A Economia do Crescimento puxado pela Demanda Agregada Teoria e Aplicações ao Caso Brasileiro

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1 A Economia do Crescimeno puxado pela Demanda Agregada Teoria e Aplicações ao Caso Brasileiro José Luís Oreiro Douor em Economia (IE/UFRJ), Professor Adjuno do Deparameno de Economia da Universidade Federal do Paraná e Pesquisador do CNPq. joreiro@ufpr.br. Página pessoal: Luciano Nakabashi Douor em Economia (CEDEPLAR/UFMG), Professor Adjuno do Deparameno de Economia da Universidade Federal do Paraná. Luciano.nakabashi@ufpr.br. Breno Pascualoe Lemos Mesre em Economia (PPGDE/UFPR), Professor Assisene do Deparameno de Economia da Universidade Federal do Paraná. bplemos@uol.com.br. Março de 2007.

2 Resumo: O objeivo dese arigo é apresenar a eoria do crescimeno puxado pela demanda agregada e algumas evidências economéricas da exisência de um regime de crescimeno puxado pela demanda para o caso da economia brasileira. Inicialmene será feia uma revisão críica dos exercícios de conabilidade do crescimeno baseados nos modelos de crescimeno neoclássicos. De acordo com a meodologia de conabilidade do crescimeno, a economia brasileira só poderia crescer a uma axa máxima de 3,5% a.a, axa muio inferior a média hisórica da economia brasileira no período ; e, além disso, inferior a axa de crescimeno obida por ouras economias emergenes como, por exemplo, Rússia, China e Índia. Após a críica da meodologia da conabilidade do crescimeno iremos fazer uma breve revisão da eoria do crescimeno puxado pela demanda agregada, com base na conribuição original de Kaldor (988) para o ema. Segundo Kaldor, o crescimeno de longo-prazo é deerminado pela axa de crescimeno da demanda agregada auônoma; ou seja, pela soma enre a axa de crescimeno dos gasos de consumo correne do governo e a axa de crescimeno das exporações. Dessa forma, a quesão relevane para o caso brasileiro é avaliar se os gasos de consumo correne do governo e as exporações são deerminanes imporanes do crescimeno econômico. Com base na meodologia desenvolvida por Aesoglu (2002), realizamos alguns eses economéricos para a hipóese de que o crescimeno da economia brasileira é puxado pela demanda agregada. Os resulados dos eses economéricos mosram que 95% do crescimeno do PIB real no período é explicado por variáveis do lado da demanda agregada da economia. Os eses economéricos ambém mosram que o muliplicador dos gasos de consumo correne do governo é aproximadamene igual a 0,37 de al forma que um aumeno de % dos gasos de consumo correne do governo irá resular num aumeno de 0.37% do PIB real brasileiro. Tomando-se como base uma carga ribuária de cerca de 40% do PIB, segue-se que um aumeno de % dos gasos de consumo correne do governo irá aumenar a receia ribuária em apenas 0.5% do PIB. Devido a elevada dívida pública como proporção do PIB e a ambém elevada carga ribuária como proporção do PIB, não é possível induzir uma aceleração susenável do crescimeno da economia brasileira por inermédio de um aumeno da axa de crescimeno dos gasos do governo. Para acelerar de forma susenável o crescimeno econômico é necessário a adoção de um modelo de crescimeno puxado pelas exporações. Para isso, no enano, é necessário reverer o cenário aual de apreciação da axa real de câmbio. Com o inuio de se analisar a relação enre crescimeno econômico e axa real de câmbio iremos apresenar uma versão modificada do modelo de causalidade cumulaiva de Seerfield (997). Nessa versão modificada iremos mosrar que o nível da axa real de câmbio é um deerminane imporane da elasicidade-renda das exporações e, porano, da axa de crescimeno de equilíbrio de longo-prazo do produo real. Uma imporane implicação de políica econômica que se pode exrair desse modelo é que a fixação de uma mea de inflação muio baixa pode reduzir a axa de crescimeno de equilíbrio de longo-prazo à medida que resula numa fore apreciação da axa real de câmbio. Palavras-Chave: Crescimeno Econômico, Demanda Agregada, Taxa Real de Câmbio. 2

3 Inrodução. Nos úlimos 25 anos a economia brasileira vem crescendo a uma axa média de cerca de 2,6% a.a, valor basane inferior a média observada no período e abaixo da axa média de crescimeno obida por ouros países emergenes como, por exemplo, Rússia, China e Índia. Tendo em visa um crescimeno populacional da ordem de,5% a.a, o PIB per-capia em crescido nos úlimos anos a uma axa pouco superior a % a.a. Nesse rimo levará quase 70 anos para que a renda per-capia brasileira dobre de amanho, igualando-se ao nível de renda per-capia prevalecene hoje em dia em países como Porugal e Espanha. Dessa forma, podemos afirmar que a economia brasileira se enconra numa siuação de semi-esagnação. No final da década de 980 e início da década de 990, essa siuação de semiesagnação era aribuída aos efeios da inflação crônica que assolava a economia brasileira. Com efeio, em março de 990, durane o úlimo mês do governo Sarney, a inflação mensal foi de 72%, caracerizando-se um quadro de hiper-inflação (cf. Bresser-Pereira, 2004, p.282). O final do processo hiper-inflacionário e a redução da axa de inflação para um paamar de um dígio ao ano foi obido após a bem-sucedida implanação do Plano Real durane a adminisração do Presidene Fernando Henrique Cardoso, o qual se baseou, em larga medida, numa âncora cambial para a axa de inflação. A esabilização moneária não foi acompanhada, no enano, por uma reomada do crescimeno da economia brasileira a axas mais vigorosas. A aceleração do crescimeno econômico nos dois primeiros anos após a implanação do Plano Real - quando a axa média de crescimeno superou os 5% anuais - foi logo inerrompida em função dos efeios sucessivos das crises do México, Sudese Asiáico e Rússia. No início de 999, após vários meses consecuivos de redução das reservas inernacionais devido a fuga de capiais moivada pela crise de confiança na susenabilidade do regime cambial brasileiro após a crise da Rússia; o Brasil abandona o sisema de bandas cambiais em prol de um regime de fluuação da axa de câmbio. O novo modelo macroeconômico é compleado, ainda em 999, com a adoção do sisema de meas de inflação e com a políica de geração de expressivos superávis primários, desinados a esabilização da dívida pública inerna como proporção do PIB. 3

4 O novo modelo macroeconômico permiiu uma expressiva redução da axa real de juros - a qual passou de um paamar de cerca de 25% a.a no período para cerca de 0% a.a. no período e uma desvalorização da axa real de câmbio que foi de fundamenal imporância para a eliminação dos déficis crônicos em cona correne observados no período , o quais chegaram a superar a marca de 4% do PIB. Além disso, a políica de geração de expressivos e crescenes superávis primários após 999, permiiu que a dívida pública líquida como proporção do PIB enrasse numa rajeória (levemene) declinane, siuando-se aualmene em cerca de 50% do PIB. Apesar da redução da axa real de juros, da redução da vulnerabilidade exerna e da esabilização da dívida pública; o desempenho da economia brasileira em ermos de crescimeno do PIB em permanecido medíocre. A axa média de crescimeno no período foi de apenas 2,3% a.a conra uma média de 3,22% no período Essas considerações nos permiem irar duas conclusões fundamenais. Em primeiro lugar, a manuenção da axa de inflação em paamares baixos e esáveis não é condição suficiene para a reomada do crescimeno econômico em bases susenáveis. Em segundo lugar, a experiência brasileira mosra que a simples adoção de um modelo macroeconômico consisene - ou seja, um modelo de gesão da políica macroeconômica que permia a obenção de uma axa de inflação baixa e esável, esabilidade da dívida pública como proporção do PIB e redução da vulnerabilidade exerna ambém não é condição suficiene para a reomada do crescimeno. Nesse conexo, a perguna relevane a ser feia é: o que fazer para acelerar, de forma susenável, o rimo de crescimeno da economia brasileira? Exisem duas resposas para essa perguna. A primeira, baseada nos modelos de crescimeno de inspiração neoclássica e na meodologia da conabilidade do crescimeno, esabelece que a razão para o pífio crescimeno da economia brasileira nos úlimos 25 anos deve ser buscada no lado da ofera da economia. Mais especificamene, os problemas da economia brasileira seriam uma baixa axa de poupança domésica devido a poupança negaiva do seor público e ao baixo incenivo a poupança do seor privado em função da elevada carga ribuária e do sisema de reparição vigene na previdência social brasileira e um baixo dinamismo ecnológico expresso numa reduzida axa de crescimeno da produividade oal dos faores de produção. Nesse conexo, a reomada do crescimeno da economia brasileira a axas mais expressivas exigiria uma reforma previdenciária que 4

5 auasse no senido de aumenar a poupança do seor público e uma nova rodada de aberura comercial da economia brasileira com o inuio de esimular o crescimeno da produividade do rabalho nas empresas brasileiras. A segunda resposa se baseia na idéia de que o modelo macroeconômico adoado pelo Brasil na úlima década aua no senido de conrair a expansão da demanda agregada e, porano, de impedir o crescimeno do produo real. Isso porque a combinação de elevadas axas reais de juros com a políica de geração de superávis primários crescenes eria o efeio de deprimir a demanda agregada e, porano, o crescimeno do PIB. Nesse conexo, a solução para o problema de semi-esagnação exisene na economia brasileira seria o abandono puro e simples do modelo macroeconômico vigene, baseado no ripé meas de inflação-câmbio fluuane-superávi primário. Do pono de visa adoado no presene arigo, as duas posições acima mencionadas são equivocadas. Como ficará claro ao longo das seções seguines, acrediamos que os faores que limiam o crescimeno econômico no longo-prazo devem ser buscados no lado da demanda, não no lado da ofera da economia. No enano, rejeiamos a visão keynesiana ingênua de que o crescimeno pode ser esimulado por inermédio de qualquer políica que aumene a demanda agregada. A crise fiscal do Esado Brasileiro impõe limies claros e esreios para uma políica de indução do crescimeno econômico por inermédio da expansão dos gasos de consumo correne do governo. A nosso ver, a reomada do crescimeno da economia brasileira exige a adoção de um modelo de crescimeno no qual as exporações serão o elemeno dinâmico da demanda agregada e, dessa forma, o faor induor do crescimeno de longo-prazo. A adoção desse modelo de crescimeno requer, no enano, um cuidado especial com o nível da axa real de câmbio, o que em reflexos sob a forma de condução do regime de meas de inflação. Iremos argumenar ao longo dese arigo que a fixação de uma mea de inflação muio baixa pode prejudicar o crescimeno de longo-prazo a medida que gera uma apreciação da axa real de câmbio e, dessa forma, um aumeno da especialização produiva da economia brasileira. Isso não significa, no enano, que se possa aumenar a axa de crescimeno do PIB real com aumenos sucessivos da axa de inflação. Em conformidade com os resulados obidos por Sarel (996), iremos mosrar que a relação enre inflação e crescimeno é não-linear, de al forma que a parir de um 5

6 cero paamar inflacionário, acréscimos da axa de inflação geram uma redução da axa de crescimeno de longo-prazo. Isso poso, o presene arigo esá esruurado em 8 seções, incluindo a presene inrodução. Na seção 2 iremos apresenar um breve rerospeco do crescimeno da economia brasileira nas úlimas duas décadas. A seção 3 esá dedicada a apresenação e a críica da meodologia da conabilidade do crescimeno segundo a qual a economia brasileira esaria condenada a crescer a uma axa de 3.5% a.a. no longo-prazo. A seção 4 apresena a eoria do crescimeno puxado pela demanda agregada, de acordo com a qual a axa de crescimeno de longo-prazo do produo real é uma média ponderada da axa de crescimeno dos gasos do governo em consumo correne e da axa de crescimeno das exporações. Na seção 5, com base na meodologia desenvolvida por Aesoglu (2002), realizamos alguns eses economéricos para a hipóese de que o crescimeno da economia brasileira é puxado pela demanda agregada. Os resulados dos eses economéricos mosram que 95% do crescimeno do PIB real no período é explicado por variáveis do lado da demanda agregada da economia. Além disso, com base na meeodologia desenvolvida por Ledesma e Thirwall (2002), mosramos que a axa naural de crescimeno da economia brasileira é endógena, aumenando significaivamene nos períodos de boom. Dessa forma, não parecem exisir resrições do lado da ofera da economia para um crescimeno mais acelerado da economia brasileira. Na seção 6 apresenamos um modelo de causalidade cumulaiva esendido para avaliar o impaco de mudanças na operação da políica moneária, no grau de aberura da cona de capiais e da axa de crescimeno das exporações sobre a rajeória emporal da axa de crescimeno do produo real, da axa nominal de juros e da axa de inflação. Na seção 7 iremos analisar os efeios de mudanças do grau de especialização produiva induzidas por mudanças da axa real de câmbio sobre a configuração de seady-sae da economia descria na seção 6. Por fim, a seção 8 sumariza as conclusões obidas ao longo dese arigo. 2 O crescimeno da economia brasileira nas úlimas duas décadas. Nas úlimas duas décadas a economia brasileira vem se defronando com uma fore desaceleração do rimo de crescimeno do produo inerno bruo. Com efeio, como mosra a figura 2. abaixo, a axa média de crescimeno da economia brasileira foi superior a 7% 6

7 ao ano no período Na década de 980, esse crescimeno sofre uma brual desaceleração. Com efeio, no período , a assim chamada década perdida, a axa média de crescimeno foi inferior a 2% ao ano. No período compreendido enre 99 e 2000, a axa média de crescimeno do PIB se acelera para cerca de 2.7% ao ano, ficando ainda muio abaixo da média do período Por fim, no período , a axa média de crescimeno do PIB vola a cair, siuando-se em cerca de 2.2% ao ano. Figura 2.: Comporameno da Taxa de Crescimeno do PIB no Brasil no período ,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0,0 0, Fone: IPEADATA. Elaboração própria. Nesse conexo, a perguna fundamenal a ser feia é: o que aconeceu com a economia brasileira para que a axa de crescimeno enha se reduzido de forma ão dramáica com respeio a sua média hisórica? Com efeio, na década de 980 se crediava a desaceleração do crescimeno da economia brasileira aos efeios acumulados da crise da dívida exerna e a quase-hiper-inflação experimenada ao longo da década. Conudo, durane os anos 990, a dívida exerna foi equacionada com o Plano Brady e a inflação 7

8 foi debelada com o Plano Real e, mesmo assim, a economia brasileira não volou a crescer ao mesmo rimo experimenado durane o período A explicação radicional para a desaceleração do crescimeno da economia brasileira se baseia nos exercícios de growh accouning. Segundo essa meodologia, o crescimeno da economia brasileira se desacelerou devido a redução da axa de crescimeno da ofera de faores de produção principalmene de capial e a redução do rimo de progresso ecnológico da economia brasileira pós segundo choque do peróleo (cf. Barbosa, 2006). Essa desaceleração é devida a uma série de ineficiências herdadas do assim chamado modelo de subsiuição de imporações prevalecene no Brasil aé o final da década de 970 (cf. Franco, 999). Ainda segundo essa meodologia, a economia brasileira poderia, nas condições auais, crescer a uma axa não superior a 3.5% a.a, caso se queira maner o compromisso com a esabilidade da axa de inflação. Uma explicação alernaiva para a desaceleração do crescimeno em seu foco nas condições de demanda, ao invés das condições de ofera da economia. Segundo essa linha de inerpreação, o crescimeno de longo-prazo é puxado pela demanda agregada, de al maneira que é de fundamenal imporância a análise dos faores de impulsionam o crescimeno da demanda agregada. Nesse conexo, o modelo de crescimeno da economia brasileira aé o final da década de 970 eseve baseado na expansão dos gasos de consumo em bens de consumo duráveis de luxo, expansão essa viabilizada por uma políica aiva de concenração de renda. Nas palavras de Bresser-Pereira: (...) Podemos dividir ambém a procura agregada em dois seores, que correspondem aproximada, mas não exaamene aos dois seores produivos. Os dois seores, do lado da demanda, seriam o da classe média e ala, de um lado, correspondendo a aproximadamene 30% da população brasileira, e o da classe inferior, represenando os resanes 70% da população. O primeiro seor consome principalmene bens de luxo, auomóveis, bens de consumo duráveis e serviços que são produzidos pelo seor moderno ecnologicamene de pona. A concenração de renda na classe média e na classe ala favorece, assim, um desenvolvimeno ainda maior das grandes empresas capialisas nacionais e inernacionais e das empresas públicas. Todas essas grandes empresas, por sua vez, na medida em que são alamene capial-inensivas e ecnologicamene sofisicadas, aumenam sua procura por pessoal especializado e de pessoal adminisraivo, ao invés de aumenarem sua procura de pessoal não especializado. Aumena, assim, o emprego para a classe média, enquano acenua-se a marginalização da classe inferior. Complea-se assim um ciclo de desenvolvimeno, em que o desenvolvimeno do seor moderno permie a concenração de renda na classe média e ala, e esa concenração, por sua vez, esimula o crescimeno do seor moderno (2003, p. 8). 8

9 Esse modelo de crescimeno se esgoou na década de 980 em função da redemocraização do país. Com efeio, a redemocraização colocou como primeiro pono na agenda políica do Brasil a redução das enormes desigualdades na disribuição de renda. Dessa forma, não seria mais possível puxar o crescimeno da demanda agregada por inermédio de aumenos do consumo de bens duráveis viabilizados por aumenos no grau de concenração de renda. O problema da economia brasileira, segundo essa linha de inerpreação, é que não se colocou no lugar uma fone alernaiva de expansão da demanda agregada que viabilizasse a manuenção do crescimeno da economia brasileira a axas elevadas. Na próxima seção iremos apresenar e criicar a meodologia da conabilidade do crescimeno, de forma a pavimenar o caminho para a abordagem do crescimeno puxado pela demanda agregada a ser apresenado nas seções seguines. 3 Uma Críica aos Exercícios de Growh Accouning. A conabilidade do crescimeno foi originalmene desenvolvida por Rober Solow num arigo publicado em 957. Nesse arigo, Solow ena quanificar a conribuição da acumulação de capial para o crescimeno da economia americana na primeira meade do século XX. Para ano, Solow supõe a exisência de uma função macroeconômica de produção na qual a quanidade produzida num dado período de empo é uma função da quanidade empregada de capial e de rabalho, de al forma que Q=A.F(K,L), onde Q é a quanidade produzida de bens e serviços, K é a quanidade empregada de capial, L é a quanidade empregada de rabalho e A é uma variável que represena o esado das ares da economia, ou seja, o nível ecnológico exisene na economia num dado pono do empo. A função F(.) é suposa ser homogênea linear, ou seja, os reornos de escala são idos como consanes. Por fim, prevalece a concorrência perfeia em odos os mercados, de al forma que cada faor de produção é remunerado com base na sua produividade marginal. Daqui se segue que com base no eorema de Euller-Wickseed oda a renda gerada na economia é inegralmene gasa na remuneração dos faores de produção com base em suas produividades marginais (cf. Sargen, 987, cap.). Não sobra nada da renda agregada para 9

10 remunerar o esforço de pesquisa e desenvolvimeno de novas ecnologias. Nesse conexo, o progresso ecnológico só pode ser raado como exógeno ao sisema econômico. Nesse conexo, a axa de crescimeno do produo real pode ser decomposa com base nos seus deerminanes de acordo com a seguine equação: Q& A& K& L& = + ηk + ηl (.) 3 Q A K L Onde: Q Q & é a axa de crescimeno do produo real; A A & é a axa de crescimeno da produividade oal dos faores de produção ; K K & é a axa de crescimeno do esoque de L capial; & é a axa de crescimeno da força de rabalho; η k é a paricipação dos lucros no L valor adicionado e η L = η é a paricipação dos salários no valor adicionado. k Varianes da fórmula de Solow são aplicadas para se esimar o crescimeno poencial da economia brasileira. Por exemplo, Barbosa (2006) esima a axa poencial de crescimeno da economia brasileira omando como base os seguines valores numéricos para os parâmeros da equação (3.): Paricipação dos lucros no valor adicionado: 0.4 Paricipação dos salários no valor adicionado: 0.6 Taxa de crescimeno da força de rabalho:.5% a.a. Taxa de crescimeno do esoque de capial: 4% a.a. Esse valor é obido da seguine forma. A axa de crescimeno do esoque de capial pode ser expressa como: K & I δk I Y f = = δ = δ ; onde: f é o invesimeno como proporção do PIB, σ é a relação K K Y K σ capial-produo e δ é a axa de depreciação do esoque de capial. Nos úlimos 25 anos, a axa de invesimeno em se siuado em orno de 20% do PIB, de forma que podemos supor f = 0.2. A relação capial-produo se enconra aualmene em orno de 3, segundo dados do IPEADATA. Por fim, podemos esimar uma axa de depreciação do esoque de capial em orno de 4% a.a. Dessa forma, chega-se a uma axa poencial de crescimeno do esoque de capial da ordem de 4% a.a. 0

11 Esá claro que esses valores não são suficienes para se esimar a axa poencial de crescimeno da economia brasileira, uma vez que a equação (3.) apresena ainda duas incógnias, a saber: a axa de crescimeno do produo real e a axa de crescimeno da produividade oal dos faores de produção. No arigo de 957, Solow conorna esse problema ao ornar a produividade oal dos faores de produção uma variável puramene residual, deerminada pela diferença enre a axa média de crescimeno do produo real observada no passado e o crescimeno do produo real que poderia ser explicado pela acumulação dos faores de produção, iso é, pela soma da axa de crescimeno do esoque de capial (ponderado pela paricipação dos lucros no valor adicionado) e pela axa de crescimeno da força de rabalho (ponderado pela paricipação dos salários no valor adicionado). Em ouras palavras, o progresso ecnológico nos modelos de crescimeno a la Solow é ão simplesmene uma medida da nossa ignorância, ou seja, aquela pare do crescimeno de longo-prazo que não conseguimos explicar por inermédio da acumulação dos faores de produção 2. O problema mais grave com esse procedimeno é que o comporameno passado da economia passa a deerminar as esimaivas do seu crescimeno poencial. Assim, como bem lembra o esudo publicado pelo IEDI em março do correne ano 3, se o passado recene foi de leno crescimeno enão a esimaiva da axa de crescimeno da produividade oal dos faores de produção será baixa, sinalizando assim uma siuação na qual o crescimeno do produo poencial ambém é reduzido. Conudo, se o crescimeno se acelerasse durane um período suficienemene longo de empo (por exemplo, uns 0 anos), as esimaivas do crescimeno da produividade oal dos faores de produção seriam revisas para cima e, consequenemene, o crescimeno do produo poencial. Dessa maneira, a fórmula de Solow é incapaz de fornecer uma esimaiva do crescimeno do produo poencial que seja ela própria independene do comporameno recene da axa de crescimeno do produo real. Além do evidene problema de circulariedade lógica exisene na esimaiva da axa de crescimeno do produo poencial com base na fórmula de Solow; poderíamos 2 Em empo: Solow esimou que cerca de 7/8 do crescimeno da economia nore-americana na primeira meade do século XX não poderia ser explicado pelo crescimeno dos esoques de capial e rabalho. Em ouras palavras, 7/8 do crescimeno da economia nore-americana da primeira meade do século XX não ém explicação com base na eoria econômica neoclássica. 3 Produo Poencial e Crescimeno. IEDI, Março de 2006.

12 somar a essas dúvidas ouros quesionamenos advindos do debae que ficou conhecido como a Conrovérsia do Capial. Com efeio, durane a década de 950, Joan Robinson e Piero Sraffa levanaram sérios quesionamenos a respeio da meodologia uilizada pela eoria neoclássica para mensurar o esoque de capial. O argumeno fundamenal de Robinson e Sraffa é que o valor do esoque de capial não é independene da disribuição funcional da renda enre salários e lucros, de al forma que não é possível calcular o valor e/ou a axa de crescimeno do esoque de capial de forma independene da paricipação do capial no valor adicionado 4. Em ouras palavras, não exise nenhuma forma meodologicamene aceiável de se separar a axa de crescimeno do esoque de capial da paricipação dos lucros no valor adicionado. Nesse conexo, a fórmula de Solow simplesmene não pode ser aplicada em função da incapacidade de se calcular a conribuição do capial para o crescimeno econômico de longo-prazo. 4- Crescimeno Puxado pela Demanda Agregada: a visão Keynesiana. 4. Endogenidade de longo-prazo da disponibilidade dos faores de produção. Os modelos de crescimeno neoclássicos que apresenamos na seção 3 supõem que o limie fundamenal ao crescimeno de longo-prazo é a disponibilidade de faores de produção. A demanda agregada é relevane apenas para explicar o grau de uilização da capacidade produiva, mas não em nenhum impaco direo na deerminação do rimo de expansão da capacidade produiva. No longo-prazo vale a Lei de Say, ou seja, a ofera (disponibilidade de faores de produção) deermina a demanda agregada. Mas será verdade que a disponibilidade de faores de produção é independene da demanda? Essa quesão foi inicialmene analisada por Kaldor (988), dando origem a assim chamada eoria do crescimeno puxado pela demanda agregada. A premissa básica dos modelos de crescimeno puxados pela demanda agregada é que os meios de produção uilizados numa economia capialisa moderna são eles próprios bens que são produzidos denro do sisema. Dessa forma, a disponibilidade de meios de produção nunca pode ser considerada como um dado independene da demanda pelos mesmos. Nesse conexo, o problema econômico fundamenal não é a alocação de um dado volume de recursos enre 4 Uma boa resenha da Conrovérsia do Capial pode ser enconrada em Harcour (972). 2

13 uma série de alernaivas disponíveis; mas sim a deerminação do rimo no qual esses recursos são criados. Nas palavras de Seerfield: The use of produced means of producion implies ha he scarciy of resources in processing aciviies canno be hough of as being independen of he level of aciviy in he economy. Wha is chiefly imporan in processing aciviies is he dynamic propensiy of he economy o creae resources (ha is, o deepen and/or widen is sock of capial) raher han he saic problem of resource allocaion (997, p.50). Para que possamos compreender a endogenidade de longo-prazo da disponibilidade de faores de produção, comecemos inicialmene analisando a disponibilidade de capial. A quanidade exisene de capial num dado pono do empo ou melhor, a capacidade produiva exisene na economia é resulane das decisões passadas de invesimeno em capial fixo. Daqui se segue que o esoque de capial não é uma consane deerminada pela naureza, mas depende do rimo no qual os empresários desejam expandir o esoque de capial exisene na economia. Dessa forma, o condicionane fundamenal do esoque de capial é a decisão de invesimeno. O invesimeno, por sua vez, depende de dois conjunos de faores: i) o cuso de oporunidade do capial (largamene influenciado pela axa básica de juros conrolada pelo Banco Cenral); ii) as expecaivas a respeio do crescimeno fuuro da demanda por bens e serviços. Nesse conexo, se os empresários aneciparem um crescimeno firme da demanda pelos bens e serviços produzidos pelas suas empresas como é de se esperar no caso de uma economia que eseja apresenando um crescimeno fore e susenável ao longo do empo enão eles irão realizar grandes invesimenos na ampliação da capacidade de produção. Em ouras palavras, o invesimeno se ajusa ao crescimeno esperado da demanda, desde que seja aendida uma resrição fundamenal, a saber: a axa esperada de reorno do capial seja maior do que o cuso do capial. Sendo assim, aendida a condição acima referida, a disponibilidade de capial não pode ser visa como um enrave ao crescimeno de longo-prazo. É verdade que no curo e médio-prazo a produção não pode aumenar além do permiido pela capacidade física de produção da economia. No longo-prazo, conudo, a capacidade de produção pode ser ampliada por inermédio do invesimeno em capial 3

14 físico de forma a aender a demanda agregada por bens e serviços. Nas palavras de Kaldor: Since under he simulus of growing demand capaciy of all secors will be expanded hrough addiional invesmen, here are no long-run limis o growh on accoun of supply consrains; such consrains, wheher due o capaciy shorage or o local labor shorage, are essenially shor-run phenomena a any one ime, hey are a heriage of he pas (988, p.57). Uma objeção rivial a essa argumenação é que o invesimeno depende para a sua realização de poupança prévia, ou seja, qualquer aumeno dos gasos de invesimeno requer que, previamene a realização dos mesmos, haja um aumeno da axa de poupança da economia. Nesse conexo, argumenariam os economisas neoclássicos, a disponibilidade de capial se acha limiada pela fração da renda que uma deerminada sociedade esá disposa a não consumir. A poupança assim definida é deerminada pela poupança privada (famílias + empresas), pela poupança do governo e pela poupança exerna. Não é verdade que o invesimeno necessie de poupança prévia. Com efeio, a realização dos gasos de invesimeno exige ão somene a criação de liquidez por pare do sisema financeiro. Se os bancos esiverem disposos a esender as suas linhas de crédio ainda que de cura mauridade em condições favoráveis; enão será possível que as empresas iniciem a implemenação dos seus projeos de invesimeno, encomendando máquinas e equipamenos juno aos produores de bens de capial. Uma vez realizado o gaso de invesimeno, será criada uma renda agregada de al magniude que, ao final do processo, a poupança agregada irá se ajusar ao novo valor do invesimeno em capial físico. A poupança assim criada poderá enão ser uilizada para o funding das dívidas de curo-prazo das empresas juno aos bancos comerciais, ou seja, as empresas poderão - por inermédio de lucros reidos, venda de ações ou colocação de íulos no mercado - liquidar as dívidas conraídas juno aos bancos comerciais no momeno em que precisavam de liquidez para implemenar os seus projeos de invesimeno. A poupança se ajusa sempre, e de alguma maneira, ao nível de invesimeno desejado pelos empresários. Os enraves a expansão da capacidade produiva são de naureza financeira, mais especificamene, referem-se ao cuso de oporunidade do capial. As empresas esarão disposas a ajusar o amanho de sua capacidade produiva ao crescimeno previso da demanda desde que a axa esperada de reorno dos novos projeos de invesimeno seja 4

15 superior ao cuso de oporunidade do capial. Grosso modo, podemos definir o cuso do capial como sendo igual a axa média de juros que a empresa em que pagar pelos fundos requeridos pelo financiameno dos seus projeos de invesimeno. Exisem rês fones de fundos para o financiameno dos projeos de invesimeno, a saber: lucros reidos, endividameno e emissão de ações. Dessa forma, o cuso do capial é uma média do cuso de cada uma dessas fones de financiameno ponderada pela paricipação da mesma no passivo oal da empresa. O que dizer sobre a disponibilidade de rabalho? Será que a quanidade de rabalho pode ser visa como um obsáculo ao crescimeno da produção no longo-prazo? Dificilmene a disponibilidade de rabalhadores pode ser visa como um obsáculo ao crescimeno. Isso por uma série de razões. Em primeiro lugar, o número de horas rabalhadas, denro de ceros limies, pode aumenar rapidamene como resposa a um aumeno do nível de produção 5. Em segundo lugar, a axa de paricipação definida como o percenual da população economicamene aiva que faz pare da força de rabalho pode aumenar como resposa a um fore acréscimo da demanda de rabalho (cf. Thirwall, 2002, p.86). Com efeio, nos períodos nos quais a economia cresce rapidamene, o cuso de oporunidade do lazer - medido pela renda perdida pelo indivíduo que escolhe não rabalhar (jovens, mulheres casadas e aposenados) ende a ser muio elevado, induzindo um fore crescimeno da axa de paricipação. Nesse conexo, a axa de crescimeno da força de rabalho pode se acelerar em virude do ingresso de indivíduos que, nos períodos aneriores, haviam decidido permanecer fora da força de rabalho. Por fim, devemos ressalar que a população e a força de rabalho não são um dado do pono de visa da economia nacional. Isso porque uma evenual escassez de força de rabalho mesmo que seja de força de rabalho qualificada pode ser sanada por inermédio da imigração de rabalhadores de países esrangeiros. Por exemplo, países como a Alemanha e a França puderam susenar elevadas axas de crescimeno durane os anos 5 No caso brasileiro, por exemplo, a produção da indúsria pode aumenar em aproximadamene 44% - segundo esimaivas do IEDI (Valor Econômico, 24/03/2006) com relação ao nível aual de produção por inermédio do aumeno das horas exras rabalhadas. Se considerarmos a possibilidade de adoção de urnos adicionais de rabalho, a produção pode aumenar em cerca de 57% com respeio ao nível aual de produção. 5

16 950 e 960 com a imigração de rabalhadores da periferia da Europa (Espanha, Porugal, Grécia, Turquia e Sul da Iália). O úlimo elemeno a ser considerado é o progresso ecnológico. Será que o rimo de inovaividade da economia pode ser considerado como uma resrição ao crescimeno de longo-prazo? Se considerarmos o progresso ecnológico como exógeno, enão ceramene o crescimeno será limiado pelo rimo na qual a ecnologia é expandida. Conudo, o progresso ecnológico não é exógeno ao sisema econômico. Em primeiro lugar, o rimo de inrodução de inovações por pare das empresas é, em larga medida, deerminado pelo rimo de acumulação de capial; haja visa que a maior pare das inovações ecnológicas é incorporada nas máquinas e equipamenos recenemene produzidos 6. Dessa forma, uma aceleração da axa de acumulação de capial induzida, por exemplo, por uma perspeciva mais favorável de crescimeno da demanda induz um maior rimo de progresso ecnológico e, porano, de crescimeno da produividade do rabalho. Em segundo lugar, aquela parcela desincorporada do progresso ecnológico é causada por economias dinâmicas de escala como o learning-by-doing. Dessa forma, se esabelece uma relação esruural enre a axa de crescimeno da produividade do rabalho e a axa de crescimeno da produção, a qual é conhecida na lieraura econômica como lei de Kaldor-Verdoon 7. Nesse conexo, um aumeno da demanda agregada, ao induzir uma aceleração da axa de crescimeno da produção, acaba por acelerar o rimo de crescimeno da produividade do rabalho. 6 Essa idéia foi pioneiramene apresenada por Kaldor (957) por inermédio da sua função de progresso écnico, a qual esabelece a exisência de uma relação esruural enre a axa de crescimeno do produo por rabalhador e a axa de crescimeno do capial por rabalhador. Segundo Kaldor não é possível separar o crescimeno da produividade que advém da incorporação de novas ecnologias daquela pare que resula de um aumeno do capial por rabalhador; uma vez que a maior pare das inovações ecnológicas que aumenam a produividade do rabalho exigem o emprego de um volume maior de capial por rabalhador por se acharem incorporadas em novas máquinas e equipamenos. 7 Ledesma (2002) esima um modelo de crescimeno puxado pela demanda para 7 países da OCDE (Alemanha Ocidenal, Ausrália, Áusria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Esados Unidos, Espanha, Finlândia, França, Iália, Holanda, Japão, Noruega, Porugal, Suécia e Reino Unido) no período Com base nas suas esimaivas economéricas, pode-se concluir que exise uma relação esruural enre a axa de crescimeno da produividade do rabalho e uma série de ouras variáveis, enre as quais a axa de crescimeno do produo real. A equação esimada é dada por: r = y ( I / O) K GAP, Onde: r é a axa de crescimeno da produividade do rabalho, y é a axa de crescimeno do produo real, (I/O) é o invesimeno como proporção do produo real, K é um índice de aividade de inovação ecnológica e GAP é uma esimaiva do hiao ecnológico exisene enre a economia sendo analisada e a economia siuada na froneira ecnológica. 6

17 Como corolário de oda essa argumenação, segue-se que o conceio de produo poencial ou nível de produção de pleno-emprego, ão caro as abordagens neoclássicas de crescimeno econômico, é essencialmene um conceio de curo-prazo, o qual ignora o fao de que a disponibilidade de faores de produção e o próprio rimo do progresso ecnológico são variáveis endógenas no processo de crescimeno e desenvolvimeno econômico. Nas palavras de Kaldor: Full employmen of an indusrial region or a counry is herefore essenially a shor-run concep, which ignores he long-run mobiliy of labor and he possibiliy of an increase in raining which responds o demand in much he same way as capial invesmen (988, p.57). A hipóese de endogenidade da disponibilidade dos faores de produção e do progresso ecnológico foi esada recenemene por Ledesma e Thirwall (2002) com base em dados dos Esados Unidos e do Reino Unido no período O procedimeno uilizado por esses auores foi inicialmene esimar uma equação de regressão do seguine ipo: g u u = α β (4.) u Onde: desemprego no período. g é a axa de crescimeno do produo real no período, u é a axa de A eoria neoclássica do crescimeno esabelece que a axa de crescimeno do longoprazo do produo real é dada pela axa naural de crescimeno, definida como sendo a soma enre a axa de crescimeno da produividade do rabalho e a axa de crescimeno da força de rabalho, ambas independenes da demanda agregada. Dessa forma, se a economia esiver crescendo a uma axa igual a naural, o desemprego deverá permanecer consane ao longo do empo, o que nos leva a concluir que o ermo consane α na equação () é a própria axa naural de crescimeno. As esimaivas obidas nessa primeira eapa do exercício economérico mosraram um valor deα de 3.63% a.a para os Esados Unidos e de 2.9% a.a. para o Reino Unido no período analisado. 7

18 Na segunda eapa do experimeno, os auores adicionaram uma variável dummy (D=) para os períodos nos quais a axa de crescimeno do produo real superou as esimaivas obidas na eapa anerior a respeio do valor da axa naural de crescimeno. Dessa forma, foi esimada a seguine equação: u u g = + α 2 b2d c2 (4.2) u As esimaivas obidas nessa eapa do experimeno aponaram para uma axa naural de crescimeno nos períodos de boom de 3,8% a.a. no Reino Unido e de 3,66% a.a. nos Esados Unidos, indicando que, pelo menos no caso do Reino Unido 8, a axa naural de desemprego é sensível às variações observadas da axa de crescimeno efeiva, ornando-se assim uma variável endógena ao próprio processo de desenvolvimeno econômico. 4.2 Deerminanes de Longo-Prazo do Crescimeno Econômico. Se a disponibilidade de faores de produção não pode ser visa como o deerminane do crescimeno econômico no longo-prazo; enão quais são os faores que deerminam o crescimeno? No longo-prazo o deerminane úlimo da produção é a demanda agregada. Se houver demanda, as firmas irão responder por inermédio de um aumeno da produção e da capacidade produiva, desde que sejam respeiadas duas condições: i) a margem de lucro seja suficienemene ala para proporcionar aos empresários a axa desejada de reorno sobre o capial; ii) a axa realizada de lucro seja maior do que o cuso do capial. Nessas condições, a axa de crescimeno do produo real será deerminada pela axa de crescimeno da demanda agregada auônoma, ou seja, pelo crescimeno daquela parcela da demanda agregada que é, em larga medida, independene do nível e/ou da variação da renda e da produção agregada. Em economias aberas, os componenes auônomos da demanda agregada são dois, a saber: as exporações e os gasos do governo. Os gasos com invesimeno não são um componene auônomo da demanda agregada, uma vez que a decisão de invesimeno em capial fixo é fundamenalmene deerminada pelas expecaivas empresariais a respeio da 8 Resulados similares aos obidos com a economia do Reino Unido foram obidos pelos auores para uma amosra de 5 países da OCDE (Alemanha, Ausrália, Áusria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Esados Unidos, Espanha, Finlândia, França, Iália, Holanda, Japão, Noruega, Suécia e Reino Unido). 8

19 expansão fuura do nível de produção e de vendas 9 em consonância com a assim chamada hipóese do acelerador do invesimeno (cf. Harrod, 939). Em ouras palavras, o invesimeno não é uma variável exógena do pono de visa do processo de crescimeno, uma vez que o mesmo é induzido pelo crescimeno do nível de renda e produção 0. Sendo assim, o crescimeno de longo-prazo do nível de renda e produção será uma média ponderada enre a axa de crescimeno das exporações e a axa de crescimeno dos gasos do governo. Para uma pequena economia abera que não dispõe de uma moeda aceia como reserva de valor inernacional, a axa de crescimeno das exporações é a variável exógena por excelência. Isso porque se a axa de crescimeno dos gasos do governo for maior do que a axa de crescimeno das exporações, enão o produo e a renda domésica irão crescer mais do que as exporações. Se a elasicidade-renda das imporações for maior do que um (como é usual em economias aberas), enão as imporações irão crescer mais do que as exporações, gerando um défici comercial crescene e, provavelmene, insusenável no longo-prazo. A axa de crescimeno das exporações é igual ao produo enre a elasicidade-renda das exporações (ε) e a axa de crescimeno da renda do reso do mundo (z). Isso poso, podemos concluir que a axa poencial de crescimeno do produo real (g * ), a parir da abordagem Keynesiana do crescimeno puxado pelo demanda agregada, é dada por: g * = ε z (4.3) 4.3 Resrições ao crescimeno de longo-prazo: resrição exerna e resrição de capacidade. Aé o presene momeno assumimos que a produção se ajusa, no longo-prazo, ao crescimeno da demanda agregada auônoma; consiuída fundamenalmene pelas 9 Esá claro que desde que seja aendida a condição exposa na seção 4., a saber: a axa de reorno dos novos projeos de invesimeno seja superior ao cuso de oporunidade de capial. Caso essa condição não seja aendida, o crescimeno da capacidade produiva não irá acompanhar o crescimeno da demanda agregada devido à resrição de invesimeno. Em ouras palavras, se essa condição não for aendida, o fluxo de novos invesimenos ficará resrio aos invesimenos necessários para a reposição da depreciação do esoque de capial, aos invesimenos realizados pelo seor público a parir de recursos orçamenários e aos invesimenos realizados pelas empresas que conseguem ober financiameno no exerior ou em bancos públicos a axas mais baixas do que aquelas obidas pelas demais empresas. 0 Na seção 5 iremos demonsrar a validade empírica dessa hipóese para a economia brasileira. Supondo que os ermos de roca permaneçam consanes ao longo do empo. 9

20 exporações no caso de uma pequena economia abera. No enano, a economia pode não apresenar uma axa de crescimeno de longo-prazo igual ao valor dado pela equação (3) devido a presença de resrições a expansão do nível de produção ao rimo deerminado pela expansão da demanda exerna. Essas resrições advêm da necessidade de se maner o balanço de pagamenos equilibrado no longo-prazo, assim como da exisência de faores que impeçam o ajuse pleno da capacidade produiva das empresas ao crescimeno projeado das suas vendas. Iremos agora analisar essas duas resrições dealhadamene. A resrição exerna ao crescimeno de longo-prazo em sido analisada por Thirwall (979, 997, 200). O conceio de axa de crescimeno de equilíbrio do balanço de pagamenos foi desenvolvido por esse auor a parir da consaação de que os modelos de crescimeno de causalidade cumulaiva de inspiração Kaldoriana, nos quais a axa de crescimeno da demanda de exporações é o moor fundamenal do crescimeno econômico de longo-prazo, são incompleos por não incluírem em sua esruura analíica formal uma condição de equilíbrio do balanço de pagamenos. Dessa forma, a depender do valor da elasicidade renda das imporações, uma rajeória de crescimeno acelerado puxado por um fore rimo de expansão das exporações pode gerar um défici comercial crescene ao induzir um crescimeno insusenável das imporações. Sendo assim, define-se a axa de crescimeno de equilíbrio do balanço de pagamenos como: (...) The growh rae consisen wih he equilibrium in he curren accoun of he balance of paymens assuming ha deficis canno be financed forever and deb has o be repaid (Thirwall, 200, pp.8-82) Uma formalização simples do conceio de axa de crescimeno de equilíbrio do balaço de pagamenos pode ser obida em Aesoglu (997), sendo reproduzida a seguir. Considere uma economia descria pelo seguine sisema de equações: (4.4) log M (4.5) log M + log P m, = log X = π log Q + φ + log P ( log P log P ) x, x, m, Onde: M é o quanum imporado no período ; Q é o produo real domésico no período ; X é o quanum exporado no período ; P m, é o preço dos bens imporados no período ; P x, é o preço dos bens exporados no período ; π é a elasicidade-renda das imporações; φ é a elasicidade-preço das imporações. 20

21 A equação (4.4) apresena a condição de equilíbrio do balanço de pagamenos na ausência de fluxos de capiais exernos. Por sua vez, a equação (4.5) apresena o quanum imporado como uma função da renda domésica e dos ermos de roca. Deve-se desacar que, por simplicidade, assume-se a axa de câmbio como fixa e igual a um. Subsiuindo (4.5) em (4.4) obemos a seguine equação: Q ( )( log Px, log Pm ) = log X ( 4.6) π log + φ, No longo-prazo, os ermos de roca devem permanecer consanes (cf. Du, 2003, p.38). Sendo assim, podemos assumir que ( log P ) 0 p.33). Isso poso, a equação (6) se reduz a seguine expressão: (4.7) logq = log π X log P x, m, = (cf. Aesoglu, 997, A equação (4.7) apresena o produo real domésico como uma função do quanum exporado pela economia no período ; uma relação conhecida como o muliplicador do comércio exerior de Harrod. Diferenciando a equação (4.7) com respeio ao empo e lembrando que X x = & = ε z é a axa de crescimeno das exporações, emos: X Q& ** ε (4.8) g = = z Q π Onde: ** g é a axa de crescimeno de equilíbrio do balanço de pagamenos. Comparando-se as expressões (4.3) e (4.8) podemos consaar que se ε < π, ou seja, se a elasicidade renda das exporações for menor do que a elasicidade renda das imporações; enão a axa de crescimeno compaível com o equilíbrio do balanço de pagamenos será menor do que a axa de crescimeno poencial da economia. Nesse caso, dizemos que a resrição exerna é efeiva (binding). A equação (4.8) pressupõe que a mobilidade inernacional de capiais é igual a zero de forma que os países não podem se endividar para financiar os déficis em cona-correne. A exensão do modelo de Thirwall para uma economia com fluxos de capiais foi feia, enre ouros, por Moreno-Brid ( ). No modelo de Moreno-Brid admie-se a 2

22 exisência de fluxos inernacionais de capiais, mas a dinâmica do endividameno exerno em que aender a condição de solvência exerna de longo-prazo. Em paricular, o modelo desenvolvido por esse auor assume que a relação enre o défici em cona correne e a renda domésica deve permanecer consane no longo-prazo para que o país seja solvene do pono de visa de suas conas exernas. Nesse conexo, admiindo-se que os ermos de roca são consanes no longo-prazo, a axa de crescimeno do equilíbrio do balanço de pagamenos é dada pela seguine expressão: (4.9) g *** εθ = z π ( θ ) Onde: θ é a razão enre o valor inicial das exporações e o valor inicial da imporações. Observemos que θ pode ser expresso, alernaivamene, como a razão enre a receia de exporações e a soma enre o défici em cona correne (M-X) e as exporações. Sendo assim, emos que: ( 4.0) θ = ( M X X ) + X X Q = M X + Q X Q xq = cc + x Q Onde: x Q é a paricipação das exporações na renda domésica e cc é o défici em cona correne como proporção do PIB. Dessa forma, consideremos que a elasicidade renda das imporações, π, é igual a.5, que as exporações sejam 30% da renda domésica e que a axa de crescimeno das exporações igual ao produo enre a elasicidade renda das exporações e a axa de crescimeno da renda do reso do mundo é igual a 4% a.a. Nesse caso, se a cona de ransações correne esiver em equilíbrio (ou seja, se cc =0), enão a axa de crescimeno do produo domésico compaível com o equilíbrio do balanço de pagamenos será de 2,67% a.a; ao passo que se o défici em cona correne como proporção do PIB for de 2%, a axa de crescimeno de equilíbrio do balanço de pagamenos será reduzida para 2,5% a.a. Em ouras palavras, o défici em cona correne em impaco negligenciável sobre a axa de 22

23 crescimeno compaível com o equilíbrio do balanço de pagamenos (cf. McCombie e Robers, 2002, p.95). Sendo assim, a equação (4.8) é uma boa aproximação da resrição exerna ao crescimeno econômico de longo-prazo. Uma oura resrição ao crescimeno de longo-prazo é dada pela capacidade produiva. A equação (4.3) pressupõe que o invesimeno é uma variável endógena que se ajusa ao crescimeno (esperado) da demanda agregada. Para que isso ocorra, no enano, é necessário que a axa de reorno do capial seja superior ao cuso do capial. Se o cuso do capial for muio alo, enão é possível que uma pare considerável dos projeos de expansão da capacidade produiva não seja implemenada por fala de lucraividade. Nesse conexo, apenas os projeos de invesimeno com elevadas expecaivas de lucro ou financiados a axas de juros mais baixas do que as prevalecenes no mercado serão implemenados. Em ais circunsâncias, o invesimeno será uma variável exógena; dependendo mais da disposição dos empresários em invesir (o seu animal spiris) do que de cálculos de cuso e benefício. Para deerminar a axa de crescimeno do produo compaível com os planos de invesimeno dos empresários, consideremos que a quanidade de bens e serviços produzidos num dado pono do empo é dada por: ( 4.) Q = vuk Onde: v é a relação produo poencial-capial, ou seja, a quanidade máxima de produo que pode ser obida a parir de uma unidade de capial; u é o grau de uilização da capacidade produiva. Diferenciando (4.) com respeio a u e K, manendo v consane por hipóese, emos: ( 4.2) Q = v [ K u + u K ] Dividindo-se ambos os lados de (2) por Q, emos: ( 4.3) Q Q = v u K Q K + u Q 23

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