Insabilidade Financeira: As economias de mercado possuem uma endência inerene a se ransformarem em sisemas financeiramene frágeis, por inermédio das decisões racionais dos agenes econômicos. Os agenes respondem ao desequilíbrio criando novas forças de desequilíbrio. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 43

44 Evolução das Esruuras Financeiras Pós-Crise Financeira: Os bancos e as empresas que sofreram perdas irão aumenar as suas margens de segurança, eviando financiameno do ipo especulaivo e Ponzi. Redução do invesimeno devido ao aumeno das margens de segurança. Baixo nível de aividade econômica. Lucros são susenados pelos déficis do governo. Os lucros das firmas aumenam com relação ao invesimeno. Diminui o peso do financiameno exerno no invesimeno oal. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 44

45 Evolução... O refinanciameno de posições à axas de juros baixas permie a consolidação das dívidas de curo-prazo e sua ransformação em dívida de longo-prazo. Em função dos déficis governamenais, o peso dos íulos do governo no porfólio dos bancos irá aumenar, aumenando assim a liquidez dos bancos e diminuindo a sua exposição ao risco de defaul. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 45

46 Início da recuperação Balanços das empresas apresenam grande liquidez. Liquidez não é valorizada: baixo prêmio de liquidez da moeda. A maior pare das firmas consegue honrar os seus compromissos conrauais juno aos bancos. Ausência de urbulência nos mercados financeiros. Aumeno do esado de confiança dos bancos e das firmas com respeio a capacidade desas úlimas de honrar os seus compromissos conrauais. Redução do risco do omador e do empresador. Queda das margens de segurança Aumeno do invesimeno desejado pelas firmas. Aumeno do peso do financiameno com recursos de erceiros no invesimeno oal. Aumeno da ofera de moeda Aumeno dos preços dos aivos de capial Novo aumeno do invesimeno. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 46

47 A Reomada P k P k 2 P k P k 0 Ps M o M M I o I I 2 I 3 I Recursos Próprios Recursos de erceiros 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 47

48 Efeios Macroeconômicos O aumeno do invesimeno realizado pelas firmas irá resular num aumeno dos lucros além do esperado por elas. Efeios: Essa surpresa irá se raduzir num aumeno do valor capializado dos lucros fuuros das empresas. Aumeno dos preços de mercado dos aivos de capial. Aumeno do preço de demanda dos bens de capial. Aumeno do volume de recursos inernos da firma, de maneira que ex-pos ela irá verificar que a relação financiameno exerno/financiameno inerno foi menor do que a desejada/esperada. Nova redução do risco do omador. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 48

49 Aumeno da Fragilidade Ao longo desse processo as posuras financeiras esarão se ornando cada vez mais frágeis pois: O aumeno do esado de confiança leva a uma progressiva redução das margens de segurança e, porano, a adoção de; Formas de financiameno cada vez mais arriscadas (redução dos prazos, diminuição das exigência de colaeral, ec). Implemenação de projeos de invesimeno com fluxos de caixa mais inceros ou mais disanes no empo. Ocorre um aumeno progressivo do esoque da dívida e do peso do financiameno exerno no invesimeno. No índice de fragilidade financeira de Dreizzen a e e aumenam. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 49

50 Racionalidade O comporameno dos agenes econômicos ao longo do ciclo econômico é racional? Para alguns economisas, esse comporameno dos agenes econômicos é irracional (miopia) porque embora os agenes econômicos saibam que uma crise financeira esá a caminho; a maneira pela qual eles compõe o seu porfólio acaba por aumenar a probabilidade de uma crise. Durane a expansão ano as firmas como os bancos esão reduzindo as suas margens de segurança porque a sua percepção de risco esá se reduzindo (aumeno do esado de confiança). Conudo, a fragilidade financeira do sisema como um odo esá aumenando. Incompaibilidade enre a percepção individual de risco e o comporameno do risco ao nível macroeconômico. Isso não seria um comporameno irracional? 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 50

51 Falácia da Composição A fragilidade financeira do sisema como um odo não depende da siuação de uma firma, mas de odas as firmas da economia. Com informação imperfeia, a firma individual não em como saber a respeio da siuação financeira das demais firmas. Ela não é capaz de acessar o nível de fragilidade financeira da economia como um odo. Por mais informados que os agenes sejam, eles não são capazes de saber qual o nível de endividameno que ransforma uma esruura robusa numa esruura frágil. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 5

52 Esruura Assimérica de Recompensas Para a firma individual não é lucraivo adoar posuras hedge durane o boom. As firmas que não uilizarem oda a alavancagem que puderem irão perder marke-share e não conseguiram ser compeiivas no longo-prazo. Numa crise, vários gerenes mais agressivos erão levado suas firmas a falência de forma que ninguém em paricular poderá ser culpado por isso. Logo o comporameno agressivo é mais recompensado e menos punido do que o comporameno prudene. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 52

53 José Luis Oreiro Deparameno de Economia Universidade de Brasília 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 53

54 Inrodução Fao esilizado fundamenal sobre a dinâmica das economias capialisas: Fluuações irregulares e persisenes das variáveis macroeconômicas em orno de suas respecivas endências de longo-prazo. Paradigmas alernaivos para explicar esse fenômeno: Teoria dos Ciclos Reais de negócios: Ênfase nos choques exógenos da ecnologia num conexo de equilíbrio compeiivo Walrasiano como fone das fluuações cíclicas do nível de produção e emprego. Nos modelos dessa radição, os ciclos econômicos são a resposa óima dos agenes econômicos a ocorrência de choques ecnológicos de al forma que não há nenhum espaço para melhorar o bem-esar dos agenes por inermédio da inrodução de políicas ani-cíclicas. Além disso, a demanda agregada não desempenha nenhum papel na explicação das fluuações do nível de produção e emprego Teoria Keynesiana (senido amplo): Considera que as fluuações cíclicas resulam da dinâmica da demanda agregada num conexo no qual os mercados não esão em equilíbrio. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 54

55 Modelos da Tradição Keynesiana Dois ipos: Modelos de impulso-propagação: Os modelos de impulso-propagação são modelos nos quais se especifica uma fone exógena de choques sobre o sisema (na radição keynesiana, raam-se de choques sobre a demanda agregada) e um mecanismo pelo qual esses choques se propagam pelo sisema econômico dando origem as fluuações do nível de aividade econômica. Via de regra, nessa classe de modelos, o mecanismo de propagação é a exisência de algum ipo de rigidez nominal (conraos salariais jusa-posos, menu-coss, quase-racionalidade, ec) que faz com que as empresas respondam a um choque exógeno da demanda agregada por inermédio de um ajuse das quanidades produzidas, ao invés de um ajuse do nível de preços. Modelos de movimeno perpéuo: A ineração endógena enre as variáveis econômicas (via de regra, a ineração enre os efeios muliplicador e acelerador ) resula no surgimeno de fluuações regulares e persisenes do nível de aividade econômica, independenemene da ocorrência de qualquer choque exógeno ao sisema. Exemplos: Samuelson (939), Hicks (950), Kalecki (954). 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 55

56 Finance: he missing link Nos primeiros modelos keynesianos de movimeno perpéuo, as variáveis financeiras não desempenhavam nenhum papel relevane na dinâmica cíclica, a qual resulava apenas da ineração enre o efeio muliplicador e acelerador. No enano, as variáveis financeiras sempre desempenharam um papel fundamenal para a dinâmica macroeconômica na lieraura keynesiana de caráer mais apreciaivo, noadamene nos escrios de Hyman Minsky (982, 986). Com efeio, Minsky apresenou a assim chamada hipóese da insabilidade financeira segundo a qual as fluuações observadas do nível de produção e de emprego resulam da evolução endógena das esruuras de passivo das empresas em direção a posuras crescenemene frágeis, o que acaba ornando ineviável a ocorrência de uma crise financeira e a queda conseqüene do nível de invesimeno e de produção 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 56

57 Modelos Minskianos Formais Taylor e O Connell (985): Apresena um modelo macro-dinâmico linear com o objeivo de mosrar a possibilidade de ocorrência de uma crise financeira a parir de um processo de deflação de aivos causado por uma redução exógena do esado de confiança dos agenes. A deflação de aivos ocorre em função da endogenidade do valor do esoque de riqueza da economia, o qual resula das decisões de composição de porfólio dos agenes econômicos Jarsulic (989): Apresena um modelo macro-dinâmico não-linear no qual a ineração enre o invesimeno e as condições de financiameno na economia dá origem a fluuações regulares na forma de um ciclo-limie. Keen (995, 999): Desenvolvimeno de modelos do ipo predador-presa nos quais a ineração enre endividameno e paricipação dos lucros na renda dão origem a fluuações regulares do nível de endividameno e da disribuição funcional da renda. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 57

58 O Modelo Fazzari-Ferri-Greenberg (2008) Consrução de um modelo no qual as fluuações do nível de aividade econômica são o resulado das fluuações do invesimeno e do endividameno num conexo em que a disribuição funcional da renda permanece consane ao longo do empo. O aspeco fundamenal do modelo de FFG é a incorporação de um acelerador financeiro no qual a decisão de invesimeno em capial fixo é posiivamene afeada pelo fluxo de caixa gerado pelas firmas, o qual depende, enre ouras variáveis, dos serviços financeiros relaivos ao esoque de endividameno. Dessa forma, a evolução da axa nominal de juros passa a er um papel de imporância fundamenal na dinâmica do invesimeno e, por conseguine, na dinâmica do nível de aividade econômica. Ao relacionar a axa de inflação com o nível de aividade econômica por inermédio de uma versão modificada da equação de Phillips, FFG consroem uma relação do ipo predador-presa para o invesimeno e o nível de endividameno. Com efeio, um aumeno do invesimeno gera um aumeno do nível de aividade econômica, o qual, por sua vez, resula num aumeno da axa de inflação e da axa nominal de juros. O aumeno da axa de juros resula num aumeno dos encargos financeiros relaivos à dívida das empresas, reduzindo assim o seu fluxo de caixa. A redução do fluxo de caixa aua no senido de desesimular o invesimeno, dando início a um movimeno de conração do nível de aividade. Esse movimeno, por sua vez, induz a uma redução da axa de inflação, fazendo com que a axa de juros e os serviços financeiros relaivos ao endividameno das empresas se reduzam 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 58

59 Limiações do modelo FFG (i) a axa nominal de juros é independene da políica moneária, sendo deerminada com base numa relação de Fisher onde a axa nominal de juros é o resulado da adição enre a axa real de juros (suposa consane ao longo do empo) e a axa de inflação (que varia de acordo com a equação de Phillips). Dessa forma, a políica moneária não desempenha nenhum papel da deerminação da axa de juros, o que elimina ex-ane a possibilidade de se usar a políica moneária como insrumeno de esabilização do nível de produção e emprego (ii) as séries macroeconômicas do modelo FFG apresenam fluuações regulares (periodicidade e ampliude consanes) em orno dos valores de seady-sae dessas variáveis. O problema com esse ipo de fluuação é que no mundo real as séries macroeconômicas apresenam fluuações essencialmene irregulares, ou seja, a periodicidade e a ampliude das fluuações são variáveis ao longo do empo 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 59

60 Objeivos do Arigo Esender o modelo FFG por inermédio da incorporação de uma regra de Taylor e de um processo markoviano de formação de bolhas especulaivas no valor da riqueza financeira dos consumidores, o qual passa a influenciar a dinâmica do consumo agregado. Essas exensões êm por objeivo não só ornar o modelo em consideração mais compaível com as idéias de Hyman Minsky a respeio da dinâmica financeira dos ciclos econômicos como principalmene avaliar o papel da políica moneária e das bolhas especulaivas para o fenômeno da persisência das fluuações cíclicas 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 60

61 Esruura do Modelo FFG ^ 2 0 ˆ CF p Y g Y I D R W p Y CF ˆ ˆ ^ R d g g i ˆ ˆ Y p D R I p W D D g i d g R d 2 ˆ Y Y g C 2 ˆ g i Y Y g 2 2 * ˆ w u u u u g l l w ^ X X 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 6

62 Simulação Compuacional do Modelo Original Como as equações em diferenças finias que compõem o modelo FFG são não-lineares, deve-se proceder a simulações numéricas para explorar o comporameno do mesmo. O horizone emporal da simulação é de 00 rimesres (25 anos). Para a simulação do modelo foram uilizados os mesmos valores dos parâmeros uilizados por FFG (2008). 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 62

63 Valores usados na simulação padrão TABELA I: VALORES UTILIZADOS NA SIMULAÇÃO PADRÃO η 0.5 λ 0.4 τ (ano) 0.03 η λ π * (ano) 0.02 w 0.80 σ 0.05 u * 0.04 r (ano) 0.0 σ g * (ano) /05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 63

64 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 64

65 O Modelo Esendido I: Políica Moneária e Regra de Taylor f f y T Y Y Y r R,, *, ˆ, f u g, f Y u Y ˆ *, y T g u r R 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 65

66 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 66

67 O Modelo FFG Esendido II: Bolhas markovianas e efeio riqueza Dado que a adoção de uma regra de políica moneária, como a regra de Taylor, esabiliza a economia, eliminando os ciclos econômicos no longo prazo, perguna-se que elemeno poderia explicar a persisência das fluuações num marco eórico como o apresenado por FFG. Uma hipóese preliminar a ser feia é se a ocorrência de um fenômeno freqüene, como o das bolhas especulaivas, poderia explicar essa persisência. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 67

68 Bolha Markoviana Inclusão de uma bolha markoviana deerminísica (Salge, 997) a qual afea a riqueza dos agenes e, dessa forma, o dispêndio de consumo por inermédio do efeio-riqueza. No modelo original, o consumo dos agenes dependia dos parâmeros λ e λ2, que represenavam a propensão marginal a consumir dos agenes com base na renda esperada e na renda passada, respecivamene. A inclusão do efeio riqueza adiciona um novo elemeno a função consumo dos agenes, baseado na riqueza deles, que ambém não era modelada. Para inclusão, no modelo, da riqueza dos agenes, assume-se que esa é disribuída uniformemene enre eles, e que consise no valor agregado das ações, ou seja, do capial, das empresas paricipanes do modelo, no período inicial. Esse valor é enão sujeio a uma bolha markoviana em cada período, de maneira que o valor da riqueza pode aumenar a uma axa fixa, em função do crescimeno da bolha, ou cair bruscamene ao valor inicial, no caso em que a bolha explode. A dinâmica da bolha é definida exogenamene: ano a axa anual de crescimeno quano a probabilidade de esouro em cada período são parâmeros exógenos 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 68

69 Hipóeses As empresas não possuem ações em sua careira Durane a simulação, não são colocadas à venda ações no mercado primário; As ações são possuídas pelos consumidores não-empresariais. O valor inicial da riqueza dos agenes é o valor dessas ações, dado pelo valor do capial ao início da simulação. O efeio riqueza no consumo é linear com a riqueza. Assim, o efeio global, sobre o consumo, das riquezas dos agenes não depende da disribuição de riqueza enre os agenes econômicos. O efeio riqueza é backward-looking enende-se que os consumidores levam em cona a riqueza que possuem ao início do período, igual à possuída ao final do período anerior, e não a que possuirão ao final do período. O comporameno da bolha é descrio em ermos reais (e não, nominais) por meio de uma axa de crescimeno da bolha b (anual) e da probabilidade de esouro da bolha em cada período da simulação Pb. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 69

70 Dinâmica da bolha V s s V b com probabilidade ( P b ) caso em que a bolha cresce; e : s s V V0 com probabilidade P b caso em que a bolha esoura, Para haver crescimeno da bolha, deve-se er b > g. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 70

71 Dinâmica da Bolha s V Y Y g C 3 2 ˆ s v g i g 3 2 ˆ s s g b v v 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 7

72 Simulação com bolha e regra de Taylor TABELA II: PARÂMETROS ADICIONAIS DO MODELO ESTENDIDO (λ 3 ) δ (ano) (b) 0.4 Pb (período) /05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 72

73 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 73

74 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 74

75 TABELA III: COMPARAÇÃO ENTRE OS VALORES ESTACIONÁRIOS DO MODELO FFG ORIGINAL COM AS VERSÕES DO MODELO ESTENDIDO Simulação RT * (ano) i *, i, * T * i Tw d *, * d T, * d Tw η 0, η T0, η Tw0 Sem políica moneária, sem efeio riqueza Com políica moneária Com políica moneária e efeio riqueza /05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 75

76 Regulariedades Obidas a parir da Simulação de Mone Carlo Com relação aos dados de crescimeno e recessão, verifica-se que as recessões se iniciam, em média, cinco rimesres após o esouro da bolha, e êm duração média de 5.4 rimesres (6 meses). Com relação ao coeficiene de efeio riqueza (λ3) e à riqueza inicial (), que é o valor base para o crescimeno da bolha, o esudo não foi conclusivo. Por ouro lado, bolhas com maior axa de crescimeno (b) provocam maior número de recessões, e bolhas com maior probabilidade de esouro no período (Pb), provocam menor número de recessões. Uma redução nos pesos da inflação e do crescimeno na regra de Taylor reduz o número de recessões, sugerindo que a adoção da regra de Taylor, na siuação esada, aumena o número de recessões, comparaivamene à sua não-adoção. Com relação ao desemprego, verifica-se, em odos os casos que, mesmo após o érmino da recessão, o mesmo coninua aumenando aé aingir um máximo de aproximadamene 0% da força de rabalho, 4 a 5 períodos após o esouro. Por ouro lado, o invesimeno sofre uma queda brusca após o esouro da bolha e se recupera anes do érmino da recessão, sendo um faor imporane de recuperação para a economia. A inflação mosra um padrão fixo de pequeno aumeno, aé o início da recessão, e depois enra em queda aé uns 7 a 8 períodos após o esouro da bolha, chegando, em alguns casos, a níveis de deflação. Com relação à perda média de riqueza associada à ocorrência de recessões, é superior a 80% do parimônio inicial em odas as siuações esadas. No enano, a mínima perda de riqueza que causou uma recessão, que pode ser considerada um indicaivo da fragilidade da siuação econômica esada, mosra que as siuações de maior fragilidade são aquelas em que a bolha em maior axa de crescimeno ou nas quais os pesos da regra de Taylor são menores; por ouro lado, as siuações de menor fragilidade são aquelas em que as bolhas apresenam menor axa de crescimeno ou quando a riqueza inicial (), que serve de base para o crescimeno da bolha, é menor. 24/05/208 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 76

01/03/2018 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 1

01/03/2018 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB 1 Professor do Deparameno de Economia da Universidade de Brasília. Pesquisador Nível IB do CNPq Presidene da Associação Keynesiana Brasileira (2013-2015) 01/03/2018 Macroeconomia Pós-Keynesiana - Face/Eco/UnB

Leia mais

Um Modelo Keynes-Minsky Generalizado de Flutuações Cíclicas

Um Modelo Keynes-Minsky Generalizado de Flutuações Cíclicas Um Modelo Keynes-Minsky Generalizado de Fluuações Cíclicas José Luis Oreiro Celso Vila Nova de Souza Kelly Pereira Guedes Sergio Rubens Sancao de Souza Resumo: Ese arigo em por objeivo esender o modelo

Leia mais

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO 1 Quesão: Um fao esilizado sobre a dinâmica do crescimeno econômico mundial é a ocorrência de divergências

Leia mais

Expectativas, consumo e investimento CAPÍTULO 16. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

Expectativas, consumo e investimento CAPÍTULO 16. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Expecaivas, consumo e Olivier Blanchard Pearson Educaion CAPÍTULO 16 16.1 Consumo A eoria do consumo foi desenvolvida na década de 1950 por Milon Friedman, que a chamou de eoria do consumo da renda permanene,

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA EAE 206 Macroeconomia I 1º Semesre de 2017 Professor Fernando Rugisky Lisa de Exercícios 3 [1] Considere

Leia mais

Considere uma economia habitada por um agente representativo que busca maximizar:

Considere uma economia habitada por um agente representativo que busca maximizar: 2 Modelo da economia Uilizaram-se como base os modelos de Campos e Nakane 23 e Galí e Monacelli 22 que esendem o modelo dinâmico de equilíbrio geral de Woodford 21 para uma economia abera Exisem dois países:

Leia mais

3 Modelo Teórico e Especificação Econométrica

3 Modelo Teórico e Especificação Econométrica 3 Modelo Teórico e Especificação Economérica A base eórica do experimeno será a Teoria Neoclássica do Invesimeno, apresenada por Jorgensen (1963). Aneriormene ao arigo de Jorgensen, não havia um arcabouço

Leia mais

MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS

MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS 1 Quesão: Suponha que um governo de direia decida reduzir de forma permanene o nível do seguro desemprego. Pede-se: a) Quais seriam

Leia mais

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACUDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III icenciaura de Economia (ºAno/1ºS) Ano ecivo 007/008 Caderno de Exercícios Nº 1

Leia mais

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise 4 O Papel das Reservas no Cuso da Crise Nese capíulo buscamos analisar empiricamene o papel das reservas em miigar o cuso da crise uma vez que esa ocorre. Acrediamos que o produo seja a variável ideal

Leia mais

Lista de Exercícios nº 3 - Parte IV

Lista de Exercícios nº 3 - Parte IV DISCIPLINA: SE503 TEORIA MACROECONOMIA 01/09/011 Prof. João Basilio Pereima Neo E-mail: joaobasilio@ufpr.com.br Lisa de Exercícios nº 3 - Pare IV 1ª Quesão (...) ª Quesão Considere um modelo algébrico

Leia mais

Contabilometria. Séries Temporais

Contabilometria. Séries Temporais Conabilomeria Séries Temporais Fone: Corrar, L. J.; Theóphilo, C. R. Pesquisa Operacional para Decisão em Conabilidade e Adminisração, Ediora Alas, São Paulo, 2010 Cap. 4 Séries Temporais O que é? Um conjuno

Leia mais

Aplicações à Teoria da Confiabilidade

Aplicações à Teoria da Confiabilidade Aplicações à Teoria da ESQUEMA DO CAPÍTULO 11.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS 11.2 A LEI DE FALHA NORMAL 11.3 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL 11.4 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL E A DISTRIBUIÇÃO DE POISSON 11.5 A LEI

Leia mais

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1.1. Disribuição, Lucro e Renda Kalecki, TDE, cap. A eoria dos lucros em um modelo simplificado Poupança e invesimeno O efeio do saldo da balança comercial

Leia mais

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA 1.1. Disribuição, Lucro e Renda Kalecki, TDE, cap. 5 Inrodução Produo nacional, lucros e invesimeno em um modelo simplificado Modificações no invesimeno e

Leia mais

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield 5 Erro de Apreçameno: Cuso de Transação versus Convenience Yield A presene seção em como objeivo documenar os erros de apreçameno implício nos preços eóricos que eviam oporunidades de arbiragem nos conraos

Leia mais

4 O modelo econométrico

4 O modelo econométrico 4 O modelo economérico O objeivo desse capíulo é o de apresenar um modelo economérico para as variáveis financeiras que servem de enrada para o modelo esocásico de fluxo de caixa que será apresenado no

Leia mais

Taxa Real de Câmbio, Mobilidade de Capitais e Mudança Estrutural num Modelo Kaldoriano Modificado de Causalidade Cumulativa

Taxa Real de Câmbio, Mobilidade de Capitais e Mudança Estrutural num Modelo Kaldoriano Modificado de Causalidade Cumulativa Taxa Real de Câmbio, Mobilidade de Capiais e Mudança Esruural num Modelo Kaldoriano Modificado de Causalidade Cumulaiva José Luís Oreiro Breno Pascualoe Lemos Resumo: Ese arigo em por objeivo apresenar

Leia mais

4 Método de geração de cenários em árvore

4 Método de geração de cenários em árvore Méodo de geração de cenários em árvore 4 4 Méodo de geração de cenários em árvore 4.. Conceios básicos Uma das aividades mais comuns no mercado financeiro é considerar os possíveis esados fuuros da economia.

Leia mais

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto Exercícios sobre o Modelo Logísico Discreo 1. Faça uma abela e o gráfico do modelo logísico discreo descrio pela equação abaixo para = 0, 1,..., 10, N N = 1,3 N 1, N 0 = 1. 10 Solução. Usando o Excel,

Leia mais

Política fiscal: Um resumo CAPÍTULO 26. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

Política fiscal: Um resumo CAPÍTULO 26. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Políica fiscal: Um resumo Olivier Blanchard Pearson Educaion CAPÍTULO 26 2006 Pearson Educaion Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard 26.1 Capíulo 26: Políica fiscal um resumo Resrição orçamenária do governo

Leia mais

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração Teorias do Crescimeno Económico Mesrado de Economia Modelos de Crescimeno Endógeno de 1ªgeração Inrodução A primeira geração de modelos de crescimeno endógeno ena endogeneiar a axa de crescimeno de SSG

Leia mais

3 Fluxos de capitais e crescimento econômico: o canal do câmbio

3 Fluxos de capitais e crescimento econômico: o canal do câmbio 3 Fluxos de capiais e crescimeno econômico: o canal do câmbio Nese capíulo exploraremos as implicações de um imporane canal de ransmissão pelo qual um volume maior de fluxos de capiais exernos enre países

Leia mais

TIR Taxa Interna de Retorno LCF Economia de Recursos Florestais 2009

TIR Taxa Interna de Retorno LCF Economia de Recursos Florestais 2009 TIR Taxa Inerna de Reorno LCF 685-Economia de Recursos Floresais 2009 TIR: Taxa Inerna de Reorno AT Taxa Inerna de Reorno (TIR)de um projeo é aquela que orna o valor presene das receias menos o valor presene

Leia mais

Capítulo 2 EFEITOS NO NÍVEL DE PRODUTO DA ECONOMIA CAUSADOS POR ALTERAÇÕES MONETÁRIAS EXÓGENAS

Capítulo 2 EFEITOS NO NÍVEL DE PRODUTO DA ECONOMIA CAUSADOS POR ALTERAÇÕES MONETÁRIAS EXÓGENAS Capíulo 2 EFEITOS NO NÍVEL DE PRODUTO DA ECONOIA CAUSADOS POR ALTERAÇÕES ONETÁRIAS EXÓGENAS 2.. INTRODUÇÃO Nese capíulo analisamos uma economia similar à considerada no capíulo anerior, mas com a diferença

Leia mais

Capítulo 11. Corrente alternada

Capítulo 11. Corrente alternada Capíulo 11 Correne alernada elerônica 1 CAPÍULO 11 1 Figura 11. Sinais siméricos e sinais assiméricos. -1 (ms) 1 15 3 - (ms) Em princípio, pode-se descrever um sinal (ensão ou correne) alernado como aquele

Leia mais

GRUPO XIII GRUPO DE ESTUDO DE INTERFERÊNCIAS, COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA E QUALIDADE DE ENERGIA - GCQ

GRUPO XIII GRUPO DE ESTUDO DE INTERFERÊNCIAS, COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA E QUALIDADE DE ENERGIA - GCQ SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GCQ - 11 16 a 21 Ouubro de 2005 Curiiba - Paraná GRUPO XIII GRUPO DE ESTUDO DE INTERFERÊNCIAS, COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA E

Leia mais

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Geulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / 2011 Professor: Rubens Penha Cysne Lisa de Exercícios 5 Crescimeno com Inovações Horizonais (Inpu Varieies) 1-

Leia mais

4 Modelagem e metodologia de pesquisa

4 Modelagem e metodologia de pesquisa 4 Modelagem e meodologia de pesquisa Nese capíulo será apresenada a meodologia adoada nese rabalho para a aplicação e desenvolvimeno de um modelo de programação maemáica linear misa, onde a função-objeivo,

Leia mais

2 Reforma Previdenciária e Impactos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos

2 Reforma Previdenciária e Impactos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos Reforma Previdenciária e Impacos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos Em dezembro de 998 foi sancionada a Emenda Consiucional número 0, que modificou as regras exisenes no sisema de Previdência Social.

Leia mais

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas Séries de Tempo Inrodução José Faardo EBAPE- Fundação Geulio Vargas Agoso 0 José Faardo Séries de Tempo . Por quê o esudo de séries de empo é imporane? Primeiro, porque muios dados econômicos e financeiros

Leia mais

Gráfico 1 Nível do PIB: série antiga e série revista. Série antiga Série nova. através do site

Gráfico 1 Nível do PIB: série antiga e série revista. Série antiga Série nova. através do site 2/mar/ 27 A Revisão do PIB Affonso Celso Pasore pasore@acpasore.com Maria Crisina Pinoi crisina@acpasore.com Leonardo Poro de Almeida leonardo@acpasore.com Terence de Almeida Pagano erence@acpasore.com

Leia mais

Um modelo macrodinâmico pós-keynesiano de simulação

Um modelo macrodinâmico pós-keynesiano de simulação Revisa de Economia Políica, vol. 27, nº 1 (105), pp. 82-107, janeiro-março/2007 Um modelo macrodinâmico pós-keynesiano de simulação JOSÉ LUÍS OREIRO FÁBIO HIDEKI ONO* A pos-keynesian macro-dynamic model

Leia mais

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3 3 eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3.. eorno de um Aivo Grande pare dos esudos envolve reorno ao invés de preços. Denre as principais

Leia mais

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço 5 Meodologia Probabilísica de Esimaiva de Reservas Considerando o Efeio-Preço O principal objeivo desa pesquisa é propor uma meodologia de esimaiva de reservas que siga uma abordagem probabilísica e que

Leia mais

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque:

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque: DEMOGRAFIA Fone: Ferreira, J. Anunes Demografia, CESUR, Lisboa Inrodução A imporância da demografia no planeameno regional e urbano O processo de planeameno em como fim úlimo fomenar uma organização das

Leia mais

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares (Chiang e Wainwrigh Capíulos 17 e 18) Caracerização Geral de Equações a diferenças Lineares: Seja a seguine especificação geral de uma equação a diferença

Leia mais

FINANÇAS EMPRESARIAIS I

FINANÇAS EMPRESARIAIS I 8. Invesimeno em Obrigações 1 8.1. Aspecos gerais 8.2. O cupão 8.3. Reembolso de um emprésimo obrigacionisa Bibliografia: Canadas, Naália (1998), A Maemáica do Financiameno e das Aplicações de Capial,

Leia mais

Análise de Informação Económica e Empresarial

Análise de Informação Económica e Empresarial Análise de Informação Económica e Empresarial Licenciaura Economia/Finanças/Gesão 1º Ano Ano lecivo de 2008-2009 Prova Época Normal 14 de Janeiro de 2009 Duração: 2h30m (150 minuos) Responda aos grupos

Leia mais

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 163 22. PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 22.1. Inrodução Na Seção 9.2 foi falado sobre os Parâmeros de Core e

Leia mais

III Congresso da Sociedade Portuguesa de Estatística Guimarães, 26 a 28 Junho 1995

III Congresso da Sociedade Portuguesa de Estatística Guimarães, 26 a 28 Junho 1995 1 III Congresso da Sociedade Poruguesa de Esaísica Guimarães, 26 a 28 Junho 1995 Políicas Ópimas e Quase-Ópimas de Inspecção de um Sisema Sujeio a Falhas Cláudia Nunes, João Amaral Deparameno de Maemáica,

Leia mais

Circuitos Elétricos I EEL420

Circuitos Elétricos I EEL420 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL420 Coneúdo 1 - Circuios de primeira ordem...1 1.1 - Equação diferencial ordinária de primeira ordem...1 1.1.1 - Caso linear, homogênea, com

Leia mais

Para Newton, conforme o tempo passa, a velocidade da partícula aumenta indefinidamente. ( )

Para Newton, conforme o tempo passa, a velocidade da partícula aumenta indefinidamente. ( ) Avaliação 1 8/0/010 1) A Primeira Lei do Movimeno de Newon e a Teoria da elaividade esria de Einsein diferem quano ao comporameno de uma parícula quando sua velocidade se aproxima da velocidade da luz

Leia mais

Modelos Não-Lineares

Modelos Não-Lineares Modelos ão-lineares O modelo malhusiano prevê que o crescimeno populacional é exponencial. Enreano, essa predição não pode ser válida por um empo muio longo. As funções exponenciais crescem muio rapidamene

Leia mais

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1.

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1. 1 Modelo de crescimeno neoclássico, unisecorial com PT e com axa de poupança exógena 1.1 Hipóeses Função de Produção Cobb-Douglas: (, ) ( ) 1 Y = F K AL = K AL (1.1) FK > 0, FKK < 0 FL > 0, FLL < 0 Função

Leia mais

VI SBQEE. 21 a 24 de agosto de 2005 Belém Pará Brasil

VI SBQEE. 21 a 24 de agosto de 2005 Belém Pará Brasil VI SBQEE 21 a 24 de agoso de 5 Belém Pará Brasil Código: BEL 03 7573 Tópico: Aspecos Conrauais Legais APLICAÇÃO DA MODERNA TEORIA FINANCEIRA NA AVALIAÇÃO DE CONTRATOS DE PERFORMANCE EM QUALIDADE DA ENERGIA

Leia mais

2 Conceitos Iniciais. 2.1 Definições Básicas

2 Conceitos Iniciais. 2.1 Definições Básicas Conceios Iniciais Ese capíulo esá dividido em rês seções. A primeira explica conceios básicos que serão usados de forma recorrene ao longo da pesquisa como noação e alguns ermos écnicos. A segunda seção

Leia mais

MATEMÁTICA APLICADA AO PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO E LOGÍSTICA. Silvio A. de Araujo Socorro Rangel

MATEMÁTICA APLICADA AO PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO E LOGÍSTICA. Silvio A. de Araujo Socorro Rangel MAEMÁICA APLICADA AO PLANEJAMENO DA PRODUÇÃO E LOGÍSICA Silvio A. de Araujo Socorro Rangel saraujo@ibilce.unesp.br, socorro@ibilce.unesp.br Apoio Financeiro: PROGRAMA Inrodução 1. Modelagem maemáica: conceios

Leia mais

DINÂMICA DE MERCADO COM AJUSTAMENTO DEFASADO RESUMO

DINÂMICA DE MERCADO COM AJUSTAMENTO DEFASADO RESUMO DINÂMICA DE MERCADO COM AJUSTAMENTO DEFASADO Luiz Carlos Takao Yamaguchi 1 Luiz Felipe de Oliveira Araújo 2 RESUMO O modelo eia de aranha é uma formulação que ena explicar o comporameno da produção agropecuária

Leia mais

3 A Função de Reação do Banco Central do Brasil

3 A Função de Reação do Banco Central do Brasil 3 A Função de Reação do Banco Cenral do Brasil Nese capíulo será apresenada a função de reação do Banco Cenral do Brasil uilizada nese rabalho. A função segue a especificação de uma Regra de Taylor modificada,

Leia mais

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa 42 3 Meodologia do Esudo 3.1. Tipo de Pesquisa A pesquisa nese rabalho pode ser classificada de acordo com 3 visões diferenes. Sob o pono de visa de seus objeivos, sob o pono de visa de abordagem do problema

Leia mais

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção Análise de séries de empo: modelos de suavização exponencial Profa. Dra. Liane Werner Séries emporais A maioria dos méodos de previsão se baseiam na

Leia mais

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL*

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* Nikolay Iskrev** Resumo Arigos Ese arigo analisa as fones de fluuação dos ciclos económicos em Porugal usando a meodologia de conabilidade dos ciclos

Leia mais

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne. Lista de Exercícios 4

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne. Lista de Exercícios 4 Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Geulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / 207 Professor: Rubens Penha Cysne Lisa de Exercícios 4 Gerações Superposas em Tempo Conínuo Na ausência de de

Leia mais

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Cálculo do valor em risco dos aivos financeiros da Perobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Bruno Dias de Casro 1 Thiago R. dos Sanos 23 1 Inrodução Os aivos financeiros das companhias Perobrás e Vale

Leia mais

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda 2. KLECK 2.. Demanda Efeiva e Disribuição de Renda Disribuição de Renda e o Efeio Muliplicador Kalecki, TDE, cap. 3 oupança e invesimeno O efeio do saldo da balança comercial e do défici orçamenário Kalecki,

Leia mais

4 Análise de Sensibilidade

4 Análise de Sensibilidade 4 Análise de Sensibilidade 4.1 Considerações Gerais Conforme viso no Capíulo 2, os algorimos uilizados nese rabalho necessiam das derivadas da função objeivo e das resrições em relação às variáveis de

Leia mais

3 Modelos de Markov Ocultos

3 Modelos de Markov Ocultos 23 3 Modelos de Markov Oculos 3.. Processos Esocásicos Um processo esocásico é definido como uma família de variáveis aleaórias X(), sendo geralmene a variável empo. X() represena uma caracerísica mensurável

Leia mais

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Dinâmicos

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Dinâmicos Análise de Projecos ESAPL / IPVC Criérios de Valorização e Selecção de Invesimenos. Méodos Dinâmicos Criério do Valor Líquido Acualizado (VLA) O VLA de um invesimeno é a diferença enre os valores dos benefícios

Leia mais

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda

O efeito multiplicador e a distribuição de renda 2. KALECKI Demanda Efetiva e Distribuição de Renda O efeio muliplicador e a disribuição de renda 2. KLECK 2.. Demanda Efeiva e Disribuição de Renda Disribuição de Renda e o Efeio Muliplicador Kalecki, TDE, cap. 3 oupança e invesimeno O efeio do saldo da

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara Insiuo de Física USP Física V - Aula 6 Professora: Mazé Bechara Aula 6 Bases da Mecânica quânica e equações de Schroedinger. Aplicação e inerpreações. 1. Ouros posulados da inerpreação de Max-Born para

Leia mais

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA Nesa abordagem paramérica, para esimar as funções básicas da análise de sobrevida, assume-se que o empo de falha T segue uma disribuição conhecida

Leia mais

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr.

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr. Moivação rof. Lorí Viali, Dr. vialli@ma.ufrgs.br hp://www.ma.ufrgs.br/~vialli/ Na práica, não exise muio ineresse na comparação de preços e quanidades de um único arigo, como é o caso dos relaivos, mas

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL42 Coneúdo 8 - Inrodução aos Circuios Lineares e Invarianes...1 8.1 - Algumas definições e propriedades gerais...1 8.2 - Relação enre exciação

Leia mais

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc.

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc. ECONOMETRIA Prof. Paricia Maria Borolon, D. Sc. Séries Temporais Fone: GUJARATI; D. N. Economeria Básica: 4ª Edição. Rio de Janeiro. Elsevier- Campus, 2006 Processos Esocásicos É um conjuno de variáveis

Leia mais

4 Filtro de Kalman. 4.1 Introdução

4 Filtro de Kalman. 4.1 Introdução 4 Filro de Kalman Ese capíulo raa da apresenação resumida do filro de Kalman. O filro de Kalman em sua origem na década de sessena, denro da área da engenharia elérica relacionado à eoria do conrole de

Leia mais

4 Modelo teórico Avaliação tradicional

4 Modelo teórico Avaliação tradicional 4 Modelo eórico 4.1. Avaliação radicional Em economia define-se invesimeno como sendo o ao de incorrer em um cuso imediao na expecaiva de fuuros reornos (DIXIT e PINDYCK, 1994). Nesse senido as empresas

Leia mais

A entropia de uma tabela de vida em previdência social *

A entropia de uma tabela de vida em previdência social * A enropia de uma abela de vida em previdência social Renao Marins Assunção Leícia Gonijo Diniz Vicorino Palavras-chave: Enropia; Curva de sobrevivência; Anuidades; Previdência Resumo A enropia de uma abela

Leia mais

Utilização de modelos de holt-winters para a previsão de séries temporais de consumo de refrigerantes no Brasil

Utilização de modelos de holt-winters para a previsão de séries temporais de consumo de refrigerantes no Brasil XXVI ENEGEP - Foraleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Ouubro de 2006 Uilização de modelos de hol-winers para a previsão de séries emporais de consumo de refrigeranes no Brasil Jean Carlos da ilva Albuquerque (UEPA)

Leia mais

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA PDE: lucro, consumo e invesimeno 1. KLECK: DEMND EFETV, CCLO E TENDÊNC 1.1. Disribuição, Lucro e Renda PDE: lucro, consumo e invesimeno Kalecki, TDE, cap. 3 eoria dos lucros em um modelo simplificado Poupança

Leia mais

A Economia do Crescimento puxado pela Demanda Agregada Teoria e Aplicações ao Caso Brasileiro

A Economia do Crescimento puxado pela Demanda Agregada Teoria e Aplicações ao Caso Brasileiro A Economia do Crescimeno puxado pela Demanda Agregada Teoria e Aplicações ao Caso Brasileiro José Luís Oreiro Douor em Economia (IE/UFRJ), Professor Adjuno do Deparameno de Economia da Universidade Federal

Leia mais

A CONTABILIZAÇÃO DOS LUCROS DO MANIPULADOR 1

A CONTABILIZAÇÃO DOS LUCROS DO MANIPULADOR 1 16 : CADERNOS DO MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS A CONTABILIZAÇÃO DOS LUCROS DO MANIPULADOR 1 PAULO HORTA* A esimaiva dos lucros obidos pelo preenso manipulador apresena-se como uma arefa imporane na análise

Leia mais

MATEMÁTICA. Prof. Favalessa REVISÃO GERAL

MATEMÁTICA. Prof. Favalessa REVISÃO GERAL MATEMÁTICA Prof. Favalessa REVISÃO GERAL. Em um cero grupo de pessoas, 40 falam inglês, 3 falam espanhol, 0 falam francês, falam inglês e espanhol, 8 falam inglês e francês, 6 falam espanhol e francês,

Leia mais

3 Metodologia 3.1. O modelo

3 Metodologia 3.1. O modelo 3 Meodologia 3.1. O modelo Um esudo de eveno em como obeivo avaliar quais os impacos de deerminados aconecimenos sobre aivos ou iniciaivas. Para isso são analisadas as diversas variáveis impacadas pelo

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE ECONOMIA CENTRO DE PESQUISAS ECONÔMICAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE ECONOMIA CENTRO DE PESQUISAS ECONÔMICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE ECONOMIA CENTRO DE PESQUISAS ECONÔMICAS A Economia do Crescimeno puxado pela Demanda Agregada: Teoria e Aplicações ao Caso Brasileiro José Luís Oreiro Douor

Leia mais

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos.

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos. 4 Meodologia Proposa para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Mone Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algorimos Genéicos. 4.1. Inrodução Nese capíulo descreve-se em duas pares a meodologia

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr. UFRGS Instituto de Matemática - Departamento de Estatística

Prof. Lorí Viali, Dr. UFRGS Instituto de Matemática - Departamento de Estatística Conceio Na Esaísica exisem siuações onde os dados de ineresse são obidos em insanes sucessivos de empo (minuo, hora, dia, mês ou ano), ou ainda num período conínuo de empo, como aconece num elerocardiograma

Leia mais

3 LTC Load Tap Change

3 LTC Load Tap Change 54 3 LTC Load Tap Change 3. Inrodução Taps ou apes (ermo em poruguês) de ransformadores são recursos largamene uilizados na operação do sisema elérico, sejam eles de ransmissão, subransmissão e disribuição.

Leia mais

Choques estocásticos na renda mundial e os efeitos na economia brasileira

Choques estocásticos na renda mundial e os efeitos na economia brasileira Seção: Macroeconomia Revisa Economia & Tecnologia (RET) Volume 9, Número 4, p. 51-60, Ou/Dez 2013 Choques esocásicos na renda mundial e os efeios na economia brasileira Celso José Cosa Junior* Resumo:

Leia mais

3 O Modelo SAGA de Gestão de Estoques

3 O Modelo SAGA de Gestão de Estoques 3 O Modelo SG de Gesão de Esoques O Sisema SG, Sisema uomaizado de Gerência e poio, consise de um sofware conendo um modelo maemáico que permie fazer a previsão de iens no fuuro com base nos consumos regisrados

Leia mais

Confiabilidade e Taxa de Falhas

Confiabilidade e Taxa de Falhas Prof. Lorí Viali, Dr. hp://www.pucrs.br/fama/viali/ viali@pucrs.br Definição A confiabilidade é a probabilidade de que de um sisema, equipameno ou componene desempenhe a função para o qual foi projeado

Leia mais

TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 18 LIVRO DO NILSON)

TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 18 LIVRO DO NILSON) TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 8 LIVRO DO NILSON). CONSIDERAÇÕES INICIAIS SÉRIES DE FOURIER: descrevem funções periódicas no domínio da freqüência (ampliude e fase). TRANSFORMADA DE FOURIER:

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA

CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA Inrodução Ese arigo raa de um dos assunos mais recorrenes nas provas do IME e do ITA nos úlimos anos, que é a Cinéica Química. Aqui raamos principalmene dos

Leia mais

Movimento unidimensional. Prof. DSc. Anderson Cortines IFF campus Cabo Frio MECÂNICA GERAL

Movimento unidimensional. Prof. DSc. Anderson Cortines IFF campus Cabo Frio MECÂNICA GERAL Movimeno unidimensional Prof. DSc. Anderson Corines IFF campus Cabo Frio MECÂNICA GERAL 218.1 Objeivos Ter uma noção inicial sobre: Referencial Movimeno e repouso Pono maerial e corpo exenso Posição Diferença

Leia mais

5.1. Filtragem dos Estados de um Sistema Não-Linear Unidimensional. Considere-se o seguinte MEE [20] expresso por: t t

5.1. Filtragem dos Estados de um Sistema Não-Linear Unidimensional. Considere-se o seguinte MEE [20] expresso por: t t 5 Esudo de Casos Para a avaliação dos algorimos online/bach evolucionários proposos nese rabalho, foram desenvolvidas aplicações em problemas de filragem dos esados de um sisema não-linear unidimensional,

Leia mais

Interbits SuperPro Web

Interbits SuperPro Web Inerbis SuperPro Web 1. O lucro de uma empresa é dado pela expressão maemáica L R C, onde L é o lucro, o cuso da produção e R a receia do produo. Uma fábrica de raores produziu n unidades e verificou que

Leia mais

Teoria do Mercado de Capitais

Teoria do Mercado de Capitais Teoria do Mercado de Capiais Capíulo 9: Ross e all. 1 Inrodução Objeivo de Finanças: avaliação do risco de uma careira de aivos financeiros Risco: é medido em ermos de variações dos preços dos aivos P

Leia mais

Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre

Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre 1. Objeivos. Inrodução 3. Procedimeno experimenal 4. Análise de dados 5. Quesões 6. Referências 1. Objeivos Nesa experiência, esudaremos o movimeno da queda de

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia de Porto Alegre Departamento de Engenharia Elétrica ANÁLISE DE CIRCUITOS II - ENG04031

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia de Porto Alegre Departamento de Engenharia Elétrica ANÁLISE DE CIRCUITOS II - ENG04031 Universidade Federal do io Grande do Sul Escola de Engenharia de Poro Alegre Deparameno de Engenharia Elérica ANÁLISE DE CICUITOS II - ENG43 Aula 5 - Condições Iniciais e Finais de Carga e Descarga em

Leia mais

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho NOTA TÉCNICA Noa Sobre Evolução da Produividade no Brasil Fernando de Holanda Barbosa Filho Fevereiro de 2014 1 Essa noa calcula a evolução da produividade no Brasil enre 2002 e 2013. Para ano uiliza duas

Leia mais

8 Aplicações e exemplos

8 Aplicações e exemplos 8 Aplicações e exemplos Ese capíulo mosra algumas aplicações práicas dos modelos e apona ouras, de anos exemplos exisenes na lieraura. Os modelos apresenados êm implicações para os agenes que auam nos

Leia mais

5 Resultados empíricos Efeitos sobre o forward premium

5 Resultados empíricos Efeitos sobre o forward premium 5 Resulados empíricos Efeios sobre o forward premium A moivação para a esimação empírica das seções aneriores vem da relação enre a inervenção cambial eserilizada e o prêmio de risco cambial. Enreano,

Leia mais

Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1

Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1 Jovens no mercado de rabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1 Luís Abel da Silva Filho 2 Fábio José Ferreira da Silva 3 Silvana Nunes de Queiroz 4 Resumo: Nos anos 1990,

Leia mais

Será que o brasileiro está poupando o suficiente para se aposentar? Ricardo Brito e Paulo Minari

Será que o brasileiro está poupando o suficiente para se aposentar? Ricardo Brito e Paulo Minari Será que o brasileiro esá poupando o suficiene para se aposenar? Ricardo Brio e Paulo Minari Educação Financeira no Brasil e no Mundo São Paulo Dezembro 2015 Roeiro: 1. Moivação 2. Modelo 3. Parâmeros

Leia mais

Função de risco, h(t) 3. Função de risco ou taxa de falha. Como obter a função de risco. Condições para uma função ser função de risco

Função de risco, h(t) 3. Função de risco ou taxa de falha. Como obter a função de risco. Condições para uma função ser função de risco Função de risco, h() 3. Função de risco ou axa de falha Manuenção e Confiabilidade Prof. Flavio Fogliao Mais imporane das medidas de confiabilidade Traa-se da quanidade de risco associada a uma unidade

Leia mais

3 A Formação de Preços dos Futuros Agropecuários

3 A Formação de Preços dos Futuros Agropecuários 3 A ormação de Preços dos uuros Agropecuários Para avaliar a formação de preços nos mercados fuuros agropecuários é necessária uma base de comparação Para al base, esa disseração usa os preços que, em

Leia mais

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM FINANÇAS E ECONOMIA EMPRESARIAL IZABELLA MIRANDA DE AZEVEDO

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM FINANÇAS E ECONOMIA EMPRESARIAL IZABELLA MIRANDA DE AZEVEDO FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM FINANÇAS E ECONOMIA EMPRESARIAL IZABELLA MIRANDA DE AZEVEDO EFEITOS DE GASTOS DO GOVERNO EM UM MODELO DINÂMICO ESTOCÁSTICO DE EQUILÍBRIO

Leia mais

Contrato Futuro de Taxa Média das Operações Compromissadas de Um Dia (OC1) com Lastro em Títulos Públicos Federais

Contrato Futuro de Taxa Média das Operações Compromissadas de Um Dia (OC1) com Lastro em Títulos Públicos Federais Conrao Fuuro de Taxa Média das Operações Compromissadas de Um Dia (OC1) com Lasro em Tíulos Públicos Federais Especificações 1. Definições Conrao Fuuro de OC1: Taxa Média das Operações Compromissadas de

Leia mais

Política Fiscal e a Crise Internacional: uma análise heterodoxa

Política Fiscal e a Crise Internacional: uma análise heterodoxa Políica Fiscal e a Crise Inernacional: uma análise heerodoxa Tema Principal - América Laina ane la crisis inernacional: enre el salvaaje individual y las respuesas colecivas. Auores Robero de Souza Rodrigues*

Leia mais

3. Garantias governamentais em projetos de infraestrutura

3. Garantias governamentais em projetos de infraestrutura 3. Garanias governamenais em projeos de infraesruura 3.1. lnrodução Nas úlimas décadas a iniciaiva privada em assumido o papel que anes era execuado, exclusivamene, pelo poder público em diversos seores

Leia mais